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Energia para a cultura brasileira Há quase 50 anos, a Eletrobras se empenha em gerar e transmitir energia limpa e renovável, conjugando o progresso do Brasil com o respeito ao meio ambiente e às pessoas. Hoje, a Eletrobras é a maior companhia de energia elétrica da América Latina e a terceira maior empresa de energia limpa do mundo. Mas seu objetivo é ir além: transformar-se, dentro dos próximos dez anos, no maior sistema empresarial global de energia limpa. Para chegar lá, acreditamos na integração entre as dimensões social, ambiental e econômica trazidas pela sustentabilidade. Na dimensão social, o apoio à cultura brasileira, em especial ao teatro, tem nos orgulhado e incentivado a estar cada vez mais presentes ao lado deste vetor fundamental para o exercício pleno da cidadania. Há dois anos, a empresa inovou ao criar o Programa Eletrobras de Cultura, que neste ano envolveu todas as empresas Eletrobras e escolheu, entre outras produções, a peça Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues. Considerado por muitos o maior dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues foi um grande conhecedor da alma brasileira, defendendo em seus escritos, especialmente em suas crônicas, a brasilidade. Amante do futebol, era capaz de retratar com clareza, por intermédio de analogias com o esporte, a vida cotidiana do povo brasileiro. Ao apoiar uma peça escrita por ele, a empresa renova seu incentivo à criatividade e à singularidade brasileiras e reforça ainda mais os laços que a ligam ao Brasil e a seu povo.
Ao patrocinar a encenação de Senhora dos Afogados, a Oi abre ao público do Rio a rara oportunidade de conhecer ou revisitar uma obra-prima muito pouco montada de Nelson Rodrigues, reverenciado como o maior dramaturgo brasileiro de todos os tempos. Confiada a uma companhia que se firma, ao longo de 19 anos, pela fidelidade ao trabalho teatral voltado para a inovação e para a experimentação, a nova montagem de Senhora dos Afogados preserva, em leitura contemporânea, a densidade e a força da tragédia rodriguiana. O mar, segundo o autor da peça, é seu personagem invisível, mas próximo e profético. Assim, nenhum espaço cênico mais sugestivo do que o tradicional Restaurante Albamar, na Praça XV, ao lado do antigo Cais Pharoux. Desde já, Senhora dos Afogados tem tudo para se tornar um dos destaques da temporada teatral carioca de 2010. Oi
A ficção para ser purificadora precisa ser atroz. O personagem é vil para que não o sejamos. Ele realiza a miséria inconfessa de todos nós. Quem definiu sua obra assim foi o maior dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues, autor da tragédia Senhora dos Afogados. Senhora dos Afogados tem a característica atroz das peças rodriguianas, mas em um ambiente diferente do urbano carioca que predomina em suas obras. A Companhia Teatral do Movimento - grupo criado há 19 anos por Ana Kfouri - destaca-se pela qualidade de seu trabalho cênico, dando prioridade à inovação, ao experimental e ao diálogo inquietante – como o próprio grupo o define – com o público. Em suas montagens, a companhia dá ênfase à contemporaneidade, à irreverência, à pesquisa de linguagem e à brasilidade. A Secretaria Municipal de Cultura tem como um dos seus objetivos garantir a diversidade das produções culturais e a formação de plateias em nosso município. Através do FATE (Fundo de Apoio ao Teatro), fomentamos diferentes segmentos do setor teatral, financiando 26 peças teatrais, contemplando produtores independentes, teatro de rua, grupos e companhias apresentadas na temporada teatral carioca deste ano. Senhora dos Afogados, além de contar com a excelência de Ana Kfouri e da Companhia Teatral do Movimento, agrega um toque a mais de originalidade ao projeto, que vem ao encontro de um propósito da SMC: o de realizar espetáculos fora dos equipamentos tradicionais, como ruas e espaços públicos. Desta vez, será num restaurante, o Albamar, na Praça XV, um ambiente que tem estrita relação com a obra, onde o mar é um personagem invisível, próximo e profético, como o define o próprio Nelson Rodrigues. Além de um novo espetáculo, ganhamos também mais um espaço de encenação, tão necessário à cidade do Rio de Janeiro. Que se abram as cortinas e as portas do Albamar para a cena carioca, e bom espetáculo! Ana Luisa Lima Secretária Municipal de Cultura
Nossa Senhora
Senhora dos Afogados Solitário Inaugurado em novembro de 1933, o Albamar é o último vestígio arquitetônico do Mercado Municipal, cujas ações foram iniciadas em 1903 pelo então prefeito Pereira Passos como par te das obras de remodelamento urbano do Rio de Janeiro. O local escolhido foi o terreno formado pelo aterro feito junto à praia de D. Manuel, na Misericórdia. Com uma área de mais de 20 mil metros quadrados, a planta do novo mercado formava um quadrilátero, com pavilhões longitudinais, estrutura de ferro importada da Europa e cinco torreões octogonais, um maior ao centro, com um relógio, e quatro menores nos ângulos externos, que também serviam como portões de entrada. Ao todo eram 16 ruas internas, oito radiais e oito transversais, com mais de duzentas lojas e calçamento de paralelepípedos.Voltado para o comércio de alimentos, o Mercado Municipal se tornaria o maior entreposto do gênero ao longo das primeiras décadas do século XX, fomentando a atividade comercial nas redondezas. Porém, de novo, o crescimento da cidade exigiria novos investimentos no setor e a construção de centros maiores. Assim, no final dos anos 1950, a Prefeitura do Rio de Janeiro não hesitou e destruiu quase totalmente o Mercado Municipal, em função de um projeto de urbanização no qual, entre outras obras, construiu-se o elevado da Perimetral.Mas o torreão do restaurante Albamar, o de número 4, lindo e solitário, com sua estrutura metálica vinda da Bélgica e da Inglaterra, sobreviveu. Uma obra arquitetônica pitoresca à beira da Baía de Guanabara que desperta a admiração de todos que passam pela região, vestígio único do enorme e singular Mercado Municipal. Luís Henrique Valdetaro
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