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Investimentos brasileiros em P&D
Medicamentos biológicos
O setor farmacêutico é o que mais investe em inovação e pesquisa no mundo, em torno de
custam de
sintéticos
US$ 137 bilhões 15,1%
10 anos
anuais, o que representa aproximadamente
das vendas líquidas totais
Esse número supera significativamente o de outros setores também considerados de alta tecnologia
softwares
9,5%
50
hardwares
7,9%
a mil vezes mais do que os
e, na maioria das vezes, são necessários
de pesquisas para que um novo produto chegue ao mercado
Estima-se que, aproximadamente,
20% dos investimentos em P&D estão direcionados à
oncologia
Espera-se que até
2018
eletrônica automobilístico aeroespacial
5,1% 4,2% 4,1%
os biológicos representem
50%
Infográfico Larissa Lapa
custam de 50 a mil vezes mais do que os sintéticos e, na maioria das vezes, são necessários dez anos de pesquisas para que um novo produto chegue ao mercado. Apesar dos custos, o foco da indústria farmacêutica mundial são os medicamentos para tratar das doenças de alta complexidade. “Um esforço de P&D que envolve anualmente dezenas de bilhões de dólares e está voltado atualmente para o desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos, baseados nos novos conhecimentos da engenharia genética”, revela o presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson 22 Anuário Farmacêutico 2014
Mussolini. A P&D de medicamentos biológicos está avançando a passos acelerados no mundo graças aos avanços propiciados pelas novas tecnologias, acrescenta Mussolini, que tem uma visão otimista sobre esse tipo de medicamento. “Espera-se que até 2018 os biológicos representem 50% do faturamento dos cem medicamentos mais vendidos no mundo. Eles deverão atender a um variado número de patologias, inclusive das denominadas doenças órfãs, ainda que a oncologia, diabetes, doenças reumáticas e antivirais continuem liderando o mercado”, diz.
Quantia insuficiente Segundo a Interfarma, a indústria
farmacêutica instalada no Brasil investe em torno de US$ 200 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. “Os laboratórios farmacêuticos brasileiros nunca investiram tanto em P&D”, acrescenta Mussolini. “Acontece que o montante ainda é modesto se comparado às verbas das grandes farmacêuticas internacionais. Para dar uma noção da disparidade, tome-se como exemplo o ranking das empresas que mais investiram em inovação no mundo em 2012 elaborado pela consultoria Booz & Company. As cinco indústrias farmacêuticas que estão entre as Top 10 – Roche, Novartis, Merck, Pfizer e Johnson & Johnson – investiram US$ 43,3 bilhões em P&D naquele ano. Um valor 70%