Especial Mulher 2018

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Especial

Mulher

R E V I S TA

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19/09/18

Parte integrante do

GUIA DA FARMÁCIA

ANO XXV | Nº 311 | OUTUBRO DE 2018

ATRIBUTOS DE ESCOLHA Para as mulheres, uma das qualidades essenciais de um varejo é a proximidade. Ou seja, elas valorizam localização, conveniência e praticidade. Tudo isso, sem dúvida, tendo um bom atendimento

09:52

Quando o assunto é contracepção, qualidade é fundamental 1

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Contraceptivos Sandoz, o maior e mais vendido portfólio genérico de contracepção do Brasil.2

Aproveite o Outubro Rosa para conhecer nossa linha de saúde feminina no portal. cuidamosdasaude.com.br Siga-nos no Instagram @cuidamosdasaude

1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. CBPF publicado no DOU em 16/07/2018 – RESOLUÇÃO – RE Nº 1.838, de 12 Julho de 2018. 2. IQVIA - Pharmaceutical Market Brazil (PMB) – Julho/2018.

BR1809888071 – SET/18

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EXPEDIENTE DIRETORIA Gustavo Godoy Marcial Guimarães Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto ASSISTENTE DE REDAÇÃO Laura Martins EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Sara Helena DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Mislene Brito MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTES DE MARKETING Leonardo Grecco e Noemy Rodrigues COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Flávia Corbó Revisão Maria Elisa Guedes Especial Mulher é uma publicação anual da Contento. IMPRESSÃO AR Fernandez Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. www.guiadafarmacia.com.br

Rápidas, práticas e objetivas Q uando conquistaram o direito de estudar e trabalhar, as prioridades do universo feminino passaram a mudar. Levando em conta o ritmo atual das mulheres que possuem uma jornada tripla, não há tempo a perder. Para elas, o atributo essencial de um varejo é a proximidade. Ou seja, valorizam a localização, a conveniência e a praticidade. Elas querem chegar, encontrar facilmente o que procuram, navegar sem problemas na loja e sair rapidamente. Tudo isso, sem dúvida, tendo um bom atendimento. Diante dessas exigências, tempo (ou a falta de) pode ser considerado um atributo de alto valor na decisão de compra de uma mulher. Logo, facilitar o processo é o grande desafio do varejo. Para isso, é preciso conhecer o cliente, o comportamento de compra e decisão, necessidades e aspirações. Ter uma loja bem ambientada, setorizada, sinalizada, com sortimento adequado, exposição correta e bom preço também é primordial. É claro que existem diferentes shoppers com diferentes perfis e necessidades fator que muda a demanda pelas categorias procuradas. Há quem queira preço; outras, conveniência; outras,

Imagem: Shutterstock

inovações; outras são orientadas por promoções; outras estão em busca da melhor compra a partir do acesso às informações de uso e benefício dos produtos. Nos dias atuais, mais do que segmentar por informações sociodemográficas e classes sociais, as segmentações mais modernas consideram estilo de vida, hábitos, etc. A fim de te dar todos os subsídios para que conheça, cada vez melhor, quem é a consumidora brasileira, preparamos este Especial Mulher. O objetivo é que suas vendas sejam otimizadas e que seus lucros cresçam, constantemente. Saiba que, entre as consumidoras brasileiras, 36,4% se encaixam no grupo de vaidosas. Dado que empodera as categorias de Higiene & Beleza (H&B) e deixa claro que a preocupação com a saúde é grande.

Boa leitura! Lígia Favoretto Editora-chefe

Outubro 2018 • 3


Sumário 12 Beleza

6

Panorama

O universo de Higiene & Beleza (H&B) pode ser explorado por farmácias e drogarias para melhorar o mix ofertado no ponto de venda (PDV) e ajudar às mulheres a encontrar o que precisam

18

Quem é a mulher brasileira? Tem filhos, trabalha, estuda? Conheça mais sobre o perfil da população feminina e de que forma ela se relaciona com o consumo e com a saúde

Saudabilidade Em busca de se manter jovem por mais tempo, a mulher tem recorrido a nutracêuticos e vitaminas com mais frequência e como alternativa de prevenção

Contracepção Entenda melhor a evolução e os tipos de métodos contraceptivos disponíveis no mercado brasileiro e para qual perfil de mulher cada um é recomendado, assim como a história da pílula anticoncepcional

22

28

TPM

O que é a Tensão Pré-Menstrual? É importante saber como e por que o incômodo ocorre, como amenizar o problema e entender por que algumas mulheres sofrem e outras não

32

Cólicas

Entre os problemas do período menstrual um dos mais frequentes é a cólica. O farmacêutico deve saber orientar sobre como aliviar a dor

4 Especial Mulher

E mais: 34 - Maternidade 40 - Menopausa 44 - Ressecamento 48 - Incontinência Urinária


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Panorama

QUEM SÃO ELAS? As mulheres modernas são multitarefas, mas têm sofrido com problemas de saúde devido à sobrecarga de funções e falta de tempo para cuidar de si mesmas Textos Flávia Corbó

O

público feminino é maioria no Brasil. Representa 51,5% da população brasileira, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além de mais numerosas, as mulheres vivem mais que os homens. Eles são maioria apenas até o grupo de 20 a 24 anos de idade. A partir disso, a situação se inverte. Na faixa etária de 60 anos ou mais, elas correspondem a 8% da população total do País, enquanto eles representam 6,3%. Isso porque elas vivem, em média, 79,4 anos 6 Especial Mulher

– cerca de sete anos a mais que a população masculina. Os papéis exercidos pelas mulheres ao longo desses anos de vida têm se diversificado e se tornado cada vez mais relevante para o cenário socioeconômico do País. De acordo com a ferramenta Estatísticas de Gênero, também do IBGE, 37,3% das 50 milhões de famílias que residem em domicílios particulares têm a mulher como responsável pela casa. Em áreas urbanas, o índice chega a ser maior (39,3%). Muitas mulheres obtiveram potencial para ser responsáveis por uma família deImagens: Shutterstock


vido à escolarização. A taxa de frequência escolar no ensino médio é de 52,2% entre as mulheres (9,8%) acima do índice registrado entre o sexo masculino. Dos em torno de 4,9 milhões de jovens entre 15 e 17 anos de idade que frequentam o ensino médio, 54,7% são mulheres. No ensino superior, essa diferença de escolarização cresce ainda mais. Mais de 57% dos universitários de 18 a 24 anos de

A MULHER CUIDA MAIS DE SUA SAÚDE DO QUE OS HOMENS? Quando se fala em cuidados com a saúde, as mulheres ganham em disparada da população masculina. Têm uma frequência maior de ida ao médico e seguem melhor as orientações, principalmente em relação à questão dietética. “Os homens chegam mais tarde e ainda levados pela mulher”, afirma o endocrinologista, coordenador médico do Ambulatório de Diabetes da Faculdade de Medicina do ABC e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Dr. Marcio Krakauer. Apesar dessa vitória, dados norte-americanos mostram que, em relação à prescrição de atividade física, apesar de incremento progressivo e lento, elas ainda perdem para o sexo oposto nas atividades aeróbicas recomendadas. De acordo com o cardiologista do Hospital Santa Paula, Dr. Fabrício Assami, inúmeros fatores contribuem para maior ou menor aderência às recomendações de saúde. “Apesar de o gênero em algumas delas ser diferencial, os maiores obstáculos são outros, como: educação da população, acesso a profissionais de saúde competentes que façam e cobrem as modificações nos hábitos de vida, bem como motivem os pacientes a fazer essas mudanças.”

DOENÇAS MAIS DIAGNOSTICADAS ENTRE AS MULHERES DOENÇAS CARDIOVASCULARES De acordo com a especialista em cirurgia geral, Dra. Cintia Rios, a hipertensão arterial pode ser apontada como uma das principais causas para a alta incidência de doenças cardiovasculares, seguida de tabagismo, uso frequente de bebidas alcoólicas e falta de atividade física. “A indicação seria atuar sobre os maiores fatores de risco e modificar aqueles que podem ser mudados, como adotar uma dieta balanceada, evitar fumo e álcool e adotar a prática de atividades físicas, que, ainda nos dias de hoje, é muito menos adotada pelas mulheres do que pelos homens.” CÂNCER DE MAMA É a doença que mais afeta mulheres no País. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados em torno de 57.960 diagnósticos de câncer de mama por ano no País. Enfermidades infecciosas Estima-se que entre 50% e 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por algum tipo de papiloma vírus humano (HPV, em inglês, Human Papiloma Virus).

idade são do sexo feminino. As áreas de formação em que as mulheres estão presentes em maior proporção são educação (83%) e humanas e artes (74,2%), justamente campos de atuação com menores rendimentos mensais médio entre as pessoas ocupadas (R$ 1.811 e R$ 2.224, respectivamente). Mesmo sendo maioria na população e tendo maior grau de instrução, as mulheres ainda são minoria no mercado de trabalho e ocupam 44% das vagas disponíveis. Ainda assim, o percentual demonstra um avanço. Em 2007, profissionais do sexo feminino representavam 40,8% do mercado formal de trabalho.

Mudanças de comportamento Quando conquistaram o direito de estudar e trabalhar, as prioridades do universo feminino passaram a mudar. Um dos pontos que mais sofreu alteração foi o número de filhos por mulher. Em 1980, cada brasileira tinha, em média, quatro crianças. Agora, o índice está em 1,72 filho por mulher. Com cada vez mais ocupações fora do lar, elas também estão esperando mais tempo para ter filhos. A faixa etária entre os 20 e 24 anos é a que registra maior queda na taxa específica de fecundidade (23,5%) entre os grupos de idade analisados pelo IBGE. Apesar de estar sendo adiada, a maternidade ainda é o sonho de muitas mulheres. No entanto, quando se concretiza, passa a disputar espaço com o trabalho, os estudos, o marido e o lar. Outubro 2018 • 7


Panorama

TIPO FÍSICO DA BRASILEIRA

Cabelo:

70% das brasileiras têm cabelos cacheados ou crespos.

Cor da pele:

51% são negras. Cintura:

85,4 cm (em média). Busto:

97,1 cm (em média). Altura:

65% das brasileiras medem entre 1,58 m e 1,64 m – 20% estão acima disto e 15%, abaixo. Quadril:

102,1 cm (em média). Fontes: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)

Da necessidade de equilibrar todos esses papéis surgem muitos conflitos e angústias. “Com todas as mudanças, os novos tempos, as novas ocupações, aumentaram-se as demandas e, junto com isto, o estresse gerado. O estresse afeta duas vezes mais mulheres do que homens. Há ainda a autocobrança, para corresponder aos modelos sociais ideais de carreira, de beleza, etc.”, avalia o psicólogo e especialista em Medicina Comportamental, Valdecy Carneiro. Parte dessa sobrecarga se deve ao fato de que os cuidados com a casa e com a família ainda são muito mal divididos entre os casais. De acordo com a pesquisa, as brasileiras dedicaram, em 2016, 18,1 horas 8 Especial Mulher

semanais com as tarefas do lar – quase oito horas a mais do que a média da população masculina do País. O Nordeste é a região que apresenta a pior divisão de atribuições domésticas. Lá, a discrepância chega a 80%. Com tantas atribuições e pouca ajuda de parceiros, as mulheres têm tido menos tempo para se dedicar à saúde. “Com o aumento contemporâneo da presença da mulher no mercado de trabalho formal e, muitas vezes, acúmulo de funções, observa-se aumento do nível de estresse, do tabagismo, do sedentarismo, do peso”, aponta o cardiologista do Hospital Santa Paula, Dr. Fabrício Assami. O descuido é tanto que as principais causas de mortalidade no sexo feminino estão relacionadas a hábitos de vida ruins. Os dados sobre as principais causas de morte entre mulheres variam muito dependendo da idade, condição socioeconômica e região avaliada, mas, de maneira geral, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), doença cardíaca isquêmica; Acidente Vascular Cerebral (AVC); infecções do trato respiratório inferior; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); além Alzheimer e


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Panorama

outras demências, são males que mais matam a população feminina. O diabetes é uma doença que também avança em níveis alarmantes entre as mulheres – é o gênero mais afetado pelo problema no Brasil. Atualmente, a taxa de brasileiras com a doença é de 9,9%, enquanto, entre os homens, este número é de 7,8%, segundo dados do Ministério da Saúde (MS) divulgados em 2017. Em todo o mundo, 199 milhões de mulheres vivem com a doença e este número deve passar de 300 milhões em 2040. “As causas desse avanço ainda não são determinadas, mas acredita-se que, por conta do estilo de vida que as mulheres vêm levando de um tempo para cá, elas estejam apresentando doenças que antes eram mais predominantes nos homens, como obesidade com acúmulo de gordura na barriga, que é um dos itens que mais pode levar ao diabetes tipo II”, diz o endocrinologista, coordenador médico do Ambulatório de Diabetes da Faculdade de Medicina do ABC e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Dr. Marcio Krakauer.

Consumo feminino Levando em conta o ritmo atual das mulheres que possuem uma tripla jornada, não há tempo a perder. Para elas, o atributo essencial de um varejo é a proximidade. Ou seja, valorizam a localização, a conveniência e a praticidade. “Elas querem chegar, encontrar facilmente o que procuram, navegar sem problemas na loja e sair rapidamente. Tudo isso, sem dúvida, tendo um bom atendimento”, resume a diretora da Connect Shopper, consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin. Diante dessas exigências, tempo (ou a falta de) pode ser considerado um atributo de alto valor na decisão de compra de uma mulher. Logo, facilitar o processo de compra e decisão é o grande desafio do varejo. 10 Especial Mulher

Para conseguir entregar esse atributo, é preciso conhecer o cliente, o comportamento de compra e decisão, necessidades e aspirações. Ter uma loja bem ambientada, setorizada, sinalizada, com sortimento adequado, exposição correta e bom preço também é primordial. “É claro que existem diferentes shoppers com diferentes perfis e demandas e, dependendo destas necessidades e das categorias procuradas, os perfis também são variados. Há quem queira preço; outras, conveniência; outras, inovações; outras são orientadas por promoções; outras estão em busca da melhor compra a partir do acesso às informações de uso e benefício dos produtos. Nos dias atuais, mais do que segmentar por informações sociodemográficas e classe sociais, as segmentações mais modernas consideram estilo de vida, hábitos, etc.”, orienta Fátima. Entre as consumidoras brasileiras, 36,4% se encaixam no grupo de vaidosas, conforme categorização da Nielsen. Essa categoria gasta 48% acima da média das mulheres com produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) e com uma frequência 17% maior. Em geral, esse perfil de consumidora tem de 19 a 35 anos de idade e está localizado principalmente no Nordeste, Leste e na Grande São Paulo. Costuma comprar mais no meio da semana e, de preferência, nos canais porta a porta, perfumaria e farmácia. Ainda segundo estudos da Nielsen, a consumidora vaidosa pode ser engajada por promoções bem efetuadas, levando, por exemplo, um xampu maior com um condicionador menor, pois sabe que o xampu acaba mais rápido e consegue perceber o custo-benefício deste tipo de embalagem. Por questões de desembolso, esses kits são mais importantes para os níveis socioeconômicos mais altos.

MAIORES PREOCUPAÇÕES DA MULHER BRASILEIRA COM A BELEZA De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), manter a aparência jovem é um dos maiores desejos da mulher brasileira. As temperaturas amenas de boa parte do País também favorecem para que exista o culto ao corpo, por isso, tratamentos corporais para flacidez, celulite, gordura localizada estão entre os mais procurados. Vale lembrar que os cuidados com a beleza sofrem interferências regionais. No Sul, onde o frio é maior e os corpos passam mais tempo protegidos por camadas de roupas, os tratamentos faciais são mais populares que os corporais.


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Beleza

Cosméticos preferidos pelas mulheres Medicamentos já são categoria destino nas farmácias, mas com os investimentos corretos, é possível fazer com que o canal se torne referência também no setor de Higiene & Beleza

A

mulher brasileira está entre as mais vaidosas do mundo e tal afirmação não é baseada apenas em suposições. Existem números sólidos que comprovam o quanto o mercado de beleza é grande no País. Ao longo do ano de 2017, esse setor faturou R$ 47,5 bilhões, colocando o Brasil como o quarto maior mercado consumidor de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Japão e China, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). A relevância também é observada dentro do varejo farmacêutico, à medida que a consumidora já adotou o canal como um local de compra de HPC, não só de medicamentos. Segundos dados da IQVIA, entre julho de 2017 e julho de 2018, as farmácias brasileiras faturaram R$ 29,6 bilhões com não medicamentos, sendo 53,9% deste valor correspondente apenas a itens de cuidados pessoais e beleza. Mesmo durante períodos de crise, o setor se mostra resiliente, o que permite que a indústria da beleza seja o segundo setor da economia que mais investe em inovação. Com tanta disposição para lançar novidades, o universo da beleza conta 12 Especial Mulher

com mais de 87 mil SKUs (a sigla que representa o termo Stock Keeping Unit, em português Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como um identificador único de um produto e é utilizada para manutenção de estoque) à disposição do mercado varejista e consumidor. Infelizmente, esse amplo universo não cabe integralmente nos espaços físicos limitados das farmácias. Para ter sucesso no trabalho com as categorias de HPC, é preciso ter um mix assertivo e correspondente às principais demandas do consumidor. Conheça alguns dos principais segmentos e entenda qual a melhor maneira de trabalhá-los no varejo farmacêutico.

Dermocosméticos Entre as categorias de HPC vendidas dentro da farmácia, é aquela que apresenta maior tíquete médio, pois é composta por produtos de valor agregado mais alto que a média do canal. Imagens: Shutterstock


Dentro do faturamento das farmácias brasileiras, possui representatividade de 2,94% em valores do canal farma total, o que significa cerca de R$ 3,3 bilhões. Por demandar um desembolso maior por parte do consumidor, a venda dessa categoria merece atenção especial. É preciso contar com um atendente preparado para explicar à consumidora os atributos diferenciados do produto que justifiquem o preço acima da média. A categoria engloba diversos itens, como cremes antirrugas, para manchas, rejuvenescedores, água termal e micelar e sabonetes para o rosto, tônicos e adstringentes. Mas são os protetores solares faciais os mais buscados entre os dermocosméticos, segundo a IQVIA. No entanto, eles são apenas parte do trato ideal da pele. Além de proteção, é preciso investir em limpeza, tonificação e hidratação. “Deve-se lavar o rosto com sabonetes específicos para cada tipo de pele, usar cremes rejuvenescedores, antioxidantes e tônicos prescritos pelo dermatologista, além de usar filtro solar diariamente”, recomenda a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Caroline Assed Saad. Quando a loja conta com uma atendente especializada em HPC, ela pode fornecer essas informações e indicar quais produtos devem ser adquiridos por quem deseja contar com uma solução completa de cuidados com a pele. Nos casos em que não há essa profissional disponível, são a exposição e as ações de cross-merchandising que devem ser capazes de guiar a consumidora nesse processo de compra. “O ideal é iniciar a exposição com os itens faciais de maior valor agregado e menor giro. O mesmo conceito deve ser utilizado dentro das subcategorias de cada um destes segmentos”, indica a diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima. Por exemplo: os itens de proteção solar devem ser separados por tipo de usuário e função do produto, assim cria-se uma cla-

ra divisão entre os itens infantis dos adultos, assim como os produtos de pós-sol e protetores faciais. Em seguida, devem-se agrupar os blocos de marca e destacar as linhas de maior valor agregado (itens de proteção com bronzeamento e/ou com aplicadores diferenciados, como spray e aerossol, por exemplo). “Por fim, agrupamos os fatores de proteção do maior para o menor e seus respectivos tamanhos de embalagem. Ao seguir esse padrão, conseguimos facilitar a identificação da missão de compra do shopper e gerar conhecimento, além de estimular a venda de itens diferenciados”, garante Alessandra. Quanto ao cross-merchandising, o varejista precisar pensar em categorias que se complementam e posicioná-las de maneira próxima para facilitar o raciocínio de compra do cliente. Hidratantes faciais podem estimular a compra de itens corporais e protetores solares. Em períodos sazonais de verão ou férias, ainda são capazes de alavancar a venda de repelentes ou kit de frascos para viagem, entre outros. “Cross-merchandising é uma técnica que tem por finalidade correlacionar e conectar produtos que tenham relação entre si para destacá-los dos demais e gerar interesse de compra quando o shopper estiver adquirindo outro item. Tem como objetivo aumentar a venda e, sobretudo, a rentabilidade”, explica a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin.

Itens mais vendidos Ranking

Produto

Fabricante

1

ANTHELIOS

LA ROCHE-POSAY

2

BEPANTOL DERMA

BAYER CONSUM. CARE

3

NEUTROGENA SUN FR

JOHNSON & JOHNSON

4

EPISOL

MANTECORP I Q FARM

5

EFFACLAR

LA ROCHE-POSAY

6

MINESOL

JOHNSON & JOHNSON

7

NEUTROGENA D CLEAN

JOHNSON & JOHNSON

8

ACTINE

DARROW

9

NEUTROGENA BO CARE

JOHNSON & JOHNSON

10

HELIODERM SUNCARE

HERTZ

Fonte: IQVIA, PMB Mix, ano móvel MAT jul. 18 [(MAT significa Moving Annual Total – (Movimento Anual Total, em português)], Valores à Preço Consumidor, base de jul. 18 Segmentos considerados: dermocosméticos e dermo-massivos

Maquiagem Por muitos anos, os itens de maquiagem ficaram restritos às perfumarias e lojas especializadas. Agora, por demanda da consumidora, que quer todas as soluções de beleza em um mesmo espaço, as grandes redes já estão investindo pesado na categoria. Dentro do mercado farma total,a representatividade dos itens de maquiagem é 0,23% em valores, o que significa R$ 266 milhões. Outubro 2018 • 13


Beleza

Como se trata de uma categoria com muitos SKUs, vale investir naqueles que compõe o kit básico de maquiagem diário: batom, blush, corretivo, BB cream e rímel. A exemplo dos dermocosméticos, essa categoria também demanda uma venda consultiva. São diferentes tons, cores, texturas, efeitos e durações que precisam ser explicados para a consumidora, para que ela compre o item correto, fique satisfeita com o resultado e volte a consumir. Exposição atrativa e possibilidade de interação são pontos muito importantes para a venda da categoria, especialmente quando não há disponibilidade de contar com um atendimento especializado. As grandes redes já perceberam a oportunidade e estão apostando cada vez mais em ambientações de espaço, com testers e displays diferenciados disponibilizados pela indústria. Quanto à exposição,os itens devem ser posicionados em locais de maior visibilidade e acesso dos clientes, já que é uma categoria relativamente nova dentro das farmácias brasileiras. Displays e modulares apropriados para cada tipo de produto e tamanho de loja podem ser obtidos por meio de parcerias com os fabricantes de cosméticos. “Os varejistas podem buscar apoio de diferentes fabricantes, mas deve-se dividir a exposição dos produtos por marcas para não tornar a jornada de compra da consumidora confusa e difícil. É preciso reservar um expositor único para cada marca e de forma ordenada e organizada”, lembra o diretor da Koloss, Alexandre Oliveira. As possibilidades de cross-merchandising são inúmeras, pois o uso de um produto acaba por demandar o auxílio de itens de outros segmentos. A lógica é simples: quem usa maquiagem necessita de demaquilantes para removê-la. Por sua vez, a venda de demaquilante está diretamente ligada à de algodão.

Itens mais vendidos Ranking

Produto

Fabricante

1

VULT

MULTI B

2

PANVEL MAKE UP

PANVEL

3

DERMO EXPERTISE

L’ORÉAL

4

MAYBELLINE

L’ORÉAL

5

MAYBELLINE V EXPRE

L’ORÉAL

6

MAYBELLINE FIT ME

L’ORÉAL

7

ASEPXIA

GENOMMA LAB

8

MAYBELLINE CO SENS

L’ORÉAL

9

BB CREAM

L’ORÉAL

10

MAYBELLINE EXT MAT

L’ORÉAL

Fonte: IQVIA, PMB Mix, ano móvel MAT jul. 18 [(MAT significa Moving Annual Total – (Movimento Anual Total, em português)], Valores à Preço Consumidor, base de jul. 18 Segmentos considerados: maquiagem facial, para olhos, labial e conjunto de maquiagem

14 Especial Mulher

Higiene Íntima Trata-se de um setor que movimenta cerca de R$ 359 milhões entre as farmácias brasileiras. Por décadas, foi representado por absorventes, lenços umedecidos e sabonetes íntimos, mas agora ganhou mais um item que, aos poucos, vem ganhando espaço: os coletores menstruais. O segmento chegou ao mercado brasileiro em 2015, então a consumidora ainda está se familiarizando com o item e, aos poucos, aumentando o percentual da venda. Devido ao valor de venda, que é bem superior a um absorvente comum, o varejo tem a possibilidade de obter boa rentabilidade nesse item. Para estimular as vendas, os coletores menstruais devem ser posicionados próximos aos demais absorventes, preferencialmente ao lado dos internos. Já os itens regulares devem ser subdivididos em três grandes blocos na gôndola, deixando clara a separação entre absorventes internos, externos e os protetores diários. “Iniciamos a exposição com os protetores diários, junto aos lenços umedecidos e sabonetes íntimos. No fim do fluxo da gôndola, colocamos os produtos para o período menstrual, dando destaque para os absorventes internos, que têm maior valor e menor giro, separados por seus devidos tamanhos em cada marca”, orienta Alessandra. Em seguida, devem ser posicionados os absorventes externos em blocos de marca e todas as variantes (abas, cobertura, formato). “Por ser uma categoria que ainda gera certo constrangimento nos shoppers femininos, o ideal é que esteja localizada em um espaço bem feminino e com pouco fluxo de shoppers do sexo masculino”, destaca Alessandra. Como sugestões de cross-merchandising ficam os produtos relacionados ao período menstrual, como Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) voltados para cólica, bolsas de água quente e lenços umedecidos. “O cross-merchandising, se bem planejado e aplicado, é uma ferramenta excelente para ampliar o tíquete médio e a rentabilidade, já que oferece ao cliente soluções. Mas é preciso cuidar da escolha dos produtos. Vale sempre pensar em momentos de uso e consumo”, lembra Fátima.


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Beleza Itens mais vendidos Ranking

A IMPORTÂNCIA DA VENDA CONSULTIVA Geralmente, produtos de beleza apresentam um valor agregado maior que os itens de higiene pessoal. Para que o preço mais alto não afugente o consumidor, vale investir no treinamento de um atendente que saiba explicar os atributos diferenciados do produto, que justifiquem o valor acima da média. “Acho muito importante ter uma profissional que tenha conhecimento, ofereça informação de uso e saiba indicar quais os produtos mais adequados de acordo com idade, tom e tipo de pele da cliente. Não é empurrar mercadoria, é oferecer uma orientação. Antes de fazer qualquer sugestão, é preciso investigar a necessidade da cliente para indicar o item mais adequado, sempre oferecendo uma opção com preço médio”, orienta a professora e colaboradora do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar), Tereza Cristina. Além de justificar o investimento em itens de maior valor, uma atendente bem preparada pode explicar qual é a rotina diária ideal de cuidados com a beleza e sugerir itens correlatos ao que a consumidora está buscando. Estimular a experimentação e testar os produtos no próprio shopper feminino é outra vantagem. “Produtos de beleza são mais complicados para uma venda sem nenhum tipo de experimentação. Só acontece quando o cliente já é consumidor de determinado produto e a compra é apenas para reposição”, reflete a presidente da Academia de Varejo, Andrea Securato. Para o varejo, é importante que a cesta de compra do seu consumidor cresça e, para que isto ocorra, produtos precisam ser experimentados. “Especialmente maquiagens, pois são diferentes para cada mulher, para cada tom de pele, entre outras particularidades”, complementa a executiva.

16 Especial Mulher

Produto

Fabricante

1

DERMACYD

SANOFI

2

DERMAFEME

CIMED

3

NEEDS

RAIA DROGASIL

4

INTIMUS

KIMBERLY-CLARK

5

DERMAONE

CIMED

6

HUGGIES TURMA DA MÔNICA

KIMBERLY-CLARK

7

PROTEX

COLGATE

8

ETILUX

ETILUX

9

PRUDENCE ÍNTIMA

DKT DO BRASIL

10

BALANCE FEME

CIMED

Fonte: IQVIA, PMB Mix, ano móvel MAT jul. 18 [(MAT significa Moving Annual Total – (Movimento Anual Total, em português)], Valores à Preço Consumidor, base de jul. 18 Segmentos considerados: detergente para higiene íntima, lenços umedecidos, desodorante íntimo e outros produtos para higiene íntima

Depilatórios Em um País em que as temperaturas permitem que os corpos fiquem expostos na maior parte do ano e em que a cultura valoriza mulheres sem pelos aparentes, a presença de produtos depilatórios se faz obrigatória dentro das farmácias. Em um mercado de mais de R$ 69 milhões, os cremes, ceras e lâminas devem fazer parte do mix das farmácias ou, do contrário, serão vistos como ruptura pelas consumidoras. A exposição dessa categoria deve levar em conta a técnica de depilação, a marca, o formato de embalagem e o tipo de pele. Durante o verão, o consumo desses itens chega a crescer 54%, logo, nesse período, é válido pensar em ações em pontas de gôndolas e ilhas, além de trabalhar as oportunidades de cross-merchandising. Entre os possíveis produtos correlacionados, estão: loções refrescantes, esfoliantes e hidratantes. Itens mais vendidos Ranking

Produto

Fabricante

1

VEET

RECKITT BENCKISER

2

DEPI ROLL PROFISSIONAL

QUÍMICA GERAL

3

DEPI ROLL

QUÍMICA GERAL

4

DEPI ROLL RESISTAN

QUÍMICA GERAL

5

DEPIL BELLA

BIOCLEAN

6

DEPILSAM

DEPILSAM

7

DEPI ROLL HYDRATE

QUÍMICA GERAL

8

NEEDS

RAIA DROGASIL

9

DEPI ROLL SPA CARE

QUÍMICA GERAL

10

DEPIMIEL CERA

DEPIMIEL DO BRASIL

Fonte: IQVIA, PMB Mix, ano móvel MAT jul. 18 [(MAT significa Moving Annual Total – (Movimento Anual Total, em português)], Valores à Preço Consumidor, base de jul. 18 Segmentos considerados: cosmético para pré e pós-depilação, cosmético depilatório e produto pós-depilatório


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Saudabilidade

Vitaminas para elas Formulados com nutrientes essenciais à saúde da mulher, nutracêuticos e vitaminas trazem benefícios à pele, ao cabelo e às unhas, além de garantirem mais disposição e alta imunidade

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maior característica das mulheres atuais é ser multifuncional. Elas estudam, investem na carreira, cuidam dos filhos e ainda mantêm compromissos sociais e uma vida a dois. Mesmo com tantas atividades e responsabilidades, elas seguem vaidosas e fazem questão de cuidar da aparência. Com a rotina atribulada, as vitaminas e os nutracêuticos aparecem como grandes aliados das mulheres na manutenção e na melhoria da saúde, do bem-estar e da beleza. A ingestão adequada de vitaminas, minerais, fibras e outros compostos bioativos garante o bom funcionamento dos principais órgãos e sistemas vitais, o que acaba por promover uma maior disposição, bem-estar geral e 18 Especial Mulher

qualidade de vida. Tanto as vitaminas como os nutracêuticos podem oferecer esses benefícios, mas com abordagens distintas. Os nutracêuticos contêm um ou mais ingredientes biologicamente ativos que foram isolados ou purificados de alimentos. De acordo com a Equaliv, o termo vem da junção de “nutriente” + “farmacêuticos”, pois os nutrientes têm a capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde. As formulações contêm componentes, como vitaminas, minerais, enzimas e gorduras “boas”. Imagens: Shutterstock


NUTRACÊUTICOS E RECOMENDAÇÃO DE USO • Resveratrol: previne o câncer, melhora a aparência da pele, diminui o colesterol e elimina as toxinas do organismo. • Fitoesteróis: aliados na prevenção de doenças cardiovasculares e redução do nível de colesterol ruim no sangue (LDL). • Ômega 3: controla os níveis de colesterol, previne aterosclerose e protege o corpo de doenças cardiovasculares e cerebrais. • Betacaroteno: auxilia na proteção das células contra a ação dos radicais livres. • Fibras alimentares: ajudam na digestão, no funcionamento do intestino, controle da glicemia e emagrecimento. Fonte: Grupo Natubell

Podem ser comercializados como nutrientes isolados, suplementos dietéticos, produtos projetados ou alimentos processados, geralmente em forma de cápsulas e comprimidos. O uso é indicado na prevenção e no tratamento de doenças e na melhora da aparência, devido à alta concentração de nutrientes. Já as vitaminas ou os polivitamínicos são considerados suplementos alimentares indicados a indivíduos que não conseguem ingerir a quantidade ideal de nutrientes por meio da dieta diária. Essa deficiência pode ocorrer devido a uma alimentação desbalanceada, à prática intensa de esportes, ao consumo de medicamentos que dificultam a absorção de vitaminas ou como sintoma de alguma doença. Os nutracêuticos e as vitaminas são benéficos tanto para homens como para mulheres, mas como o público feminino tem necessidades específicas, a indústria conta com produtos formulados exclusivamente para atender às necessidades nutricionais das brasileiras. Para ser mais assertivos, os fabricantes ainda investem em formulações específicas para cada faixa etária e fase da vida, como gestação, lactação e terceira idade. “Também oferecemos vitaminas que visam tratar ou prevenir ativamente as doenças decorrentes da carência destas substâncias em públicos específicos, como é o caso dos produtos para tratamento da osteoporose, que são feitos à base de cálcio e possuem vitamina D em doses elevadas, destinados às mulheres idosas, com risco maior de desmineralização óssea”, conta o diretor adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Natulab, Olavo Rodrigues. Com níveis ajustados de nutrientes necessários para a saúde da mulher e dentro dos limites diários recomendados, os nutracêuticos e as vitaminas são capazes de promover inúmeros benefícios à saúde feminina.

“Os multivitamínicos complementam a alimentação e ajudam no melhor aproveitamento da energia dos alimentos, auxiliam nas defesas do organismo, contribuem para a manutenção da saúde da pele, das unhas e do cabelo, além de conterem vitaminas e minerais antioxidantes que ajudam a proteger as células da ação dos radicais livres”, afirma o diretor médico Latam Pfizer Consumer Healthcare, Luiz Henrique Fernandes.

Sopa de letrinhas Boa parte das fórmulas de nutracêuticos e vitaminas voltadas às mulheres é composta de substâncias que combatem o envelhecimento precoce, tido como o grande inimigo das mulheres. A oferta nas gôndolas é grande, por isso é importante que o atendente saiba explicar qual a função de cada nutriente descrito nos rótulos. Produtos que contêm vitaminas C e E, manganês e selênio, por exemplo, ajudam a proteger as células da ação dos radicais livres, agentes tóxicos que aceleram o processo de envelhecimento e promovem uma série de doenças. A vitamina C, especificamente, ainda desempenha um papel importante para a firmeza da pele e o combate às rugas, ao participar do processo de formação do colágeno. “As vitaminas A, B3 e biotina contribuem para pele, unha e cabelos saudáveis; a D melhora o sistema imunológico; e outras vitaminas do Complexo B – notadamente as B1, B5, B6 e B12 – ajudam na disposição, aumentam a energia e previnem a ocorrência de doenças oportunistas, o que é fundamental para o dia a dia ativo da mulher moderna”, orienta Rodrigues. “A deficiência de vitaminas do complexo B pode gerar um comprometimento da mitocôndria (usina de energia das células) e contribuir para o aparecimenOutubro 2018 • 19


Saudabilidade

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TIPOS DE VITAMINAS E RECOMENDAÇÃO DE USO • VITAMINAS E, MANGANÊS E SELÊNIO: ajudam a proteger as células da ação dos radicais livres, agentes tóxicos que aceleram o processo de envelhecimento. • VITAMINA C: ajuda a dar firmeza na pele, ao participar do processo de formação do colágeno, combate os radicais livres e aumenta a imunidade. • VITAMINAS A, B3 E BIOTINA: contribuem para manter pele, unha e cabelos saudáveis. • VITAMINA D: melhora o sistema imunológico e a absorção de cálcio. • VITAMINAS B1, B5, B6 E B12: ajudam na disposição, aumentam a energia e previnem a ocorrência de doenças oportunistas. Fontes: Natulab e Pfizer

Como trabalhar a categoria no ponto de venda? Para ter sucesso nas vendas de vitaminas e nutracêuticos, a primeira grande medida é trazer a categoria para fora do balcão. “Produtos confinados são mais difíceis de ser localizados, criam um passo adicional dentro da jornada de compras do consumidor e diminuem drasticamente a compra por impulso. Assim, é fundamental manter os multivitamínicos na área de autosserviço”, alerta o diretor de vendas da Pfizer Consumer Healthcare, Flávio Cunha. Depois, é necessário garantir um sortimento adequado de produtos, oferecendo marcas que atendam às distintas necessidades dos diferentes consumidores. Já a organização da gôndola deve ajudar o consumidor na localização do produto adequado. O mais recomendável é basear a exposição na divisão por subcategorias (multivitamínicos, monovitaminas, cálcio, vitamina D, etc.). “Respeitando o fluxo de pessoas, a prioridade na área quente da gôndola deve ser pelas marcas de maior valor agregado, visando ao aumento do tíquete médio. Outra alavanca poderosa é a capacitação dos balconistas, que devem ter condições de diferenciar cada vitamina, sabendo qual o principal efeito de cada uma”, afirma Cunha. Todas as orientações podem ser obtidas juntamente com os fabricantes, que, de maneira geral, têm interesse em treinar a equipe de atendimento do varejo. “É um item importante para o sucesso e expansão da categoria. A equipe de merchandising e de vendas oferece treinamento periódico para as equipes de farmacêuticos e balconistas. Além disso, também capacitamos as diferentes equipes dos distribuidores, que são habilitados para disseminar a informação para os varejistas”, garante Cunha.

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to de sintomas, como fadiga e letargia”, complementa Fernandes. Níveis adequados de uma grande variedade de nutrientes também são necessários para a manutenção da resposta do sistema imune. Entre os nutrientes que ajudam o sistema imunológico, estão selênio, cobre, magnésio, ácido fólico, betacaroteno e vitaminas A, B6, B12, C, D e E9. “A deficiência de algum desses nutrientes pode resultar em alterações na resposta imune, isto é observado mesmo quando a deficiência é relativamente leve”, ressalta. Além de trazer benefícios à saúde do paciente, os nutracêuticos e as vitaminas ajudam a melhorar a rentabilidade e o tíquete médio das farmácias. Esse é o principal canal de vendas da categoria no Brasil. “Estimamos que a representatividade do canal farmacêutico para essa categoria seja de aproximadamente 90%. É o principal local de busca e compra por parte do consumidor, seja de maneira espontânea, impactada por uma propaganda ou por meio de uma receita médica”, avalia o gerente de marketing da Biolab Farmacêutica, Marcelo Barbosa. Para extrair o potencial máximo da categoria, é preciso ter organização e exposição adequada no ponto de venda (PDV), pois o segmento engloba cerca de 260 marcas e quase 500 SKUs (a sigla que representa o termo Stock Keeping Unit, em português Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como um identificador único de um produto e é utilizada para manutenção de estoque). O sortimento deve ser definido de forma a oferecer produtos que atendam às distintas necessidades dos diferentes consumidores. Também é importante trabalhar faixas variadas de preço, pois o consumidor tem a percepção de que a categoria é cara.


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Contracepção

Liberdade de escolha

Com a evolução dos métodos contraceptivos, a mulher passou a contar com diferentes maneiras para prevenir gravidez e Doenças Sexualmente Transmissíveis

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esde as primeiras civilizações, métodos contraceptivos são utilizados. Na Grécia Antiga, acreditava-se que a semente da cenoura selvagem era capaz de prevenir a gravidez. Já os egípcios utilizavam tampões vaginais feitos de excremento de crocodilo, linho e folhas comprimidas. No Império Romano, bexigas de animais eram usadas para fabricar preservativos rudimentares que evitavam a proliferação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) que já circulavam entre a civilização humana. Foi apenas a partir do século 19 que surgiram os primeiros métodos contraceptivos mais semelhantes aos que conhecemos hoje. Em 1839, quando o engenheiro Charles Goodyear descobriu o processo de vulcanização da borracha e tornou o material flexível à temperatura ambiente, os preservativos deixaram de ser feitos com matéria-prima animal ou tecidos para se tornarem de borracha. No entanto, ainda eram grossos e caros, por isso, precisavam ser lavados para ser reutilizados. As camisinhas de látex só surgiram em 1880 e, a partir de então, tiveram a composição aprimorada, melhorando a confiabilidade e eficácia. Considerado um método anticoncepcional de barreira, a camisinha é a única maneira de prevenir tanto uma gravidez indesejada quanto o contágio de DSTs, incluindo a AIDS. 22 Especial Mulher

Ainda que extremamente eficaz, o uso do preservativo está em queda no Brasil. Dos dois mil homens entre os 15 e 25 anos de idade ouvidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em dez capitais brasileiras – Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo –, apenas 31% afirmaram usar preservativos. A consequência desse comportamento de risco é preocupante: casos de HIV (vírus da imunodeficiência humana, em português) entre jovens aumentaram 85% nos últimos dez anos. Outro método contraceptivo de barreira que surgiu no século 19 foi o diafragma, tampão de borracha fina com um aro circular endurecido para cobrir a saída da vagina. Ao proteger o colo do útero, o dispositivo impede a passagem dos espermatozoides, evitanImagens: Shutterstock


do a fecundação sem utilizar nenhum recurso hormonal. “A única ressalva é que tem de ser colocado entre quatro a seis horas antes da relação sexual e retirado seis a oito horas depois. É preciso lavá-lo e armazená-lo corretamente. Exige uma organização grande e é preciso saber manuseá-lo corretamente”, destaca o ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira. Entre os métodos contraceptivos de barreira ainda há a opção do Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre. “A colocação pode ser feita com ou sem analgesia por um ginecologista/obstetra e tem duração média de três a dez anos. Sendo necessário realizar o controle anual por meio de um ultrassom. Ao ser inserido no útero, o DIU de cobre causa um efeito inflamatório no endométrio, tornando o útero um ambiente hostil e impedindo que o espermatozoide fecunde o óvulo”, detalha o diretor da divisão médica da DKT International, Wilson Rodrigues. Entre os benefícios do DIU, está o fato de que ele não interfere nas relações sexuais e nem diminui a libido, além de poder ser retirado caso seja necessário, ou quando a mulher quiser engravidar. Modelos mais modernos podem ser aplicados logo após o parto. “Como o colo uterino está suficientemente dilatado, a inserção do DIU nesse período costuma ser bem mais confortável e quase imperceptível. Além disso, por ser livre de hormônio, garante uma amamentação mais segura e de qualidade para o bebê”, complementa Rodrigues.

Métodos hormonais Além do DIU de cobre, o mercado possui a opção de DIU de liberação hormonal. O dispositivo é aplicado da mesma maneira, mas a ação se dá por meio de liberação periódica de um tipo de progesterona sintética, o levonorgestrel. A substância ajuda a tornar o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides e, consequentemente, impedindo a fecundação. A eficácia do DIU é de 99,3% e ele não depende da disciplina da paciente para que o efei-

DOENÇAS MAIS DIAGNOSTICADAS ENTRE AS MULHERES Criada em 1960, a pílula anticoncepcional foi o primeiro método contraceptivo hormonal. A inovação revolucionou a vida sexual das mulheres, porque passou a permitir que elas tivessem controle sobre a ovulação. “Isso fez com que as mulheres não tivessem um número maior de filhos do que gostariam. Com isso, elas conquistaram melhores posições no mercado de trabalho e puderam estudar mais”, comenta o ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira. Ainda que eficaz, a pílula criada na década de 1960 era bem diferente das que circulam no mercado hoje em dia. Era composta por dois hormônios – estrogênio e progestágeno, como muitas fórmulas atuais, no entanto, a dose hormonal da época era de aproximadamente 150 microgramas, o que causava efeitos colaterais desagradáveis e até perigosos à saúde da mulher. Na década de 1990, depois de uma recomendação do Colégio Real de Ginecologia e Obstetrícia, a dose foi diminuída para 50 microgramas. Desde então, a quantidade de hormônio vem sofrendo progressivas reduções. Hoje, já existem pílulas anticoncepcionais com doses de 15 microgramas de estrogênio. “O que sabemos é que, quando se atingiu um nível abaixo de 50 microgramas, a chance de ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou de casos de trombose também reduziu consideravelmente e a eficácia continuou alta”, afirma o Dr. Oliveira.

to de proteção ocorra. Ainda assim, a popularidade desse método contraceptivo está longe do alcance da pílula anticoncepcional. Quando foi lançada no mercado em 1960 como o primeiro método contraceptivo hormonal, provocou uma revolução nos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, que puderam controlar a vida reprodutiva de maneira eficaz e mais acessível.

Preferência pela pílula As primeiras pílulas que chegaram ao mercado tinham altas doses de hormônios, que causavam efeitos colaterais desagradáveis. Com o passar dos anos, o método evoluiu e, hoje, a maioria das opções disponíveis possui doses hormonais bem mais baixas. Apesar de segura, a pílula possui algumas contraindicações para certos grupos. Mulheres com histórico familiar de trombose e embolia pulmonar, ou com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, devem dar preferência a outros métodos de contracepção. Para tabagistas e obesas, a pílula também é contraindicada. Quando administrada da maneira correta, ou seja, ingerida todos os dias e no mesmo horário, a chance de uma gravidez é de uma a cada mil mulheres. Agora, se o uso da pílula não é adequado, com esquecimento e interferência de outros medicamentos, as chances de concepção sobem de seis a oito para cada 100 mulheres. “Ser bastante rigoroso com o uso da pílula é fundamental”, alerta o Dr. Oliveira. Outubro 2018 • 23


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Contracepção

LINHA DO TEMPO

1968

1950

A primeira pílula que continha somente o progestágeno (depois chamada de minipílula) é lançada.

A noretisterona, um hormônio sintético semelhante à progesterona, é sintetizada.

1960

1970

O primeiro método contraceptivo hormonal é lançado, por meio da combinação de progestágeno e estrogênio sintético.

Dez anos depois da criação, dez milhões de mulheres já consumiam o anticoncepcional.

1990

Após uma recomendação do Colégio Real de Ginecologia e Obstetrícia, a dose de hormônios na pílula passou de 150 para 50 microgramas.

1962

A pílula anticoncepcional chega ao Brasil.

2018

Hoje, estima-se que existam cem milhões de usuárias de contraceptivos hormonais. Algumas pílulas contêm apenas 15 microgramas de hormônios.

Para aquelas que têm dificuldade de se organizar em relação à administração, existem outras opções de contraceptivos hormonais. A injeção mensal, o anel vaginal e o adesivo são métodos combinados, ou seja, possuem estrogênio e progestágeno na formulação. Já o DIU hormonal, o implante subcutâneo e os comprimidos formulados apenas com progestágeno, popularmente denominados de minipílulas, são métodos que contêm apenas um hormônio. Assim como a pílula, o principal mecanismo de ação desses métodos é inibir a ovulação, no entanto, com diferente mecanismo de ação. As pílulas têm absorção rápida, por isso precisam ser ingeridas diariamente. Já 26 Especial Mulher

nos demais métodos, os hormônios são absorvidos devagar, seja pela pele, pela camada subcutânea ou de forma intrauterina, a depender do recurso utilizado. A escolha do método contraceptivo mais adequado deve obedecer os critérios de elegibilidade da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Cada mulher que queira prevenir a gravidez tem de ser avaliada para verificar se há características clínicas, como tabagismo, enxaqueca, hipertensão, antecedente de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), alguma doença hepática, renal e diabetes”, orienta o Dr. Oliveira. Essa avaliação é feita para definir quais métodos teriam maior ou menor risco. “Esse é o primeiro passo. Depois que quantificamos o risco, aí temos de entender qual é o perfil dessa mulher. Caso se descubra que ela tem mais de 35 anos de idade e é fumante, não iremos indicar nenhum método hormonal combinado, porque o estrogênio aumenta o risco de AVC pela associação com o cigarro. Aí, podemos sugerir um método sem hormônio, como DIU de cobre”, explica o Dr. Oliveira.


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TPM

Montanha-russa de humor Devido a oscilações hormonais, o período pré-menstrual pode ser marcado por manifestações físicas, emocionais e comportamentais

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ma sigla formada por apenas três letras é capaz de trazer grandes transtornos. A tão falada Tensão Pré-Menstrual (TPM) afeta 85% de todas as mulheres que menstruam com pelo menos um ou mais sintomas pré-menstruais. Há ainda uma parcela menor – de 2% a 10% – que relata sintomas incapacitantes nessa fase. Independentemente do grau, é importante que fique claro: TPM não é frescura. Trata-se de um conjunto de manifestações físicas, emocionais e comportamentais que atinge mulheres em idade reprodutiva após a ovulação e antes da menstruação – a chamada fase lútea do ciclo menstrual. Os sintomas mais comuns estão relacionados ao transtorno do humor, como irritação, choro fácil, ansiedade e aumento do apetite, além de aspectos físicos, que envolvem cefaleia, mastalgia e inchaço, concentrados principalmente entre o 14º e 15º dias do ciclo. 28 Especial Mulher

“Acredita-se que esses sintomas são decorrentes da interação entre os neurotransmissores do Sistema Nervoso Central (SNC) e os hormônios normalmente produzidos durante o ciclo menstrual”, explica a ginecologista do Horas da Vida, Dra. Luiza Riccio. Todas as oscilações emocionais provocadas por essa confusão hormonal podem gerar uma sensação de frustração e impotência diante do quadro, agravando doenças preexistentes, como ansiedade, depressão e obesidade. “As mulheres mais suscetíveis à variação hormonal, vivendo sob alto estresse, têm mais chances de desenvolver TPM. Além disso, o ambiente de convívio diário também pode influenciar no aparecimento dos sintomas”, destaca o ginecologista do Hospital do Coração (HCor), Dr. Francis Helber. Apesar da alta prevalência, a TPM não atinge todas as mulheres da mesma maneira. “Os sintomas nem sempre são exacerbados em todas as pacientes. Aquelas que são portadoras de outras patologias, como endometriose, cursam com sintomas ainda mais intensos”, destaca o ginecologista da clínica Pérola Mater, Dr. Paulo Henrique Di Rocco Santos.

Prevenção e tratamento Adotar um estilo de vida saudável é um dos caminhos para atenuar a intensidade dos sintomas da TPM. Isso envolve ter o número de horas adequadas de sono, reduzir o estresse, manter uma boa alimentação e, principalmente, praticar exercícios físicos regularmente. Imagens: Shutterstock


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TPM

DIFERENTES ESTADOS DE HUMOR DA TPM Irritação

Cansaço

Agressividade

Aumento do apetite

Dificuldade de concentração

Ansiedade

Essas medidas são benéficas, pois estimulam a ação dos receptores opioides, beta-endorfínicos e flavonoides neuroativos. Os exercícios também aumentam o metabolismo e melhoram a circulação sanguínea, ajudando a reduzir o edema (inchaço) durante o período menstrual. Pacientes que têm sintomas incapacitantes podem não ser beneficiadas apenas com a adoção de um melhor estilo de vida. Em muitos casos, também é necessário o uso de medicações, sempre com o acompanhamento de um profissional de saúde. Entre as alternativas mais utilizadas, estão os inibidores de serotonina e suplementação de vitamina B6, cálcio e magnésio. “O uso de antidepressivos para melhora das alterações de humor também tem bons resultados. A administração de anticoncepcionais é outra alternativa, já que essas alterações e interações hormonais são decorrentes do processo de ovulação”, informa o Dr. Helber, lembrando que os tratamentos para TPM devem ser sempre individualizados. Vale destacar que existem alguns alimentos que podem agravar os sintomas da TPM. Os grandes vilões são aqueles que retêm líquidos devido ao alto teor de sódio (refrigerantes diet e enlatados), ou muito gordurosos, que provocam inflamação crônica, aumentando a dor e irritabilidade (carne vermelha e frituras). Alimentos com cafeína (chá e café) e chocolates, se ingeridos em excesso, também podem aumentar a irritabilidade emocional e diminuir a qualidade do sono. 30 Especial Mulher

Oscilação brusca de humor

Choro fácil

POR QUE ALGUMAS MULHERES TÊM TPM E OUTRAS NÃO? De acordo com o ginecologista da clínica Pérola Mater, Dr. Paulo Henrique Di Rocco Santos, os sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM) são decorrentes de variações hormonais individuais, por isso, cada paciente apresenta diferentes sintomas e graus de intensidade. Ainda assim, o problema acomete a grande maioria das mulheres. Na faixa etária entre 15 e 35 anos, é muito comum, chegando a quase 90% da população. “Apesar dos números elevados, os sintomas nem sempre são exacerbados em todas as pacientes. Mulheres que são portadoras de outras patologias, como endometriose, cursam de sintomas ainda mais intensos.”


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Cólica

Dor mensal Grande parte das mulheres brasileiras sofre com cólica em todo o período menstrual. Além de sentirem o característico desconforto no baixo-ventre, muitas ainda se queixam de dores de cabeça, nas costas e nas pernas

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dor é uma visita de frequência mensal para 76% das brasileiras. Esse é o percentual de mulheres que sofrem regularmente com cólicas menstruais, segundo pesquisa feita em todas as regiões brasileiras pela Conectaí, do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) Inteligência. A origem de desconforto está na liberação de substâncias inflamatórias (prostaglandinas) na parede uterina, gerando contrações dolorosas do órgão. Já o grau dessa dor é definido pela predisposição genética e sensibilidade individual. Ainda de acordo com os números da pesquisa de âmbito nacional, apenas 16% das mulheres consideram as cólicas como algo natural, que deve ser encarado com normalidade. Para a ampla maioria (75%) das mulheres entrevistadas, a cólica atrapalha a realização de atividades diárias por causa da dor. Não bastasse o incômodo na região abdominal, 59% das brasileiras se queixam que a cólica menstrual vem acompanhada de dores de cabeça, conhecida como migrânea menstrual ou ainda cefaleia menstrual. O problema ocorre porque, durante o período da menstruação, o organismo diminui a produção de estrogênio. Essa queda hormonal faz com que os vasos se dilatem e provoquem dor de cabeça. 32 Especial Mulher

Há ainda 46% de mulheres que sofrem com dores nas costas quando estão menstruadas. “A inervação da região do baixo-ventre tem comunicação com a região final da coluna (sacral), provocando dor irradiada nesta região, bem como nas pernas”, explica a ginecologista e obstetra no Rio Branco Centro Médico, Dra. Ana Carolina Lucio Pereira O mais comum é que a cólica seja mais intensa nos primeiros dias do ciclo menstrual, quando há maior quantidade de sangramento e liberação da substância prostaglandina.

Causas secundárias Existem algumas patologias ginecológicas que podem ser fonte de cólica, como a endometriose, doença de saúde reprodutiva Imagens: Shutterstock


MITOS E VERDADES SOBRE A MENSTRUAÇÃO 1. É possível engravidar estando menstruada? VERDADE. É raro, mas há casos em que a produção hormonal sofre forte variação e a ovulação ocorre durante o período menstrual. 2. Lavar os cabelos no período menstrual faz mal? MITO. Não há nenhuma relação comprovada. 3. Andar descalço é perigoso? MITO. Não há comprovações científicas que relacionem o chão frio com complicação das cólicas. 4. Pegar friagem pode ser ruim? DEPENDE. Frio não traz nenhum prejuízo à saúde da mulher, mas o calor localizado pode ser um tratamento alternativo para amenizar os sintomas da cólica. 5. Mulheres que convivem juntas podem sincronizar o período menstrual? VERDADE. Por competitividade natural da espécie humana, a produção hormonal pode se sincronizar e fazer com que o período menstrual ocorra em período similar. 6. Ter relações sexuais durante o período menstrual aumenta as chances de contração de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)? VERDADE. O sangue age como “alimento” para microrganismos, tornando-se o ambiente perfeito para proliferação de doenças. 7. Fluxo intenso pode causar anemia? MITO. A carência de nutrientes é um risco apenas quando há um quadro alterado, como miomas uterinos e gravidez ectópica. 8. Ter relações sexuais durante o período menstrual é ruim para a saúde da mulher? MITO. Desde que haja proteção contra DSTs, não há qualquer prejuízo em se manter relação sexual quando menstruada. Fonte: ginecologista e obstetra no Rio Branco Centro Médico, Dra. Ana Carolina Lucio Pereira

QUAIS OS POSSÍVEIS TRATAMENTOS PARA CÓLICA? • Anti-inflamatórios não hormonais. • Uso de contraceptivos que diminuam o fluxo ou até mesmo levem à ausência de menstruação. • Calor local, que relaxará as fibras miometriais, diminuindo a sensação dolorosa. • Cirurgias corretivas de patologias que provocam cólicas, como endometriose e inflamações da região pélvica.

comum, que ocorre quando o tecido semelhante ao revestimento uterino (o endométrio) cresce fora do útero e afeta de 10% a 15% de mulheres em idade fértil, com maior prevalência na faixa etária de 20 a 40 anos. “Nem toda cólica menstrual é normal”, destaca o diretor do núcleo médico do Aché Laboratórios, Dr. Eduardo Motti. “Muitas vezes, a ideia de normalidade acaba mascarando os sintomas da doença e a mulher acaba sendo subdiagnosticada”, diz. Por isso, é importante dar atenção às cólicas menstruais se forem realmente incômodas, procurar um profissional de saúde, investigar as causas e ouvir a opinião de outros especialistas. Doenças inflamatórias da região pélvica ou, até mesmo, o uso de Dispositivo Intrauterino (DIU) também podem ser fontes de cólicas anormais. “Cólicas fortes com recorrência frequente devem ser investigadas e se não cessarem com uso de anti-inflamatórios e calor local, visto que não houve sucesso com o relaxamento da fibra muscular uterina, é necessário diagnóstico complementar para o correto diagnóstico da dor referida”, reforça a Dra. Ana Carolina.

Prevenção e tratamento A sensação dolorosa causada pela cólica menstrual pode ser amenizada pela liberação de endorfinas (analgésicos naturais) decorrente da prática de exercícios físicos. “Os hormônios são mensageiros químicos produzidos pelas glândulas secretoras. O equilíbrio do sistema endócrino traz mais saúde e mais estabilidade hormonal, consequentemente, há uma diminuição das cólicas”, descreve a psicanalista transpessoal e professora de yoga, Lucia Sandri. Para quem prefere um tratamento oral, a Dra. Ana Carolina, diz: “O hormônio de ômega 3 é um anti-inflamatório com muitos benefícios ao organismo”. Agora, uma vez que a dor já esteja instalada, é indicado o uso de anti-inflamatórios não hormonais, além de aplicação de calor local, que relaxará as fibras miometriais, diminuindo a sensação dolorosa. Outubro 2018 • 33


Maternidade

Corpo em mudança Para ser capaz de abrigar uma vida por nove meses, o organismo da mulher sofre inúmeras mudanças ao longo da gestação

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pesar da taxa de fecundidade no Brasil ter caído drasticamente ao longo das décadas – em 1960, era de 6,3 filhos por mulher e, hoje, não passa de 1,7 –, o desejo de ser mãe ainda permeia o pensamento de boa parte das mulheres. Trata-se de uma etapa natural do desenvolvimento feminino. “É um período de mudanças intensas e profundas. Essas transformações vão muito além do físico, dizem respeito à identidade e aos papéis sociais que a mulher desempenha”, reflete a psicóloga clínica Fernanda Reina. A única questão é que, na atual configuração da sociedade, é preciso dividir os cuidados da maternidade com os estudos, a carreira profissional e a vida social. O acúmulo 34 Especial Mulher

de funções e o eterno sentimento de culpa de não poder dar dedicação integral a nenhuma das áreas da vida é a principal angústia das mulheres contemporâneas. “Com todas as mudanças, novos tempos e novas ocupações, aumentaram-se as demandas e, junto com isto, o estresse gerado. O estresse negativo afeta duas vezes mais mulheres do que homens. Há ainda a autocobrança, para corresponder aos modelos sociais ideais de carreira, de beleza, etc.”, analisa o psicólogo e especialista em Medicina Comportamental pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Valdecy Carneiro. Por conta de todas as frentes que devem ser administradas para que a materniImagens: Shutterstock


dade ganhe espaço, boa parte das gravidezes atuais é planejada. Esse processo de preparo deve se iniciar com uma visita ao ginecologista, que, segundo o protocolo de ação atual, deve recomendar a suplementação de ácido fólico. O reforço do nutriente é indicado antes mesmo da concepção, porque a substância é responsável por fechar o tubo neural do bebê. “O sistema nervoso do embrião se desenvolve logo nas primeiras semanas de gestação, por isso, a prevenção de qualquer má formação deve ser iniciada antes da gravidez, para garantir um desenvolvimento neurológico mais favorável”, conta a especialista em Reprodução Humana Assistida, Ginecologia e Obstetrícia, Dra. Adriana de Góes. Há ainda outra medida essencial a ser feita antes da concepção ou logo após a

SUPLEMENTAÇÃO RECOMENDADA Ácido fólico – substância

fundamental para o fechamento adequado do tubo neural e desenvolvimento de todo o sistema nervoso do bebê. O complemento deve ser administrado antes mesmo da concepção. Ferro e B12 – com a produção do leite e amamentação, é comum que haja uma baixa na taxa dessas vitaminas, o que pode causar queda de cabelos e outros sintomas. Vitamina D – a falta desse nutriente pode aumentar a chance de pré-eclâmpsia (complicação da gravidez que se caracteriza por um quadro de hipertensão arterial e perdas de proteínas na urina).

descoberta da gestação: um check-up médico completo. É preciso investigar se há alguma infecção vigente, pois doenças, como rubéola, toxoplasmose e citomegalo vírus, aumentam o risco de má formação para o bebê. Também é necessário fazer um exame de sorologia para verificar a existência de alguma Doença Sexualmente Transmissível (DST), como sífilis, AIDS e HPV (papiloma vírus humano, em português). O protocolo correto do ginecologista ainda deve envolver uma avaliação do histórico familiar da paciente. Mulheres com predisposição a desenvolver trombose ou alterações genéticas precisam receber acompanhamento especial durante a gestação, assim como portadoras de diabetes, disfunções na tireoide e anemia.

Nove meses de mudanças A cada novo mês da gestação, o corpo reage de uma maneira diferente, preparando a mulher para a geração de uma vida. Cada gestante vivencia a gravidez de maneira única e particular, mas alguns sintomas e sinais são comuns entre a maioria delas. O aumento do volume nos seios, por exemplo, costuma ocorrer logo no início da gravidez e provoca muito incômodo. Compressas de água fria ajudam a dar alívio à tensão mamária, mas o efeito costuma ser temporário e sem qualquer impacto sobre a flexibilidade da pele. O ideal é que, durante toda a gestação e o período de amamentação, sejam feitas massagens com produtos específicos, capazes de preservar a elasticidade da pele e estimular a produção de fibras. “Existem fórmulas apropriadas para a gravidez, que excluem ingredientes desaconselhados, como parabenos, ftalatos, fenoxietanol, cafeína, bisfenol A e S, álcool”, Outubro 2018 • 35


Maternidade

MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER • Os seios ficam doloridos e podem aumentar em até três vezes o volume natural. • O quadril se alarga para dar passagem ao bebê durante o parto normal. • No rosto, podem surgir manchas e acne, por conta do aumento da progesterona. • Algumas veias, como as da barriga, mamas e pernas, tendem a ficar mais visíveis em virtude do aumento do volume sanguíneo. • Os cabelos ficam mais finos e brilhosos devido à superprodução de estrógeno. • O útero passa de 90 cm3 para 1.000 cm3 perto do parto, aumentando cerca de 20 vezes o peso original.

CRESCIMENTO DO FETO MÊS A MÊS 1º mês

Após a fecundação, a placenta começa a se formar, envolvendo o embrião com o líquido amniótico – responsável por auxiliar na alimentação e proteção do embrião contra eventuais impactos. Medida: entre 0,4 cm e 0,5 cm.

2º mês

Nessa fase, se inicia a formação do sistema nervoso e dos aparelhos digestivo, circulatório e respiratório. Os olhos, a boca, o nariz, os braços e as pernas também começam a se desenvolver. O coração bate aproximadamente 150 vezes por minuto. Medida: em torno de 4 cm.

3º mês

O período é marcado pelo desenvolvimento do esqueleto, das costelas e dos dedos de mãos e pés. Todos os órgãos internos se formam até o fim do mês. Medida: 14 cm.

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4º mês

O bebê já começa a se movimentar, sugar e engolir. Ele também é capaz de perceber alterações de luz e diferenciar gostos amargos e doces. Medida: em torno de 16 cm.

7º mês

O bebê já boceja, abre os olhos, dorme e se movimenta. Os órgãos internos continuam crescendo e ele ouve e reage a estímulos sonoros, como músicas e conversas. Medida: entre 35 cm e 40 cm.

5º mês

Nascem os primeiros fios de cabelo, cílios e sobrancelhas. Formam-se as trompas e o útero nas meninas e os órgãos genitais dos meninos que podem ser vistos no exame de ultrassom. Consegue realizar movimentos como franzir a testa e chupar o dedo. Medida: em torno de 25 cm de comprimento.

8º mês

O bebê começa a se preparar para ficar em posição de parto – de cabeça para baixo. Uma camada de gordura se forma sob a pele do bebê para protegê-lo da temperatura externa na hora do nascimento. Os pulmões estão quase prontos e os ossos ficam mais resistentes. Medida: entre 40 cm a 45 cm.

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6º mês

O bebê consegue reconhecer sons externos, especialmente a voz e a respiração da mãe. Lábios e sobrancelhas começam a ficar mais visíveis e as pontas dos dedos apresentam sulcos que se tornarão as impressões digitais. Medida: em torno de 32 cm.

9º mês

Todos os órgãos estão completamente formados e o bebê já consegue controlar a respiração. Em torno da 40ª semana, ele está preparado para nascer. Medida: entre 45 cm e 50 cm.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2011/10/conheca-todas-as-etapas-de-desenvolvimento-do-bebe, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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Maternidade

orienta a gerente de marketing da Mustela® no Brasil, Marina Lima. A massagem pode ser combinada ao cuidado para a prevenção das estrias, outra grande queixa comum a 90% das gestantes. Geralmente, as marcas indesejadas na pele começam a surgir no último trimestre da gravidez, principalmente entre a 26ª e 27ª semanas. O problema acomete até 90% das mulheres grávidas, mas alguns fatores podem potencializar o aparecimento de estrias nesse período. “A idade da mãe, ganho de peso excessivo durante a gravidez e o tamanho do bebê são os três principais fatores. A tendência natural a estrias, obesidade e tabagismo também podem colaborar”, relata a dermatologista Dra. Carolina Maçon. Uma vez que as estrias já surgiram, o tratamento para retirá-las é complexo e dificilmente terá 100% de êxito. Por isso, o melhor caminho é investir em um trabalho preventivo desde o início da gestação. O uso de hidratantes nas áreas de risco – seios, abdômen e quadril – é fundamental. “No entanto, só devem ser usados produtos com princípios ativos sabidamente isentos de efeitos nocivos à gestante”, alerta a dermatologista, especialista em dermatologia pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Erica Monteiro.

De olho na balança O controle do peso ao longo da gestação também é um fator importante para evitar o aparecimento de estrias, além de ser fundamental para a saúde da mãe e do bebê. Em gestações sem fatores de risco, o ganho de oito a 12 quilos é considerado normal. No entanto, para mulheres que já engravidaram com sobrepeso ou que são portadoras de diabetes, os parâmetros aceitáveis são mais baixos. “O sobrepeso aumenta muito o risco de desenvolver diabetes, hipertensão e trom38 Especial Mulher

bose”, ressalta a Dra. Adriana. “Já a paciente que engravida sendo diabética tem mais riscos de ter um bebê com má-formação. E aquelas que desenvolvem a doenças durante a gestação têm risco de que o bebê tenha problemas durante e depois da gravidez”, conta a Dra. Adriana. Para evitar o surgimento de qualquer complicação, é importante manter uma boa alimentação. A suposta necessidade de “comer por dois” é apenas um mito popular, que não deve ser levado a sério. As gestantes precisam seguir as recomendações básicas de toda alimentação: dieta nutritiva e balanceada, composta por 50% de carboidratos, 30% proteínas e 20% gordura, além de leite e derivados.

Exercícios recomendados A prática de atividades físicas também está liberada, respeitando os hábitos anteriores à gestação. “Mulheres ativas podem manter a rotina, mas com vigilância e menos intensidade. A única atividade que não é indicada são os exercícios de impacto, como lutas”, pontua a membro da comissão de Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Dra. Juliana Silva Esteves Penha. Face bem-cuidada Além dos cuidados com o corpo, o rosto também demanda atenção por parte das futuras mães. Devido ao aumento da progesterona, o surgimento de acne é bem comum. O tratamento indicado envolve ácido azelaico, nicotinamida e clindamicina tópica, sempre com orientação de um profissional de saúde para evitar qualquer prejuízo à saúde. Outro problema de pele bem recorrente na gravidez é o aparecimento de manchas escuras no rosto, conhecidas como melasma. Excesso de exposição solar e predisposição genética podem piorar o quadro natural, por isso o uso de filtro solar torna-se ainda mais importante na gestação. O ideal é optar por um produto que, além do Fator de Proteção Solar (FPS) alto, tenha cor de base, pois o efeito protetivo tende a ser maior.

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Questões da mulher madura Além de marcar o fim da idade reprodutiva, a menopausa traz mudanças corporais, alterações hormonais e sintomas desagradáveis; é preciso ter cuidados especiais para atravessar a fase da melhor maneira possível

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Imagens: Shutterstock


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vida da mulher é marcada por mudanças no funcionamento do organismo. A primeira grande transformação ocorre logo na adolescência, com a chegada da menarca, que dá início à vida fértil feminina. No outro extremo, está a menopausa. Habitualmente, ela ocorre entre 48 e 50 anos de idade, mas existem casos precoces, que se manifestam a partir dos 35 anos, e tardios, que acontecem somente após os 55 anos. Para determinar se a menopausa se iniciou de fato, é preciso se atentar a certos sinais. Antes da condição se instalar em definitivo, o corpo já sofre algumas alterações hormonais, chamadas de climatério ou pré-menopausa. Somente quando a mulher passa um ano completo sem menstruar, pode-se considerar, enfim, que a menopausa começou. Em mulheres que retiraram o útero, o marco é a elevação dos hormônios FSH e LH. Por representar o fim de um ciclo, algumas mulheres têm dificuldade de lidar com a chegada da menopausa. Mudanças corporais e baixa produção de alguns hormônios – quadros característicos desse período – podem gerar um sentimento de inadequação e desvalorização da própria feminilidade. “Encarar a vida como uma sucessão de ciclos, em que cada qual tem a sua beleza, pode ser uma boa maneira de manter a tranquilidade e paz de espírito. É preciso lembrar que há coisas na vida que são possíveis mudar e outras, não. Para quem está vivo, envelhecer não é opcional”, reflete o psicólogo e especialista em Medicina Comportamental pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), Valdecy Carneiro.

Características individuais Ter uma visão serena da menopausa pode ser difícil diante dos sintomas comuns à condição. “Pele seca, queda de cabelo, fragilidade das unhas, secura vaginal, diminuição do tônus da pele por queda da produção de colágeno, sintomas urinários e perda de massa óssea e muscular e, principalmente, perda da libido são algumas das queixas mais comuns”, descreve o ginecologista do Hospital Santa Catarina, Dr. Flávio Roberto Tanesi. A vivência dos sintomas de menopausa é variável entre as mulheres, havendo aquelas que nada ou pouco sentem e outras que sofrem os incômodos descritos de forma muito intensa.

Amenizando os sintomas De maneira geral, os sintomas podem ser amenizados por meio de exercícios físicos, boa dieta e controle do peso corporal. Também devem-se evitar situações de esOutubro 2018 • 41


Menopausa

SINTOMAS DE IMPACTO DA MENOPAUSA

Dificuldade de memória.

Instabilidade emocional: mudanças bruscas de humor, irritabilidade, depressão, ansiedade sem causa aparente.

Ondas de calor repentinas, seguidas de sensação de frio, geralmente no tronco, pescoço e cabeça – podem ser desencadeadas por bebida alcoólica, ambientes quentes ou situações de estresse.

Suor excessivo.

Secura vaginal: quando o estrogênio deixa de ser produzido, o tecido vaginal atrofia.

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Perda de turgor da pele: devido à queda na produção de colágeno.

Diminuição da libido ou falta de desejo sexual.

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Fonte: ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Eduardo Vieira da Motta

tresse, usar roupas leves e evitar bebidas alcoólicas. Há ainda a possibilidade de fazer uso da reposição hormonal, que é a forma medicamentosa de controle dos sintomas. Mulheres que não possam ou não desejam usar hormônios podem utilizar algumas medicações que auxiliam no controle desses sintomas. Elas são compostas de substâncias que interferem no metabolismo da serotonina e da dopamina no Sistema Nervoso Central (SNC). É o caso da isoflavona, uma classe de substância que apresenta efeito no organismo semelhante ao do estrogênio natural ou medicamentoso, porém em menor intensidade. 42 Especial Mulher

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“São substâncias derivadas de plantas e, por isso, conhecidas como fitoestrogênios. Funcionam estimulando os mesmos receptores dos hormônios estrogênios. Devido à sua baixa potência, podem ser utilizados em pacientes com contraindicação para uso da terapia hormonal convencional”, explica o ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Eduardo Vieira da Motta. Em algumas situações, a tecnologia também pode ajudar a manter a qualidade de vida da mulher, principalmente quando se trata da sexualidade. “A aplicação de laser ou corrente elétrica vaginal pode melhorar transitoriamente a qualidade do tecido vaginal para atividade sexual”, conta o Dr. Motta.


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Ressecamento Vaginal

Desconforto íntimo Cerca de 17% das mulheres entre os 18 e os 50 anos de idade têm problemas de secura vaginal; a origem pode estar em questões emocionais e físicas

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ais seguras e empoderadas, as mulheres estão cada vez mais à vontade para manter uma vida sexual ativa e prazerosa. O problema é que podem existir alguns obstáculos que tornam mais difíceis o caminho para a satisfação. Ressecamento vaginal é um desconforto comum na hora da relação sexual. Sem a lubrificação adequada, muitas mulheres se queixam de dor, dificuldade de se relacionar com o parceiro e até mesmo sangramento em casos mais extremos. Mais comum do que se imagina, as causas da secura vaginal podem estar relacionadas tanto a fatores emocionais, como fí44 Especial Mulher

sicos. “Acontece quando existe uma redução na produção das secreções fisiológicas da mucosa (camada de células que recobre a vagina) e de glândulas próximas à vagina, e também como decorrência de um afinamento da mucosa”, explica o obstetra, ginecologista e presidente da Associação Brasileira de Climatério (Sobrac), Dr. Luciano Pompei. Em condições ideais, a lubrificação natural é produzida por glândulas presentes, tanto no útero quanto na vagina. Essa secreção é levemente ácida, o que ajuda a prevenir infecções. “Algumas glândulas produzem lubrificação extra quando a mulher está excitada, entre elas, um par de glândulas chamadas Bartholin, Imagem: Shutterstock


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Ressecamento Vaginal

TIPOS DE GÉIS E POMADAS LUBRIFICANTES que fica na entrada da vagina”, descreve a sexóloga, ginecologista e parceira da Innuendo, boutique erótica de São Paulo, Dra. Nelly Kobayashi. A queda dessa lubrificação natural pode ocorrer nas mais diversas etapas da vida sexual feminina. Cerca de 17% das mulheres entre os 18 e os 50 anos de idade têm problemas de secura vaginal durante o sexo. “Isso pode ocorrer, principalmente, por falta de desejo e excitação sexual, associado a causas psicológicas, como medo ou estresse, ou por falta de preliminares. Outras razões incluem uso de medicações, como antidepressivos ou diuréticos, anticoncepcionais, tratamento com radioterapia ou quimioterapia, cirurgias vaginais ou doenças, como líquen”, conta a Dra. Nelly. No pós-parto, durante os primeiros meses de amamentação, e no climatério também pode haver falta de lubrificação vaginal. Isso porque os ovários diminuem a produção de hormônios do tipo estrogênio. “Com essa redução, a mucosa vaginal tende a ficar mais fina e acontece uma menor produção de secreção fisiológica vaginal, tornando a vagina mais ressecada”, conta o Dr. Pompei, destacando que mais da metade das mulheres que estão no período do pós-parto apresentam o problema. Outra situação em que o ressecamento vaginal ocorre com frequência é na menopausa. Estima-se que a falta de lubrificação atinja 58% das mulheres nessa fase, devido à redução da produção de hormônio estrogênio pelos ovários. Com a falta dele, a pele, os grandes e pequenos lábios (vulva) e a vagina tornam-se mais finos e menos elásticos, além da vagina ficar mais seca.

Impacto importante Mais que desconforto, a secura vaginal pode afetar a qualidade de vida. “Causa um abalo emocional importante, pois, além de causar dor e atrapalhar a vida sexual e a harmonia com o parceiro, pode levar à perda da autoestima”, alerta a Dra. Nelly. 46 Especial Mulher

Existem diversos produtos bem eficientes que ajudam a amenizar o ressecamento vaginal e que permitem uma relação sexual mais prazerosa. Para atender à necessidade das mulheres que sofrem com secura vaginal, as farmácias devem oferecer diferentes tipos de lubrificantes e saber fazer a indicação correta. LUBRIFICANTES LÍQUIDOS E EM GEL: reduzem o atrito durante o ato sexual. Ideais para quadros de tecido vaginal fino e seco. Devem ser aplicados diretamente na vagina e na vulva antes da penetração. Têm ação imediata e não são absorvidos pela pele, oferecendo um alívio temporário das dores associadas à secura vaginal. Podem ser formulados à base de água, silicone ou óleo. HIDRATANTES VAGINAIS: feitos para mulheres que sentem desconforto contínuo resultante de secura vaginal, assim como dor durante a relação sexual. Ao contrário dos lubrificantes, os hidratantes podem ser aplicados diariamente e até duas horas antes da relação sexual. São formulados para repor e manter a humidade vaginal. CREME COM ESTROGÊNIO: visa tratar o sintoma do ressecamento vaginal e não somente a causa. Aplicado diretamente na vagina durante alguns dias e antes do ato sexual, irá proporcionar um equilíbrio hormonal, combatendo a secura vaginal com lubrificação natural, devido ao aumento dos níveis de estrogênio POMADA LUBRIFICANTE: reduz a sensibilidade no local aplicado, diminuindo qualquer sensação de desconforto. Mais utilizada na penetração anal para evitar dor durante a relação sexual. Fonte: sexóloga, ginecologista e parceira da Innuendo, boutique erótica de São Paulo, Dra. Nelly Kobayashi

Apesar de tamanho impacto, apenas um quarto das mulheres com essa queixa realmente procura tratamento. “Muitas vezes, elas não comentam com seus médicos sobre isso, por timidez, vergonha ou outros motivos, mas é importante informar. O médico irá verificar a presença de outros sintomas concomitantes e avaliar outros parâmetros de saúde para decidir o tratamento mais adequado”, recomenda o Dr. Pompei. Para as mulheres que têm vontade de combater o ressecamento, o ginecologista é o profissional mais indicado para ajudar. Em primeiro lugar, deve-se identificar a causa e, se possível, tratar. “Trocar medicações que causam ressecamento, trocar o anticoncepcional e investigar doenças são algumas das situações possíveis e fáceis de solucionar. Além disso, existem várias maneiras de melhorar a secura vaginal, entre elas, o uso de lubrificantes, hidratantes vaginais, cremes com hormônio ou tratamento com laser”, relata a Dra. Nelly. Os produtos à base de água ou silicone são mais indicados para quem usa preservativo, pois não reagem com ele. Também costumam causar menos alergias. “É sempre importante procurar um que tenha pH neutro e, antes de usá-lo, aplicar em uma pequena área do corpo (como antebraço) para testar alergias. Os outros tratamentos só devem ser usados com indicação médica”, complementa.


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Incontinência Urinária

Perda involuntária Mais que um problema de saúde, a incontinência urinária tem impacto emocional e social na vida da mulher

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inda que seja motivo de tabu, a incontinência urinária é muito mais comum do que aparenta. Pouco se discute a respeito, mas muitas mulheres sofrem com perda da musculatura pélvica na gravidez e no parto. Com o passar do tempo, os efeitos dessas fases da vida feminina se acumulam e, a partir dos 40 anos de idade, podem gerar perda involuntária de urina em momentos corriqueiros, como prática de exercícios físicos, tosse, risada, saltos, etc. Com a chegada da menopausa e com o processo de envelhecimento natural do organismo, a incontinência pode se tornar intensa, provocando urgência na vontade de urinar ou perda da capacidade de “conter” a urina. A incidência da incontinência urinária apresentada é muito variada na literatura médica, porque os métodos usados para verificar o problema diferem muito nos estudos publicados. “Um levantamento populacional realizado em cinco capitais brasileiras, com mais de cinco mil entrevistados, demonstrou prevalência superior a 45% de incidência de incontinência urinária na população feminina mais idosa”, conta a enfermeira estomaterapeuta e integrante da Associação Brasileira de Estomaterapia, Gisela Assis. No entanto, há outros estudos que estimam que mais 60% da população feminina será afetada em alguma etapa da vida. Essa ampla margem de porcentagem se deve à faixa etária pesquisada e pela forma como a pergunta é feita para a população que se está estudando. “As respostas podem ser diferentes, se a questão for: ‘Você já perdeu urina?’ ou ‘Você perde urina regularmente?’”, explica o urologista e parceiro de Bigfral, marca do grupo Ontex, Dr. Paulo Rodrigues. Ainda que haja discrepância entre os dados da prevalência do problema, um fato é certo: as perdas urinárias involuntárias são algo crescente no mundo, sobretudo em populações com perspectiva de envelhecimento acelerado, como é o caso do Brasil. Isso ocorre porque a bexiga é um órgão complexo, que requer um sistema neuronal saudável e coordenado para seu adequado funcionamento. O envelhecimento traz 48 Especial Mulher

consigo alterações fisiológicas que podem dificultar o desempenho regular desse órgão.

Questão emocional Mais que um problema de saúde, a incontinência urinária tem impacto sentimental e social na vida da mulher, pois causa constrangimento e abala a autoestima. “Ela deixa de usar as roupas de que gosta, sente-se insegura em sair de casa, criando uma preocupação em achar um banheiro nos locais que frequenta, limita suas viagens, deixa de fazer atividade física”, reflete a fisioterapeuta da sexualidade do Espaço Íntimo Feminino, Márcia Oliveira. A condição também chega a afetar a vida sexual das acometidas. Um estudo no Ambulatório de Disfunção Miccional da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que 55% das mulheres com incontinência urinária não tinham mais vida sexual ativa. “Outros fatores também favorecem ou pioram as perdas urinárias e, sem dúvidas, devem ser combatidos, como a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo, amplamente demonstrados como agravantes da incontinência”, alerta o Dr. Rodrigues. Uma vez que o problema já está instalado, o tratamento adequado deve ser definido de acordo com o diagnóstico, pois há diferentes intensidades de perdas urinárias involuntárias e diversas causas podem estar envolvidas, como doença de Parkinson, demênImagem: Shutterstock


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Incontinência Urinária

DICAS DE EXPOSIÇÃO E ATENDIMENTO As fraldas geriátricas devem ser organizadas por marca, iniciando o fluxo na gôndola pelos itens super premium e finalizando com aqueles de menor valor. Nos blocos de marca, o ideal é sejam separadas de acordo com o fluxo da incontinência (do maior para o menor) e, em cada linha, separadas pelos tamanhos das fraldas e tipo de embalagem. Já o atendimento deve ser livre de preconceitos e estereótipos. É preciso contar com uma equipe preparada para fornecer as informações adequadas quando solicitada, pois muitos pacientes se sentem constrangidos de adquirir o produto. Fonte: Mind Shopper

cia vascular, Alzheimer, esclerose múltipla, prolapsos genitais, fístulas, etc., que demandam investigação médica para a identificação da causa. Independentemente da origem do problema, é importante que o paciente sabia que não há necessidade de anular o convívio social por vergonha ou receio de que algum imprevisto ocorra. A indústria já oferece produtos que garantem conforto e evitam qualquer escape. A Moviment, por exemplo, realizou até uma pesquisa de mercado para entender quais eram as demandas mais comuns. “Descobrimos que as brasileiras querem aumentar a sua autoestima, aflorar a sua feminilidade e, claro, nunca parar a sua vida por causa da condição de incontinência urinária”, comenta a gerente de marketing das marcas Bigfral e Moviment - do grupo belga Ontex, Luana Pinto.

Prevenção e tratamento Como a incontinência urinária exerce uma relação direta com a musculatura pélvica, a prática de exercícios específicos para os grupos musculares envolvidos é uma forma eficaz de se evitar o aparecimento do problema. “Nesses exercícios, a mulher concentra sua atenção na região anal e a contrai para dentro. Protocolos que orientam séries de dez contrações seguidas são os mais utilizados. Essas séries são repetidas de três a cinco vezes ao dia, alternando-se contrações fortes e rápidas e contrações sustentadas pelo tempo em segundos que a mulher consegue”, descreve Gisela. Também existe uma associação forte entre constipação intestinal e incontinência urinária. Assim, buscar um bom funcionamento intestinal é uma das formas de prevenção. A ingestão de água e alimentos ricos em fibras e posicionamento adequado no vaso sanitário são algumas dicas que podem ajudar.

Opções no ponto de venda Independentemente da origem da incontinência, é importante que o paciente sabia que não há necessidade de anular o convívio social por vergonha ou receio de que algum imprevisto ocorra. A indústria já oferece produtos que garantem discrição, conforto e evitam qualquer escape. Além das fraldas geriátricas, existem no mercado roupas íntimas descartáveis, absorventes pós50 Especial Mulher

-operatórios e absorventes específicos para incontinência urinária. A escolha do tipo de produto ideal vai depender do tipo de incontinência urinária, além do estado físico e mental do paciente. Contar com os produtos certos pode aumentar muito o conforto de quem os utiliza e reduzir o número de trocas diárias, por isso o balconista precisa entender o perfil do usuário para indicar a solução que mais irá se adequar ao dia a dia e às necessidades específicas do paciente. Para mulheres ativas, com incontinência leve a moderada, a indústria tem investindo em absorventes e protetores que simulam uma calcinha. “Queremos ajudar as pessoas a conciliar suas rotinas sem deixar que a incontinência urinária interfira de forma negativa no seu dia a dia. Até seis anos atrás, o mercado era formado basicamente por fraldas geriátricas e absorventes pós-operatórios. A entrada da roupa íntima descartável na categoria contribuiu muito para dar mais dignidade às pessoas com baixa mobilidade e trazer conforto e discrição para os adultos ativos”, afirma a diretora da categoria de cuidados femininos e adultos da empresa da Kimberly-Clark Brasil, Priya Patel. Para desenvolver essa nova categoria, a indústria realizou pesquisas de mercado a fim de entender às principais demandas das pessoas com incontinência urinária, uma vez que esse é um assunto pouco abordado abertamente. As inovações também estão presentes na categoria mais tradicional, a de fraldas geriátricas. Indicadas para incontinências severas e pacientes acamados, a indústria tem promovido melhorias a fim de tornar o uso do produto mais cômodo. A Bigfral, por exemplo, desenvolveu uma tecnologia que neutraliza o odor da urina e conta com aloe vera na composição, o que ajuda a hidratar a região íntima. “Além disso, possui barreiras antivazamento, canais de distribuição e gel superabsorvente, que garante até oito horas de proteção”, garante a diretora de marketing das marcas Bigfral e Moviment, Marina Inserra.


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