A construção da imagem da mulher.

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de Presidente da República, a segunda foi pelo motivo de Marina ter levado a eleição para ser decidida no segundo turno, sendo que, segundo a mídia, venceria o candidato (a) que ela apoiasse, e a terceira realização foi a grande vitória de Dilma, que ocupa o cargo de maior prestígio e responsabilidade da democracia brasileira, ou seja, a presidência da república, jamais na historia do Brasil presidido por uma mulher. Embora tenha conquistado grandes realizações a mulher contemporânea ainda continua sendo inferiorizada por uma grande parcela do gênero masculino, que a vê como objeto de prazer sexual em que o amor cede o lugar para o sexo e o corpo “sarado”, ou seja, o romantismo deu lugar ao desejo carnal, e tudo isso é percebido explicitamente em algumas letras de músicas, em programas de televisão, nas novelas etc. Como mostra a música: A danada enlouqueceu a macharada lá na festa quando ela apareceu (...) Vai dá tapinha na bundinha vai que sou cachorrinha vai fico muito assanhada se eu pedir você me dá lapada na rachada você pede que eu te dou lapada na rachada E toma gostosa lapa na rachada Você pede que eu te dou lapada na rachada E ai tá gostoso? Lapada na rachada Toma, toma,Ahh!! Vai Fala danada dá lapada na rachada. (Kuarto de empregada – Lapada na rachada)

Aqui a mulher perde toda a sua virtude e moral, sendo transformada em objeto de prazer. Diante de músicas imorais, sem qualquer conteúdo de valor, programas e intervalos comerciais que exploram o corpo feminino, sem julgar sua competência e até mesmo sua sensibilidade, é que a mulher é denominada como símbolo de sexualidade e sensualidade. É lamentável para a construção da imagem feminina, que em períodos históricos como no romantismo, a mulher foi exaltada e idealizada como um ser imaculado, sensível e belo e que algumas produções “artísticas” atuais tem desfeito toda essa construção.

Considerações Finais Diante do que foi exposto considera-se que a representação da mulher nas obras Alencarianas e Machadianas são divergentes. Enquanto que Alencar a exalta, Machado a inferioriza, sendo percebida explicitamente nas obras Memórias Póstumas de Brás Cubas e Senhora. Aurélia retratou a mulher romântica, bela e prendada, que coloca o amor superior a tudo, enquanto que Virgília representou a mulher adúltera, dissimulada e ambiciosa.

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