OLD Nº 14

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Revista OLD Número 14 Setembro de 2012 Equipe Editorial Direção de Arte Texto e Entrevista Capa Fotografias

Felipe Abreu e Paula Hayasaki Felipe Abreu Felipe Abreu Nina Torres Felipe Morozini Matt Blum Nina Torres

Entrevista

Matt Blum

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Parceiros


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Felipe Morozini Portfolio

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Matt Blum Entrevista

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Nina Torres Portfolio


Como de costume estamos muito orgulhosos por lançar mais uma edição da OLD, trazendo fotografia e pensamento crítico de maneira gratuita e acessível para todos. Nessa edição estamos discutindo o corpo e, de certa forma, a idade na fotografia. Nosso primeiro portfolio é de Felipe Morozini, um artista plástico paulistano que apresenta seu trabalho Dreamers, unindo fotógrafo, modelo e metrópole em um único corpo e imagem. O trabalho de Felipe inicia uma discussão sobre padrão de beleza na fotografia, mostrando corpos e figuras tanto dentro quanto fora do padrão comum à fotografia. Essa discussão se aprofunda com a nossa entrevista com Matt Blum, fotógrafo criador do The Nu Project, um trabalho que retrata mulheres comuns de uma maneira muito delicada e sensível. Matt fala sobre os seus objetivos com esse trabalho e sobre suas frustrações no mundo da fotografia. Foi um

papo muito tranquilo, que levantou questões relevantes sobre como apresentamos o corpo dentro da fotografia contemporânea. Nosso segundo portfolio é de Nina Torres, de apenas 16 anos. Ela apresenta curtas séries de retratos de seu cotidiano e de seus amigos, usando o ócio e a coletividade como elementos criativos. Queremos mostrar com essa OLD que não há limites ou padrões a serem seguidos na fotografia. Não devemos nos impor limites em relação à nossa idade, ao nosso corpo ou às pessoas que devemos ou não fotografar. Afinal de contas, regras foram feitas para serem quebradas.

Felipe Abreu


“Pam”


Felipe Morozini Dreamers

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Felipe Morozini é um artista plástico paulistano que utiliza seu trabalho fotográfico como retrato da cidade de São Paulo e sua ocupação. Na OLD ele apresenta seu ensaio Dreamers, que une habitante, metrópole e fotógrafo em um só corpo. Como surgiu o conceito para o projeto Dreamers?

Ele surgiu na necessidade que todo fotógrafo tem: fazer retratos.



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Seus trabalhos fotográficos tem, em sua maioria, um ponto de vista privilegiado sobre a cidade de São Paulo. Como você começou a buscar essa relação? A relação foi naturalmente criada no momento que entrei no apartamento de minha bisavó e olhei tudo com outros olhos. A relação é inerente à minha presença. Ela se manifesta sozinha.

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Como você encaixa a fotografia dentro do seu trabalho como artista plástico? Ela é seu principal meio de expressão? Ultimamente tenho pensado em outros suportes, como lambe-lambes, vídeos e objetos. Colocar o 2D da fotografia em 3D. Mas ainda trabalho forte minhas fotografias na galeria ZIPPER OLD 11

Dreamers funciona como um duplo retrato, em que o fotógrafo se funde ao fotografado. Você vê algo de autorretrato dentro desta série? Como foi o processo de desenvolvimento dessa estética? Totalmente. É um autorretrato. Sou tímido. Nessa séries os outros me ajudam a me enxergar. E com o passar do tempo, fui vendo que eu estava dentro de todos e viceversa.




Como foi feita a seleção dos retratados na série? Qual a sua relação com seus personagens? Eu me emociono quando há a fusão da imagem do retratado, da cidade e a minha imagem. Tudo junto. O olho se ilude. E vê o que você quer ver. No seu tempo. Cada pessoa que vê essa série vê uma coisa primeiro.

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Suas fotografias tem um forte fator voyeurístico. Você vê em Dreamers um voyeur invertido, que olha para dentro de OLD si mesmo, de sua própria casa? 15 Que lindo isso, não tinha pensado...mas é exatamente isso.




OLD entrevista Matt Blum


Matt Blum é o fotógrafo responsável pelo The Nu Project, um trabalho que produz ensaios de mulheres comuns, em suas casas, com uma leveza incrível. Matt é americano e está levando o projeto para outros países, inclusive o Brasil, para onde ele virá pela segunda vez no final do ano. Para conhecer melhor o projeto e o fotográfo, batemos um papo com ele via Skype. OLD 19

Nos conte um pouco sobre sua experiência como fotógrafo. Comecei a fotografar logo que sai da faculdade. Eu peguei uma câmera e percebi que realmente gostava daquilo. Comecei a fotografar coisas para amigos, para pessoas que eu conhecia e acabei percebendo, depois de um tempo, que gostaria de explorar mais as coisas que eu desejava fazer na fotografia, além do meu trabalho

comercial. Estava procurando por algo em que não houvessem restrições, algo que eu pudesse pensar e partir para a realização. Com isso em mente comecei o The Nu Project há 6 ou 7 anos atrás e continuei a desenvolvê-lo, a mudar algumas coisas aqui e ali até chegar no projeto como é hoje. Como você começou o The Nu Project? Foi uma combinação de frustração com a indústria da fotografia e como ela distorceu a maneira com que uma pessoa real deve parecer em nome da arte. Você vê esses fotógrafos incríveis e essas pessoas maravilhosas e uma luz muito boa e tudo mais, mas no final todos os ensaios parecem iguais em todas as revistas. Eles chamam de fine art, mas eles ainda usam as pessoas mais magras, ainda usam muito photoshop, ainda fazem exatamente a mesma coisa, apesar de ser, talvez, um gênero diferente.


Estava frustrado com isso e a segunda coisa é que é muito mais fácil trabalhar com pessoas comuns quando você quer fotografar alguém e quer tirar algo daquela pessoa, mostrar sua personalidade... Eu acho que a definição de ser modelo profissional é poder representar qualquer personalidade. Então para mim era o seguinte “se você quiser fazer um trabalho poderoso e humano, o ideal é trabalhar com seres humanos normais”. Parecia ser uma combinação interessante e algo que eu era bom em fazer, eu podia conhecer alguém e em dez minutos ter sua confiança e os deixar confortáveis o suficiente para fotografar, o que eu acredito ser a maior parte do desafio. Ser um cara legal, ser transparente e tudo isso, para que a pessoa saiba o que você costuma fazer, o que você espera e com elas sabendo isso, tudo corre super bem. Você esta discutindo e alterando a

percepção do corpo feminino através das suas imagens. Isso é essencial para você? Esse é o objetivo primordial do projeto? Eu acredito que isso seja um subproduto. É engraçado porque depende de que lugar do mundo você está. Há lugares em que o projeto é um grande choque, como aqui nos EUA, é algo que você não costuma ver todo dia. Mas o projeto tem como objetivo OLD 20 principal dar às mulheres a chance de ser elas mesmas e se sentir bem com isso e do ponto de vista fotográfico - obviamente o objetivo é fazer imagens bonitas, com as quais as pessoas possam se identificar, possam se ver ali e gerar um sentimento de positividade, algo como “ei, você é bonita, vamos fotografar e se você não se acha bonita vamos envolver uma câmera e vamos ver se você não muda de idéia depois de ver as fotografias”. Acho que o efeito colateral


foi que o projeto cresceu muito mais do que nós esperávamos. Eu achava que seria algo para as modelos, se você faz parte do projeto, você teria a oportunidade de se ver ali, de uma maneira diferente. O que aconteceu foi que as pessoas que não faziam parte do projeto podiam ir ao site e ver algo que se parecia com elas e observar aquilo e pensar “isso é incrível, alguém fotografou essa pessoa, a colocou nesse site, usou seu OLD tempo, talento e energia e fez isso acontecer, 21 isso significa que eu mereço essa atenção também”. Acho que não pensei nisso no começo, mas foi o que acabou acontecendo. Ao colocar o trabalho de maneira acessível e dizer “isso é significativo para mim, isso é importante” todos o vêem e todos podem absorver algo dele. Como você entra em contato com as mulheres que participam do projeto?

Costumava ser pelo Craig’s List, mas isso não funciona mais. Eles tiveram uma série de problemas com prostituição e afins então eles bloquearam tudo isso. Se você mencionar nudez, você já é excluído. Então agora nós nos comunicamos através do formulário em nosso site. Nós viajamos bastante, seja por trabalho ou por lazer, e costumamos dizer para onde estamos indo e torcemos para que alguém do lugar para onde estamos indo veja o site e comece uma pequena divulgação em seus contatos e que eles passem para os seus contatos e assim por diante. Idealmente nós tentamos ter alguém conhecido no local que conheça grupos de pessoas ou listas de e-mails para o projeto ser divulgado. No Brasil nós tivemos o apoio de uma série de blogs e portais de notícia. Nós procuramos esses locais para divulgar o trabalho, trazer tráfego para o blog e com isso 5% ou 1% das pessoas que visitarem o blog possam se inscrever e participar. Com isso conseguimos


aumentar nossa rede e ter mais pessoas para fotografar quando voltarmos para esses locais. Dá pra perceber que todas as suas modelos estão bem à vontade nas imagens. Como é seu processo durante o ensaio? Como você alcança essa tranqüilidade? É engraçado porque quando eu estive no OLD 22 Brasil da última vez um site de notícias mandou uma equipe para documentar o trabalho. Quando eles chegaram lá era só eu e a câmera e eles perguntaram “onde está todo mundo?” (risos). Sou só eu e algumas luzes. Basicamente só eu e acho que isso faz parte do processo. Quando você está tentando produzir um ensaio e você quer que ele fique exatamente do jeito que você imaginou, é muito desafiador e você precisa de muito equipamento e de muitas


pessoas e coisas que só ficam no caminho da fotografia e do desenvolvimento do relacionamento entre o fotógrafo e o fotografado, então minha estratégia é não fazer isso. É simplesmente estar lá e ser eu mesmo e usar o mínimo de coisas possível, além de eu ser uma pessoa super tranquila, o que eu acho que ajuda bastante. Estar lá e se permitir conversar com a modelo por vinte minutos, contar como o projeto começou, o OLD que ele significa para você, fazer perguntas 23 e dizer “porque você decidiu participar?”. Simplesmente construir uma relação e definir o tom de que nada vai dar errado, a pessoa só precisa estar a fim de fotografar e tudo dará certo! Qual o retorno que você recebe de suas modelos quando vêem as imagens? Isso te mantém focado e animado para continuar com o projeto?


Sim. Sem esse retorno acredito que continuaria com o projeto de qualquer maneira, pois acredito nele, mas...[Matt se vira para o computador] Olha só, acabei de receber um e-mail e vou ler para você. Uma pessoa que eu fotografei três semanas atrás acabou de me escrever e disse: “Muito obrigado pelas fotos. Elas são absolutamente lindas. Obrigado mais uma vez por me fazer tão confortável enquanto você estava aqui e por me fazer sentir como uma mulher tão OLD linda”. O mais engraçado é que essa mulher 24 em particular era realmente muito bonita. O curioso sobre nosso mundo é que o fato dela não saber isso ainda é ridículo. Você vê essas pessoas muito bonitas que são ditas a vida toda que elas não merecem destaque, que isso é para outras pessoas. Depois de um certo tempo você pode pegar uma pessoa muito bonita, até uma top model, e elas ainda vão continuar se sentindo muito feias. Minha motivação é “olhe, eu vejo


isso, então você definitivamente deveria ver também”, mas normalmente as pessoas não conseguem perceber isso sozinhas. Algumas conseguem, o que é incrível, mas a maioria não consegue. Então, acredito que esse feedback foi o que me fez perceber que era importante continuar fotografando. Nessa edição estamos apresentando visões fora do estereótipo para o corpo OLD e para a idade. Você acha que esse é um 25 caminho importante dentro da fotografia? Esse é seu motivador principal para fotografar, quebrar estereótipos? Sim, isso definitivamente é importante. É absolutamente fundamental tentar mudar a percepção das pessoas, encorajar a aceitação, a diversidade e o fato delas estarem felizes com quem são e terem orgulho disso. Ao mesmo tempo, algo que tenho visto na fotografia, mas que não é meu


estilo de trabalho, é uma produção em que as pessoas são fotografadas de maneira a parecer totalmente comuns. Até tenho alguns livros com esses trabalhos que acabei comprando porque pensei “isso é ridículo!” O objetivo do projeto é mostrar como as pessoas são comuns. Eles simplesmente pegaram pessoas na rua e perguntaram se elas posariam nuas para eles em um estúdio e então fizeram um livro com o resultado deste trabalho. O problema é que a luz era horrível, o fundo era uma espécie de cortina de veludo e as pessoas só estavam paradas ali. Para mim, você só pegou uma pessoa que você considera comum e a tratou sem a menor dignidade fotográfica. Você só mostrou como elas são comuns. Eu acho que esse não é o ponto. Você tem que equilibrar o jogo! (risos). Pegue uma pessoa normal, mas a fotografe com uma bela luz, deixe a fotografia bonita e deixa isso lutar contra o fato de que tudo que temos a mostrar de uma

pessoa normal é o quão comum ela é. Eu não gosto nenhum um pouco disso. Mas eu acredito que tudo que um fotógrafo faça com o objetivo de ser belo e tratando as pessoas com muita dignidade e respeito é ótimo, é incrível.

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Nina Torres Nada Muito

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Nina Torres é uma jovem fotógrafa campineira, até agora a caçula entre os colaboradores da OLD. O portfolio apresentado por ela mostra um pouco da sua rotina e das suas experimentações artísticas. São pequenas séries, que juntas compõe um portfolio forte e com um estilo promissor. Você é muito nova e já tem um trabalho bem consistente. Como começou sua

relação com a fotografia? Difícil dizer um momento inicial para o meu interesse pela fotografia. suponho que tenha sido, desde cedo, bastante influenciada por parte da minha família. Lembro-me bem da minha mãe fotografando minha infância com uma pentax analógica que ganhou em tempos de faculdade – na época, ela cursava ESDI e fotografia fazia parte do currículo. Outra grande influência deve ter sido minha


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tia, fotógrafa. Minha casa sempre foi decorada por fotos dela e apenas muitos anos mais tarde entendi a importância daquilo tudo. Meu pai também foi sempre bastante interessado em artes. De uma maneira ou outra, cresci em um ambiente criativo. Frequentávamos várias exposições e eu, ironia à parte, desprezava particularmente as de fotografia. Realmente não entendia a graça e o encanto que todos ao meu redor viam. Há outro aspecto curioso dos meus primeiros anos. Como disse, todos ao meu redor se interessavam pelo assunto e eu, uma criança fofa, era alvo certo das câmeras. Isso eu realmente odiava, morria de vergonha, fazia de tudo para me esconder e não aparecer em foto alguma. Cheguei a chorar quando tive que tirar minha primeira 3x4. Quando, um pouco mais crescida, vi no ato de fotografar uma perfeita desculpa para não ser fotografada. É bastante curioso pensar nisso hoje, mas é verdade.

Seu portfolio tem um apuro estético muito forte. Você se preocupa em garantir que as fotos que você produz tenham uma cara, um estilo específico? Quando comecei a fotografar mais a sério, tinha uma preocupação quase que obsessiva por uma composição tecnicamente perfeita. Isso me acompanhou por um tempo relevante. Entendia a foto, a princípio, como uma tela em branco e mantinha na OLD cabeça que só poria dentro do quadro o que 30 fosse esteticamente agradável. Se tivesse algum elemento desnecessário, cortaria fora. Não por acaso, abusava dos 200mm. Minhas primeiras fotos, se reparar, tendem para algo arquitetônico, com apelo um tanto minimalista. Com o tempo, os cantos da minha casa foram se esgotando e eu, eventualmente, passei a fotografar shows de música e, posteriormente, meus amigos. Talvez tenha sido até por influência da Lomo




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lc-a que adquiri, que permite ser levada para todo canto e fotografar cenas mais espontâneas. Embora o treino com lente fixa tenha me ajudado a lidar com uma composição mais livre, nunca deixei de lado o gosto pela limpeza na foto. Gosto muito, também, de contraste. Acho que seriam essas as duas principais características da minha estética, se é que tenho uma. A junção delas resulta em espaços nulos nas minhas fotos, manchas em preto. É involuntário, não penso muito no que estou fazendo, mas acaba sendo frequente. Minha mãe diz que fotografo “o nada” de modo a destacar a coisa em si. No fim das contas, são fotos bastante simples. Esse ensaio registra a sua relação com pessoas próximas de você, seu cotidiano, mas de uma maneira que foge totalmente do óbvio. Você vê o ócio como um fator importante dentro da sua produção?

Como seus personagens participam na criação das imagens? O ócio, mais do que importante, chega a ser essencial. Na maioria das vezes, as fotos saem na falta de algo melhor a ser feito. São momentos de descontração com os amigos, de total relaxamento. Não é nada programado. Muito pelo contrário. Já algumas vezes tentamos agendar alguma ideia, chega na hora e nunca dá certo. Sai OLD forçado, simplesmente errado. A graça é 34 justamente o acaso, não saber quando nem onde vai sair uma foto legal. É tirar para ver no que deu. Felizmente, tenho amigos bastante espontâneos, isso ajuda muito. Todos também, de alguma forma, relacionados ao mundo das artes. Não só inspiramos uns aos outros como nos entendemos muito bem. Não precisamos nos falar para já entender o que o outro quer e complementar a ideia. As coisas funcionam,







de fato, como um brainstorm coletivo. Que influências você buscou para compor essas imagens? Certa vez, li uma frase do Sebastião Salgado na qual ele dizia não fotografar com sua câmera, mas com toda sua cultura. Para mim, é mais ou menos isso mesmo. É claro que existem influências maiores e menores. Algumas por gosto pessoal, outras por costume. Mas elas não são buscadas. De modo geral, tudo, realmente tudo, faz parte do meu processo criativo. Um filme, uma pintura, um gesto, um vento. Quando comprei minha primeira câmera e passei a enquadrar meu olhar no tamanho de um viewfinder, tudo que olhava passava a ser recortado em retângulos. Era como se, para sempre, meu olhar fosse composto por infinitas possibilidades de fotos. Eventualmente, acabei me acostumando. Mas isso fez com

que qualquer cena possa vir a ser influência para uma futura foto. Por exemplo, minha foto preferida até hoje foi uma foto que eu não tirei. É como se, a partir de então, eu tentasse recuperar essa foto perdida. Mas não é nada exatamente consciente. Prefiro muito mais pensar como sendo um movimento antropofágico pessoal do que uma tentativa de reprodução. Penso que, se algo já existe, oras, qual sentido em eu fazer de novo? Nesse aspecto, acho bem interessante usar referências num sentido contrário ao de influência. Pensar num grande nome e “ok, isso já existe, como eu posso tentar fazer diferente?”.

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Mande seu portfolio para revista.old@gmail.com



[Portrait of Gloria King, New York, N.Y., ca. Apr. 1947] (LOC)/Gottlieb, William P., 1917-, photographer.


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