Revista Empresário Lojista de Outubro

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Dia do Comerciรกrio Rio Info contra mais impostos



MENSAGEM DO PRESIDENTE

Ânimo na crise

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situação de dificuldades que o país atravessa recomenda o ajustamento da postura do comércio varejista a uma nova realidade conjuntural, adequando-o ao tamanho do mercado. Isto não significa o sepultamento da tradição e do pioneirismo, predicados inalienáveis do setor. Mas a necessidade de concentrar esforços no fortalecimento de uma atividade rejuvenescida em conceitos, em serviços e em padrões de qualidade e atendimento. Surge então uma grande e desafiadora questão que passeia pela mente dos empresários dos setores produtivos. Devemos ser mais otimistas ou nos preparar para tempos ainda mais difíceis? Por mais otimistas que venhamos a ser – e o comerciante é um otimista por naAldo Carlos de tureza – não podemos deixar Moura Gonçalves, de ressaltar que o momento Presidente do é de grande preocupação, SindilojasRio por qualquer ângulo que se e do CDLRio analise a situação. Há sinais de desconforto além do comum. Há inquietação entre empresários de pequeno porte e de porte nem tão pequeno. Há portas se fechando em ruas de forte tradição comercial. Há muito não por fazer, mas por voltar a fazer. O fato é que este clima de desconforto e de incertezas atinge fortemente a todos os setores de atividade, especialmente o comércio, um dos principais geradores de emprego e renda e, por isso mesmo, um propulsor essencial ao crescimento da economia. Ao longo dos anos, inúmeros autores desenvolveram teorias que buscaram explicar o comportamento do consumidor. Um desses estudos mostra que o fator econômico tem impacto direto no mercado, já

que o estado geral da economia influencia o comportamento do consumidor, contribuindo para afetar seu otimismo e, consequentemente, sua disposição de compra. Então, é preciso dar respostas a esses desafios e mostrar um perfil empresarial identificado com as demandas da atualidade, embora seja preocupante o cenário que se desenha para o setor. A verdade é que um ano cheio de adversidades como este tem todos os ingredientes para abater o ânimo de qualquer um de nós, até os mais otimistas. E o mais preocu-

É preciso dar respostas a desafios e mostrar perfil empresarial identificado com as demandas da atualidade

pante: nem mesmo os analistas econômicos mais conservadores asseguram que 2016 trará melhorias para os setores produtivos. Até mesmo para o comércio, marco da determinação e da perseverança do segmento empresarial com maior potencial de crescimento, que evolui fortalecido no trabalho, cumprindo sua função social e consciente da importância da posição ocupada no processo de desenvolvimento econômico. Para atenuar e até reverter a situação com vistas a um ciclo verdadeiramente virtuoso, é necessário que o governo garanta a confiança do empresariado no país para atrair investimentos indispensáveis e criar regras estáveis quanto à política fiscal. Publicado no Jornal O Globo no dia 8/10/2015.

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SCORE CRÉDITO PJ

O Score Crédito PJ é uma importante ferramenta para a tomada de decisão através de modelos estatísticos que medem a probabilidade de a empresa consultada se tornar inadimplente nos próximos 12 meses. Voltado para empresas de pequeno e médio porte, por meio de pontuação (1 – 1000), avalia o grau de risco e consequentemente ajuda a decidir, através de políticas padronizadas, a melhor estratégia a ser tomada. Como diferencial, a modelagem contempla informações do comportamento da empresa e também de seus sócios, gerando assim resultados mais aderentes. As consultas podem ser realizadas via internet em conjunto com os Relatórios Analíticos, por consulta adicional nos produtos SCPC Net PJ e Empresarial Gold e, de forma isolada, em processamentos de grandes volumes via Batch.

Benefícios: √ Avalia a propensão de risco do cliente ou prospect; √ Viabiliza a segmentação de clientes; √ Fornece maior precisão e segurança na decisão de concessão de crédito; √ Otimização da relação risco versus retorno: a ferramenta possibilita a adequação das decisões de negócio ao perfil do risco de cada empresa consultada; √ Padronização das políticas de crédito por meio de pontuação objetiva.

Central de Atendimento 2

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21 2506-1215

comercial@cdlrio.com.br


Presidente do SindilojasRio e do CDLRio Aldo Carlos de Moura Gonçalves

Diretoria do SindilojasRio Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt Superintendente: Carlos Henrique Martins

Diretoria do CDLRio Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym

Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury CDLRio: Ubaldo Pompeu Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Barbara Santiago Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE n° 7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: (21) 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273 Corretores: Santos: 21 98682-1128 Luciléa Rosário: 21 99639-9379 e 97904-8759 Revisão: Simone Motta Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Estagiário: Percy Carpenter Projeto Gráfico e Editoração: Márcia Rodrigues Leandro Teixeira Supervisão Gráfica e Criação de Capa: Roberto Tostes robertotostes@gmail.com Empresário Lojista: Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro - SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio

Versão Online: www.cdlrio.com.br e www.sindilojas-rio.com.br

MENSAGEM DO PRESIDENTE 1 - Ânimo na crise

SUMÁRIO

MATÉRIA DE CAPA 4 - Lojistas se preparam para a melhor época do ano

6 - CURIOSIDADES COMEMORAÇÕES 7 - Dia do Comerciário

9 - DICAS DE PORTUGUÊS CIDADANIA 11 - Prefeitura do Rio planeja fundo contra violência urbana

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 12 - Rio Info contra mais impostos

E-COMMERCE 15 - Crise? O comércio eletrônico vai muito bem, obrigado

COMÉRCIO 16 - Tipos de fregueses

CAMPANHA

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20 - Outubro Rosa

ARTIGOS 18 - Regulamentação da mediação no Brasil 21 - Alternativas para jovens na RMRJ 22 - Vencendo obstáculos mentais

DIREITO 23 - Restabelecida justa causa de empregada 24 - Instituições Financeiras não são obrigadas a manter conta-corrente de consumidor 25 - Perguntas e Respostas 26 - Leis e Decretos 30 - Obrigações

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OS NÚMEROS DO VAREJO 27 - Termômetro de vendas 28 - Movimento de cheque 29 - Movimento de SCPC

OPINIÃO 32 - Custo: o inimigo a ser combatido sem trégua Revista Empresário Lojista | Outubro 2015 |

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MATÉRIA DE CAPA

Já é Natal!

Lojistas se preparam para a melhor época do ano

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onsiderado pelo comércio de varejo como a melhor época do ano para as vendas, as campanhas de Natal já começam a surgir nas vitrines e nos meios de comunicação. Em tempos de incerteza econômica, com o consumo retraído e mais limitado à aquisição apenas de bens essenciais, leva vantagem o lojista que está mais bem preparado para aproveitar o momento. E estar mais bem preparado significa ter começado a se planejar para as vendas do fim de ano com antecedência, cuidando de todos os aspectos do negócio, da encomenda de produtos ao treinamento de funcionários, passando pela decoração das lojas e pelas ações de marketing. Comemorando 38 anos de fundação neste mês de outubro, a Andarella, rede de lojas

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de bolsas e calçados femininos, por exemplo, está dando início à seleção de vendedores temporários para o último trimestre do ano. Em conjunto com a equipe de Recursos Humanos, a supervisora das lojas do Rio de Janeiro, Ane Rocha, define a quantidade de pessoas que serão contratadas, selecionando currículos e fazendo os contatos. O processo seletivo é focado, inicialmente, na equipe de apoio, como os estoquistas, que precisam de mais treinamento para operar bem o sistema utilizado. Durante 15 dias, eles são treinados no ambiente de loja pela própria supervisora. “É impossível não saber onde está um produto, ainda mais em dezembro, quando não se pode perder tempo, pois tempo é dinheiro”, ressalta Ane, explicando a importância deste treinamento. Em novem-

A supervisora Ane Rocha e sua equipe preparam as lojas da Andarella para as vendas de fim de ano.

bro, são contratados os caixas e os vendedores extras, geralmente, são admitidos em dezembro. Já a preparação das lojas, para a temporada de fim de ano, começou bem antes. Em julho, Ane e as gerentes, de acordo com as metas de cada uma, fizeram o pedido dos produtos para compor o estoque. As vitrines das lojas também são elaboradas em equipe. O departamento de Marketing desenvolve a programação visual e a apresentação. Já a área de Estilo dá as coordenadas baseadas nas tendências, e as gerentes das lojas, juntas, sob a coordenação da supervisora, fazem a montagem e a produção das vitrines. A coleção Primavera-Verão, Summer Love, lançada em setembro passado, traz itens que são as principais apostas para as vendas deste último trimestre, em


MATÉRIA DE CAPA

especial o Natal: as espadrilles, sandálias de tecido que podem ser com ou sem salto; as chamadas flat forms, plataformas retas que dão conforto e comodidade, deixando o pé todo apoiado; as sandálias gladiadoras – tendência muito forte dos anos 70 que volta com força total – tanto as de amarrar como as fixas no pé, e que possuem como principal característica, a sedução; e as rasteirinhas, que não podem faltar para o verão. Há dois anos e meio na Andarella, Ane Rocha possui 25 anos de experiência no varejo, tendo trabalhado em diversos ramos de atividade e exercido todas as funções dentro do segmento, como vendedora e gerente. Apesar do momento que o País atravessa, ela está muito otimista, assim como a direção da empresa, para o último trimestre do ano e para as vendas de Natal. “Não estabelecemos uma meta, pois estamos trabalhando mês a mês, ainda mais porque o mercado está flutuando muito. O ano de 2015 está sendo complicado, um pouco abaixo de 2014. Porém, mesmo com essa oscilação, alguns pontos de venda chegam a superar os resultados do ano passado. Então, preferimos deixar chegar mais perto para estabelecermos metas, mas esperamos um bom resultado neste período, que todos do comércio sabem, é o melhor do ano”, afirmou a supervisora da Andarella. UMA HISTÓRIA DE SUCESSO A história da Andarella começou em 1977, com a abertura da sua primeira loja em Copacabana, na Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro, rapidamente se tornando uma marca de referên-

cia da moda carioca e brasileira. Marca consolidada, a Andarella se caracteriza pela atitude moderna, personalidade audaciosa, jovem e inovadora. A moda como um reflexo de quem somos e de nossas aspirações é um dos conceitos que norteiam a marca, cuja linha variada de produtos exclusivos prima pela qualidade, conforto e inovação, acompanhando sempre as tendências do mercado nacional e internacional. Atualmente são dezesseis lojas só na capital fluminense, sendo doze da rede. A Andarella também está presente na Região Metropolitana e no interior do Estado do Rio de Janeiro, por meio de 24 franquias, e possui ainda outras lojas no Nordeste e no Centro-Oeste. Para festejar o aniversário, durante todo o mês de outubro, a Andarella está oferecendo descontos de 25% em um produto diferente a cada dia. Os clientes estão recebendo um e-mail marketing sobre a promoção, que também está nas redes sociais, como em sua página no Facebook, na qual já tem quase 100 mil “curtidas”, e no Instagram, com 20 mil seguidores. As duas mídias sociais são bastante exploradas pela marca, que também utiliza o Pinterest, Youtube, além do blog em seu site oficial. Essas ações promocionais e pontuais são bem utilizadas pela marca, bem como a distribuição de catálogos e mala direta para clientes cadastrados, mas serão intensificadas no mês de aniversário e, também, em dezembro, quando os clientes terão muitas surpresas, adianta Ane Rocha, deixando um clima de expectativa no ar. A maior novidade para o mês de aniversário será o lançamento

de uma nova loja no shopping RioSul, em Botafogo, com um novo layout. A supervisora explica a mudança: “Vamos para um novo ponto do shopping (2º piso), que está sendo muito bem trabalhado por eles, num corredor com perfil interessante, voltado para um público mais jovem. Estamos acreditando e apostando muito nesta mudança. Será uma loja linda e com uma cara nova”, revela Ane, entusiasmada, acrescentando que esta será uma loja piloto, dentro do escopo de mudança da gestão da empresa e com novas perspectivas de crescimento para a Andarella. “Aos poucos, as demais lojas também serão reformuladas, dentro do novo padrão, de acordo com as novas diretrizes da marca e a nova arquitetura do projeto. As novas franquias também já se estabelecerão com esse novo escopo”, explicou ela. A supervisora destacou, ainda, que um dos grandes diferenciais da Andarella é o atendimento. “Fazemos questão que o cliente se sinta extremamente bem atendido, trabalhamos todos os dias para isso. Aqui, o cliente se sente confortável e tem segurança, ele precisa estar confiante no que está comprando”, afirma. Para Ane, quem trabalha no varejo não pode gostar de rotina, pois tem a oportunidade de atender um cliente novo a cada instante. “Esse é o grande diferencial de quem trabalha no Varejo. Tem que gostar de gente, de atender o público. É preciso se envolver e se colocar no lugar do cliente, ouvir as necessidades que ele tem. Os outros diferenciais são: a qualidade dos produtos, o estilo e o marketing da empresa”, concluiu. Revista Empresário Lojista | Outubro 2015 |

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CURIOSIDADES

CURIOSIDADES DO COMÉRCIO Barbara Santiago

Curiosidades que te farão viajar na história do e-commerce • Em 2005, os varejistas on-line decidiram criar um dia de “resposta” à famosa Black Friday, dia tradicional de liquidação no comércio norteamericano, que acontece sempre na sexta-feira de Ação de Graças. A segunda-feira seguinte ao feriado passou a ser chamada de Cyber Monday, com descontos em todas as lojas virtuais. A moda pegou;

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Foto: Gerd Altmann / Pixabay

A profissão de vendedor é uma das mais antigas da história, pois desde o período que não existia sistema monetário, as trocas materiais já eram realizadas entre os produtos. A profissão surgiu com os caixeiros-viajantes, que eram os profissionais que viajavam vendendo e trocando produtos. Nessa época, a profissão não era muito bem-vista, e os caixeiros-viajantes eram, geralmente, pessoas que não tinham muitas opções de trabalho e acabavam vendendo produtos para levar a vida. Ainda não existiam estabelecimentos hoteleiros, então os vendedores, durante suas viagens, se alojavam em casas de família ou em pequenas tabernas que ofereciam quartos. Daí, surgiram muitas vilas, formadas de pousos de passagem, como eram chamados. Com o passar do tempo e com a industrialização e consequente urbanização, a profissão foi ganhando mais status, e a diversidade de produtos oferecidos também colaborou para que o vendedor fosse mais bem-visto na sociedade.

• O modelo de compras coletivas nasceu na China – você não leu errado, na China mesmo. Grupos de consumidores chineses se juntavam para ir até uma loja física e negociar descontos para compras em volume. A ideia foi transposta para a web, em 2008.


COMEMORAÇÕES

No País, há duas praças em homenagem aos comerciários. Na Vila Alba, em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul (foto), e no bairro Tirol, em Natal, Rio Grande do Norte.

Dia do Comerciário

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o dia 30 de outubro, comemoramos a data consagrada ao comerciário. Entretanto, muitas pessoas, inclusive comerciários, não sabem a origem deste dia em que se festejam as grandes conquistas do passado e do presente. Em 1890, grande número de comerciários criou a União dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro, entidade associativa dos caixeiros (como eram chamados os empregados no comércio). Também, escriturários, guarda-livros e outros trabalhadores se associaram. Em 1932, no dia 29 de outubro, às 10 horas, grupo significativo de caixeiros das ruas Carioca, Gonçalves Dias, Largo de São Francisco, do Ouvidor e adjacências, aglomerou-se no Largo da Carioca. O volume de gente foi aumentando até chegar o pessoal do Lloyd Brasileiro, da Costeira (que era sócio da União dos

Empregados no Comércio do Rio de Janeiro), os ferroviários da Central do Brasil, o pessoal da Light, os bancários, os professores e os jornalistas, que foram juntando-se e marcharam para o Catete, na época palácio do Governo Federal. Ao chegar ao Catete, o grupo de caixeiros tinha-se multiplicado em aproximadamente 5.000 pessoas ou mais. Getúlio Vargas, então presidente da República, os recebeu na sacada do Palácio e, naquele memorável dia, foi assinado o Decreto Lei nº 4.042, de 29 de outubro de 1932, que regulamentou a jornada de trabalho, reduzindo a carga horária de 12 horas diárias para 8 horas. O Decreto Lei 4.042/32 foi publicado no Diário Oficial da União em 30/10/1932; por isso, 30 de outubro é o Dia do Comerciário. Na mesma data, o médico Pedro Ernesto, interventor (prefeito) do Rio, assinou decreto estabele-

cendo as novas disposições para o funcionamento do comércio na Cidade. Os frutos dessa luta dos comerciários foram estendidos a todos os trabalhadores brasileiros, que passaram também a ter suas jornadas de trabalho regulamentadas nos mesmos moldes. No Rio, a comemoração passou para a terceira 2ª feira de outubro. A antecipação do Dia do Comerciário foi uma solicitação do SindilojasRio ao Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro. Ocorre que, na época, o 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, era feriado escolar, e no dia seguinte, 02 de novembro, feriado em lembrança dos mortos. Caso a data caísse na mesma semana do Dia dos Comerciários, as lojas ficariam fechadas, praticamente, dois dias nessa semana. Neste ano, a comemoração será no dia 19 de outubro, quando o comércio não abre. A troca de dia de comemoração passou a constar de todas as convenções de reajuste salarial anual dos comerciários. Revista Empresário Lojista | Outubro 2015 |

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PORTUGUÊS

DICAS DE PORTUGUÊS

Simone Motta, revisora da Empresário Lojista*

Quem ainda não “esbarrou” em determinadas palavras que deixam dúvidas? Aquelas que possuem semelhanças na grafia e no som, porém significados diferentes e que são chamadas de palavras parônimas e homônimas. Vale ter bastante cuidado ao usá-las para não cair em armadilhas que podem causar danos irreparáveis ao texto, alterando o seu sentido. Aqui veremos algumas delas:

A fim de (com a finalidade de) conseguir um emprego afim (semelhante) ao que tinha antes, ele não aceitava qualquer proposta.

O juiz infligiu (aplicou pena) uma pena severa ao réu por ele ter infringido (violado) as leis.

Após o término de 2 anos de mandato (tempo de exercício de um cargo, delegação), recebeu um mandado (ordem judicial) expedido pelo juiz.

Estas três palavras sempre causam a maior confusão, principalmente quando se trata de cessão (ato de ceder), pois a sessão (assembleia) que definirá a seção (divisão) dos bens será bem complicada.

Ele fez o cheque (ordem de pagamento), assim que foi posto em xeque (perigo) pelos rivais.

Após o cumprimento (saudação) aos convidados, havia uma fila de grande comprimento (extensão) para a cerimônia.

Antes de ratificar (confirmar) o documento, eles retificaram (corrigiram) a data.

A descrição (ato de descrever) do funcionário só poderia ser feita com muita discrição (qualidade de ser discreto).

Preciso fazer um conserto (reparo) no meu vestido para ir a um concerto (sessão musical) hoje à noite.

O acordo foi distratado (desfeito, anulado) já que os interessados destrataram (maltrataram com palavras) os diretores da empresa.

Bem, como podem notar, o uso indevido das palavras pode alterar o sentido do texto, comprometendo a mensagem e, quem sabe, até a sua vida! Portanto, todo cuidado é pouco. Como são muitas as palavras, voltaremos com mais “dicas” a respeito. Até lá. *Simone Motta é licenciada em Letras – Português e Inglês; formação em Revisão e Copidesque e atualização em Redação e Língua Portuguesa.

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CIDADANIA

Prefeitura do Rio planeja fundo contra violência urbana

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Prefeitura do Rio de Janeiro planeja criar fundo contra a violência urbana para investir em ações de cidadania, segurança social e desenvolvimento das comunidades cariocas. O programa faz parte do novo modelo de governança do Pacto do Rio – grupo de organizações privadas e públicas para estimular o desenvolvimento sustentável da cidade. Segundo Eduarda Rocque, presidente do Conselho Empresarial (CE) de Segurança Pública, Ética e Cidadania da ACRio, prazos, valores e locais atendidos ainda serão definidos com o prefeito Eduardo Paes. O anúncio foi feito no dia 29 de setembro, na ACRJ(foto). “Esse apoio é muito importante. Precisamos unir esforços para a redução da desigualdade social através da integração entre os espaços urbanos, desenvolvimento das favelas e maior geração de oportunidades para os jovens”, disse. Eduarda afirmou que somente com a participação de todos os setores da sociedade o Rio transformará seu quadro social. Ela destacou que vai fechar acordos com patrocinadores olímpicos, pensando no legado social para os próximos cinco anos. “Deixamos durante 30 anos um controle paralelo nas favelas. Nós, enquanto cidadãos votantes, não podemos mais permitir que isso aconteça. Sem esse pacto da

SICOMÉRCIO 2015

Eduarda Rocque, presidente do Conselho Empresarial (CE) de Segurança Pública, Ética e Cidadania da ACRio.

sociedade, não conseguiremos avançar”, avaliou. O projeto “Caju: um novo olhar” é o primeiro programa da Agência de Desenvolvimento Territorial idealizado pelo Pacto. Localizado no Complexo do Caju, na zona norte da cidade, o programa vai disponibilizar, a partir de 2016, nos cinco anos seguintes, cursos profissionalizantes de informática, administração, design, empreendedorismo, logística, mecânica e gastronomia para cerca de 6 mil jovens. As aulas serão oferecidas na sede da parceira do Pacto do Rio, a organização não governamental Gol de Letra, fundada e dirigida pelo ex-jogador de futebol Raí.

Confederação Nacional do Comércio (CNC) realizará mais uma edição do Sicomércio, entre os dias 28 e 30 de outubro, no hotel Windsor, na Barra da Tijuca. O evento, que contará com a participação de diversos sindicatos do Brasil, terá palestras com temas de interesse do setor como Modernização das Relações de Trabalho e o Impacto do Custo Trabalhista na Produtividade das Empresas, Cenários e Perspectivas das Relações de Trabalho no Momento Atual, Substituição Tributária e a Ação Sindical com foco em resultados. Além disso, terá debates com a participação das entidades sindicais em torno dos seguintes temas: Terceirização, Insalubridade e Periculosidade, Simples Trabalhista e o Código Comercial, Sustentabilidade das Entidades do Sistema e Negociação Coletiva. No último dia do evento, dia 30, o Ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, fará uma palestra com o tema: Desburocratização e Empreendedorismo como alavancas do desenvolvimento.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Rio Info 2015 Empresas de TIC se unem contra aumento de tributos

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ealizada entre os dias 15 e 17 de setembro, no Hotel Royal Tulip, em São Conrado, Rio de Janeiro, a RIO INFO 2015 contou com a participação de empresários, acadêmicos e profissionais em busca de conhecimento e de novas oportunidades de mercado e negócios. Com estimativa de geração de negócios em torno de R$ 16,5 milhões, no prazo de doze meses, a Rodada de Negócios da RIO INFO 2015 reuniu 102 empresas, sendo 83 brasileiras e 19 estrangeiras. O evento, um dos mais importantes do país, realizado anualmente no Rio de Janeiro, está em sua 13ª edição. Este ano, a crítica das principais lideranças do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do país às medidas anunciadas para reverter a crise econômica deu o tom do evento. O coordenador geral do evento e presidente do Sindicato das Empresas e Informática do Estado do Rio de Janeiro (TI Rio), Benito Paret, disse que o retrocesso provocado pelo aumento da carga tributária, como a perda da conquista de isenção fiscal na folha de pagamento, é uma ameaça para o desenvolvimento do setor. No entanto, segundo ele, este momento de crise pode ser também de oportunidades para o setor, cada vez mais importante para a economia

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brasileira: “É fundamental que o empreendedorismo, a inovação e a tecnologia consigam criar os alicerces para o desenvolvimento nacional. É o caminho para uma saída robusta e consistente da crise que nos leve a outros patamares na disputa global, cada vez mais competitiva”. O SindilojasRio e CDLRio, entidades que apoiam a realização da RIO INFO, foram representadas pelo seu presidente, o empresário Aldo Gonçalves, na solenidade de abertura. Em sua saudação, ele destacou que a Tecnologia da Informação é uma realidade no mercado de varejo há cerca de 15 anos. “Antes, sua principal utilização era na gestão dos negócios, com softwares que ajudam no controle de estoques, por exemplo. Mas, nos últimos cinco anos, tornou-se imprescindível, diante do crescimento do e-commerce e da mudança de perfil dos consumidores”, afirmou Gonçalves. Ele disse, também, que diante da recessão econômica, talvez este seja o melhor momento para o lojista investir no comércio eletrônico, pois além de baixo custo de investimento com mão de obra e infraestrutura, existem outras vantagens, como a possibilidade de ampliar fronteiras, de conhecer melhor o perfil e necessidades dos seus consumidores, o atendimento 24 horas e tantas outras.

TI E O VAREJO No segundo dia da RIO INFO, o presidente do SindilojasRio e do CDLRio foi o mediador do painel TI e o Varejo, que teve como palestrantes o empresário e publicitário Eros de Castro e o consultor e especialista em Varejo, Edmour Saiani. Segundo dados da E-bit, especializada em comércio eletrônico, o número de consumidores on-line aumentou para 17,6% no primeiro semestre deste ano (+7% ante o mesmo período de 2014). Eros de Castro afirmou que o comércio precisará cada vez mais da internet, para se manter no mercado. De acordo com ele, no entanto, apostar apenas na web não é certeza para o sucesso. É necessário, também, investir em multicanais para ser reconhecido pelo cliente. “O segredo do êxi-


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Rio Digital - Banda larga e serviços inteligentes para todo o estado

TI amplia fronteiras do Varejo. O presidente do SindilojasRio e do CDLRio entre os palestrantes Edmour Saiani(esq) e Eros de Castro.

to comercial está em expor seus serviços e produtos em locais e formatos diferentes. O e-commerce apareceu só para iniciar este processo de mudança”, disse. Durante a apresentação do painel também foi discutida a importância dos colaboradores e de políticas sustentáveis para o ambiente corporativo. Segundo Edmour Saiani, o maior patrimônio da empresa são os funcionários. Ele frisou que colaboradores engajados são fundamentais para ter clientes satisfeitos. “O consumidor economiza no que não quer para gastar no que quer”, destacou Saiani, lembrando que “o cliente de hoje não está mais preocupado com o fim do mês, mas com o fim do mundo”. “Neste contexto, pensar em políticas sustentáveis é essencial para qualquer compa-

nhia ser bem-vista”, explicou ele, acrescentando que “não são mais os governos que irão mudar a sociedade, mas as empresas. As boas marcas não competem, elas criam um mercado novo”. Segundo dados da E-bit, foram realizados 49,4 milhões de pedidos pela internet no primeiro semestre deste ano, configurando aumento de 2,5% frente ao mesmo período de 2014. Na mesma base de comparação, o preço médio do tíquete aumentou 13%, passando para R$ 376,55. Saiani ressaltou que a tecnologia é muito importante no processo de conhecer melhor o cliente, entretanto, atentou para o fato de as lojas físicas ainda mandarem no mercado: “90% das vendas ainda acontecem cara a cara”, pontuou.

Promover o crescimento de todos os 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro por meio do acesso à banda larga até 2018. Esta é a proposta do projeto Rio Digital, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), em parceria com o Proderj e a Faperj, ainda em fase de elaboração. De acordo com o presidente do Proderj, Antônio Bastos, criar essa estrutura é permitir que todos os municípios tenham capacidade de crescer. O projeto, elaborado com recursos de parcerias público-privadas e inspirado em uma série de estudos comparativos de redes nacionais e internacionais, vai proporcionar uma rede própria aos municípios, que poderão atender de forma mais eficiente às necessidades de setores como a saúde, educação, transporte e segurança. As maiores dificuldades para a inclusão digital hoje no Brasil são a baixa qualidade e o alto custo dos serviços de telecomunicações. “Temos distritos de alguns municípios do Estado do Rio onde não há acesso à Internet. O cidadão que trabalha em uma cidade próxima, quando volta para casa, está desconectado do mundo. Nós vamos criar um portfólio de serviços básicos que vão fazer o atendimento de cada cidade”, afirmou o presidente do Proderj.

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IVAR

Novo site do IVAR Contact Center facilita o acesso a sua linha de produtos e serviços

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ara atender a demanda dos lojistas e facilitar e simplificar ainda mais o acesso a uma completa linha de produtos e serviços para colaborar, reforçar e ampliar a posição do comércio, estimulando o investimento na busca do crescimento das vendas, o IVAR Contact Center (braço do CDLRio para soluções de relacionamento, tecnologia de informação e comunicação unificada) acaba de lançar novo site – www.ivarcontactcenter.com.br. A expectativa é atingir 50 mil pageviews até o final de 2015. Desenvolvido e atualizado pelo Centro de TI do próprio CDLRio, o site oferece aos seus clientes a prestação de serviços de soluções de relacionamento e tecnologia da informação visando a reforçar e ampliar o posicionamento do comércio, com o objetivo de estimular o crescimento das vendas. O IVAR Contact Center (funciona 365 dias por ano, 24 horas/ dia). Tem estrutura preparada para prestar atendimento em diversos formatos de horários, contando com uma equipe de profissionais especializados e treinados para interagir de forma personalizada com o seu público-alvo. De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio, com o novo site, o IVAR Contact Center ampliou e facilitou ainda mais o acesso dos lojistas à gama de serviços e produtos oferecidos, atendendo com muito mais riqueza de detalhes às demandas que chegam, oferecendo infor-

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mações atualizadas aos que buscam como encontrar soluções para os seus negócios e contratar serviços e produtos de forma rápida e dirigida. “A grande vantagem para o lojista em utilizar os serviços do IVAR Contact Center é que ele pertence ao Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que é uma das mais tradicionais entidades de classe do comércio carioca, com quase 60 anos de existência e uma rica e conhecida história de luta em favor dos interesses do setor varejista. Assim a entidade conhece profundamente as necessidades dos lojistas e tem condição de colaborar com o crescimento das vendas”, conclui Aldo. O IVAR Contact Center através de seu know-how e de sua infraestrutura tecnológica está apto a atender seus clientes dentro dos mais altos padrões de qualidade no atendimento e colaborar na consolidação dos negócios da empresa. Por isso, é um parceiro na busca de soluções adequadas

em operação de agendamento de visitas e prospecções de novos negócios, atualização de base de dados, cobrança, delivery, help desk, marcação de exames e consultas, pesquisa de mercado, prospecção e retenção de clientes, recuperação de clientes inativos, RSVP, SAC, televendas ativa e receptiva, telemídia e Web. Recentemente, o CDLRio ampliou o IVAR Contact Center com a criação de mais 100 pontos de atendimento, novas estruturas e ferramentas (gerador próprio, Ura digitalizada, Sistema de discagem automática), que facilitam e inovam a prestação de serviços. Antes, o IVAR Contact Center atendia a 200 mil ligações por ano. Hoje, esse número ultrapassa 1,5 milhão, atendendo a grandes clientes como Light, Claro, Net, Honda, Centralcard, Leader Magazine, TeleRio, Rio Imagem, Sistema Samu de transferência entre Hospitais e Sistema Pet (Banco de Órgãos do Governo), ALF e o próprio CDLRio, entre outros.


E-COMMERCE

Crise? O comércio eletrônico vai muito bem, obrigado

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Alfredo Soares* Sócio e fundador da Xtech Commerce RJ

á algum tempo, o comércio digital deixou de ser apenas uma opção para quem quer expandir os negócios. Hoje, o digital é uma das principais portas de entrada para quem deseja investir em um novo empreendimento, já que estabelecimentos físicos enfrentam grandes problemas como o alto custo de estrutura. Além disso, uma loja física pode ter seu crescimento refreado, já que sempre limitará o lojista a vender para uma região específica e não atingir todos os seus potenciais clientes. Um cenário que tem sido muito comum de se ver é o investimento no digital por quem já se encontra estabelecido em uma loja de bairro, ou até mesmo dentro de shoppings em grandes centros. Levar seus produtos para o on-line se apresenta hoje como uma ótima saída para lojistas enfrentarem a recente diminuição de movimento, já que aparentemente os clientes também

começaram a pesar os custos da logística que precisam enfrentar quando desejam comprar algo, como deslocamento, estacionamento e alimentação. Nos últimos cinco anos, o Brasil vem se destacando de forma muito positiva como um país de empreendedores digitais. Quando falamos de comércio eletrônico, estamos observando um mercado que já se apresenta como crescente e muito estável, com inúmeros incentivos e cases de sucesso que acompanhamos diariamente. Hoje, o lojista consegue montar sua loja virtual de maneira prática, entendendo todos os processos, com plataformas que oferecem inteligência, de vantagens e suporte próximo a ele, nivelando sua competitividade com os maiores players e automatizando suas vendas para clientes que hoje passam 24h conectados em redes sociais. Caminhamos muito nos últimos anos e, hoje, é muito mais fácil, barato e menos burocrático abrir uma empresa, inclusive com a ajuda de muitas startups que são focadas em tornar esse caminho cada vez menos estressante para quem deseja colocar novos e bons produtos no mercado. Hoje, já não é mais surpreendente ver jovens saindo da faculdade e ambicionando muito mais trabalhar em suas próprias ideias do que ir atrás de um emprego e se colocar em um mercado já saturado. * Alfredo Soares é sócio e fundador da Xtech Commerce, plataforma de e-commerce inteligente com mais de três mil lojas criadas e hospedadas, que permite ao lojista trabalhar de forma multicanal, além de possuir estratégias que permitem cuidar 360º da inteligência de sua loja virtual.

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JUSTIÇA

Regulamentação da mediação no Brasil

A

Em geral, a mediação promove uma melhoria significativa na relação entre as partes em conflito, pois trabalha buscando a restauração do status quo ante o problema

Inez Balbino Petterle Advogada da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo; Mediadora do Tribunal de Justiça. Membro da Comissão de Mediação da OAB/RJ.

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Lei nº 13.140/2015, de autoria do Senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), foi sancionada, sem vetos, em 26 de junho deste ano, e entrará em vigor, 180 dias após sua publicação, 29/06/2015, no DOU. A referida lei que regulamenta a mediação de conflitos em âmbito nacional foi aprovada após 13 anos da apresentação do primeiro projeto de lei. A versão final, elaborada por uma comissão de juristas convidados pelo Conselho Nacional de Justiça, teve como objetivo disciplinar, pela primeira vez na história do Brasil, a mediação judicial e extrajudicial. Afinal, o que é a mediação? A mediação é um processo voluntário que oferece às partes que vivenciam um conflito, seja ele de cunho comercial, civil, ou familiar, um espaço adequado ao gerenciamento dele. Nas sessões de mediação, as partes irão expor seu problema, individualmente ou em conjunto, ao mediador que fará uma escuta ativa e agirá com neutralidade promovendo e facilitando o diálogo entre eles, objetivando compor uma solução satisfatória aos interessados. O mediador não poderá impor soluções pessoais; ele deverá ambientar as partes, favorecendo um clima positivo e pacífico, através de técnicas específicas de diálogo e aproximação, para que os interessados solucionem suas necessidades e conflitos em conjunto.

Quais são as vantagens da utilização da mediação? Custos reduzidos, celeridade, permite que as partes tenham controle do processo, confidencialidade e sigilo, informalidade e flexibilidade. Em geral, a mediação promove uma melhoria significativa na relação entre as partes em conflito, pois trabalha buscando a restauração do status quo ante o problema. O mediador é um profissional, não necessariamente advogado, que deverá ter uma formação específica. Deverá contar com a confiança das partes, agir com imparcialidade, gentileza, praticidade e conhecer das técnicas importantes para mediar. É importante que os advogados entendam o funcionamento dos métodos alternativos de solução de conflitos, a fim de que, se julgarem pertinentes, encaminhem seu cliente em busca de uma solução mais viável e célere do que a do poder judiciário. Ressalta-se que no caso da mediação, o advogado terá como função o assessoramento e, não, a representação do cliente. Por meio dessa ferramenta, o mediador busca identificar o real interesse e necessidade das pessoas envolvidas no conflito e assim, consegue administrar com mais profundidade as possíveis soluções. Assim que um acordo for definido, mesmo que parcial, deverá ser redigido um documento, que poderá ser passível de homolo-


JUSTIÇA

gação judicial, caso tenha sido iniciado pelo Judiciário. MEDIAÇÃO JUDICIAL O Conselho Nacional de Justiça – CNJ vem promovendo cursos de formação de mediadores em todo o Brasil, por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), que está promovendo as mediações nos Tribunais de Justiça de todo o país. MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL Em se tratando de mediação extrajudicial, esta deverá ser provocada voluntariamente por um interessado, a uma câmara de natureza privada que irá administrar seu procedimento particular através da mediação de conflitos. A contenda será destinada a um mediador, indicado pelas partes ou sugerido pela própria câmara. O procedimento da mediação em si é idêntico, tanto no Judiciário quanto em câmara particular. Este tipo de mediação poderá ser realizada a qualquer momento da instauração da arbitragem. A mediação poderá ser judi-

cial e in locum quando for motivada pelo juiz ou provocada pela vontade das partes. O que distingue a mediação in locum da on-line é a distância que existe entre as partes e o mediador. No caso virtual, ou seja, on-line, é necessário que a comunicação seja feita em um ambiente interativo, onde o mediador escutará as partes, analisará o conflito, auxiliando de forma imparcial a construção de um acordo que favoreça ambos. O pioneiro nesta inovação nacional é o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que vem incentivando a utilização deste novo modelo de solução de conflitos, e para isso, disponibilizou estandes situados em foros regionais para atender ao cidadão que busca solução para seus conflitos de ordem consumerista. Iniciada a mediação on-line nos locais disponibilizados pelo TJ/RJ, este processo deverá ser acompanhado por e-mail até o seu término. O termo da mediação, acordado pelas partes e redigido pelo mediador, deverá ser obrigatoriamente homologado pelo juiz para ter validade

como título executivo judicial. É importante ressaltar que caso uma das partes não se sinta satisfeita poderá ser instaurado, pelos tramites normais, outro processo. Caso seja iniciada e realizada a mediação fora do Judiciário, em sites privados, não será necessária a homologação e valerá como título executivo extrajudicial. Com este avanço, surge mais um recurso inovador que irá permitir ao consumidor insatisfeito valer dos seus direitos. CONCLUSÃO Entendemos que a vantagem da mediação é poder solucionar qualquer tipo de assunto, mesmo quando o direito patrimonial esteja indisponível, caso que não seria possível na arbitragem, de acordo com o art. 1º da Lei 9.307/96. Portanto, atualmente, o mais importante é promover a cultura, incentivar a prática da mediação de todas as formas, assegurando o diálogo entre as partes e extinguindo o conflito com a elaboração de um acordo benéfico para ambas as partes.

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CAMPANHA

Outubro Rosa

É

um movimento internacional que chama cada vez mais a atenção sobre as causas do câncer de mama e a importância de conscientizar as mulheres e a sociedade sobre a detecção precoce da doença. O SindilojasRio aderiu ao movimento pelo segundo ano consecutivo e exibiu filmes que mostraram a importância da prevenção ao câncer de mama, de como realizar o autoexame para conhecimento e percepção do próprio

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corpo, do exame clínico com profissional de saúde apto para uma melhor detecção e das faixas etárias que precisam realizar a mamografia com periodicidade definida, além dos fatores que podem aumentar a existência do fator de risco. A amamentação, a prática de atividade física e alimentação saudável com a manutenção do peso

corporal são fatores de proteção e estão associados a um menor risco de desenvolver a doença. As colaboradoras da entidade utilizarão durante todo o mês de outubro um laço cor de rosa, símbolo da campanha, com o objetivo de alertar sobre a importância da prevenção.


Alternativas para jovens na RMRJ Mauro Osorio Economista e consultor do CDLRio

O

Estado do Rio de Janeiro, e particularmente sua Região Metropolitana, apresenta, a partir da Pesquisa Mensal de Emprego-PME/IBGE, uma taxa de desemprego bastante baixa. Mesmo no atual cenário de crise política e econômica, a RMRJ, no mês de agosto/2015, apresentou uma taxa de desemprego de 5,1%, contra uma taxa média de desemprego nas principais metrópoles brasileiras de 7,6%. Além disso, comparando-se agosto/2015 com agosto/2014, o rendimento mensal médio dos trabalhadores formais e informais na RMRJ caiu apenas 0,1%, contra uma queda média nas principais metrópoles de 3,5%. A partir de 2014, a renda média na RMRJ, de R$ 2.568,40 inclusive ultrapassou a verificada na RMSP, de R$ 2.213,60. Por outro lado, a RMRJ apresenta maior desigualdade que as demais metrópoles das Regiões Sul e Sudeste. Apresenta um número expressivo de jovens fora do mercado de trabalho (sem trabalhar nem procurar emprego) e, principalmente nas regiões periféricas da RMRJ, verifica-se um percentual extremamente alto de jovens entre 18 e 24 anos sem estudar nem trabalhar, os chamados nem-nem.

No conjunto da RMRJ existiam, no ano de 2010, 393.250 jovens sem estudar nem trabalhar (Censo/IBGE). Enquanto, na Zona Sul do Rio e na Tijuca, o percentual de jovens sem estudar nem trabalhar era de 19,0%, em Jacarezinho, Santa Cruz e Bangu esse percentual era de, respectivamente, 38,8%; 38,4%; e 35,1%. Nos municípios da periferia metropolitana, a situação é tão ou mais grave. Em Japeri e Paracambi, esse percentual atingia, em 2010, absurdos 40,64% e 41,71%. Nos maiores municípios da Baixada, a situação também é grave. O percentual era de 34,07% em Nova Iguaçu; 33,25% em Duque de Caxias; e 31,16% em São Gonçalo. Dessa forma, é importante aprofundar o debate sobre uma estratégia que amplie a motivação dos jovens para os estudos, ao mesmo tempo em que gere adensamento produtivo e maiores oportunidades de renda e emprego na periferia metropolitana. Do ponto de vista do adensamento produtivo, o Rio de Janeiro tem hoje uma série de janelas de oportunidades, em torno dos complexos da economia da saúde; do turismo, entretenimento, esporte, cultura e mídia; e do

petróleo e gás. Sobre este último, deve-se ter em conta que a Petrobras já passa por um processo de reestruturação e deve apresentar um crescimento de sua produção de em torno de 5% este ano. No caso do turismo, entretenimento, esporte, cultura e mídia; a visibilidade nacional e internacional que a cidade terá com as Olimpíadas no ano que vem e a nova taxa de câmbio, que deverá permanecer em torno de R$ 3,50 ou R$ 4,00, abrem ótimas oportunidades para o turismo interno e o turismo internacional receptivo. Da mesma forma, com os novos equipamentos esportivos, é possível organizar uma política de transformar a Cidade do Rio de Janeiro na capital dos esportes da América Latina, com a realização de eventos periódicos. Por último, mas não menos importante, no caso das oportunidades em atividades industriais e de serviços em torno dos complexos da economia, da saúde e do petróleo e gás, é importante investir em infraestrutura de água, esgoto, telecomunicações e logística, hoje muito precária para atração de atividades econômicas para a periferia metropolitana, que hoje é basicamente dormitório.

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Vencendo obstáculos mentais Luiz Bravo Editor da Empresário Lojista

A

leitora Maria da Conceição Ferraz, do Méier, nos escreve. Em certo trecho de sua carta, comenta: “Sinceramente, tenho inveja de ver uma pessoa sempre alegre”. Parece-nos que não é apenas a leitora, mas muitas pessoas. E, à medida que tem inveja, o homem ou se acomoda, não tentando ser como a pessoa invejada, ou pior: se revolta com esta situação. Todas as pessoas podem e devem ser alegres, para que possam ser felizes. A alegria é, sem dúvida, a exteriorização mais objetiva da felicidade. Quem é alegre (sem ser fanfarrão ou “palhaço”, mas alegre) é feliz. O indivíduo mal-humorado, irritadiço, é o infeliz, de modo geral, é claro. Mas dirá a leitora, por que, então, todas as pessoas não são alegres, felizes? Preliminarmente, acreditamos que muitos indivíduos que não são felizes ainda não se encontraram. À medida que conseguimos nos encontrar, principalmente reconhecendo as nossas limitações, somos capazes de conseguir o equilíbrio emocional, isto é, a felicidade. Na vida, o homem necessita reconhecer as suas limitações. Quando somos obrigados a pular um obstáculo, temos, antes, de verificar se somos capazes de ultrapassá-lo. Caso contrário, poderemos nos “machucar”, ferir. Numa situação desta, o homem

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Todas as pessoas podem e devem ser alegres, para que possam ser felizes. A alegria é, sem dúvida, a exteriorização mais objetiva da felicidade

escolhe uma das três atitudes básicas: ou fica parado, lamentando a impossibilidade ou afoitamente, tenta pular o obstáculo, arriscando-se a se ferir, ou procura um meio de ultrapassá-lo com segurança. Isto acontece não apenas diante dos obstáculos físicos, mas também com os de natureza mental. Quantas vezes ficamos aborrecidos porque alguém nos irritou, por exemplo. Esta irritação se transformou num obstáculo ao nosso bom relacionamento e se nós não estávamos preparados para essa situação, ficaremos bastante aborrecidos, frustrados, finalmente, mal-humorados, pelo menos por algumas horas. Mas se procurarmos encontrar uma solução, que não seja

a de ficar acomodado ou agir afoitamente (emocionalmente), e sim buscar uma solução racional (“O amigo agiu assim porque ele está preocupado”), poderemos ultrapassar o obstáculo sem nos ferir, emocionalmente. Não há dúvida que é mais fácil um atleta pular um obstáculo, mesmo porque ele foi treinado para isso. Mas se procurarmos nos exercitar em pular aqueles obstáculos de natureza mental, não haverá barreiras que possam comprometer o nosso bom humor, a nossa alegria, enfim, a nossa felicidade. A leitora, com toda a certeza estará pensando: “Tudo isto é fácil, quando se fala, quando se escreve”. O difícil é fazer na prática. Reconhecemos esta dificuldade. Entretanto, ficar lamentando ou agir afoitamente não leva a nenhuma solução prática.

Foto: PublicDomainPictures / Pixabay


DIREITO

Restabelecida a justa causa de empregada que teve ponto registrado por colega

A Em maio, o 32º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio

S

erá de 25 a 27 de maio próximo, o 32º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em Blumenau, Santa Catarina. No dia 11 de setembro, reuniram-se em Bonito, Mato Grosso do Sul, para definir a programação técnica, os presidentes dos Sindicatos que já promoveram o Congresso. Na oportunidade, foram definidos as palestras/painéis e temas dos grupos temáticos. Na reunião, foram, também, tratadas questões relacionadas ao comércio de modo geral e ao sindicalismo patronal do comércio. Na foto, a mesa principal com o presidente Célio Fiedler, do Sindicato do Comércio Atacadista de Blumenau, Santa Catarina; o prefeito Leonel Mendes de Souza Brito; o presidente Edison Ferreira de Araújo, do Sindicato do Comércio de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, promotor da reunião, e o presidente Aldo Gonçalves, presidente do SindilojasRio.

Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho julgou válida a aplicação de justa causa a uma operadora de telemarketing que faltou o trabalho, mas deixou o crachá para uma colega registrar o ponto. Para o relator do recurso, ministro Alberto Bresciani, ela praticou ato de improbidade e mau procedimento que inviabiliza a manutenção do vínculo de emprego. Após a dispensa, a trabalhadora ajuizou ação requerendo a reversão da justa causa, alegando que foi autorizada por uma encarregada a deixar o crachá com a colega para não perder uma comissão. Em sua defesa, a empregadora afirmou que ela cometeu falta grave passível de justa causa. O juízo da 9ª Vara do Trabalho de Campinas (SP) julgou o pedido improcedente, por considerar que a ação praticada por ela justificou a rescisão do contrato de trabalho. Mas o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) considerou que o fato de a sanção ter sido aplicada 44 dias após a ciência do fato caracterizou perdão tácito. Para o Regional, a aplicação da justa causa não observou a possibilidade de gradação de penalidades, uma vez que a empregada não era reincidente. Com isso, condenou a empresa ao pagamento das verbas rescisórias. A empresa recorreu ao TST, apontando violação do artigo 482 da CLT. O ministro Alberto Bresciani, porém, assinalou que o intervalo de 44 dias entre a falta e a sanção não afastou a gravidade da conduta incorreta da atendente. O relator ainda ressaltou que, mesmo tendo sido praticado uma única vez, o ato abalou a confiança da empresa no empregado, inerente ao contrato do trabalho. A decisão foi unânime. (Alessandro Jacó/CF) Proc.: RR-123-85.2012.5.15.0114 Fonte: TST

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Instituições Financeiras não são obrigadas a manter conta-corrente de consumidor Alexandre Lima

Advogado do CDLRio

A

Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que os bancos não são obrigados a celebrar ou manter contrato de abertura de conta-corrente ou de outro serviço com qualquer pessoa, física ou jurídica, quando tal contratação, do ponto de vista mercadológico ou institucional, não lhes pareça adequada e segura. Na ação, o consumidor afirmou que, após alguns anos de regular movimentação da conta e de utilização de serviços como cheque especial e cartão de crédito, foi surpreendido com a rescisão unilateral dos contratos, sem aviso-prévio. Além de reparação por danos morais e materiais, pediu o desbloqueio da conta e o restabelecimento dos contratos. O juízo de primeiro grau decidiu que o banco não poderia ser obrigado a manter o autor da ação como cliente, mas determi-

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nou o pagamento de R$ 15 mil por danos morais causados pelo encerramento imotivado e sem prévio aviso. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal reformou a sentença para determinar a reativação da conta e dos demais serviços. Considerou que o banco violou o artigo 39, inciso IX, do Código de Defesa do Consumidor ao encerrar de forma abrupta e sem motivo justo uma conta que estava em atividade e apresentava movimentação razoável. O relator, ministro Raul Araújo, lembrou que as turmas de direito privado do STJ já examinaram a questão e consideraram não ser aplicável a vedação do artigo 39, inciso IX, do CDC, razão pela qual é possível a rescisão do contrato de conta-corrente por parte da instituição financeira, “desde que observadas as condições contratuais e realizada a notificação

do correntista”. Segundo o relator, o artigo 39, inciso IX, não se aplica às condições próprias de contratos de execução continuada, como os contratos bancários. Isso porque tais relações, duráveis e dinâmicas, envolvem frequentes pesquisas cadastrais e análises de risco, de modo que não há como impor a obrigação de contratar, a exemplo do que ocorre no caso dos demais fornecedores de produtos e serviços de pronto pagamento. O ministro esclareceu, porém, que o banco deve responder por eventuais prejuízos causados ao consumidor pela rescisão unilateral. No caso, a turma deu parcial provimento ao recurso para retirar a obrigação imposta ao banco de restabelecer os contratos, mas manteve a condenação ao pagamento de danos morais, conforme informou a Assessoria do STJ.


Pergunte! Empresário Lojista Responde

É possível substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso-prévio, pelo pagamento das horas que lhes correspondam? Não. É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho no aviso-prévio, pelo pagamento das horas correspondentes, podendo até mesmo gerar a nulidade do respectivo aviso. A empregada que sofreu aborto espontâneo, tem direito a algum tipo de licença? Sim. Comprovado o aborto não criminoso através de atestado médico oficial, a empregada terá direito a duas semanas de repouso e retorno ao trabalho nas mesmas condições anteriores, conforme art. 395 da CLT. Qual deverá ser o procedimento da empresa que desejar conceder férias coletivas a seus empregados? A empresa deverá comunicar o órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego, com antecedência de 15 dias, enviando cópia da comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e afixando cópia de aviso nos locais de trabalho.

Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao SindilojasRio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 2217-5000, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, e suas respostas.

Qual a duração do contrato de trabalho do aprendiz? O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos. Sendo estipulado um prazo maior do contrato de aprendizagem, será ele regido pelas regras de contrato de trabalho por prazo indeterminado. Qual a jornada máxima que o empregado registrado pelo regime a tempo parcial pode exercer? O art. 58-A da CLT considera trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. Assim, o empregado exercerá suas atividades laborativas não excedentes a 25 horas semanais. A suspensão disciplinar acarreta em redução do período de gozo das férias? Sim. A suspensão disciplinar é tida como ausência injustificada ao serviço. Assim, os dias faltosos serão considerados como faltas injustificadas e, irão refletir no direito aos dias de férias do empregado, dentro do período aquisitivo. É possível descontar do período das férias do empregado as faltas justificadas com atestado médico válido? Não. Os dias em que ocorreram as faltas deverão ser pagos integralmente, pois são consi-

deradas ausências legais e não serão descontadas para cálculo do período de férias (Enunciado n.º 89 TST). Há uma distância mínima para que seja obrigatório o fornecimento do vale-transporte pelo empregador? Não. Não existe determinação legal de distância mínima para que seja obrigatório o fornecimento do vale-transporte, ou seja, se o empregado se utiliza de transporte coletivo por mínima que seja a distância, o empregador é obrigado a fornecê-lo. Qual o prazo para ser feito o recolhimento do FGTS? Os depósitos do FGTS devem ser efetuados mensalmente até o dia 7 do mês subsequente ao de sua competência. Quando o dia 7 não for dia útil, o recolhimento deverá ser antecipado. Os depósitos são feitos pelo empregador e não podem ser descontados dos salários dos empregados. Quem determina o período de gozo das férias de um empregado estudante menor? Apesar de o empregador decidir a época da concessão das férias de acordo com seus interesses, o empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidi-las com as férias escolares.

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Legislação em vigor

FEDERAL Ato do Congresso Nacional nº 29 de 25 de agosto de 2015 (DOU de 26.08.2015) PROGRAMA DE PROTEÇÃO AO EMPREGO – PRORROGA MP 680 - Prorroga Vigência da Medida Provisória nº 680 de 2015 que “Institui o Programa de Proteção ao Emprego e dá outras providências”, pelo período de 60 dias. Lei nº 13.161 de 31 de agosto de 2015. (DOU de 31.08.2015 – Ed. Extra) DESONERAÇÃO DE FOLHA DE PAGAMENTO - Altera as Leis nos 12.546, de 14 de dezembro de 2011, quanto à contribuição previdenciária sobre a receita bruta, 12.780, de 9 de janeiro de 2013, que dispõe sobre medidas tributárias referentes à realização, no Brasil, dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos de 2016, 11.977 de 7 de julho de 2009, e 12.035, de 1º de outubro de 2009; e revoga dispositivos da Lei nº 11.196 de 21 de novembro de 2005, quanto à tributação de bebidas frias. Res. CG-eSocial nº 4 de 20 de agosto de 2015 (DOU de 31.08.2015) E-SOCIAL – MÓDULO CONSULTA

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O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado e da Cidade do Rio de Janeiro. Os textos das legislações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio através do telefone 2506-1234.

QUALIFICAÇÃO CADASTRAL Dispõe sobre a liberação do Módulo Consulta Qualificação Cadastral on-line para atendimento do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Res. INSS nº 495 de 04 de setembro de 2015 (DOU de 08.09.2015) ENCARGOS TRABALHISTAS – RETENÇÃO DE PROVISÃO Dispõe sobre a retenção de provisões para pagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários e outros a serem pagos em relação à mão de obra das empresas contratadas para prestação de serviços, continuados ou não, com dedicação exclusiva de mão de obra.

ESTADUAL Dec. nº 45.362 de 03 de setembro de 2015 (DOE de 04.09.2015) PARCELAMENTO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS - Altera dispositivos do Decreto nº 44.007/2012, que dispõe sobre o parcelamento de créditos tributários e de créditos não tributários

a que se refere a Lei nº 5.139/2007. Lei nº 7054 de 28 de agosto de 2015. (DOE de 31.08.2015) TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA TRIBUTÁRIA TACT - Altera a Lei nº 7.020 de 11.6.2015 e autoriza o Poder Executivo a celebrar Termo de Ajuste de Conduta Tributária.

MUNICIPAL Dec. nº 40.524 de 18 de agosto de 2015 (DOM de 19.08.2015) IPTU - Altera o Decreto nº 14.327 de 1º de novembro de 1995, que regulamenta as disposições legais relativas ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, e dá outras providências. Res. SMF nº 2.867 de 02 de setembro de 2015 (DOM de 03.09.2015) IPTU – ALTERAÇÃO DE TITULARIDADE - Dispõe sobre o preenchimento do Formulário de Comunicação de Alteração de Titularidade de que trata o art. 75 do Decreto nº 14.327, de 01 de novembro de 1995 – Regulamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.


PESQUISA

Comércio teve o pior mês de agosto desde 2004 Nem o Dia dos Pais, uma das mais importantes datas comemorativas do setor, conseguiu reverter o índice negativo do mês.

A

s vendas do comércio lojista do Rio de Janeiro registraram queda de 2,6% em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2014, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que abrange cerca de 750 estabelecimentos comerciais da Cidade. No acumulado dos oito meses do ano (janeiro/agosto), ante o mesmo período do ano passado, a queda nas vendas foi de 0,5 % e, em comparação ao mês anterior (julho), a queda foi de 3,6%. A pesquisa mostra também que todos os setores do Ramo Mole (bens não duráveis) registraram vendas negativas e, no Ramo Duro (bens duráveis), apenas o setor de Móveis apresen-

tou resultado positivo em 0,1%. Os setores que registraram as maiores quedas no faturamento, no Ramo Mole, foram Calçados (-4,0%), Confecções (-3,8%) e Tecidos (-1,6%). No Ramo Duro (bens duráveis), Joias (-6,0%), Óticas (-4,3%) e Eletrodomésticos (-2,4%). Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio, o desempenho negativo das vendas do mês de agosto – o pior resultado para o mês desde 2004 - foi motivado pela crise econômica que o País atravessa, com desemprego em alta e falta de crédito, que tem inibido as compras do consumidor. “Além disso, o Dia dos Pais,

uma das grandes datas comemorativas do comércio, foi bastante fraco, pois não conseguiu reverter o resultado negativo de 2,6%”, justifica Aldo. Em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, no Ramo Mole (bens não duráveis), as lojas da Zona Sul venderam menos 1,5%, as do Centro menos 3,6% e as da Zona Norte menos 5,0%. No Ramo Duro (bens duráveis), as lojas da Zona Norte venderam menos 2,0%, as da Zona Sul menos 2,9% e as do Centro menos 3,3%.

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PESQUISA

Movimento de cheque

S

egundo o registro de cadastro do LIG Cheque do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio, em agosto, em relação ao mesmo mês de 2014, as consultas diminuíram 6,9% e a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 0,3% e 0,4%. Comparando-se agosto com o mês anterior (julho), as consultas caíram 1,2%, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 3,4% e 1,1%. No acumulado do ano (janeiro/agosto), em relação ao mesmo período do ano passado, as consultas diminuíram 4,7% e a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 1,1% e 1%.

TERMÔMETRO

DE VENDAS

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PESQUISA

Movimento de SCPC Consultas ao comércio caíram 3,6% em agosto É o menor índice desde 2010 para o mês de agosto e o menor do ano.

O

número de consultas ao comércio carioca (índice que mostra a intenção de compra) diminuiu 3,6% em agosto, em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o SCPC - Serviço Central de Proteção ao Crédito do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio. A inadimplência também diminuiu 0,2% e as dívidas quitadas aumentaram 0,9%. No acumulado do ano (janeiro/agosto), em relação ao mesmo período de 2014, as consultas caíram 1,4% e a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 0,5% e 1,8%. Ao comparar agosto com o mês anterior (julho), os registros do CDLRio mostram que as consultas, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 4,8%, 1,4% e 18,9%.

Pesquisas & Análises Acompanhe em nosso site todo o comportamento do comércio do Rio de Janeiro. www.cdlrio.com.br Centro de Estudos do CDLRio Telefone: (21) 2506-1234 e-mail: estudos@cdlrio.com.br

Revista Empresário Lojista | Outubro 2015 | 29


OBRIGAÇÕES NOVEMBRO DE 2015 3 DCT – Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.

5 ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior.

6 FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.

CAGED – Cadastro de Empregados. Remeter via Internet, através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários, ocorridos no mês anterior.

10 IR/FONTE – Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior.

ISS – Recolhimento do imposto: o prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: o recolhimento do imposto relativo às NFS-e deve ser realizado até o dia 10 do mês seguinte à emissão. ICMS – Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

13 PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de outubro/2015 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)).

19 SUPERSIMPLES / SIMPLES NACIONAL – Pagamento do DAS referente ao período de apuração

do mês anterior (outubro). INSS – Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08). DCTF – Mensal – Deverão apresentar as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP), enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime, mesmo que estejam sujeitas ao pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), nos termos dos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

25 COFINS – Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tributadas no

lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). COFINS – Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). PIS – Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08).

30 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS – Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos

empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação. PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores, ocorridos na 1ª quinzena do mês de novembro/2015, (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL )). IR/PJ – Empresas devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

30 | Revista Empresário Lojista | Outubro 2015


OBRIGAÇÕES

PISOS SALARIAIS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO A PARTIR DE 01/05/2015

PLANO SIMPLIFICADO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (PSPS)

1ª Faixa (empacotador, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de escritório, estoquista, repositor, auxiliar de depósito)

R$ 965,00

2ª Faixa (vendedor, balconista, operador de caixa e pessoal escritório)

R$ 976,00

Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2015.

Operador de Telemarketing (telefonia e similar)

R$ 981,00

Comissionistas (puros e mistos)

Salário de contribuição (R$)

R$ 1.062,00

Contrato de Experiência (máximo 90 dias)

R$ 791,00

1

11/11

2

12/11

3

13/11

4, 5 e 6

16/11

7

17/11

8

18/11

9 0

**Plano Simplificado – Lei complementar 123 de 14/12/2006.

IRRF - ALÍQUOTA DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015: Base de cálculo mensal em (R$) Até R$ 1.903,98

10/11

2e3

10/11

-

Isento

4e5

10/11

6e7

11/11

8e9

11/11

De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05

15,0%

354,80

19/11

De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68

22,5%

636,13

23/11

Acima de R$ 4.664,68

27,5%

869,36

Salário de contribuição (R$)

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até R$ 1.399,12

8%

De R$ 1.399,13 a R$ 2.331,88

9%

De R$ 2.331,89 até R$ 4.663,75

11%

10ª Cota

0e1

142,80

Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2015.

Final de Insc.

Parcela a deduzir do imposto em (R$)

7,5%

INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

CALENDÁRIO DE IPTU 2015

Alíquota %

De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65

Segurados, empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos.

20%

*Alíquota exclusiva do Microempreendedor Individual e do segurado Facultativo Baixa Renda que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência – Lei 12.470 de 31 de agosto de 2011 – DOU de 01/09/11.

Para os empregados admitidos após 1º de maio de 2014, o reajuste de salários será proporcional aos meses trabalhados (em duodécimos).

Referente ao mês 10/15

11%**

de 788,00 (valor mínimo) até 4.663,75 (valor máximo)

Salários superiores a R$ 4.700,00, o excedente será objeto de livre negociação entre empregadores e empregados;

GIA / ICMS - 11/2015

5%*

788,00 (valor mínimo)

Salários até R$ 4.700,00: A partir de 1º de maio de 2015, reajuste de 8,34% sobre os salários de 1º de maio de 2014;

Último nº da raiz do CNPJ do estabelecimento

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

SALÁRIO-FAMÍLIA A PARTIR DE 01/01/2015 Remuneração

Valor da Quota (R$)

Até R$ 725,02

R$ 37,18

De R$ 725,03 até R$ 1.089,72

R$ 26,20

Acima de R$ 1.089,72

Sem direito

A partir de 01.01.2015, conforme Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 09 de Janeiro de 2015, publicada no DOU de 12/01/2015, passa a valer tabela acima, conforme o limite para concessão da quota do SalárioFamília por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos, ou invalidado com qualquer idade. A Previdência Social reembolsa as empresas.

Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 9 de janeiro de 2015, publicada no DOU de 12/01/2015.

Revista Empresário Lojista | Outubro 2015 | 31


Opinião

Custo: o inimigo a ser combatido sem trégua Abraão Flanzboym

O

momento é bastante propício para falar sobre “Custo”, tema recorrente que está sempre na ordem do dia e, especificamente no caso do comércio, é a principal forma de compensar os prejuízos causados pela fuga dos clientes que estão deixando de comprar por conta da recessão que estamos vivendo e que afeta a todos nós. Na verdade, é um item que não deve ser esquecido, mesmo em ocasiões de normalidade, pois influencia nos preços das mercadorias e impacta fortemente no resultado da receita, já combalida pela excessiva e abusiva carga tributária, que castiga sem dó os setores produtivos, que fazem girar a roda da economia. O custo é, assim, o grande inimigo a ser combatido sempre, sem trégua. “Não devemos ser condescendentes com o custo. Ele mete a mão no nosso bolso sem que a gente perceba. Ele cresce como a unha, da noite para o dia, enfraquece a economia da empresa e, muitas vezes, tira o nosso emprego”. Devemos ter em nossa empresa uma cultura de combater esse “sorrateiro inimigo” e de controlá-lo com mão de ferro. Afinal, nada é mais desestimulante do que examinar um relatório comercial e ver 32 | Revista Empresário Lojista | Outubro 2015

que vendemos bem nossos produtos, cobramos preços corretos e os resultados não são compatíveis com todo esse empenho. Quando isso acontece, revela um indicativo de que precisamos fundamentalmente de um trabalho intenso para a redução de custos, que deve ser um processo permanente e não temporário, sem data marcada para terminar. Na verdade, não há concorrência mais forte e predatória do que o custo. Por isso, ele tem que ser o nosso alvo fiscalizado diuturnamente. Aliás, é conhecida a história de um famoso empresário americano, dono de uma das maiores organizações do mundo, que ensinava em suas palestras que “se cada um lutar por cada centavo gasto, vamos ter recursos para

fazer o que precisa ser feito, pois sempre há espaço para diminuir custos e despesas. E fazer isso com todo mundo remando no mesmo sentido é sempre muito mais fácil”. As empresas com excelência em gestão costumam trabalhar com centro de custos e com planilhas, prefixando percentuais por setores e controlando quinzenalmente aplicações de verbas realizadas nas contas de compras ou investimentos. Podemos exemplificar que essas empresas utilizam X% das vendas para folha de pagamento, Y% das vendas para compra de mercadorias, produtos ou serviços, N% das vendas para investimentos, propaganda, incentivos ou benefícios, Z% das vendas para aquisição do PDV e instalações, além de um percentual sobre a venda para o consumo de energia, água e materiais de uso e consumo. Não é difícil controlar, basta confeccionar planilhas com orçado / realizado. A dificuldade maior é encontrar o índice do percentual correto para cada item, pois os dados se modificam de acordo com a atividade e/ou seguimento de cada empresa. Quando o custo é fiscalizado, estamos mais longe do prejuízo e mais perto do lucro real.

Foto: Gerd Altmann / Pixabay

Superintendente administrativo do CDLRio


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