Revista Empresário Lojista de julho

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SUMÁRIO Presidente do SindilojasRio e do CDLRio Aldo Carlos de Moura Gonçalves

Diretoria do SindilojasRio Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt Superintendente: Carlos Henrique Martins

Diretoria do CDLRio

Estacionamento na Rua Larga

MENSAGEM DO PRESIDENTE 3 - Nossa força é a união

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MATÉRIA DE CAPA 4 - Comércio do Rio hoje ARTIGOS 13 - Criando necessidades 22 - Comércio: Trajetória nos últimos dez anos e desafios recentes COMPORTAMENTO 9 - Como evitar desculpas no trabalho

Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym

23 - Neuromarketing chegou ao Brasil

Conselho de Redação

DIREITOS DO LOJISTA 12 - Assistência jurídica para os lojistas

SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury CDLRio: Ubaldo Pompeu Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Barbara Santiago Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE n° 7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: (21) 2217-5000 - Ramais 202, 272 e 273 Corretores: Santos: 21 98682-1128 Luciléa Rosário: 21 99639-9379 e 97904-8759 Revisão: Simone Motta Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Estagiário: Percy Carpenter Projeto Gráfico e Editoração: Márcia Rodrigues Leandro Teixeira Supervisão Gráfica e Criação de Capa: Roberto Tostes - robertotostes@gmail.com Empresário Lojista:

CONSUMIDOR 7 - A opinião do cliente VAREJO 18 - Que crise? HISTÓRIA 10 - Rua Larga ou Av. Marechal Floriano

24 - Cartão de crédito não solicitado é prática abusiva 25 - Perguntas e Respostas

A Extensão da Vida Laboral 8 - CURIOSIDADES

26 - Leis e Decretos

ESPORTES 19 - Futebol de mesa: um esporte para todos

30 - Obrigações ECONOMIA 20 - Ministro comenta o projeto de revisão das tabelas do Simples

OS NÚMEROS DO VAREJO 27 - Termômetro de vendas FRANQUIAS 14 - ABF Franchising Expo 2015 LIDERANÇA 15 - Como dirigir pessoas

Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro - SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio

Versão Online: www.cdlrio.com.br e www.sindilojas-rio.com.br

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O Dia do Comerciante

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OPINIÃO 32 - Um semestre para esquecer SINDICALISMO 12 - Visita ao SindilojasRio 16 - Rumo à Excelência

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Central de Atendimento 2 | Revista Empresário Lojista | Julho 2015

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Mensagem do Presidente

Nossa força é a união Neste momento de incertezas, em que ainda não sabemos o tamanho real da crise e o tempo que levará para que o País retome seu crescimento, mais do que nunca nossas entidades trabalham com o objetivo de criar condições que protejam e fortaleçam o ambiente de negócios. Os desafios são grandes e muitos. Não podemos continuar massacrados pelo peso da burocracia e da alta carga tributária que sufocam as atividades produtivas.

Aldo Carlos de Moura Gonçalves, Presidente do SindilojasRio e do CDLRio

Com uma história de lutas, há mais de 80 anos, o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) e, há 60 (em novembro próximo), o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) têm sido grandes aliados dos comerciantes na defesa de seus direitos e interesses. É mais do que reconhecida a importância do comércio de varejo para criar postos de trabalho e movimentar a economia, inclusive sendo a melhor alternativa àqueles que, não estando no mercado formal de trabalho, buscam condições de empreender, de ter seu próprio negócio. Portanto é fundamental que nós, lojistas, estejamos unidos para reivindicar mudanças estruturais e novos rumos que garantam não apenas a sobrevivência, mas a competitividade dos nossos negócios.

Alinhados e integrados a outras entidades representativas do comércio de bens e serviços – como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara e-Net), entre outras – temos participado ativamente da construção da Agenda de Competitividade do Varejo, fórum promovido e organizado pela Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio exterior (MDIC). Para lutar por mudanças que favoreçam a competitividade e a produtividade, temos atuado perante as diferentes esferas do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, buscando as melhores práticas, construindo propostas e apoiando leis que desobstruam o caminho do desenvolvimento.

Entre tantos desafios, alguns se destacam, como a desoneração tributária; a desburocratização e a simplificação de normas; a modernização das relações trabalhistas; a qualificação e capacitação de mão de obra, aí incluídos a gestão do varejo e o estímulo ao uso de mais tecnologia, como o uso de etiquetas inteligentes e maior automação; a promoção de políticas de crédito e financiamento, em particular para as micros e pequenas empresas; a promoção de diferentes meios de pagamento, diminuindo, por exemplo, os custos de transação com cartão de débito, hoje abusivos, e fomentando o uso de novas tecnologias; o desenvolvimento e regulamentação do comércio eletrônico, incluindo fatores como a otimização da logística de distribuição e entrega; a produção de estudos e informações econômicas sobre o setor de comércio de varejo e sua divulgação entre os comerciantes, para que estes tenham acesso às melhores práticas e tecnologias. Além de atuar em todas estas frentes, onde cada item se desdobra em várias demandas, o SindilojasRio e o CDLRio investem permanentemente em atualização e modernização, para oferecer a vocês, associados, serviços de excelência que contribuam para o sucesso de seus negócios. Nossa força está em nossa união, na participação ativa dos processos decisórios que afetam as nossas atividades. E, por tudo isto, o SindilojasRio e o CDLRio continuam a ser o porto seguro dos lojistas do Rio de Janeiro.

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Matéria de Capa

Comércio do Rio hoje

Trabalhando e inovando para vencer a crise

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comércio de bens e serviços do Rio de Janeiro se mantém como um dos principais pilares da economia do estado. São milhares de estabelecimentos, de todos os portes, que abrangem a mais variada gama de oferta de produtos, e respondem pela geração de milhares de postos de trabalho e de grande parte dos recursos recolhidos em impostos. Mesmo agora, quando o País atravessa um momento tão adverso, o Rio de Janeiro, a despeito do cenário desanimador – o estado é um dos mais atingidos pelas consequências da Operação Lava-Jato envolvendo a Petrobras, que vão da paralisação de atividades econômicas e de importantes projetos estruturais, como o Comperj, ao desemprego que começa a se agravar – continua sendo a região onde o comércio ainda registra algum crescimento.

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Elevação de juros, incertezas no mercado de trabalho, aumento de tributos e inflação em alta continuarão afetando a confiança e o poder de compra do consumidor em 2015. Apesar de tudo, a capacidade de superação dos lojistas que mantém a vitalidade do nosso setor é surpreendente. Isto só acontece graças ao espírito empreendedor, ao espírito de luta de nossos comerciantes, que se renovam todos os dias, para manterem seus negócios. Boa gestão dos recursos humanos e das vendas, planejamento, organização, promoções, ações integradas de comunicação. É extenso o leque de fatores que podem contribuir para o desempenho e a melhoria dos negócios. Programas de fidelização impulsionam aumento das vendas e retorno dos clientes É fato que a desaceleração econômica

vivenciada pelo País resultou na retração do mercado. Segundo o estudo Mudanças do Mercado Brasileiro, da Nielsen, novidades como a mudança da frequência de idas ao ponto de venda e um consumo ainda mais consciente passaram a fazer parte do cotidiano dos consumidores brasileiros diante da atual fase econômica. Por conta disso, os varejistas têm se desdobrado para aumentar – e manter – as vendas, e os programas de fidelização e relacionamento com os clientes podem ser bons aliados nesse momento, de acordo com a Marka Fidelização e Relacionamento, empresa que desenvolve ações do gênero. Para o sócio-diretor da empresa e especialista no assunto, Marcelo Cristiano Gonçalves, os programas de fidelização ganham ainda mais importância durante os períodos de crise. “Atual-


Matéria de Capa

mente, com a recessão do mercado, a tendência é que as pessoas comprem cada vez menos, com frequências menores. A briga pelo consumidor aumentará e a saída é investir em ações para vender mais aos clientes que já frequentavam a loja, além de articular ações para conquistar novos consumidores”, aponta. Gonçalves explica que, durante a implantação de um programa de fidelização e relacionamento, o varejista possuirá acesso a todos os dados do cliente e de suas respectivas compras. Desta forma é possível detectar as suas necessidades de maneira inteligente para a promoção de um marketing estratégico e personalizado. “O resultado dessas ações de relacionamento é que o empreendedor conseguirá aumentar o seu tíquete médio, a frequência de ida do cliente na sua empresa, a retenção desses consumidores e a mensuração dos resultados conquistados com a fidelização e relacionamento”, detalha Cláudio Luís Rosa, também sócio-diretor da Marka. Largo da Carioca no início do século XX

As técnicas de fidelização e relaciona-

mento devem levar em conta o perfil de cada empresa como um todo, bem como as suas particularidades, público-alvo e posicionamento no mercado. Atendidas pela Marka Fidelização e Relacionamento, marcas como Dudalina e Multicoisas já puderam desfrutar dos resultados positivos. “Trata-se de um trabalho que deve ser feito por especialistas que poderão avaliar, após uma minuciosa análise do negócio, o que é mais indicado: programas de fidelização, de relacionamento ou um que combine ambas as ações. Estruturamos ferramentas que possibilitam que os empresários acompanhem em tempo real os resultados que a sua empresa está obtendo por meio dessas ações”, finaliza Rosa. Conheça os cases de sucesso das marcas: Dudalina https://www.youtube.com/watch?v=elgquPsKu1c

Multicoisas https://www.youtube.com/watch?v=m2Xzqrs4Dqk

Com: Em Pauta Comunicação

Comemoração do Dia do Comerciante O SindilojasRio – Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro e o CDLRio – Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro celebrando o Dia do Comerciante, a transcorrer em 16 de julho, promoverão ato comemorativo da data, no dia 13 de julho, a partir das 9 horas, na sede sindical, na Rua da Quitanda, 3, 10º andar, no Centro do Rio. Na oportunidade, o deputado federal Otavio Leite irá falar sobre “A Pequena Empresa no Congresso Nacional – Atualização da Lei do Simples”. A entrada é franca. Será oferecido café da manhã das 9 às 9:30 horas. O evento conta com o apoio da ACRJ, Federação dos CDLs do Estado do Rio de Janeiro e do CDLNiterói.

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Comércio

16 de julho - Dia do Comerciante

P

or iniciativa da Confederação Nacional do Comércio, em 26 de outubro de 1953, foi aprovada a Lei Federal nº 2.040, assinada pelo Presidente Café Filho, estabelecendo a data de 16 de julho como o Dia do Comerciante no Brasil. A data foi escolhida por ser a do nascimento de José da Silva Lisboa, barão e visconde de Cairu, patrono do comércio. Político e jurisconsulto, o patrono do comércio nasceu em 1756, em Salvador, Bahia. Faleceu no Rio de janeiro, em 20 de agosto de 1835. Com apenas oito anos de idade, iniciou seus estudos de filosofia em Portugal, na Universidade de Coimbra, onde concluiu os cursos de Filosofia e Medicina. Fez, ainda, na mesma universidade, os cursos de hebraico e grego. Regressando ao Brasil, foi designado para a cátedra de Filosofia Moral, na Bahia, onde criou a Cadeira de Língua Grega. Publicou em Portugal, no ano de 1801, o “Princípio do Direito Mercantil”, primeira obra publicada em nossa língua sobre Economia Política. Quando Dom João VI passou pela Bahia, Cairu apresentou as vantagens que sucederiam da abertura dos portos brasileiros às nações amigas de

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O monumento em homenagem a Visconde de Cairu foi inaugurado em 1923, na praça que tem o seu nome, em frente ao elevador Lacerda, em Salvador, Bahia. A obra, em fundição e pedra lavrada, bronze e pedra calcária, representa Cairu, no topo. Nas laterais, alegorias, e na parte frontal, uma estátua simboliza a vitória.

Portugal, resultando na Carta Régia de 25 de janeiro de 1808, motivo para receber o título de Patrono do Comércio. Foi desembargador da Mesa do Paço, da Casa de Rogo, deputado e senador. Sua maior preocupação era o progresso do Brasil. Cairu foi um homem de grandes conquistas pessoais, usando-as para conseguir objetivos patrióti-

cos. Sua influência pesou de modo decisivo na política, proporcionando um grande passo na evolução. Em 1832, lutou pela criação de uma universidade no Rio de Janeiro. Tornou-se barão em 1825 e visconde em 1826, sendo feito senador do Império. Destacou-se sempre por sua erudição e firmeza de caráter.


Consumidor

A opinião do cliente

U

ma das ferramentas mais importantes para conhecer a opinião do consumidor e o que ele pensa sobre a empresa, um produto ou um serviço é a Pesquisa de Satisfação do Cliente. Quando aplicada corretamente, é um valioso instrumento para conquistar novos consumidores e fidelizar ainda mais os já existentes. Em um mercado acirrado e competitivo, no qual está cada vez mais difícil conquistar novos clientes, é fundamental que, uma vez conquistado, ele sinta-se feliz com a escolha que fez e ainda recomende a terceiros. A Pesquisa de Opinião é um dos muitos produtos oferecidos pelo IVAR Contact Center, com o objetivo de melhorar o desempenho dos seus clientes. Para este serviço, dispõe de operadores monitorados diariamente por uma equipe qualificada e constantemente treinada em busca de melhores resultados para o negócio. O Ivar Contact Center também presta serviços nas áreas de Pré-Venda, Ven-

das, Atualização de dados sobre clientes, Atendimento pós-vendas, Agendamento de visitas, Pesquisa de satisfação, Ações de fidelização e relacionamento, Informação sobre produtos e serviços, Criação de bancos de dados com registro de clientes, Divulgação de feiras e eventos, SAC, 0800 (informações, consultas e dúvidas), URA (Unidade de Resposta Audível) e Telecobranças. Para os lojistas, por exemplo, a grande vantagem em utilizar os serviços do Ivar Contact Center é que ele pertence ao Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que é a mais tradicional entidade de classe do comércio carioca, com quase 60 anos de existência e uma rica e conhecida história de luta em favor dos interesses do comércio varejista. Assim a entidade conhece profundamente as necessidades dos lojistas e tem condição de colaborar com o crescimento das vendas.

A Pesquisa de Opinião é um dos muitos produtos oferecidos pelo IVAR Contact Center

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Barbara Santiago

Curiosidades do comércio Do comércio de produtos germinou o comércio de ideias Os fenícios foram os negociantes da Antiguidade por excelência. Qualquer porto onde os magníficos barcos fenícios atracassem logo se transformava em fervilhante mercado. Em função dos diversos contatos comerciais que mantinham com diferentes povos, os fenícios sentiram necessidade de um meio prático para facilitar a comunicação. Pressionados por essa necessidade, os fenícios desenvolveram uma das mais fabulosas invenções da história humana e da comunicação: o alfabeto. Atribui-se também a esta cultura, a invenção da tinta de púrpura (para tecidos) e do vidro. Considerável parte dos produtos comercializados pelos fenícios provinha de suas oficinas artesanais, que dedicavam à metalurgia (armas de bronze e de ferro, joias de ouro e de prata, estátuas religiosas).

Para lembrar: - As mulheres compram mais roupas masculinas que os homens. As mulheres são as maiores compradoras de cuecas e barbeadores elétricos.

O comércio na Europa Veneza e Gênova eram o ponto de origem e de chegada à Europa das grandes rotas comerciais do Oriente. Os principais produtos importados eram as especiarias, a seda, a porcelana e o ouro. Além disso, a localização geográfica dessas duas cidades lhes permitia utilizar as rotas terrestres e fluviais (rios navegáveis) através das quais se comunicavam com o Centro e o Norte da Europa. As cidades do Norte Europeu, desde o Mar do Norte até o Báltico, criaram uma união comercial chamada Hansa Teutônica ou Liga Hanseática. Comerciavam tecidos de lã e de algodão, sal, madeira, ferro e armas.

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- Uma modalidade de venda e compra de diversos produtos era a permuta ou escambo. Essa modalidade de transação, muito comum no início da Idade Média, foi desaparecendo com a introdução da moeda. - O comércio, a princípio local, tornou-se regional e, depois, evoluiu para um comércio a grandes distâncias: terrestre, fluvial, marítimo e oceânico. - Saara RJ: o maior comércio do Centro do Rio de Janeiro. A Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega, ou abreviando, SAARA RJ, é um enorme e importante centro comercial varejista e atacadista localizado no coração do Centro do Rio. O comércio se estende pelas ruas e avenidas do Centro. Os principais logradouros que compõem a SAARA são: Ruas da Alfândega, Senhor dos Passos; Buenos Aires, dos Andradas, da Conceição; Senhor dos Passos e Avenida Passos.


Comportamento

Como evitar desculpas no trabalho

O

consultor em desenvolvimento profissional, João Cordeiro, afirma que nosso instinto é o de dar desculpas. Exemplifica a sua afirmação com a história de Adão e Eva: - Quando Deus chegou ao Jardim do Éden, perguntou por que Adão comeu o fruto proibido. Adão respondeu que foi a Eva quem lhe deu o fruto...

Há uma diferença entre justificativa e desculpa Consultor João Cordeiro

João Cordeiro é autor do livro “Accountability”, da editora Évora, cujo título é um termo em inglês que não tem tradução direta. Significa algo como responsabilizar por alguma coisa e prestar contas por ela. Cordeiro considera que “Accountability” é pensar e agir como quem entrega resultados excepcionais. O contrário é “desculpability”, isto é, quando não há entrega de resultados, precisa-se de desculpas. Cordeiro relacionou 10 desculpas muito comuns no ambiente de trabalho, que devem ser riscadas do vocabulário profissional. Vejamos: 1. Eu não sabia. 2. Não recebi o e-mail. 3. Isso sempre foi feito dessa maneira. 4. Eu só fiz o que me mandaram. 5. Eu já enviei o e-mail. 6. Eu fiz a minha parte. 7. Isso não é minha função. 8. Já deu o meu horário. 9. Este cliente não é meu. 10. Este problema não é meu. Para o consultor há uma diferença entre justificativa e desculpa. Exemplifica: “O chefe passa um projeto e um prazo”. Antes do prazo, com o objetivo de melhorar a entrega, é justificativa. Depois do prazo é desculpa.

CINCO DICAS O consultor oferece cinco sugestões para combater o “instinto” de dar desculpas. Ficar em estado de alerta É necessário estar sempre alerta para ser produtivo e não falhar, caindo na tentação de dar desculpas. Perceber as oportunidades Todos os dias do colaborador são repletos de situações em que é possível assumir responsabilidades e tomar o controle da situação, ou... ser malvisto. Não ter medo de assumir As pessoas são passíveis de errar. Quando ocorre erro, assumir a responsabilidade é o melhor caminho. Agir contra o erro Assumir o erro é atitude que deve ser cultivada. Repetir erros, contudo, torna-se um problema sério. Lembrar que é um exemplo Mesmo errando raramente, mas sempre se responsabilizando pelo erro, é uma atitude que deve estar sempre presente em suas atitudes.

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História O lago interno do Palácio Itamaraty, referência da Avenida Marechal Floriano. Palacete em estilo neoclássico, construído na metade do século XIX, foi, inicialmente, residência da família do Barão de Itamaraty. Com a Proclamação da República, foi a primeira residência presidencial até 1896, quando houve a mudança para o Palácio do Catete. De 1896 até 1960, o prédio foi sede do Ministério das Relações Exteriores. Com a transferência da capital para Brasília, passou a abrigar o Museu Histórico Diplomático.

Rua Larga ou Av. Marechal Floriano

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Avenida Marechal Floriano originalmente era conhecida pelos moradores da cidade como Rua Larga de São Joaquim ou, simplesmente, “A Larga”. Mas, para conhecer melhor a história desta rua, é preciso apresentar também a Rua Estreita de São Joaquim, à qual a Larga dava continuidade. No século XVIII, próximo ao Largo de Santa Rita, começava uma rua muito estreita conhecida como Rua do Curtume ou dos Coqueiros. O primeiro nome era atribuído ao fato de residir ali um comerciante que tratava e vendia couro, e o segundo, devido à existência de vários coqueiros na região. A proximidade da rua ao porto fazia com que a sua ocupação fosse por toda sorte de gente. Prostitutas, apostadores, ladrões, ciganos, eram presenças constantes, o que atribuía à má fama do lugar junto aos moradores dessa freguesia. Ainda no século XVIII, foi erguida no final da estreita rua, próximo ao caminho do Valongo (Rua Camerino), uma igreja dedicada a São Joaquim, mudando o nome da Rua do Curtume para Rua Estreita de São Joaquim. Assim, o caminho que continuava a par-

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tir do frontão da Igreja até o Campo de Santana que, diferentemente do anterior, era bastante largo, passou a ser chamado por todos de Rua Larga de São Joaquim. A Igreja de São Joaquim tinha em sua lateral um orfanato que recebia os órfãos que a Igreja de São Pedro dos Clérigos não conseguia mais atender. Com a chegada da família real em 1808, o prédio do seminário foi requerido para o aquartelamento das tropas, só voltando a ter atividades educacionais a partir de 1837, quando Bernardo de Vasconcelos decide criar um colégio homenageando o futuro imperador Dom Pedro II. Após obras de adequação realizadas por Grandjean de Montigny, foi aberta na Rua Larga a primeira unidade do Colégio Pedro II. Assim, a Rua Larga foi criando sua história e ganhando importância, atraindo personalidades que construíram nela suas residências como o caso do Barão do Itamaraty, sendo esta construção um dos grandes marcos da rua. As reformas urbanas do prefeito Pereira Passos fizeram com que as duas ruas se tornassem uma só. Influenciado pelas reformas de Haussmann em

Paris, Passos, no início do século XX, tinha como objetivo fazer a cidade digna de uma capital federal, uma Paris dos Trópicos, com grandes bulevares, e a Rua Larga não ficou de fora dos seus planos. A Igreja de São Joaquim, a esta altura, já estava decadente e atrapalhava a circulação na região, por isso o prefeito decidiu pela sua demolição em nome da modernidade. Juntamente com ela, todo o casario colonial que remetia à cidade arcaica também foi destruído. Com as mudanças, a Rua Estreita foi igualada à Larga, passando a ter seis metros de largura e estando ligada à antiga Rua dos Pescadores, atual Visconde de Inhaúma, e toda a extensão desde a Igreja de Santa Rita até a Central do Brasil passa a ser denominada como “A Larga”. Neste contexto de modernidade se muda em 1911 para a Rua Larga, a The Rio de Janeiro Tramway Light & Power, a nossa Light, que era responsável pela eletrificação dos transportes urbanos, eletricidade e gás que abasteciam a cidade desde 1905. A rua passa a ser a Rua Larga da Light, mas não por muito tempo. Com o fim das obras de colocação dos trilhos dos bondes e construção do casario decidiu-se homenagear o presidente Marechal Floriano, transformando a Larga em Rua e depois em Avenida Marechal Floriano, mas, no imaginário carioca, nada se alterou e esta importante avenida ainda é a Rua Larga de tempos atrás. Fonte: Portal Circuito Light Rio Antigo


Trânsito

Consumidores da Rua Larga ganham estacionamento

O

s lojistas da Avenida Marechal Floriano Peixoto, também conhecida por Rua Larga, pediram ao SindilojasRio para interceder perante a Prefeitura do Rio, para que o tradicional logradouro do Centro do Rio tivesse estacionamento de carros, apenas aos sábados, domingos e feriados, quando o trânsito ali é reduzido. Seria também a maneira de facilitar os consumidores a terem acesso ao comércio local. O presidente Aldo Gonçalves e o presidente da Sarca, Roberto Cury, entraram em contato com o subprefeito do Centro Histórico do Rio, Luiz Cláudio Vasques. Solicitaram que fosse recomendada à CETRio a permissão para o estacionamento de carros, do lado ímpar da Rua Larga, aos sábados, do-

mingos e feriados. Esclareceram que, aos sábados, facilitaria ao consumidor o acesso às lojas, enquanto aos domingos e feriados santos, aos que fossem à missa na Igreja de Santa Rita. O subprefeito de imediato manteve contato com a direção da CET-Rio, pedindo que fosse atendida a solicitação do SindilojasRio. Poucos dias depois, no sábado, 30 de maio, os carros já puderam estacionar do lado esquerdo da Rua Larga. Dias antes, a CETRio afixou em muitos postes, a placa permitindo o estacionamento. É natural que a permissão continue até às vésperas da instalação do canteiro de obras para a implantação das linhas do VLT. Aliás, conforme lembrete no ofício encaminhado pelo SindilojasRio.

É uma maneira de facilitar os consumidores a terem acesso ao comércio local

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Direito

Assistência jurídica para os lojistas do Rio

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SindilojasRio oferece assistência jurídica às empresas associadas, nas áreas Trabalhista, Civil, Tributária e Marcas e serviços de despachantes. O atendimento é prestado por 17 advogados de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas, na sede sindical, na Rua da Quitanda, 3, 10º andar. Os lojistas, mesmo que suas empresas não sejam associadas ao SindilojasRio, podem fazer consultas de natureza jurídica através do tel. 2217-5062, também de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. A Gerência Jurídica conta ainda com várias ações coletivas de interesse da comunidade lojista do Rio. Em maio, a Gerência Jurídica estava com 735 serviços/processos de empresas em andamento, conforme o gráfico ao lado.

Visita ao SindilojasRio

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deputado Tiago Mohamed, membro da Comissão de Saneamento Ambiental da ALERJ, visitou o SindilojasRio no dia 16 de junho. Recebido pelo presidente Aldo Gonçalves e diretores, o deputado veio acompanhado dos assessores Nely Felix e Thiago Barcelos. Após percorrer as instalações sindicais, o presidente Aldo Gonçalves informou sobre a entidade, principalmente acerca dos serviços prestados à comunidade lojista do Rio. Ao término da visita, participou do almoço com os diretores e executivos. Na foto, o deputado Tiago Mohamed, à direita, de pé, parabenizou a Diretoria por suas ações em favor da categoria de lojistas.

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Criando necessidades

José Belém

Gerente geral do SindilojasRio

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á quantos anos ter um telefone celular passou a ser necessidade para a maioria das pessoas? E a TV a cabo? Você se lembra do tempo em que o radinho de pilha era uma premente necessidade? E a revolucionária máquina de escrever elétrica? A máquina de costura tinha presença certa e útil em todos os lares.

Quais outras necessidades futuras substituirão a participação humana?

Gastos com telefonia celular, TV a cabo sequer eram cogitados há algumas dezenas de anos atrás. Hoje, são necessidades indispensáveis, que se foram criando com o tempo. Nas empresas da metade do século recém-passado nem se falava em gastos com FGTS, 13º, plano de saúde, vale-transporte, tíquetes-refeição e alimentação. Em muitas casas já não se pagam contas de telefone fixo. Para que, se existe o celular que funciona em todo lugar, em casa também, e até no exterior quando se está em viagem internacional? Ainda existem datilógrafas? Ou só se veem digitadores? Mesmo assim, até quando? Até os novos sistemas aceitarem o mero comando de voz e

não o de dedos? Por quanto tempo ainda as agências bancárias manterão caixas com pessoas no atendimento? Quantos veículos passam hoje sem nem parar pelos recentemente inventados postos de pedágio? Será espantoso se brevemente os aviões dispensarem a presença de pilotos? Ou se os trens dos metrôs passarem a ser comandados por pilotos automáticos? Quais outras necessidades hoje inexistentes se tornarão indispensáveis? Quais outras necessidades futuras substituirão a participação humana? Chegaremos ao ponto de dispensar, definitivamente, o útero materno pela incubadora eletrônica? Ou a velha e prazerosa cópula carnal pela fertilização in vitro? Bem... acho ótimo ter vivido estes gostosos tempos que se vão tornando ultrapassados pela evolução tecnológica. Decididamente dispenso estas futuras necessidades. Com prazer... muito prazer.

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Franquia

ABF Franchising Expo 2015 movimentou R$ 550 milhões em negócios

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ABF Franchising Expo 2015, maior feira de franquias do mundo, reuniu entre os dias 24 e 27 de junho, em São Paulo, 480 marcas expositoras do Brasil e do exterior. Cerca de 62 mil visitantes movimentaram R$ 550 milhões em negócios. Segundo a presidente da ABF, Cristina Franco, o setor de franquias é um dos mais resilientes. “Como mostram nossos indicadores – crescimento de 7,7% em 2014 – o mercado de franquias é o último a entrar em dificuldade e o primeiro a sair. Nossa expectativa para 2015 é de crescimento de aproximadamente 8%, recompondo perdas inflacionárias e abrindo espaço para expansão mais vigorosa nos próximos anos”, disse. O mercado de trabalho menos aquecido deve incentivar muitos profissionais qualificados a realizarem o sonho do negócio próprio por meio do sistema de franchising. De acordo com dados da ABF, a taxa de mortalidade de franquias em 2014 foi de apenas 3,7%, pois o sistema cria um ambiente mais seguro para o empreendedor de forma geral e, em particular, para quem está começando. “As vantagens da franquia começam pelo modelo de negócio. O empreendedor recebe o produto/serviço, a estratégia de mercado, parâmetros financeiros, treinamentos, sistemas e métodos praticamente

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Feiras no Brasil em julho Francal - Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios 06 a 09 Anhembi São Paulo - Brasil Promotor: Francal Feiras e Empreendimentos Site: www.feirafrancal.com.br

FENIN Fashion Verão RS - Edição Primavera/Verão 2015/2016

07 a 10 Parque de Exposições de Bento Gonçalves/Rio Grande do Sul Promotor: EXPOVEST Site: www.fenimfeiras.com.br

3ª Feira Brasileira de Varejo

08 a 12 Centro de Eventos do Barra Shopping – Porto Alegre/Rio Grande do Sul Promotor: Sindilojas Porto Alegre E-mail: febravan@febravan.com.br

prontos, o que facilita e agiliza todo o processo. Além disso, a gama de franqueadores é vasta, dando margem para que o empreendedor escolha aquele cujo modelo de negócio ele tenha mais afinidade ou conhecimento”, ressalta Cristina Franco. A ABF Franchising Expo reuniu, em sua 24ª edição, expositores dos mais diversos segmentos, de alimentação a vestuário. Além da exposição das marcas, a Feira proporcionou aos interessados o ingresso no universo das franquias e a participação em cursos, promovidos diariamente por meio da ABF Educação, que visaram orientar o investidor para a melhor tomada de decisão possível.

Inspiramais Inverno 2016

08 a 09 Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca - São Paulo Brasil Promotor: Assintecal Site: www.inspiramais.com.br

FENIN Fashion Rio - Edição Verão/ Alto Verão 2015/2016 28 a 30 Riocentro - Rio de Janeiro - Brasil Promotor: EXPOVEST Site: www.fenimfeiras.com.br

FENAFASHION 28 a 31 Centro de Eventos José Ijair Conti – Criciúma/Santa Catarina - Brasil Promotor: FAMA Site: www.fenafashion.com.br


Liderança

Como dirigir pessoas

M

uitos ainda pensam que basta ter o título de diretor, ou de chefe, para que isto dê prestígio tamanho que todo o grupo vá obedecer automaticamente à pessoa que o dirige, simplesmente por estar investido de autoridade. Para se ter realmente autoridade, é necessário que a pessoa que dirige um grupo reúna uma série de qualidades, mas ainda ter aprendido a liderar. Muitas pessoas levam dezenas de anos para tomarem consciência de que certas atitudes não as levam ao êxito na direção, enquanto outras conseguem dirigir logo com maior eficiência. Alguns mesmo só chegam a dirigir bem quando estão perto de encerrar suas atividades profissionais. No entanto, poderiam aproveitar os erros dos outros e assimilar, muito tempo antes, os princípios elementares da boa direção. É fato observável por todos que qualquer grupo social precisa ser dirigido por pessoa que o guie para atingir os objetivos comuns ou satisfazer os interesses dos seus membros. A procura de um líder por um grupo recém-formado é quase um ato reflexo, que tem raízes muito profundas.

Desde os tempos mais remotos das tribos primitivas, os homens tiveram chefes; além disso, desde o nascimento, a criança está acostumada a obedecer aos pais e aos professores, até acabar os estudos, efetuando-se aí uma simples transferência da autoridade pedagógica à autoridade de grupo. As pessoas, em sua grande maioria, estão tão acostumadas a serem dirigidas, pois se sentem sozinhas quando têm de tomar decisões. Apesar de se considerarem independentes, por serem adultas, elas são apenas pseudo-autônomas. As pessoas que têm autonomia real são relativamente poucas, e são mais frequentes entre os dirigentes do que entre os dirigidos. Dentro de qualquer grupo social, o líder é a peça mestra, catalisadora das energias individuais. Deve-se, por conseguinte, dar atenção toda especial aos dirigentes, seja nação, empresa, associação ou turma de alunos. Mas, para poder formar os futuros dirigentes, é preciso descobri-los o mais cedo possível, para o que é necessário organizar um sistema de seleção que permita, dentro de um grupo qualquer, reconhecer os futuros líderes.

Frente Parlamentar do Setor Produtivo no DF

E

m solenidade, no dia 22 de junho, no plenário do CDL-DF, houve o “Lançamento da Frente Parlamentar do Setor Produtivo” da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A Frente é integrada pelos deputados Celina Leão (PDT), Doutor Michel (PP), Sandra Faraj (SD), Júlio César (PRB), Rafael Prudente (PMDB), Rodrigo Dalmasso (PTN), Wellington Luiz (PMDB), Robério Negreiros (PMDB), Cristiano Araújo (PTB) e Bispo Renato (PR). O principal objetivo da Frente é a defesa das questões que envolvam interesses das empresas no Distrito Federal. O novo canal político facilitará o encaminhamento de propostas das entidades representativas dos segmentos econômicos de Brasília a serem apreciadas na Câmara Legislativa.

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Sindicalismo

mércio (CNC), com base nos quesitos estabelecidos pelo Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ), cujo objetivo é fazer com que o empresariado do comércio de bens, serviços e turismo se qualifique e torne o sistema sindical mais forte e representativo. Os principais objetivos do SEGS visam a propiciar ferramentas às entidades que permitam identificar seu grau de desenvolvimento nos seguintes aspectos: associativismo, representatividade, estrutura diretiva, gestão financeira e produtos e serviços oferecidos; capacitar os líderes em práticas gerenciais de reconhecida excelência, que possibilitem incrementar a atuação dos sindicatos; possibilitar o compartilhamento de práticas gerenciais de sucesso (benchmarking) e também o crescimento individual dos líderes e executivos sindicais e, consequentemente, das entidades e das empresas representadas.

Sistema de Excelência na Gestão Sindical 2015

Rumo à Excelência

N

o dia 24 de junho passado, o SindilojasRio passou pela avaliação de consenso do Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS), de 2015, realizada pelo Sindilojas de Belo Horizonte, que foi representado por sua executiva Danielle Stancioli. Esta foi a terceira avaliação que a entidade recebeu. A de 2013 foi realizada pelo Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), e a de 2014 pelo Sindicato de Empresas Contábeis do Rio de Janeiro (Sescon/RJ). O SindilojasRio obteve 367 pontos na avaliação de 2015. Devido à pontuação alcançada anteriormente, a entidade participou, pela primeira vez, do nível “Rumo à Excelência” (antigo nível 2), que vai até 500 pontos e contempla os seguintes critérios: liderança, estratégias, clientes, sociedade, informações, pessoas, processos e resultados. No diagnóstico inicial, em março de 2013, o SindilojasRio recebeu 59 pontos. Já nas avaliações de consenso, ainda em

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2013, e depois, em 2014, a entidade obteve 146 e 200 pontos, respectivamente, de 250 pontos possíveis, nível de “Compromisso com a Excelência” (antigo nível 1). A apresentação de todas as práticas de gestão implementadas e também das melhorias realizadas no último ciclo foram apresentadas pelo grupo de trabalho do SindilojasRio constituído para programa SEGS, formado por Flávia Brandão, Igor Monteiro, Paulo Roberto Marques Júnior, Rejane Finamor e Rosangela Vicente, além do consultor Luciano Santana, da Malv Consultoria. O superintendente Carlos Henrique Martins, o assessor da diretoria Luiz Bravo e os gerentes do SindilojasRio, José Belém (Geral), Elizabeth Guimarães (Jurídico), José Carlos Pereira Filho (Comercial) e Luiz Roif (TI) também participaram da avaliação (foto). O SEGS é um programa de gestão criado pela Confederação Nacional do Co-

Com a implantação do SEGS, estes representantes sindicais passam a ter uma ferramenta a mais para auxiliá-los na elaboração e acompanhamento do planejamento estratégico da entidade, na implantação de planos de ação e na construção de indicadores de desempenho estratégicos e gerenciais dos processos-chave. Desta forma, é possível realizar uma ampla avaliação gerencial do sindicato, analisando e aperfeiçoando as práticas de gestão, além da disponibilização de produtos e serviços compatíveis com as necessidades das empresas representadas.


Sindicalismo

AVALIAÇÕES

Representantes do grupo de trabalho do SEGS no SindilojasRio, em conjunto com o consultor externo Luciano Santana, realizaram duas avaliações de consenso. No dia 23 de junho, visitaram o Sindicato da Habitação (SecoviRio), que representa os condomínios e as administradoras. As coordenadoras de Desenvolvimento, Graziela Santos, de TI, Giovanna de Moura, de Marketing e Comunicação, Edmara Carvalho, e de Relações Político-Institucionais, Mônica Carvalho, apresentaram o trabalho realizado pelo SecoviRio

no SEGS, incluindo as evidências das práticas já implementadas. Em sua primeira avaliação, a entidade atingiu o nível “Compromisso com a Excelência”, com 96 pontos.

E no dia 30 de junho, o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte (Sincovaga), em Minas Gerais, recebeu os representantes do SindilojasRio para realizar o seu consenso. O presidente Gílson Lopes e a executiva Érica Fonseca fizeram uma apresentação sobre sua história – o sindicato é um dos sete fundadores da Fecomércio-MG – comentando sobre como exercem a representação e

liderança da categoria e o trabalho em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) para qualificação e recolocação de pessoas no mercado de trabalho, além de mostrarem as instalações do Supermercado-Escola, Açougue-Escola e Padaria -Escola, locais onde acontecem aulas teóricas e práticas para os candidatos a emprego. Desde 2008, no SEGS, o Sincovaga BH está no nível “Compromisso com a Excelência” e alcançou 369 pontos nesta avaliação. As duas entidades irão agendar visita técnica para conhecer as instalações do SindilojasRio e também ver como funciona a prestação de serviços aos associados do Rio de Janeiro. Neste processo de troca de informações sobre produtos, serviços e práticas sindicais, um dos quesitos preconizados pelo SEGS é compartilhar cases de sucesso. E, com isso, melhorar funções e processos, contribuindo para melhorar o desempenho das entidades.

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Varejo

Que crise?

E

ste foi o tema abordado pelo Varejo Show, um projeto que roda o país para levar informação e conhecimento para pequenos e médios lojistas de rua, shoppings e lojas virtuais. Esse projeto aconteceu, no último dia 16 de junho, no Rio Othon Palace, em Copacabana, com o apoio do SindilojasRio. Quatro dos mais renomados especialistas e palestrantes do Brasil se juntaram para falar sobre varejo. Caio Camargo, Fred Alecrim, Fred Rocha e João Kepler são os protagonistas do Varejo Show e juntos abordaram temas como aumento de vendas, divulgação de lojas e produtos, atendimento, internet, concorrência, entre outros. O foco das apresentações deste ano é “Que Crise?”, tema em evidência que é explorado pelos palestrantes para mostrar e sugerir soluções práticas e rápidas para enfrentar momentos difíceis no mercado. Além disso, os especialistas instigaram os participantes e os estimularam a pensar de forma diferente e enxergarem seu negócio com outros olhos.

Desta forma, Varejo Show apresentase como uma excelente oportunidade para discutir o atual cenário do varejo no Brasil. PARABÉNS O SindilojasRio ofereceu às empresas associadas convite para o evento através do informativo “Notícias Expressas”. Uma das lojas que aceitou o convite foi a de moda feminina Fissura. A supervisora de vendas, Vânia Nascimento, considerou a experiência incrível e motivadora: “– Saímos do Varejo Show renovadas, com vontade

de ouvir mais e de colocar em prática o que vimos, aliás, já estamos exercitando o que aprendemos”. Além dela, Patricia Lunalva e Claudia Marconato, gerentes das duas lojas de Copacabana e Paula Cassano, gerente da loja da Tijuca, compareceram ao evento. A oportunidade de assistir à palestra oriunda da parceria com o SindilojasRio foi incrível e fortalece os laços comerciais do sindicato com seus contribuintes. Vocês estão de parabéns, afirmou Vânia Nascimento.

Feira de Moda Íntima e Moda Praia em Nova Friburgo As principais tendências da moda íntima para a temporada de primavera/verão 2016 serão apresentadas na 25ª FEVEST - Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-Prima, que acontece no Country Clube, em Nova Friburgo, na Região Serrana fluminense, entre os dias 2 e 4 de agosto. Considerada a maior feira de lingerie da América Latina, a FEVEST reunirá, este ano, cerca de 100 expositores entre confeccionistas e fornecedores. A FEVEST é uma realização do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Nova Friburgo e Região – Sindvest; promoção do Senai/Firjan e Sebrae. A cada edição, a FEVEST apoia uma instituição social. Em 2015, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) é a entidade selecionada, com foco em crianças e jovens portadores da Síndrome de Down.

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Futebol de mesa: um esporte para todos do como esporte em 29 de setembro de 1988 pelo então conselheiro-presidente do CND - Conselho Nacional de Desportos, Manoel Gomes Tubino, sendo atendidos todos os requisitos técnicos para o registro e publicação no Diário Oficial. Igor Monteiro

Repórter da Empresário Lojista

L

embram-se do antigo futebol de botão? Aquele jogo de criança jogado em uma mesa que simula um campo de futebol com 10 botões para cada lado acionados por uma paleta, simbolizando os jogadores e mais um goleiro? Pois é, o futebol de mesa, seu nome oficial, hoje também chamado de futmesa, foi reconheci-

O esporte é praticado em quase todo o Brasil, além de campeonatos estaduais e nacionais, possui também Copas Sul-Americanas e Mundiais

A evolução do material utilizado foi grande. Como o próprio nome já diz, os botões de casacos e paletós foram os primeiros jogadores de futebol de mesa. Posteriormente, vieram os de casca de coco, fichas, tampas de relógio, plástico até chegar aos dos dias de hoje que são feitos de acrílico e sob medida. Os goleiros eram feitos de caixa de fósforos e se utilizava areia, pilha ou chumbo para deixá-los pesados e de forma que não caíssem. As primeiras mesas eram feitas de Celotex no final da década de 20 e início de 30. Evoluíram até chegar ao famoso Estrelão na década de 70. Hoje, as mesas são feitas de um aglomerado especial, devidamente pintadas e muitas vezes personalizadas. O Instituto Moreira Sales, na Gávea, exibiu, em outubro passado, o filme “Craques de Madrepérola” (Cracks de Nácar em espanhol), de Edgardo Dielerke e Daniel Casebe, que conta a história de dois argentinos apaixonados por futebol de botão. Esta foi a primeira vez que o esporte foi retratado nas telas do cinema, segundo um dos diretores, Daniel Casebe. Segundo os autores do filme, “existem botões que nasceram com o triste destino de apenas abotoar roupas”. O filme mostrou o cotidiano de dois jornalistas argentinos, que são amigos de longa data e

apaixonados por futebol de botões e conta como eles inseriram em suas vidas a magia e a essência desse esporte querido por muitos brasileiros. A CBFM - Confederação Brasileira de Futebol de Mesa é o órgão máximo do País e foi registrada oficialmente em 7 de outubro de 1992. O esporte é praticado em quase todo o Brasil, além de campeonatos estaduais e nacionais, possui também Copas Sul-Americanas e Mundiais. São cinco modalidades oficiais: um toque, três toques, 12 toques (regra brasileira internacional) e dadinho, todas de origem brasileira e uma de origem europeia: Sector Ball. Atualmente, são cerca de seis mil atletas cadastrados no País. Grandes clubes de camisa no futebol disputam essa modalidade, tais como: América, Fluminense, Vasco, Flamengo, Bangu e Goytacaz no Rio; Palmeiras e Corinthians, em São Paulo; Sport e Santa Cruz, em Pernambuco e o Goiás. O Brasil possui alguns títulos mundiais no futmesa. Em 2009 e 2012 venceu na categoria individual e também de seleções. Já em 2014, o Vasco da Gama-RJ venceu na categoria interclubes. É um esporte democrático, feito para todos. Crianças, adolescentes, adultos, idosos, pessoas portadoras de necessidades especiais, magros, obesos, homens, mulheres, sem distinção podem praticar a modalidade. Tanto como brincadeira em reuniões de família ou grupo de amigos, como em esporte de competição. Um esporte verdadeiramente para todos.

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Simples

Ministro comenta o projeto de revisão das tabelas do Simples

O

ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, coordenou no dia 8 de junho, na Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ, o Seminário Regional do Supersimples. O objetivo do evento foi discutir o projeto Crescer Sem Medo (PLP 448), e conhecer as demandas das micros e pequenas empresas do Estado do Rio. O Seminário já passou por Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo e ainda deverá visitar outras capitais. Em sua exposição, o Ministro destacou a necessidade de revisão das tabelas do Simples Nacional (Projeto Crescer Sem Medo) e a ampliação do teto de faturamento do modelo tributário. “Após a edição da Lei 147/14, identificamos a necessidade de promover a revisão das tabelas. Temos um projeto que propõe a diminuição de faixas tributárias de 20 para 7, e a criação de uma rampa suave que tem como objetivo proporcionar às empresas um ambiente seguro para que elas cresçam sem medo”. O projeto de revisão está no Congresso Nacional e tramita em regime de urgência. Para construir o texto, foi utilizado um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas, encomendado pela SMPE e Sebrae, para que se conhecesse a real necessidade de modificar as alíquotas. A criação de um Refis para as micros e pequenas empresas também é uma

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meta do ministro para que as empresas possam se regularizar e fazer opção pelo Simples. “Vamos lutar por um Refis que seja justo e com prazos maiores para que o microempresário possa pagar suas dívidas, optar pelo modelo e sobreviver no seu negócio”, afirmou o Ministro. Sobre a crise, o ministro destacou que as MPEs têm potencial e criatividade para continuar a gerar empregos, como tem acontecido nos últimos anos, e para ajudar a alavancar o crescimento do País. Ressaltou que “Precisamos investir em incentivos como, por exemplo, a criação de uma linha de crédito com juros justos para garantir o crescimento das empresas. Se dermos oportunidades, elas continuarão a crescer e a gerar os empregos necessários para melhorar o cenário de crise”. Para incentivar o crédito, a SMPE defende que seja usado o dinheiro do compulsório para a concessão de empréstimos às MPEs. A proposta é que sejam utilizados 17% do depósito, o que representa aproximadamente R$ 40 bilhões. Por fim, o ministro comemorou o sucesso do programa Microempreendedor Individual (MEI), responsável pela formalização de cinco milhões de brasileiros, afirmando que “A boa política pública é aquela que gera emprego e renda. É nesse tipo de ação

Foto: Wikimedia Commons / Omar Freire

que devemos insistir”. Também foram temas da palestra do ministro a reformulação do processo de abertura e encerramento de empresas, o programa Bem Mais Simples, a criação do Simples Social, exportação das micros e pequenas empresas, entre outros. Participaram do seminário, o deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ) e diversos startups e empresas juniores cariocas. Após o Seminário, o ministro da SMPE participou de almoço com empresários e instituições financeiras, tendo recebido a medalha ‘Bicentenário da ACRJ’, em agradecimento a presença na cidade. Também esteve no encontro, entre outras personalidades, o vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (PP/RJ); o deputado federal, Otavio Leite (PSDB-RJ); a presidente do conselho deliberativo estadual do Sebrae-RJ, Ângela Costa; o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antônio Oliveira Santos.


A extensão da vida laboral

Antonio Oliveira Santos

Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

A

provada pelo Congresso a PEC 457/2005 que trata da aposentadoria compulsória aos 75, em vez dos 70 anos, para os Ministros do Supremo e outros Tribunais Superiores, independentemente de considerações quer sejam de ordem política, de interesses de classe ou, ainda, argumentos sobre a funcionalidade das Cortes, o acréscimo de cinco anos no atual limite nos leva a refletir sobre a dinâmica de nossa demografia. A “pirâmide populacional” de meados do século passado, cuja ampla base era formada por gente jovem, com o passar do tempo mudou de configuração. Hoje, no topo da escala das faixas etárias há um significativo número de indivíduos maiores de 70 anos. O critério síntese que explica tal mudança é a esperança de vida ao nascer. Na década dos 1940, tal expectativa rondava a casa dos cinquenta anos. Desde então, a intensificação da vida no quadro urbano e os progressos da medicina incorporados aos programas de saúde pública resultaram num au-

mento mais que substancial dessa expectativa. Em termos totais, sem a distinção de sexo, em 1980, estava em 62,6 anos e em 2013, aumentou para 74,9 anos. Nesse espaço de tempo, na estatística dos grandes números, um aumento de quase 20% no prolongamento da vida. Entre 1980 e 2013, a expectativa de vida ao nascer de 59,6 anos para homens aumentou 19,6 anos; no caso das mulheres os 65,7 anos de expectativa, em 1980, também aumentaram 19,6 anos no mesmo período. Contudo, para o propósito deste artigo mais vale, como fiz em ocasiões anteriores, pôr em evidência a probabilidade de sobrevida quando em boas condições de saúde o indivíduo alcança os 70 anos. Mesmo levando em conta a probabilidade crescente da morte na faixa etária acima dos 70 anos, como fenômeno de massa, a expectativa de sobrevida em 2013 era de mais 13,3 anos para os homens e 15,9 anos para as mulheres. A despeito das mudanças observadas ao longo do tempo na configuração da população segundo classes de idade, o Brasil ainda dispõe de um bônus demográfico que, de acordo com os especialistas, significa que o número de indivíduos na faixa etária ou intervalos das idades, capazes de exercer atividades econômicas, está em maior proporção, comparativamente à população total. O complemento dessa proporção corresponde, portanto, à

taxa de dependentes que, nas condições atuais da Seguridade Social, tende a aumentar à medida que a população envelhece. Considerando as regras que atualmente regem tanto o sistema geral da previdência, o INSS, como o aplicável ao funcionalismo público, o RPPS, o imobilismo em relação a reformas corajosas significa a oportunidade perdida para valer-se do bônus demográfico para implementá-las. Em discussão no Congresso, a fórmula 85/95, que combina para mulheres e homens, respectivamente, idade e tempo de contribuição, não tem o aval dos entendidos, eis que resultaria num aumento dos benefícios e não em sua contenção. Em suma, para evitar que os sistemas de Seguro Social, ficando tudo como está, caminhem no rumo da insolvência, seria preciso enfrentar a questão da extensão da idade laboral para fins da aposentadoria, com o efeito correlativo do aumento do tempo de contribuição. Enquanto nada acontece nesse novo desenho da formulação 85/95, é de se lamentar a extinção do “fator previdenciário” que, ao desencorajar as aposentadorias precoces representava, se bem como um remendo, ganho de tempo na busca de esquema mais duradouro que leve em conta a nova estrutura demográfica do nosso País. Publicado no Jornal do Commercio de 29/05/2015

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Comércio: Trajetória nos últimos dez anos e desafios recentes

Mauro Osorio

Economista e consultor do CDLRio

O

Estado do Rio de Janeiro passou por décadas de crise. Por exemplo, entre 1985 e 2013, enquanto, no nosso estado, o crescimento do emprego formal, no total de atividades e no comércio, cresceu, respectivamente, 71,5% e 133,8%, no Brasil o crescimento foi de 138,9% e 262,6% (MTE/Rais. Série mais longa com a mesma metodologia).

A partir dos anos 1990, a situação do ERJ começou a apresentar algumas melhorias, do ponto de vista do dinamismo econômico, pela ampliação da extração de petróleo na Bacia de Campos e geração de royalties crescente, além da chegada de investimentos no setor automobilístico, no Médio Paraíba. Essa melhoria amplia-se a partir de meados dos anos 2000, com melhoras na segurança pública, investimentos em torno dos megaeventos e significativo aumento dos investimentos em torno do complexo de petróleo e gás, com a chegada de novas empresas e fornecedoras vinculadas a esse complexo e fatores como a criação do maior cluster internacional 22 | Revista Empresário Lojista | Julho 2015

de realização de pesquisas em torno do petróleo.

mente o emprego e a capacidade de consumo.

Por esse motivo, entre 2004 e 2014, já encontramos um dinamismo na economia carioca e fluminense mais próximo da trajetória nacional. Nesse período, enquanto o volume de vendas do comércio varejista cresce, no Brasil, 92,9%, no ERJ cresce 77,3% (IBGE/PMC).

Com relação a esse aspecto, deve-se ter em conta que se, por um lado, a taxa de inflação, medida pelo IBGE/ IPCA, apresentou uma aceleração nos últimos doze meses, atingindo um elevado índice de 8,47%, por outro, analistas do setor privado têm apontado que a tendência para os próximos doze meses é de queda, devendo-se fechar o ano de 2015 com uma inflação de 5,50%.

A partir de 2008, com a chegada de novos investidores e a continuidade das melhorias na área de segurança pública, o Estado do Rio de Janeiro passa a apresentar um conjunto de indicadores econômicos que apontam um crescimento semelhante à média nacional. No comércio varejista, o crescimento também se aproxima da trajetória nacional. Entre 2008 e 2014, o ERJ apresentou uma ampliação do volume de vendas de 40,6%, contra um crescimento no Brasil de 44,8% (IBGE/PMC). Por conta desses avanços, mesmo no momento atual de dificuldades econômicas, aumento da inflação, ajuste fiscal e da queda verificada no número de empregos formais no primeiro quadrimestre de 2015, de -1,5% (MTE/Caged), vemos, nos últimos doze meses (abril 2014/março 2015), no ERJ, um crescimento do volume de vendas do comércio varejista de 3,3%, contra um crescimento no Brasil de 1,0% (IBGE/PMC). Nesse cenário, a evolução futura do comércio no Rio de Janeiro e no Brasil dependerá fundamentalmente dos resultados da atual política de ajuste fiscal; de avanços na área de infraestrutura; e também de alguma cautela na política de taxa de juros do BC, para que ela não venha a afetar excessiva-

Além disso, após o forte impacto dos reajustes de tarifas públicas no início deste ano, o índice de inflação medido pelas principais instituições do país tem apresentado queda. O IPCA saiu de uma taxa de inflação de 1,24%, em janeiro 2015, para uma taxa de inflação de 0,74% em maio 2015. O IGP-DI, da Fundação Getúlio VargasFGV, saiu de 0,67% para 0,40%. O IGPM/FGV saiu de 0,76% para 0,41%, e o índice calculado pela USP saiu de 1,62% para 0,62%. Por esse motivo, se não podemos ser lenientes com a inflação, temos que ter cuidado para que a “dosagem não prejudique o paciente”, com uma forte elevação da taxa de desemprego (que já começa a ocorrer); queda de vendas no comércio; e ampliação do gasto fiscal do Governo Federal, tendo em vista que a elevação da taxa Selic aumenta o custo de rolagem da dívida pública. Especialistas das áreas monetária e fiscal já apontam que, apesar do elevado corte de gastos que o Ministério da Fazenda vem promovendo, é possível que os gastos adicionais, pela elevação da taxa de juros, superem a economia por ele gerada.


Comportamento

Neuromarketing chegou ao Brasil

C

omum no exterior, o uso da leitura de ondas cerebrais para testar estratégias de marketing desembarcou no Brasil. Aquela marca que parece entender exatamente sua necessidade de consumo e aquele comercial que aguça os seus sentidos como se tivesse lido sua mente, a partir de agora, poderão se tornar cada vez mais correntes, graças ao neuromarketing. O diretor da Nielsen Neuro – especializada na área e com escritório em São Paulo –, Manuel Garcia, disse que o neuromarketing, entre tantas funções, pode ser usado para diferenciar o posicionamento de produtos. “As respostas das ondas cerebrais dos consumidores podem ser usadas para criar uma imagem única para um determinado produto. Por isso, quando o anúncio é bom, a recomendação pode ser ampliar o uso da ideia”, explica Garcia, que também é PhD em neurociência. Para especialistas, por exemplo, a decisão equivocada em campanha pode fazer com que o carro projetado por anos, simplesmente não caia no gosto do consumidor. Em um mercado competitivo, as empresas não podem se dar ao luxo de errar.

Sucesso O comercial The Force, do novo Passat, da Volkswagen, é um caso de anúncio com alta taxa de aprovação em testes de neuromarketing que acabou provando ser sucesso global. A peça, criada pela agência Deutsch LA, mostrava um garoto vestido de Darth Vader, tentando mover peças usando “a força”. O comercial ganhou dois Leões de Ouro no Cannes Lions e já foi visto por mais de 60 milhões de vezes no Youtube.

Como Funciona Para os testes, a Nielsen reúne consumidores em seu laboratório, que são coletados qualitativamente a partir da reação das ondas cerebrais diante da propaganda. São descartados indivíduos com problemas de déficit de atenção ou que consumam medicamentos que possam interferir no resultado. Há ainda técnicas de neurociência aplicadas ao marketing, como o eye tracking, que capta o movimento dos olhos do cliente. A ferramenta é utilizada em pontos de vendas e define os principais atrativos de produtos que ainda serão lançados no varejo. Segundo Garcia, a diferença costuma estar nos detalhes: “Em um anúncio para um abrigo de cães, o problema era que o cachorro escolhido para o comercial era tão bonito que as pessoas não notavam o telefone para adoção. A solução foi simples: na hora em que o número era mostrado, retiramos a imagem do bichinho”, conclui.

Sem revelar os clientes que atende, a líder da Nielsen Neuro no Brasil, Juliana Acquarone, disse que várias grandes empresas de bens de consumo internacionais, como a Pepsico, Coca-Cola, P&G e Unilever, já usaram o laboratório paulista.

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Cartão de crédito não solicitado é prática abusiva

Alexandre Lima

Advogado do CDLRio

O

Superior Tribunal de Justiça em recente decisão sumulou entendimento que: “Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e expressa solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito, indenizável e sujeito à aplicação de multa administrativa”. Pois bem, essa é a redação dada ao verbete da Súmula 532, aprovada pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça no início do mês de junho de 2015. Para os que não conhecem, as súmulas são o resumo de entendimentos consolidados nos julgamentos dos tribunais. Tais verbetes não tem efeito

EXISTEM PRODUTOS QUE RESOLVEM O SEU NEGÓCIO, EXISTEM OUTROS QUE O

REVOLUCIONAM.

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vinculante, servindo apenas como forma de orientação. Tais enunciados podem e devem ser utilizados em ações, defesas e decisões, e os Tribunais têm a missão de unificar as decisões. O fato é que a nova Súmula 532 teve amparo no artigo 39, III, do Código de Defesa do Consumidor, que proíbe o fornecedor de enviar produtos ou prestar serviços sem solicitação prévia. Para os ministros do Superior Tribunal de Justiça, o simples envio do cartão de crédito sem pedido expresso do consumidor, configura prática abusiva, independentemente de bloqueio, já que causa sérios danos aos consumidores.

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Empresário Lojista responde Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao SindilojasRio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 2217-5000, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, e suas respostas. A partir de quando começa a contar a estabilidade provisória decorrente de acidente de trabalho? A estabilidade provisória de 12 meses, prevista no art. 118 da Lei 8.213/91, tem seu início após a cessação do benefício, ou seja, quando do recebimento de alta médica. O empregador pode pedir exame para comprovar gravidez no ato da admissão ou durante o contrato de trabalho? Não. De acordo com o art. 373-A da CLT, é vedado ao empregador “exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego”. É necessário fazer homologação da rescisão contratual de empregado falecido? Sim. A homologação da rescisão contratual de empregado falecido é devida por intermédio de seus beneficiários, habilitados perante o órgão previdenciário ou assim reconhecidos judicialmente, porque a estes se transferem todos os direitos da pessoa falecida, inclusive o de ter a assistência prevista no § 1º do art. 477, da CLT. É possível descontar do período das férias do empregado as faltas justifi-

cadas com atestado médico válido? Não. Os dias em que ocorreram as faltas deverão ser pagos integralmente, pois são consideradas ausências legais e não serão descontadas para cálculo do período de férias (Enunciado nº 89 TST). O aposentado que continuar trabalhando deve contribuir para o INSS? Sim. O aposentado pelo Regime Geral da Previdência Social que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este regime fica sujeito às contribuições para o custeio da Seguridade Social. Qual a base de cálculo para o desconto do vale-transporte no salário do empregado? A base de cálculo para determinação da parcela a ser descontada do beneficiário será: - o salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens, e o montante percebido no período, para os trabalhadores remunerados por tarefa ou serviço feito ou quando se tratar de remuneração constituída exclusivamente de comissões, percentagens, gratificações, gorjetas ou equivalentes. Qual o prazo para o empregado requerer as parcelas do seguro-desemprego?

O empregado poderá encaminhar o requerimento do seguro-desemprego a partir do 7º dia até o 120º dia subsequente à data de sua demissão após o saque do FGTS. Quantos dias o empregado pode se ausentar do serviço em virtude de casamento? O empregado pode deixar de comparecer ao serviço, em virtude de casamento, sem prejuízo do salário, por até três dias consecutivos. Há carência para o pagamento do salário-família? Não. Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição. Há prazo para que o empregador proceda à comunicação ao empregado para a concessão de férias? Sim. A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 dias, conforme art. 135 da CLT. Dessa participação o interessado dará recibo.

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Legislação em vigor

O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado e da Cidade do Rio de Janeiro. Os textos das legislações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio através do telefone 2506-1234.

FEDERAL Ato Declaratório Executivo COFIS nº 43, de 25 de maio de 2015 (DOU de 28.05.2015) LEIAUTE ECF - Dispõe sobre o Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Ato Declaratório Executivo CODAC nº 14, de 02 de junho de 2015 (DOU de 05.6.2015) GUIA RECOLHIMENTO DE FGTS - Dispõe sobre os procedimentos a serem observados para o preenchimento da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), pelas cooperativas de trabalho, referente à contribuição previdenciária sobre o montante da remuneração recebida em decorrência de serviço prestado a pessoas físicas ou jurídicas. Lei nº 13.134, de 16 de junho de 2015 (DOE de 17.06.2015) SEGURO-DESEMPREGO - Altera as Leis nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regula o Programa do SeguroDesemprego e o Abono Salarial e institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), nº 10.779, de 25 de novembro de 2003, que dispõe sobre o seguro-desemprego para o pescador artesanal, e nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social; revoga dispositivos da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, e as Leis nº 7.859, de 25 de outubro de 1989,

26 | Revista Empresário Lojista | Julho 2015

e nº 8.900, de 30 de junho de 1994; e dá outras providências.

ESTADUAL:

Lei nº 13.135, de 17 de junho de 2015 (DOU de 18.06.2015) PREVIDÊNCIA SOCIAL – AUXÍLIO DOENÇA E PENSÃO POR MORTE - Altera as Leis nº 8.213, de 24 de julho de 1991, nº 10.876, de 2 de junho de 2004, nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nº 10.666, de 8 de maio de 2003, e dá outras providências.

Decreto nº 45.267 de 01 de junho de 2015 (DOE de 02.6.2015) ICMS – NF-e - Altera o Anexo I do Livro VI do Regulamento do ICMS (RICMS/00), para implementar a denegação da autorização de uso da NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), modelo 55, em virtude da irregularidade fiscal do destinatário, contribuinte do ICMS.

Lei Complementar nº 150 de 1º de junho de 2015 (DOU de 02.06.2015) LEI DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS - Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991, nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3º da Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990, o art. 36 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995; e dá outras providências.

Lei nº 7015, de 01 de junho de 2015 (DOE de 02.06.2015) EXIBIÇÃO DA PROGRAMAÇÃO TELEVISIVA - Permite a exibição de programação televisiva em ambientes coletivos no Estado do Rio de janeiro.

Medida Provisória nº 676 de 17 de junho de 2015 (DOU de 18.06.2015) CÁLCULO DE APOSENTADORIA – Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social.

MUNICIPAL: Lei nº 5.859, de 13 de maio de 2015 (DOM de 28.05.2015) ATENDIMENTO – PRIORIDADE OBESIDADE - Garante o atendimento prioritário e a acessibilidade de pessoas com obesidade, obesidade severa ou obesidade mórbida aos serviços dos estabelecimentos bancários, comerciais, órgãos públicos e outros serviços que importem atendimento através de filas, senhas ou outros métodos similares.


Pesquisa

Vendas do comércio do Rio cresceram 1,1% em maio Pesquisa do CDLRio mostra que foi o menor índice para o mês de maio desde 2010

A

s vendas do comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro cresceram 1,1% em maio, em comparação com o mesmo mês de 2014, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que ouviu cerca de 500 estabelecimentos comerciais. No acumulado dos cinco meses (janeiro/ maio), as vendas aumentaram 0,2%, em comparação com o mesmo período de 2014. Em relação ao mês de abril, houve um aumento de 8,7%.

“O mês de maio iniciou com um feriadão do Dia do Trabalho, que caiu numa sexta-feira, o que sempre estimula as pessoas a viajarem para fora da cidade e isso influenciou no desempenho das vendas no mês. Não fosse o Dia das Mães, uma das datas comemorativas mais fortes para o comércio, o resultado de maio teria sido menor, apesar das várias ações implementadas pelos lojistas para estimular as vendas, como descontos, promoções e facilidades de pagamento e crédito”, diz Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio. Segundo a pesquisa, as vendas de maio foram alavancadas pelo desempenho dos setores de Confecção (+2,1%), Calçados (+0,6%) e Eletrodo-

mésticos (+1%). Tecidos, Móveis, Óticas e Joias apresentaram resultados negativos. A venda à vista com 2,6% foi a modalidade de pagamento mais utilizada pelos clientes, seguida pela venda a prazo com menos 0,1%. A pesquisa mostrou também que, em maio, em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, no Ramo Mole, as lojas da Zona Sul venderam mais 3,2%, as da Zona Norte mais 2,9% e as do Centro menos 4,4%. No Ramo Duro, as lojas da Zona Sul faturaram mais 2,1%, as da Zona Norte mais 0,7% e as do Centro mais 0,2%.

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Pesquisa

Movimento de Cheque

Movimento de cheque

S

egundo o LIG Cheque, registro de cadastro de cheques do CDLRio - Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram em maio, respectivamente, 1,3% e 0,8%, e as consultas diminuíram 7,2%, em relação ao mesmo mês de 2014, o que mostra que os consumidores não estão utilizando o cheque como meio de pagamento. No acumulado dos cinco meses do ano (janeiro/maio), em relação ao mesmo período do ano passado, as consultas diminuíram 4% e a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 1,2% e 1,2%. Comparando-se maio com o mês anterior (abril), as consultas, a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 1,8%, 4,1% e 0,5%.

TERMÔMETRO

DE VENDAS Caso sua empresa se interesse em participar desta estatística, contate o Centro de Estudos do CDLRio pelo telefone: (21) 2506-1234 ou e-mail:

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Pesquisa

Movimento de SCPC

Dívidas quitadas no comércio do Rio cresceram 1% em maio Aumento reflete a recuperação do crédito para as compras no Dia dos Namorados.

A

s dívidas quitadas no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro cresceram 1% em maio, em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio. O resultado reflete a busca pelo crédito para as compras no Dia dos Namorados, uma das datas comemorativas mais importantes do setor, atrás apenas do Natal e Dia das Mães, e que, segundo estimativa do Centro de Estudos do CDLRio, as vendas devem aumentar 1,5%. As consultas (item que indica o movimento do comércio) diminuíram 0,6% e a inadimplência aumentou 0,4%, em relação a maio de 2014.

No acumulado dos cinco meses do ano (janeiro/maio), em relação ao mesmo período do ano passado, as consultas caíram 0,3% e a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 1% e 2%. Ao comparar maio com o mês anterior (abril), as consultas, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 2,4%, 6,5% e 0,7%.

Pesquisas & Análises Acompanhe em nosso site todo o comportamento do comércio do Rio de Janeiro. www.cdlrio.com.br Centro de Estudos do CDLRio Telefone: (21) 2506-1234 e-mail: estudos@cdlrio.com.br

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Obrigações Agosto de 2015 3

DCT – Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.

5

ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior.

7

FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior. CAGED – Cadastro de Empregados. Remeter via Internet, através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários, ocorridos no mês anterior.

10

IR/FONTE – Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior. ISS – Recolhimento do imposto: o prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: o recolhimento do imposto relativo às NFS-e deve ser realizado até o dia 10 do mês seguinte à emissão. ICMS – Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

14

PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de julho/2015 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)).

20

SUPERSIMPLES / SIMPLES NACIONAL – Pagamento do DAS referente ao período de apuração do mês anterior (agosto/2015). INSS – Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). DCTF – Mensal – Deverão apresentar as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime, mesmo que estejam sujeitas ao pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) nos termos dos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

24

COFINS – Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tributadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). COFINS – Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08). PIS – Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no DOU em 17/11/08).

31

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS - Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação. PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 1ª quinzena do mês de agosto/2015 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)). IR/PJ – Empresas devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

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Obrigações

PISOS SALARIAIS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO A PARTIR DE 01/05/2015 1ª Faixa (empacotador, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de escritório, estoquista, repositor, auxiliar de depósito)

R$ 965,00

2ª Faixa (vendedor, balconista, operador de caixa e pessoal escritório)

R$ 976,00

Operador de Telemarketing (telefonia e similar)

R$ 981,00

Comissionistas (puros e mistos)

R$ 1.062,00

Contrato de Experiência (máximo 90 dias)

R$ 791,00

Salários até R$ 4.700,00: A partir de 1º de maio de 2015, reajuste de 8,34% sobre os salários de 1º de maio de 2014; Salários superiores a R$ 4.700,00, o excedente será objeto de livre negociação entre empregadores e empregados;

IRRF - ALÍQUOTA DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015: Alíquota %

Parcela a deduzir do imposto em (R$)

-

Isento

De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65

7,5%

142,80

De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05

15,0%

354,80

De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68

22,5%

636,13

Acima de R$ 4.664,68

27,5%

869,36

Base de cálculo mensal em (R$) Até R$ 1.903,98

Para os empregados admitidos após 1º de maio de 2014, o reajuste de salários será proporcional aos meses trabalhados (em duodécimos).

INSS

PLANO SIMPLIFICADO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (PSPS)

GIA / ICMS - 08/2015

Segurados, empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos. Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2015.

Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2015.

Último nº da raiz do CNPJ do estabelecimento

Referente ao mês 07/15

1

11/08

5%*

2

12/08

11%**

3

13/08

4

14/08

5, 6 e 7

17/08

8

18/08

9

19/08

0

20/08

Salário de contribuição (R$)

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até R$ 1.399,12

8%

De R$ 1.399,13 a R$ 2.331,88

9%

De R$ 2.331,89 até R$ 4.663,75

11%

Salário de contribuição (R$) 788,00 (valor mínimo) de 788,00 (valor mínimo) até 4.663,75 (valor máximo)

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

20%

*Alíquota exclusiva do microempreendedor individual e do segurado (a) facultativo que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência – Lei 12.470 de 31 de agosto de 2011 – DOU de 01/09/11. **Plano Simplificado – Lei complementar 123 de 14/12/2006.

Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 9 de janeiro de 2015, publicada no DOU de 12/01/2015.

CALENDÁRIO DE VISTORIA 2015 CALENDÁRIO DE IPTU 2015

Final de Placa

Período para o Licenciamento Anual

SALÁRIO-FAMÍLIA A PARTIR DE 01/01/2015 Remuneração

Valor da Quota (R$)

Até R$ 725,02

R$ 37,18 R$ 26,20

Final de Insc.

7ª Cota

7-6

até 31/05/15

0e1

10/08

5-4

até 30/06/15

De R$ 725,03 até R$ 1.089,72

2e3

10/08

3-2

até 31/07/15

Acima de R$ 1.089,72

4e5

10/08

1-0

até 31/08/15

6e7

11/08

9-8

até 30/09/15

8e9

11/08

Sem direito

A partir de 01.01.2015, conforme Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 09 de Janeiro de 2015, publicada no DOU de 12/01/2015, passa a valer tabela acima, conforme o limite para concessão da quota do SalárioFamília por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos, ou invalidado com qualquer idade. A Previdência Social reembolsa as empresas.

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Opinião Um semestre para esquecer

O Fernando Melo

Assessor da Presidência do CDLRio

A queda da confiança das famílias brasileiras na gestão do governo abala fortemente as vendas do varejo

primeiro semestre de 2015 terminou e trouxe algumas – e inesperadas – decepções para o comércio varejista, registrando os piores índices dos últimos anos. Não há sinal de estabilização da economia. No fim de maio, o IBGE informou que a economia brasileira registrou queda de 0,2% no primeiro trimestre. Tivemos pelo menos quatro meses de resultados negativos nas vendas, com o pior desempenho para um mês de março dos últimos 12 anos, registrando queda de 0,9% ante fevereiro de 2015. Também no primeiro trimestre deste ano (janeiro/março), em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo das vendas foi de -0,8%.

Os baixos níveis de vendas registrados nas datas comemorativas foram precedidos pelo pífio desempenho no Natal, que seria a melhor data comemorativa para o comércio, responsável por cerca de 30% do faturamento anual do varejo. Para completar esse quadro nada animador, o atual cenário político-econômico que o país atravessa tem colaborado significativamente para o fraco desempenho das vendas. O menor crescimento da renda das famílias, a desaceleração do crédito, o temor do desemprego e a inflação elevada são alguns dos fatores que levaram os consumidores a pisar no freio. A queda no nível de atividade econômica e seus reflexos sobre o mercado de trabalho corroeram a confiança dos consumidores, inibindo qualquer rea-

32 | Revista Empresário Lojista | Julho 2015

ção. O fato é que a queda da confiança das famílias brasileiras na gestão do governo abala fortemente as vendas do varejo. Além disso, vários feriados no primeiro trimestre possibilitaram o prolongamento com dias parados, provocando relevantes prejuízos e obrigando os lojistas a recorrerem às ações de promoções e liquidações para manter suas obrigações em dia. Para minorar essa situação, os comerciantes não estão repassando para os consumidores a alta da inflação, do dólar sobre os produtos, da energia, da água, do frete das mercadorias, do aluguel etc. Se assim o fizessem, a situação estaria muito pior. Quando a renda não acompanha o ritmo da inflação, as famílias cortam até o consumo de alguns alimentos. Acostumado a enfrentar esses momentos de crises, o comércio vem implementando uma série de ações para tentar recuperar seus prejuízos. Os lojistas que trabalham com marcas, nessas situações, concentram estoques nas de menor valor; se esmeram no atendimento aos clientes para não perderem vendas; reduzem suas margens de lucro para praticarem o menor preço possível e divulgam, ostensivamente nas vitrines, as vantagens oferecidas aos consumidores. O que vem acontecendo na economia, com sérios reflexos em todo o país, inclusive com os lojistas, é fruto da má gestão do governo que o faz mergulhar em sua própria crise.


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ANO LXXXI N°889 Jan/Fev 2014 PUBLICAÇÃO MENSAL DO SINDILOJAS-RIO E DO CDLRIO

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