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PONTOS DE INTERESSE ESPECIAIS: 

Pintura Southwold…, por Joana Maria

Filomena Costa A cidade inesquecível…, por Sofia Varela 

N Ú M E R O

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D E Z E M B R O

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Ao leitor

Obrigado, escola!, por

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As castanhas, por Cláudia Gouveia e Beatriz Santos

NESTA EDIÇÃO: Ama-me

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Os agriculto- 3 res Vila piscatória

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Humor

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Pintura Southwold

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Verónica e Cristóbal

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Declaração universal...

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Este número do jornal é menos extenso que o anterior. Pedimos textos a vários intervenientes da comunidade educativa, desde os professores aos funcionários, mas as nossas palavras foram sementes que, se nalguns casos caíram em terra fértil, noutros caíram em pedra dura e não germinaram. No entanto, sabemos que por vezes é difícil conciliar a matéria do programa com a produção livre de texto. O leitor vai ler textos sobre La Rochelle e Southwold, são descrições plásticas de zonas de França e Inglaterra, respetivamente. E a declaração universal dos direitos dos adolescentes. Para além disto, há alguma poesia e alguma prosa. E desenhos de moda.

Certos textos de certos alunos não saíram neste número por já não poderem ser inseridos em zonas temáticas. Em conversa com uma excolaboradora, perguntou-nos porque não fazíamos um jornal temático. Argumentámos que se o tema for livre, os participantes exprimem-se melhor naquela área em que se sentem mais à vontade de acordo com a sua experiência do mundo psicofísico. O que se pretende é que o colaborador dê o máximo de si a nível de escrita e que esse esforço estético ou científico fique imortalizado no jornal online. Lamentamos a ocorrência de erros ortográficos no número anterior.

Agradecemos a todos os colaboradores e em especial àqueles que fizeram colaborar os seus alunos: Dalila Ornelas, Cecília Luísa , Vera Gomes e Mónica Reis. Deixamos aqui uma palavra de reconhecimento à Élia Freitas e à Lígia Rodrigues pelo inestimável apoio informático.

Ser jovem é

É ter o mundo na palma da mão

Em liberdade.

Trazer no peito

Ser jovem é…

A Rebaldia e a inocência

Comtemplar o infinito

O espírito de luta e irreverência

Acreditar na eternidade

A descoberta e a emoção,

Ter o direito de sonhar

Disputar a razão e o coração,

Amar e pensar

Leonardo Fernandes

Juventude Luísa Sardinha


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Obrigado, escola! Há algumas décadas atrás perguntou-me, um dia, uma professora “O que é para ti um bom professor?” E, numa tentativa de resposta acertada, fui enumerando características que culminaram no seguinte: “O que é para si um bom aluno?” Hoje, na condição de professora, questiono-me: afinal, o que mudou na Escola? Saberemos, certamente, enunciar um conjunto de mudanças, desde as mais latas – o próprio Sistema Educativo rege-se por leis diferentes – até certos pormenores, como é o caso das lancheiras de vimes onde levávamos o que

Ama-me… Sem qualquer tipo de pudor ou liberdade aprisionada.

havia para comer. Mas, a essência da Escola continua, atualmente, a mesma de outrora: o professor ensina para alunos (pessoas) e os alunos aprendem com os professores (igualmente pessoas) – será escusado dizer que o processo de ensinoaprendizagem não é assim tão linear!? E, nesta conjugação de partes, a motivação assume-se como o motor de ligação na construção de uma relação cada vez mais harmoniosa. Deste modo, o professor será cada vez melhor quanto melhor for o aluno e vice-versa. Como alcançar,

então, o estatuto de Bom? Na ausência de receitas, talvez ajude pensar que seremos todos cada vez melhores quando, na nossa ação, colocarmos aquela” pitada” que tempera a nossa vida: o gosto, o prazer, a força de vontade, a motivação intrínseca! A partir daqui tudo o resto é mais fácil de limar. A Escola de outrora ensinou-me a ser assim; na Escola de agora aplico o que aprendi: acima de tudo saberser e saber-estar, norteando o meu agir pelo respeito nas mais diversas interações que estabeleço. Outubro, 2013 Filomena Costa

Ama-me... Ama-me…de forma intensa E sentida Sem qualquer mágoa Ou ressentimento De um passado violentado Pelas amarguras da vida Guarda essa dor num baú Fragmentado de um qualquer Barco naufragado De um oceano por inventar. Ama-me… Como se não houvesse

Amanhã. Faz de mim primavera Em tua vida Até então sentida e dorida Presa nas amarras de um tempo Ainda por acabar. Ama-me… Sem qualquer tipo de pudor Ou liberdade aprisionada. Que os teus olhos Reflitam o brilho

Desse amor E que os meus transpareçam A felicidade de ser Tua menina, mulher, amada. Flor de Lótus

Concurso Aqui publicamos os trabalhos dos 3 premiados do concurso sobre o Mês Internacional das Bibliotecas escolares. Isabel Sousa, 11º A: A biblioteca é um outro mundo, repleto de magia, onde se pode ser quem queremos ser, saltar mais alto que o imaginável, voar e entrar numa aventura, tudo a um livro de distância. Sérgio, 8º A: A biblioteca é um bom sítio para fazer os tpcs, estudar, ler (revistas, livros, BDs), requisitar livros e ainda fazer trabalhos no computador. Venham visitar a biblioteca, não percam! Catarina, 9º E: Eu acho a biblioteca um lugar agradável e bom para estudar/pesquisar, encontrando informação necessária para a nossa vida.

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OS AGRICULTORES Dou início a um tema que conheço na perfeição, pois que os meus pais foram agricultores toda a vida. Esta profissão na região deve ser uma das mais difíceis na medida em que estas pessoas trabalham uma vida inteira e terminam como começaram. Exercem esta atividade de sol a sol em condições precárias, alguns até passando necessidades. Esperam três meses para realizarem a sua colheita em pequenos poios, uma vez que a nossa região é bastante acidentada. Enfrentam a natureza, com intempéries problemáticas, com trabalho realizado e gastos feitos, inclusive com o acompanhamento de produtos químicos, como o sulfato. Na hora da recolha encontram-se com as mãos vazias, tristes por terem perdido tudo sem exceção. Por vezes os anos são de excelência em relação à produção, porém são surpreendidos com os preços excessivamente baixos que não compensam o seu trabalho e os gastos. No que diz respeito ao consumidor final, pagam estes produtos quase sempre caros. Como é sabido estes bens normalmente passam por dois intermediários e são estes que na realidade ganham boa percentagem rapidamente sem fazerem qualquer sacrifício. Sem dúvida os políticos apelam para que os consumidores optem por produtos regionais, mas na verdade estes são muito mais caros devido a este problema que referi. Então os consumidores por falta de verbas preferem os importados, assim prejudicando tudo o que é regional. Eu vivi neste ambiente até aos dezasseis anos, ajudando os meus progenitores no que estava ao meu alcance. Sem dúvida, que exportamos

alguns produtos, nomeadamente bananas, vinho, anonas, limões, etc. Na realidade importamos mais do que exportamos, isto representa um desequilíbrio na balança comercial. Posso assegurar que os produtos produzidos na região têm uma qualidade superior aos importados, certamente porque os deixam aproximar-se mais à sua maturação, inclusive o nosso clima que represente uma mais-valia.

toda esta narrativa é do conhecimento de todas as pessoas que ouvem, são honestas, vivem nesta terra e desconhecem a demagogia!

Raúl Gonçalves de Matos

Os agricultores em tempos passados, quando as colheitas eram más, tinham que pedir fiado nas mercearias para matarem a fome aos seus seres queridos. Férias não as conhecem, fazer um cruzeiro, só ouvem falar, vestir -se bem, só veem os outros, alimentarem-se bem, também não, em alguns casos só ouvem esta referência. Portanto, isto representa começar do nada e morrer em nada! Esta é a sorte dos agricultores madeirenses. Devido a este facto, muitos dos jovens e algumas pessoas adultas fogem desta profissão. As pessoas que vivem da agricultura deveriam ser apreciadas e admiradas, porque ninguém se pode alimentar sem o seu trabalho. No entanto, não é isso que verificamos, sendo que estes são ignorados em qualquer parte em que se encontrem. O motivo é por estarem mal vestidos, por falarem diferente, por não usarem perfumes caros, também por não terem estudos. As personagens com certos estatutos não olham de frente para estes seres, se o fizerem poderão sentirse humilhados, porque as duas posições não se conjugam! Quase devem ajoelhar-se quando vendem os seus produtos em certos locais, com promessas praticamente fictícias! Com certeza que

Exercem esta atividade de sol a sol em condições precárias, alguns até passando necessidades.

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Ao longe conseguimos visualizar as primeiras casas desta vila piscatória, onde moram pescadores de todas as idades...

A cidade inesquecível de La Rochelle Antigamente, a paisagem da cidade de La Rochelle, França, não era tão espantosa, mas agora dá gosto visitála. Os seus barcos de pesca coloridos ajudavam os pescadores a alcançar os peixes mais saborosos e maravilhosos da cidade. Alguns barcos serviam para os casais apaixonados darem uma volta nas ondas calmas e relaxantes que lá se formavam. Os barcos, junto à costa, esperavam tão aborrecidos como uma festa sem música até que alguém os quisesse utilizar.

No barco maior, junto à costa, os pescadores almoçavam o peixe que acabavam de pescar e que fazia crescer água na boca. Depois de um almoço delicioso, os pescadores dançavam danças típicas da cidade de La Rochelle. As músicas eram tão animadas que davam vontade de dançar o dia inteiro. Nas noites escuras, o farol rugoso, como se fosse a pele da minha avozinha, ajudava os marinheiros a voltarem para a costa. Lá ao longe, havia um castelo com os seus muros enor-

mes e amarelos. À frente do castelo, havia uma casa branca onde vivia um casal apaixonado que todos os dias dava um passeio nos barcos destinados ao romance. Atrás do farol, havia uma rocha cinzenta onde, à noite, as ondas batiam violentamente. No céu, as gaivotas voavam tão felizes que nunca iriam para outro lugar. Esta cidade ficará sempre na minha memória.

Sofia Varela, 7ºB

Vila piscatória Num cais de pescadores em La Rochelle, em França, barcos de vários tamanhos estão lá parados, uns recolhem o peixe que apanharam e outros param os barcos. Neste cais de pescadores e nesta vila de pescadores, o cheiro é intenso. Podemos observar barcos pequenos que descarregam o peixe para terra para depois ser vendido. Atrás destes barcos, podemos ver dois grandes barcos com mastros enormes, também ouvimos as gaivotas a fazer um som irritante. Lá no cais, barcos à vela estão encostados, pois não há ventos para poderem navegar pelas águas tranquilas, calmas e pouco onduladas. Ao longe conseguimos visualizar as primeiras casas desta vila piscatória, onde moram pescadores de todas as idades, desde os mais novos até aos mais velhos. Naquela vila piscatória, encontra-se um farol para orientar os barcos e evitar que haja tragédias. A bandeira verde, naquele dia, mostrava que o mar estava ótimo para navegar, é por isso que, naquele dia, encontram-se poucos barcos atracados no cais. Esta vila piscatória mostra boa apresentação nas suas casas e no cais maravilhoso, o céu é lindíssimo, o mar calmíssimo, deve ser uma das melhores vilas piscatórias do mundo. Luís Lucas Rego Prioste, 7ºF

A cidade maravilhosa

L Rochelle é uma cidade lindíssima para fazer férias. No mar, há imensos barcos a lançar as redes ao mar com esperança que ao pescar, venha muito peixe. O reflexo dos barcos na água, fazem misturas de cores que se parecem com uma palete de um pintor. Os peixes: cavalas, chicharros, espadas, raias… saltam com muita alegria de um lado para outro. VIRTUALMENTE

Uns barcos mais além, com grandes riscas de variadas cores fazem parecer que a embarcação é um arco-íris flutuante. Há um farol fascinante que tem uma luz que, quando ligada, é ofuscante como uma estrela numa noite escura e bela. Ao lado há várias casas com telhado cor de laranja, uns tapassóis verdes como uma horta verdejante.

À direita das casas, existem uns arbustos que fazem uma parede parecer uma fortaleza. Atrás está um castelo grande e antigo que faz lembrar o tempo dos reis e das rainhas e os contos de princesas e cavaleiros andantes. A decoração interior é lindíssima, as paredes são cobertas de azulejos que retratam a história do castelo, a mobília antiga e as paredes estão cheias de quadros. Esta é uma cidade que todos deviam visitar. João Henrique de Freitas, 7ºB


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La Rochelle, a cidade encantadora La Rochelle, uma pequena cidade, encanta todos os pescadores que vão visitá-la. Esta aldeia de França é habitada por pescadores, pois pescam muito peixe num mar de água calma e tranquila. Barquinhos de pescadores navegam, logo cedo, à procura de peixes para venderem no mercado, pois é assim que ganham dinheiro. No mar, quatro barcos pequenos de várias cores procuram peixe, cinco barcos parados junto ao cais, um azul, outro vermelho,

dois laranjas e ainda outro branco, cada um deles tem um mastro. Para além disso, há dois barcos grandes também encostados a uma parede. Uma aldeia muito pequena, pouco habitada é muito iluminada à noite e também bonita de dia, com uma igreja muito grande que é visitada por todos os católicos. As águas do mar e os peixes beijam e abraçam o solitário cais, e gaivotas voam felizes e roubam os peixes de um pequeno rio. Ao longe, observamos um grande cais com um farol esbelto a

orientar os barcos que por lá passam e o céu de várias cores acaricia as nuvens brancas e fofas. La Rochelle é uma cidade muito bonita, pode ser pouco povoada mas é encantadora. Mesmo sendo uma cidade com mais pescadores do que o normal, esta aldeia magnífica e extraordinária localidade convida todos que por la passem para usufruir esta linda paisagem. Ricardo Gouveia Araújo, 7ºF

O outono de partida, o inverno de

As castanhas É novembro no S. Martinho Fazemos sempre a fogueira, Todos gostamos de nos sujar Mas é só brincadeira. O S. Martinho está a chegar A lareira vou acender Para as castanhas assar E contigo as comer.

chegada, bem juntinhos à

É dia de S. Martinho É a festa das castanhas Em vez de sol há chuva É outono, ninguém estranha. O outono de partida, O inverno de chegada, Bem juntinhos à lareira, Comemos castanha assada.

Com o frio a chegar A natureza está-se a transformar Os ouriços a abrir Para as castanhas apanhar. Cláudia Gouveia e Beatriz Santos, 5ºG

Humor O primeiro-ministro de um país europeu faz um grande discurso. Em determinado momento diz: - A partir de agora temos de fazer mais sacrifícios! Ouve-se uma voz na multidão: - Trabalharei o dobro! O chefe do governo continua: - E temos de entender que haverá menos alimentos! A mesma voz:

- Trabalharei o triplo! O orador prossegue: - E as dificuldades vão aumentar! - Trabalharei o quádruplo! O governante vira-se para o chefe de segurança e pergunta: - Quem é esse idiota que vai trabalhar tanto? - O coveiro! – Respondeu o segurança

In Almanaque de Santo António, 2013

lareira, comemos castanha assada,

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Criações de Verónica Kryuohubchenko

O que é a moda para mim? A moda, para mim, são diversos estilos que acompanham o vestuário e o tempo, que se entrega ao uso no dia-a-dia das roupas. Para criar estilo, os figurinistas utilizaram e ainda hoje utilizam cinco elementos básicos: a cor, a silhueta, o caimento, a textura e a harmonia. A moda é a minha vida. Silhueta: desenho de perfil, contorno Textura: ato ou efeito de tecido, disposição das moléculas nos corpos homogéneos

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Verónica Kryuohubchenko, 5ªB


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Pintura «Southwold» de Stanley Spencer (1937) No Reino Unido, a praia de Southwold é a mais encantadora e remota de todas com a sua areia fina e o mar a convidar os banhistas a desafiar a temperatura elevada. Ao entrar na praia, há uns degraus escorregadios cheios de musgo e por cima um estendal onde nos podemos agarrar se escorregarmos. No outro lado da parede das escadas, há um bebedouro com uma toalha por cima onde podemos secar a boca e as mãos e uma t-shirt a bronzear-se ao sol. A dividir a praia está um pano de lona para quem quer apanhar sol ou ficar à sombra. Do lado direito, as espreguiçadeiras estão cheias, uma mulher gorda com uma túnica azul e guarda-sol está a comer uma sandes mista e as crianças, mesmo com o protetor solar, sentem o sol a beijar a pele enquanto conversam e, do outro lado, um homem de calças creme e camisola vermelha e uma mulher de chapéu e vestido preto aproveitam o fresquinho da sombra do pano de lona enquanto relaxam. A cabana azul de um lado é um balneário e do outro encontra-se um restaurante exótico onde o forte odor a peixe grelhado invade o ar fazendo água na boca dos banhistas. À beira-mar, as cadeiras convidam quem quer sentir a água fria nos pés e o salpicar da maré quando bate no quebra-mar. A areia com pedrinhas coloridas parece joias com o seu brilho e a sua cor faz lembrar as folhas secas do outono caídas no chão. Esta é uma paisagem perfeita para passar uma tarde de verão de muito calor. É uma praia invulgar, contudo calma. Joana Maria, 7ºB

Num país espantoso como o Reino Unido, Southwold é a praia mais atrativa. Southwold enche de pessoas todos os dias, ou seja, é uma praia espetacular. Lá, uma pequena parede, parecida a um livro, divide um pouco do areal e de perto, vê-se um estendal com uma toalha colorida com figuras abstratas e uma simples camisola. No segundo plano, um pano de lona muito comprido separa o lado com sombra e o lado sem sombra. Visualizamos mais pessoas no lado do sol pois as pessoas gostam de se bronzear. Nas espreguiçadeiras, destaca-se uma lancheira de cor coral, que cheira a sandes mista, uma senhora de vestido colorido e um guarda-sol colorido e a areia, dominada por pedras pequenas que parecem cristais brilhantes. Ao longe observam-se duas pessoas, confortavelmente deitadas na areia, a falar. Mais ao longe, as espreguiçadeiras junto ao mar observam as ondas agitadas do mar do Canal da Mancha. A água do mar está tão gelada que provoca um choque térmico. O cheiro dominante é o cheiro a peixe, o cheiro a maresia, aquele cheiro suave… Esta área aparece separada pelo quebra-mar que parece constituído por paus de madeira colocados no mar que protegem a praia da água turbulenta. Qualquer turista adoraria passar bons momentos e relaxar neste cenário maravilhoso. João Afonso Martins Teixeira, 7ºB

Southwold, situada no Reino Unido, é uma praia maravilhosa, onde muitos visitantes gostam de relaxar. À entrada da praia, um estendal segura uma toalha com desenhos abstratos e vermelhos e, à frente, há um pano de lona que separa a sombra do sol infernal. Sentada está uma senhora a lanchar com um vestido azul-escuro com pintas coral igual à sua linda merendeira. A areia parece vinda de uma mina pois assemelha-se a pequenos grãos de ouro, nela estão duas elegantes senhoras a relaxar como se estivessem num spa. O mar friorento e límpido parece estar revoltado pois as suas ondas são violentas, mas ajudam as pessoas a enfrentar o calor. Esta praia parece vinda de Los Angeles pois tão perfeita que é. Daniela Vieira, 7ºB


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Verónica e Cristóbal na ilha paradisíaca Para que Cristóbal conhecesse o mar, Verónica levou-o numa viagem inesquecível. Partiram às 10h30, estavam os dois muito empolgados. Quando mergulharam sobre o mar foi como mergulhar sobre um sonho. Quando já estavam a dois metros da costa veio um tubarão mortífero desejoso de os comer. Mas o inesperado era que a gatinha Verónica soubesse artes marciais e então deu um valente ponta-

Num plano mais

pé ao tubarão e ele fugiu a sete pés. - Verónica, tu és um espetáculo! Não sabia que treinavas artes marciais. – disse o Cristóbal, admirado. - Ah, pois! Já treino desde os seis anos! - Verónica, agora passaste a ser o meu ídolo, por seres valente e corajosa e ao mesmo tempo linda! – disse Cristóbal, todo contente. Atravessaram oceanos, até que chegaram à ilha. Depois

de terem visto tantos corais e algas, agora viam uma ilha esplêndida, cheia de palmeiras e cocos. Lá era tudo perfeito, tinha muita areia e o sol era reluzente. E por fim ficaram os dois a viver na ilha, tiveram filhos, netos, sobrinhos e outros mais parentes e viveram felizes para sempre. Beatriz Raquel Vieira Jardim, 6ºD

Descrição de imagem

afastado, estão algumas nuvens e uma espiral, que parece imitir luz, levando o observador a deduzir que se trata do sol.

A presente imagem mostra duas pessoas, aparentemente a brincar. Na gravura presente, em primeiro plano e centrado, observamos dois jovens, aparentemente se divertindo. Também vemos relva, com algumas flores, o que nos leva a deduzir que estão num campo relvado, em liberdade. Num plano mais afastado, estão algumas nuvens e uma espiral, que parece emitir luz, levando o observador a deduzir que se trata do sol. Deduzo que as cores desta imagem sejam aquelas que estão presentes na natureza. Os jovens parecem alegres, e a imagem leva-nos a juntar os dois planos, apesar dos jovens não estarem a voar, parece-o. Cria, assim, uma imagem mental de dois jovens correndo e rindo num campo verde, com um tempo maravilhoso. Esta imagem transmite um sentimento de alegria e de paz. Em suma, a gravura representa os direitos e a igualdade entre todos os jovens, e desperta-nos para o desejo e direito à felicidade. Provavelmente encontraria esta imagem num panfleto de uma associação de proteção das crianças. João Afonso Nunes 10.ºA VIRTUALMENTE


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Declaração universal dos direitos do adolescente Declaração Universal dos Direitos do Adolescente1 (AUDA) Preâmbulo Considerando que todos os adolescentes têm direitos à igualdade, a AUDA declara os presentes Direitos do Adolescente, com o fim de garantia à igualdade entre jovens por todo o mundo, respeito e educação necessária para a construção de um futuro de sucesso. Considerando que todos aqueles cuja idade esteja contida entre os 13 e os 18 anos são adolescentes; Considerando que todos os adolescentes são iguais e merecem ser tratados de igual forma e com igual respeito pelos outros Homens; Considerando que tem ocorrido desrespeito e agressões, verbais e físicas, aos adolescentes e que todos eles merecem respeito e compreensão, A Assembleia geral de adolescentes proclama a declaração universal dos direitos do adolescente para que haja a proteção a todos os adolescentes do mundo. Caso a declaração seja violada serão aplicadas sanções. Artigo 1.º Qualquer adolescente é igual aos outros e tem igual direito a pertencer a diferentes grupos e realizar atividades a seu gosto. Artigo 2º Todos os adolescentes têm o direito de apresentar queixa quando forem alvos de agressão por parte de qualquer outra pessoa. Artigo 3.º Todos os adolescentes devem ter acesso a uma nutrição adequada e suficiente para o seu crescimento e desenvolvimento. Artigo 4.º Os adolescentes têm direito a ser acolhidos numa sociedade de pessoas maduras, não sendo considerados crianças infantis. Artigo 5.º Todos os adolescentes merecem confiança por parte dos seus superiores. Artigo 6.º Todos os adolescentes têm o direito a ir a escola para obterem ensino de qualidade. Artigo 7.º Todos os jovens têm o direito a uma educação de qualidade proporcionada por entidades profissionais no assunto, nomeadamente professores. Artigo 8.º Deve ser garantida a igualdade entre adolescentes garantindo que não serão vítimas de desprezo, descriminação ou outras formas de maus tratos por parte de outros adolescentes. Artigo 9.º Todos os adolescentes que sofram maus tratos pelos pais, nomeadamente no caso de os pais terem problemas mentais/alcoolismo/ tabaco, os jovens têm o direito a exigir serem adotados por outras pessoas.

Santa Cruz, Proclamada a 17 de outubro de 2013. (1)

10.ºA alunos: João Santos, Maria Freitas, João Afonso Nunes, orientados pela professora de português, Cecília Luísa Andrade


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Piada Se A implica B e B implica C então A implica C Na prática, nem sempre é assim. Um exemplo: se Sara ama Luís e Luís ama Rosa, então Sara ama Rosa!? In Choque Mate, abril/junho 2003

Problema Uma lenda diz que um antigo imperador ficou tão feliz com o jogo de xadrez, que ordenou ao seu inventor que formulasse um pedido de recompensa que desejasse. O inventor, certamente um amante da matemática, pediu um grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro de xadrez, dois grãos pela segunda casa, quatro grãos pela terceira casa, oito grãos pela quarta casa e assim sucessivamente, até percorrer todas as casas do tabuleiro. Conta-se que o imperador ficou estupefacto, tendo considerado afrontoso tal pedido por ser algo tão insignificante! Contudo, o inventor manteve o pedido e disse que lhe bastava vê-lo concretizado. Calcule quantos grãos de trigo o inventor tem a receber? In Choque Mate, abril / junho 2003


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