Edição 1064

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Diário da Cuesta

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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CACILDA

BECKER:

GRANDE DAMA DO TEATRO BRASILEIRO

CONSIDERADA UMA DAS PERSONALIDADES MAIS IMPORTANTES DA CLASSE TEATRAL BRASILEIRA. FOI A PRIMEIRA ATRIZ DO TBC – TEATRO BRASILEIRO DE COMÉDIAS E FUNDOU SUA PRÓPRIA COMPANHIA, O GRUPO DE TEATRO CACILDA BECKER, AO LADO DO MARIDO WALMOR CHAGAS E DO CONSAGRADO DIRETOR ZIEMBINSKI, ALÉM DE SUA IRMÃ CLEYDE YÁCONIS EM 1968, PRESIDIU A COMISSÃO ESTADUAL DE TEATRO (SP) E, COM SEU FALECIMENTO EM 1969, FOI HOMENAGEADA PELO GOVERNO DO ESTADO QUE DEU SEU NOME PARA O TEATRO-AUDITÓRIO DA TV CULTURA PÁGINA 3

Durante o 1º Encontro de Colecionadores de Botucatu, que acontece nos dias 05, 06 e 07 de abril no Hotel Excellence, será distribuido gratuitamente um cartão postal do Diário da Cuesta. Quer assim também incentivar o colecionismo e marcar a data de importante evento que vai atrair comerciantes e colecionadores de outras localidades. Que assim possa ser incluído no calendário da cidade e aconteça todos os anos.

ANO IV Nº 1064 SEXTA-FEIRA , 05 DE ABRIL DE 2024
Leia Editorial página 2 COLECIONISMO, FILATELIA E NUMISMÁTICA
A importância da Filatelia e da Numismática na preservação das raízes históricas das comunidades

A Filatelia, estudo e coleção de selos postais, e a Numismática, estudo e coleção de moedas e medalhas, desempenham um papel fundamental na preservação das raízes históricas das comunidades. Estas práticas não são apenas hobbies para entusiastas, mas também são formas valiosas de manter viva a memória e a história de uma região ou país.

Preservação da História

Através da filatelia e da numismática, é possível rastrear e estudar os eventos históricos, personalidades e culturas que moldaram uma comunidade ao longo do

tempo. Cada selo e moeda carrega consigo uma história, seja ela política, cultural ou social, proporcionando uma visão única e tangível do passado.

Educação e Conscientização

Os Encontros de Colecionadores que têm sido realizados por todo o Estado de São Paulo são exemplos claros do interesse crescente na filatelia e na numismática. Estes eventos não só reúnem colecionadores e entusiastas, mas também servem como plataformas educacionais. Eles oferecem a oportunidade para que o público em geral conheça e aprecie estas coleções, aprendendo sobre a história e a cultura de sua própria região e do mundo.

Valor Cultural e Social

Além de sua importância histórica e educacional, a filatelia e a numismática têm um valor cultural e social significativo. Elas ajudam a fortalecer a identidade cultural de uma comunidade, promovendo o respeito e a valorização do patrimônio histórico e cultural

Conclusão

Em resumo, a filatelia e a numismática são muito mais do que simples hobbies de colecionadores. Elas desempenham um papel vital na preservação e promoção das raízes históricas das comunidades, contribuindo para a educação, conscientização e valorização do patrimônio cultural e histórico. Os Encontros de Colecionadores no Estado de São Paulo são uma prova do crescente reconhecimento e apreciação destas práticas, mostrando que o interesse pela história e cultura continua vivo e forte nas comunidades locais.

A Direção

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

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NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
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e d i t o r i a l

a r t i g o CACILDA BECKER ATRIZ BRASILEIRA

Biografia de Cacilda Becker

Cacilda Becker (1921-1969) foi atriz brasileira. Considerada uma das personalidades mais importantes da classe teatral brasileira e líder da categoria na primeira fase do Regime Militar de 1964.

Cacilda Becker Yáconis nasce em Pirassununga, São Paulo, no dia 6 de abril de 1921. Filha de Edmondo Yáconis e Alzira Becker, imigrantes italianos, quando tinha seis anos de idade, seus pais se separaram e Cacilda e suas irmãs foram criadas apenas pela mãe, na cidade de Santos.

Mesmo com os poucos recursos financeiros da família, Cacilda estudou ballet e concluiu o curso de professora primária Trabalhou como escriturária em uma firma de seguros.

Carreira de atriz

Em 1940, Cacilda mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de iniciar a carreira de atriz e ingressou no Teatro do Estudan-

te do Brasil. Atuou na peça “Hamlet”, dirigida por Paschoal Carlos Magno.

Em 1943, Cacilda Becker voltou para São Paulo, onde trabalhou no rádio teatro. Fez parte do Grupo Universitário de Teatro (GUT) fundado por Décio de Almeida Prado.

Nesse período, atuou nas peças “Auto da Barca do Inferno” (1943), de Gil Vicente, “Irmãos das Almas”, de Martins Pena, e “Pequeno Serviço em Casa de Casal”, de Mário Neme.

De volta ao Rio de Janeiro trabalhou com o grupo “Os Comediantes”, que promoveu uma revolução no teatro brasileiro. Atuou na peça de Nelson Rodrigues “Vestido de Noiva” (1946), dirigida por Zienbisnky.

Em 1948, Cacilda passou a lecionar interpretação na Escola de Arte Dramática de São Paulo e entrou no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC), onde foi contratada para atuar na peça “Mulher do Próximo”, de Abílio Pereira de Almeida.

Em pouco tempo, Cacilda se tornou a primeira atriz da companhia. Atuou em quase todas as montagens dessa época, entre elas: “Dama das Camélias” (1951), de Alexandre Dumas, “Antígone” (1952), de Sófocles e “Gata em Teto de Zinco Quente” (1956) de Tennessee Williams.

Teatro Cacilda Becker

Em 1957, Cacilda fundou sua própria

companhia, o “Grupo de Teatro Cacilda Becker” (TCB), ao lado dos atores Walmor Chagas, seu marido, de Ziembinski e de sua irmã Cleyde Yáconis

A primeira montagem do grupo foi “Longa Jornada Noite Adentro” (1958) de Eugene O’Neill.

Em 1960, o TBC se fixou em São Paulo. Em 1962, ao lado do ator Sérgio Cardoso, Cacilda conquistou o público com a peça “A Terceira Pessoa do Singular”, de Andrew Rosenthal.

Em 1965 o grupo fez muito sucesso com a peça “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?” de Edward Albee. Em 1969 atuou na peça “Maria Stuart”, ao lado de Walmor Chagas:

No cinema, Cacilda atuou em “A Luz dos Meus Olhos”, em 1947, “Caiçara” (1950) e “Floradas na Serra”, em 1954

Em 1968, Cacilda Becker presidiu a Comissão Estadual de Teatro, em São Paulo.

Morte

Em 6 de maio de 1969, durante a apresentação de “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, onde contracenava com seu ex-marido Walmor Chagas, sofreu um derrame cerebral.

Cacilda foi levada para o hospital onde permaneceu em coma, durante 38 dias.

Cacilda Becker faleceu em São Paulo, no dia 14 de junho de 1969.

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GERAÇÕES DA CIDADANIA BOTUCATUENSE HOMENS QUE FIZERAM BOTUCATU! O INESQUECÍVEL ARNALDO MOREIRA REIS

Conheci-o há muito tempo, na década de 60, em uma das salas do Centro Cultural. Dr. Arnaldo Moreira Reis, que era então Presidente da entidade, estava lutando, sobremaneira, para a construção e término da sede própria do sodalício. Durante os anos seguintes, fizemo-nos grandes amigos. Pouco a pouco, pude juntar as peças que formavam o caráter e a vida daquele a quem posso chamar o meu melhor amigo. Nasceu em Recife (PE) a 3 de janeiro de 1896. Casado com a Sra. Orminda Lisboa de Carvalho Moreira Reis (já falecida) deixa as filhas Margarida – professora primária, e Marilia - funcionária pública. Sua infância passou-a no Engenho Piranga da sua família, estudou Física, Química e História Natural no Ginásio Carneiro Leão. Diplomou-se em Ciências Médico-Cirúrgicas, defendendo tese para o doutorado a 15 de dezembro de 1919 sobre Higiene do Solo Urbano, a qual teve grande repercussão pelo ineditismo. Bom homem, sua cabeça estava cheia de sabedoria, parte dela sabedoria médica, porque era médico (não apenas médico, senão também humanista e intelectual).

Mudara-se para Botucatu em março de 1928, jovem médico formado pela faculdade de Medicina da Bahia, uma das mais tradicionais do país, depois de ter combatido, como inspetor do Saneamento e Profilaxia, a peste bubônica no interior nordestino. Premiado por dedicação ao serviço pelo Decreto 13.538 devido ao êxito da profilaxia rural. Nunca foi ambicioso. Contava ganhar a vida servindo apenas as famílias de ferroviários da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, fator progressista da cidade. Nunca pensou em fazer medicina socializada. Pudessem ou não pagar-lhe, o seu serviço era sempre o mesmo.

Servia uma comunidade vasta e logo percebeu que não podia deixar de atender os doentes e moribundos das fazendas e povoações afastadas. Assim é que sua clínica se espalhou, visitando-a até

em lombo de burro. Para ele, os doentes eram como se fossem seus filhos. Nada de palavras melífluas ou gestos educados à cabeçeira dos doentes, mas uma bondade irradiante pela qual os que o cercavam se sentiam influenciados. Ao examinar um doente, dir-se-ía que os seus dedos estavam percorrendo, de uma a urna, as cordas de um instrumento. Tinha as mãos de um ar�stica exímio e um coração de criança. O sentimento de amor ao próximo e a grande alma que possuía contribuíam tanto quanto os remédios para a cura de seus clientes. Cada novo caso era

para ele uma nova aventura no terreno dos valores humanos.

Jornalista, colaborou com vários jornais do Recife, no Diário da Sorocabana, como colunista sanitário, no Diário Nacional, e na Folha de Botucatu ao lado de Pedro Chiaradia. Dedicou-se especialmente à Filologia,' Medicina Social, Crônicas literárias e políticas, especialmente na revista ilustração Nossa Estrada.

Depois da profissão e da família, era o Centro Cultural de Botucatu o que mais amava. Os livros preenchiam sua vida. A eles dedicou-se durante toda a sua longa existência. Desenvolveu a Biblioteca da entidade ao lado de Sebastião da Rocha Lima, dando à Botucatu um patrimônio cultural de elevada importância. Pesquisador tenaz, rebuscador de arquivos, dedicou-se ao estudo histórico dos Sumérios e da expansão da cultura desse povo, especialmente no terreno linguístico. Este pendor pela Filologia aproximou-o de Frei Fidélis tornando-se amigo particular do grande historiador. Membro destacado da Academia Botucatuense de Letras, foi um de seus fundadores e 2o. Vice-Presidente, ocupando a cadeira nº. 12 cujo patrono é João Guimarães Rosa. Perde a intelectualidade botucatuense um grande valor que amou e serviu Botucatu como se sua terra fosse. Meu bom médico e meu estimado amigo, adeus, boa viagem!

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Palmeiras e Santos decidem no próximo domingo (7), o título do Paulistão 2024

EsporteDestaque em

Balanço do Clássico da Saudade

Após o �tulo brasileiro do Palmeiras e o rebaixamento do Santos em 2024, os gigantes voltaram a se encontrar pela final do Campeonato Paulista. No jogo de ida, deu vitória alvinegra por 1 a 0, com gol de Otero.

Com isso, apresentamos em detalhes, o histórico do duelo, conhecido como Clássico da Saudade:

Quem venceu mais vezes na história?

Até hoje, as duas equipes já se enfrentaram 351 vezes, com 151 vitórias do Palmeiras, contra 108 do Santos, além de 92 empates. O time alviverde marcou 586 gols, enquanto que o Peixei marcou 487 vezes.

Quem venceu mais pelo Brasileirão?

Levando em conta apenas os duelos pelo Campeonato Brasileiro, a vantagem é Santista: 29 vitórias, 27 empates e 25 derrotas.

Quando o assunto é o Campeonato Paulista: Já pelo Campeonato Paulista, o Palmeiras é quem mais vezes levou a melhor: 97 vitórias, 45 igualdades e 55 derrotas.

Quem venceu mais vezes no Pacaembu?

No Pacaembu, o Santos é quem leva a melhor: 30 vitórias do alvinegro praiano contra 27 da equipe alviverde, além de 26 empates.

Quem venceu mais vezes no Allianz Parque?

No Allianz Parque, já foram 14 confrontos realizados. Destes, o Palmeiras tem maior retrospecto positivo: dez vitórias, três empates e apenas uma vitória santista.

Quem venceu mais vezes na Vila Belmiro?

Na casa santista, são 113 jogos, com 47 vitórias do Santos, 21 empates além de 45 triunfos palmeirenses.

Quem saiu campeão em finais diretas?

Em finais de regulamento, o placar aponta: Santos FC 1 x 3 SE Palmeiras

1959 – Palmeiras vence o Santos na final do Campeonato Paulista;

2015 – Santos vence o Palmeiras na final do Campeonato Paulista;

2015 – Palmeiras vence o Santos na final da Copa do Brasil;

2021 – Palmeiras vence o Santos na final da Libertadores;

Com uma rivalidade que aponta tanto equilíbrio, a decisão do próximo domingo será mais um capítulo escrito nessa história tão rica e bela que é o Clássico da Saudade.

Diário da Cuesta Vinícius Alves
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