DeepArt nº14

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ENTREVISTA

DA: Que tipo de projetos têm surgido? D: Projetos onde a capacidade de reutilização dos recursos dos nossos clientes e da Dolly são valorizados, com vista a um investimento justo de ambas as partes, e que imprimam um acréscimo de valor ao nosso trabalho e à nossa imagem. Hoje, a Dolly está focada em Pub, Doc, Videoclip e claro, Eventos, onde já produzimos alguns trabalhos e queremos apostar em novas abordagens. Gostamos de desafiar os nossos clientes. Há muita vida a fervilhar nestas cabeças. Por exemplo, quando falamos de novas abordagens, relacionamos a nossa cultura visual a propostas proativas, de laboratório ou de promoção para clientes, as quais nos vão ajudar certamente a cumprir os nossos objetivos. DA: Que trabalhos destacam no vosso portefólio? D: O projeto para a Fundação Fé e Cooperação foi curioso. A FEC, em parceria com o Instituto Camões, propôs a recolha de alguns depoimentos na Guiné-Bissau sobre o trabalho da missão portuguesa na educação básica do país. A Dolly acabou por desafiar a FEC para a concretização de um pequeno documentário de 30’, que passasse um lado mais humano, captando a essência e objetivos do projeto desenvolvidos no terreno através da cooperação de todos os intervenientes. Foi uma experiência única, extremamente recompensadora, acabando por conquistar um público muito específico no qual gerou um feedback que superou as expetativas. Os CTT Correios de Portugal vão lançar este ano a emissão filatélica «Missões Católicas em África». Trata-se de uma série de selos onde se pretende evocar e registar a realidade atual das missões católicas na sua dimensão abrangente e de compromisso do desenvolvimento e promoção do ser humano. Duas imagens da Dolly captadas no terreno foram selecionadas para fazer parte desta coleção. O documentário por sua vez, tem o evento de lançamento agora em setembro. Na vertente publicitária, a Dolly foi responsável pela produção da campanha de comunicação do mais recente produto da Varas Verdes, a Mercado Collection, uma eco-marca 100% portuguesa, da qual o nosso Art Creator (Gustavo Assunção) é responsável pela gestão de branding, aliando o design da coleção ao seu potencial visual. Foram captadas imagens de pormenor, de forma a que a campanha respirasse um estilo de vida muito próprio, baseado na simplicidade e nos fundamentos que apresenta. Daí resultou uma campanha para as redes sociais em formato vídeo e imprensa digital no qual temos, mais uma

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vez, um excelente feedback, à semelhança do que aconteceu com o nosso último trabalho desenvolvido precisamente para a Deepart. DA: E na categoria de videoclip? D: Um dos primeiros trabalhos que desenvolvemos foi precisamente nesta área, em colaboração com a agência criativa Emotive, que trabalhava na altura a imagem dos The Kaviar, banda vencedora do Optimus Alive Act. “Os The Kaviar não são uma banda snob, como o nome poderá indiciar. O prato é sem dúvida servido cru, mas com a patada do rock”. Este foi o briefing que nos passaram. A partir daí fomos às origens da banda, em Abrantes, e inspirados pelo single “Million Miles” produzimos o videoclip de estreia para esta faixa. Uma história de reencontro que culmina no Teatro S. Pedro. A crítica foi na generalidade positiva quanto ao visual limpo e impressionante, que nos leva a deslumbrar as magníficas paisagens da região. Entretanto, estamos a finalizar outro videoclip para a Catarina Moreno, cantora e compositora portuguesa que está em ascensão em terras de sua majestade. DA: Como foi trabalhar para a DeepArt? AM: O convite foi automaticamente aceite a partir do momento em que nos apresentaram o projeto e os seus objetivos, movidos pela promoção do talento nacional. Procurámos transmitir o conceito de marca através de um vídeo envolvente, tanto nos seus personagens como na sua mensagem e que nos levasse por uma viagem introspetiva, até à essência da marca. Este vídeo é a mais recente pérola da Dolly e estamos orgulhosos, pelo trabalho desenvolvido, pela crítica e principalmente por fazermos mais um cliente feliz. Missão cumprida. Por outro lado, partilhar know-how com parceiros como a Elite, permitiu-nos arrojar no casting, contando com um rol de profissionais exemplares, na sua maioria de topo. Contámos também com o apoio do Albano Jerónimo para a locução e para a pós-produção de som com a Indigo, estúdio com quem o nosso Culture Producer (Zé Cunha), já trabalha faz alguns anos. Uma equipe assim é sinónimo de qualidade e isso permitiu-nos acrescentar valor ao produto. Desde o início que tudo se desenrolou com bastante naturalidade. A DeepArt concedeu-nos liberdade no processo criativo, o que se repercutiu igualmente ao longo da produção, confiando totalmente a sua imagem à nossa visão e sensibilidade. Nós quisemos retribuir com o nosso empenho e dedicação. A Inês e o Tiago fizeram de tudo para merecê-lo.


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