Boletim nº4 ano ii dezembro de 2009

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e informação Horário: Boletim informativo da Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos 2ª a 6ª das 8:15h às 18:15m* *4ª encerra às 16h

Ano II Nº 4 Dezembro de 2009

Espaço Poesia Uma Lição de Vida numa terra de Mar e Poesia

Sumário: No silêncio do tempo, abri no meu livro o mar imenso e preenchi as páginas em branco da lição E escrevi como foi longa a caminhada, Sinuoso o percurso ate chegar aqui. Como tenho no coração recordações Dos Professores com quem tanto aprendi, Do convívio, dos amores, das risadas E do rigor transmitido nas lições! Sinuoso o percurso até chegar aqui. Mas e fácil partir e caminhar,

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE O Centro de Recursos não podia deixar de se associar às comemorações do cinquentenário da nossa Escola, dedicando este número, quase na totalidade, ao registo de acções e experiências daqueles que, de modos diversificados, contribuíram e continuam a contribuir para a construção da identidade desta Escola. Fizemo-lo através de testemunhos e não de textos informativos, acentuando assim o plano afectivo que cada um estabelece com a Escola. Utilizámos como critério ouvir os que continuam a trabalhar na Escola. Não foi possível ouvir todos, o

que lamentamos. Esperamos, no entanto, que se revejam nestes testemunhos. Assim, em suplemento, deixamos o testemunho de alguns e aqui o reconhecimento a todos (Directores, Professores e Funcionários) os que trabalharam em prol desta escola. A equipa

Quando a Escola nos dá a Educação, A Escola é um suporte, uma força Que nos lança na vida e acompanha Como se fosse no tempo uma Oração! Mas numa terra de mar, o mar nos chama E deslumbrado nos traz o seu clarão,

Biblioteca/Centro de Recursos Educativos A Biblioteca / Centro de Recursos Educativos é um exemplo visível da capacidade que a Escola tem tido de se manter

Em reflexos cintilantes de ilusão. Sempre nos diz o que fazer no seu encanto Salpicando de azul as páginas em branco A lembrar em cada dia uma lição! Ana Maria do Carmo Ribeiro

Neste número Novidades do acervo documental 50 Anos de Matemática e Ciências Experimentais

Suplemento 50 anos da Escola

actualizada. Disponibiliza condições de espaço capazes de responder a uma utilização diversificada. O mobiliário é adequado em quantidade, cor e altura à faixa etária dos alunos, proporciona boas condições de acomodação e o acesso

livre dos utilizadores à documentação. Porque só espaços sem censura e de acesso aberto podem formar cidadãos livres e autónomos.


e informação

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Novidades do acervo documental – Consulte as novidades no Moodle ou na BE/CRE na zona de leitura informal.

Neste número divulgamos um

Relatório do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação de 2009, que pode consultar na BE/CRE – A Dimensão Económica da Literacia em Portugal: uma análise. “ As competências de literacia

formações apresentadas em forma impressa para resolver problemas – têm sido, desde há muito, consideradas um dos elementos fundamentais do capital humano. A literacia influencia o ritmo do progresso económico e social e, em última análise, os padrões de vida dos cidadãos e a riqueza das nações.”

(Cont. 1ªpág.)

Os equipamentos respondem em adequação e funcionalidade aos desafios que o paradigma actual coloca e ao trabalho e uso da documentação em diferentes suportes. Está implementado um sistema de gestão bibliográfico automatizado que permite a simplificação de um conjunto de processos ligados ao circuito do documento e à difusão e pesquisa da informação. Os alunos desfrutam de uma colecção rica e variada que tem sofrido actualizações periódicas e que conta com um património de mais de 50 anos. Marisa Mendes

– a capacidade de utilizar in-

50 Anos de Matemática e de Ciências Experimentais Ainda Watson, Crick e Wilkins não tinham recebido o Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia, pela descoberta da estrutura em dupla hélice do DNA, já a Escola Secundária de Peniche dava os primeiros passos no Ensino da Matemática e das Ciências Experimentais. Decorridos 50 anos após a inauguração do magnífico edifício, muitos foram os avanços que se verificaram nos vários domínios das Ciências. Em alguns casos, ultrapassaram-se mesmo as propostas mais imaginativas. Uma vez que a solicitação da equipa da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos foi no sentido de o próximo boletim conter algo relacionado com as Ciências, optei por uma solução que, de alguma forma, se associasse às comemorações do cinquentenário da Escola Secundária de Peniche. Dado que existem na

Escola professores que também foram alunos neste estabelecimento de ensino, decidi

Elaborado por Francisco Félix

convidar um docente de cada Grupo de Recrutamento para escrever um pequeno texto sobre a sua experiência enquanto aluno na disciplina que

hoje lecciona. Ficou também aberta a possibilidade de se efectuar uma referência à maneira como na altura sentiam a Escola. Nesta edição, apresentam-se três testemunhos de professores que frequentaram este estabelecimento de ensino, deixando para uma próxima oportunidade as opiniões dos restantes colegas. Desde já agradeço a disponibilidade demonstrada pelos antigos alunos para participar neste “regresso ao futuro”. A Prof.ª Leonor Marques (Física e Química) escreveu o seguinte: Estávamos em Outubro de 1975, em pleno período revolucionário, quando entrei nesta escola para frequentar o 7.º ano de escolaridade. Foi aqui que concluí o ensino básico e que, depois de dois anos de passagem pelo Externato Atlântico, vim acabar o ensino secundário. (continua na página seguinte)


e informação (Continuação da página 2)

Hoje, 34 anos depois, sou professora de Física e Química nesta mesma escola há já dezassete anos. Sendo eu uma defensora “militante” do ensino experimental das ciências, é nesse sentido que tenho tentado desenvolver a minha vida profissional, nos mesmos espaços em que outrora fui aluna: o mesmo laboratório de Física, o mesmo laboratório de Química, o mesmo gosto pela Ciência. É, no entanto, com alguma dificuldade que faço o paralelismo entre o ensino da ciência nessa época e a actual, já que foi um período conturbado no nosso país e, consequentemente, nas nossas escolas. Os professores eram colocados tardiamente, ou nem chegavam a aparecer, e nós, estudantes “entusiasmados”, passávamos muito tempo em RGA (reuniões gerais de alunos). Outra época, outra realidade… Segue-se o texto do Prof. João Fernandes (Educação Tecnológica): O espaço hoje ocupado pelo belíssimo Centro de Recursos foi onde passei mais tempo (muito) nesta Escola, primeiro enquanto aluno do curso electromecânico e, há vinte e nove anos para cá, como professor. As oficinas, como eram designadas, chegaram a ter em simultâneo mais ou menos sessenta alunos em aprendizagem na área da serralharia, até princípios dos anos setenta. Depois apareceram os cursos gerais de mecânica e, por fim, o ensino unificado com os trabalhos oficinais.

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Nos meus tempos de estudante, a carga horária de oficinas era de 18, 12 e 6 horas por semana, nos primeiro, segundo e terceiro anos, respectivamente, chegando mesmo a haver quatro horas por dia. No primeiro ano, os trabalhos realizados eram essencialmente de bancada, ou seja, aprender a traçar, cortar, limar, burilar, furar e roscar. No segundo, os trabalhos de bancada passavam a ter um carácter mais exigente quanto à precisão, indo ao nível das centésimas de milímetro e, só depois, eram realizados os primeiros trabalhos com máquinas, o limador e o torno mecânico, que eram para nós a grande meta. No último ano, os trabalhos eram realizados em máquinas, torno e fresadora e, também, efectuados dois tipos de soldadura. Torna-se impossível descrever muitas das histórias por lá passadas, face à limitação do texto, mas não queria deixar de prestar um agradecimento aos meus professores nesta área,

especialmente o Fernando Formigo e o Gilberto Reis. O Prof. João Fernandes conseguiu ainda recuperar uma fotografia que remete para os primeiros tempos da Escola Industrial e Comercial de Peniche (em baixo, Lúcio, Prof. Martins e Nuno; em cima, João Fernandes, António Augusto, António José Cação, Vítor Chagas, Elísio Barros e Vila Carvalho). Termino com um texto referente à minha experiência enquanto aluno de Ciências da Natureza, na Escola Secundária de Peniche: Frequentei a Escola no início da década de 70, num tempo em que as aulas tinham lugar num pequeno anfiteatro. Sobre a bancada negra, a Prof.ª Isabel Santos Silva apresentava algumas actividades laboratoriais, mostrava colecções de rochas sabiamente elaboradas por alunos de anos anteriores, folhas de herbário, aparas de diferentes metais e outros materiais fascinantes. O seu entusiasmo era bem secundado pelo livro da autoria do Prof. Rómulo de Carvalho e nem a configuração da sala de aula quebrava a proximidade entre alunos e professora. Não tenho dúvida que a sua perspectiva de ensino se enquadrava naquilo que hoje, pomposamente, designamos por interacções Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente. No pátio dos rapazes, ouvíamos com atenção redobrada as muitas aventuras dos mais velhos... Francisco Félix


Sabiam que…

Novo horário: às 18:15m* 2ª a 6ª das 8:15h *4ª encerra às 16h Equipa do e-informação

Celeste Freitas Marisa Mendes

Participação especial

Francisco Félix Mariana Paulino António Cação

Este

espaço

é

reservado publicação

à de

Os livros mais requisitados para empréstimo domiciliário, durante o 1º período, foram: Crónica dos bons malandros de Mário Zambujal Capitães da areia de Jorge Amado

textos dos nossos

Memorial do convento de José Saramago

leitores.

Já ninguém morre de amor de Domingos Amaral

TOP Leitores

Felizmente há luar! de Luís de Sttau Monteiro Frei Luís de Sousa de Almeida Garret As aventuras de Tom Sawyer de Mark Twain Alma de Manuel Alegre

Utilizadores, mais frequentes, da Quero ser feliz de Filipa Sousa BE/CRE Passatempo- Descubra os sinónimos Quentin Vasseur Martins Chegou-nos à mão este texto que serve como apresentação de um professor da escola. Tivemos muita dificuldade em decifrar a mensagem, por isso, pedimos a ajuda dos nossos leitores. Deverão apresentar no Centro de Recursos um texto, em linguagem corrente, que o substitua. O melhor texto será publicado numa próxima edição. “Exúbere, alóctone, eustómico (apesar de tudo conseguiu licenciar-se em Economia), tatamba, sinderético, pirrónico, esquipático, hedónico, ataráxico, crassilingue (há 33 anos na Escola Secundária de Peniche), bicancra, ex-deuterógamo, introrso, umbrático (talvez por isso "promovido" a professor titular no Grupo 430), acrófobo, erotemático, quarentado (upa, upa,...), eutímico, heautognóstico, voltívolo, elefantófobo, griséu, lardo, ex-leguleio, filogínico (armado cavaleiro do Curso Técnico de Recepção por Sua Majestade), noitibó, ergófobo, bútio, mazorro, bibliófago, euFeira do Livro tícomo, hemiálgico, escarapão, autocéfalo, zornão, Decorreu, entre os dias 23 e 26 de Novembro, a heliófobo e cataglótico... mas acima de tudo pernóstiFeira do Livro, organizada pela BE/CRE. Este co de peito feito!” ano participaram os alunos da turma 2 CPS. Foi mais uma actividade desenvolvida com o objectivo de contribuir para a promoção da leitura. A Equipa agradece o empenho de todos os participantes – alunos e professores.

A equipa da BE/CRE deseja a todos os utilizadores Bom Ano de 2010.

Próximas actividades na BE/ CRE  O Natal na BE– cartões e contos de Natal  Projecto de desenho Sketch 93 de 11 a 18 de Dezembro


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