Boletim nº3 ano i junho de 2009

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e informação Boletim informativo da Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos Educativos

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Boa leitura! Editorial

Procurámos divulgar as novidades do acervo documental, as actividades desenvolvidas na Biblioteca/CRE, destacar, pelo menos, um assunto da actualidade cultural e referir assuntos relacionados com o funcionamento do serviço. O Boletim é, do nosso ponto de vista, uma mais-valia na comunicação com a comunidade escolar e na promoção deste serviço essencial na Escola. Agradecemos a todos os que, ao serem contactados, prontamente, aceitaram dar a sua colaboração e aos que, espontaneamente, participaram entregando textos e fotografias para publicação. E, claro, queremos desejar umas deliciosas férias aos nossos leitores e utilizadores da Biblioteca/CRE.

Até breve! A equipa responsável

Junho de 2009

O Regresso de Darwin

O ano escolar está a acabar e com ele sai o número 3 do nosso boletim. Gostaríamos que estivesse de volta com as aulas.

Pela nossa parte, foi uma actividade que fizemos com prazer.

Nº3

Ainda mal conhecia a turma 10.º CT1, disciplina de Biologia e Geologia, quando uma aluna pediu para falar comigo acerca da possível participação num concurso relacionado com Charles Darwin. Fiquei surpreendido com a proposta, tendo a aluna indicado que tinha assistido, um pouco por acaso, a uma acção onde se tinha falado no concurso Darwin Regressa às Galápagos. A iniciativa estava relacionada com a apresentação da exposição A Evolução de Darwin (12 de Fevereiro - 24 de Maio), organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, a propósito da celebração dos duzentos anos do nascimento de Charles Darwin. A grande mostra teve também como objectivo comemorar os cento e cinquenta anos da publicação d’ A Origem das Espécies e chamar à atenção para a importância de uma das obras que melhor estabelece a ligação entre os seres humanos e os seres vivos que partilham connosco o Planeta Terra. (Continua na pág. 7)

O 25 DE ABRIL E O ACESSO À EDUCAÇÃO Testemunho de uma Aluna Deverá parecer estranho que neste Ano da Graça de 2009, haja uma aluna matriculada nesta escola que, não só nasceu antes do 25 de Abril de 1974, há 35 anos, corno até já era adulta nessa época. É uma longa história…

Neste número Novidades do acervo

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Área de Projecto Literatura Portuguesa

3

Exposições na BE

4

Olimpíadas da Química

5

Poemas do ano

6

Darwin

7

Auto-Avaliação da BE Concursos

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Nos anos 60 do século XX, na minha aldeia, situada no concelho de Óbidos, a esmagadora maioria dos meus contemporâneos frequentava apenas a escola primária, que era o único grau de ensino de proximidade. Para prosseguir estudos tornava-se necessária a deslocação para Caldas da Rainha, ou Peniche, as distâncias são iguais, mas esta última hipótese não era habitualmente considerada. Lembro-me que havia apenas duas raparigas a estudar em Caldas; uma delas no Colégio Ramalho Ortigão, propriedade da Igreja (não havia outro liceu), e a outra na Escola Comercial. Mesmo os rapazes não iam além da dúzia, apenas um deles frequentava o Colégio, licenciou-se em medicina, e os restantes eram alunos dos cursos industrial ou comercial. (Continua na pág. 5)


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Algumas das Novidades no acervo documental da BE s

s

Filme

Filme

Ensaio sobre a cegueira [Registo video] / José Saramago; real. Fernando Meirelles. Portugal: Castello Lopes, 2009

Crepúsculo / Stephenie Meyer; real. Catherine Hardwicke Lisboa: Zon Lusomundo, 2009

Livros

a

Músic

he promise [Registo sonoro] / Il Divo E.U. : Sony BMG Music Entertainment, © 2008 ISRC 88697399682

Access 2007 macros & VBA / Henrique Loureiro Lisboa: FCA-Editora de Informática, © 2008 ISBN 978972-722-209-4

Passeio aleatório: Pela ciência do dia-a-dia / Nuno Crato; il. Vasco Futscher Pereira; rev. Helena Ramos Lisboa: Gradiva, 2008 ISBN 978-989616-216-0

Professor da nossa Escola... O professor desta Escola, Miguel Santos, mestre em História Contemporânea e investigador no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, da Universidade de Coimbra ofereceu à Biblioteca duas obras, uma da sua autoria e outra que contou com a sua colaboração: Arlindo Vicente e a Oposição(2009) e Nova História de Portugal, vol. X, dirigida por A. H. Oliveira Marques e Joel Serrão (2004). É autor de outros trabalhos sobre temáticas contemporâneas entre os quais destacamos: "Os Monárquicos e

A invenção de Hugo Cabret / Brian Selznick; trad. Pedro M. Ferreira; cood. Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia: Edições Gailivro, © 2008 ISBN 978-989557-562-6

a República Nova" (2003); “Luís de Magalhães, Oliveira Martins e a «Vida Nova»”, Revista de História das Ideias, n.º 23, Coimbra (2003); “Imperialismo e Ressurgimento Nacional. O Contributo dos Monárquicos Africanistas”, Estudos do Século XX, n.º 3, Coimbra (2003); “Arlindo Vicente: o artista entre o individualismo e o comprometimento social”, in Pita, António Pedro e Trindade, Luís (Coordenadores); Transformações Estruturais no Campo Cultural Português, 1900-1950, Coimbra (2005).


Área de Projecto um poema de António Gedeão à história deste importante monumento da nossa cidade e ao seu pouco dignificante estado actual.

O Convento Filosofal Eles não sabem que o Convento É uma constante desde 1570 Tão desprezada e bolorenta Como outra coisa qualquer, Como este túmulo cinzento, Em que me sento e descanso, Convento do Bom Jesus Como este cadáver manso Em serenos sobressaltos, A propósito do projecto de reabilitação do Convento do Bom Jesus que Como esta janela alta estamos a elaborar em Área de Pro- Que em vendavais se agita, Como este frade que grita jecto, orientados pela professora Leonor Marques, decidimos adaptar

Tipos de Nós Esta exposição inseriu-se no trabalho de Área de Projecto do 12 AV1 do grupo “As nossas embarcações” constituído por: Cristiano Martinho, Diogo Soares, Francisco Nicolau, Melissa Cerqueira e Nelson Marteleira, orientado pelo professor António Pereira. Pretendeu-se mostrar a toda a comunidade escolar os diferentes tipos de nós que fazem parte da cultura piscatória, assim como o motivo da sua utilização, Todos os tipos de nós foram feitos pelo Cristiano e pelo Diogo durante as aulas de Área de Projecto.

Parte de uma aula de Literatura Portuguesa na Biblioteca

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Quando à missa falta. Eles não sabem que o Convento É pedra, é tijolo, é cal, Soberbo monstro da marginal, De portões corroídos E frades desaparecidos Em perpétuo movimento. Eles não sabem nem sonham, Que o Convento ainda tem vida, Que se disto o Homem se esquece O Convento cai e desaparece Como alma destruída Entre uma terra que empobrece. Salteadores de conventos Os Quinhentistas 12 CT3

Autores lidos em Literatura Portuguesa Descubra os 45 autores lidos pelos alunos do 11 LH1 no âmbito da disciplina de Literatura Portuguesa.


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EXPOSIÇÕES NA BIBLIOTECA/ CRE

O espaço da Biblioteca/ CRE foi enriquecido, durante o ano lectivo, por um conjunto de exposições, para comemorar efemérides ou divulgar trabalhos desenvolvidos pelos alunos no âmbito de diferentes disciplinas. Por ser um espaço aberto a toda a comunidade escolar, disponibilizar recursos e dimensões adequadas, deseja-se, por isso, que este dinamismo não só se mantenha como se intensifique, promovendo assim o trabalho colaborativo.

Artes Visuais na Escola Secundária de Peniche Postais de Natal Foi realizado um projecto na área do Design de Comunicação: “postcards”- ilustrações de cartões de Natal, através da criação de imagens alusivas ao Natal, representação de formas imaginadas, tendo como Refe-

“Performance”

rentes: 1 - imagens bidimensionais. 2 – textos (opcional). Compor é enquadrar, organizar É pôr em conjunto os elementos estruturais da linguagem plástica, no campo, segundo uma específica unidade formal, tendo em conta a harmonia, ou seja, a estética.

O projecto foi complementado com uma sores, na referida “performance”. “performance”

Ver não depende só de um olhar que Acerca do conceito de instalação regista sensações e percepções visuais. É uma intervenção plástica num espaço Ver é uma forma de compreender. A vi- interior ou exterior, através de uma ou são dá ao artista uma perspectiva do várias .áreas de expressão, ex: pintura, mundo real ou ideal. A linguagem plásti- escultura, desenho, fotografia, vídeo… ca é uma via de exprimir aquela visão. O Quanto à Linguagem plástica utilizada fazer está relacionado com a qualidade esta consistiu numa estrutura modular do ver. geométrica tridimensional, com efeitos Baseado no conceito de “instalação”, os alunos do 12º AV1, na disciplina de Desenho A, criaram um projecto de intervenção plástica, na área da escultura, no espaço da sala de aula (101), de modo a confrontar o observador com situações que se relacionassem com a experiência quotidiana, expectativas, emoções… Título do trabalho: “Mind the stairs”.

“TOUTA VER”

de: Profundidade; Movimento (sobreposição de formas); Ritmos regulares . A inauguração decorreu no dia 18 de Fevereiro 2009 Participação especial de alunos das turmas: 11º AV1; 11º CPA; 12º CH1; e 12º CT1, assim como, a presença de professações, cuja função essencial é a de estabelecer uma comunicação. A nossa percepção da obra plástica, ao tomarmos consciência da sua harmonia, é influenciada pelo nosso “modo de ver”, ou seja, está imbuída das nossas vivências e conhecimentos.

conto, a partir do conceito de “metamorfose”, sob o tema “A imagem muda”. A inauguração teve lugar no dia 1 de Junho, pelas 12:30H, no CRE/ Biblioteca.

A turma do 12º AV1, realizou um projecto de desenho, sob o tema “Retrato de autor”, com o título: “TOUTA VER”. A inauguração da exposição teve lugar no dia 28 de Junho, pelas 11,30H, no CRE/ Biblioteca.

Linguagem plástica A linguagem plástica do desenho, da pintura, da escultura, possuem um vocabulário específico, linhas, cores, volumes, os quais produzem em nós, estímulos e sen-

Conceito de “METAMORFOSE” Os conceitos de metamorfose das formas são uma área onde a criatividade artística se aplica. “…da associação do fragmento à estrutura, da referência do mundo “METAMORFOSE” natural à sua transformação pelas forOs alunos do 11º AV1, realizaram um mas criadas pelo ser humano (…)”, projecto na área do design de comunicaProf da disciplina: Fátima Pedro ção, especificamente a ilustração de um Trabalho do Pedro Santos, 12º AV1


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EXPOSIÇÕES NA BIBLIOTECA/ CRE (continuação) Modelos Tridimensionais em Biologia e Geologia Alguns dos trabalhos realizados pelas turmas 10 CT1, CT2 e CT3 orientados pelos professores Francisco Félix e Isabel

Rebordão.

Semana das Línguas A biblioteca associou-se à Semana das Línguas, expondo diversos materiais relacionados com as disciplinas de Alemão, Francês e Inglês.

Dia da Europa

FINAL DAS OLIMPÍADAS DA QUÍMICA

ram-se a Aveiro para participar na final das Olimpíadas da Química, para a qual tinham sido apurados no dia Três alunos da nossa Escola, a Ma- 14 de Março, onde obtiveram um ria, o Alexandre e a Geisa, desloca- honroso 2º lugar. O Alexandre e a Maria ficaram classificados entre os 10 primeiros, tendo, assim, ganhado a possibilidade de vir a participar na Olimpíadas Internacionais, no Japão, e Ibero-americanas, na Venezuela. Estes dois alunos da nossa escola irão durante o próximo ano lectivo preparar-se, com as orientações da Universidade de Aveiro, para poderem vir a participar nestas

O 25 DE ABRIL E O ACESSO À EDUCAÇÃO - Testemunho de uma Aluna (Cont. da pág.1) Poder-se-á dizer que não se considerava prioritário estudar. Há alguma verdade nisso, não nos esqueçamos da defesa da ruralidade tão louvada pelo regime, no entanto, a grande maioria não estudava por motivos económicos.

provas internacionais. Parabéns e boa sorte para a etapa que os espera. Professora Leonor Marques

jorna de um trabalhador rural andava de crianças das aldeias, rumo à espelos 25$00. cola do seu concelho, pelo menos até ao 9º ano, utilizando um passe de custo reduzido, para além de outros apoios, esquecemo-nos que isto são Conquistas do 25 de Abril.

A Clara Cesário está na 1ª fila, 6ª aluna a contar da esquerda

Era o meu caso. Os meus pais não tinham possibilidades, para grande desgosto meu e deles, de custear a minha deslocação diária para Caldas, Quando vemos hoje em dia os chaque orçava os 10$00 (ida e volta). A mados autocarros escolares, cheios-

Deve ser por estas e outras razões que fico arrepiada quando ouço pessoas da minha idade a dizer que no tempo do Salazar é que era tudo bom. Como puderam esquecerse tão depressa? Maria Clara Leitão Cesário Aluna nº 7 - 12º ano - CHN


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POEMAS DO ANO

Foram entregues, no dia 1 de Junho, os prémios referentes ao concurso O Poeta da Semana. O Boletim da Biblioteca publica os poemas vencedores.. Parabéns aos Poetas! ( Os vencedores estão nos extremos da fotografia)

Escalão A Uma folha em branco... Eu sou como uma folha, Uma folha de papel. Folha branca, como um lírio, Que espera já em delírio Por alma doce que a recolha. Que nela escreva, e que escolha, Nesse livro cor de mel, Um lugar para ficar. Esta folha de papel, Desprovida de palavras, Mas com marcas bem marcadas, Como nas terras lavradas. É isso que sinto Só o vinco...

Do já escrito sobre mim, Por ti... Com um lápis de carvão Escreveste-o com emoção Tal que marcaste, E até furaste... E também rasgaste Esta folha, quando a apagaste... Deixas-me de novo em branco, Deixas-me aqui neste pranto, Em que choro as vírgulas, Os pontos finais...

Hífenes, travessões, palavras E os tais... Pontos de interrogação... E são estes os que mais choro, Nestas páginas, Com estas lágrimas, Com as quais te agora imploro: «Volta-me a escrever Os teus versos a ferver... Pois sem nada escrito em mim... Não há razão para viver...» Sou uma folha em branco, Uma folha, de papel... Unwritten – Alexandre Faia Carvalho

Escalão B

Parece um santuário

1959 - 2009

O laboratório de Química um mundo de cristais

No ventre materno pude sentir o arfar dos operários preocupados com os últimos retoques

A Professora Isabel Santos Silva deliciava-nos com episódios das Ciências Até a chapada em plena na aula de Matemática já esqueci

Se não tivesse lido Confissões de uma Máscara

Fui traído por um mínimo múltiplo comum!

Ainda poderia ter alguma originalidade

Fui ver os horários

Cem anos antes, Darwin publicava a Origem das Espécies

A folha tão trabalhada desfez-se nas garras da multidão

Os meninos de fato-macaco cor de café com leite dirigem-se para as oficinas

Os meninos de fato-macaco cor de café com leite dirigem-se para as oficinas

Sob telhados em forma de dente de serra o Professor Martins espera-os

As meninas no outro pátio

Mas como canta Jorge Palma

Às vezes cruzam-se connosco nos corredores

Há sempre tanta matéria a estudar

Ao lado ouvem-se as limas em busca da peça perfeita Mestre Gilberto comanda um exército de fardas azuis Apenas ficou a Arqueologia Industrial Integrada num espaço fantástico Pelas vidraças espreito a pintura mural da Escola Industrial e Comercial de Peniche Agora uma obra referenciada O pai entusiasma-me com a Escola grande

Uma tapeçaria apreciava tudo em silêncio Vimos imagens da chegada à Lua Ouvi histórias de uma tal Rolanda O Professor Sardinha trouxe-nos o Alador (O regresso foi muito ténue) Modelismo, teatro e jardinagem... Apresentou-nos um filme de Kubrick Soube uns anos mais tarde

Os meninos de fato-macaco cor de café com leite dirigem-se para as oficinas Agora estou na outra margem

A velha pista desapareceu há muito do áspero recinto (só na textura) Aí ouvíamos com atenção redobrada as histórias dos mais velhos O tabuleiro de xadrez onde ninguém joga permanece por lá As árvores voltaram a fazer-lhe companhia Entretanto passaram cinquenta anos Reformas e contra-reformas A nossa Escola continua jovem Depois de tantas lições

Embora sem a sua companhia ainda chego a tempo das bodas de prata

Os filmes fixos pareciam ter movimento

Recordo os tinteiros das salas de Caligrafia

Arrumados como soldados de chumbo sob as ordens do Professor Nuno Belo

Os meninos de fato-macaco cor de café com leite dirigem-se para as oficinas…

Nunca tive o prazer de deslizar o aparo para obter aquelas letras tão bonitas

No Parque do Baluarte a festa era mesmo a sério

António Lacerta- Francisco Félix

Entro pela primeira vez na biblioteca

Pronta para mais meio século

A n


e informação

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O Regresso de Darwin (Cont. da pág.1) A seguir, apresento excertos dos textos enviados para o concurso e que de alguma forma pretenderam abordar alguns dos aspectos em jogo. Refira-se que o aluno teria de escrever uma carta de motivação dirigida a Darwin para participar, enquanto seu assistente, num hipotético regresso ao Arquipélago das Galápagos, e o professor teria de redigir um ensaio sobre a ideia de mentor na actualidade. A Fabiana escreveu assim: “A viagem às Galápagos era muito importante para mim, pois seria uma mais-valia na medida em que poderia adquirir muitos conhecimentos sobre assuntos distintos. Poder estudar os fenómenos através do trabalho de campo e em contacto com um meio bem preservado é mais importante do que estudos muito aprofundados, apenas baseados em fontes mais ou menos teóricas. É este tipo de trabalho, este tipo de experiência que eu cobiço, ir para além das informações que tenho nos livros e em outras fontes . similares.” Do texto que enviei realço: “Ainda adolescente, pude contactar com a sua visão alternativa para explicar uma certa maneira de ver o mundo. Através dos documentários de David Attenborough, numa altura em que a sociedade audiovisual estava um pouco nos primórdios, fui mais uma vez tocado pelo mundo natural interpretado segundo o darwinismo. A imagem das iguanas remete para um arquipélago de sonho e ao mesmo tempo para o regresso a um passado reptiliano. Mais tarde, já professor, mandei fazer uns trabalhos de Biologia e incluí Darwin nos temas a tratar. A prestação dum aluno ficou tão escorreita que fui à procura das referências bibliográficas. Aprendi muitíssimo e o interesse pela evolução e pelo darwinismo aumentou consideravelmente. Surgiu entretanto o

Mais

gosto pelos livros de Stephen Jay Gould e o contacto com uma história natural fantástica; recordo sobretudo o texto que refere que o embarque no Beagle pode ter sido fruto duma série de imponderáveis. A somar a tudo o que já aludi, destaco mais alguns aspectos que demonstram a importância do pensador para o mundo actual, ou seja, à sua acção está associada uma dimensão humana ímpar, o reconhecimento da mulher em pé de igualdade com o homem (mais uma perspectiva inovadora para a sua época), o respeito pela autoria, a consideração pelos pares e o cuidado nos registos efectuados. Claro que não poderia deixar de referir o espírito de aventura, a literatura de viagens e o estudo dos fósseis.” Não conseguimos a viagem de sonho, mais foi uma boa experiência. Além disso, conseguimos bilhetes para a exposição e alguns livros envolvendo a temática. Na apresentação de uma das obras enviadas, A Origem das Espécies de Charles Darwin, de Janet Browne, pode ler-se o texto: Neste livro, a principal biógrafa de Charles Darwin mostra porque é que A Origem das Espécies pode ser considerado o maior livro de ciência alguma vez publicado. A autora descreve a génese das teorias de Darwin, explica a recepção inicial destas e analisa as razões por que permanecem ainda tão con-troversas. O seu livro constitui um relato apaixonante e fundamentado da obra que alterou para sempre o nosso conhecimento do que é serse humano. A escola associou-se às comemorações expondo, na biblioteca, obras relacionadas com o evolucionismo e o Departamento de Ciências e Tecnologias disponibilizou na vitrina textos recolhidos na comunicação soci-

al sobre o assunto. Refira-se que a biblioteca possui também um livro so-

bre a exposição que esteve patente na Gulbenkian e um conjunto de DVD, Darwin no Caminho da Evolução, onde se pode ter acesso a uma série de conferências realizadas no contexto das celebrações. Se me é permitido, aconselho primeiro a leitura de textos relacionados com a vida e obra de Darwin e, só depois, partir para A Origem das Espécies. No mês de Março, as turmas 11.º CT3 e 11.º CT4 visitaram A Evolução de Darwin, juntando-se assim aos mais de cem mil participantes que usufruíram do evento. Prova-se também que a cultura científica quando bem divulgada é capaz de interessar o grande público. Registe-se que a primeira paragem do Beagle ocorreu em território português, Cabo Verde, onde o jovem Darwin ficou fascinado com animais e plantas que encontrou; o seu livro de notas atesta o que acaba de ser referido. Note-se que o coração da exposição integrará o futuro Museu da Ciência a instalar no Concelho de Oeiras. Francisco Félix (Maio de 2009)

Novidades de Darwin na BE

Autobiografia / Charles Darwin; trad., introd., notas Teresa Avelar. Lisboa: Relógio D'Água, 2004

A evolução do Darwinismo / António Bracinha Vieira [s.l.]: Fim de Século, 2009 ISBN 978-972-754-267-3


Boas leituras! sica! Bons filmes! Boa mú

Equipa do e-informação

Celeste Freitas Marisa Mendes

Participação especial

Leonor Marques Fátima Pedro Francisco Félix Cristina Ferreira Maria Clara Cesário

Crucigrama: soluções do nº 2 Vertical: Banda Desenhada. Horizontal: 1.Vieux-Bois; 2. tira; 3. Donald; 4. Berlinda; 5. Mafalda; 6. Uderzo; 7. vinheta; 8. Morris; 9. Popeye; 10. prancha; 11. Super-Homem; 12. Castafiore; 13. Haddock; 14. Gafanhoto

Concurso curtas A entrega de trabalhos para o concurso decorreu até final de Abril. A participação ficou muito aquém das expectativas, visto que recebemos apenas um trabalho por escalão. Foi assim atribuída uma menção honrosa a cada um dos trabalhos: escalão A– José Carlos e Margarida Marçalo

Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar A nossa Escola está a testar o domínio do Apoio ao Desenvolvimento Curricular do Modelo de Auto-avaliação proposto pelo Gabinete da Rede de Biblioteca Escolares. A equipa agradece a colaboração que os professores e os alunos estão a dar para testar esse Modelo. Obrigada! Desejamos que a análise dos resultados contribua para uma discussão do papel da BE na Escola e particularmente, no domínio do Apoio ao Desenvolvimento Curricular, apresentando-se como mais um contributo para melhorar as aprendizagens, para o sucesso educativo e para a promoção da aprendizagem ao longo da vida. A Biblioteca/CRE, do meu ponto de vista, precisa de se afirmar: avaliando e dando a conhecer o impacto que as actividades realizadas, pela e com a BE, têm no ensino aprendizagem; pelos serviços que oferece; assim como, pelo grau de satisfação dos seus utilizadores. A ideia de uma Biblioteca isolada, com actividades apenas extracurriculares parece-me estar fora do contexto da Escola Actual. Pretende-se que a Auto-Avaliação da BE entre em vigor, para o próximo ano lectivo, em todas as escolas do país. Marisa Mendes

Dia da Leitura

No nº anterior, na secção sabiam que... , onde se lê “Memorial do Convento de Emily Bronte “deve ler-se “de José Saramago”.

Concurso o Nosso Mundo O concurso foi organizado pelo Grupo de Geografia e res que se juntou na Bibliote- pela equipa da BE e teve como objectivos principais: criar hábitos de pesquisa em vários suportes e manter ca. os alunos atentos para os acontecimentos no País e no A nossa Escola escolheu o Mundo. dia 13 de Maio, para dia da Leitura. Todas as turmas lemDestinou-se a todos os alunos da disciplina de Geografia braram este dia, reservando que quiseram participar. Realizou-se entre Novembro alguns minutos para a leitura de 2008 e Maio de 2009, tendo sido proposta uma activide um pequeno texto. O mesdade por mês. mo fez um grupo de professoOs alunos vencedores foram: Ana Rute Silva, Cátia Filipe, Jessica Ferreira eSoraia Fresco da turma 11 LH1. Cada uma recebeu um livro relacionado com Geografia.

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ias! r é f s Boa Trabalho de Andreia, 12º AV1


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