Anais ciis 2013 vol 2

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A seguir será demonstrado em que momento se deu esse declínio da geração de resíduos comuns e suas consequências imediatas. Ademais, também serão expostos os resultados de mais de 10 anos de implementação da primeira lei do mundo sobre reciclagem de eletrodomésticos.

2.1 Resíduos Comuns De acordo com o governo japonês (Ministério do Meio Ambiente do Japão (a), 2011), a geração global de resíduos comuns apresentava um crescimento acelerado até 1991. Durante toda a década de 90, o índice continuou avançando, mas em ritmo menos intenso. O pico ocorreu no ano 2000, com 54,8 milhões t/ano. A partir daí, a geração de resíduos comuns apresentou uma queda acentuada até 2010. Em 2011, foi registrada uma geração de 45,3 t/ano, índice similar ao verificado em 1987 (45,5 t/ano). A geração per capita de resíduos comuns acompanhou o mesmo ritmo. Com pico no ano 2000 (1.185g/habitante/dia), o índice veio caindo durante a primeira década do século XXI. Em 2011, foi registrada uma geração 975 g/habitante/dia, número esse igual ao verificado em 1986. No período compreendido entre 2002 e 2011, enquanto a geração de resíduos comuns seguia sua tendência de queda, a reciclagem aumentou. Em 2002, foi registrado um índice de 15,9% em relação ao material descartado. Em 2011, esse número aumentou para 20,4%, com pico de 20,8% em 2010. Com a redução da geração de resíduos e o aumento da reciclagem, a vida útil dos aterros tende a se estender. Os dados do Ministério do Meio Ambiente evidenciam essa realidade. Em 2002, estimava-se que a vida útil dos aterros japoneses fosse de 13,8 anos. Em 2011, esse número subiu para 19,4 anos. Note-se que a capacidade dos aterros


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