Anais ciis 2013 vol 2

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concerne às pequenas e médias empresas, os estudos de referência mencionam o facto de estas integrarem informalmente a RS. No entanto, nas GMSF as suas actividades regulares nesta área estão ligadas à estratégia de negócios. Há muito que para esta entidade o exercício da prática de RS deixou de se ligar apenas a patrocínios ou doações, integrando a sua estratégia de sustentabilidade empresarial. As GMSF têm preocupações ao nível das três dimensões: económica, social e ambiental. A “articulação da comunidade onde a empresa se insere” é uma das áreas da RS considerada mais importante, agora ainda mais notória a partir da criação do Museu do Marceneiro. Ao mesmo nível a preocupação com o ambiente é realçada. Como pode observarse, as práticas de RS desta organização vão muito além do seu carácter interno, sendo em grande número as práticas relacionadas com a dimensão social externa e com a ambiental. Numa boa parte das vezes vai ao encontro da comunidade, com quem se articula, mas também de clientes, fornecedores, parceiros comerciais, produtos e serviços e da valorização do ambiente, excedendo o cumprimento da legislação. Ao analisar a satisfação indicada pelos dirigentes no que se refere à avaliação dos resultados das práticas de RS que a empresa desenvolve, poderemos deduzir que há ainda um longo caminho a percorrer. Vejamos: foram apenas referidos resultados bastante satisfatórios ao nível de “Clientes”, “Produtos e Serviços”, “Informação e Comunicação” e “Comunidade”. Poder-se-á dizer que esta empresa está ainda assim satisfeita com o resultado das práticas de RS ao nível de dimensão económica, social interna e externa. Embora com grande número de práticas ambientais, ao analisar em pormenor as respostas ao inquérito, é a esse nível que os dirigentes estão pouco satisfeitos ao reflectirem sobre os resultados das suas práticas de RS, havendo aí mais espaço para melhoria de resultados a par da dimensão social interna (gestão de recursos humanos, serviços sociais e formação). No domínio económico, a empresa analisada apresenta práticas que interagem com três tipos de parceiros estratégicos: os clientes, os fornecedores ou parceiros comerciais e os seus sócios. Partindo da síntese de Carroll (1979) através da sua pirâmide, acrescente-se ainda que notamos preocupações desta empresa ao nível das várias etapas apresentadas, destacandose, na base, as responsabilidades económicas, pois esta empresa tem de gerar riqueza, pelo que terá que responder às necessidades de consumo da sociedade. Considerando as práticas de RS orientadas para os trabalhadores das empresas ao nível da dimensão social interna, estamos perante uma unidade empresarial com práticas integradas em diversas áreas: gestão de recursos humanos, informação e comunicação, serviços sociais, gestão da mudança organizacional, empregabilidade, bem como saúde, segurança e higiene no trabalho. Quanto à


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