Anais ciis 2013 vol 2

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Introdução O Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) e o Programa de Formação de Educadores Ambientais (ProFEA) baseiam-se no Tratado de Educação Ambiental de 1999, do qual o Brasil é signatário. O ProNEA tem como princípios a educação mobilizadora, crítica, participativa e pautada na formação de coletivos educadores. A proposta metodológica está alicerçada na Pesquisa-Ação-Participante e a formação dos educadores ambientais se dá pela mediação das tecnologias sociais e pela estruturação de redes colaborativas, na qual o indivíduo aprende participando das ações socioambientais desenvolvidas pelo coletivo. Os Programas de Educação Ambiental disseminados pelo Brasil adotam como premissa a busca da sustentabilidade econômica, física, social, ecológica, biológica, cultural, política e institucional nos territórios envolvidos nas ações de Educ-Ação Ambiental, sob a perspectiva de que a aprendizagem é transformadora e ocorre por meio das ações socioambientais, e que cada membro das populações mobilizadas deve exercitar a cidadania e atuar como ecoeducadore(a). Neste contexto a EA é implementada com formação permanente e continuada, fundamentada na Ética do Cuidado, na Carta da Terra, no diálogo entre os atores sociais, na mediação de conflitos socioambientais, na educação política e promotora da cidadania e na visão de que o processo de empoderamento do indivíduo e da coletividade é fundamental para que a sociedade passe a exercer o seu papel de protagonista das transformações socioambientais que promovam melhorias na qualidade de vidas das comunidades. Este artigo retrata, sobretudo, a experiência de uma equipe multidisciplinar que há cerca de 10 anos vem atuando como braço executivo do Programa de Educação Ambiental da Itaipu Binacional, na bacia do Paraná 3, envolvendo 29 municípios, dentro do escopo do Programa Cultivando Água Boa (CAB). Em 2003, a partir da revisão da missão institucional da Itaipu Binacional que reforçou o compromisso de contribuir para o desenvolvimento sustentável da região, surge o CAB que adota a bacia hidrográfica como modelo de gestão territorial através de 20 programas e 63 projetos de responsabilidade socioambiental. Importa referir que a EA atua como eixo articulador e integrador dos 20 programas, essa estratégia tem assegurado a articulação sistêmica de ideias, pessoas e recursos, e construído de forma democrática processos educativos e de


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