Revista do Colégio Mauá - Novembro 2018

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Índice

OPINIÃO

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NOVIDADES

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CANTINHO DA BIBLIOTECA

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CLICK MAUÁ

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SALA DE AULA

PALAVRA DO DIRETOR A Revista do Colégio Mauá é uma publicação semestral desta instituição, integrante da Rede Sinodal de Educação. MANTENEDORA: Sociedade Escolar Santa Cruz DIRETOR GERAL: Nestor Raschen VICE-DIRETOR GERAL: Mártin B. Goldmeyer COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: Maristela Fortuna, Cláudia Kniphoff Kroth, Maribel Carvalho, Waldy Lau Filho e Rafael Fetter CONSELHO EDITORIAL: Nestor Raschen, Mártin B. Goldmeyer e Ana Cristina Santos TEXTOS: Four Comunicação, professores, alunos e colaboradores PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Elefante CW FOTOS: Banco de imagens do Colégio Mauá ILUSTRAÇÕES: www.freepik.com IMPRESSÃO: Lupagraf TIRAGEM: 2.000 exemplares JORNALISTA RESPONSÁVEL: Ana Cristina Santos MTb-RS 9072 COLÉGIO MAUÁ - RUA CRISTÓVÃO COLOMBO, 366 FONES: (51) 3711-2144 / 3056-8300 MAUA@MAUA.G12.BR FACEBOOK.COM/COLEGIOMAUA INSTAGRAM.COM/COLEGIOMAUA

O ano letivo de 2018 caminha para o seu encerramento. Estamos felizes com tudo o que pudemos realizar e somos gratos aos professores e funcionários por sua dedicação para a consecução de nossos objetivos. Às famílias agradecemos pela parceria, pelo caminhar juntos, o que torna a nossa escola um ambiente de aprendizagem e convívio saudáveis. Em 2019, seremos uma escola bilíngue. A implantação se dará de forma gradativa, iniciando pela Educação Infantil. Na sequência, o projeto se estenderá ao Ensino Fundamental – séries iniciais até alcançar o Ensino Médio. Enquanto implantamos o bilíngue, teremos o Mauá Idiomas que dará oportunidade aos alunos de 1º ao 4º de frequentar quatro aulas de inglês semanais no turno oposto às aulas. A obra do prédio do Ensino Fundamental – 1º ao 6º ano – está na fase final e ficará pronta para o uso pleno em 2019. Agradecemos pelas doações recebidas que foram importantes para a conclusão da mesma. Desejamos um final de ano abençoado e que 2019 traga muitas realizações para nossas famílias e nossa instituição. Prof. Nestor Raschen Diretor Geral

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GENTE MAUÁ

OPINIÃO

(Re)descobrindo o desenvolvimento socioemocional no contexto escolar

meio ambiente também parte das etapas sucessivas para sua formação psíquica.

Autoras:

Psicólogas Fernanda Steffen Culau Bertazzoni e Gabriela Carvalho Machado

Desde que nascemos, estamos implicados a participar de um mundo em sociedade, um mundo estranho a ser descoberto e desvendado. A função da família é introduzir-nos neste universo e proporcionar nossa continuidade nele. A criança, desde que nasce, está em devir, em vir a tornar-se, e por não encontrar-se pronta precisa do auxílio dos pais para ser introduzida ao mundo. Os pais, além de concederem a vida, garantirão sua continuidade. Esta primeira educação é indelével. Quando a criança chega à escola, o arcabouço que está constituindo a sua subjetividade segue em curso, sendo composto de inúmeros outros atores que auxiliarão neste processo de inclusão no campo que agora será o social. Seus professores e colegas estarão entre os principais deles e assumem um lugar de referência para além dos laços parentais. Este lugar social representado pela escola do ponto de vista da criança é o início de um processo de aprendizagem do qual emergirão diferentes tipos de conhecimentos e muitos deles de ordem socioemocional. As últimas discussões na área da educação, em especial na Educação Básica em nosso país, referem para a necessidade de ampliação das habilidades socioemocionais serem trabalhadas com os alunos para além das habilidades cognitivas, amplamente difundidas. O papel da escola, além de proporcionar o ensino, também é de promover um espaço de convivência que permita, na prática, com que a criança desenvolva suas características individuais em interação com seu grupo. A partir destes conceitos sobre a subjetividade podemos considerar que quando a criança passa a vivenciar o laço social, é o grupo quem servirá de espelho, sendo as relações com o

Um grande estudioso sobre a organização do sistema emocional, neuropsiquiatra e psicólogo, Henry Wallon (1879-1962) postulou a importância da vida psíquica a partir de três dimensões: motora, afetiva e cognitiva. A emoção para este autor é uma das formas de expressão da afetividade que desenvolve através das interações com o meio e contribui diretamente para a construção do conhecimento. Ressaltamos, contudo, a importância de conceder tempo e espaço que permita à criança expressar o que sente a partir de atividades interacionais das quais permitam, seja através da fala, de um conto, uma música ou outra forma de expressão, colocar em prática a interação com os outros e a transformação tanto da forma de pensar quanto de agir. No trabalho de promoção das habilidades socioemocionais é possível permitir que a criança, através do coletivo, possa criar ferramentas para enfrentar suas questões internas. Na condução deste trabalho, atuamos em equipe, firmando o objetivo de acolher as diferentes formas de ser, possibilitando que o aluno identifique suas próprias características, se reconheça no outro e em consequência disso, exerça a cooperação. Além do exercício da alteridade, o trabalho das emoções proporciona outras formas de vivenciar o mundo, a resolução de problemas e a reinvenção de si. Nesse sentido, contribui para o autoconhecimento auxiliando o sujeito no processo de tomada de decisão. Favorecer o crescimento é permitir que as crianças possam ter consciência de quem são, fazer escolhas e dar continuidade a elas. Quando aprendemos a lidar com nossas emoções entendemos melhor quem somos e como nos sentimos. A educação integral ocorre quando unimos aspectos cognitivos a aspectos socioemocionais como: resiliência, determinação, autoestima, autonomia, autogestão, otimismo, curiosidade e sociabilidade. É nosso compromisso auxiliar no desenvolvimento de crianças e adolescentes favorecendo, a partir de suas potencialidades, a formação de cidadãos críticos e comprometidos com a sociedade. Entendemos que, assim, estamos promovendo uma educação pautada em qualidade de vida. 3


CANTINHO DA BIBLIOTECA

CRIATURA CONTRA CRIADOR de Sarah K.

“O livro trata sobre um professor de literatura renomado denominado Victor, que tem um melhor amigo, cujo apelido é ‘Gasô’. Este, porém, dá aulas numa periferia e vive nas costas de sua mãe superprotetora. Uma série de acontecimentos estranhos ocorrem após participarem de um encontro de Literatura Fantástica. Vários assassinatos são divulgados em Paris e todos têm relação com uma sinopse que Victor escreveu e queimou no auge de sua carreira. Ele até mesmo se depara com o assassino, que possui as mesmas características descritas e inventadas por ele. Para o leitor, fica a dúvida: será um personagem que ganhou vida ou alguém que está querendo lhe pregar uma peça? Ele e o comissário Bescond entram numa aventura para descobrir a verdade. Trata-se de uma ficção misturada com terror, que conta com personagens muito cativantes. O desenrolar da história é surpreendente! Essa obra influenciou meu interesse pela leitura desses gêneros e a recomendo para quem gosta de enigmas e investigações.” Luana Betina Weigel – T.983

“Eu li sobre o tempo em que Isaac Newton estava procurando mais informações sobre as cores, já que na época dele a coisa mais moderna de projetar as cores era com uma cor clara e outra escura (branco e preto), mas hoje em dia sabemos que essa mistura daria cinza. Então Isaac passou a fazer experiências horríveis com ele mesmo, como, por exemplo, fincar um palito no olho bem embaixo do globo ocular para ver o que acontecia! E pior do que isso é ficar olhando direto para o Sol, e ele fez isso por horas para ver qual seria o efeito! O efeito foi ficar em um quarto escuro por vários dias… Depois de recuperado, ele conseguiu descobrir o que queria: colocou um prisma triangular na frente de um raio solar. Então, o raio solar branco através do prisma mostrou todas as cores do arco-íris. Newton descobriu que o branco é a mistura de todas as cores! A leitura é muito interessante e eu recomendo o livro!” Gabriel Canseco Hoff – T. 951

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CANTINHO DA BIBLIOTECA

“Esse é o narrador do livro O menino que vendia palavras. Ele é um garoto bem alegre e gentil. Quando descobriu que o pai dele era o expert das palavras por causa dos livros, ele ficou fanático por literatura. Eu recomendo o livro porque a história é bem legal e com ela ampliei o meu vocabulário. O protagonista conta que seu pai era um sábio das palavras e que seus colegas perguntavam a ele o significado de vocábulos difíceis. Além de ser interessante, aprendi que não se deve trapacear, porque um colega da personagem principal disse uma palavra que não existia, só para dificultar, e ele foi zoado por isso.” Diego Kappaun Fonseca - T. 956

“O Menino Maluquinho estava no carro com seus amigos, até que chegaram a uma casa, desceram do carro e entraram nela. Viram uma mulher e ela falou que o quarto dos meninos seria lá em cima, no segundo andar da casa, que parecia uma mansão, de tão grande que era! À noite, deu uma vontade imensa de ir ao banheiro, mas eles não acharam. Então perguntaram para uma senhora que estava na cozinha. Pela manhã, eles contaram isso para aquela mulher da recepção e ela disse que essa senhora tinha morrido fazia vinte anos! Vale a pena a leitura!” Arthur da Silva - T. 955

Após as férias de inverno, a Biblioteca Infantil estava preparada para receber os alunos com uma tenda especial para leitura e contação de histórias. Os alunos gostaram da surpresa e se empolgaram com as adivinhas. O conto clássico “Os três porquinhos” encantou as crianças na história de sombras com o retroprojetor. Durante o ano, os livros novos adquiridos para o acervo também foram novidades para as turmas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. A princesa dos contos de fadas esteve na Biblioteca Infantil para contar uma história especial para os alunos.

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NOVIDADES

MAUÁ BILÍNGUE INICIA EM 2019

Proporcionar aos alunos a ampliação de vivências socioculturais na língua inglesa, a fim de inseri-los com mais protagonismo em um ambiente internacional globalizado e de comunicação constante. Esta é a proposta institucional do Projeto Mauá Bilíngue, apresentado oficialmente dia 25 de outubro, durante café da manhã para a imprensa, na sede da escola. De acordo com o diretor Nestor Raschen, a implementação inicia em 2019 na Educação Infantil e deverá estar concluída até 2022, com todas as turmas do 1º ao 4º ano no sistema bilíngue.

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O Colégio Mauá é uma das escolas mais tradicionais do Rio Grande do Sul, com 148 anos de história. Destaca-se no cenário gaúcho como uma instituição de ensino de qualidade, baseada no trinômio: Educação, Cultura e Esporte. Desde o início da sua trajetória, inspirado em seus princípios luteranos, sempre considerou essencial o ensino de línguas estrangeiras. Ao longo dos anos, a língua alemã sempre foi valorizada pela instituição. Mais adiante, com a instalação de diversas empresas estrangeiras na cidade, o inglês passou a ser muito valorizado e incentivado, inclusive com intercâmbios e provas de proficiência. Mais recentemente, devido a toda interação do país no mercado latino-americano, a língua espanhola também passou a ser incentivada e ensinada. “Atualmente, o inglês deixou de ser apenas uma língua estrangeira, mas acabou se tornando uma ferramenta de comunicação global”, completa o diretor.


NOVIDADES

PRÁTICA – A partir de 2019, gradativamente, todos

Coletiva de imprensa Mauá Bilíngue

os alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental vão contar com, pelo menos, quatro horas aula de inglês por semana, tornando a escola a única no Vale do Rio Pardo e Taquari com esta metodologia. Na Rede Sinodal, algumas escolas já trabalham com esta proposta. Em 2020, os estudantes que ingressarem no 1º ano, já serão inseridos no processo bilíngue, com aulas curriculares e extras no idioma inglês. “Desta forma, em 2022, teremos concluído o processo de implantação, mantendo a sequência para os estudantes do 5º ao 9º ano e após, para o Ensino Médio”, enfatiza Raschen. O projeto será implementado com o quadro atual de professores de Língua Inglesa e ainda com a contratação de novos profissionais da área.

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SALA DE AULA - EDUCAÇÃO INFANTIL

ESTUDO: OS MONSTROS Professoras Luisa e Janiele

O universo infantil é cheio de personagens imaginários que estimulam a imaginação e despertam sentimentos para que as crianças consigam expor e nomear suas emoções, elaborando as dificuldades, enfrentando os perigos e vencendo os medos. Com objetivo de adquirir conhecimento sobre sentimentos e emoções, as crianças do Nível 2/3 estão envolvidas no Projeto Literário com o livro “Vai embora Grande Monstro Verde” do autor Ed. Emberley. Este estudo possibilita e evoca diariamente a manifestação de sentimentos como coragem, medo, alegria, tristeza, desejo, frustação, raiva, calma, através do encantamento provocado pelo personagem do monstro.

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Inicialmente, o grupo foi surpreendido com a visita do monstro na sala de aula, ele contou sua história através de um teatro de sombras e lhes presenteou com livros. Após, aguçados pela curiosidade de conhecer melhor este monstro, fomos atravessar a floresta à procura de mais informações, investigando cada parte da Escola. Com a coleta de materiais, produzimos um texto e escolhemos o seu nome de forma coletiva. Muitos momentos com propostas gráficas e verbais ainda estão sendo realizados para que as crianças consigam relatar o que sentem e avaliar as situações que consideram agradáveis e desagradáveis, favorecendo uma tomada de consciência de si e do outro, aprendendo a lidar com


SALA DE AULA - EDUCAÇÃO INFANTIL

tais emoções. Também foi confeccionado um monstro de maneira individual, com o auxílio da família, e este recebeu um nome e uma identidade própria. A partir da apresentação deste monstro, conversamos sobre a diferença entre o bem e o mal, concluindo que tanto os personagens quanto as pessoas têm sentimentos bons e ruins, porém é necessário identificá-los para elaborar a melhor forma de externá-los. Enfatizar a importância dos sentimentos é possibilitar sua manifestação em diversas situações, considerando que quanto mais oportunidades de vivenciá-los mais autoconhecimento e reconhecimento irão conquistar.

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SALA DE AULA - EDUCAÇÃO INFANTIL

PROJETO CIENTÍFICO “BORBOLETAS” Professora Carlen Swarowsky

Nosso Projeto Científico sobre as borboletas iniciou com uma votação para escolher o tema de estudo e a partir daí as curiosidades foram surgindo. Em sala de aula, criamos um terrário para colocarmos as lagartas, casulos e ovinhos que estavam sendo trazidos pelas crianças. A observação, encantamento e envolvimento das crianças foram constante neste projeto. Conhecer o processo da metamorfose foi enriquecedor, mas infelizmente não conseguimos ver a borboleta se transformando. Quando retornamos das férias, as crianças perceberam que a metamorfose havia acontecido e as borboletas haviam morrido. Neste momento, foi necessário trabalhar a morte e a frustração. No laboratório do Colégio Mauá, conseguimos sanar algumas dúvidas e também ver as borboletas no microscópio. Nosso passeio ao laboratório da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) foi o marco deste projeto, onde conhecemos espécies diferentes e as diferenças entre borboleta e mariposa e também animais empalhados. Os pais também participaram do projeto colaborando com pesquisas, caças a borboletas e auxiliando as crianças nas observações. Com este estudo, aprendemos que as borboletas são muito importantes na natureza, pois elas ajudam as abelhas a polinizar. Foi um projeto que me surpreendeu com o envolvimento das crianças e famílias, tenho certeza que ficará na memória de todos da turma.

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SALA DE AULA - EDUCAÇÃO INFANTIL

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SALA DE AULA - SÉRIES INICIAIS

AUTOCONHECIMENTO, EMPATIA E COOPERAÇÃO ESTAS SÃO ALGUMAS DAS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS QUE TEMOS QUE DESENVOLVER PARA CONVIVER EM SOCIEDADE

Habilidades socioemocionais são um conjunto de habilidades relacionadas às emoções e que nos ajudam a viver melhor, nos auxiliam a saber lidar conosco e a nos relacionar melhor com os outros, na construção de relações mais saudáveis. Elas são exigidas cotidianamente, integrando os processos relacionados a conhecer, a fazer, a ser e a conviver. Esse conceito está sendo amplamente estudado e divulgado por diversos setores como o governo, empresas e sociedade civil. Pesquisas internacionais comprovam a necessidade de construir e aprimorar continuamente as estratégias educativas para o desenvolvimento de competências e habilidades nos alunos. Um dado tem chamado a atenção de especialistas não só da área da educação, mas também da saúde e da economia: alunos com alto desempenho cognitivo apresentaram aspectos socioemocionais bem desenvolvidos. Demonstraram habilidades como organização, foco, perseverança, resiliência, tolerância sendo alguns dos aspectos em que as habilidades socioemocionais possibilitam aos alunos melhores condições para lidar com as situações que vão muito além da vida acadêmica. Para as instituições educacionais, isso não é novidade, porém a implantação das novas políticas educacionais têm orientado a reestruturação dos currículos para que contemplem de forma sistematizada e intencional além dos aspectos cognitivos, também os socioemocionais. No Colégio Mauá estes aspectos já estão incorporados na Proposta Político Pedagógica, e são expressos 12

através de seus princípios, missão e valores. Também estão incorporados nos eixos estruturantes de cada área do conhecimento que articulam conceitos e práticas voltados para um ensino coerente com a formação integral de seus alunos, portanto além de aprender a aprender e aprender a fazer, o aluno também deve aprender a ser e aprender a conviver. Na escola, as crianças ampliam suas experiências nas quais são confrontadas com a realidade social. Costumamos dizer que elas estão “ensaiando”, estão explorando possibilidades e modos de se relacionar e conviver em sociedade. Como ainda não possuem a autonomia completamente desenvolvida, precisam dos adultos para mediar as situações e, das experiências junto ao seu grupo de pares, para assim transformá-las em momentos ricos de aprendizagem.


SALA DE AULA - SÉRIES INICIAIS

Todo o tempo e todos os espaços da escola são repletos de situações desafiadoras, conflituosas e muitas vezes doloridas para as crianças. Pode ser na relação com um colega, quando discordam de algo ou são excluídos de alguma brincadeira. Também pode ser quando o professor não consegue lhe dar a atenção exclusiva conforme desejado, ou até mesmo quando não consegue realizar alguma atividade proposta. Como podemos perceber, são múltiplas as situações em que todos são convocados ou provocados a recorrer às suas próprias habilidades socioemocionais. São os gatilhos do dia a dia, na relação com o outro e até consigo mesmo, que todos são mobilizados e precisam aprender a ter empatia, cooperação, autoconfiança, resiliência, persistência, sociabilidade, tolerância, entusiasmo, sensibilidade, curiosidade, etc. Nos Anos Iniciais percebemos a necessidade cada vez mais latente de promover atividades que possibilitem aos alunos aprender a reconhecer e a lidar com suas próprias emoções e assim se relacionar com os outros. Aproveitando as situações do cotidiano, cada professor desenvolve propostas que vão ao encontro a demanda individual e coletiva de sua turma. São usados diversos recursos, dentre eles o destaque para a literatura infantil, um importante subsídio no qual podemos encontrar, ilustrar e explorar na formação da criança. Também são utilizadas dinâmicas, canções, jogos, atividades plásticas e corporais. Todas são estratégias que têm contribuído de forma significativa e prazerosa nesse processo em que cada criança desenvolve ao seu jeito e ao seu tempo, o autoconhecimento e a autorregulação.

“As crianças aprendem a identificar as emoções e os seus gatilhos subjacentes. Tanto a sua como a do(s) outro(s), e isso lhe possibilita compreender o porquê de algumas situações e reações emocionais. A partir dessa consciência, desenvolve respostas e comportamentos mais adaptativos.” (Paul Ekman, 2003)

DEPOIMENTO DAS PSICÓLOGAS “A partir da escuta sobre as características de cada turma, trabalhamos com os professores no sentido de identificar as demandas individuais de cada aluno e destas, aquelas que podem ser trabalhadas no coletivo. O grupo é fundamental para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, assim como uma importante ferramenta para disparar processos de aprendizagem.”

DEPOIMENTO DA COORDENAÇÃO “Percebemos que os alunos precisam falar sobre os seus sentimentos, sobre as situações que acontecem dentro da escola e que geram conflitos. Precisam escutar o outro, saber o que acontece com o outro, o que pode estar desencadeando determinadas atitudes... Conhecer, identificar e saber nomear os sentimentos têm contribuído no desenvolvimento dessas crianças que aos poucos adquirem o autoconhecimento e autocontrole, construindo suas próprias ferramentas para lidar com as mais diversas situações relacionais.”

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SALA DE AULA - SÉRIES INICIAIS

DEPOIMENTO DE ALUNOS “A história do Monstro das Cores bagunçou todos os sentimentos e a professora chamou os colegas para ajudar a organizar. Cada monstro que apareceu, eu ficava igual, me sentia como ele: se era triste eu ficava triste, quando ficou feliz, eu também fiquei feliz!” Martina Kern Geller

“Eu fiquei nervoso quando tive que descobrir o que tinha dentro da gente. Às vezes, me sinto triste e só. Mas eu me sinto feliz quando brinco com meus amigos.” Estevão Santiago da Silva

“Eu sempre resolvia as coisas com raiva. Agora eu aprendi e treino bastante para controlar essa minha raiva, que nasceu comigo. Mas meus colegas às vezes não sabem que eu já consigo controlar.” Vitor Braga

“Quando a gente tá feliz, tipo quando vamos brincar, a gente se sente como o monstro amarelo. Mas aí, de repente pode surgir o monstro azul porque ninguém aparece pra brincar, e é claro, a gente fica triste. E logo em seguida pode vir o monstro vermelho, porque a gente pode até ficar brabo porque já passou um tempão e não apareceu ninguém, aí a gente fica como o monstro vermelho.” Vitor Figueiredo Bredow

“A alegria é uma emoção muito grande, mas ela cabe no coração da gente!”

OPINIÃO DOS PROFESSORES

Pedro Vicente Furtado

“Eu fiquei pensando nos sentimentos: o preto foi o que eu mais pensei porque eu queria escrever sobre a raiva, mas isso não é uma coisa legal então a mãe me deu uma dica de escrever sobre o medo. E no vermelho até pensei em escrever amor, mas achei muito clássico e escrevi esperança.” Davi Dockhorn Leopardo

“Eu acho que a professora queria que a gente aprendesse a controlar nossa raiva e que quando brigamos com um amigo, saibamos resolver.” Renata Branchi Moreira

“A atividade da teia mostrou que todos precisamos trabalhar juntos, se não, não dá certo.” Rafael Salinos Schuck

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“As situações no cotidiano escolar são repletas de momentos para expressar e reconhecer os sentimentos, que quando organizados se apresentam como habilidades sociais. O professor precisa garantir no espaço coletivo, um ambiente tranquilo e seguro. Assim, a criança vai internalizando esses processos. Através da literatura infantil, construímos pontes com nossas crianças, conversando, conhecendo e nos aproximando do desafio de “ser” humano, desenvolvendo a empatia e a resiliência para relacionamentos respeitosos e repletos de trocas significativas.” “Conhecer, compreender e aprender a lidar com as próprias emoções são processos fundamentais na construção do sujeito. São as primeiras pinceladas na arte da compreensão e do respeito às emoções e sentimentos alheios e que nos levam na direção do outro. São as ferramentas que nos permitem conviver e bem viver em sociedade.”


SALA DE AULA - SÉRIES INICIAIS

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SALA DE AULA - TURNO INTEGRAL

SEMEANDO E CULTIVANDO VALORES NA ESCOLA A escola é um espaço social privilegiado na construção do conhecimento humano. Não há como crescer e se desenvolver cognitivamente se não houver a relação entre as pessoas. É nessa relação humana que os valores tornam-se relevantes. Nós, educadores do Turno Integral, através do projeto “Semeando e cultivando valores na escola” construímos diversas ações a serem utilizadas no convívio do dia a dia. Refletimos junto às crianças a importância da amizade, o respeito e a partilha. Propomos situações para as crianças valorizarem e participarem de brincadeiras, demonstrando atitudes de amizade, cooperação e respeito, sempre visando o bem estar do grupo. Exploramos diversas histórias e filmes que abordaram valores como autoestima, paz, respeito às diferenças, amor ao próximo, amizade e solidariedade. Através da obra O Pequeno Príncipe, os professores do Turno Integral contaram a história através de teatro. Esta foi uma forma agradável de refletir sobre os valores que o ser humano precisa ter em relação a percepção do simples e ao cativar. As crianças dramatizaram pequenos trechos da obra voltadas ao ser e não ao ter. Confeccionaram cartazes, pesquisaram o significado das palavras respeito, amizade, amor, paciência...e apresentaram aos colegas.

OPINIÃO DOS PROFESSORES

Através de jogos, brincadeiras, pinturas, modelagem, músicas e dramatizações refletiram sobre a importância dos bons hábitos e valores que precisamos cultivar no dia a dia. Este projeto foi muito importante e significativo no ambiente escolar, pois as crianças aprendem e recriam aquilo que vivem. Como a Neurociência explica: “As primeiras experiências moldam a arquitetura do cérebro”. Sendo assim a infância é um período determinante, para seu pleno desenvolvimento afetivo e social.

Sabemos que é necessário relembrar nossos alunos diariamente sobre a importância de ter boas atitudes, como valorizar a amizade, respeitar o próximo, ter conhecimento das palavras mágicas e fazer uso destas no dia a dia. Os valores são indispensáveis no convívio social e é de suma importância trabalhar esse projeto desde cedo com os educandos, para que estes levem em sua bagagem os valores necessários para a vida. Criamos dessa forma atividades onde proporcionamos momentos de interações e reflexões, onde buscamos repensar atitudes para desenvolver o respeito à diversidade, à ética, à cidadania e à aprendizagem significativa para a formação de seres humanos conscientes e responsáveis em prol de um convívio social, atrativo para si e para o próximo. Professoras do Turno Integral

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SALA DE AULA - TURNO INTEGRAL

“O Projeto “Cultivando valores na escola”, que está sendo desenvolvido no Turno Integral, neste segundo semestre, tem mobilizado as crianças em prol de um objetivo muito importante: resgatar e cultivar valores essenciais para a convivência diária com o outro e consigo mesmo. A Contemporaneidade nos propõe um ritmo de vida muito acelerado, podemos dizer até “liquido” o que, por vezes, nos impede de praticar gestos fundamentais quando se vive em sociedade, ou seja, gestos simples como agradecer, pedir desculpas, acolher, entre outros. Nesse sentido, ações como estas desenvolvidas no Turno Integral fazem toda a diferença na vida diária dos alunos e de suas famílias, pois elas oportunizam, às crianças o exercícios da escuta e permitem que as mesmas pratiquem ao próximo. As atividades, muito bem planejadas pelas professoras e pela coordenação, levam em conta a faixa etária das crianças, seus interesses e habilidades. Também servem de estímulo, já que a partir delas as crianças têm levado para as suas turmas regulares, bem como para as suas casas os ensinamentos e aprendizados que estão construindo através do Projeto. O respeito pelo outro, a solidariedade, o entendimento amplo sobre o conceito de inclusão e, ainda, o amor ao próximo são aspectos valorizados nas ações desenvolvidas no Turno Integral e contribuem significativamente para o desenvolvimento global das crianças. Percebo claramente o crescimento dos alunos que frequentam o Turno Integral e como eles têm contribuído positivamente na escola. Portanto considero o Turno Integral um espaço de criação constante, de aprendizagens diversificadas e de respeito pelas diferenças. Tudo isso, porque nele temos alunos curiosos e uma equipe docente incansável que sabe muito bem como valorizar a singularidade de cada um que ali está. Parabéns a todos que fazem do Turno Integral um espaço de acolhida, onde se exercita a vontade de saber”. Tatiania Luiza Rech- Responsável pela Talita Alexandra Fagundes dos Santos - T. 936

“Considero muito importante as atividades desenvolvidas no Turno Integral. A minha filha não poderia estar em lugar melhor. No turno Integral ela convive com crianças de idades variadas e isso faz com que ela também aprenda com os colegas mais velhos e respeite as dificuldades dos mais novos. A disciplina, a organização, a colaboração nas atividades e o respeito ao próximo, são exercícios diários. Os valores vivenciados no Turno Integral certamente serão levados para toda a vida. É isso: família e escola falando a mesma linguagem. Parabéns pelo Projeto e pela excelente equipe do Turno Integral!” Isabel Ana Roman - Mãe da Giovana Cristina Minetto – T. 951

“Achamos muito importante este estímulo na escola, cultivar valores e boas maneiras faz as pessoas seres mais humanos e de melhor convivência. Tentamos cultivar esse valores em casa e em conjunto com a escola

Caroline e Everaldo Pozzebon - Mãe da Antônia Pozzebon – T. 922

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS “Eu fiz um cartaz sobre a paciência. Aprendi que ela é necessária até para preservar um amigo e ter boa educação.” Lara Schneider - T. 945

“O respeito é muito importante, por isso respeito meus amigos porque quando crescer vou evitar confusões.” Ana Carolina Araújo Oliveira - T. 936

“Adoro as pessoas que praticam as boas maneiras, porque são educadas. No Turno eu dou bom dia e sempre agradeço pelas atividades legais que a gente faz.” Matheus Kappel de Campos - T. 945

“Aprendi no Turno que devemos tratar as pessoas com o bem, pois vou receber a mesma coisa. O amor que eu der para meus amigos e meus pais eles vão me dar também.” Linda Sarah Fernandes Porto - T. 927

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DEPOIMENTOS DOS PAIS

o resultado com certeza será melhor. A Antônia sempre compartilha conosco o que aprende e o que aconteceu no Turno, está bastante entusiasmada com esse projeto. Ela se sente bem acolhida e gosta muito de ir no Turno”.

“Eu gostei da história dos Meninos Felizes, porque fala que não podemos brigar e sim usar as palavras mágicas, como: pedir desculpa, por favor, muito obrigado. Precisamos sempre nos colocar no lugar do outro antes de fazer alguma coisa.” Yohanna Sabin Linck - T. 911

“Eu gostei quando o Pequeno Príncipe tirou os livros de dentro da mala. Ele contou uma história muito bonita que fala que devemos respeitar as pessoas.” Manuela Beatriz Hermes - T. 041

“A profe leu um livro sobre os valores e depois fizemos um desenho. O nosso desenho virou um Jogo de Memória. Adorei!” Dora Aprato Mendes Ribeiro - Turma 052

“Para ter liberdade é preciso ter responsabilidade. Vou me esforçar muito para ser cientista quando crescer.” Arthur Machado Rodrigues - T. 912

“Gostei muito quando o Pequeno Príncipe tirou da mala a palavra amizade, porque adoro fazer novos amigos.” Arthur Hepp Kroth - T. 052

“Eu sempre digo a palavra por favor e fico feliz.” Gabriela Noy - T. 031

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SALA DE AULA - ENSINO FUNDAMENTAL

MOSTRA DE PROJETOS Aproximadamente 500 alunos do Colégio Mauá (5º ao 9º ano do Ensino Fundamental) apresentaram seus projetos de pesquisa na Mostra de Projetos, evento que ocorreu na manhã do dia 11 de agosto e que contou com a participação de 120 trabalhos. Esta atividade foi a culminância de um processo que se iniciou no primeiro trimestre, quando alunos se organizaram em grupos, selecionaram uma temática de seu interesse e elaboraram um projeto de pesquisa interdisciplinar. No segundo trimestre, os alunos realizaram as suas pesquisas, com a orientação de professores tutores e demais professores das diferentes áreas do conhecimento.

A Mostra de Projetos do Ensino Fundamental II é uma continuidade da Mostra de Projetos já realizada nos anos anteriores com alunos do Ensino Fundamental I. Além do exercício da metodologia científica e do estudo mais abrangente de um tema de interesse dos próprios alunos, a Mostra de Projetos teve como objetivo estimular a prática de projetos colaborativos, exercitar a busca de soluções para problemas da comunidade, bem como aprofundar cada vez mais em nossa instituição a iniciação científica. Realizada como um projeto-piloto em 2018, a Mostra de Projetos do EF II terá continuidade e será aperfeiçoada ao longo dos próximos anos.

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SALA DE AULA - ENSINO MÉDIO

PROJETO LIVRO FORA DA ESTANTE Em 2017, surgiu o projeto “Livro Fora da Estante” da iniciativa dos alunos Guinter Vogg, Louise Gottert, Luiza Etges, Renata do Nascimento, Rafaela Engers, Vanessa Löwenhaupt e Victoria Gaudenzi, então no 2º ano do Ensino Médio. Estes alunos, motivados pelas aulas de literatura da professora Dirce Meinhardt, por seu encanto pelos livros, apoiados e instruídos pela assistente social Sandra Halmenschlager, perceberam a importância da democratização da leitura literária. E, com a certeza de que os livros proporcionam um encantamento mágico e ampliam a visão de mundo, decidiram realizar, na instituição, uma campanha de arrecadação de livros usados para posterior doação. Livros que, posteriormente, foram cuidadosamente contados e separados por faixa etária. Na sequência, foi estabelecido contato com algumas instituições governamentais e não governamentais do município buscando parcerias para o desenvolvimento do projeto. A resposta excedeu às expectativas. Foram selecionados os locais a serem visitados e, até o momento, foram beneficiadas nove instituições: EMEI Santo Antônio, EMEF D. Leopoldina, Casa da Criança, Instituto Humanitas, Centro Marista Boa Esperança, EMEF Bom Jesus, Instituto Crescer Legal, Educandário Thales Theisen, AESCA e Projeto Craques da Bola – Unidade Margarida. No total, foram distribuídos aproximadamente 5000 livros.

personagens, obras, o que favorece um espaço único de partilha e aprendizado coletivo, bem como colabora para despertar o gosto e o interesse pelas leituras oferecidas. Percebendo-se o sucesso não só da campanha, mas também da contação das histórias, o grupo como um todo preocupou-se em estabelecer a continuidade do projeto. Para isso, integrou alunos do 2º ano do Ensino Médio do ano de 2018, visando à ampliação dessa experiência para um maior numero de instituições. “O leitor infantil pode ser muito facilmente envolvido pelo momento de ouvir a história. Pensando nisso, para narrar uma história de forma sedutora, prazerosa e envolvente o contador precisa ser apaixonado pelo mundo da literatura, pois estar comprometido afetivamente com a narrativa é ponto principal, isso porque a história precisa ser contada com sentimento, entrega e partilha.” E é isto que o projeto quer fazer e, da sua forma, já realiza: partilhar sentimentos no encontro livro/leitorouvinte!

Desde a origem do projeto até o presente momento, em todos os dias de entrega de livros acontece uma sessão de contação de histórias organizada pelos próprios alunos, devidamente vestidos de personagens literários, como Emília, Alice, Pequeno Príncipe, a Fada, o Chapeleiro Maluco e o Chapeuzinho Vermelho. Nesse momento, há interação de alunos, 19


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CONCURSO DE ORATÓRIA

Vencedora Laura Mueller Ferreira e Nestor Raschen, Diretor do Colégio Mauá

A boa comunicação é a espinha dorsal da nossa sociedade. Isso nos permite formar conexões, influenciar decisões e motivar mudanças. De acordo com um estudo do sociólogo Andrew Zekeri (2013), “a grande maioria dos graduados universitários observa que a boa comunicação oral é a habilidade número um na construção de relações sólidas no mundo interpessoal e/ou profissional”. Zekeri complementa que as habilidades de comunicação ajudam muito na autoestima, pois tornam o indivíduo mais confiante de suas potencialidades em geral. Pensando nesses bons frutos da boa comunicação, o Colégio Mauá promoveu a primeira edição do Concurso de Oratória, na manhã de sábado, 29 de outubro. O concurso foi proposto originalmente pelo diretor do educandário Nestor Raschen e implementado pelo professor Samuel Machado, responsável pelo projeto Clube do Debate. Sob o slogan “Valorizar a oratória, como forma de crescimento individual”, o concurso foi um sucesso.

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Abaixo a lista dos alunos participantes: • Francisco Grudzinski de Borba (9º ano) • Laura Mueller Ferreira (2º ano do E.M.) • Isadora Sehn Schwingel (2º ano do E.M.) • Lucas More Pereira (2º ano do E.M.) • Ana Carolina de Oliveira Vicosa (2º ano do E.M.) • Ana Clara Hackenhaar Kellermann (2º ano do E.M.) • Guinter Dame Vogg (3º ano do E.M.) • João Ramos Jungblut (3º ano do E.M.)

Os vencedores do concurso foram:


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1º Lugar: Laura Mueller Ferreira (2º ano do E.M.) 2º Lugar: Isadora Sehn Schwingel (2º ano do E.M.) 3º Lugar: Guinter Dame Vogg (3º ano do E.M.)

DEPOIMENTOS DE QUEM PARTICIPOU DO EVENTO “Gostei muito de poder observar meu filho tendo a oportunidade de por em prática conhecimentos adquiridos. Fiquei impressionado com o elevado nível de habilidade dos alunos. Com certeza seu desempenho é exemplo para as gerações mais novas.” Antonio Manoel de Borba Jr., pai do aluno Francisco Grudzinski de Borba

“Concursos de oratória oportunizam adequada comunicação, ampliando e qualificando relacionamentos. No Colégio Mauá, foi uma excelente oportunidade para os alunos exercitarem uma fala bem estruturada e adequada compreensão sobre diversos temas. Foi muito bom ter acompanhado.” Léo Henrique Schwingel, pai da aluna Isadora Sehn Schwingel

“O Concurso de Oratória não consiste apenas em posicionar-se no púlpito e argumentar. É sobre a arte de improvisar. É sobre aprender a respirar fundo e deixar o nervosismo de lado. Só tenho a agradecer por ter feito parte desse momento e esperar pelo próximo.”

“O concurso de oratória foi, de fato, uma experiência extremamente enriquecedora para mim. É o segundo ano que participo do Clube do Debate, que já éuma “aula de mundo” a cada segunda-feira, e pela primeira vez tive a oportunidade de falar em público sobre assuntos que, praticamente, desconhecia antes dos estudos pré-concurso. Para os apreciadores de uma boa argumentação e oratória, o concurso foi uma excelente oportunidade. Vida longa ao concurso de oratória!” Isadora Sehn Schwingel

“O concurso de oratória foi fulcral em meu aprendizado, pois, durante a preparação de minha argumentação e o treinamento de minha prática oratória, desenvolvi habilidades da comunicação interpessoal que não são tão focalizadas em outros âmbitos do currículo escolar, aprimorando-me como um todo.” Guinter Dame Vogg

Laura Mueller Ferreira

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PEÇA TEATRAL “aMEnDOa” Grupo Artuando “É a sirene da alma palpitações de aviso é o mensageiro que invade meu corpo e avisa quando algo vai acontecer é o irmão mais velho do desespero... cuidado para não alimentá-lo demais, se não ele foge do controle, e devora você” Estreou no mês de setembro a peça teatral aMEnDOa, feita pelo grupo de teatro Artuando do Colégio Mauá e dirigida pela professora Simone Bencke. A peça possui como temática principal o medo, que é abordado de diversas formas e fundo poético. A ideia da dramaturgia surgiu a partir do contato que os atores tiveram com um trabalho realizado pela professora Simone com alunos dos sextos anos, no qual deveriam apresentar de forma artística seus medos. Esses trabalhos serviram de inspiração para o roteiro, junto do texto “Natal na barca”, de Ligya 22

Fagundes Telles, bem como os livros “O lado bom dos seus problemas”, de Mauricio Horta, e “O livro dos resignificandos” de João Doederlein. Durante as pesquisas foi descoberto pelo grupo a importância da amígdala, estrutura do encéfalo que é responsável pelo processamento do medo e possui o tamanho de uma amêndoa. O nome da peça surgiu da relação entre as palavras Amêndoa, medo e Ana (moça que foi cobaia de muitas pesquisas por possuir lesão bilateral da amígdala e, por consequência, não demonstrava possuir medos). Por ser uma produção autoral do grupo, foi muito trabalhado a questão da dramaturgia entre os alunos. Cativados pelo estilo intimista, valorizaram na criação de sua obra a simplicidade e o contato mais direto com público. O conceito trabalhado buscou oferecer uma experiência onde tanto atores quanto plateia são transportados para uma atmosfera de temor, que desperta no público uma maior identificação com as temáticas abordadas. O grupo Artuando é composto por Amanda Boettcher, Ana Júlia Baumhardt, Bruna Rodrigues, Camyla Luanne Piel, Débora Solano, Denise Beatriz Berger, Eduarda Filter Schuh, Eduardo Noy Simon, Gabriela Dolianitis Dutra, Guinter Damé Vogg, Guilherme Barbian, Isaac Back, Júlia Raminelli, Karen Farah, Luiza Neumann Bay, Mariana Alge Zanettini Masella, Nycolas Rafael Funk, Pedro Augusto da Fontoura, Rafael Kohn, Roberta Kraether, Samuel Lauschner Lopes.


1º ANO MÉDIO SALA DE AULA - ENSINO

OLIMPÍADA DE QUÍMICA RS Com a orientação dos professores Cassio Silva e Marcia Goettems, o Mauá foi a escola com o maior número de alunos finalistas na 17ª Olimpíada de Química do Rio Grande do Sul, cuja premiação foi realizada dia 29 de outubro. Na competição, que reconhece os melhores estudantes do Estado nas respectivas séries do Ensino Médio, o colégio santa-cruzense teve 14 alunos premiados. “É o reconhecimento de um trabalho

desenvolvido no decorrer de todo ano, que destaca mais uma vez o Mauá no cenário estadual”, destaca o diretor geral, Nestor Raschen. Receberam Menção Honrosa e obtiveram vaga na Olimpíada Brasileira de 2019, os alunos Caio Eduardo Koester Kirst, Felipe Keller e Laura Aggens Schmidt (1º Ano) e Carolina Loebens Hinterholz, Eduardo Baldo Moraes e Heloísa Franke (2º ano). Foram medalhistas e também garantiram a vaga na Olimpíada Brasileira, do 1º ano, Stefani Iasmin Wagner (2º lugar); do 2º ano, Matheus Henrique Griebel (1º lugar), Lucas Moré Pereira (2º lugar), Catharina Hermes Frantz (6º lugar), Lara Gorreis Weigel (7º lugar) e Julia de Moura Valim (8º lugar); e do 3º ano, Guinter Damé Vogg (1º lugar e tricampeão da Olimpíada de Química do RS) e Saul Reis Schuster (9º lugar).

Créditos: Divulgação

SALA DE AULA - 7º ANO

VIAGEM DE ESTUDOS À QUINTA DA ESTÂNCIA GRANDE Com o objetivo de uma abordagem interdisciplinar, envolvendo conteúdos pertinentes ao 7º ano do Ensino Fundamental nas disciplinas de Português, Ciências, Geografia, Inglês, Matemática e História, ocorreu a viagem de estudos à Fazenda Quinta da Estância Grande, no dia 19 de setembro, que proporcionou aos alunos atividades de integração, de observação e de contato com o meio ambiente, bem como com a fauna e a flora relacionados à teoria aprendida em sala de aula. Também, visando uma maior valorização e aprofundamento sobre a história

do Rio Grande do Sul, na busca de um aprendizado prático que aguce a vontade e o prazer de estudar nossas raízes, fizemos atividades relacionadas ao período da Semana Farroupilha.

Professores: Tatiane Ribeiro, Carla Silva, Meline Brum, Jeferson Melo Turmas 971, 972, 973 e 974.

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CLICK MAUÁ

Ernesto Fagundes prestigiou a Semana Farroupilha no Mauá

Colégio Mauá comemora o Tricampeonato da Onase

Aulão de História em comemoração ao Dia Mundial do Rock

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CLICK MAUÁ

Evento de lançamento do Livro do 5º ano

Dia Ex-Aluno do Colégio Mauá - Registro da Turma que comemorou 50 anos de formatura

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GENTE MAUÁ

DO MAUÁ PARA O MUNDO DOS NEGÓCIOS Alto executivo de uma das empresas líderes globais no mercado do tabaco, Alexandre Strohschoen, 49 anos, seguramente é um exemplo de ex-aluno do Mauá com uma carreira profissional bem-sucedida. Alexandre frequentou os bancos escolares do Colégio Mauá de 1976, quando cursou o primeiro ano do Ensino Fundamental, até 1986, ano em que concluiu o Ensino Médio. O primeiro emprego, na Suhma Engenharia e Construções, foi conquistado ainda quando cursava, à noite, o Técnico em Contabilidade no Mauá. Em 1988 ingressou na área da Contabilidade da Meridional de Tabacos, uma das empresas antecessoras da Alliance One. Durante os últimos 30 anos ocupou vários cargos como Auxiliar de Contabilidade, Supervisor de Contabilidade, Gerente de Contabilidade, Controller, Diretor Financeiro, Diretor Financeiro Regional para a América do Sul e Diretor Regional para a América do Sul. Desde o dia 12 de setembro, passou a ocupar o cargo de Presidente da Alliance One International, empresa com um faturamento de aproximadamente US$ 2 bilhões por ano. Desta maneira, ele fixa residência em Raleigh, na Carolina do Norte, Estados Unidos. Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Alexandre possui Especialização em Finanças Empresariais na Fundação Getúlio Vargas e Mestrado em Administração de Empresas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além da qualificação profissional, ele destaca que estudar inglês foi muito importante para a sua ascensão dentro da empresa. “Sem o domínio do idioma certamente não teria alcançado esse crescimento profissional”, argumenta. O executivo considera que o Mauá teve uma contribuição muito importante para a sua carreira. Para ele, foi o início de tudo. “A qualidade do ensino, das instalações, dos professores, que realmente cobravam a matéria dos alunos. Era necessário estudar muito para os testes e provas”, relembra. Na época, o ano era dividido em quatro bimestres e em cada um havia um teste intermediário e a prova bimestral, que era sempre de toda a matéria acumulada desde o início do ano. “A prova do quarto bimestre era sobre o conteúdo do ano inteiro”, recorda. Sobre a atuação dos professores, acredita que todos contribuíram de forma positiva na sua vida e que não seria justo nominar algum em especial. “Todos merecem meu agradecimento”, salienta.

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GENTE MAUÁ

LEMBRANÇAS – Dos tempos em que estudava no

Mauá, Alexandre lembra dos professores, dos amigos e colegas, em especial do espirito de união e camaradagem entre eles. Até hoje tem contato com muitos amigos daquela época, daqueles que moram em Santa Cruz do Sul ou por perto e com aqueles que residem em outras regiões do país e até mesmo no exterior. Ele recorda ainda da mudança da escola do centro da cidade para a atual localização. “Sempre gostei e ainda gosto do barulho da água corrente, por isso brincava próximo ao riacho, como muitos alunos fazem ainda hoje”. Alexandre também tem boas recordações das competições esportivas interséries, que eram disputadas antes da criação do Torneio de Integração atual, com as três equipes, Chaparral, Atlantis e Cometa. “Além disso, tenho orgulho de ter participado da Banda Marcial, também dos festivais organizados pela escola, com várias apresentações dos alunos, que eram realizadas no palco do antigo Cine Vitória e mais tarde no ginásio do colégio”. Mesmo com todas as conquistas profissionais, Alexandre não esquece de destacar o esforço dos seus pais, Almiro Alcides e Normalisa Strohschoen, que mesmo sem as melhores condições financeiras, conseguiram manter os três filhos numa escola particular de elevado padrão. Ele ainda ressalta que, neste quesito, também foi decisiva a contribuição da escola com bolsas de estudo para reduzir o custo das mensalidades.

Turma da 3ª Série

Apresentação Clube Alemão Festival

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FORMANDOS MAUĂ 2018

TURMA 231 - Alana Medina De Freitas, Ana Julia Baumhardt, Arthur Henrique Pagel, Augusto Brito Kothe, Carolina Tais Hermes, Cecilia Fronza Janes, Djenifer Elisa Da Silva, Felipe Manica Herzog, Gabriel Correa Meyer Lawisch, Gabriel Silva De Carvalho, Igor Simianer, Isabela Lazaroto Swarowsky, Joao Gabriel Fritsch, Joao Pedro Wagner Fontoura, Joao Ramos Jungblut, Johvana Da Cruz, Laura Brasileiro Boelter, Laura Carvalho Kessler, Leonardo Vicente Ellert Kroth, Leticia Ines Muller, Louise Marie Gottert, Lucas Rodrigues, Luine Ercolani Konzen, Luisa Borges Hein, Luiza Regina Etges, Marina Avila De Almentes, Matheus Brixius De Almeida, Nicolas Uriel Ramos, Paloma Rogeria Claas, Rafael Augusto Neves Eidt, Rafaela Weber Engers, Rafik Ali Juma Hamid, Renata Jordan Do Nascimento, Rubia Crestani, Tiandra Kolling Lersch, Vanessa Halmenschlager Lowenhaupt, Victoria Behar Gaudenzi, Yuri Vinicius Sehn e Nathalia Ziebell Paredes

Turma 232 - Amanda Regina Matte, Antonio Barbosa Boemeke, Bernardo Petry Rieger, Bernardo Sari Kich, Bruna Ramalho Abbatepaulo, Camila Giovana Da Silva, Camilo Gonzatti Pedro, Carolina Ferreira Franck, Caroline Zanette, Debora Solano, Denise Beatriz Berger, Diego Henrique Nyland, Eduarda Thais Nyland, Elias Augusto Schaefer, Gabriela Dolianitis Dutra, Gabriela Kohler Mainardi, Guinter Dame Vogg, Isabella Meininger Faccin, Isadora Ricachenevsky Leonardo, Jessica Dos Santos, Joao Henrique Weiss, Julia Carolina Budde, Julia Winck Guimaraes, Karen Farah, Layane Oliveira Da Silva, Leticia Carvalho Ourique, Lorenzo Scanavino Machado, Louise Marion Schoenherr, Luis Felipe Heinen, Mario Alberto Assmann Kist, Pedro Gabriel Cerentini, Pedro Wenzel, Rafaela Taina Steffens Rodrigues, Renata Manzke, Renata Mayra De Almeida, Saul Reis Schuster, Sofia Kothe Lauschner, Sophia Menezes Fernandes, Tales Katzer Segatto, Yasmin Kohler e Zuofeng Ding

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