Revista do Colégio Mauá - Junho 2018

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Índice

OPINIÃO

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SALA DE AULA

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CANTINHO DA BIBLIOTECA

A Revista do Colégio Mauá é uma publicação semestral desta instituição, integrante da Rede Sinodal de Educação. MANTENEDORA: Sociedade Escolar Santa Cruz DIRETOR GERAL: Nestor Raschen VICE-DIRETOR GERAL: Mártin B. Goldmeyer COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: Maristela Fortuna, Cláudia Kniphoff Kroth, Maribel Carvalho, Waldy Lau Filho e Rafael Fetter CONSELHO EDITORIAL: Nestor Raschen, Mártin B. Goldmeyer e Ana Cristina Santos TEXTOS: Four Comunicação, professores, alunos e colaboradores PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Elefante CW FOTOS: Banco de imagens do Colégio Mauá ILUSTRAÇÕES: www.freepik.com IMPRESSÃO: Lupagraf TIRAGEM: 2.000 exemplares JORNALISTA RESPONSÁVEL: Ana Cristina Santos MTb-RS 9072 COLÉGIO MAUÁ - RUA CRISTÓVÃO COLOMBO, 366

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INTERCÂMBIO

ATIVIDADES EXTRAS

PALAVRA DO DIRETOR O Colégio Mauá está comemorando 148 anos de existência. É motivo de júbilo por esta linda história. Como Instituição sintonizada com seu tempo, estamos promovendo mudanças na revista Mauá. Queremos, através dela, apresentar a nossa proposta pedagógica para toda a comunidade, partilhando reflexões e práticas. A revista trará sempre contribuições de professores, alunos, pais e mães em torno de nossas práticas como forma de integração família e escola. Muitas foram as realizações neste semestre e aqui apresentamos apenas algumas delas dentro do espírito de compartilhar saberes dos diferentes públicos de nossa escola. Na página de opinião, trazemos a contribuição de nossa ex-aluna e escritora Lia Luft. Boa leitura!

FONES: (51) 3711-2144 / 3056-8300 MAUA@MAUA.G12.BR FACEBOOK.COM/COLEGIOMAUA INSTAGRAM.COM/COLEGIOMAUA

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Prof. Nestor Raschen Diretor Geral


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GENTE MAUÁ

MEIO AMBIENTE

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

OPINIÃO

NÓS, OS EQUILIBRISTAS Lya Luft, escritora Texto publicado no Jornal Zero Hora, no dia 7 de abril de 2018

O que eu imaginava ser a maravilhosa liberdade de ser adulto revelou-se uma série de escolhas. Quem nunca tentou ou ficou mesmo se equilibrando em cima de um muro estreito, e alto, ou até num arame emocional, mental, econômico ou físico? Dificilmente, alguém escapou disso, ainda que em curto período da vida, um momento que fosse. Quando menina, na minha amada escola (o Colégio Mauá, em Santa Cruz), os exercícios físicos na hora da então chamada ginástica eram, às vezes, arriscados. Caminhar sobre uma trave, eventualmente colocada beeeem alto, por exemplo, era quase impossível para quem, como eu, sem ninguém saber, tinha nascido com um problema que lhe dificultava um equilíbrio mais preciso. Eu treinava em casa, no pátio, nas beiradinhas de alguns canteiros do jardim ou da horta, muretinhas muito baixas, que me deixavam mais confiante, mas não mais bem-sucedida. Mais tarde, eu aprenderia que na vida também andamos em círculos, ou às tontas, ou afundando, ou voando, ou, mais vezes, precisando achar equilíbrio: amo ou detesto? Cumpro ou desobedeço (minha opção preferida quando jovenzinha)? Finjo por cortesia ou sou realista? Sigo meu sonho e fico olhando as nuvens deitada na grama ou vou para o quarto fazer o tema? Obedeço à mãe e apago a luz do abajur ou boto um casaco diante da fresta da porta e fico com meus amigos livros até o sono de verdade vencer... quando já se escutavam na rua os cascos dos cavalos

da carrocinha do verdureiro, do leiteiro, ou, mais cedo ainda, o incrivelmente consolador canto dos primeiros galos – e eu seguia, mentalmente, os lugares de onde um chamava, outro respondia, mais outro... Tenho pensado nessas opções, que se tornariam muito mais graves e difíceis com o correr do tempo: o que eu imaginava ser a maravilhosa liberdade de ser adulto revelou-se uma série de escolhas, crescer era assumir mais responsabilidades. Mais ou menos me adaptei, e aos trancos e barrancos vim até onde estou hoje, filhos criados, netos amados, nascimentos felizes e mortes difíceis, mais livros escritos do que seria aconselhável, algumas telas pintadas, viagens, experiências, amizades maravilhosas, decepções agudas, calmarias fugazes, enfim, tudo o que cabe numa vida humana. E quando reviso na memória ainda muito eficiente alguns momentos desse percurso, vejo quantas vezes precisei, com ou sem sucesso, andar em cima daquela trave dos tempos de escola, ou até de um espantoso arame emocional, daqueles de circo sem rede embaixo. Muitas vezes, fracassei: em algumas, consegui. E hoje, nestes dias todos, nós, o país inteiro, seja de que lado for – se é que ainda sobrevivem esses conceitos maniqueístas bastante burros (na minha opinião de mera ficcionista) –, estamos numa altíssima mureta, quase um arame ou cabo: um pouco de sensatez vai fazer bem. Bastante humildade, idem. Algum realismo, melhor ainda. Desejo de paz, acima de tudo, para que se possa começar a construir, em vez de querer escapar para outras terras onde sempre seremos estrangeiros. Meu amor pela minha pátria perdurou e cresceu desde quando, menina do interior, eu me emocionava às lágrimas nos feriados cívicos, cantando o Hino Nacional, cheia de confiança e fé: salve lindo pendão da esperança. 3


CANTINHO DA BIBLIOTECA

A VERDADE EM PRETO E BRANCO de Antônio Schimeneck

No primeiro trimestre, entre as leituras indicadas aos alunos dos nonos anos, as turmas dedicaram um tempo para desvendar os mistérios da obra de Schimeneck. A verdade em preto e branco é uma novela juvenil que narra a peculiar história de Dona Mercedes, uma senhora que visita seu “falecido” marido e aguarda o dia em que o jazigo estará pronto para, finalmente, ver o corpo de seu companheiro descansar em um lugar muito bem arquitetado. Entretanto, entre idas e vindas, a história ganha outros caminhos. Roberta, uma estagiária do Jornal da cidade de Vale Santo, espaço principal da obra, constrói uma doce amizade com Dona Mercedes. No fim, o morto não está morto, a verdade é, mesmo, uma mentira, e o fim é surpreendente. E os nonos anos? Bem, entre curta-metragem, adaptação da obra para o público infantil, telejornal, revista, jornal e programa de rádio, os alunos provaram que, quando a leitura é realizada com olhos críticos, o resultado é, no mínimo, interessante.

Exigiu do nosso grupo bastante criatividade. “O processo de adaptação do livro Verdade em preto e branco, de Antônio Schimeneck, para revista, exigiu do nosso grupo bastante criatividade, tempo e conhecimento. Admitimos que não foi uma tarefa fácil, pois exigiu a participação de todos os membros do grupo. Além de trazer um breve resumo dos personagens e depoimentos de outros leitores, a revista fez com que nós pudéssemos aprofundar mais e ter outra visão sobre a história. Apesar de diversas dificuldades, concluímos o trabalho com sucesso e conhecemos mais a narrativa e o autor da obra.” Arthur Weiss, Manuela Deecken, Melissa Löwenhaupt, Rafaela Peiter e Vitória Lüdke – T. 992

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CANTINHO DA BIBLIOTECA

“Neste trabalho, fizemos um telejornal sobre o livro obrigatório Verdade em preto e branco, de Antônio Schimeneck. Ao realizá-lo, tivemos grandes dificuldades, mas com muita coordenação conseguimos desenvolver a atividade. Primeiramente, fizemos um roteiro e o utilizamos para nos guiar durante as cenas. Dividimos o trabalho em quatro partes: a entrada, a primeira entrevista, a segunda entrevista e o término do programa. Após, gravamos todas as cenas, organizamos o material e editamos o telejornal.”

Fizemos um telejornal.

“Fazer um curta-metragem foi uma experiência muito interessante, que nenhum de nós tinha tido antes. Não sabíamos muito bem por onde começar, porém, nossa experiência com o teatro facilitou bastante a organização do roteiro. Fazer um filme é um processo trabalhoso e que leva tempo. Para fazer o curta, de mais ou menos oito minutos, trabalhamos em torno de seis horas, sem contar o tempo de edição e organização do roteiro. Sem muita concentração e união não seria possível concluir um trabalho bem-feito. Qualquer erro de atuação ou de filmagem exige que toda a cena seja gravada novamente, algo que requer muita paciência. Contudo é um trabalho que julgamos de grande importância para a aprendizagem de qualquer um.” Isabela Gomes, João Gabriel Voese, Juliana Lersch e Lucas Hammes - T. 993

Luiz Felipe Ramalho da Silveira, Matheus Chabat da Silva, Pâmela Gralow e Heloísa Bauermann - T. 994 - T. 994

Uma experiência muito interessante.

O primeiro passo foi organizar. “Ao recebermos a proposta do trabalho, o primeiro passo foi organizar um rascunho com as principais informações da obra A verdade em preto e branco. O roteiro também incluía elementos como notícias não relacionadas ao livro, músicas e um ‘Oi, pessoal!’; tudo para passar a sensação de um programa de rádio, mesmo. A rádio Phoenix! A ideia não era contar a história do livro e, sim, fazer como se estivéssemos dentro da narrativa e fôssemos os radialistas da cidade de Vale Santo. O processo de confecção do trabalho nos proporcionou um melhor entendimento das práticas usadas para apresentar o programa de rádio e nos ajudou a entender melhor o desfecho da história.” Arthur Thomaz Reck da Costa, Ana Luísa Simões Carpinter, João Guilherme Schneider de Camargo e Natália Silva Machado – T. 991

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CANTINHO DA BIBLIOTECA

Eu gostei!

Cinthia Holmes & Watson e suas incríveis descobertas de Christiane Gribel Neste ano, o Projeto literário do 4o ano está dedicado à coleção Cinthia Holmes & Watson, que é composta de três títulos e narra as aventuras de uma menina e seu hamster. Juntos, eles desvendam muitos mistérios e encaram várias aventuras. As histórias remetem ao clássico personagem Sherlock Holmes, que era famoso por sua astúcia e inteligência. A partir da leitura da coleção, as turmas produziram trabalhos escritos, orais e artísticos.

Artur Pocebon Manzke T. 941

“Eu gostei porque a personagem quer ser detetive, adora mistérios e tem um hamster que ajuda ela. Estou muito curioso para saber o que ainda vai acontecer.”

Extraordinárias Mulheres que Revolucionaram o Brasil

Leitura extremamente necessária.

de Duda Porto de Souza e Aryane Cararo “Muitas mulheres, tanto adultas como crianças, buscam inspiração em outras mulheres, pois geralmente compartilham dificuldades ou sonhos similares. No entanto, muitos desses exemplos habitam o cenário internacional. Devido a isso, há um distanciamento que faz a jovem brasileira desacreditar em si mesma ou nos seus objetivos, pois sabe que a situação em que sua inspiração se encontrava era diferente da sua realidade. Para reverter esse quadro e encorajar mais meninas a acreditarem em seu potencial, Duda Porto de Souza e Aryane Cararo escreveram o livro Extraordinárias Mulheres que Revolucionaram o Brasil. Essa obra traz várias brasileiras que foram pioneiras ou receberam destaque nos mais diversos setores da sociedade. Nesse livro, o leitor terá referências de mulheres que conquistaram seu espaço tanto na guerra quanto na escrita, tanto nas ciências, quanto nas artes ou no

Nuno descobre o Brasil

de Marcus Aurelius Pimenta e José Roberto Torero “Gostei muito desse livro porque o autor misturou história real com comédia e conseguiu explicar como era a vida dentro das embarcações na época de 1500. Recomendo essa obra, pois é o diário de um grumete e mostra como era difícil a vida de Nuno, um menino que ficou órfão muito cedo e teve de aprender a ‘se virar’ sozinho.”

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Débora Solano T.232

esporte. Mesmo que algumas delas não sejam tão conhecidas, não são menos importantes, pois isso só mostra que foram tão a frente de seu tempo que a história não quis retratá-las por temer que mais jovens semelhantes a elas ganhassem voz. Enfim, Extraordinárias mulheres que revolucionaram o Brasil é leitura extremamente necessária a todos que lutam por um mundo mais justo e igualitário.”

Gostei muito desse livro!

Rafael Thaddeu Gassen T. 952


SALA DE AULA

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SALA DE AULA - 1º ANO

Geralmente, nos atentamos para os estudos e pesquisas que mostram como as crianças aprendem a ler e a escrever, procurando saber os melhores métodos e caminhos a seguir para a apropriação da língua escrita. No entanto, uma das melhores evidências dessa fantástica transformação e aprendizagem se dá justamente no cotidiano em que as crianças estão vivenciando esse processo de alfabetização. Tanto o ambiente familiar como o cotidiano escolar são repletos de relatos e práticas infantis reveladoras do ponto de vista da criança e a sua perspectiva diante da aventura de aprender a ler e a escrever. Na tentativa de captar a visão desses pequenos aprendizes para esta reportagem, as professoras lançaram algumas perguntas referentes a como se aprende a escrever:

AS NARRATIVAS DAS CRIANÇAS “Eu aprendi a escrever fazendo o som das letras. O ‘T’ faz o som ‘tâ, tâ, tâ’. Se a gente não escrever nada, ninguém vai saber o que é para entender.” João Gabriel Canez Huve

“Eu só fui escrevendo, eu não aprendi… A gente precisa aprender a escrever porque senão a gente não sabe nada!” Luisa Rohde dos Santos

“Eu peguei o livro de matemática da minha mãe e comecei a ler. Eu sabia o som de algumas letras ‘B’, ‘D’... É importante ler porque se tu é alérgico a alguma coisa tu vai lá e lê. Tem uma placa que está escrito ‘PARE’ e daí tu não sabe ler e vai lá e tem um animal selvagem… Eu fiquei mais esperto depois de aprender a ler e escrever.” Guilherme Kardauke Bugs

“Minha mãe me ensinava palavrinhas, W é de Wilma e V de violão, P é de pai… Acho importante ler e escrever, eu sei mais das coisas. Se tem um nome de uma coisa, daí eu leio.” O resultado? Depoimentos muito significativos, narrativas de crianças que aos 6/7 anos demonstram um entendimento singular, mas também as expectativas sociais e culturais das quais fazem parte.

Leonardo Waechter Vaz

“Aprender a escrever é legal, porque quando eu ser grande, quero ensinar o meu filho e os amigos que não sabem ler e escrever.“ Leonardo Ferri Oliveira

“Agora que eu já sei escrever, não preciso mais pedir tudo para o meu pai, minha mãe ou minha avó.” Bernardo Augusto Dias

“A gente escreve e depois tenta ler. Eu fazia a letra flutuando, não encostava na linha. Então aprendi a escrever, aprendi a juntar as letras, primeiro eu não entendia que ‘C’ com ‘A’ dá ‘CA’. Agora eu sei escrever, eu entendo as coisas, antes eu não entendia direito.” Valentina do Amaral dos Santos

“Se escrevemos errado a nossa assinatura, não vamos poder fazer algumas coisas na vida. Eu brincava muito do jogo da forca e então eu fui aprendendo a escrever. Foi assim! Meus pais ficaram muito felizes quando eu aprendi a escrever, eu comecei a escrever de tudo!” Leonardo Deretti Fracasso

“ Ler é um exercício para a mente.” Manuela Frantz Wergles

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SALA DE AULA - 1º ANO

DEPOIMENTO DOS PAIS Acompanhar o encantamento do nosso filho com o processo de descoberta do mundo da leitura e da escrita é uma vivência marcante. Ao mesmo tempo que oportuniza momentos de troca e novas experiências, nos transporta em pensamento a um tempo passado muitas vezes adormecido. Eis a nostalgia de um tempo que sem dúvidas nos constituiu, e faz com que hoje reconheçamos em nossos filhos a criança que ainda habita em nós. Vivenciar a frustração do “não saber” e em seguida a plenitude da conquista, faz com que o sentimento de confiança em suas capacidades vá se fortalecendo. Saber ler e escrever em nossa casa, faz de Leonardo um ideal ainda maior para seu irmão Lorenzo, dando a ele a certeza de que crescer, embora muitas vezes pareça difícil, é certamente gratificante!” Luciana Deretti e James Fracasso, pais do aluno Leonardo Fracasso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS O processo de alfabetização nada tem de mecânico, do ponto de vista da criança que aprende. A criança se coloca problemas, constrói sistemas interpretativos, pensa, raciocina e inventa, buscando compreender esse objeto social particularmente complexo que é a escrita, tal como ela é na sociedade. Desde que nascem são construtoras de conhecimento. No esforço de compreender o mundo que as rodeia, levantam problemas muito difíceis e abstratos e tratam, por si próprias, de descobrir as respostas para eles. Estão construindo objetos complexos de conhecimento e o sistema de escrita é um deles. “Reflexões sobre Alfabetização”- Emília Ferreiro

Quando alguém se alfabetiza, percorre uma longa trajetória à qual é dado o nome Psicogênese da Alfabetização. A psicogênese é uma sequência de níveis de concepção dos sujeitos que estão aprendendo. Cada nível é constituído por um conjunto de condutas, determinado pela forma como o sujeito vivencia os problemas num determinado processo de aprendizagem. Emília Ferreiro define quatro níveis: PRÉ-SILÁBICO; SILÁBICO; SILÁBICO ALFABÉTICO; ALFABÉTICO.

RELATO DOS PROFESSORES

Acompanhar as crianças na incrível descoberta do mundo da escrita e leitura é uma aventura fascinante! Estar junto, amparando, acompanhando e intervindo pedagogicamente para que avancem em suas hipóteses, exige um olhar atento e observador a fim de criar um vínculo que possibilite trocas e construção de conhecimento. As crianças trilham o caminho que a humanidade percorreu no processo de registro da história da escrita. Neste sentido, é muito importante desenvolver o desejo de aprender, este impulso que proporciona sentir a necessidade de encontrar soluções e mobilizar a ação na busca de estratégias. Trabalhar com o uso social da escrita garante uma aprendizagem dinâmica e possibilita reflexões reais acerca da estrutura do código alfabético para a posterior comunicação e expressão na linguagem escrita. O trabalho com jogos e desafios envolvendo as rimas, bem como com palavras que iniciam com o mesmo som, favorecem a análise e construção da consciência fonológica, possibilitando explorar as sílabas, palavras e frases numa complexificação do processo. O grupo e sua heterogeneidade contribuem para esta missão, garantindo exemplos de crianças que dominam o processo e outras que estão a caminho, possibilitando intercâmbio e comparações que mobilizam conflitos e consequentemente novas construções (acomodações, trabalhando com a zona de desenvolvimento proximal). É fundamental respeitar o ritmo de cada criança, permitindo que sinta-se à vontade para escrever diariamente na escola, valorizando suas conquistas e encorajando a ir adiante. Necessário se faz controlar a ansiedade do adulto em acelerar o processo, além de eventuais comparações com colegas. Valorizar a escrita e reconhecer sua função social, permite um trabalho coerente com os princípios de alfabetização e letramento.

“Didática da Alfabetização”- Esther Pillar Grossi

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SALA DE AULA - 2º ANO

PASSAPORTE DA LEITURA Um dos grandes desafios da escola é fazer com que a criança perceba e compreenda a importância de ler de forma compreensiva e reflexiva. As crianças iniciam o 2º ano do Ensino Fundamental já inseridas no universo dos códigos escritos e a apresentação de obras literárias de qualidade auxilia e incentiva na formação de leitores. “Se a criança não lê é porque não lhe estão contando a história ou não lhe estão apontando caminhos para o desfrute de bons e belos textos... Que existem (tantos...) e são fáceis de achar... Literatura é arte, literatura é prazer... Uma das atividades mais fundamentais, mais significativas, mais abrangentes e mais suscitadoras de tantas outras é a que decorre do ouvir e do ler uma boa história…” Fanny Abramovich

Seja por prazer, para estudar ou informar, o contato com os livros organiza o pensamento, além de favorecer na escrita correta das palavras. Esse pensamento organizado favorece a interpretação, dinamiza o raciocínio além de ampliar o repertório criativo. Assim, convidamos as crianças a viajar no mundo da imaginação e, para isso, todas deveriam ter seu documento oficial: o Passaporte da Leitura. De forma rápida e dinâmica, de maneiras variadas e com escrita espontânea, a criança registra as histórias que leu ou ouviu na escola e em casa. Essa proposta não idealiza que a criança realize uma ficha de leitura com todos os dados do livro, mas sim que, em cada livro, algo possa ser registrado (um desenho, uma parte, palavras...) além do título, nome do autor e a pintura da carinha que define o que a criança sentiu ao ler.

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS “Gostei muito do Passaporte da Leitura, pois ele faz lembrar as passagens mais bonitas dos livros junto com seus personagens. Sempre é bom revisar o passaporte para lembrar das historinhas legais que eu li com a minha família.” Lavínia Celeste Pacheco

“Eu gosto muito de fazer o Passaporte da Leitura, eu me sinto mais curioso, um herói, mais inteligente na hora da leitura e desperta mais a minha imaginação.” Valentin Espinoza Rojas

“O Passaporte da Leitura, pra mim, é complicado de preencher. Mas também é muito legal, uma ótima ideia porque nos ajuda a lembrar do livro que nós lemos.” Laura S. Klemm de Anastácio

“Eu amo realizar essa tarefa do Passaporte da Leitura porque eu posso escrever a história do livro do meu jeito.” Marcos Strelow Lupatini

“Dá muito trabalho para fazer o Passaporte. Tem tema, tem lanche e eu tenho que arrumar a minha cama. Mas obrigado, o Passaporte é legal, só que dá trabalho!” Alex Propp Perotto

“Eu me sinto muito feliz na maioria das minhas viagens e sempre vou esperar uma nova e bem legal!” Maria Fernanda Hartel Susin

“Bom, eu sinto cansaço, dor nas costas, sono, dor nos braços e formigamento nos pés. Mas... as coisas boas, são a criatividade, felicidade e eu me sinto um pouco mais zen.” Eduarda Lima de Oliveira

“Sinto que uma parte do livro é minha, como se eu fosse um pouco autora.“ Laura Garcia de Garcia da Silva

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SALA DE AULA - 2º ANO

DEPOIMENTOS DOS PAIS “Além da função de registro das leituras, o Passaporte familiariza a criança com o nome dos autores, retoma o tema central da história lida, personagens e pontos altos da narrativa. Inevitavelmente, ocorre a dinamização da leitura, promovendo bate-papo entre pais e filhos, gerando situação afetiva importante vinculada ao livro e ao momento familiar que torna a leitura uma memória prazerosa”. Luis Carlos Rehbein, pai do Lucas Rodrigues Rehbein

“Consideramos o Passaporte da Leitura um projeto criativo e de grande valor de aprendizado, uma vez que incentiva, de maneira lúdica, as crianças a lerem. É uma forma de viajar no mundo dos livros, sendo possível registrar momentos importantes através das anotações e desenhos, uma forma de resumo da obra que auxilia na memorização”. Walkíria Keller Celeste, mãe de Lavínia Celeste Pacheco

“O Passaporte da Leitura foi o clique que faltava, foi o despertar para o interesse pela leitura que tanto esperávamos e estimulávamos e que estava acomodado em nosso filho. Naquela segunda-feira, incrivelmente o Passaporte da Leitura fez com que Vinícius, prazerosamente, lesse o livro para registrar, separou livros e assim segue…” Regina Pereira Andreatta, mãe do Vinícius Andreatta Pereira

“Belíssima iniciativa, que desperta ainda mais o interesse do aluno para com a leitura, reportando-os à magia da história sendo contada, para no final de cada livro lido, poder se expressar dando a sua opinião e ilustrando com lindos desenhos”. Andréia Ranzi, mãe da Antonella Ranzi Bertol

“Ao registrar no Passaporte detalhes dos livros lidos, a criança reforça seu conhecimento adquirido com a leitura e tem a chance de reavaliar sua impressão literária, tornando-se cada vez mais crítica com o que aprende e com os livros que escolhe”. Karine Dockhorn Leopardo, mãe do Davi Dockhorn Leopardo

“Estamos muito felizes com esse trabalho porque incentivamos a leitura para nossos filhos. Com o Passaporte da Leitura conseguimos identificar o tipo de histórias que o Rafael desperta interesse. Parabéns! Adoramos esse momento”. Diva e André Schuck, pais do Rafael Salinos Schuck

DEPOIMENTO DAS PROFESSORAS Ler é uma atividade que traz uma série de benefícios, tanto para saúde física, como também para a mental. A leitura amplia o vocabulário, estimula a imaginação, a criatividade e desenvolve a memória visual, facilitando a escrita e melhorando a gramática. Através do Passaporte da Leitura, queremos despertar o prazer de “viajar” na leitura, proporcionar a ampliação do vocabulário, concentração e atenção para a formação de leitores críticos e reflexivos.

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SALA DE AULA - 3º ANO

DESPERTANDO A CURIOSIDADE Curiosidade, de acordo com o Dicionário Aurélio, é o “desejo de ver, saber, informar-se”. A curiosidade nos move em busca de novas descobertas, não tem hora nem lugar para acontecer. Sem curiosidade, Isaac Newton nunca teria formulado as leis da física, Alexander Fleming, provavelmente, não teria descoberto a penicilina... Crianças são curiosas por natureza. Ainda bebês, começam a descobrir o mundo e não param mais. E quando estimuladas, a capacidade de aprendizado delas será potencializada. Por isso, é importante que elas tenham espaço para perguntar e descobrir coisas novas. Pesquisas recentes mostram que a curiosidade é tão importante quanto a inteligência e que ela prepara o cérebro para a aprendizagem. Quando a curiosidade dos alunos é aguçada, é registrado um aumento da atividade no hipocampo, que é a região do cérebro envolvida na criação de memórias. Também o circuito do cérebro que está relacionado a recompensa e prazer é estimulado. Incutir nos alunos um forte desejo de conhecer e aprender alguma coisa, sabendo que a curiosidade pode tornar o aprendizado uma experiência gratificante para eles, é o que motiva os professores dos 3os anos do Ensino Fundamental do Colégio Mauá no projeto “Hora das Curiosidades”, um momento onde cada criança pode pesquisar um assunto de seu interesse para depois apresentá-lo ao grupo de colegas, o que mobiliza e desenvolve diversas habilidades nos estudantes: na oralidade, na pesquisa, na leitura, na investigação, ...

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS “Quando chegou a hora das curiosidades, fiquei muito nervosa porque pensei que a turma não gostaria do trabalho. Parecia que minha cabeça iria explodir. Mas foi muito legal fazer a pesquisa e apresentação sobre a vida dos coelhos. Quando apresentava, pra mim, não eram só os colegas que estavam aprendendo, mas eu também”. Valentina Roseak Cruxen

“Eu gostei muito de aprender sobre porco-espinho e eu vi que todo mundo da turma pesquisou muito sobre o assunto do seu trabalho. Gostei de poder explicar e responder as perguntas feitas pelos colegas, também gostei de fazer perguntas para os colegas para saber se meu pensamento estava certo, e todos os trabalhos apresentados foram legais!” Henrique Krug Dettenborn

“No começo eu fiquei nervoso ao saber que tinha hora da curiosidade e quando a professora falou que podia fazer em dupla. Eu logo convidei a Helena e quando eu cheguei na minha casa e fiquei nervoso e fiquei falando: ‘E se eu falar errado? E se ficar feio o cartaz?’ Então, passou os dias e chegou a hora de eu e a Helena apresentar. A gente estava muito confiante e no final deu tudo certo e eu fiquei muuuuito feliz!” Caio Bernardi Pereira

“A hora da curiosidade foi uma ideia muito legal da professora. Eu adorei poder escolher o tema junto da minha colega Rafaela, gostei muito de pesquisar sobre porquê o sol existe e de fazer cartaz e as lembrancinhas que entregamos para nossos colegas. Na hora da apresentação, fiquei muito nervosa e fiquei, ao mesmo tempo, muito feliz porque eu nunca tinha apresentado para minha turma um assunto que eu e minha amiga Rafaela tínhamos curiosidade”. Laura Bernhard May

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SALA DE AULA - 3º ANO

DEPOIMENTOS DOS PAIS “Adoramos a oportunidade, dada pelo colégio Mauá, para que o aluno optasse por um assunto do seu interesse, instigando a curiosidade e vontade de aprender e ensinar, sobre temas que realmente os encantam. A elaboração da apresentação foi riquíssima em ganho de conhecimentos, experiência e interação entre os colegas. Com certeza, podemos afirmar que esse trabalho ficará, para sempre, registrado na sua história!” Aline Inês Sehn Torres e Maurício Pereira Torres, pais do aluno Davi Torres

“O tema vulcão foi uma escolha da Júlia, pois é um assunto que sempre teve curiosidade. Ela esteve muito empolgada durante toda a preparação do trabalho. Como havia aprendido nas aulas de informática, na escola, a preparar slides no Power Point, juntamente conosco, construiu os slides para a apresentação em aula. Foi muito gratificante para mim orientá-la sobre a construção de um trabalho. Onde primeiro fizemos a pesquisa do tema, em diversos materiais (internet, livros, vídeos,...), organizamos as informações, imagens, curiosidades e digitamos. Fiquei muito orgulhosa ao vêla diversas vezes estudando o tema e a maneira em que apresentaria o trabalho aos colegas.” Jennifer Eichstatt, mãe da aluna Julia Amanda Fischborn

“Quando Vinícius chegou com a proposta, ficamos mais preocupados do que calmos. Afinal, a tarefa era algo novo. Mas desafiador. E aprendemos, junto com ele, que enfrentar e vencer desafios faz parte de aprender.” Fernanda Felten Ribeiro e José Renato Ribeiro, pais do aluno Vinícius Felten Ribeiro

“Foi uma iniciativa muito interessante, pois despertou o interesse pela pesquisa. Foi gratificante ver nossa filha e sua colega pesquisando, dividindo o que iriam fazer e como iriam fazer. As dúvidas iam surgindo e sendo solucionadas no decorrer do trabalho. O nervosismo com a apresentação e a felicidade de ter conseguido e ter dado tudo certo são sentimentos que fazem ela crescer e nos deixam muito felizes.” Thais Wilke Bernhard e Jeferson May, pais da aluna Laura May

“Trabalhos de pesquisa como estes, onde foi dada a oportunidade de pesquisar qualquer assunto, instigam a curiosidade e afloram o talento individual, direcionam e mostram qual o interesse de cada aluno. Uma apresentação em público, mesmo que seja dentro da sala de aula, quebra medos, libera a timidez e aguça o pensamento. Uma iniciativa que tem de ser mantida, estimulada e repetida no decorrer do ano”. Farid e Raida Abed, pais do aluno Farid Abbas Abed

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SALA DE AULA - 4º ANO

UMA ENCANTADORA SINFONIA A música é essencial para o desenvolvimento das pessoas, pois com seus elementos de ritmo, melodia e harmonia, integra o sujeito em um mundo sonoro capaz de proporcionar, por meio das atividades musicais, seu desenvolvimento global.

Nesta ocasião, os alunos foram recebidos pela Diácona Vivian que falou da igreja, sua construção, reforma e acústica. Tocaram flauta e ouviram e viram o funcionamento do órgão de tubos, que foi demonstrado pelo Pastor Márcio Trentini.

Por isso, aprender a tocar um instrumento musical permite mais que produzir sons, permite a interação da criança, consolidando uma das formas do desenvolvimento criativo, ético, estético e cognitivo do ser humano.

As turmas do turno da tarde fizeram a mesma visita que o turno da manhã, com a participação das crianças do Projeto Alegria e Esperança, que acontece na Igreja Evangélica todas as semanas, mantido pelas senhoras da OASE.

A partir da proposta de pesquisar e conhecer músicos famosos e eruditos, os alunos dos quartos anos do Ensino Fundamental pesquisaram e conheceram vida e obras de Vivaldi, Bach e Mozart.

Os alunos do Colégio Mauá tocaram flauta e as crianças do projeto tocaram violão e dançaram. Também mostraram pinturas realizadas em uma das oficinas. Tiveram um momento de brincadeiras e integração terminando o encontro com um lanche coletivo.

A fim de conhecer o instrumento que Bach tocava, órgão de tubos, os alunos visitaram a Igreja Evangélica Centro possibilitando assim concretizar seu aprendizado.

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Este momento busca desenvolver a consciência social das crianças visando a solidariedade com o próximo e aproximando os alunos da escola de diferentes realidades.


SALA DE AULA - 4º ANO

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS “Eu aprendi que o órgão de tubos tem vários registros numa das laterais. São os registros que permitem a emissão da melodia. O som sai através dos tubos. Os tubos maiores dão um som grave; os menores, os agudos. Tem, ao todo, 600 flautas nesse órgão de tubos. O som vem através do ar que é hoje bombeado por um motor. Antigamente, de acordo com o Pastor Márcio, o ar era bombeado por um fole de maneira manual. Nos pés, também tem um teclado mais grave que o das mãos. Adorei esse passeio, nunca vi um órgão de tubos antes, achei ele magnífico! Queria que a gente fizesse mais passeios para ver mais instrumentos”. Germano Etges Altermann

“No dia 1º de maio, fomos até a igreja Evangélica do Centro, onde nós ouvimos o Pastor Márcio tocar e falar sobre o órgão de tubos. Nós, dos quartos anos da tarde, tivemos o privilégio de trabalhar com os jovens do Projeto Alegria e Esperança. Os jovens do projeto fizeram algumas apresentações. Foi muito divertido, porque vimos um instrumento que nem toda cidade tem. Também brincamos um pouco com as outras crianças”. Luiza Tornquist Sanches

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SALA DE AULA - TURNO INTEGRAL

AÇÕES EDUCATIVAS ENSINAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS FRUTAS Neste primeiro trimestre, foi desenvolvido, no Turno Integral, o Projeto das Frutas, com o propósito de oferecer às crianças oportunidades para descobrirem a importância das frutas em nosso organismo. Além disso, mostrar que devemos ter uma boa alimentação, enriquecida de muitas frutas, para podermos crescer fortes e saudáveis. As crianças investigaram a importância nutritiva, bem como provaram diferentes tipos de frutas. Identificaram as vitaminas presentes em cada uma, através de apresentações de fantoches. Fizeram deliciosas receitas com frutas, costuraram algumas de feltro, aplicaram a técnica string art, que transforma pregos e linhas em obras de arte. Durante o percurso, desenvolveram várias brincadeiras envolvendo frutas: construíram jogos com materiais alternativos, painéis, vídeos, paródias, músicas e poesias. Além disso, fizeram diversas leituras de histórias sobre o tema, pesquisaram a biografia de “Archiboldo Giuseppe”, que utilizou frutas, legumes, verduras e flores na construção de suas obras e fizeram releitura. Depois de muitas vivências, compartilharam, com os colegas, os conhecimentos adquiridos. Como conclusão do projeto, construíram uma sacola com o portfólio das principais atividades realizadas envolvendo as famílias. Essa ação teve como objetivo mostrar, de forma lúdica e divertida, a importância do consumo de frutas, em especial, as que mais são rejeitadas pelo público infantil. Assim, através deste projeto, conseguimos fazer com que as crianças do Turno Integral provassem diferentes tipos de frutas e, ao mesmo tempo, identificassem os benefícios que elas nos fornecem.

“Este projeto foi muito legal, pois na sala de aula a gente não aprende isso e no Turno foi novidade, pois despertamos a nossa imaginação brincando. Adorei participar do teatro de fantoches no REINO DA FRUTOLÂNDIA.” Anna Carolina De Araújo Oliveira - 3º ano - T. 936

“Eu aprendi que existem muitas frutas nutritivas, que eu não conhecia. Fizemos várias receitas. O bolo de banana foi o que mais gostei.” Matheus Kappel de Campos - 4º ano - T. 945

“Eu costurei um caqui de feltro, ele ajudou a decorar a nossa exposição. A melancia que fizemos com pregos e linhas ficou linda!” Lara Snheider - 4º ano - T. 945

“O projeto das frutas foi muito legal, porque fiz várias atividades diferentes, como costurar as frutas, desenhar e comer banana.” Nicolas Persson Schuck- Educação Infantil - T. 055

“Adorei comer uva, ela é muito gostosa!”

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS “Eu pesquisei e aprendi que as frutas têm muito poder. Muitas crianças e adultos deveriam comer. O morango é bom para afta na boca, a banana é muito boa para câimbra e a laranja é boa para a gripe.” Gabriela da Fontoura Gonzalez - 3º ano - T. 937

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Natália Arbusti Maldaner – Ed. Infantil - T. 046

“Aprendi muito sobre o morango. Agora é minha fruta preferida!” Maria Helena Nicknich da Silva – Ed. Infantil - T. 056

“Adorei ler os livros da FRUTOLÂNDIA sobre a uva e a ameixa. A uva é boa para cicatrizar os ferimentos mais rápido e a ameixa ajuda nas coceiras, como uma alergia!” Linda Porto - 2º ano - T. 927


SALA DE AULA - TURNO INTEGRAL

“Eu fiquei impressionada com a quantidade de frutas que existem. Adorei ter encontrado, em um dos livros que li, o nome da melancia com meu apelido. Você sabia que ela ajuda a matar a sede?” Beatriz Maus Hermes - 4º ano - T. 941

“Com as personagens das frutas eu aprendi as vitaminas que elas têm”. João Gabriel Canez - 1º ano - T. 911

“As frutas nos dão uma saúde eterna”. Leonardo Ferri Oliveira - 1º ano - T. 913

“Eu adorei costurar a melancia e a fazer a paródia das frutinhas. Elas têm muitas vitaminas e são ótimas para nossa saúde”. Lorenzo Sehnem Marguardt - 2º ano - T. 921

“Achei incrível este projeto! Montamos um livro de receitas para levar para casa. Agora procuro comer frutas todos os dias, porque sei que as frutas têm muitas vitaminas”. Giovana Minetto - 5º ano - T. 951

“Eu gostei de saber que o tomate é uma fruta”. Carlos Daniel T. Gornisku - 3º ano - T. 932

“Eu achei muito legal o projeto do Turno. Fizemos várias pesquisas, trabalhos de artes e receitas deliciosas. Adorei o bolo de maçã, é minha fruta predileta. Ela ajuda até a emagrecer”. Bárbara Souza Martinez - 3º ano - T. 931

DEPOIMENTOS DOS PAIS

OPINIÃO DOS PROFESSORES Percebemos, durante o projeto, o interesse das crianças em conhecer diferentes tipos de frutas. Conheceram as vitaminas presentes, provaram diferentes frutas e adquiriram o hábito de consumi-las. No Turno Integral, oferecemos frutas às crianças na hora do almoço, no lanche e à tardinha. O envolvimento das famílias foi fundamental neste processo. Com pequenos gestos como estes que conseguimos incentivar nossos pequenos a adquirirem bons hábitos alimentares.

OPINIÃO DA ESPECIALISTA As frutas são alimentos essenciais para uma vida saudável. Por serem fontes de vitaminas, minerais, água, fibras e outros compostos protetores e antioxidantes, as frutas ajudam a regular o organismo e garantem a saúde das células. De sabores, aromas e cores diversas, cada fruta possui propriedades específicas e importantes para a saúde, devendo estar presente, de forma variada, em nossa alimentação diária em, pelo menos, três porções ao longo do dia. Na infância e na adolescência, o consumo regular de frutas está associado a um melhor índice de crescimento e desenvolvimento, enquanto, na vida adulta, esse consumo regular está relacionado à redução do risco de doenças que ocorrem no processo natural de envelhecimento das células. Sabrina Fuerstenau - Nutricionista - CRN2: 6932

“Este projeto é ótimo e uma excelente oportunidade para as crianças conhecerem e se interessarem por frutas diferentes daquelas consumidas rotineiramente.” Flórida Batista Cândido de Oliveira, mãe da Olívia Batista Candido de Oliveira, aluna do 1º ano

“Este projeto é fantástico. Trabalhando o conhecimento em relação às frutas, é possível motivar e ativar a curiosidade a respeito de cada uma. Desta forma, a criança entende a importância da alimentação saudável e os benefícios para a saúde.” Aline Mello Rusak, mãe da Julia Silveira Rusak, aluna do 1º ano, e da Helena Silveira Rusak, aluna da Ed. Infantil

“Fico encantada com a criatividade! Adorei o projeto e o potencial de despertar o interesse nas crianças pelo poder das frutas. Parabéns!” Kenia Maus, mãe da Beatriz Maus Hermes, aluna do 4º ano

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SALA DE AULA - 7º ANO

“O PEQUENO PRÍNCIPE”, DE ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY O fluir de ideias através da leitura literária é algo fascinante. Aguça a alma e revive o passado. Com esse intuito, deu-se a escolha do livro “O pequeno príncipe”, do autor francês Antoine de Saint-Exupéry, como primeira leitura obrigatória para o primeiro trimestre dos 7os anos, turmas 971, 972, 973 e 974. A partir da compreensão e análise do livro, que possui diferentes reflexões significativas em cada época de nossas vidas, elaboramos um trabalho dinâmico dividido em duas partes. A primeira consistiu em dividir a turma em duplas por afinidades. Cada dupla selecionou uma frase significativa do livro – um aprendizado/ensinamento que adquiriram ao ler sobre as aventuras do nosso pequeno príncipe. A frase foi escrita a próprio punho, com letra de forma maiúscula, em folha de desenho A3, no formato de um pergaminho e a mesma apresentada à turma. A segunda parte do trabalho também foi feita pela mesma dupla. Cada aluno confeccionou, com materiais diversos (papel, tecido, EVA, TNT, etc.), um fantoche, sendo um deles o Pequeno Príncipe e o outro um personagem do planeta criado pela dupla. A partir da compreensão da história, cada dupla criou um pequeno roteiro de apresentação para a turma, contando como seria o planeta ideal para o Pequeno Príncipe visitar, já 18

que, na história, o principezinho sai de seu asteroide e visita uma série de planetas com figuras inusitadas dentro de suas particularidades. O resultado dessa atividade foi surpreendente, mostrando tamanha criatividade e sensibilidade de nossos educandos.

DEPOIMENTOS DOS PAIS “Acompanhar o desenvolvimento do trabalho sobre o livro ‘O Pequeno Príncipe’ foi muito prazeroso porque, trocando algumas ideias, chegamos à conclusão de que cada planeta visitado pelo Principezinho era um tipo de coração, uma personalidade. Por fim, como continuação do projeto, as meninas criaram um planeta cheio de flores, cuidado por um jardineiro. Este planeta representava as pessoas de bom coração e o Pequeno Príncipe foi atraído para lá por causa do perfume das flores, ou seja, sempre desejamos estar ao lado de pessoas amáveis e gentis.” Simone Sulzbacher, da mãe da aluna Raissa Scortegagna - T. 971


ATIVIDADES EXTRAS

XEQUE-MATE: O CRESCIMENTO DO XADREZ O Projeto de Xadrez no Colégio Mauá iniciou há quatro anos, com o objetivo de difundir a atividade e oferecer uma opção a mais para a grade de esportes da instituição. Com objetivos de longo prazo, os interessados começaram os treinamentos com o professor Flávio Henrique Schedler, desde então, atual campeão local na categoria adulta.

DINÂMICA DA FRONTEIRA SUL Os alunos dos terceiros anos do Ensino Médio, acompanhados pelos professores Jeferson Melo e Marco Aurélio dos Santos, realizaram, entre os dias 9 e 11 de maio, uma saída de estudos em direção à zona sul do estado, visitando os municípios de Chuí/Chuy, Santa Vitória do Palmar e Rio Grande. Entre os focos do projeto, estavam a Fortaleza de Santa Tereza em território uruguaio, a Estação Ecológica do Taim, Praia do Cassino, Super Porto e Centro Histórico de Rio Grande, além do Museu Oceanográfico e Antártico. Este projeto de estudo objetiva uma abordagem interdisciplinar, proposta básica dos PCNs, envolvendo conteúdos, habilidades e competências do terceiro ano do Ensimo Médio nas disciplinas de Biologia, Geografia e História, visando proporcionar aos alunos atividades de interação e de análise de conteúdos estudados em sala de aula e relacionados com a vivência fora da sala de aula.

Após uma reformulação dos conceitos de sala de aula, a didática de ensino é ministrada em módulos para iniciantes, intermediários e avançados que jogam separadamente. A média para que um aluno fique independente no jogo é a participação do mesmo durante três anos nos módulos contínuos coletivos, em que os níveis técnicos evoluem gradativamente. Neste contexto, destacam-se dois tipos de inscrição: competição e desenvolvimento, a partir do 1º ano em diante. No lado competitivo, os treinamentos oferecem uma carga acelerada de progresso. Já os interessados apenas no lado desenvolto recebem um planejamento mais amistoso. Ao passar dos meses, os alunos recebem convites para participar de excursões ou eventos locais, onde podem exercer suas habilidades adquiridas em torneios ou simples encontros. No quesito resultados, o Colégio começa a se destacar na região, onde já venceu três campeonatos regionais de médio porte e apontou talentos individuais com a conquista de troféus importantes em suas categorias e várias medalhas de geral no modo Competitivo. No modo Desenvolvimento, os alunos do turno integral da escola e demais interessados, colecionam rotinas de disciplina desportiva e habilidades básicas interagindo no jogo. Com uma visão de futuro, as aulas estão sempre se renovando com novidades do mundo on-line que ajudam os praticantes em pesquisas, vídeos e jogos em tempo real. O processo pedagógico da escola recebe os benefícios da prática do xadrez com diversas habilidades: concentração, coordenação motora, raciocínio lógico, disciplina e regulamentos. O número de adeptos vem aumentando a cada ano. Em 2015, eram 42 alunos participantes. Em 2016, este número passou para 93 praticantes. No ano passado, 133 alunos participaram do projeto e, este ano, para alegria da coordenação, o número total é de 181 estudantes. Neste contexto, os alunos Breno Baierle Knak, da categoria Sub 14, e Roberta Waechter, Sub 07, já são bicampeões regionais.

Segundo o professor Jeferson Melo, esta interação entre alunos é muito benéfica, tanto do ponto de vista estudantil, pois visitam temas que se multiplicam por diferentes disciplinas, como na confraternização, que os aproxima e favorece seu desenvolvimento enquanto ser humano.

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INTERCÂMBIO

PONTE AÉREA BRASIL - ALEMANHA A língua Alemã sempre fez parte do currículo da escola, havendo somente uma interrupção no período da Segunda Guerra Mundial, sempre a partir do 5º ano. No princípio, a importância do aprendizado da língua residia mais no aspecto de preservação da cultura e do idioma trazido pelos antepassados da Alemanha. No entanto, atualmente, além da questão da preservação de hábitos e costumes, tem uma visão de Língua Estrangeira Moderna, com perspectivas de cursar uma faculdade ou de futuramente até trabalhar na Alemanha. “É uma oportunidade de conhecer uma cultura já diferente e próspera, de um país desenvolvido, que apresenta diferentes perspectivas aos jovens com relação à realidade brasileira”, destaca a professora de Alemão, Marlise Müller. Neste sentido, o Colégio Mauá tem proporcionado aos seus alunos, a oportunidade de realizar intercâmbios para a Alemanha, convivendo com famílias e com a comunidade. Este ano, participaram desta experiência as alunas Isadora Schwingel e Giovana Luisi, em janeiro e fevereiro, respectivamente.

O Colégio Mauá oferece aos seus alunos a possibilidade de realizar provas de proficiência nos níveis A1, A2 e B1. Para tanto, existe a parceria da ZFA (Zentreale für Auslandsschulwesen) da Alemanha, que é responsável pela elaboração das provas. Além disso, nos dois últimos anos, duas alunas foram contempladas com bolsa de estudo pelo período de três e meia semanas, em Nürnberg e Wittmund, respectivamente, através da ONG Theo Münch Stiftung, cujo objetivo é oportunizar uma vivência de jovens (entre 14 e 15 anos), brasileiros em famílias e escola alemãs. E a conquista mais recente é do aluno Lucas Moré, que ganhou a bolsa de estudos em Freiburg através da Olimpíada Internacional de Alemão, evento que acontece a cada dois anos, sendo uma promoção do Instituto Goethe, de São Paulo. Confira nos próximos textos, a opinião da intercambista Isabella Frighetto sobre a sua experiência, e de Lucas Moré, sobre a expectativa de conhecer a Alemanha.

UMA INCRÍVEL EXPERIÊNCIA Com direito a ver a neve, o intercâmbio para a Alemanha da aluna do Ensino Médio, Isabela Frighetto, 15 anos, foi uma incrível experiência. Natural de Passo Fundo, a jovem, filha de Andréia e Ricardo Frighetto, foi selecionada para o intercâmbio e, no mês de janeiro de 2018, ficou três semanas na cidade de Wittmund. “A experiência do intercâmbio foi incrível e eu fui muito bem recebida pela minha gastfamilie (Bernd, Brita, Sarah e Anna), eles eram muito carinhosos comigo”, conta. O interesse de Isabela pelo idioma alemão surgiu na própria escola, com incentivo dos professores. Com contato com a Língua desde o 5º ano, ela teve muitos ensinamentos com o intercâmbio, tanto no que diz respeito ao aprendizado do idioma quanto pessoais. “É maravilhoso poder estar em contato com outra cultura, logo tu percebes muitas diferenças e isso é incrível”, menciona. Além disso, ela destacou o respeito que aprendeu a ter pela cultura local, pois, durante o período, teve que deixar de lado o seu jeito de viver para aprender um novo, completamente diferente. “Eu melhorei muito na língua alemã, agora ficou bem mais fácil de compreender”. Wittmund é uma cidade pequena, com 21 mil habitantes. A rotina de Isabela, durante o intercâmbio, se resumia em ir à escola de bicicleta junto com sua gastschwester, 20

Sarah, onde tinham aula das 7h40 às 13h15. Após, as duas jovens retornavam para casa para o almoço e tinham as tardes livres para fazerem qualquer atividade. “Visitar outras cidades, ir ao mercado, patinar no gelo e outras”, explica. Durante o período que esteve na Alemanha, a estudante teve a oportunidade de visitar as cidades Osnabrück, Bremen e Hamburg.


INTERCÂMBIO

O maior desafio para Isabela no intercâmbio foi a conversação, principalmente nos primeiros dias de estadia, quando era difícil entender tanto quanto se comunicar. Entretanto, com o passar dos dias, a estudante conseguiu se adaptar e tudo ficou bem mais tranquilo. “Eu entendia muitas coisas e aprendi várias

palavras”. Como o momento mais marcante da incrível experiência, ela ressalta o dia que acordou e que caía muita neve. “Logo que eu abri a janela e vi o tempo lá fora, minha gastschwester entrou no meu quarto super animada com a neve e disse que estava muito feliz por eu estar ali”.

RUMO À OLIMPÍADA DE ALEMÃO Como o primeiro aluno do Colégio Mauá classificado para a final da Olimpíada Brasileira de Alemão, em São Paulo, Lucas Moré Pereira, de 16 anos, ganhou o direito de competir em Freiburg, na Alemanha, entre os dias 15 e 28 de julho, na final da Olimpíada Internacional de Alemão, promovida pelo Instituto Goethe. Ele é estudante do Ensino Médio e terá a oportunidade de conviver com outros estudantes do idioma do mundo todo. Além de Lucas, foi escolhido também o jovem Mateus França Giordano, de Belo Horizonte (MG). A competição em São Paulo, que aconteceu no início de maio, consistiu em cinco etapas. No primeiro dia houve a produção de um texto com a utilização de fotos da família, amigos e cidade, que culminou em um Wandzeitung, uma espécie de “jornal de parede” onde foram expostos textos em cartazes, decorados com fotos e desenhos. Logo após, os competidores apresentaram oralmente os cartazes para dois jurados. No outro dia, eles fizeram uma prova de audição e outra de leitura, bem como um projeto em grupo baseado na cultura do grafite. PROJETO - Para o desenvolvimento do trabalho em grupo, os três membros visitaram o Beco do Batman, local famoso pela cultura do grafite, onde assistiram a uma palestra sobre os dois principais tipos de grafite: a arte de rua e o hip-hop. Com a aprendizagem, eles tiveram duas horas para planejar o projeto. “Dentre várias opções, escolhemos fazer um teatro, no qual usamos as fotos que tiramos das obras”, destacou Lucas. No último dia, o teatro foi apresentado para quatro jurados. Todos ganharam brindes, uma mochila, um estojo do Goethe-Institut e um dicionário Langenscheidt de alemão.

Para Lucas, o projeto em grupo foi a parte mais difícil da competição, com inúmeras informações e somente duas horas e meia para elaborar o trabalho. “Nós começamos a fazê-lo na tarde do segundo dia, e já estávamos muito cansados, pois antes tínhamos visitado o Beco do Batman e caminhado bastante, sem contar as duas provas que tínhamos feito de manhã”, relata. Após o resultado final, ele e o outro participante escolhido para a fase internacional cortaram o famoso bolo Floresta Negra, que representa a região em que foi baseado o vídeo da primeira fase e onde ficarão em julho, na Alemanha. ALEMANHA – Sobre as expectativas para a final da Olimpíada Internacional de Alemão, em Freiburg, na Alemanha, Lucas espera conhecer muitas culturas novas, pois são cerca de 140 participantes de diversos países. Ele espera também enfrentar dificuldades com a comunicação e aguarda uma rotina muito exigente. Para isso, ele está se preparando com simulados, aulas particulares, práticas textuais e utilizado aplicativos que ajudam no treinamento da escuta e do vocabulário. “Durante a primeira semana, seremos treinados para as provas, que serão parecidas com as que tivemos em São Paulo, porém, mais rigorosas”, explica. 21


GENTE MAUÁ

UMA PAIXÃO TEATRAL QUE NASCE NA ESCOLA Intérprete de Helô, uma botânica “super avoada” e apaixonada pela natureza, a atriz Luísa Horta, 25 anos, é uma das histórias bem sucedidas de ex-alunos do Colégio Mauá. Com um sorriso cativante e muito talento, a jovem conquistou as telas da televisão. Atualmente, mora em São Paulo e faz parte do elenco do seriado brasileiro O Zoo da Zu, feito para o canal fechado Discovery Kids. Natural de Santa Cruz do Sul, a filha dos empresários Norma e Jorge Horta, foi aluna do educandário do Jardim A até o terceiro ano do Ensino Médio. A talentosa menina teve seu primeiro contato com o teatro no Colégio Mauá. A curiosidade surgiu quando ela assistia ao irmão, George, que atuava nas peças do grupo da escola. Ao se deparar com as aulas de Artes da professora Simone Bencke, lá pela sexta ou sétima série, é que despertou nela o gosto pela atuação. “Eu sentia um prazer imenso em realizar as tarefas, sugeridas com tanto carinho e dedicação por ela. Sou muito grata à professora Simone, pois foi ela quem me apresentou para o mundo do teatro e, mesmo tendo estudado por pouco tempo com ela, o amor que ela tem pela profissão e a generosidade e dedicação com que lida com os alunos me deixou marcada para sempre”.

Atriz santa-cruzense interpreta a Helô, no Zoo da Zu

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De todo este encantamento, é que a carreira profissional daquela que viria a brilhar nos próximos anos teve início. Logo após a conclusão do Ensino Médio, Luísa passou no vestibular da universidade gaúcha mais concorrida, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em Porto Alegre, onde cursou Teatro. No período acadêmico e em que esteve morando na capital dos gaúchos, ela se especializou com cursos livres de atuação para televisão e cinema, curtas universitários, campanhas publicitárias, circuitos profissionais de teatro, conheceu pessoas do meio artístico e recebeu convites para testes de atuação. No destaque está a participação da jovem atriz no longa- metragem Bio, do diretor Carlos Gerbase, gravado em dezembro de 2015 e com estreia no Festival de Cinema de Gramado de 2017, onde o filme foi premiado. Quando se formou, em janeiro de 2016, Luísa se mudou para São Paulo. Na capital paulistana fez curso profissionalizante de dublagem para atores durante um ano, área da qual sempre teve muito interesse. Com o término da capacitação, ela começou a exercer a atividade de dubladora. Ultimamente, tem trabalhado mais para o grupo Discovery Channel, em algumas produções. A respeito do incentivo à profissão e de inspirações, Luísa ainda citou a professora de Artes, Marivone Scholz, que foi fundamental para a sua escolha profissional. “Acredito que as duas professoras (Simone e Marivone) tenham tido grande influência nesse processo. Ambas nos colocaram em contato com um lado mais subjetivo da vida, nos ensinaram com generosidade e sensibilidade”. A atriz tem certeza da importância delas na formação do caráter dos estudantes. “Como mulher, vejo a importância de ter tido o exemplo de duas mulheres fortes e competentes durante o meu crescimento”.


GENTE MAUÁ

RECORDAÇÕES DO TEMPO DE ESCOLA Sobre a vida escolar no Colégio Mauá, a atriz conta que as melhores lembranças envolvem as amizades, principalmente por ter estado na mesma turma durante todo o período. “Passamos por muitas coisas e crescemos juntos. Nossa turma sempre foi muito unida”, descreve. Mesmo depois da formatura, a maior parte dos alunos mantém contato. Apesar da distância, sempre há carinho e preocupação. “Estamos sempre na torcida uns pelos outros”, declara. No que tange a estrutura da escola, ela destaca a construção do Teatro como um dos lugares mais bonitos e a “floresta do colégio”, com a prática de expedições, clubinhos e brincadeiras. O dia da formatura do Ensino Médio também é lembrado com muito carinho por ela, principalmente pela entrada da turma, quando o professor Marco Aurélio dos Santos, mesmo não sendo o regente, fez questão de entrar ao lado dos formandos no Teatro. “Ele foi nosso professor de Biologia e regente de turma por vários anos. Criamos um vínculo muito forte com ele de companheirismo e confiança. Sabíamos que podíamos contar sempre com ele”. Entre outras recordações de Luísa está o grupo de dança, do qual foi membro por bastante tempo. A principal lembrança e que a deixa emocionada foi a apresentação do último Dançarte no palco do Teatro. Ela sempre gostou de participar destas atividades extras da escola, como também preparar e ir a festivais, campeonatos de esportes em outras cidades, todas as atividades realizadas fora da sala de aula. “As viagens feitas pelo colégio sempre foram memoráveis. O mais

legal sempre foi poder conhecer e trocar experiências com alunos de outras escolas e cidades”, conclui saudosamente.

Luísa estudou do Jardim ao Ensino Médio no Mauá

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CLICK MAUÁ

TORNEIO DE INTEGRAÇÃO Há 31 anos, o Colégio Mauá realiza o Torneio de Integração. Com o envolvimento dos 1,6 mil alunos da escola, desde a Educação Infantil, Séries Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, Turno Integral e Ensino Médio, bem como pais, professores e funcionários, o evento, realizado de 21 a 30 de maio, contou com disputas nas modalidades de voleibol, futebol, basquete, atletismo, xadrez e mini vôlei. A equipe Cometa foi a grande campeã da competição, com 886 pontos. Em segundo lugar ficou a equipe Atlantis, com 876 pontos, e em terceiro, a Chaparral, com 851. Entre os pontos altos da competição, esteve o show artístico, executado na noite de 24 de maio, no Teatro do Colégio Mauá. Nesta tarefa, quem ficou com o troféu de 1º lugar foi a equipe Atlântis. Já a equipe Chaparral levou o troféu de Melhor Torcida e equipe mais organizada. SOLIDARIEDADE – A coleta de alimentos não-perecíveis já é tradição nos Jogos de Integração. Este ano, novamente, o recorde da competição foi superado, com o recolhimento de 2.894,50 quilos, sendo 1.238,5 Kgs da Equipe Chaparral, 962 Kgs da Cometa e 694 Kgs da Atlântis. Os donativos foram entregues ao Hospital Ana Nery, Hospital Vale do Sol, Associação de Auxílio aos Necessitadas (ASAN), Associação Pró-Amparo do Menor (Copame), Projeto Alegria e Esperança, Projeto Movida, Instituto Humanitas e Hospital Santa Cruz.

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CLICK MAUÁ

PATROCINADORES – Alessandro Assmann, Associação de Pais e Mestres (APM) Andre Klarmann, Beto Peças Comércio de Ferragens, Celso Rodrigues Figueiredo, Cindapa Empresa de Segurança, Clip Graffite Papelaria, Expresso Sinimbu, Fabio Assmann Transportes, Garbo Indústria e Comércio de Uniformes, Gasima Material Elétrico, Gazeta Grupo de Comunicações, Iluminare Materiais Elétricos, Indústria Têxtil Amoras, Livraria e Cafeteria Iluminura, Lupagraf Indústria Gráfica, Metalbe Esquadrias de Alumínio, Riovale Jornal, Selbetti Gestão de Documentos, Sihmatel Material Elétrico, Suhma Engenharia e Construções, RS Uniar Climatização e Wizard Idiomas. 25


RESPONSABILIDADE SOCIAL

PROJETO SEMEIE ESTÁ SOB NOVA COORDENAÇÃO Alunas Ana Luize Peiter, Ana Clara Gass e Amália Barbosa Boemeke e assessoria de Sandra T. Halmenschlager – Assistente Social

O Projeto Semeie preconiza o convívio social, empatia, diálogo, desenvolvimento da responsabilidade individual e coletiva, persistência, comunicação, amor ao próximo, humildade, trabalho em grupo com crianças e adolescentes na comunidade. Acreditando que juntos formamos uma sociedade melhor, fortalecemos ainda mais parceria do Semeie através dos alunos voluntários de: 8ºs, 9ºs e Ensino Médio do Colégio Mauá e Escola Municipal de Educação Infantil Santo Antônio. Em 2018, a primeira atividade foi elaborada em conjunto. A Páscoa teve formatação diferenciada, chocolates deram espaço à valorização da vida, contação de história dando sentido com a entrega de um mimo a cada criança e colaborador. As crianças receberam um lápis com sementes, decorado com coelho da Páscoa e as sementes puderam ser semeadas pelas crianças com suas famílias para que possam acompanhar o ciclo de vida e aprender sobre cuidado com o meio ambiente e a responsabilidade que temos uns com os outros.

DEPOIMENTO O Projeto Semeie é muito bom, pois além de mostrar para os alunos que participam uma realidade diferente da qual estão acostumados, traz para nossos pequeninos, momentos de descontração, muita diversão e como sempre muito carinho a cada visita recebida. Raquel Cristiane Rodrigues – Diretora Emei Santo Antônio Rosangela Freitas Jochims – Vice- Diretora

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MEIO AMBIENTE DEPOIMENTO DOS PAIS Nosso filho Matias Ezequiel Santos Ferreira estuda no Colégio Mauá desde 2017, quando frequentava o Nível 5 da Educação Infantil. Atualmente, está no 1º ano do Ensino Fundamental e, a cada dia, sente-se mais feliz e contente com todas as experiências que a escola lhe proporciona. Temos grande apreço pelas experiências e aprendizagens vivenciadas pelo nosso filho no Mauá. Para que esse processo seja ainda mais significativo, procuramos estar sempre presentes e em parceria com a escola em todas as ações que ela oportuniza.

No ano de 2017, Matias, em seu primeiro dia de aula, recebeu de presente da escola um lápis contendo sementes de Embaúba, o que lhe deixou muito feliz e eufórico pelo plantio. Resolvemos plantar as sementinhas na chácara do vô José, pois lá há mais espaço e porque o patriarca coleciona várias espécies nativas e esta viria engrandecer seu arvoredo. Em fevereiro de 2017 foi realizado o plantio das sementes em um potinho. Logo germinaram e quando crescidas transferimos as mudinhas para terra. Claito Ferreira e Jose Adriane Santos Ferreira, pais do Matias Ezequiel Santos Ferreira

Árvore plantada em 2017 acompanha o crescimento do Matias

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MUSEU DO COLÉGIO MAUÁ CONVIDA PARA UMA “VOLTA AO MUNDO” Objetos contam um pouco sobre a história, cultura e atrativos de diversos lugares do mundo. Com a nova exposição do Museu do Colégio Mauá Volta ao Mundo, os visitantes poderão observar peças, fotografias, curiosidades, moedas e cédulas dos quatro cantos do mundo. A iniciativa, iniciou dia 5 de março e segue aberta para visitação até o dia 20 de dezembro. O museu funciona de terça-feira a sexta-feira, das 14h às 17 horas, com ingressos a R$ 1,50 para estudantes e aposentados e R$ 3,00 para o público em geral. O agendamento de visitas guiadas deve ser feito pelo telefone (51) 3715-0496. A professora, pesquisadora e diretora do museu, Maria Luiza Rauber Schuster, destaca que todas as pessoas sonham em conhecer algum país distante ou os vizinhos da América Latina. “A exposição procura levar até o público um pouco deste anseio de conhecer um pouco mais a história de vários locais através de diversos objetos, entre eles, cédulas e moedas”, ressalta ela, que conta ainda que os sistemas monetários são universais e encontrados nas menores cidades até as grandes metrópoles do mundo. Na mostra ainda há objetos, imagens, informações e itens culturais e históricos que fazem uma verdadeira viagem pelo planeta.

CÉDULAS E MOEDAS - Maria Luiza explica que a ideia de expor cédulas e moedas veio em virtude de que, ao longo da história, as pessoas têm usado muitas formas de dinheiro, como sabão, grãos de cacau, pelos da cauda de elefante, elefantes inteiros, grãos, peles de animais, anzóis, penas, chá de tabaco, garras de pássaro, dentes de urso, entre outras. Na Roma Antiga, por exemplo, o sal era a moeda de troca. “A palavra ‘salário’ vem do latim. Origina-se deste momento histórico em função do uso do sal como forma de pagamento”, destaca. Ela ainda ressalta que os Sumérios da antiga Mesopotâmia, atual Iraque, foram os primeiros a usar lingotes de metais preciosos, que é a primeira forma de dinheiro metálico na antiguidade, e que a primeira cédula do mundo foi criada na China há cerca de 1,4 mil anos. No Brasil, Maria Luiza conta que o dinheiro começou a circular ainda no período colonial, trazido pelos portugueses. “Em 1580, com a união das coroas de Portugal e Espanha, passaram a circular em grande quantidade as moedas de prata espanholas, sendo que, nesses primeiros séculos de colonização, também circularam moedas trazidas por piratas e por outros invasores”, frisa ela. Durante o domínio holandês no nordeste brasileiro, entre 1630 e 1654, foram cunhadas as primeiras moedas no Brasil: os florins e os soldos, destinados ao pagamento de fornecedores e das tropas holandesas. “Essas moedas foram as primeiras com a palavra Brasil”, finalizou.

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