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Da pandemia covid e dos alunos de medicina da Universidade do Algarve

Ana Marreiros, Sofia Nunes, Daniel Cartucho

Que estamos vivendo tempos fora do normal, a muitos níveis, é uma observação óbvia. No entanto, algumas respostas a esta situação pandémica, mostram a natureza das coisas e a resposta dos alunos de medicina da Universidade do Algarve tem vindo a ser notável a vários níveis.

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O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Universidade do Algarve (UAlg) utiliza uma abordagem diferenciadora, inclusiva e humanista e muito característica do ensino da Medicina pois formam médicos com conhecimento técnico, mas, também, treinados para a empatia com o doente. Para além disso o MIM dá aos seus alunos a oportunidade de construir o seu percurso académico, escolhendo as suas áreas de investigação laboratorial e clínica, áreas de intervenção e atuação na comunidade, contribuindo ativamente para a construção do seu ser “social, humano e profissional”. Com uma duração de quatro anos curriculares, esta formação junta a vertente teórica à prática, tendo como referência os métodos de ensino do Reino Unido, Canadá e Austrália. O plano de estudos do MIM proporciona aos seus alunos e futuros médicos um contato privilegiado, e único no país, com a investigação básica e clínica, desde o primeiro ano. Através das unidades curriculares de Módulo de Escolha do Estudante (MEE) os alunos são envolvidos numa partilha de conhecimentos, na participação em projetos de investigação laboratorial e clínica, a nível nacional e internacional, assim como na colaboração com professores, especialistas internos e externos e na comunidade. No último ano do curso os alunos realizam a unidade curricular de Opção, mais conhecida por “Eletivo”, onde têm a oportunidade de realizar um estágio de 8 semanas numa área do seu interesse, preferencialmente fora de Portugal, de modo a que o aluno alargue a sua experiência de prática clínica, permitindo adquirir e implementar boas práticas.

Ao longo dos últimos anos os alunos escolheram realizar os mais diversos estágios nas mais diversas áreas, desde a floresta da Amazónia aos campos de refugiados, dos magníficos centros Hospitalares dos EUA, Austrália e Canadá, ao desenvolvimento e participação em projetos comunitários de combate à pandemia que nos assolou globalmente em 2020. Num momento em que o nosso país e a nossa região precisaram, os alunos do MIM foram os primeiros a chegar-se à frente no combate à pandemia, na criação de projetos de apoio direto às necessidades da população, na “montagem” e participação na linha SNS 24 e COVID 70+, na integração das equipas de saúde pública, no desenvolvimento de projetos de cariz humano de aproximação dos internados com Covid e as suas famílias, entre muitos outros. Escolheram com a cabeça e com o coração, mas todos eles partilham do mesmo sentimento “crescimento pessoal e profissional” e, tal como referiu o Prof. José Ponte, fundador do MIM, “Na UAlg queremos formar homens e mulheres com elevado grau de humanismo na sua relação profissional com os doentes, atuando sempre com empatia e compaixão”.

A preparação e maturidade destes alunos, que já são detentores de um curso prévio, dá-lhes uma outra postura que se traduz nas opções tomadas e que este Algarve Médico traz, em dossier temático, algumas dessas ações em concreto.

Ser aluno de medicina no Algarve em pandemia Covid-19

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