Edição 245

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Ano XXI - nº 245 Outubro 2015 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

PRA FORA DA CAIXINHA! Mídia Out Of Home mostra sua força no cenário brasileiro e aponta as milhares de alternativas que existem do lado de “fora da casa” Especial Sustentabilidade busca seu espaço na mentalidade do mercado de comunicação visual

Decoração As maneiras para aproveitar suas ideias no segmento de decoração cenográfica




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umário

08 Mercado:

Fique por dentro das principais notícias do mercado! Ano XXI - nº 245 Outubro 2015 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

PRA FORA DA CAIXINHA! Mídia Out Of Home mostra sua força no cenário brasileiro e aponta as milhares de alternativas que existem do lado de “fora de casa” Especial Sustentabilidade busca seu espaço na mentalidade do mercado de comunicação visual

Decoração As maneiras para aproveitar suas ideias no segmento de decoração cenográfica

Design de Capa: Emerson Freire

Colaboradores

10 Decoração: Saiba

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como aproveitar toda sua tecnologia dentro do universo da decoração cenográfica

16 Capa: Entenda o papel que

a Out Of Home desempenha e como essa mídia se tornou parte cultural das cidades brasileiras

34 Especial:

Veja como o mercado de comunicação visual nacional encara a sustentabilidade e como entrar nessa onda!

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48 Impressão 3D:

Tecnologia mostra que é uma bela opção para o pequeno e micro negócio

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Eduardo Yamashita Consultor técnico para o mercado de comunicação visual

Fabio Kenji Tanaka Consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital

João Orlando Vian Consultor Executivo do Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico

Veja + 06......................................................................................................... Editorial Tiago Capatto

32 e 33.....................................................................................Infográfico Capa

CEO Fundador da

43....................................................................................... Infográfico Especial

Impressão 3D Printer

44...................................................................................... Publicidade Exterior 46................................................................................................................Vinil 50................................................................................... Índice de anunciantes

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Ano XXI - nº 245

ditorial

Divertida

(e complicada) Mente!

H

á uns meses atrás, tive a oportunidade de assistir “Divertida Mente”, último filme da Pixar que, além de ser um dos mais bacanas que já vi, mostra o quão maluca é a nossa mente. A animação conta a história da garotinha Riley e de como sua mente, que é regida por cinco emoções - Medo, Raiva, Nojo, Tristeza e Alegria - funciona quando a menina é submetida a uma grande mudança. Apesar de o desenho utilizar uma garota de 11 anos como exemplo, seu grande intuito é tentar explicar um pouco como funciona a mente humana e as funções exercidas por ela que nos fazem conscientes; tais como desejo, imaginação, interpretações, memória e temperamento. Quando assistimos ao filme, descobrimos que sim, nossa cuca é muito louca e complexa, mas também é uma máquina incrível que é capaz de feitos inimagináveis ao longo da nossa vida. Mas a questão é descobrirmos o que fazer com ela e como podemos utilizá-la de um modo mais eficaz. Para te ajudar nessa jornada, a Revista Sign #245 vai te ajudar a sair um pouco da “caixinha” da sua mente. De cara, a matéria de Capa mostra toda a força que a mídia Out Of Home (OOH) ganhou nos últimos anos e como ela se inseriu na cultura e paisagem das cidades. Para isso, revelamos quais são os principais trabalhos desse setor e como você pode dar o pontapé inicial nesse setor. Por outro lado, o Especial trata de um assunto que está em alta em qualquer mesa de debate: a sustentabilidade. Nesse caso, vamos mostrar como esse tema influencia a comunicação visual e como o nosso segmento tem desenvolvido sua mentalidade para incorporar essa prática em seu dia a dia. Por fim, vamos levá-lo ao mundo da decoração cenográfica e mostrar como você pode aproveitar todas as ideias que surgem na sua caixola. As colunas de Publicidade Exterior, Vinil e Impressão 3D fecham essa edição de outubro da revista. É difícil entender o que passa pela nossa cabeça. Às vezes nos pegamos pensando o porquê de termos tomado atitude X ou Y, ou o motivo que nos fez ser mais emotivos ou estourados em alguma situação. Mas a verdade é que ao longo da nossa vida, pouca coisa muda na forma como nossa mente funciona - o final do Divertida Mente mostra isso da maneira mais cômica possível! Nesse caso, o diferente é o modo em que aprendemos a lidar com aquilo que se passa em nossa cuca. Entender os motivos que nos levam a ficar tristes ou alegres - o desenho também explica isso de maneira primordial - é essencial para que possamos dar valor a tudo que aprendemos na vida. Buscar entender a forma como pensamos é essencial para que horizontes que estão além do seu conhecimento se abram. E pode acreditar: por mais complicado que possa ser, entender a sua mente é mais divertido na medida em que você busca essa compreensão! Se divirta em sua mente e excelente leitura! Léo Martins

Outubro 2015

President Informa Group Latin America Marco A. Basso Vice President Informa Group Latin America Araceli Silveira Group Director José Danghesi Show Manager Cíntia Miguel cintia.miguel@informa.com Departamento Comercial Simoni Viana simoni.filla@gmail.com Gestão editorial - Venga Conteúdo Coordenador de Publicações Marcelo Tárraga marcelo@vengaconteudo.com.br Editor Léo Martins leonardo@vengaconteudo.com.br Redação Marcela Gava marcela@vengaconteudo.com.br Thais Ito thais@vengaconteudo.com.br Arte Emerson Freire emerson@vengaconteudo.com.br Atendimento ao cliente e assinante Rosi Pinheiro trafego@vengaconteudo.com.br (11) 2276-1112 Periodicidade Mensal Impressão Printexpress

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IMPRESSÃO A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC® (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Printexpress certificada na cadeia de custódia - FSC®. A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.



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ercado

Para ver essas e outras notícias do setor, acesse

www.signsilk.com.br Sublimação em alta com mais um equipamento!

Empresas de DS fecham parceria

As empresas Signagelive e Valotalive anunciaram que fecharam uma parceria para impulsionar ainda mais o uso do Digital Signage em outros segmentos. A ideia é oferecer serviços inteligentes e ainda mais extensos para companhias e empresas que fazem parte do varejo.

Entidades baianas se mobilizam contra crise

Divulgação

Para incentivar a publicidade exterior baiana, Abap/BA e o Sinapro-Bahia elaboraram campanhas para incentivar os anunciantes a investirem em marketing. As campanhas foram veiculadas em outdoors, mobiliário urbano, digital e mídia impressa.

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Uber, Star Wars e envelopamento se unem em campanha! Você já deve ter ouvido falar do Uber? Aquele aplicativo que os taxistas odeiam e protestam para que não possa oferecer serviços no Brasil. Se por um lado existe uma corrente de ódio pelo aplicativo, pode ter certeza que, por outro lado, um monte de fã de Star Wars deve louvar o app depois dessa ideia. O Uber decidiu celebrar a Force Friday, primeiro dia de vendas de produtos relacionados ao Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força, adesivando diversos carros de sua frota. Para a ação, a startup contou com uma parceria da Hot Wheels. A duas empresas se uniram para envelopar diversos Dodge Chargers com adesivos que os deixassem parecidos com os Stormtroopers, as tropas de elite do Império Galático. Além disso, os veículos estavam disponíveis em tamanho real das miniaturas temáticas que a Hot Wheels passará a comercializar. A ação foi feita em Nova York e o mais legal de tudo: a corrida no Uber era de graça! Divulgação

Arquivo RSG

Mimaki/Divulgação

A Mimaki anunciou o lançamento de um novo equipamento sublimático. Desenvolvido para a indústria têxtil, o TS300P-1800 tem velocidade de até 115 m²/h e um novo sistema de cabeça de impressão. Com isso, o produto garante um posicionamento de gota de tinta mais preciso, permitindo alcançar boa qualidade de impressão mesmo em papéis com menor gramatura. Conta ainda um mecanismo para redução de enrugamento na impressão e um sistema automático de alimentação; aplica instantaneamente a tensão na mídia, mantendo a estabilidade da alimentação e do rebobinamento. Por fim, o sistema de checagem Nozzle detecta injetores que não estão funcionando e faz a limpeza.


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App melhora integração de birôs

Jason Howie/Flickr

A EFI lançou a Fiery API (interface de Programação de Aplicativos), ferramenta criada para permitir uma integração entre as operações de impressão digital e a estrutura de TI já existente em seu birô, com o compartilhamento de dados e a eliminação de etapas do processo de preparação de novas tarefas. A API aproveita a plataforma de front-end digital (DFE) Fiery para criar aplicativos clientes nativos da web. A Fiery API ainda permite que os usuários interajam com os servidores diretamente de seus aplicativos para Windows, Mac, iOS, Android e outras plataformas. A EFI frisa que aplicativos locais conectados através da Fiery API podem incorporar dados da EFI Fiery, como número de folhas, tamanho da mídia, tipo de mídia e nome de usuário. Os desenvolvedores podem verificar se sua Fiery DFE é compatível no link: http://bit.ly/1J4GmdT.

Vinil cromático é a novidade no mercado de envelopamento

Hexis/Divulgação

A marca de vinil adesivo HEXIS coloca no mercado a nova série de filmes cast HX30000 Super Chrome, indicada para aplicação temporária em veículos. Disponível em sete cores – vermelho, roxo, verde, azul, titânio, prata e ouro -, este vinil adesivo possui uma superfície brilhante que de quebra promove um efeito espelhado. Segundo Scott Wilkins, gerente da HEXIS no Reino Unido, a marca demorou alguns anos para desenvolver o novo produto para ter certeza de que os instaladores poderiam usá-lo de um modo semelhante aos vinis normais. O HX30000 possui múltiplas camadas, forro de proteção na superfície para um acabamento perfeito e liner de silicone estruturado. As características do material permitem que ele seja aplicado em superfícies curvadas ou texturizadas. No momento o vinil está sendo comercializado apenas no mercado europeu.

Reprodução

Em Londres, a ONG Hubbub instalou painéis adaptados na rua e para as pessoas votarem em quem é o melhor jogador de futebol do mundo: Cristiano Ronaldo ou Messi. A cédula de votação era um cigarro apagado para incentivar as pessoas a não jogar bitucas na rua!

Impressão digital em exposição em SP

A Océ apoiou e forneceu a ColorWave 700 para impressão no Invisível SP|NYC, exposição fotográfica que discute as relações urbanas e mobilidade nos grandes centros urbanos. A iniciativa acontece de 12 de setembro a 9 de novembro no Centro Cultural Vergueiro, em São Paulo. Matthias Ripp/Flickr

Reprodução/Youtube

A série de TV americana Orange Is The New Black, que conta a história de uma mulher que foi condenada a cumprir 15 meses de prisão em uma penitenciária feminina, divulgou sua nova temporada de um modo diferente: transformou a fachada de um edifício de Paris em uma verdadeira prisão ao ar livre. E para dar mais realismo ao outdoor, dentro de cada cela, uma atriz foi colocada com o famoso uniforme laranja da prisão da série, tentando simular ao máximo o dia a dia dos personagens do programa. Junto com a peça, também é possível perceber um banner do Orange Is The New Black gigantesco em laranja, confeccionado com impressão digital sublimática. Toda ação foi realizada a céu aberto com o intuito, claro, do público assistir a “rebelião” das furiosas encarceradas. Para conferir o vídeo da ação, acesse www.signsilk.com.br.

Publicidade exterior ajuda meio ambiente

Esko renova parceria com Senai com novidades Parceiros desde 2005, a Esko atualizou sua coleção de softwares no Senai para os cursos de artes gráficas. As atualizações são a Suite 14 da Esko, que inclui design de embalagens com ArtiosCAD e Studio, pré-impressão com ArtPro, DeskPack, Automation Engine e Color Engine, entre outros.

Depositiphotos

Prisão ao ar livre? Série de TV transforma prédio em outdoor vivo!


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Bem-vindo ao

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espetáculo!

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Cenários são muito mais do que um simples “pano de fundo”. Veja como birôs podem melhorar a decoração cenográfica com a arte de transformar espaços em experiências grandiosas dignas de um grande espetáculo!

R Thais Ito

ock in Rio, 2015, show do Metallica. A noite cai, mas as vozes crescem. Em uníssono, a plateia acompanha a última canção da apresentação, “Enter Sandman”. O jogo de luzes entrecorta o riff marcante; três telões exibem uma multidão de braços erguidos e bocas em pleno grito. O palco parece expandir: globos infláveis com o nome da banda chovem sobre os espectadores, enquanto seus olhos refletem o brilho dos fogos de artifício que rebentam no céu. O visual impressiona, garante o publicitário e membro do fã-clube oficial do Metallica, Antônio Marques, um dos sortudos com um globo em mãos. “É como levar um pedacinho do show com você”, diz. Diversos elementos podem ajudar a dar vida a um cenário, defende Fábio Giannini Gonçalves, produtor e arquiteto que oferece serviços de projeto, viabilização e produção cenográfica. “É o uso do espaço para envolver o espectador em uma experiência; e o entretenimento está dentro disso”, argumenta. Para ele, falar em comunicação visual em um ambiente significa falar de comunicação espacial. “O espaço comunica”, explica. “Nele, podemos produzir sensações de maneira efêmera ou não a partir de formas e cores, envolvendo o espectador em uma experiência marcante e transmitindo um conceito.” Isso mostra que a decoração cenográfica é muito mais do que um pano de fundo: é parte crucial de um evento. E, acima de tudo, é um campo fértil para os birôs expandirem e fortalecerem seus negócios, pois o setor demanda soluções em diversos segmentos - de eventos de entretenimento a corporativo, PDVs, entre outros. “A cenografia é um mundo sem fim. Sem ela, um evento e uma ocasião especial fica completamente apagada”, destaca Aline Duda, da Audio Bizz.

Mercado

farto

Congressos, prêmios, eventos para o público final, convenções internas, feiras de negócios, entre outros, compõem um vasto mercado consumidor de serviços de birôs: o corporativo. São eventos que costumam ter uma duração limitada, mas representam um espaço importante para gerar networking e conexão com a marca. Banner, fundo de palco, telas em modelos diferentes são comuns nesse segmento. “Isso dentro da plenária, mas já fizemos eventos como o da Expo Disney, por exemplo, que envolvia vários estandes na parte externa”, indica Aline. “Além de cenografia física, como paredes, existe muita cenografia virtual, como painel ou strip led.”


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Palco produzido com piso black piano, molduras de madeira brilhante e bordas douradas, logo com letras em relevo e painéis de LED modulados para proporcionar profundidade

Como

envolver espectadores na mensagem da marca Conheça os bastidores do segmento cenográfico no mercado corporativo e dicas para os birôs em entrevista exclusiva com Denise Bedinelli, sócia e diretora de atendimento e planejamento da ViaBR Cenografia. Qual é a importância da decoração cenográfica? Que papel ela exerce em um evento? Denise Bedinelli: Quando começa a ser planejado, um evento tem um objetivo principal, que é deixar tudo sincronizado para que os participantes absorvam ao máximo, e positivamente, o conteúdo desejado pelo cliente. A partir de um briefing, ou um projeto criativo pré-definido, é a cenografia que dará a base e estrutura para fazer com que as pessoas sejam imersas na mensagem da marca. A cenografia é a transformação de idealizações em conteúdo concretizado. O que um birô precisa dispor para atender bem o mercado de decoração cenográfica? DB: Um birô precisa ter equipamento de última geração, com larguras de impressão grandes o suficiente para termos a menor quantidade de emendas possível. Além disso, é necessário ter máquinas com resoluções flexíveis o bastante para atender todas as demandas de um grande projeto, que vão desde impressão fotográfica de um totem ou banner, até grandes painéis de mais de 30 metros de comprimento. Finalmente, o birô precisa ter flexibilidade de atendimento – o mercado de eventos não tem dia nem hora para produção. Diversas vezes entramos com pedidos grandes tarde da noite ou nos finais de semana e feriados e precisamos dos birôs parceiros online o tempo todo para atender possíveis mudanças de última hora. Quais os materiais mais utilizados e suas vantagens? DB: O vinil adesivo nos permite uma qualidade maior de impressão e melhor resolução, praticamente em qualidade fotográfica. Ele pode ser aplicado em diversos tipos de materiais, como, por exemplo, sobre vidro, madeira, alvenaria e até no chão, que aplicando uma camada de laminação, vira um piso de alto impacto. Já a lona impressa cobre maior quantidade de espaço e pode ficar em ambiente aberto com diferentes condições climáticas, assim como pode ser utilizada em coberturas e fechamentos. O papel fotográfico também é utilizado quando precisamos fazer um banner, quadro ou algo do tipo, em que requeremos uma resolução grande. O PS, que é uma placa de um tipo de PVC impresso, é bom porque “queima” uma etapa - quando imprimimos no PS e precisamos fazer um totem ou uma estrutura, utilizamos diretamente a placa, sem ter a necessidade de pegar outro material e aplicar um adesivo, por exemplo. Por último, temos o tecido, que utilizamos para fazer bandeiras, tapetes e alguns usos especiais, como revelação de carro em que o cliente quer uma impressão da marca.

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Outro detalhe é a exposição do logotipo. De acordo com Paula Leite, do atendimento corporativo da empresa de arquitetura promocional Griffe Stands, em estandes de feira, costuma-se adotar vinil autoadesivo recortado ou impresso para os logotipos. “Eventualmente, também utilizamos spumapac ou isopor”, comenta. Entre outros materiais considerados mais comuns está a lona, geralmente escolhida em detrimento ao tecido por conta do custo mais baixo. “Mas o tecido é vantajoso porque é mais bonito, amassa menos e possibilita reaproveitá-lo com mais facilidade”, pondera. Há ainda a demanda por sinalização. Em feiras de negócios, ela é de responsabilidade da promotora do evento. Já nos estandes, os birôs de-


Rodrigo Affonso/Divulgação

ViaBR/Divulgação

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Piso arrumado: adaptações de última hora são frequentes e os produtores precisam de soluções rápidas para atender o cliente

vem oferecer esse serviço às agências contratadas por cada empresa expositora. “Se o estande contar com um mezanino, é obrigatório colocar uma placa indicando a lotação máxima”, complementa Paula. Ela ainda aponta a tendência de letra-caixa, que vem migrando de espaços perenes, como lojas, para o uso itinerante, como os estandes. “É mais bonito e tem um acabamento melhor, embora demore mais na confecção”, avalia. “Podem ser em acrílico, ferro ou madeira.”

Mergulhe

nas cenografias da moda

Trazer à tona o fundo do mar para refletir a coleção de verão de uma marca de roupa foi o que levou a diretora de criação do Studio VMSP, Juliemy Moraes Machado, a vencer o Prêmio

Design de Varejo 2014, do Retail Design Institute, na categoria “vitrine de moda”. Pérolas esculpidas em isopor com acabamento em massa, pintura automotiva, estrutura de cardume com tela em metal e peixes em recorde de EVA, compunham o cenário. Juliemy desenvolve projetos cenográficos para vitrinas, estandes de feiras e campanhas de moda. “Fora a parte de cenários, desenvolvo toda a identidade da marca através da venda visual (visual merchandising), todos os elementos que traduzem a essência da marca como objetos, sinalizações e equipamentos de loja”, detalha. Em termos de tecnologia, Juliemy aponta algumas preferências. Uma delas é a impressão UV, “porque tem

maior definição e elegância”. Ela também tem adotado a revelação através da máquina Lambda, com a qual consegue revelar fotos de 3 metros em filme. Segundo a ela, os cenários estrangeiros estão cada vez mais minimalistas e tecnológicos. “Os desejos da vez são as vitrinas cinéticas e as interativas”, conta. Uma das tendências em destaque é o gamification, que envolve ações com jogos de videogame. “Essa é uma forma de fazer com que o consumidor se encante e busque se relacionar com a marca”. Ela cita o exemplo da loja de departamento americana Bloomingdale’s, que produziu uma vitrina que permitia às pessoas interagirem com um jogo em sistema touch via aplicativo de celular para concorrer a brindes.


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Fique

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por dentro!

Confira por que esses são os substratos mais demandados pelo setor de decoração cenográfica no mundo da moda: MDF: são bons materiais para produzir grandes estruturas e cortes com profundidade, além de serem ótimos para letras. Utiliza-se impressão UV e Router nesse material. Lona e tecidos: o preço é bastante baixo, mas só são utilizados em trabalhos quando o acabamento está em impressão UV e fosco. Vinil: é um material “camaleão”, pois traz a solução para colorir e criar gastando menos. Para trabalhar com ele, utiliza-se impressão e plotter de recorte. PS: utilizados como alternativa para o acrílico que, apesar de ser bom, é muito caro. Com o PS é possível fazer placas, displays e até objetos. Studio VMSP/Divulgação

Fonte: Juliemy Moraes Machado, diretora de criação do Studio VMSP

Outro caso aconteceu na loja de departamento britânica Selfridges. “As vitrinas se movimentavam de acordo com o movimento dos pedestres na calçada”, recorda. Ricardo Nani, diretor da Fusão Impressão Digital, corrobora: vitrinas não se limitam à impressão, operando também com ferro, alumínio, madeira, entre outros elementos cenográficos, e gerando movimento. Para atender às demandas de área cenográfica em PDVs e peças de teatro, Nani destaca o trabalho com impressão UV, que seca com a luz e pode ser aplicada em madeira, lona, adesivo, acrílico, piso, tecido e fundo de cenário. “Com esse equipamento, conseguimos imprimir algo de 400 metros por hora”, salienta. Outra vantagem ressaltada pela empresa é a concentração de serviços sob o mesmo grupo, como impressão, metalurgia, marcenaria e corte a laser.

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A decoração cenográfica abre espaço para que o birô de comunicação visual utilize todo o sua amplitude tecnológica como impressoras e mesas de corte e gravação

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desafio do tempo

A decoração cenográfica é habitat natural para imprevistos, por isso o jogo de cintura é imprescindível. Em um estande do Rock in Rio, por exemplo, o produtor gráfico Rodrigo Affonso relembra que o cliente trouxe um decorflex impresso que arranhou rapidamente após sua instalação. O produtor foi acionado. “Imprimi um adesivo bloqueado com a mesma arte e depois a laminei com outra camada de adesivo chamada piso max,

uma proteção fosca de alta resistência”, relembra. O maior desafio nesse setor é a corrida contra o tempo. Prazos curtos e problemas de última hora são comuns e por isso, profissionais que trabalham com decoração cenográfica esperam dos birôs agilidade, informações constantes sobre novos materiais e orientações sobre as melhores soluções para cada projeto. Ou seja, parceria para que todos saiam ganhando o cenário perfeito!


infográfico

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O pensamento cenográfico Da criação à desmontagem, veja todas as etapas e saiba como funciona o processo de criação de uma decoração cenográfica

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Cabeça pegando fogo A próxima fase fica a cargo da criação, que pesquisa o conteúdo e esboça os primeiros layouts. Normalmente nesta etapa, os primeiros roughs [brutos] são apresentados para ele, que faz suas considerações finais.

Bufunfa envolvida Nesse meio tempo, o atendimento e o planejamento, em paralelo, planilham os custos de produção e execução.

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A hora dos Nerds Com relação às imagens e arte final, dependendo do briefing, o conteúdo pode vir pronto do cliente, ou produzido internamente, desde que fornecido o material adequado – cartela de cores, vetores dos logos, etc.

Entendendo o projeto O primeiro contato com o cliente é para uma reunião de apresentação e discussão do briefing do projeto, envolvendo tanto o atendimento, quanto a criação.

7 Bora pra casa Noprocesso de desmontagem, se houver reaproveitamento de material, estes mesmos cuidados são retomados.

5 6 Bora pra montagem Dentro dos parâmetros de prazo e local de execução, estabelecidos pelo cliente, a montagem é executada, sempre com extremo cuidado com o material impresso, que começa no transporte adequado, armazenamento em local apropriado e instalação por profissionais capacitados.

Eureka O projeto então é finalizado e, sendo aprovado, passa para o detalhamento e produção.

Fonte: Denise Bedinelli, sócia e diretora de atendimento e planejamento da ViaBR Cenografia


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Da porta pra fora

Com um crescimento astronômico nos últimos anos, a mídia Out Of Home mostra força não só na comunicação visual, como também na “paisagem cultural” das cidades

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ma pergunta para você: em pleno domingão, ao dar uma volta em sua cidade, para aproveitar aquele sol bacana, qual é a paisagem que você vê? Bom, certamente se sua cidade for uma megalópole como São Paulo, os prédios e carros farão parte da sua resposta. Mas se você morar em uma cidade mais tranquila, como alguma do Nordeste, por exemplo, os elementos urbanos dão lugar à natureza, como praias, árvores, etc. Porém, existe um fator que interliga todas elas, independente do tamanho: a mídia Out Of Home (OOH). Ela já está tão enraizada na paisagem de um município que acaba passando despercebida aos nossos olhos. Entenda tudo o que compõe esse segmento e descubra como você pode se iniciar nesse mercado. Atravesse essa porta conosco e descubra que fora de casa existe um mundo muito mais amplo para você.


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Otima/Divulgação

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Fora de casa: a mídia Out Of Home é a publicidade que fala com o consumidor na parte externa de sua residência

Fora

de casa

Em tradução livre, “Out Of Home” significa “fora de casa”. “Esse é mais um estrangeirismo adotado para congregar a publicidade exterior tradicional, instalada em pontos que permitem visualização em espaço público, e em ambientes privados, tais como shoppings e bares, por exemplo”, detalha

Sergio Rizo, sócio-diretor da RS Projetos e da Agência NovaRS. Ou seja, a OOH ‘fala’ com o consumidor fora de casa. “Hoje, o conceito da mídia ‘que fala’ é muito diferente da definição que tínhamos para isso anos atrás”, lembra Mônica Lamas, diretora geral da Clear Channel Brasil e atual presidente da Associação Brasileira de Mídia Out Of

Segundo o projeto Inter-Meios, por causa de todo seu alcance, no ano passado, o segmento de Out Of Home ocupa o 2º lugar de investimento publicitário, perdendo apenas para a TV

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Home (ABMOOH). Ela conta que o setor ganhou um significado muito mais amplo de comunicação que engloba serviço e interatividade. “Sendo assim, podemos dizer que ela é um tipo moderno e direto de comunicação e interação com o consumidor”, declara. De acordo com Rizo, esse conceito ganhou notoriedade no Brasil depois da implementação da lei 14.223 - a famosa “Lei Cidade Limpa” - que proibiu a veiculação de publicidade nas ruas paulistanas. “Boa parte dos empresários mudaram de atividade na capital passando a atuar com mídia indoor, mas mantiveram sua atividade tradicional (outdoor, front-light etc.) em outras cidades que não tinham a res-


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Essa publicidade é instalada e que tenha fácil visualização das pessoas, como terminais de trem

trição”, detalha. “E este estrangeirismo deu conta de agregar os dois tipos de atividade num mesmo conceito”, complementa Rizo. Outro aspecto muito importante da OOH é que por sua amplitude, ela possibilita ao consumidor uma experiência bastante diferente com as marcas expostas o que, de maneira direta, gera um impacto muito positivo para todos os lados. “Estamos falando de um segmento que ocupa o 2º lugar em penetração no Brasil, superado apenas pela TV”, acrescenta Lúcio Correia, diretor de tecnologia e operações da Otima. “Ela é feita para todos: para quem anda de carro, quem está a pé, em trânsito, ou seja, quem está na rua.” O fato de a Out Of Home ser tão abrangente e ter esse alcance amplo ajuda a explicar os principais beneficiados do segmento. Segundo Pau-

Você

sabia?

No fim de 2014, o Projeto Inter-Meios revelou uma pesquisa que de fato mostra a força do segmento OOH. De acordo com o relatório, o segmento ficou em segundo lugar entre as mídias que mais “puxaram” investimentos, em 2014, perdendo apenas para a TV por assinatura. De um total de R$ 24,917 bilhões investidos em mídia, entre janeiro e setembro de 2014 - um número 9,7% maior do que o registrado no mesmo período de 2013 -, a atividade conseguiu um respeitável aumento de 27,8% em seu faturamento. Por outro lado, enquanto a TV paga conquistou R$ 2,13 bilhões no ano passado - representando um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior -, as empresas do setor de publicidade exterior chegaram a R$ 2,24 bilhões (mais 21,1%). O relatório mostra que o mercado brasileiro teve um crescimento de 1,5%. Com essa performance, o segmento aumentou sua participação nos investimentos publicitários, passando de 4,7% em 2013 para 5,6% em 2014. Assim, o meio se consolidou no quinto lugar do ranking de investimentos publicitários brasileiros.

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normalmente em espaços públicos


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Por atingir a massa, o segmento de Out Of Home tem sido amplamente utilizado por anunciantes para que

Clear Channel Brasil/Divulgação

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Hoje, as peças de Out Of Home vão além do intuito publicitário: também procuram informar o público quanto ao clima, horário e outras notícias

sua mensagem seja passada ao público

lo Badra, diretor da Eletromidia, os maiores favorecidos são as pessoas que estão nos ambientes no qual os suportes são instalados, como em ruas, transportes públicos, shoppings, etc. “As agências de publicidade e os anunciantes conseguem aproveitar muito essa publicidade exterior, pois se tem acesso a uma comunicação de massa, com um recall alto e um custo relativamente acessível se comparado às publicidades mais tradicionais”,

aponta. No entanto, na visão de Correia, ainda assim, os consumidores são os maiores impactados por esse tipo de comunicação. “Afinal, o mobiliário urbano nos pontos de ônibus proporciona a veiculação de publicidade, além de projetos diferenciados e integrados a outras mídias, com elementos, formatos, interação online e inovação para conectar marcas e consumidores”, detalha.

O conceito OOH ganhou notoriedade no Brasil depois da implementação da Lei Cidade Limpa, que proibiu a veiculação de publicidade nas ruas paulistanas

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Olho

nos trabalhos

Pela definição, dá para imaginar o tanto de trabalho com Out Of Home que vemos por aí. Eles variam desde o mais simples outdoor, até o painel mais sofisticado de Digital Signage. “Basicamente, nas mídias estáticas, vemos impressão digital de alta qualidade que pouco a pouco é introduzida com mais afinco, inclusive no outdoor e telas para mídia digital de diversas qualidades e formatos”, informa Rizo. “Importante dizer que além da própria impressão digital, encontramos até mesmo trabalhos com serigrafia”, completa Paulo Badra. Mônica Lamas revela que as lonas para os grandes formatos e o papel para o mobiliário urbano, estão entre os tipos de substratos mais utilizados pelo OOH estático. No entanto, para


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Novas tecnologias como touchscreen e sampling machine, estão sendo utilizadas

Na OOH, a busca por interação entre consumidor e anunciante é um dos principais

nesse tipo de publicidade

definir o que será utilizado para cada campanha, Lúcio Correia lembra que normalmente a definição de padrão dos materiais, assim como a impressão utilizada, varia de acordo com o desejo do anunciante. “Além disso, muitos materiais utilizados são sustentáveis e de alta qualidade, o que garante uma cidade cada vez mais bonita, e com bons resultados para os anunciantes”, indica Correia. “As inovações no mercado gráfico contribuem muito para o desenvolvimento criativo. Ficar atento ao desenvolvimento desta indústria é fundamental para se diferenciar no OOH”, orienta Mônica. Já no âmbito das mídias digitais é muito normal o consumidor se deparar com painéis de LED ou monitores profissionais que suportam funcionamento ininterrupto, 24 horas por dia. Mônica lembra que de fato, a evolução para o digital era uma tendência que virou realidade no mercado brasileiro. Algumas capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis já contam com esta tecnologia em formatos tradicionais do OOH. “Toda

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objetivos dos mobiliários de OOH

tecnologia envolvida beneficia o anunciante com recursos que são possíveis somente nos formatos digitais, como a riqueza criativa, interatividade, imediatismo e o engajamento com o mundo virtual”, explica. Embora este formato esteja evoluindo, Mônica diz que isso não significa o fim dos formatos tradicionais, como a impressão. “Os meios se complementam e têm funções diferenciadas, como já acontece em mercados desenvolvidos como na Times Square, em Nova York”, justifica. Os trabalhos em OOH também têm se diferenciado muito por agregar outras tecnologias nos painéis digitais. “Apostar em publicidade em tempo real e projetos diferenciados que empregam tecnologia touchscreen, Wi-Fi, realidade aumentada, sampling machine, associados com aplicativos móbile e redes sociais, se tornou uma grande tendência”, exemplifica Lucio Correia. Segundo ele, hoje em dia, uma inovação muito interessante vista nos trabalhos é a utilização de software de georeferenciamento para o planejamento dos roteiros das campanhas. “Desta

forma, é possível desenvolver roteiros inteligentes e mais assertivos e direcionados ao público-alvo desejado.” Para produzir todos esses trabalhos, obviamente muitos profissionais estão envolvidos nos processo, desde a sua concepção até a instalação. “Todos se envolvem: do marketing da empresa que idealiza o conceito; da agencia, que precisa desenvolver a ideia; um braço da agência que faz a estratégia da comunicação; etc”, diz Mônica. “Já na parte prática da coisa, operadores, aplicadores de mídia, profissionais de agências de publicidade, equipes de marketing de anunciantes e gráficas estão inclusos no processo”, acrescenta Correia. Por fim, Rizo ressalta que esse mercado é muito carente de especialistas para vendas técnicas. “Temos a programação de mídia, os planejadores, a equipe de produção e instalação; estes fazem toda a mágica”, diz. “Os que planejam as campanhas e os criativos, também são considerados ‘moscas brancas’ nesse meio.”


infográfico

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Os traços geniais da mídia Out Of Home Confira sete fundamentos principais que caracterizam a publicidade OOH A OOH atinge o consumidor quando ele está fora de casa, ou seja, na maior parte do tempo

É uma mídia compulsória, basta o consumidor estar nas ruas para ele ser impactado, independente da sua classe, condição social ou região da cidade em que ele vive

Nos casos dos digitais, é muito mais precisa no target, pois cada tela é controlada e direcionada

Possui pesquisas de retorno de mídia e boa visibilidade

Não é uma publicidade intrusiva e não interrompe o consumidor quando ele está lendo ou assistindo algo: ele é naturalmente impactado por ser direta e objetiva

É interativa, tecnológica, criativa e muito flexível De um modo geral, o OOH unifica o melhor dos dois mundos: a cobertura das mídias de massa à capacidade de segmentação

Fonte: Lúcio Correia, da Otima; Mônica Lamas, da Clear Channel Brasil e ABMOOH; Paulo Badra, da Eletromídia; e Sérgio Rizo, da RS Projetos e Agência NovaRS


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- Parte 2

Como parte do cart達o-postal

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A mídia OOH deixou de ser uma simples forma de publicidade e entrou de vez na rotina das pessoas. Veja como a sociedade contemporânea encara essa comunicação visual e a forma que ela se enraizou na cultura das cidades

A

sociologia define sociedade como um conjunto de pessoas que compartilham gostos, costumes e propósitos. Interagindo entre si, seus membros constituem uma comunidade. Bom, entender um pouco o que é e o que funciona em uma sociedade ajuda a conhecer o papel da Out Of Home. Afinal, nos dias atuais, essa comunicação é tão comum aos nossos olhos que passa despercebida, se escondendo nos demais elementos da cidade, seja ele natural ou construído. “A OOH tem a função de oferecer interação, informação e serviços. É uma publicidade próxima, que impacta as pessoas naturalmente e possibilita a convergência com outras mídias, conectando marcas e consumidores”, relembra Lúcio Correia, da Otima.


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- Parte 2

Depois

da limpeza, o que vem?

A famosa Lei Cidade Limpa, que em vias gerais ordena a paisagem do município de São Paulo por intermédio da proibição de propaganda em outdoors e na regulamentação do tamanho de letreiros e placas em estabelecimentos, está em vigor na cidade desde 2007 e causou grande transformação no cenário paulistano. “Muitas pessoas duvidavam que a lei conseguiria ser implantada. Apesar de radical, ela foi aceita pela população e as principais cidades do Brasil se movimentaram para regulamentar a sua comunicação exterior, para que não houvesse proibições como na capital paulista”, informa Paulo Badra, da Eletromidia.

Na análise de Sergio Rizo, a Lei Cidade Limpa exportou duas coisas para as outras cidades: empresários (e, portanto, mais painéis) e a discussão sobre a regulação da publicidade exterior. “No que tange ao primeiro tópico, Campinas e Guarulhos talvez sejam as cidades que mais receberam novas mídias”, revela Rizo. Com relação à legislação, cada cidade implementa um pensamento. “Locais como São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Sorocaba, Mairiporã, Guarulhos, Praia Grande e Santos colocaram em pauta a temática de modo muito interessante e creio que o meio terá resultados positivos em médio prazo”, informa. Apesar de cada caso ser peculiar, Rizo diz que, em geral, existe um esforço grande em se padronizar, via lei, os engenhos OOH, prevendo iluminação e acabamento de primeira qualidade, assim como diversos pontos que possibilitem retorno social “Por exemplo, o tópico que prevê a disponibilização de espaços para inserção de campanhas de utilidade pública quando a ação estiver sem campanha. Ou seja, o esforço é hoje regular para não banir e prever o citado retorno social a partir da norma”, observa.

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Eletromidia/Divulgação

Passado oito anos desde sua criação e aderida por diversas outras cidades e capitais brasileiras, a pergunta que fica é: como ficou a situação do mercado OOH?

Nas grandes cidades, Out Of Home virou figurinha carimbada em terminais de trem, ônibus e metrô

Na visão de Sergio Rizo, da RS Projetos e da Agência NovaRS, antes de entender o papel deste segmento de comunicação na sociedade contemporânea, é preciso refletir sobre ela. “Talvez pudéssemos caracterizar esse momento pela hiperatividade das pessoas, juntamente com o amplo acesso aos meios de comunicação

e bens de consumo”, comenta. Nesse sentido, o OOH se adapta a este paradigma oferecendo algo mais do que propaganda. “Ele se adéqua ao ambiente oferecendo interatividade e presença em incontáveis espaços do cotidiano, além de se inserir de modo estratégico para que a propaganda, e os equipamentos em si, reflitam os


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padrões de comportamento e estética deste ambiente”, complementa. Correia atenta para outro ponto. Em sua visão, o avanço desse setor acontece em um momento no qual as pessoas passam mais tempo em movimento nas ruas, seja para lazer ou trabalho. “Neste contexto, a mídia exterior tem a oportunidade de atingir clientes poten-

ciais quando eles estão no seu mais receptivo momento. Ao esperar, eles têm tempo e estão mais propensos e sensíveis com seu entorno”, justifica. Outro papel importante que essa publicidade exerce é a informação. “A função do OOH é muito importante no dia a dia da população, pois além de

veiculação publicitária, o meio é também um prestador de serviço online com informações do trânsito, da previsão do tempo, da hora certa e de notícias em tempo real”, ilustra Paulo Badra, da Eletromidia. Com esse tipo de função, a sociedade entende o segmento como um meio de comunicação moderno e interativo, que valoriza


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- Parte 2

Clear Channel Brasil/Divulgação

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Mídia OOH se infiltra na paisagem das cidades e passa desapercebida aos olhos de seus habitantes

(e muito) a cidade. “No Rio de Janeiro, por exemplo, os relógios digitais informam sobre o trânsito e a previsão do tempo, como permite que as pessoas interajam com uma campanha por meio de uma foto ou um post de rede social”, diz Mônica Lamas, da Clear Channel Brasil e ABMOOH. Outro ponto apontado por Correia é a forma como o Out Of Home converge com a paisagem de um município. “Em São Paulo, por exemplo, muitos

abrigos, totens e painéis publicitários nos pontos de ônibus ajudaram a dar uma nova cara para a cidade”, analisa. Por eles integrarem a arquitetura e a publicidade, oferecem maior conforto, segurança e interação aos cidadãos. Correia acredita que a sociedade recebeu muito bem esse novo tipo de “decoração”. Nesse aspecto, Rizo acredita que o fato de toda mídia agregar valor na experiência cotidiana a faz ter boa reputação perante as pessoas. “E isto não é novidade! Não existe mais

espaço para a inserção de publicidade que não se apresente com qualidade e que, mesmo com as restrições legais, possibilite a introdução de projetos criativos, diferenciados”, opina. Porém, Badra faz questão de frisar que os cidadãos só enxergam a OOH quando a mesma é regulamentada e fiscalizada de modo correto. “Isso faz com que ela não se torne agressiva e, de maneira muito eficaz, traga benefícios com informações e alie modernidade a todo o ambiente”, observa.

Encarando

O OOH oferece algo mais do que propaganda: ele se adéqua ao ambiente oferecendo interatividade e presença em incontáveis espaços do cotidiano

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as dificuldades

Para se implementar a publicidade Out Of Home em uma cidade que não a possui ou não a tem da maneira correta, não é uma tarefa das mais fáceis. Para Rizo, a principal dificuldade para esse ato é a falta de informação. “O


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Mobiliário urbano nos pontos de ônibus proporciona a veiculação de publicidade e ainda deixa a cidade com uma cara diferenciada

administrador público, por exemplo, olha para um painel indicativo e o chama de outdoor. Por outro lado, o empresário muitas vezes não respeita as restrições próprias da lei e até do bom senso”, expõe. Ele conta que já viu painel instalado em um manguezal, o que prova que de fato, existem muitos que não têm noção de uso.

Clear Channel Brasil/Divulgação

Com a implementação da Lei Cidade Limpa, a cidade de São Paulo teve sua

Outra dificuldade apontada por Lúcio Correia diz respeito às condições dos locais para a instalação das peças. Ele diz que São Paulo, por ser uma megalópole, possui muitas variações em suas diferentes regiões, que vão desde o tamanho da calçada até o numero de pedestres em seu entorno. Isso faz com que o processo de instalação do painel de publicidade dependa de alguns fatores, como condições de calçadas, características do subsolo (tubulação de água, gás, telefonia e energia) e garantia dos padrões de acessibilidade previstos pela legislação. “Apesar dos pontos citados, São Paulo tem sido um modelo de execução bem sucedido de gestão de mídia Out Of Home para outras cidades do país e do mundo”, diz Correia.

Otima/Divulgação

Por outro lado, Mônica Lamas crê que a maior dificuldade ainda está em manter uma legislação que pense o OOH em conjunto com a cidade. Pesquisas com a população das maiores cidades na América Latina mostram que o desenvolvimento desse meio na infraestrutura de uma cidade cria um senso de renovação urbana e modernidade. “Ela serve como uma confirmação visual de desenvolvimento no curto prazo”, completa.

publicidade exterior repensada e hoje, é modelo de trabalhos de OOH


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- Parte 2 Out Of Home: a mídia que converge torna parte da cultura local

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futuro fora de casa

Se formos nos basear pelo crescimento do Out Of Home nos últimos anos, a perspectiva do amanhã para essa mídia é muito animadora. “Isso mostra uma tendência de que o meio está conseguindo se reinventar e que as agências e anunciantes estão cada vez mais utilizando com inteligência e criatividade! Isso deve continuar para os próximos anos, pois o segmento está em constante inovação e modernização de tecnologia”, aponta Paulo Badra. Lucio Correia concorda. Para ele, independente do tamanho da cidade, de sua extensão ou do número de habitantes, existirão cada vez mais projetos que geram experimentação, interação e engajamento para o consumidor. “Trabalhar com tecnologia apoiada na

criatividade, para viabilizar projetos e campanhas que surpreenda os clientes, é o futuro para se dar bem nesse mercado”, diz Correia. Por essa evolução e crescimento, a mídia está ganhando cada vez mais espaço nos centros urbanos e nos planos dos anunciantes. “Com a urbanização da sociedade e as pessoas passando cada vez mais tempo fora de casa, o Out Of Home, que é geralmente visto como um meio de comunicação não-intrusivo e útil, ganha relevância”, projeta Mônica. Em sua visão, as pessoas estão interessadas neste conceito desempenhando um papel social maior. “A ideia é que a tecnologia forneça serviços de informações de interesse público, fazendo parte do movimento natural de expansão das cidades.”

O Out Of Home auxilia a população como prestador de serviço online com informações do transito, da previsão do tempo, da hora certa e de notícias em tempo real

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Otima/Divulgação

com a paisagem da cidade e se

Out Of Home ganhou relevância e é visto como um meio de comunicação não-intrusivo

Eletromidia/Divulgação

Com a urbanização da sociedade e com pessoas passando mais tempo fora de casa, o

Já Sergio Rizo analisa de outra forma. Como as cidades menores de hoje serão as grandes de amanhã, é necessário prever uma legislação e um alinhamento das partes e garantir um retorno para a comunidade, prefeitura e empresários. “As tecnologias e as possibilidades de interação estão disponíveis para qualquer rincão deste continente chamado Brasil”, ilustra. O empresário bem informado e com força de vontade, pode promover a criação de ótimas leis, especialmente junto com seu sindicato patronal. “Com isso, ele pode favorecer não apenas seu bolso, mas os habitantes de cidades de qualquer porte”, finaliza Rizo. “Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade”, disse Lulu Santos. De fato, a sociedade, como um todo, leva um tempo para evoluir. Mas ela chega lá. A evolução é inerente às características do ser humano e tudo o que ele influencia, como as paisagens, que acompanham tal desenvolvimento. Com novas ideias e novos elementos como a mídia OOH, o mundo vai ganhando cada vez mais o toque homem, provando que por mais demora que haja no caminhar, ainda assim, vale a pena ter fé em dias melhores. Bora pra frente!


Digital é mais do que um tipo de impressão! 31

Nosso site está renovado, com mais conteúdo e melhor navegação. Diariamente!

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- Parte 2

infográfico

Abrindo a porta de casa! Olhar de Sócrates

Tome nota Depois da observação, chegou a hora de documentar tudo. Por isso, catalogue os tipos de mídia existentes, compreenda as potencialidades locais e regionais e, principalmente, a cultura social e empresarial do local.

O primeiro passo é ter um olhar dos grandes filósofos da Grécia antiga. Tente entender a cidade do ponto de vista dos fluxos, dos tipos de uso do espaço, as restrições ambientais e do plano diretor (quando houver).

Espelhe-se nos outros

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O Brasil está recheado com cidades que possuem um meio OOH rico e muito bacana. Busque em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio, tecnologias disponíveis e acessíveis à realidade de sua cidade, para implantação de uso e formatos de mídia!

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33 Sua cidade ainda não tem um grande mercado de Out Of Home e você quer entrar nessa área? Confira dicas importantes de como começar nesse mercado e transformar o seu município em um grande exemplo de publicidade!

Eu sou a lei

I II III IV

V VI VII VIII IX X

Diálogo é a chave Mesmo fazendo parte da cultura local, a Out Of Home ainda precisa prezar por sua função principal: ser um elo entre empresas e consumidores. Por isso, independentemente do tamanho da cidade, descubra anunciantes que possam dialogar com seu público.

Depois do surgimento da “Lei Cidade Limpa”, tudo mudou. Por isso, sugira uma lei clara para regulamentar as peças a serem instaladas. Com uma legislação escrita pelos stakeholders e a sociedade civil, existe a garantia de uma solidariedade no sentido de fazer o meio nascer com possibilidades virtuosas.

Step by step Para evitar qualquer tipo de problema futuro, é importante garantir que o crescimento seja ordenado. Ele deve andar em conjunto com os interesses do governo e da sociedade na qual essa mídia será inserida.

Fonte: Lúcio Correia, da Otima; Mônica Lamas, da Clear Channel Brasil e ABMOOH; Paulo Badra, da Eletromídia; e Sérgio Rizo, da RS Projetos e Agência NovaRS


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Pense verde

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Sustentabilidade deixou de ser coisa de “ecochato” para virar realidade. Veja como o segmento de comunicação visual vem se adequando às demandas ecológicas e saiba como você pode incluir sua empresa nessa onda verde

D Marcela Gava

epois de décadas de consumo e descarte desenfreado, a poluição em rios, ar e solos, além do desmatamento, evidenciaram a responsabilidade dos seres humanos. Para recuperar o equilíbrio ecológico, é necessário se comprometer com ações que beneficiem o meio ambiente. Esse empenho se estende também aos segmentos empresariais, incluindo a área de comunicação visual. É sabido que este mercado consome muitos insumos químicos nocivos à natureza, como solventes, vernizes, tintas e adesivos. Além disso, há a questão do descarte de sobras de banners e outdoors, que são eliminados de maneira irregular justamente por não ter uma solução, e, talvez, preocupação, unânime em todas as regiões do Brasil.


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No Brasil, a preocupação ambiental ainda está muito associada aos custos extras que, muitas vezes, o empresário não quer arcar

O armazenamento e o descarte dos resíduos, tanto de tinta quanto de substratos, devem ser feitos de acordo com as normas de órgão ambientais. No caso do estado de São Paulo, as propostas são elaboradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que fica responsável

pela emissão do Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental (CADRI). Com o certificado, o birô fica autorizado a enviar resíduos considerados perigosos – tintas e solventes – às empresas especializadas em descarte de lixo industrial. Outros resíduos não perigosos, como lonas,

As ações “verdes” podem vir até mesmo antes de pressionar o botão “Print”, por meio de práticas internas de gerenciamento

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plásticos e vinis, podem ser destinados à reutilização em ONGs, por exemplo, ou enviados às recicladoras. A preocupação geralmente se dá durante a impressão e também em relação ao destino do material após ele ser impresso. Vale atentar que as ações “verdes” podem vir até mesmo antes de pressionar o botão “print”, por meio de práticas internas de gerenciamento. “Para se evitar o desperdício de substrato ou de recursos da empresa ligados direta e indiretamente a ele, invista na geração de perfis corretos de cor, manutenção preventiva de seus equipamentos e


37 Apesar de estar em estágio

melhorias no processo de aquisição, adequando-os melhor ao perfil de seus clientes”, coloca Cássio Arrizabalaga Rodrigues, engenheiro sênior e consultor para mercados de impressão digital. Segundo ele, a empresa deverá implantar uma gestão consciente de produção e de suprimentos.

outros países, mercado brasileiro pode (e deve) ter um crescimento mais acentuado na cultura sustentável

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A sustentabilidade nas empresas de comunicação visual inclui o descarte correto dos resíduos, além da substituição de materiais de impressão por outros mais ecológicos. Mas não dá para se esquecer de englobar outros procedimentos internos, que contam, inclusive, com a reeducação dos funcionários quanto aos procedimentos mais sustentáveis. Fazer uso racional de água e energia elétrica, promover reciclagem de lixo sólido, diminuir o uso de descartáveis, não deixar aparelhos em stand-by são algumas das inúmeras ações possíveis.

inicial se comparado a


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Arquivo RSG

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O valor investido na compra de máquinas que utilizam tecnologias mais sustentáveis, como a UV LED, é compensado pela redução de custos de energia

“Embora algumas empresas tenham consciência, uma boa parte delas, de pequeno e médio porte, não tem essa preocupação arraigada em seus processos”, comenta Rodrigues. Muitos birôs têm a tecnologia solven-

te como cerne de seus serviços, cujo próprio nome já deixa claro o componente nocivo. Quando a preocupação deveria aumentar, infelizmente deixa a desejar. Para contornar a situação, o consultor elenca soluções: “A im-

A sustentabilidade nas empresas de comunicação visual inclui o descarte correto dos resíduos, além da substituição de materiais de impressão por outros mais ecológicos

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plantação de uma gestão de produção, com um correto mapeamento de procedimentos, e a implantação de melhorias contínuas de processos e atendimentos podem minimizar os impactos ambientais referentes à impressão digital, em especial aos processos de impressão com solvente”. Segundo ele, a escolha de substratos e tintas de melhor qualidade, por um lado, pode representar um pouco mais de custo no produto final, mas por outro, acrescenta muito no quesito de sustentabilidade, principalmente por sua maior durabilidade.


39 Para

esverdear o mercado

A evolução de equipamentos e substratos indica que os fabricantes estão em sintonia com as demandas sustentáveis. Mas é preciso ainda mais, principalmente que outros elos da cadeia participem da questão de conscientização ambiental. Exemplos de tecnologias favoráveis à natureza são as máquinas com cura UV-LED e a impressão com Látex. De acordo com Cássio Rodrigues, elas caminham para serem alternativas viáveis em relação à sustentabilidade, mas ainda carecem de ajustes. “A Látex seria uma opção, porém até que

ponto sua matéria-prima seria ‘renovável’, já que consome altas doses de energia elétrica no processo de impressão?”, reflete Rodrigues. Já a tecnologia UV esbarra no alto valor de aquisição. Não é todo birô que tem cacife para ela, por isso exige um investimento muito bem planejado. No caso das impressões têxteis, o uso de tintas pigmentadas à base de água promete revolucionar o setor em termos de sustentabilidade devido à baixa necessidade de pré e pós-tratamentos dos tecidos, e a sua alta versatilidade de substratos - tecidos sintéticos ou naturais. “Para 100 metros

de tecido natural (fibra de algodão), impresso digitalmente, usa-se até 800 litros de água em seu processo de lavagem e fixação, após sua impressão.” Ricardo Pi, diretor geral da Durst Brasil, acrescenta que os fabricantes têm uma importante parcela de responsabilidade em garantir que os processos produtivos sejam ambientalmente amigáveis. “Isso passa pelo tipo de tinta usado, pelos componentes que compõem essas tintas e também pelo hardware, que deve ter um sistema de filtragem de ar eficiente, além de estar otimizado para consumir menos energia”, pontua. Ele lembra que, ape-

Invista na geração de perfis corretos de cor e manutenção preventiva de

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seus equipamentos, é uma das formas de ser sustentável


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Para uma guinada sustentável, é preciso que se tenha uma conscientização maciça dos usuários finais, com cobrança por fornecedores com características e selos “ecofriendly”

sar de não estar ligado diretamente a um fator “poluente”, o bem-estar do operador também deve ser levado em consideração. “E isso abrange níveis de ruído e ergonomia.” Há dois tipos de segmentos no ramo da comunicação visual, conforme ele divide. Um deles é composto por uma grande parcela de empresas que trabalham com plotters menores de tecnologia solvente. O outro segmento é o de companhias que trabalham em escala industrial e com

equipamentos de ponta. “Nesse caso, a preocupação ambiental é maior. Praticamente todas as grandes fabricantes que atuam mundialmente hoje possuem tecnologias sustentáveis em nível de tinta e hardware”, diz.

Como

unir rentabilidade e sustentabilidade

“Porém, há muito que se fazer se formos comparar o Brasil com países europeus, o Japão ou mesmo os EUA. Lá, a preocupação ambiental já

Quando a sustentabilidade se tornar um assunto relevante e passar a ser exigida e regulamentada por órgãos

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governamentais, ou cobrada pela sociedade, a consciência ecológica passará a ser mais difundida no mercado

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se tornou cultural. Aqui, ainda está associada aos custos extras que, muitas vezes, o empresário não quer arcar”, coloca Ricardo Pi. Dar uma guinada em direção às práticas sustentáveis é, sim, uma questão de custo, mas tem seu retorno. “Poucos enxergam que alta tecnologia tem um custo inicial maior, porém, a economia gerada nos processos e a rentabilidade obtida no final da cadeia compensam”, fala. Outro problema é em relação ao capital inicial para investir, ou melhor, a falta dele. “Em países como Brasil, e outros da América Latina e Ásia, infelizmente, o fator econômico bloqueia investimentos em soluções que seriam mais amigáveis ao meio ambiente.” Além das vantagens na redução de gastos, certos equipamentos, como a tecnologia UV LED, permitem que as empresas ampliem sua gama de produtividade ao trabalhar com di-

ferentes materiais, como substratos ultrafinos e sensíveis ao calor. “O valor investido na compra de máquinas que utilizam a tecnologia LED é compensado pela redução de custos de energia”, cita Carlos Henrique de Paula Leão, sales manager da linha Inkjet da EFI. “Outro fator é a durabilidade do sistema, que deixa de ser um consumível, como as lâmpadas comuns, o que torna o retorno do investimento mais vantajoso do que o custo para a aquisição”, complementa. Segundo ele, a consciência ambiental está conquistando aos poucos o mercado gráfico. “Hoje, os lançamentos tecnológicos são praticamente simultâneos e os empresários estão acompanhando as tendências”, fala. Ele continua: “todo conceito, aos poucos, vai conquistando o mercado. As empresas fabricantes e a imprensa devem continuar

mostrando ao mercado gráfico que as soluções sustentáveis são melhores em vários sentidos, não apenas pela redução do custo de produção, mas também porque fazem bem ao meio ambiente”.

Consciência

global

Os fabricantes com presença mundial têm sempre de estar atento a normas e exigências de diferentes países. “Mesmo que não existam restrições quanto ao uso de certos componentes no mercado brasileiro, seja de comunicação visual ou outro segmento, eliminamos globalmente tais compostos se forem proibidos ou condenados nos Estados Unidos, onde está sediada nossa matriz, ou mesmo em outros países”, comentam os especialistas da 3M, Marco Iozzi, da área de desenvolvimento de produto, e Humberto Domenighi, da área de desenvolvimento de aplicação.


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Uma dica para seguir a linha sustentável é buscar produtos e outras empresas que tenham preocupação com este aspecto, seja na oferta de materiais e serviços ou na aplicação propriamente dita

À medida que o assunto se torna relevante e passa a ser exigido e regulamentado por órgãos governamentais, ou cobrado pela sociedade, esta consciência ecológica passa a ser difundida para todas as subsidiárias da empresa, conforme explicam. Segundo eles, o Brasil ainda tem um caminho longo que leva a uma maior conscientização. “Estamos engatinhando em relação às questões ambientais. Atualmente, temos somente alguns clientes e corporações que ‘exigem’ produtos e processos sustentáveis em suas peças publicitárias”, colocam. De acordo com eles, outro ponto é que o País ainda não está preparado para o valor de ser “verde”. “Geralmente máquinas e suprimentos com este apelo ecológico são mais caros e não se encaixam no perfil de produção atual do mercado”, falam. Para eles, esses produtos perdem espaço para opções de menor custo, totalmente sem diferencial tecnológico e prejudicial à na-

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tureza. “Em outros países temos visto uma migração parcial para novos produtos, especialmente em redes globais de varejo e transportes.” Uma dica para empresas do setor que querem seguir a linha sustentável é buscar produtos e outros parceiros que tenham preocupações com estes aspectos, seja na oferta de materiais e serviços ou na aplicação propriamente dita. Os especialistas da 3M aconselham: “busque meios de otimização de seus processos internos de produção, visando o uso correto das matérias primas e produtividade”, apontam. Também é importante se atualizar sobre as novidades e legislações específicas para o setor. Por ora, a dupla não acredita em alterações muito significativas para os próximos anos. “Mudanças acontecem quando são regulamentadas, ou quando as pessoas tomam consciência e se mobilizam para que elas aconteçam. No caso, os clientes - inter-

mediários ou finais - precisam clamar por produtos com apelo ecológico”, colocam. Nesse momento, cabe aos fabricantes e outros players do setor educar e sensibilizar a comunidade quanto às necessidades e benefícios do uso de produtos mais ecológicos e de práticas mais ambientais. “Acreditamos que se a maioria dos clientes finais exigissem laudos e certificados de utilização e descarte dos produtos utilizados em suas peças promocionais, todos seriam obrigados a procurar meios legais e corretos para o uso dos insumos gráficos.” Ou seja, além dos players que atuam no mercado de comunicação visual, para que a coisa tenha propriamente uma guinada mais sustentável, é preciso que exista uma conscientização maciça dos usuários finais, com cobrança por fornecedores com características e selos “ecofriendly”. Assim, ficará impossível não investir em ações sustentáveis e não surfar nessa onda verde!


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infográfico

Se jogue no verde! Confira cinco dicas para você esverdear de vez sua empresa

1

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Trabalhe a reeducação da equipe em relação ao consumo e descarte. Incentive a diminuição do uso de descartáveis e da geração de resíduos, promova a economia de água e energia.

3

Contrate uma empresa de gerenciamento de resíduos para líquidos, como vernizes, solventes e fixadores, e sólidos, como chapas de alumínio, filmes poliéster e materiais contaminados com produtos químicos.

Reaproveite materiais que seriam descartados. Lonas para banners podem virar lixinhos para carros e, de quebra, servir de brinde para fidelizar seus clientes.

Fique atento às soluções “verdes” que os fabricantes desenvolvem. O mercado já disponibiliza tintas menos agressivas, adesivos sem solventes e equipamentos mais limpos.

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5

Dê opções de mídias e tintas menos agressivas ao seu cliente final. Mostre a ele que sua empresa se preocupa com o meio ambiente e oferece alternativas. Cabe a você ajudá-lo a ter uma consciência mais “verde”.

Fonte: entrevistados durante a matéria


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ublicidade

Exterior

A Nova Era da

Fenapex

Entidade anuncia nova diretoria e traça planejamento para estar presente em todos os Estados e atuar mais fortemente com parceiros estratégicos *Jorge Mussolin

T

eresinha Moraes Abreu, atual Presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado do RJ (Sepex-RJ) e sócia-diretora da Plurex Publicidade em Ônibus, tomou posse em 25 de agosto, como presidente da Fenapex, para o biênio 2015 / 2017. A cerimônia de transmissão de posse foi realizada em um almoço comemorativo e teve a presença dos diretores dos Sindicatos Regionais, presidentes e representantes de várias entidades pares como a Fenapro, ABAP e convidados. À frente da maior entidade representativa nacional do setor de publicidade exterior, Teresinha tem muitos desafios a enfrentar, bem como muitos desafios com seu plano de ges-

tão. Assim, após ser aclamada por unanimidade como nova presidente, ela apresentou as linhas principais de seu planejamento para o biênio. Resumiu a situação atual da Federação e sua condição mercadológica, as estimativas de receita da entidade para a aplicação no planejamento de ações para os próximos meses e suas ideias para fortalecer a posição da Fenapex junto ao mercado anunciante e agências de publicidade. Dentre esses planos está o de incentivar a criação de Sindicatos nos Estados onde a entidade ainda não atua, complementando a cobertura em todo o território nacional. Outro objetivo que visa oferecer mais transparência para a Fenapex, estreitando

o relacionamento com entidades semelhantes, é promover projetos com finalidades comuns e parcerias que visem a simplificação de procedimentos entre exibidores, anunciantes e agências. Para isso, ela pretende propor melhorias nos processos adotados até agora pela entidade, sem desconsiderar os avanços das gestões anteriores, conquistando, assim, novos objetivos. Teresinha mostrou seu entusiasmo com o desejo de trabalhar intensamente para reposicionar a imagem da publicidade exterior, divulgar e apresentar a Fenapex e suas realizações ao mercado em geral e trabalhar para a valorização da atividade, posicionando-a no patamar que merece junto com as demais mídias existentes.

Assembleia para posse da nova diretoria do Fenapex

Fenapex/Divulgação

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Fenapex/Divulgação

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Fenapex/Divulgação

Cerimônia de transmissão de posse da nova diretoria da Fenapex

de uma pesquisa nacional para fornecer informações técnicas aos planejadores quando da programação de campanhas de publicidade exterior”, confirma. A nova diretoria ainda pretende inTeresinha Moraes de Abreu, nova tensificar seus esforços para presidente do Fenapex assinando a posse padronizar a nomenclatura dos equipamentos da publicidade exterior, facilitando o entenBasicamente a nova presidente dimento dos planejadores de mídia, tem o seu plano de gestão calcado trabalhando arduamente na autorreem quatro pilares: legal, administrativa, gulamentação do meio. comunicação e institucional. Na nova administração, sob o pilar administrativo, deverá ser intensificada a realização de eventos de interesse não só para as empresas de publicidade exterior, mas também para toda a sociedade. “A ideia é montar eventos trimestrais, além de trabalharmos intensamente para a realização

Nova Diretoria

da

Já no pilar legal, propõe pesquisar e sugerir uma legislação nacional que vise o reconhecimento da publicidade exterior, oferecendo mais segurança jurídica para a atividade. Além disso, pretende estar presente na Comissão de Participação Legislativa na Câmara dos Deputados e acompanhar de per-

Fenapex

Teresinha Moraes Abreu............................................................ Presidente Bruno Barbosa Guimarães................................................. Vice-presidente Márcio Renê Rocha.................................... Diretor Administrativo-financeiro Alaédes Morais Júnior..................................................... Conselheiro fiscal Romerson José Fraiz Faco.............................................. Conselheiro fiscal Ricardo Dias Barbosa..................................................... Conselheiro Fiscal João Silva................................................Diretor para Assuntos Institucionais Marcelo Santos.................................... Diretor de Tecnologia da Informação Wilson Guimarães................................... Diretor de Integração e Expansão

to a tramitação do Projeto de Lei Complementar 366/2013. Outra frente de trabalho é atuar mais intensamente em conjunto com os sindicatos regionais, oferecendo assistência técnica e jurídica para que possam se fortalecer cada vez mais. “Como os Sepex dão capilaridade à Federação, pois estão próximos das empresas do segmento, pretendemos ter um Sepex em cada estado do país e também no Distrito Federal”, comenta. “Vamos acompanhar os processos de formação dos mesmos junto ao Governo Federal, informando e apoiando, quando necessário, o processo legal para a sua formação”, acrescenta a presidente. A nova diretoria da entidade assume o cargo dando continuidade ao planejamento feito pela última gestão, no sentido de continuar trabalhando com seriedade, atentos às mudanças de mercado, tanto nacional quando internacional. “Estaremos atentos às novas tecnologias que vêm surgindo neste mercado. À frente dessa nova gestão, acredito que chegou o momento da Fenapex mostrar todo o potencial de mercado”, finalizou Teresinha.

*Jorge Luiz Mussolin é jornalista especializado em Publicidade Exterior e assessor de Imprensa da Fenapex


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V

inil

Aplicação de vinil autoadesivo: método a seco

“FERRAMENTAS”

Eduardo Yamashita*

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ando continuidade à metodologia de aplicação a seco, desta vez, vamos abordar os imãs. Eles são conhecidos como “magnetos” pelos profissionais e estão cada vez mais sendo utilizados pelos profissionais da área. Antigamente eles não eram muito utilizados, mas com a disponibilização dessa ferramenta no mercado brasileiro, o seu uso está mais comum.

Os ímãs são dipolos, ou seja, tem dois polos. Para comprovar isso, basta suspender um ímã por um barbante e verificamos que ele se direciona, aproximadamente, na direção norte-sul terrestre. Assim, suas extremidades passam a ser chamadas de polo norte e sul. O norte do ímã se alinha em direção ao norte geográfico, mesma lógica que se aplica ao sul com seu respectivo

Os ímãs são corpos de materiais ferromagnéticos que têm a capacidade de atrair outros materiais ferromagnéticos e também, de maneira um pouco mais fraca, até mesmo materiais paramagnéticos, como platina, potássio, paládio, sódio, lítio, alumínio, cromo e algumas ligas de ferro.

Chamamos de substâncias ferromagnéticas as substâncias que se imantam sob a influência de um campo magnético externo. Temos como exemplo o cobalto, níquel, ferro, etc., bem como outras ligas que os contém. Os corpos ferromagnéticos são sempre atraídos por ímãs, corpos esses que são normalmente conhecidos como magnéticos.

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Você sabia?

polo geográfico. Os polos iguais se repelem e os polos diferentes se atraem. Sempre que dividimos um ímã ao meio, ou tiramos um pedaço dele, o mesmo sempre continuará tendo o seu campo magnético com dois polos. Verificou-se experimentalmente que não se consegue obter um polo magnético separado.


47 Os tipos de ímãs

Depois de entender tecnicamente um pouco sobre os imãs, é hora de abordarmos o seu uso na aplicação de vinis autoadesivos. Eles sempre serão úteis quando tivermos:

1

Aplicação a seco;

• Ímãs naturais: são minerais com propriedades magnéticas. Esses ímãs são constituídos de magnetita (óxido de ferro, Fe3O4). • Ímãs artificiais: esses ímãs são obtidos a partir de um processo denominado imantação, que ocorre com substâncias ferromagnéticas. O processo de imantação ocorre quando colocamos um corpo ferromagnético no interior de uma bobina elétrica ou de um solenoide, onde por ali passa uma corrente elétrica de grande intensidade. Assim, ela adquire um campo magnético e se torna um ímã.

2 Superfícies metálicas como aço,

ferro - com exceção do alumínio.

A principal função do imã é ajudar no posicionamento da imagem autoadesiva fixando-a no local onde o instalador deseja aplicar a imagem.

que todos os ímãs utilizados sejam envolvidos com uma proteção para não danificar a imagem a ser instalada. No entanto, muitos deles são emborrachados para evitar arranhões nas imagens.

Há vários tipos de imãs para o uso no envelopamento de vinis: uns mais anatômicos; com formatos circulares; e formatos de barra. Porém, os mais utilizados são os circulares com um suporte central para manuseá-los. É importante

Infelizmente, no mercado brasileiro, a disponibilidade de imãs ainda é pequena. Muitos instaladores têm dificuldade de adquirir essa ferramenta importante para o seu dia a dia e acabam por utilizar a famosa fita crepe.

Acervo Eduardo Yamashita

O ímã e o nosso mercado

No nosso próximo encontro abordaremos outra ferramenta para aplicação de vinil autoadesivo a seco. Nos encontramos lá!

Eduardo Yamashita Consultor técnico para o mercado de comunicação visual yamashita@hotmail.com


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mpressão

3D

Uma nova porta de entrada! Veja como a utilização da impressão 3D tem se tornado uma bela opção para o pequeno e micro negócio Tiago Capatto*

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essoal, como vai? É muito bom estar aqui, escrevendo para vocês novamente!

Em nosso último encontro - Sign #241 - , mostrei como funciona um pouco da impressão 3D, que foi apenas um dos processos de tantos outros que existem no universo desta tecnologia. Nesta edição quero que vocês entendam como essa modalidade de impressão pode fazer a diferença para sua área de atuação, bem como para você que busca um novo ramo de negócio ou até mesmo uma forma de renda extra.

Algumas dessas questões são sobre o mercado: como ele anda, o que estão fazendo dentro dele, como que ele estará daqui a alguns anos e até mesmo se está em crise. Particularmente, eu repreendo todo o pensamento de crise, independente de qual seja. Se você busca uma oportunidade de impressão 3D pensando em fugir da crise, DESISTA! A impressão 3D não é escape de uma crise ou uma situação. Aliás, se você quer sair da crise, empenhe-se em buscar soluções e alternativas com o

seu negócio atual. Não reclame, não se lamente e nem espere do outros. O que quer que aconteça, essa ideia de que mudar o fornecedor à presidente vai resolver o seu problema, é uma furada. Somente você e sua dedicação vão resolver o seu problema! Para se trabalhar com a impressão 3D, você precisa estar disposto a investir não só o dinheiro, mas o seu tempo. É preciso aprender e principalmente entender a necessidade do que o cliente quer. A mídia tem mostrado que a tecnologia é algo simples e fácil,

Com o passar dos últimos anos, especialmente nos últimos três, muito se aprendeu sobre as impressoras 3D, como informações, métodos e novidades. Há cerca de seis anos atrás, eu me recordo que pouquíssimas empresas eram encontradas nos buscadores como o Google. Hoje em dia, a história é bem diferente. Em meu portal de impressão 3D, o Impressão 3D Printer, por exemplo, recebo diariamente e-mails de pessoas questionando muitas coisas e querendo informações. Muitos são empreendedores que estão abrindo o seu negócio ou investindo em novas oportunidades.

Réplicas e miniaturas, apesar de possíveis de serem fabricadas com o 3D, levam muito mais tempo para serem feitas

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Acervo Tiago Capato

Acervo Tiago Capato

tipos, o tempo mínimo é de 30 horas! A impressão 3D é rápida, pois em algumas horas ou um dia você vai ter na sua mão uma peça. No entanto, a tecnologia não opera na velocidade que muitos pensam que ela é capaz. Se levarmos a impressora em um evento, para imprimir uma peça de 4 horas, conseguiremos imprimir uma ou duas no máximo.

Se a peça produzida não tiver muitos detalhes, impressão 3D

Exemplo de chaveiro produzido com a tecnologia 3D

consegue ser sua grande aliada nessa empreitada!

mas isto não quer dizer que é apenas apertar um botão e tudo esta resolvido. Dos clientes que nós atendemos, muitos nem se quer sabem como funciona a impressão 3D. Muitos também pensam que é algo rápido como imprimir um documento do Word. Existem muitas limitações e tecnologias e dependendo da necessidade do cliente, talvez só outra tecnologia vá atendê-lo. A impressão 3D se iniciou e se expandiu, principalmente, para atender o mercado automotivo pela necessidade de ter peças de forma mais rápidas. É um mercado muito concorrido (entre as grandes empresas), mas muito complicado para as pequenas empresas atuarem. Por esse motivo, identificar e fidelizar o seu cliente é essencial. Das nossas impressões, 95% são clientes que têm a necessidade de imprimir um ou outro protótipo. Muitos

são clientes que demoram a retornar e por esse motivo, é preciso um forte investimento em mídia e divulgação do seu negócio. Mesmo que você não tenha muito recurso financeiro, é importante sempre ter uma página ativa em uma rede social, assim como participar de canais de comunicação e grupos específicos do público que você pretende atingir.

Brindes X baixa escala Recebo também muitos contatos de pessoas que querem utilizar a impressão 3D na confecção de brindes na forma de confecção de miniatura de pessoas - como se isso fosse imprimir uma foto. Mas infelizmente, isso é um equívoco. O tempo médio de uma peça pequena na impressão 3D é de horas 3 à 4 horas - esse é o tempo que você leva para imprimir uma peça “pequena”. Se você desejar imprimir 10 protó-

Se você quer imprimir brindes em grandes quantidades, a tecnologia não é a indicada. Mas se ela for utilizada em algo mais simples e que leve pouco tempo, ela se torna uma alternativa totalmente viável. Já chegamos a imprimir 200 peças em eventos um número muito bom, mas peças simples, como chaveiros em formato de coração, bichinhos em miniatura (3 cm de altura) e coisas desse tipo. A tecnologia é uma boa porta para produção em baixa escala. Tenho um exemplo muito bacana para isso, que não foi feito por mim, mas que serve muito bem para ilustrar o momento. Uma Lamborguini precisava ter 40 peças produzidas para utilizar em uma série de seus carros. E para fazer um molde para isso seria muito caro. Sendo assim, a marca acabou estudando como a impressão 3D poderia desmpenhar essa função e assim, optou em utilizá-la, pois teria um material tão resistente como a que ela queria. Isso mostra o quanto este mercado é incrivelmente fantástico! Em nosso próximo encontro, falarei para vocês um pouco de como a impressão 3D pode ser usada para ajudar pessoas, facilitar a sua casa e de quebra, ganhar um dim dim extra. Se você tiver alguma dúvida ou quiser saber mais sobre o assunto, me manda um e-mail. Grande abraço e até lá!

IMPORTANTE! Quando se trabalha com impressão 3D de protótipos, é muito importante também saber guardar segredo, pois muito do que você faz é confidencial e pode até receber uma multa se divulgar uma foto ou alguma informação do produto.

Tiago Capatto CEO Fundador da Impressão 3D Printer tiago@impressao3dprinter


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NDICE DE ANUNCIANTES

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