Brasil Rotário - Setembro de 2015

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Brasil A revista regional do Rotary no Brasil

SETEMBRO 2015 ANO 90 nº 1119

Reescrevendo a vida O valor da alfabetização de adultos www.brasilrotario.com.br


A sua revista estรก mudando de nome!


E vêm mais novidades por aí! É que o Rotary nos convida a ser um presente para o mundo neste ano de 2015-16, e queremos presentear também nossos leitores.


SETEMBRO 2015 nº 1119

Rotary International One Rotary Center 1560 Sherman Avenue Evanston, Illinois, EUA

Conselho Diretor 2015-16 Presidente K.R. Ravindran Presidente eleito John F. Germ

30

Vice-presidente Greg E. Podd

Cursos de alfabetização de adultos têm a missão de tirar o Brasil da oitava posição entre os países com os maiores contingentes populacionais de analfabetos

Tesoureiro Per Høyen Diretores José Ubiracy Bradford R. Howard Eduardo San Martin Carreño Guiller E. Tumangan Guiseppe Viale Hsiu-Ming Lin Jennifer E. Jones Julia D. Phelps Karen Wentz Manoj D. Desai Peter L. Offer Robert L. Hall Safak Alpay Saowalak Rattanavich Takanori Sugitani Secretário-Geral John Hewko

Curadores da Fundação Rotária 2015-16 Chair Ray Klinginsmith Chair eleito Kalyan Banerjee Vice-chair Paul A. Netzel Curadores Mário César de Camargo Bryn Styles Julio Sorjús Michael K. McGovern Noel A. Bajat Örsçelik Balkan Ron D. Burton Sakuji Tanaka Samuel F. Owori Sushil Gupta Thomas M. Thorfinnson Young Suk Yoon Secretário-geral John Hewko

12 P

23 C

Para exportar, precisamos pensar longe e grande

Fundação Rotária

Um modelo de seminário conjunto

Nuno Virgílio Neto

Paulo Augusto Zanardi e Hugo Dórea

onto de vista

oluna dos coordenadores regionais da

16 C

2015 O público aprovou São Paulo onvenção

18 C

oluna do presidente do Rotary International

K.R. Ravindran

19 C

oluna do diretor do Rotary International

Mês da Educação Básica

e Alfabetização José Ubiracy

20 C

oluna do chair da Fundação

Rotária

oluna dos coordenadores regionais da

Márcio Cavalca Medeiros

25 C

oluna dos coordenadores regionais

do

Rotary

Seja um super-herói, seja um mentor

Fernando Dias Sobrinho

28 H

omenagem

O adeus a Carlos Henrique de

Carvalho Fróes, ex-presidente

Ray Klinginsmith

e editor da Brasil Rotário

oluna do curador da Fundação

Rotária O que faz um curador? (3ª e última parte) Mário César de Camargo

30 C

apa

Reescrevendo a própria vida Luiz Renato D. Coutinho e Renata Coré

22 C

38 E

oluna da ABTRF Crescimento e desafios

Mário de Oliveira Antonino

Imagem Pública Cada um com a sua marca

A reta final do Polio Plus: seu clube não pode ficar de fora

21 C

24 C

ntrevista: Isabeli fontana

“Eu quero fazer a diferença” Luiz Renato D. Coutinho e Nuno Virgílio Neto


QUEM SOMOS O Rotary é uma organização internacional formada por mais de 1,2 milhão de pessoas em 220 países e regiões geográficas. Os rotarianos prestam serviços humanitários e ajudam a promover a boa vontade e a paz mundial.

www.rotary.org Ao tornar-se rotariano, você se conecta a um grupo de profissionais que trabalham voluntariamente para ajudar o próximo. Como a associação a um Rotary Club se dá por meio de convite, procure o clube mais próximo de você para outras informações: www.rotary.org/pt/search/club-finder

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40 R

otary em debate

O uso da palavra nas reuniões Herbert Zimath Junior

Seções 07 Cartas e recados l Saudades 08 Curtas 41 Como faço para enviar notícias e artigos à revista? 43 Clubes e distritos 63 Interact e Rotaract 67 Informativo Rotaract Brasil 68 Casas da Amizade 70 Reconhecimentos da Fundação Rotária 72 Rotarianos que são notícia l Os 50 mais 73 Aconteceu em 1975 74 Relax

Quantos somos Em todo o mundo Número de clubes: 35.143; Total de rotarianos: 1.217.170 (sendo 243.581 mulheres); Países e regiões onde o Rotary está presente: 220; Número de distritos rotários: 532; Rotaract Clubs: 8.267 (em 162 países, reunindo um total de 190.141 rotaractianos); Interact Clubs: 18.561 (em 152 países, reunindo um total de 426.903 interactianos); Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 8.563 (em 93 países, reunindo um total de 171.260 voluntários não rotarianos). No Brasil Número de clubes: 2.394; Total de rotarianos: 55.518 (sendo 13.090 mulheres); Número de distritos rotários: 38; Rotaract Clubs: 598 (reunindo um total de 13.754 rotaractianos); Interact Clubs: 948 (reunindo um total de 21.804 interactianos); Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 356 (reunindo um total de 7.120 voluntários não rotarianos).

Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de agosto de 2015).

A REVISTA Publicada ininterruptamente desde 1924, a Brasil Rotário é a revista oficial do Rotary em nosso país. Aqui você conhece um pouco do trabalho voluntário dos rotarianos brasileiros e de outros países. Seja bem-vindo! Conheça o Ideal de Servir! Junte-se a nós! Foto de capa: arte Maria Cristina Andrade com foto iStockphoto

www.brasilrotario.com.br www.facebook.com/revistabrasilrotario


Vamos entrar em contato com a Brasil Rotário? Escreva para nossos e-mails. l

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Para enviar textos e fotos sobre as ações do seu clube, escreva para redacao@brasilrotario.com.br Se você quer informações sobre a remessa da revista, alterar o endereço de envio ou atualizar o número de assinantes, escreva para expedicao@brasilrotario.com.br Para solicitação de boletos e pagamentos, escreva para cobranca@brasilrotario.com.br

Brasil Rotário: servindo por meio da comunicação

BRASIL ROTÁRIO DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente Milton Ferreira Tito Vice-Presidente de Operações Eduardo Muniz Werneck Vice-Presidente de Administração Waldenir de Bragança Vice-Presidente de Finanças George Manuel da Rocha Vice-Presidente de Planejamento e Controle José Luiz Fonseca Vice-Presidente de Marketing Bemvindo Augusto Dias Vice-Presidente de Relações Institucionais Adelia Antonieta Villas Vice-Presidente Jurídico Jorge Bragança CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Alberto Bittencourt Carlos Gueiros Fernando Magnus Fernando Quintella Joel Rennó José Alves Fortes Vicente Herculano

MEMBROS SUPLENTES

Carmelinda Maliska Ril Moura Taketoshi Higuchi ASSESSORES

Alice Cavaliere Lorentz Antonio Vilardo Cardinele Batista Lucas Cláudio da Cunha Valle Cleofas Paes de Santiago Eduardo de Souza Soares Eduardo de Barros Pimentel Fernando Moreira de Faria Flávio Mendlovitz Geraldo Lopes de Oliveira Sebastião Cony Dantas Sebastião Porto GERENTE EXECUTIVO

Gilberto Geisselmann CONSELHO FISCAL

Membros efetivos Herlon Monteiro Fontes Orlando Graneiro Wilmar Garcia Barbosa Membros suplentes Christa Bohnhof-Grühn Dulce Grünewald de Oliveira Paulo Gustavo Ouricuri

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53  Inscrição Municipal 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ  Tel: (21) 2506-5600 / Fax: (21) 2506-5601 CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO

Presidente Milton Ferreira Tito Membros Adelia Antonieta Villas Bemvindo Augusto Dias Eduardo Muniz Werneck Fernando Quintella George Manuel da Rocha Ivone Sacchetto Jorge Bragança José Luiz Fonseca José Ubiracy Silva Mário César de Camargo Waldenir de Bragança COMISSÃO EDITORIAL EXECUTIVA

Presidente Milton Ferreira Tito Membros Bemvindo Augusto Dias Eduardo Muniz Werneck Gilberto Geisselmann José Luiz Fonseca Luiz Renato D. Coutinho Manoel Magalhães Nuno Virgílio Neto Renata Coré

Conselho SUPERIOR

Mário de Oliveira Antonino DRI 1985-87 Gerson Gonçalves DRI 1993-95

Alceu Antimo Vezozzo DRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira DRI 2003-05

José Antonio Figueiredo Antiório DRI 2011-13 José Ubiracy Silva DRI 2015-17

José Alfredo Pretoni DRI 1995-97 Hipólito Sérgio Ferreira DRI 1999-01

Themístocles A. C. Pinho DRI 2007-09 Antonio Hallage DRI 2009-11

Ricardo Vieira Lima Magalhães Gondim Ex-presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário

EXPEDIENTE

Editor: Milton Ferreira Tito Jornalista responsável: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. MtB 25583 RJ Redator-chefe: Nuno Virgílio Neto – Jorn. Prof. MtB 24490 RJ Redação e site: Luiz Renato D. Coutinho, Manoel Magalhães, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré Diagramação e digitalização: Alex Mendes, Armando Santos e Maria Cristina Andrade Impressão: Log & Print Gráfica e Logística S.A. Tiragem desta edição: 58.000 exemplares E-mail da Redação: redacao@brasilrotario.com.br Homepage: www.brasilrotario.com.br Facebook: www.facebook.com/revistabrasilrotario As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores. A Brasil Rotário, consciente de sua responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para a impressão desta revista. A Certificação FSC garante que uma matériaprima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado.

ÉTICA: UM PRINCÍPIO QUE DEVE SER APLICADO SEMPRE. 6

| SETEMBRO maio de 2015 de 2015


C artas e recados

A Seu Serviço

Homenagem ao ex-presidente e editor Carlos Fróes A Brasil Rotário foi testemunha das muitas demonstrações de pesar pelo falecimento, no mês passado, do nosso ex-presidente e editor Carlos Henrique de Carvalho Fróes, governador 1986-87 do distrito 4570 (veja matéria na página 28). Destacamos abaixo três mensagens recebidas pela nossa Redação: Enviamos nossas sinceras condolências neste momento que enluta todo o rotarismo, particularmente o do Brasil. O ex-governador distrital Carlos Fróes foi um homem de grandes qualidades humanas, um profissional de sucesso e um rotariano dedicado e comprometido. – Casal Luis Vicente Giay, presidente 1996-97 do Rotary International, e Celia Cruz de Giay, vice-presidente 201315 do Rotary International. Fróes era um fidalgo na expressão da palavra, fiel nas suas amizades e um aristocrata na maneira como se dirigia aos seus companheiros. Em meu espírito, Fróes continuará vivo. Ninguém morre enquanto permanecer no espírito daqueles que o conheceram e se gratificaram com a sua presença gentil e enriquecedora. – Eduardo Álvares de Sousa Soares, governador 1987-88 do distrito 4780 e membro da Academia Brasileira Rotária de Letras. Perdemos um grande amigo e apoiador, desde o seu início, da campanha “Ética. Um princípio que não pode ter fim”. Ele fez parte do grupo que nos incentivou a planejar e realizar este projeto, tornando o tema oficializado pelo Rotary. Vestimos a mesma camisa, amigo Fróes. – Aroldo Araújo, publicitário associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro, RJ (distrito 4570).

Saudades Roberto Florêncio, governador 2001-02 do distrito 4440 e associado ao Rotary Club de Cuiabá-Bandeirantes, MT. nnn

Renan Kilesse, governador 2015-16 do distrito 4580 e associado ao Rotary Club de Ubá, MG. nnn

Vicente Sant’Anna, associado fundador e primeiro presidente do Rotary Club de Guararema, SP (distrito 4600). nnn

Remaclo Fischer, governador 1981-82 do distrito 4651 e associado ao Rotary Club de Florianópolis, SC.

Os comentários publicados nesta página são extraídos do Facebook e de cartas e e-mails enviados para a nossa Redação. No caso das correspondências, elas devem ser enviadas para o e-mail redacao@brasilrotario.com.br ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ; CEP: 20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.

Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br Endereço Rua Tagipuru, 209 – Perdizes São Paulo – SP – Brasil CEP: 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17h Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotary.org Quadro Associativo (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Débora Watanabe debora.watanabe@rotary.org Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken edilson.gushiken@rotary.org Supervisor Financeiro Carlos Eduardo Z. A. de Araujo carlos.araujo@rotary.org Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Clarita Urey clarita.urey@rotary.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)

Sobre o uso e a publicação de textos e imagens O leitor que contribui com a Brasil Rotário por meio do envio de conteúdo – tais como fotos, informações, textos e frases, entre outros – aceita e se responsabiliza pela autoria e originalidade do material enviado à revista, bem como pela obtenção da autorização de terceiros que eventualmente seja necessária para os fins desejados, respondendo dessa forma por qualquer reivindicação que venha a ser apresentada à Brasil Rotário, judicial ou extrajudicialmente, em relação aos direitos intelectuais e/ou direitos de imagem, ou ainda por eventuais danos morais e/ou materiais causados à Brasil Rotário, à Cooperativa Editora Brasil Rotário ou a terceiros. Entre os direitos da Brasil Rotário incluem-se, também, os de adaptação e condensação dos textos e imagens enviados à revista. SETEMBRO de 2015|

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C urtas O fenômeno cultural do K-pop Park Jin-hee/ Corbis

Convenção 2016

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Inscreva-se para a Convenção do Rotary 2016 pelo site www.riconvention.org/pt Nele você também pode comprar os ingressos para o Festival de abertura.

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ocê provavelmente já ouviu falar do cantor Psy (foto) e escutou a música Gangnam Style. Ele é a estrela do pop coreano que usa óculos escuros e dança fazendo um movimento de cavalo galopante. Há alguns anos ele estava em todo lugar, inclusive em um anúncio da campanha Falta Só Isto, pela erradicação da pólio, desenvolvida pelo Rotary. O que você talvez não saiba é que Psy é a ponta de um iceberg gigante conhecido como K-pop, abreviação de pop coreano. Muito antes dele se tornar uma celebridade mundial, os artistas do K-pop já eram reverenciados em toda a Ásia. Suas músicas altamente energéticas e vídeos perfeitamente coreografados lhes renderam enormes seguidores no Japão, Taiwan e China. A exportação desse gênero musical para o resto do mundo subiu em mais de 100% de 2011 a 2012 – de 180 milhões de dólares para 290 milhões de dólares. Mas o K-pop não é apenas um fenômeno cultural. Existe também um forte mercado turístico na Coreia do Sul por causa do K-pop. Se você está planejando participar da Convenção do Rotary 2016 em Seul, de 28 de maio a 1° de junho, ouvirá K-pop nas ruas, nos cafés, nos táxis e na televisão. Você também poderá participar de um show com as estrelas do K-pop no Festival de Abertura, um evento da Comissão Anfitriã da Convenção que ocorrerá no dia 28 de maio.


Programa de benefícios ROTARY GLOBAL REWARDS

Agora os rotarianos ganham descontos em mais de 700 empresas V

ocê já conhece o Rotary Global Rewards? Lançado pelo presidente do Rotary International, K.R. Ravindran, esse programa de benefícios garante descontos e vantagens a todos os rotarianos em mais de 700 empresas fornecedoras de produtos e serviços de todo o mundo, como locadoras de automóveis, hotéis, restaurantes e diversas opções de entretenimento. A iniciativa tem o objetivo de aumentar a satisfação dos associados ao Rotary e gerar recursos para os projetos humanitários realizados pela nossa organização: em muitos casos, as empresas parceiras destinarão à Fundação Rotária um valor referente a cada transação feita.

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Como funciona Você não paga nada para utilizar as vantagens do Rotary Global Rewards. Para participar, basta que o rotariano esteja cadastrado no portal Meu Rotary (é fácil: visite www.rotary.org/myrotary/pt e crie seu perfil). Conheça mais detalhes sobre essa novidade e as empresas filiadas na área Espaço do associado.

Imagem pública no Brasília Motocapital

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s 450 mil pessoas que passaram pelo Brasília Motocapital entre os dias 22 e 26 de julho conheceram um pouco do trabalho do Rotary. Realizada no Parque de Exposições da Granja do Torto, a 12ª edição do evento, um dos três maiores do gênero no mundo, reuniu motociclistas e familiares dos quatro cantos do planeta, dentre os quais a sempre muito ativa turma do International Fellowship Motorcycling RotariansSouth America, o grupo de companheirismo que congrega rotarianos apaixonados por motos do Brasil e dos países vizinhos. Em seu estande, eles divulgaram a participação do Rotary na campanha de erradicação mundial da pólio e outros projetos humanitários desenvolvidos por nossa organização – além, é claro, das próprias iniciativas de serviço feitas pelos companheiros motociclistas em suas viagens pelo país.

Governador do Rio Grande do Sul recebe rotarianos

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m junho, o governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori, recebeu um grupo de rotarianos do distrito 4670 no Palácio Piratini, sede do governo estadual, em Porto Alegre. Liderada pelo então governador do distrito, Ivo Benfatto, e pelo atual governador, Cláudio Faccin, a comitiva reuniu associados ao Rotary Club de Canoas-Industrial e ao Rotary Club de Taipei, em Taiwan, parceiros no projeto de Subsídio Global chamado Centro de Educação Digital Brasil-Taiwan (mais informações na página 60 da edição passada). Ivo Sartori ganhou uma camiseta alusiva à campanha contra a pólio e elogiou a atuação do Rotary: “O trabalho dos rotarianos enobrece a causa de todos que querem um mundo melhor”.

Ivo Sartori (3º a partir da direita, segurando a camiseta) e os rotarianos recepcionados no Palácio Piratini SETEMBRO de 2015|

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C urtas

Pensou num tema que gostaria de ver abordado na revista?

Envie sua sugestão de pauta para nós! redacao@brasilrotario.com.br Sua ideia será avaliada por nossa equipe e poderá virar reportagem em uma próxima edição. Destaques das regionais

O que as outras revistas do Rotary vêm publicando ao redor do mundo Em sua edição bimestral de maio e junho, a revista Portugal Rotário noticiou o término do mandato de Ricardo Gondim como presidente da Editora Brasil Rotário e a posse de Milton Ferreira Tito no cargo. n n n

A revista Rotary Magazin, assinada pelos rotarianos da Alemanha e da Áustria, estreou uma profunda reforma gráfica em seu número de julho. A principal novidade foi a mudança de formato, agora maior. n n n

A edição bimestral de agosto e setembro da revista Rotary, que circula na Grã-Bretanha e na Irlanda, traz uma reportagem sobre o apoio que os rotarianos da região estão dando às equipes britânicas que disputarão os Jogos Paralímpicos 2016. Eles já arrecadaram mais de 115 mil libras para patrocinar a vinda dos competidores ao Rio de Janeiro. n n n

A cobertura da Convenção do Rotary 2015 em São Paulo foi destaque na edição de agosto da revista Le Rotarien. A reportagem mostrou também a visita de representantes da publicação francesa à sede da Brasil Rotário, no dia 10 de junho, logo após o término do evento na capital paulista.

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Apoio à doação de sangue na África

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iStockphoto causa mais comum de mortalidade este nos EUA, o projeto forneceu uma sala materna é o sangramento excessivo fria com capacidade de armazenar pelo durante ou após o parto. Em paímenos 125 galões de sangue de cada vez ses em desenvolvimento, mais de 70% para o Centro Nacional de Sangue, que é das transfusões de sangue são para as administrado pelo Ministério da Saúde. crianças e mães. A África Subsaariana tem A Multi Tech, fornecedora da sala fria, o maior índice de mortalidade materna do ensinou aos funcionários do centro como mundo e o menor de doação de sangue. Setenta operar e manter o recinto, especialmente e sete países africanos coletam anualmente menos durante períodos de falta de energia elétrica, e de dez doações de sangue para cada mil moradores compartilhou técnicas de segurança e prevenção de (menos de um terço do índice em países de renda mais infecções. O projeto complementa a campanha My Blood alta), e 25 países coletam menos da metade do sangue for Others (Meu Sangue para os Outros, em inglês), ininecessário para atender à demanda. ciada por rotarianos na França para promover a doação Este ano, um Subsídio Global da Fundação Rotária e organizar campanhas de coleta de sangue na África ajudou a apoiar doações de sangue como parte da infra- francófona, em coordenação com o Global Network for estrutura médica de Bamako, capital do país. Patrocinado Blood Donation (Rede Global de Doação de Sangue, em pelos Rotary Clubs de Bamako Ouest e de Kingwood, inglês), um Grupo Rotarianos em Ação.

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Pelo saneamento e contra a pólio

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Comissão Polio Plus do Paquistão e a divisão da Coca-Cola naquele país se juntaram em 2012 para combater a pólio e melhorar o saneamento. A empresa financiou uma planta de purificação de água por osmose reversa em Karachi, aberta em janeiro de 2014. A iniciativa fornece 3.000 galões de água filtrada por dia para 20 mil pessoas em uma área onde o índice de rejeição a vacinas é muito grande. A Coca-Cola também doou um gerador para estabilizar os problemas de energia elétrica na planta e o Rotary Club de Karachi Karsaz cuida da administração diária do projeto. No primeiro ano da ação, houve uma queda de 76% na incidência de doenças causadas por água contaminada e um aumento nos índices de vacinação local.

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Para exportar, precisamos pensar longe e grande Ivanoé Gomes Pereira

Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil comenta nova queda nas exportações brasileiras e os desafios do país no setor

José Augusto de Castro recebeu a revista na sede da AEB, no Rio de Janeiro

Nuno Virgílio Neto*

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osé Augusto de Castro diz que o grande desafio para o Brasil vender lá fora não é o câmbio, mas um conjunto de problemas históricos formado por falta de logística, burocracia, impostos e custos trabalhistas elevados. Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), uma entidade privada e sem fins lucrativos que congrega e representa o segmento empresarial de exportação e importação de mercadorias e serviços, ele conversou com a Brasil Rotário em seu gabinete, no Rio de Janeiro. BRASIL ROTÁRIO: As projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil mostram que, pelo quinto ano consecutivo, teremos queda nas exportações, com redução de 15% em relação a 2014. Por que temos enfrentado tanta dificuldade para exportar? n JOSÉ AUGUSTO DE CASTRO: O Brasil é e sempre será um grande exportador de commodities [matériasprimas, minérios e agronegócio]. Nos últimos anos, passamos por um boom na exportação de commodities, que teve início em 2002 e chegou ao ápice em 2011. Os superávits obtidos nesse período, especialmente entre 2003 e 2007, propiciaram que pagássemos nossa dívida

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externa e acumulássemos reservas cambiais, hoje em torno de 375 bilhões de dólares. No entanto, o Brasil esqueceu – e infelizmente o termo é esse – que era um exportador de produtos manufaturados. Nós abdicamos de exportar manufaturados, deixando que a taxa de câmbio se valorizasse até um patamar inviável para a sua exportação – e com isso nos afastamos dos mercados. Agora, com câmbio favorável à exportação, estamos tentando recuperar nossos mercados de manufaturados do passado, e teremos uma longa jornada pela frente, mesmo que o dólar se mantenha nas condições atuais. Mas nossos verdadeiros obstáculos são outros. Eles


estão escondidos porque o câmbio melhorou nesse momento. Os grandes desafios para as exportações brasileiras são logística, burocracia, impostos e custos trabalhistas elevados. Ainda é competitivo para o Brasil exportar commodities porque elas têm um custo relativamente baixo de produção e extração, e além disso a taxa de câmbio também ajuda bastante. Só que esse cenário começa a mudar. Os preços das commodities reduziram e nós sabemos que permanecerão em um patamar baixo pelos próximos dois anos, no mínimo – e aí teremos que olhar para os manufaturados. Só que, neste momento, não estamos preparados para depender deles. Neste ano, a exportação de manufaturados brasileiros atingirá seu nível mais baixo desde 2006. Como estratégia de longo prazo, o Brasil errou ao privilegiar a exportação de commodities, esquecendo que era um exportador de produtos manufaturados? n Eu diria que, na realidade, não tivemos opção. Mas deixamos de aproveitar essa época de ouro [da exportação de commodities], quando o Brasil e o mundo cresciam, para fazer as famosas reformas. Poderíamos ter feito a reforma tributária, os ajustes na parte trabalhista, poderíamos ter investido maciçamente em infraestrutura, porém não fizemos nada disso. Colocamos todos os ovos no mesmo cesto e o cesto caiu – e agora não dá para colar os ovos, temos que buscar uma alternativa. Nós da AEB reclamamos muito. A gente dizia: “É muito bom ter superávit, as exportações crescendo, mas seria melhor exportar produtos manufaturados do que exportar commodities...”. Porque commodity é um produto instável, o preço não depende de quem produz. O manufaturado sim é um produto estável, a iniciativa da venda depende do exportador. Mas os ministros da época diziam: “Não, o mundo não vai cair mais...”. A gente sabe que tudo que sobe, e particularmente tudo que sobe muito rápido, cai algum dia. O senhor está otimista em relação ao Plano Nacional de Exportações lançado pelo Governo Federal? n É um plano de boas intenções, mas elas precisam ser confirmadas. Fazer acordos bilaterais com outros países é fundamental. Estamos presos ao Mercosul, não temos como, isoladamente, assinar acordos bilaterais com terceiros países. O aspecto positivo desse plano foi que o Brasil voltou a olhar para os EUA. A decisão ideológica do passado nos custou muito caro. Em fevereiro, pela primeira vez desde 2003, o ministro Armando Monteiro, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, foi a Washington para tratar de comércio.

“Nossos verdadeiros obstáculos são outros. Eles estão escondidos porque o câmbio melhorou nesse momento. Os grandes desafios para as exportações brasileiras são logística, burocracia, impostos e custos trabalhistas elevados”

Em junho, a presidente da República foi aos EUA, também para tratar de comércio. Até então, em todas as vezes que o presidente da República foi aos EUA desde 2003, era para abrir a Assembleia Geral da ONU ou para tratar de algum outro assunto, mas não para falar de comércio. Para pensar em exportação de manufaturados, precisamos considerar os EUA, que são o maior mercado importador do mundo. É uma decisão correta elegê-los como prioridade nesse caso. Daí a importância dos acordos bilaterais assinados entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente Barack Obama. n Sem dúvida. Foram acordos mais pontuais, na verdade. Inclusive, está sendo discutida agora uma coisa muito interessante: estávamos bastante preocupados com tarifas, só que as tarifas nos EUA são baixas. Ninguém vai deixar de exportar para os norte-americanos porque tem que pagar 1,5% ou 2% de tributo na importação. Você deixa de exportar por fatores de convergência em termos técnicos, ou por eventuais barreiras não tarifárias, mas nunca por problemas tarifários – e justamente essas convergências técnicas é que estão sendo discutidas. A parte tarifária não é o que impede a exportação. Eu vejo com muito bons olhos o ministro Armando Monteiro dando atenção especial aos EUA. E o chamado custo Brasil, com sua malha de impostos, burocracia e outros itens? Como isso afeta as exportações? n Esse é um grande problema, quase que eterno. Eu comecei no comércio exterior em 1969. Naquela época, a gente já falava em custo Brasil. Só que, de 1969 até 1985, durante o regime militar, o custo Brasil era resolvido sempre com uma maxidesvalorização da moeda. Só que hoje, com câmbio flutuante, já não tem mais como utilizar o câmbio como fator de competitividade, embora, neste momento, SETEMBRO de 2015|

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X onto P xxxx de vista

“Os sul-coreanos vendem somente de manufaturados ao mercado externo o dobro das exportações totais dos brasileiros, mesmo que a Coreia do Sul seja o 14º PIB do mundo e nós, o sétimo” o câmbio tenha virado um fator de competitividade. Eu sempre digo: câmbio é fator de conversibilidade. Ele tem que ser neutro, não é para prejudicar o outro. O custo Brasil é um problema sério. Eu acho que ele não é solucionado mais por decisões políticas. A nossa estrutura tributária, por exemplo, é absurdamente complexa e arcaica, todos reconhecem, gerando elevado custo financeiro nas exportações de manufaturados. Mas ainda assim todos querem aumentar a carga tributária, sejam os governos estaduais ou o federal, ninguém quer mexer nesse ponto. Temos uma carga tributária elevadíssima, de quase 37% do Produto Interno Bruto (PIB). Nós exportamos impostos indiretamente, e o que é pior: exportamos impostos e o governo diz que vai nos devolver, mas não devolve. Então, nós perdemos duas vezes: quando exportamos e quando deixamos de receber esses créditos, cujos volumes são hoje elevadíssimos – só de PIS e Cofins, algo da ordem de 30 bilhões de reais. O que precisa ser feito, então? Eu digo o seguinte: não quero câmbio, mas redução de custo. Se nós tivermos custos similares aos dos nossos concorrentes, não precisamos de câmbio. O meu esforço exportador é que vai viabilizar a venda, e quando eu tenho custos baixos, posso definir a estratégia a ser adotada para diferentes mercados. Atualmente, o câmbio é uniforme para todos. Com a informatização, todo mundo sabe imediatamente o que se passa aqui, nos EUA ou em qualquer lugar. Então, cada vez que o câmbio se desvalorizar no Brasil, automaticamente o importador pede um desconto. Vamos dividir o ganho cambial. Agora, quando eu tenho redução de custos, não. Nós temos que criar uma base exportadora. Temos apenas 19 mil empresas exportadoras no Brasil, das quais 1.000 representam 85% do que exportamos. Poderia ser muito maior. Precisamos criar condições para viabilizar as vendas das empresas brasileiras, especialmente as pequenas e médias. n

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O Brasil ocupa a 26ª posição no ranking dos países exportadores, mesmo tendo uma das dez maiores economias do mundo. Entre os Brics, tivemos em 2013 o menor percentual de exportações em relação ao PIB (27,6%, enquanto todos os demais passaram dos 50%). Onde Rússia, Índia, China e África do Sul acertaram e nós falhamos? O senhor poderia apontar algum país como modelo para o Brasil em política de exportações? n Infelizmente, a economia brasileira é fechada, voltada para dentro. Um país bem-sucedido em relação às exportações é a Coreia do Sul. Por quê? Porque os sul-coreanos investiram pesadamente em educação. A Coreia do Sul não tem nenhuma matéria-prima, 99% das suas vendas ao exterior são manufaturados. Eles desenvolveram produtos, design, inovação, têm grandes marcas espalhadas pelo mundo. Nós, brasileiros, não temos nada espalhado pelo mundo, temos uma indústria desnacionalizada. Este é um fato importante: das 500 maiores multinacionais do planeta, cerca de 470 estão presentes no Brasil. Mas a maioria delas é voltada para o mercado interno. Por isso a Coreia do Sul é um exemplo positivo, um caso que deu certo. Quando faço um paralelo entre o PIB da Coreia do Sul e o PIB do Brasil, quando vejo o quanto eles exportam e o quanto nós exportamos, não há termo de comparação. Os sul-coreanos vendem somente de manufaturados ao mercado externo o dobro das exportações totais dos brasileiros, mesmo que a Coreia do Sul seja o 14º PIB do mundo e nós, o sétimo – ao menos por enquanto, porque agora devemos perder uma posição. Nós temos que investir em educação para criar uma base para o futuro. Se criarmos apenas ações conjunturais, resolveremos um problema de momento, mas nunca os problemas futuros. O Brasil tem uma baixíssima produtividade e, quando se fala em competitividade, somos apenas os 58º colocados num ranking de 60 países. Há muita coisa a ser feita aqui, e o problema não é o diagnóstico, porque as causas todos conhecemos, seja o governo ou o setor privado. Falta vontade política, infelizmente. E o Mercosul, ajuda ou atrapalha? Eu não falo em acabar com o Mercosul, mas que nós precisamos buscar uma saída para ele – e isso interessa ao Brasil, ao Uruguai e ao Paraguai, mas não interessa à Argentina nem à Venezuela, que está ali só para ser do contra. O próprio Uruguai já tentou, pedindo um waiver [dispensa do cumprimento] para que pudesse fechar acordos com os EUA, mas está preso ao Mercosul. O Paraguai também. O Brasil tem interesse, não em relação aos EUA, n


Latinstock/© Matt Mawson/Corbis/Terra by Corbis

Operário numa fábrica de pneus chinesa: “Todos imaginavam que a China seria o grande comprador do mundo, mas hoje ela é o grande vendedor. Houve uma mudança total de postura.”

mas em outros mercados, e não fazemos. Devíamos seguir o exemplo do México e do Chile, que têm, cada um, cerca de 50 acordos bilaterais com o mundo todo. Outro exemplo disso, aqui mesmo na América do Sul, é a Aliança do Pacífico, integrada por Chile, Peru, Colômbia e México, quatro países com investment grade. Aí, do outro lado, temos o Mercosul, com Venezuela, Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil – e nós somos o único país com investment grade, mas com risco de perder. Por que o Chile nunca se interessou em participar do Mercosul? Porque ficaria preso, isso acabaria com a liberdade dele. E nos últimos três ou quatro anos, o Mercosul tratou de tudo, menos de comércio. Como as atuais turbulências econômicas enfrentadas pela China serão sentidas por aqui? n A crise chinesa assusta, claro, e não apenas por conta de uma redução na demanda de commodities, mas porque a China sabe que, se o mercado interno apresentar um problema, a válvula de escape será a exportação. Faz tempo que eu defendo uma tese: é o Brasil que depende da China ou é a China que depende do Brasil? Sabendo que era dependente das matérias-primas brasileiras, a China começou a buscar fornecedores alternativos. Onde? Na África. A China começou a investir pesado no continente africano, onde está buscando opções para o futuro. E o que fez o Brasil durante esse período em que a China ainda não tinha encontrando alternativas? É claro que

deveríamos ter fechado acordos com os chineses, mas até o momento não fizemos absolutamente nada. Vai chegar um dado momento em que a China reduzirá muito essa demanda de produtos brasileiros, e nós ainda não temos nenhum acordo nas mãos. Essa é uma visão de curtíssimo prazo, porque nós não conseguimos pensar no Brasil em longo prazo. Eu não sei se isso ocorre por influência política, pelo pensamento de que se nós fizermos isso hoje o próximo governo, ou quem quer que seja, lucrará. A China explodiu a partir do ano 2000. A primeira missão comercial a Pequim foi feita pela AEB em 1970 [ano de fundação da entidade], uma missão privada. Desta missão é que surgiu o reatamento das relações comerciais entre o Brasil e a China. Naquela época, a AEB pensava longe. Quer dizer, o empresário geralmente pensa longe, porque ele sabe que há turbulências no horizonte e é preciso se preparar para elas. Mas o Brasil como um todo também deveria ter pensado longe. Todos imaginavam que a China seria o grande comprador do mundo, mas hoje ela é o grande vendedor do mundo. Houve uma mudança total de postura. Aqui no Brasil, de forma geral, temos esse defeito de não pensar grande, de não pensar longe. Nós precisamos aprender a pensar longe – principalmente se queremos exportar manufaturados. BR *O autor é jornalista da Brasil Rotário. SETEMBRO de 2015|

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C onvenção 2015

O público aprovou São Paulo SPTuris ouviu mais de 1.400 pessoas em pesquisa durante a 106ª Convenção do Rotary

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cidade de São Paulo se transformou na sede do Rotary International entre 6 e 9 de junho. Na ocasião, cerca de 15 mil pessoas (quase 5.000 brasileiros e aproximadamente 10 mil estrangeiros de 150 países) se reuniram no Pavilhão de Exposições do Anhembi para participar da 106ª Convenção do Rotary, o principal evento anual da nossa organização, que a cada edição ocorre em um país diferente. Em parceria com o Comitê de Organização Local, o Observatório de Turismo e Eventos, núcleo de estudos e pesquisas da São

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e acordo com o estudo, na avaliação geral, 26,1% dos brasileiros e 14,6% dos estrangeiros entrevistados classificaram o evento como ótimo, e 62,6% dos brasileiros e 64,7% dos estrangeiros o consideraram bom. A maioria do público também aprovou a escolha da capital paulista como cenário da Convenção: 35,74% dos entrevistados concordaram totalmente com a afirmação de que “São Paulo é a cidade ideal para este tipo de evento no Brasil”, enquanto 30,45% concordaram parcialmente. Na avaliação geral da cidade, 19,1% dos entrevistados brasileiros e 14,9% dos estrangeiros a classificaram como ótima. Para 64,5% dos brasileiros e 70,3% dos estrangeiros, São Paulo foi considerada uma boa cidade. Atividades turísticas No que diz respeito ao país de residência, 60,7% dos entrevistados vivem no Brasil, 10,3% nos EUA, 3,8% na Argentina, 3,6% na Nigéria, 2,7% no Canadá, 2,5% no Chile, 2,2% no México, 1,2% no Peru, 1,1% no Japão, 1,1% em Uganda e 10,8% em outros países. A permanência média dos turistas nacionais em São Paulo foi de quatro dias. Já os visitantes internacionais ficaram na cidade um dia a mais do que os brasileiros. Além da Convenção, as outras atividades realizadas pelos entrevistados foram: gastronomia (17,2%), compras (14,2%), vida noturna/ba-

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Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos), aproveitou a oportunidade e realizou uma pesquisa de perfil de público com 1.423 participantes do evento. Concluindo a cobertura da Convenção do Rotary – destaque da edição de agosto –, trazemos alguns dos dados levantados pela pesquisa. Daniela Ometto

Cerca de 15 mil pessoas se reuniram no Pavilhão de Exposições do Anhembi em junho para o principal evento anual do Rotary res (8,3%), teatro/cinema/shows (6,3%), visita a parentes e amigos (3,4%), museus (7,5%), passeios turísticos (7,5%) e parques e áreas verdes (5,5%), entre outras (0,5%). A pesquisa identificou ainda que 21,6% (a maior parte) dos entrevistados têm 60 anos ou mais e 52,2% possuem ensino superior completo. Sobre a atividade profissional, os participantes se declararam empresários (19,8%), assalariados (17%), estudantes (16%), autônomos (15,7%), aposentados/pensionistas (11,9%), profissionais liberais (11%), funcionários públicos (6,5%), donas de casa (0,8%) e desempregados (0,7%). Em relação à renda familiar, 17,3% e 17,2% dos entrevistados brasileiros responderam dispor, respectivamente, de 3.391 a 6.780 reais e de 2.035 a 3.390 reais. Entre os estrangeiros, 16,6% dos entrevistados declararam possuir renda familiar acima de cem mil dólares. A pesquisa realizada pelo Observatório de Turismo e Eventos da SPTuris tem margem de erro mínima de 1,69% e máxima de 2,98%. BR


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A mensagem dos líderes

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l Coluna do presidente do Rotary International........................................... 18

este caderno abrimos espaço a líderes rotarianos na sua missão de orientar a Família Rotária sobre os principais desafios e metas da nossa organização. Assim, ao lado das colaborações obrigatórias do presidente do Rotary International e do chair da Fundação Rotária, nós convidamos o diretor do Rotary International, o curador da Fundação Rotária, a Associação Brasileira da The Rotary Foundation e os coordenadores regionais da Fundação Rotária, da Imagem Pública e do Rotary a trazerem informações em primeira mão e palavras de estímulo aos nossos leitores.

l Coluna dos coordenadores regionais da Imagem Pública........................... 24

Para esta edição, recebemos as colaborações indicadas ao lado:

l Coluna dos coordenadores regionais do Rotary.......................................... 25

l Coluna do diretor do Rotary International................................................. 19 l Coluna do chair da Fundação Rotária....................................................... 20 l Coluna do curador da Fundação Rotária................................................... 21 l Coluna da Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF)............ 22 l Coluna dos coordenadores regionais da Fundação Rotária......................... 23

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Coluna do presidente do Rotary International Caros companheiros rotarianos,

U K.R.Ravindran

Na rede

Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do Rotary International K.R.Ravindran acessando o site www.rotary.org/office-president

m jovem recebeu uma proposta para trabalhar como lenhador e começou o serviço com bastante energia. Na primeira semana, cortou 18 árvores. Na segunda, trabalhou tanto quanto na primeira, mas ficou surpreso ao constatar que havia cortado apenas 11 árvores. Na terceira semana, apesar de ter trabalhado sem parar até o anoitecer, o número caiu para seis. Desesperado, ele foi até o seu supervisor para pedir demissão. “Perdi minha força. Não consigo mais cortar tantas árvores como no início”, disse. O supervisor olhou para o jovem e viu que ele aparentava estar sadio. “Você já pensou em afiar o seu machado?”, indagou. “Afiar o meu machado? Quem tem tempo para isso?”, rebateu o jovem, indignado. “Passo o dia inteiro cortando lenha!” Quando não estamos fazendo tanto progresso quanto gostaríamos, é natural redobrarmos nossos esforços. Às vezes, no entanto, o melhor não é trabalhar mais, e sim com mais eficiência. Prestem atenção nas suas ferramentas e analisem os processos. Vocês estão usando seus recursos da melhor maneira possível ou cortando lenha com um machado cego? Nos últimos 20 anos, batemos na tecla do quadro associativo incansavelmente. Definimos metas e lançamos campanhas na tentativa de trazer cada vez mais associados para a nossa organização. Mas ainda assim, nosso número geral continua o mesmo. É hora de afiarmos nossos machados. Em vez de nos concentramos em como trazer mais associados para o Rotary, devemos nos perguntar: “Como podemos agregar valor à associação ao Rotary para que mais pessoas tenham interesse em fazer parte da nossa organização e menos queiram deixá-la?”. Foi com isso em mente que lançamos, em julho, o Rotary Global Rewards. Por meio deste programa inovador, nossos associados têm acesso a descontos e promoções de diversas empresas em todo o mundo. Os próprios rotarianos podem solicitar que seus negócios sejam incluídos na lista de empresas participantes, e as ofertas mais atraentes serão adicionadas ao site. Os empresários têm a opção de doar parte do lucro de cada transação à Fundação Rotária, e várias empresas já estão colaborando. Adicionaremos novas ofertas mensalmente. Para aproveitarem esta oportunidade incrível, acessem o site do Rotary (www.rotary.org/pt) e cadastrem-se no portal Meu Rotary agora mesmo. Quanto mais rotarianos participarem, mais forte nosso programa será. O Rotary Global Rewards é muito mais do que um programa de fidelidade. Ele é um novo benefício para aqueles que são rotarianos e fazem parte da nossa rede global. Com o programa não só unimos negócios e serviços, mas agregamos valor à associação. Devemos nos lembrar de que os associados em potencial provavelmente se perguntarão o que irão ganhar com sua entrada no Rotary. Portanto, devemos demonstrar o valor do Rotary e as vantagens de se tornar rotariano.

K.R.Ravindran Presidente do Rotary International

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Coluna do diretor do Rotary International

Mês da Educação Básica e Alfabetização

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José Ubiracy*

A educação é a prioridade básica para a estruturação de uma sociedade que visa atingir o seu pleno desenvolvimento social, político, econômico, científico e cultural

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stima-se que, mundialmente, cerca de 70 milhões de crianças não têm acesso à educação básica e mais de 800 milhões de pessoas acima de 15 anos são analfabetas. No Brasil, os números são preocupantes porque mais de 13 milhões de brasileiros não sabem ler nem escrever. Isso significa que o nosso país não vai cumprir um pacto internacional de reduzir pela metade o analfabetismo de adultos até o final do ano. Diante desses números alarmantes, é importante saber que o Rotary patrocina projetos que proporcionam tecnologia educacional, treinamento para professores, equipes de formação profissional, programas de merenda e livros didáticos para ajudar as comunidades a apoiar a educação básica, oferecer oportunidades educacionais iguais para ambos os sexos e aumentar a alfabetização entre os adultos. Reconheçamos que a educação é a forma mais prática, o caminho mais correto, a ação mais dinâmica para se chegar ao desenvolvimento de uma nação. Não podemos pensar em um país desenvolvido plenamente, com uma estabilidade econômica definida, com uma política social justa e humana, com homens públicos conscientes e responsáveis, sem primeiro pensarmos na educação e na formação cultural de seu povo. A educação é o princípio fundamental, a prioridade básica para a estruturação de uma sociedade que visa atingir o seu pleno desenvolvimento social, político, econômico, científico e cultural. Sem educação não se constrói um país do futuro. Por seu turno, a alfabetização é um direito do cidadão e a base para a aprendizagem permanente. O analfabetismo afeta todas as fases da vida de uma pessoa. Aqueles que não sabem ler ou escrever são muito mais propensos a continuar na pobreza, ter problemas de saúde e viver isolados em um mundo cada vez mais dependente da utilização dos computadores. É fato, também, que a falta de mão de obra especializada tem contribuído para o retrocesso econômico do país. No entanto, o que mais nos preocupa é o impacto sobre as gerações futuras. Muitas crianças crescem em lares onde os pais são analfabetos. Se proporcionarmos os meios e recursos para a educação dessas gerações, com certeza obteremos melhores resultados no futuro. Portanto, devemos fazer uma força-tarefa contra o analfabetismo, mas em defesa de uma alfabetização consciente, de uma educação de qualidade para os jovens do futuro. Se estamos chegando próximo de erradicar a pólio da face da Terra, por que não seremos capazes de acabar com o analfabetismo e de compartilhar da construção de uma educação de qualidade, preservando a moral e a ética, com princípios de formação do homem no seu meio social? Está lançado mais um desafio para o gigantesco trabalho que a educação básica e a alfabetização esperam dos rotarianos do Brasil e do mundo.

* O autor é diretor 2015-17 do Rotary International. Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para joseubiracy@ebge.com.br SETEMBRO de 2015|

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Coluna do chair da Fundação Rotária

A reta final do Polio Plus: seu clube não pode ficar de fora Ray Klinginsmith

É de suma importância que o mundo inteiro saiba das contribuições do Rotary como principal parceiro na luta contra a pólio

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untamente com nossos parceiros, criamos um plano para as etapas finais da erradicação da poliomielite, o qual está provando ser bemsucedido. Ninguém pode dizer quando acontecerá o último caso de pólio, mas se continuarmos como estamos, ele será registrado antes do fim deste ano. Sem dúvida, esta seria uma vitória sem precedentes para nós e para todas as crianças! Temos um plano para divulgar o nosso trabalho na cruzada contra a doença e ganhar o merecido reconhecimento por nosso papel fundamental na sua erradicação. A nossa primeira campanha de imunização contra a pólio ocorreu em 1979, quando ainda havia 500 mil casos da doença por ano. O sucesso que alcançamos nos levou ao lançamento do programa Polio Plus em 1985 com o objetivo de imunizar todas as crianças do mundo contra a poliomielite. Levantamos 247 milhões de dólares para este fim nos primeiros três anos e, em 1988, unimos forças com a Organização Mundial da Saúde, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e o Unicef no sonho possível de erradicar esta doença da face da Terra. Tendo o Rotary como catalizador, a formação dessa parceria marcou o início da odisseia. Chegamos agora aos estágios finais deste esforço heroico, e é de suma importância que o mundo inteiro saiba das contribuições do Rotary como principal parceiro na luta contra a pólio. Faremos o possível para divulgar o papel da nossa organização, sabendo, porém, que isto é apenas uma peça do quebra-cabeça. Todo Rotary Club precisa saber da história do programa Polio Plus para promover o nosso trabalho em sua comunidade. Precisamos do envolvimento de todos os Rotary Clubs para espalharmos as boas novas globalmente. Faça o download dos materiais promocionais disponíveis em endpolio.org e confira a publicação Rotary and the Gift of a Polio-Free World, que pode ser comprada pelo site shop.rotary.org. Não deixe de compartilhar pelas mídias sociais as informações sobre o papel do Rotary para acabar com a pólio. Não podemos desperdiçar nenhuma chance de espalhar aos quatro ventos a nossa brilhante atuação para um mundo sem essa doença. O Dia Mundial de Combate à Pólio, celebrado em 24 de outubro, é a oportunidade ideal para os clubes realizarem uma atividade visando tornar o nosso trabalho contra a poliomielite conhecido localmente. Utilize as notícias e divulgue a transmissão ao vivo promovida pelo site endpolio.org para celebrar a data e conseguir o máximo de publicidade. Estamos muito próximos do nosso objetivo e não podemos perder o ânimo. Não fique de fora e divulgue a diferença que fazemos com o Polio Plus!

Ray Klinginsmith Chair do Conselho de Curadores da Fundação Rotária

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Coluna do curador da Fundação Rotária

O que faz um curador? (3ª e última parte) Mário César de Camargo

O número de Subsídios Globais aumentou de 2013-14 para 2014-15, passando de 868 para 1.078

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ogo após minha primeira reunião no Conselho de Curadores, na condição de ouvinte, fui agraciado com um presente: um iPad de última geração. Lisonjeado, recebi as instruções de operação da “tralha”, que adicionei à parafernália eletrônica que monitora nossas vidas no século 21: smartphone, GPS, Waze, Whatsapp, Facebook. O anzol é um aplicativo chamado Boardbooks, pelo qual a Fundação envia informações aos curadores. Há os livros atuais, como a súmula da reunião de junho de 2015, bem como históricos, como os arquivos das decisões anteriores. O centro de recursos contém as minutas das reuniões dos diretores e curadores desde 2011 até o presente, o Código de Políticas do Rotary, o Código da Fundação, o Manual de Procedimento. Também engloba os orçamentos do Rotary e da Fundação, o Official Directory, o Manual dos Curadores, os Institutos deste ano, a agenda de reuniões anual, o organograma da sede e a lista telefônica de todo o estafe. Não há espaço para alegar ignorância: é como se tivessem implantado um “chip rotário” em sua cabeça. Mas voltemos às funções do curador. Num artigo futuro, tratarei de nossas parcerias com entidades congêneres, como a Fundação Bill e Melinda Gates. A relação de funções compreende, também, avaliar regularmente os programas da Fundação, sob o ponto de vista orçamentário e mesmo de conteúdo. Além da função genérica de gerir os recursos da Fundação, os curadores participam de comitês específicos. No meu caso, do Comitê de Programas, do Comitê Financeiro, do Comitê de Relações com Ex-bolsistas e, como curador de ligação, com o Comitê Estratégico Conjunto da Fundação e do Rotary. O Comitê de Programas, cuja reunião ocorreu entre os dias 8 e 11 de julho, tem um objetivo claro: a avaliação do Plano Visão de Futuro. O programa foi analisado detalhadamente. Seus cinco objetivos foram atingidos? Eles eram simplicidade, eficácia de custos, maior envolvimento do rotariano e clubes, sustentabilidade e consistência com a missão da Fundação. As críticas foram consideradas: as dificuldades dos clubes em entender o conceito de sustentabilidade, a controvérsia sobre a lista de despesas “permitidas”, a polêmica dos custos das bolsas versus os programas humanitários, a vedação ao investimento em construções, as dificuldades de comunicação das novas diretrizes aos distritos, as barreiras da tecnologia e do estafe. A avaliação envolve um processo de consultorias externas, visitas da Equipe de Consultores Técnicos da Fundação Rotária (também conhecida como Cadre) aos projetos, pesquisas de satisfação junto aos distritos. Mas algumas conclusões preliminares já foram apresentadas: o número de Subsídios Globais aumentou de 2013-14 para 2014-15, passando de 868 para 1.078 (de um total de 1.652 solicitações). Seu valor pulou de 47,3 milhões de dólares para 68,7 milhões de dólares. O nível de satisfação dos 228 distritos participantes (61 responderam à pesquisa) ficou assim: 78% consideraram-no ótimo ou bom; e 14%, péssimo ou ruim. O tempo de processamento do Subsídio Global foi reduzido de 195 para 105 dias, com meta de 40 dias úteis. O dos Subsídios Distritais passou de 59 para 36 dias úteis, com meta de 10 dias úteis. O relatório final acontecerá em março de 2016. Ainda estamos na fase das perguntas na avaliação. Como dizia Confúcio, “não procuro saber as respostas; ainda procuro entender as perguntas”.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br SETEMBRO de 2015|

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Coluna dA associação brasileira da the rotary foundation (abtrf)

Crescimento e desafios Mário de Oliveira Antonino*

Se temos essa boa expectativa graças ao histórico de arrecadações, também somos otimistas devido à generosidade do rotariano brasileiro

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muito natural que, na conjuntura econômico-financeira pela qual passa o Brasil, agravada por questões de ordem ética e moral, o pessimismo tenha se abatido sobre pessoas das mais diferentes classes sociais, das mais ricas às mais pobres, uns sentindo a produção e os negócios encolherem, outros enfrentando as chagas do desemprego e do endividamento. Para os rotarianos, que trabalham em prol de uma harmonia plena, de uma vida com dignidade, de um relacionamento amistoso e solidário, apoiar as pessoas e as famílias para que encontrem saídas para essas dificuldades e reencontrem a esperança é tarefa urgentíssima. Se, na prática, a nossa formidável Fundação Rotária e a já vitoriosa Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF) têm recebido vultosas contribuições financeiras para viabilizar os seus projetos educacionais e humanitários, nada mais provável de ocorrer do que a continuidade dessas arrecadações. E, se temos essa boa expectativa graças ao histórico de arrecadações, também somos otimistas devido à generosidade do rotariano brasileiro, que segue cada vez mais fiel ao ideário de fazer o bem ao próximo, de transformar vidas e comunidades. Aliás, aquilo que vem sendo feito desde 1905 com indiscutível sucesso tem amplo respaldo teórico em estudos de pensadores, economistas e sociólogos de inquestionável reputação mundo afora. Desde Aristóteles, que escreveu: “Os homens cumprem sua jornada unidos tendo em vista uma vantagem particular e como meio de prover alguma coisa particular necessária aos propósitos da vida”. É fácil entender como o interesse pela causa motiva tanto iniciativas como resultados. Admirável é o trabalho do sociólogo norte-americano Mancur Olson no livro A lógica da ação coletiva, cujo primeiro capítulo é intitulado “Uma teoria dos grupos e das organizações”. Prática e teoria reafirmam a convergência da capacidade do fazer das pessoas quando elas desenvolvem os seus esforços no sentido do bem coletivo. E o Rotary, a Fundação Rotária e a ABTRF não têm o mesmo ponto de convergência? Se levarmos em conta que no ano 2013-14 as doações atingiram 835.294 dólares (com o dólar cotado a 2,25 reais em junho de 2014), e que no período 2014-15 elas somaram 1.117.373 dólares (com o dólar cotado a 3,06 reais em junho de 2015), poderemos constatar o formidável crescimento dessas doações, orgulho de todos aqueles que, constituindo vitoriosas equipes desde 2004-05, têm tido total consciência do significado do servir. Deus permita que a criatividade, associada à grandeza do coração de todos, supere as aspirações arrecadadoras hoje sonhadas. * O autor é diretor 1985-87 do Rotary International, vice-presidente da ABTRF e membro do Conselho Superior da Editora Brasil Rotário.

A SS O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D A

THE ROTARY FOUNDATION

Conheça o portal da ABTRF na internet: www.abtrf.org.br 22

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Coluna doS cOORDENADORES REGIONAIS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

Um modelo de seminário conjunto Paulo Augusto Hugo Dórea* Zanardi*

O roteiro de um Seminário Regional Conjunto pode sofrer modificações a fim de atender necessidades locais

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as nossas participações nos seminários temos presenciado várias incongruências com relação a temas a serem discutidos e seus respectivos tempos. E é bastante fácil fazer a coisa certa. Por isso trouxemos logo abaixo o modelo de programação de um Seminário Regional Conjunto a título de orientação. Ele se configura em um roteiro de treinamento para um dia inteiro. Notem que cada sessão de discussão pode ser prolongada para até 90 minutos. Além disso, o roteiro pode sofrer modificações a fim de atender necessidades locais e incluir transferências de sala, intervalos e refeição. l Sessão plenária de abertura – clubes fortes: 1) Apresentação e descrição das áreas de atuação dos líderes regionais. 2) Descrição do Plano Estratégico do Rotary. 3) “Ajudar os distritos a ajudarem os clubes”. 4) Conceito de clubes dinâmicos. 5) Adoção de inovação e flexibilidade. 6) Propósito da reunião. 7) Problemas regionais. l Entrosamento da equipe (sessão conjunta): 1) Identificar pontos fortes e fracos dos distritos. 2) Aproximar pessoas para o bem de projetos e atividades. 3) Formar redes de colaboração. 4) Verificar maneiras de manter os alumni engajados. l Coordenador do Rotary (sessão 1): 1) Inovação e flexibilidade. 2) Impacto do quadro associativo. 3) Planos regionais de desenvolvimento do quadro associativo. 4) Clubes dinâmicos. 5) Formação de líderes. 6) Planejamento estratégico. 7) Questões regionais. l Coordenador regional da Fundação Rotária (sessão 1): 1) Papel do distrito em programas da Fundação. 2) Apoio financeiro à Fundação e à campanha Todos os Rotarianos, Todos os Anos. 3) Novas abordagens em captação de recursos. l Coordenador da Imagem Pública do Rotary (sessão 1): 1) Fortalecimento do Rotary. 2) Mídias sociais e imagem pública. 3) Imagem pública e quadro associativo. 4) Relações públicas inovadoras. 5) Questões regionais. l Sessão plenária: serviços de sucesso: 1) Promoção dos programas estruturados do Rotary. 2) Impacto de serviços de sucesso no clube, desenvolvimento do quadro associativo e imagem pública. l Coordenador do Rotary (sessão 2): 1) Diversificação das atividades. 2) Trabalho com os jovens. 3) Criação de projetos relevantes e sustentáveis. 4) Áreas de enfoque. 5) Questões regionais e planos regionais de desenvolvimento do quadro associativo. l Coordenador regional da Fundação Rotária (sessão 2): 1) Implementação de subsídios. 2) Aumento do serviço sustentável nas seis áreas de enfoque. 3) Impacto do serviço na participação em atividades da Fundação. 4) Questões regionais. l Coordenador da Imagem Pública do Rotary (sessão 2): 1) Divulgação de serviços práticos. 2) Impacto da imagem pública no quadro associativo e na arrecadação de fundos. 3) Projetos “marca registrada” e oportunidades de networking. 4) Promoção dos valores do Rotary. 5) Promoção das áreas de enfoque. l Sessão plenária: imagem pública e fortalecimento do Rotary: 1) Nossa imagem pública reflete quem somos? 2) Segredos de boas histórias e por que é importante contá-las. 3) Questões regionais (60 minutos). l Coordenador do Rotary (sessão 3): 1) Fortalecimento da marca do Rotary. 2) Diversidade do quadro associativo. 3) Recrutamento e engajamento de associados. 4) Organização de clubes dinâmicos. 5) Promoção de oportunidades de networking. 6) Questões e planos regionais de desenvolvimento do quadro associativo. l Coordenador regional da Fundação Rotária (sessão 3): 1) O impacto da erradicação da pólio na imagem pública do Rotary. 2) Uso de projetos financiados pela Fundação para promover a imagem pública do Rotary. 3) A marca do Rotary e seu impacto nos serviços. 4) Parcerias estratégicas e relações de cooperação. 5) Questões regionais. l Coordenador da Imagem Pública do Rotary (sessão 3): 1) Contando a história do Rotary. 2) Objetivos da imagem pública do Rotary. 3) Promoção dos valores do Rotary. 4) Questões regionais. l Sessão plenária de encerramento. (Fonte: Manual do Líder Regional 2015-16) *Os autores são coordenadores regionais da Fundação Rotária para as Zonas Rotárias 22A e 23A, e para a Zona Rotária 22B, respectivamente. Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para zanardi4730@gmail.com e hugo.dorea@rotary4390.org

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Coluna dOS cOORDENADORES REGIONAIS DA imagem pÚblica

Cada um com a sua marca Márcio Cavalca Medeiros*

Marca é como assinatura, não pode ser alterada. E diga-se de passagem: a nossa é muito inteligente, em todos os sentidos

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esde 2013, com a nova marca do Rotary International, os clubes, distritos e a própria organização mundial passaram a ter marcas próprias, ou seja: sua relação com a comunidade passou a ser mais direta, e agora se sabe quem faz o quê. Considero interessante esta questão, pois, se o rotariano desconhece o que é o Rotary e o que ele faz, a comunidade, então, nem se fala, já que fica na dependência da atitude do rotariano em mostrar e explicar o que é essa organização mundial. A partir de agora, com marcas distintas, o rotariano saberá distinguir o que cada um faz. Acredita-se que desta forma o relacionamento com a comunidade será melhor e maior. Quando se olha a marca do Rotary, pura e simples, com a roda rotária e a palavra Rotary, sabe-se que se trata do Rotary International. Quem esteve na Convenção 2015 em São Paulo percebeu que todas as marcas eram esta – afinal, era um evento mundial do Rotary, e não de um clube, de um distrito ou até mesmo de um país. Quando um clube promover uma atividade na cidade, seja ela qual for, é preciso colocar a marca do clube e não do Rotary International, até mesmo pelo fato de se tratar de uma ação pontual do clube e não da organização mundial. Isso precisa ficar claro para os rotarianos. Quando colocar a marca própria do clube, a identidade com a comunidade será maior e direta. As pessoas passarão a enxergar o Rotary como sendo algo da própria comunidade, e não de um país distante que “utilizaria” os recursos locais, extraindo dinheiro para a sede no exterior. O rotariano sabe que isso não é verdade, pois tudo que é captado no Brasil é utilizado aqui – e ainda vem uma boa parte de recursos financeiros lá de fora. Os governadores distritais e as ações coletivas passaram a ter uma identidade visual, com a marca própria do distrito. Isto quer dizer que as atividades do governador (como conferências, seminários, interclubes, interdistritais e tudo mais) passaram a contar com a marca do distrito, e certamente, tendo uma visibilidade específica sobre o que é ação do distrito, do clube e do Rotary International. Os programas desenvolvidos pelo Rotary e pela Fundação Rotária passam a ter um modelo de marca, ou seja: utilizando da “marca base”, os programas são apresentados com a cara do Rotary. Não nos cabe discutir ou polemizar se a marca deveria ser assim ou de outro jeito. Cabe-nos utilizá-la da maneira correta e dentro dos padrões do Rotary International. Por ser jornalista e trabalhar muito com as mídias sociais, tenho verificado os erros e acertos em todo o Brasil, e em muitos outros clubes do exterior. Os amigos rotarianos mais próximo até me apelidaram de “Caçador de Marcas”, de tanto que mostro os erros e acertos das marcas de clubes e distritos pelas redes sociais. O importante é que cada rotariano preocupado com a marca do seu clube entre no portal do Rotary (My Rotary) e no Brand Center para produzir a marca corretamente, com a fonte, o tamanho e o espaço certos, e o alinhamento devido. Muita gente mexe na marca, utilizando fontes e tamanhos incorretos. Isso não pode. Marca é como assinatura, não pode ser alterada. E diga-se de passagem: a nossa é muito inteligente, em todos os sentidos. Alguns podem não gostar desse ou daquele tom, mas que a nova marca nos aproximou mais da comunidade, disso eu não tenho dúvidas. * A autor é coordenador regional da Imagem Pública para as Zonas Rotárias 22A e 23A. Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para marcio@medeiros.jor.br

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Coluna doS cOORDENADORES REGIONAIS D0 ROTaRy

Seja um super-herói, seja um mentor Fernando Dias Sobrinho*

A existência de um mentor que possa apoiar o associado novato ou menos atuante é fundamental para a diminuição da taxa de evasão

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odos nós já tivemos um super-herói que nos inspirava quando éramos crianças. Ele poderia ser um personagem das histórias em quadrinhos ou um familiar, entre outros. Os super-heróis podem ser uma influência muito positiva para os pequenos, pois apresentam traços de coragem, responsabilidade, ética e altruísmo. Eles podem ensinar nossas crianças a serem melhores e, também, ajudar aqueles que precisam de ajuda. Copiá-los é um aprendizado poderoso. É como ter um mentor. Mentor é a pessoa que, pela sua sabedoria ou experiência, ajuda outra como guia ou conselheiro. Ele faz com que as situações complexas se simplifiquem. Ele inspira. Pessoas de sucesso possuem redes com outras que mereçam seu respeito e confiança, que possam orientá-las nos caminhos da vida. Ter um mentor é fundamental para o sucesso. E quanto ao Rotary? Sabemos da importância do mentor para o novo associado, mas não costumamos transformar esta verdade em atitude. Resultado: acabamos abandonando os novos rotarianos. Como consequência, muitos deixam o clube. O Rotary International perde 18% dos associados anualmente – cerca de 220 mil rotarianos. Apesar disso, há 20 anos o número de associados está estável. Entra um, sai um. É o efeito porta giratória. Precisamos melhorar a nossa taxa de retenção, pois apenas assim retomaremos o crescimento. É aqui que o mentor adquire importância fundamental. Estudos indicam que os associados que ingressam no clube sem nenhum conhecimento sobre o Rotary são mais propensos a deixar a organização dentro de um ou dois anos. Da mesma forma, a falta de um programa formal de orientação aos novos rotarianos logo após sua admissão contribui para que abandonem o clube. A existência de um mentor, rotariano dinâmico, não obrigatoriamente o padrinho, que possa apoiar o associado novato ou menos atuante, é fundamental para a diminuição da taxa de evasão. Tão importante quanto ter um mentor é ser um mentor. Devemos lembrar que em algum aspecto da vida sabemos mais de um assunto do que outras pessoas. É uma lei do universo: quando damos conhecimento, recebemos conhecimento. As pessoas que ensinam progridem, tornam-se aptas a promoções e desfrutam uma melhor reputação dentro da organização. Como diz o ditado: “Podemos realmente ter tudo o que queremos na vida se ajudarmos suficientemente os outros a terem o que desejam”. Ou, como costumamos dizer no Rotary: “Mais se beneficia quem melhor serve”. Um mentor deverá ser para os novos rotarianos o que os heróis são para as crianças. Seja um mentor. Incorpore o papel de super-herói! *O autor é coordenador regional assistente do Rotary para a Zona Rotária 22A. Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para fernandorotary@gmail.com

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O adeus a Carlos Henrique de Carvalho Fróes, ex-presidente e editor da Brasil Rotário (1929-2015) Sérgio Afonso

Ao longo dos quatro anos em que esteve à frente da Brasil Rotário como seu presidente e editor, entre 2007 e 2011, Carlos Henrique de Carvalho Fróes adiou delicadamente os pedidos de entrevista feitos a ele pela Redação da revista. O “sim” veio somente em seu último dia no cargo, quando resolveu conversar com nossa reportagem sobre a administração que então concluía. Esse pequeno episódio de cavalheirismo diz muito sobre a personalidade dele, e de como Fróes será lembrado por seus muitos amigos, feitos nos quatro cantos do mundo ao longo de seus 86 anos de vida, encerrada no último dia 22 de julho, no Rio de Janeiro.

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dvogado renomado e jurista, Carlos Fróes era uma das maiores referências em mediação e arbitragem do país, integrando o Comitê Brasileiro e a vice-presidência da Corte de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional, com sede em Paris. Membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros desde 1963, assumiu a presidência da entidade no biênio 198889. Um dos fundadores da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual, em 1964, ocupou os cargos de secretário, vice-presidente e, por fim, de membro de honra vitalício de seu Conselho Diretor. Destacamse ainda sua atuação como juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, na

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classe de jurista (1979-80); como secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça no começo dos anos 1990; e como professor da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Lições de berço Nascido na Bahia em 12 de junho de 1929, filho do célebre médico, professor e rotariano Heitor Praguer Fróes e de dona Celina, o menino Carlos aprendeu com eles a amar a cultura e o Rotary. Sua trajetória em nossa organização começou no dia 30 de junho de 1971, quando foi empossado no Rotary Club do Rio de Janeiro, do qual se tornaria um símbolo. Depois de assumir a presidência do clube no período


1982-83, assumiu a governadoria do distrito 4570 em 1986-87. Participante de quase todos os Institutos Rotary do Brasil realizados a partir de 1985 (ele só não foi ao de Águas de Lindoia, em 1995) e de cerca de 20 Convenções Internacionais, colecionava amigos nas frequentes viagens que gostava de fazer. Sua experiência no Rotary foi compartilhada com outros companheiros nas diversas oportunidades em que serviu à organização, como instrutor nas Assembleias Internacionais de Nashville e Phoenix, em 1988 e 1989; delegado ao Conselho de Legislação de 1992; representante de presidentes do Rotary International em diversas Conferências Distritais no Brasil e no exterior; e presidente da Comissão Organizadora da Celebração Presidencial do Rotary International na cidade do Rio de Janeiro, em 2005, que teve como tema O Rotary e a Saúde Pública. Liderando mudanças Então ocupando o cargo de vice-presidente Jurídico da Editora Brasil Rotário, em 2007 Fróes aceitou o convite do seu clube para liderar a chapa que concorreria à presidência da cooperativa. Ele teria pela frente o desafio de substituir Roberto Petis Fernandes, que encerrava um histórico mandato iniciado em agosto de 1994. Eleito presidente, liderou um processo de reformas editoriais, gráficas e administrativas importantes, que serão lembradas sempre que se contar a história da Brasil Rotário. Destacam-se a criação da Comissão Editorial Executiva; a reestruturação do site da revista, que desde então aumentou em oito vezes o número mensal de acessos; a entrada da revista na era das redes sociais (somos hoje a maior comunidade sobre o Rotary em língua portuguesa no Facebook); a criação do acervo digital; a redução da taxa de inadimplência de assinaturas para um índice inédito, inferior a 1%, complementada por um profundo corte nas despesas; e algo de que ele se orgulhava muito: o estabelecimento do limite de apenas uma reeleição para o mandato de presidente (cada mandato tem o período de dois anos). Memória do coração Nas reuniões mensais da Comissão Editorial Executiva, oportunidade em que as capas e o conteúdo das edições são aprovados antes de seguir para a gráfica, Carlos Fróes lia com especial atenção as frases que publicamos na última página da revista, sob a retranca “Entre aspas”. Dono de

Na presidência da editora, Fróes liderou um processo de reformas editoriais, gráficas e administrativas importantes, que serão lembradas sempre que se contar a história da Brasil Rotário uma memória impressionante, em seu convívio com a equipe ele compartilhava de cabeça muitas citações como aquelas, aprendidas em livros, peças de teatro e óperas, além das tantas histórias que testemunhou em tribunais e reuniões do Rotary. De doutor Heitor, o pai, herdou também a curiosidade por aprender idiomas, tornando-se fluente em quatro, além do português que dominava impecavelmente: inglês, francês, espanhol e italiano – também falava razoavelmente alemão e tinha noções de russo. Ao deixar a presidência da revista, Fróes ajudou a fundar e foi eleito primeiro presidente da Academia Brasileira Rotária de Letras. Companheiro Paul Harris com dois rubis, Cavaleiro da Legião de Honra da República Francesa e associado benemérito da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Carlos Henrique de Carvalho Fróes recebeu grandes homenagens em vida. Em emoção, no entanto, elas perderam para as alegrias que teve ao lado de sua mulher, Licia Lacerda; das suas duas filhas; e daquelas conquistadas nos gramados pelo Flamengo, clube de futebol do seu coração, e do qual foi conselheiro por muitas décadas. Da mesma maneira que abrimos este texto, nossa homenagem se encerra com a recordação de outro pequeno gesto, agora dos seus amigos: sempre que nós, da equipe de jornalismo, chegávamos para a cobertura dos Institutos Rotary em qualquer parte do país, os rotarianos nos repetiam a pergunta que manifestava a saudade: “E o Fróes, quando é que chega?”. Sim, amigos: de agora em diante, teremos que lidar com uma saudade mais teimosa. Como disse Coelho Neto, num aqui definitivo aforismo, essa saudade que é “a memória do coração”. BR

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Reescrevendo a pró A tarefa de reverter a oitava posição mundial do Brasil em números absolutos de analfabetos

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Reportagem de Luiz Renato D. Coutinho e Renata Coré* l Arte: Maria Cristina Andrade

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ecentemente, Marilza Mendes começou a fazer e vender bolos. Essa empreitada veio depois que os filhos cresceram. Só havia um detalhe atrapalhando o seu entusiasmo: como anotar os pedidos dos clientes? Eles ligavam e queriam marcar o dia e a hora em que pegariam o bolo, e o sabor

desejado. O jeito era pedir aos clientes que viessem à sua casa anotar eles mesmos os pedidos. Afinal, gravar todos na memória estava se revelando tarefa impossível. Marilza nasceu em uma área rural de Campos, cidade do Estado do Rio de Janeiro que se notabilizou por vários ciclos do açúcar, o chamado ouro-doce, e colecionou histórias de barões e comendadores. Ela se lembra nitidamente de seu primeiro contato com os estudos. Aos dez anos de idade, ela e muitas crianças da região saíam de casa por volta das sete horas da manhã, percorriam longas estradas de barro e passavam no meio de boi brabo, para chegar à escola às onze horas. Ali, naquela unidade do Mobral (projeto de alfabetização criado pelo governo militar em 1967 e encerrado em 1985), as crianças tomavam um copo de café com leite e se sentavam para dormir nas carteiras. Marilza gostava da professora: “Era uma mãe pra gente”. Mas um dia ela chamou os seus pais. “A professora falou para eles que não estava adiantando, que aquilo só estava servindo para castigar a gente de cansaço. Aí a gente parou de estudar, e eu nunca mais tive oportunidade.” s

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A professora Selma Rodrigues e a sua turma de alfabetização no bairro da Saúde, no Rio de Janeiro Luiz Renato D. Coutinho

Maria Paulino de Sousa nasceu no interior do Ceará e saiu de casa aos 12 anos. “Uma amiga fez a cabeça da minha mãe para eu trabalhar na casa dela em Fortaleza, que eu iria receber estudo, salário e seria tratada como uma filha”, ela conta. Nada disso ocorreu: “Ela me fez de escrava, não me dava salário e ainda me proibia de ter contato com os meus pais. Até que eu fugi”. Maria também frequentou uma escola do Mobral, onde permaneceu por três anos. “Aí eu casei, parei de estudar. Esqueci de mim. Agora meus filhos estão adultos e eu me sentia uma vassoura jogada no canto. Resolvi voltar para a escola, porque eu já não sabia mais ensinar o dever de casa do meu neto pequeno”, desabafa. Maria e Marilza são colegas em um curso de alfabetização noturno promovido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) na Escola Padre Francisco da Motta, no bairro da Saúde, zona portuária da cidade do Rio de Janeiro – escola que há vários anos recebe apoio de Rotary Clubs cariocas. Elas e mais dez alunos – apenas um dos quais, uma aluna, tem menos de 40

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anos – seguem, de segunda a sexta-feira, um caminho às vezes sinuoso por palavras e frases, após um dia de trabalho estafante. “Algum número eu já sei, algumas letras... O meu desejo é assinar tudo correto quando uma pessoa me der um papel”, explica Maria da Conceição, que é natural da cidade de Areia, na Paraíba. “Estou esperando ficar mais firme na leitura para trocar os meus documentos”, completa. Os documentos de Maria da Conceição são carimbados com a digital. A professora da turma, Selma Rodrigues Costa, conta que o curso de alfabetização permitiu que, no ano passado, uma aluna descobrisse que havia sido dada como morta na documentação pessoal. Na sala há apenas dois homens. Um deles é Antônio Carlos de Almeida, sexagenário natural de Salvador. Tímido e com uma voz baixa, ele explica que havia estudado até a quinta série do ensino fundamental. A professora Selma acrescenta que ele gosta de ler. O outro aluno é Geraldo Francisco de Paula, de 74 anos. Na noite de 11 de agosto o encontramos recortando


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o Brasil é o oitavo país em números absolutos de analfabetos, com um contingente de 13,6 milhões de pessoas com mais de 15 anos incapazes de ler e escrever um bilhete simples

palavras iniciadas pela letra B de uma edição da revista Caras e colando-as com capricho no caderno. “Eu sei as letras, mas ainda não sei juntar”, ele explica. “Ele costuma vir acompanhado pela esposa, para incentivá-lo. E em casa ela o ajuda com as lições”, diz a professora. Seu Geraldo logo emenda: “Eu tenho muita vontade de aprender, sair pelo mundo afora sem saber ler as placas dos ônibus é muito ruim. Você sabe que muitos gostam de informar, mas muitos não...”, comenta. Gestora do projeto Alfabetização Cidadã, da Universidade Católica de Brasília, a professora Gleice Amélia Gomes identifica alguns perfis bem definidos em turmas de letramento de adultos. “Atendemos pessoas acima de 18 anos, e as idades variam. Temos tanto jovens quanto adultos e pessoas da terceira idade. Os jovens, em geral, vêm de áreas urbanas e são conectados. Já os mais velhos viveram em áreas rurais e com poucas oportunidades de contato com a palavra escrita. Geralmente os jovens querem entrar no mercado de trabalho, dar continuidade aos estudos, enquanto os idosos participam para conseguir mais independência”, avalia.

COMO ESTAMOS? Segundo dados da Unesco do ano passado, o Brasil é o oitavo país em números absolutos de analfabetos, com um contingente de 13,6 milhões de pessoas com mais de 15 anos incapazes de ler e escrever um bilhete simples. O primeiro colocado deste ranking melancólico é a Índia, com 287,3 milhões de analfabetos (22,5% de sua população), seguido por China, com 52,3 milhões (ou 3,85% de sua população), e Paquistão, com 49,5 milhões (26,7%). São 743 milhões de adultos iletrados no planeta, na proporção de duas mulheres para cada grupo de três pessoas sem escolaridade. De acordo com a mesma Unesco, 76% dos adultos analfabetos se localizam no sul e oeste da Ásia e na África Subsaariana. Em apenas dez países estão concentrados 557 milhões de adultos analfabetos, entre eles China, Índia, Egito, Nigéria e Brasil. Sem ler nem escrever um indivíduo é incapaz de desenvolver qualquer aprendizado formal e mesmo técnico, ou participar da vida social e política com o mínimo de iStockphoto

Alfabetização continuada em Astorga

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esde 2002, a Associação de Senhoras de Rotarianos (ASR) de Astorga desenvolve o projeto da Escola de Alfabetização de Adultos em sua sede própria, a Casa da Amizade de Astorga. A iniciativa surgiu de uma observação de Ancila Boer. Pedagoga, associada ao Rotary Club de Astorga-Rainha da Amizade, PR (distrito 4710), e coordenadora distrital 2012-13, ela notou a existência de idosos analfabetos. Como a associação já vinha se dedicando à terceira idade desde 1982, quando foi criado o Clube do Vovô, que oferece atividades semanais na Casa da Amizade, as integrantes da ASR decidiram contribuir também com o letramento de idosos. “Esse projeto surgiu como meta da Associação de Senhoras de Rotarianos de Astorga e também visando um dos objetivos do Rotary International, que é a educação”, explica Maria José de Pícoli Gerent, integrante da ASR, associada ao Rotary Club de Astorga e uma das alfabetizadoras do projeto, junto com Ancila.

Para manter o trabalho da Escola de Alfabetização de Adultos, a associação utiliza recursos próprios e conta com a parceria dos dois Rotary Clubs locais. As aulas acontecem todas as terças-feiras, das 14h às 16h, e são seguidas de lanche. Como se trata de uma alfabetização continuada, não são formadas turmas. “Hoje, temos sete alunas, porém o número varia de ano para ano. Elas têm, em média, entre 50 e 70 anos. Temos também as alfabetizadas condicionais, ou seja, leem, mas não conseguem interpretar. Por esse motivo, trabalhamos muito com leitura e interpretação de textos”, conta Maria José. A divulgação das aulas de letramento fica a cargo das integrantes da ASR e das próprias alunas que frequentam o Clube do Vovô. Além da Escola de Alfabetização de Adultos, o Clube do Vovô realiza atividades como shows de prêmios, palestras culturais, passeios e bailes, e hoje congrega cerca de 60 pessoas da melhor idade.

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autonomia. Por isso, o índice de analfabetismo é um importante indicador de atraso de um país. A taxa de analfabetismo da população brasileira diminuiu ligeiramente de 8,7% em 2012 para 8,5% em 2013. Em relação ao mesmo ano de 2013, teríamos que considerar ainda a taxa de 18,1% de analfabetismo funcional da nossa população, apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No analfabetismo funcional a pessoa demonstra incapacidade em compreender frases, sentenças e textos curtos. Além de carecer da habilidade de interpretar textos, o analfabeto funcional não realiza operações matemáticas simples. Também é definido como analfabeto funcional o indivíduo maior de 15 anos com escolaridade inferior a quatro anos letivos. Todos esses números formam um contraste grotesco com a realidade de países do norte da Europa, como Alemanha, Holanda e Dinamarca, onde a taxa de analfabetismo, já na primeira década do século 20, ficava em 5%. Em 1920, o índice médio de pessoas iletradas nos EUA era de apenas 6%. ÊNFASE DO ROTARY Até nos EUA, entretanto, a situação é complexa. Um levantamento divulgado recentemente pelo site www.rotary.org, promovido pela ProLiteracy, organização sem fins lucrativos, identificou que o país tem 36 milhões de adultos que não sabem ler melhor do que um aluno da terceira série do ensino fundamental. Para se ter uma ideia, uma

pesquisa realizada em 2003 pelo Instituto Nacional de Alfabetização constatou que quase metade dos residentes com mais de 16 anos de idade da cidade de Detroit eram analfabetos funcionais. Kristen Barnes-Holiday, diretora de programas da Reading Works, uma organização de Detroit de combate ao analfabetismo entre adultos, afirma que os resultados obtidos até agora pelas agências que lutam contra o problema não têm sido bons. Também de Detroit, o rotariano Mark Wilson concorda que a alfabetização de adultos não está recebendo a atenção que merece. O clube de Mark, juntamente com outros clubes da região, decidiu trabalhar com o braço local da ProLiteracy a fim de arrecadar fundos para recrutar e capacitar professores. Além disso, os rotarianos de Detroit doaram 261 mil livros e 587 computadores para agências de alfabetização espalhadas pela cidade. E um subsídio da Fundação Rotária levou até eles um grupo de especialistas australianos em alfabetização para compartilhar sua experiência no treinamento de professores. Os fundos do subsídio também ajudaram no lançamento de um programa de televisão semanal destinado a sensibilizar o público para a causa e obter o apoio de empresas. “Embora muitos clubes continuem trabalhando em favor da alfabetização, poderíamos fazer mais se houvesse uma coordenação do Rotary por Zona Rotária que promovesse o assunto junto aos clubes e distritos”, defende Francisco Schlabitz, governador 2002-03 do distrito 4530 e considerado um conhecedor do tema dentro da nossa organização. Entre os clubes que têm se destacado nessa área está o Rotary Club de Santos-Oeste, SP (distrito 4420). Em 2013, essa unidade rotária inaugurou a Sala de Alfabetização de Adultos na Ordem Franciscana Secular da Igreja Santo Antonio, no bairro do Valongo, em Santos. A iniciativa fez parte do projeto Valongo, que conta com a parceria da Secretaria de Educação da prefeitura e da Pastoral da Igreja de Valongo. No espaço, a cada período de seis meses, formam-se de 15 a 20 alunos, que em seguida podem fazer um curso de inclusão digital, parte do projeto. “Há dois cursos de alfabetização: um voltado a operários e outro, a moradores de rua”, informa Hamilton iStock photo

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Unindo esforços no Distrito Federal

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Família Rotária de Taguatinga, Brasília e Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal, tem um objetivo em comum: acabar com o analfabetismo. Para isso, há mais de quatro anos, os Rotary Clubs de Taguatinga, Taguatinga-Ave Branca, Taguatinga-Norte, Taguatinga-Sul, Brasília, Brasília-Centenário, Brasília-Aeroporto, Brasília-Lago Sul e Núcleo Bandeirante e as Casas da Amizade de Taguatinga, Taguatinga-Sul, Taguatinga-Norte, Taguatinga-Ave Branca e Taguatinga-Oeste, no distrito 4530, fecharam uma parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB) no projeto Alfabetização Cidadã. “Os Rotary Clubs e as Casas da Amizade parceiros são responsáveis pelo pagamento de ajuda de custo aos professores que prestam serviço voluntário como alfabetizadores e, no final do ano, patrocinam ônibus para trazer os alunos para a solenidade de formatura, que é realizada na UCB”, conta o coordenador de Imagem Pública 2015-16 do distrito 4530 e associado ao Rotary Club de Brasília-Lago Sul, Jordivar Filgueira. Desde o início da parceria, os rotarianos já ajudaram a formar cerca de 60 turmas de alfabetização no Distrito Federal. Atualmente, são beneficiados cerca de 205 alunos em 14 classes de letramento. “Esse projeto vai ao encontro de um programa do Rotary International chamado Lighthouse, que tem como finalidade acabar com o analfabetismo no mundo. Quem sabe, após a erradicação da pólio, esse projeto não seja o próximo desafio e compromisso dos rotarianos?”, diz Jordivar. O Alfabetização Cidadã existe desde 1997 e é voltado para pessoas acima de 18 anos de idade que vivem nas cidades satélites do Distrito Federal. As turmas funcionam

em localidades diversas cedidas por parceiros, como igrejas, Batalhão de Polícia Militar, faculdades e escolas públicas, e são oferecidas nos turnos da manhã, tarde e noite. “O curso é constituído por módulos com duração de nove meses, sendo um para a capacitação inicial dos alfabetizadores e os outros para a realização das aulas, por meio da alfabetização popular, totalizando, no mínimo, 250 horas-aula de alfabetização”, detalha a professora Gleice Amélia Gomes Lemos, gestora do Projeto Alfabetização Cidadã. Diferente do que ocorre no letramento de crianças, os adultos alfabetizados no projeto da UCB têm suas histórias de vida como ponto de partida de seu aprendizado. “Nossas atividades não são infantilizadas e as necessidades imediatas dos alunos são os instrumentos de aprendizagem. Por exemplo: aprender a preencher fichas, fazer listas de compras, realizar transações bancárias sem auxílio de outros. Essas necessidades de independência são nossas ferramentas no processo de alfabetização”, explica a professora Gleice. Para se manter em atividade, o Alfabetização Cidadã conta com alfabetizadores voluntários. Eles podem ser tanto estudantes da UCB como integrantes das comunidades atendidas, e recebem uma capacitação inicial de formação de alfabetizadores na universidade, são certificados e constantemente acompanhados, resultando em contribuições para a sociedade que vão além da oportunidade de letramento para adultos. “O projeto também contribui para a formação de futuros professores e outros profissionais que, por meio do trabalho voluntário, adquirem experiências práticas em suas áreas específicas”, acrescenta Gleice.

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Luiz Costa, presidente do clube santista. “Em 2011, companheiros que atuam na área de educação detectaram bolsões de analfabetismo entre a população que habita o centro histórico de Santos e os trabalhadores das empresas construtoras na região”, conta Hamilton.

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UMA NOVA DIMENSÃO O que significa para um adulto descobrir o mundo da linguagem escrita em um curto espaço de tempo – dois anos, por exemplo, que é o período de duração do curso de alfabetização do Sesi? Que impacto tal conhecimento tem sobre ele?

“O principal impacto é sobre a qualidade de vida da pessoa, com a possibilidade de inclusão social e independência. Pessoas analfabetas se sentem muito excluídas até das próprias famílias”, responde a professora Gleice Gomes. A aluna Marilza abre um sorriso para falar da sua nova situação: “Nossa, eu me sinto vitoriosa! É uma coisa muito boa o que está acontecendo. Chego a um prédio e sei a qual andar ir. Vou a um lugar e leio o nome da rua, não preciso estar perguntando nada pra ninguém. Antes eu ficava desorientada, tinha que estar perguntando. É uma riqueza muito boa pra gente ler e escrever, né?”


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Andrea Ramal: ‘Nossos programas de letramento são deficientes’

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o início do ano, a Organização das Nações

Antônio Guerreiro

Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou o Relatório de Monitoramento Global e EPT (Educação

para Todos). Segundo o documento da Unesco, o Brasil avançou nos últimos 15 anos, mas só cumpriu duas das seis metas educacionais fixadas no ano 2000 para serem alcançadas por 164 países até o final deste ano. Um dos objetivos que não conseguimos atingir foi a redução de 50% nos níveis de analfabetismo de adultos. Para a doutora em educação e autora do livro Redação excelente – Para Enem e vestibulares, Andrea Ramal, até hoje não conseguimos ter um programa de impacto efetivo sobre a alfabetização e o letramento. Na entrevista a seguir, ela comenta o papel das ONGs nessa área e fala da importância da alfabetização de adultos.

BRASIL ROTÁRIO: Em diferentes momentos, nosso país já contou com programas de âmbito nacional para combater o analfabetismo, e hoje há o Brasil Alfabetizado. Como você vê esses projetos de alcance nacional? Eles funcionam? n ANDREA RAMAL: Até o momento, não tivemos um programa de impacto efetivo sobre a alfabetização e o letramento. A prova disso é o alto número de analfabetos funcionais, pessoas que apenas reconhecem as letras, mas não sabem entender o sentido de um texto, e a defasagem idade-série, que mostra que muitos alunos são aprovados, mas não conseguem de fato compreender o que é ensinado. Um dia, eles ficam estagnados em um nível de ensino – por isso temos jovens de 20 anos ainda

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no quarto ano do ensino fundamental, por exemplo. No último Enem, houve mais de meio milhão de notas zero. Tudo isso mostra que nossos programas de letramento e alfabetização ainda são deficientes. Em sua opinião, qual seria o papel que as ONGs poderiam desempenhar no combate ao analfabetismo? Ou essa é uma questão que deveria ficar a cargo do governo? n Há ONGs que fazem trabalhos magníficos de incentivo à leitura e à prática da escrita, no entanto, não se pode estruturar a educação de um país que tem mais de 50 milhões de estudantes apenas em ações de organizações não governamentais. Precisamos melhorar a gestão das


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O mapa do analfabetismo, por regiões

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o Brasil, como na maioria dos países, são consideradas analfabetas as pessoas com mais de 15 anos incapazes de ler e escrever um bilhete simples. Por este parâmetro, nosso país apresenta 13,6 milhões de pessoas analfabetas, ou 8,5% da população. A Região Sul detém a menor taxa de analfabetismo, de 4,6%, e a Nordeste, a maior, de 16,9%. O Sudeste tem taxa de 4,8%, o Centro-Oeste, de 6,5%, e o Norte, de 9,5%. Na média nacional por gênero, 8,8% da população masculina e 8,2% da população feminina seriam incapazes de ler e escrever.

“Vi histórias lindas, de pessoas que aprenderam a escrever depois dos 70 anos, mostrando que nunca é tarde.”

redes públicas municipais, estaduais e federal, capacitar os professores e melhorar os métodos utilizados na escola. Há diferenças entre a alfabetização de adultos e a alfabetização de crianças? n Sim, claro. O adulto já parte de um universo cultural e uma visão de mundo construídos. A linguagem precisa ser diferente, tomando palavras e expressões de seu dia a dia, no mundo do trabalho. Já com a criança o trabalho precisa ser mais lúdico. Além disso, a estrutura cognitiva de uma criança está muito mais disposta para aprender coisas novas. Qual é o impacto da alfabetização na vida de jovens e adultos? E de suas famílias? Depois de alfabetizados, eles conseguem se capacitar melhor e conquistar empregos que exigem mais qualificação?

O maior impacto é pessoal. Aprender a ler e escrever muda completamente a relação do adulto com o mundo, com ele mesmo e com os demais. Ele se sente mais confiante e mais valorizado. Quanto à esfera profissional, sim, abrem-se novas oportunidades. n

Qual é a maior dificuldade que as pessoas que se alfabetizam depois de adultas enfrentam? n Uma das maiores dificuldades é superar as barreiras que a própria pessoa se coloca: a vergonha de voltar à escola, timidez frente aos novos colegas, falta de tempo para dividir-se entre trabalho e estudo. Mas para quem tem força de vontade, posso dizer que vale a pena. Vi histórias lindas, de pessoas que aprenderam a escrever depois dos 70 anos, mostrando que nunca é tarde. BR *Os autores são jornalistas da Brasil Rotário. SETEMBRO de 2015|

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E ntrevista

“Eu quero fazer a diferença” A supermodelo Isabeli Fontana nos conta como a campanha do Rotary mudou sua vida Daniela Ometto

Luiz Renato D. Coutinho e Nuno Virgílio Neto*

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la está no seletíssimo time das supermodelos brasileiras de renome internacional e em 2013 emprestou a sua imagem para a nossa organização. Isabeli

Fontana participou das campanhas Falta Só Isto e O Maior Comercial do Mundo, duas iniciativas globais do Rotary pela erradicação da pólio. Em março último, na qualidade de embaixadora do Rotary, ela viajou para a Índia. Esteve em Nova Déli, Matura e Agra, atuando na imunização de crianças, interagindo com os pais delas, com funcionários da área da saúde e voluntários em geral. Nas próprias palavras da supermodelo, o país – que completou em janeiro último quatro anos sem novos casos de pólio – foi responsável por uma experiência que modificou sua vida. Mais recentemente, coube a Isabeli encerrar as plenárias do último dia da Convenção do Rotary em São Paulo, em 9 de junho. Logo após falar para quase 15 mil pessoas presentes ao evento sobre a responsabilidade de todos em concluir a luta final contra essa doença, ela respondeu algumas perguntas para a nossa revista. 38

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Embaixadora do Rotary, Isabeli foi destaque no encerramento da Convenção de São Paulo


“Houve a oportunidade na Índia e fiquei muito sensibilizada. Fui lá e quis sentir como as pessoas que são voluntárias trabalham pela causa da pólio” Brasil Rotário: Conte-nos por que você se envolveu com o Rotary. Isabeli Fontana: Em primeiro lugar, porque eu, como mãe, penso que devo fazer o melhor que eu posso. Sempre me pergunto: o que eu devo fazer para os meus filhos continuarem saudáveis? Então ocorreu a campanha de vacinação contra a pólio e levei o meu filho menor, Lucas, para tomar a vacina em um posto de saúde, aqui em São Paulo. Saiu uma nota no jornal sobre isso e a Gabriela Klein [consultora de Comunicação do Rotary International] veio até mim, perguntou se eu não queria participar de uma campanha do Rotary, porque achou a minha ação muito legal. E eu falei: “Nossa, seria um prazer”. Foi um momento bem bacana entrar para as campanhas do Rotary. Que balanço você faz da sua experiência na Índia? n Ela fez muito bem para mim. Mexeu demais comigo, com o meu emocional. Eu pensava: vou lá, quero ver como é isso e quero fazer alguma coisa para nós termos um mundo melhor. Se todo mundo fizer a diferença, nós iremos longe... Poderia entrar em detalhes? n Eu sempre quis conhecer a Índia. Só que estamos acostumados com uma outra realidade. E eu conheci uma Índia de verdade, vi outros valores. Na Índia, as pessoas são felizes com o que elas têm. E muitas vezes elas não têm nada, mas têm muita fé. Aprendi a dar mais valor à minha profissão de modelo, que até então eu não dava. Eu não vim de família rica; minha família sempre teve que trabalhar muito para poder ganhar o

pão de cada dia. Aí, pensei: posso fazer a diferença sendo modelo. Passei a achar bacana ter tido a oportunidade de ganhar o meu dinheiro, ter uma vida boa, mesmo não achando que o luxo importa tanto. Eu trabalho com isso, eu vendo isso, mas, me perguntei: o que é mais importante para mim? E o que é mais importante? n Eu me preocupo com o nosso futuro, com o nosso país, com o mundo. Gostaria de fazer o melhor que eu puder para termos um mundo diferente. E houve essa oportunidade na Índia, e fiquei muito sensibilizada. Fui lá e quis sentir como as pessoas que são voluntárias trabalham pela causa da pólio. Estive com umas 400 mulheres voluntárias. Elas realmente trabalharam árduo, e senti a energia, a luz que vinha delas. Eu me conectei com essa energia. Qual a sua mensagem para quem acha que a pólio é assunto do passado? n Se as pessoas não estiverem juntas lutando por esta causa, a doença pode voltar. As pessoas têm que se conscientizar disso. Você acha que deveria haver mais gente famosa abraçando uma causa? n Eu acho que muitas estão ajudando várias causas. E é legal tê-las para representar as pessoas, que muitas vezes têm problemas sérios preenchendo suas vidas. Nós temos que batalhar para ter uma realidade mais justa. BR * Os autores são jornalistas da Brasil Rotário.

África: um ano sem pólio

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os três países endêmicos da poliomielite, Paquistão, Afeganistão e Nigéria, o último está na África. Entretanto, um fato que muitos especialistas reputavam impossível devido aos conflitos internos ocorreu: o continente africano comemorou em 12 de agosto um ano sem novos casos da doença. O último caso conhecido de poliomielite na África foi registrado na Somália, em 11 de agosto de 2014, enquanto na Nigéria a última ocorrência se deu em 24 de julho de 2014, no estado de Kano. Apesar desta grande conquista, o trabalho do Rotary na região não está concluído. “Não podemos diminuir nossos esforços agora. Precisamos continuar imunizando as crianças até o último país ser certificado como livre da pólio, e mesmo depois disto”, declarou o médico Tunji Funsho, presidente da Comissão Polio Plus da Nigéria. “Enquanto o vírus existir em um único lugar que seja, ele poderá se alastrar novamente com uma simples viagem de avião.” SETEMBRO de 2015|

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R Otary em debate

iStockphoto

O uso da palavra nas reuniões Com os devidos cuidados, esse pode ser um costume positivo para os clubes Herbert Zimath Junior*

O

uso da palavra livre é prática comum em alguns clubes, mas não em todos, porque é exatamente aí que muitas vezes se perde o controle de uma reunião, em face de questões polêmicas levantadas e que podem gerar – e geram – pedidos de apartes ou debates sobre o tema surpresa abordado. Por isso essa prática não existe em muitos clubes e, diria até, não é recomendada. A palavra livre concedida, qual um bumerangue lançado, nunca se sabe como retornará. Contudo, adotando-se as devidas cautelas, ela poderá ser aplicada, melhorando as nossas reuniões e fomentando o desenvolvimento do companheirismo entre os associados. Explico: dita palavra pode servir para transmitir aviso relevante sobre tema não abordado na reunião. A prática da palavra livre deve ser feita de modo a não incitar respostas ou réplicas, e ela deve ser solicitada preferencialmente ao diretor de protocolo, que a repassará ao presidente, indicando o solicitante e, se possível, o assunto a ser explanado. Há companheiros que não comungam dessa visão, entendendo que a inscrição prévia é forma de cerceamento da livre manifestação nas reuniões. A esses esclareço que, longe de ser impeditiva, ela apenas é disciplinadora, contribuindo para a maximização do aproveitamento do tempo da reunião. Ademais, pode-se deduzir que só solicita o uso da palavra quem possui assunto relevante para tal. É bom lembrar que pedidos verbais ou sugestões de participação do clube em ações devem ser dirigidos ao Conselho Diretor, que detém poderes para apreciar e decidir a respeito. Tais manifestações

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não devem ocorrer no momento da palavra livre, quando um “assunto surpresa” aventado durante a reunião ordinária poderá causar constrangimentos na presença de todos, inclusive dos visitantes que desconhecem os procedimentos internos regimentares. Outras sugestões Ainda há duas recomendações que insisto em destacar. Em primeiro lugar, ao utilizar a palavra consentida, levantese para ser visto por todos. Desta forma você facilitará o contato, ao fim da reunião, de um eventual interessado no assunto. A segunda recomendação é para que se seja breve, objetivo e claro ao falar, pois os minutos utilizados desnecessariamente poderão fazer falta a quem o suceder. Esse não é o momento para preleção ou contação de histórias – observe que o ápice da reunião ainda está por acontecer. Como rotarianos, somos distintos uns dos outros, e é exatamente a reunião das nossas diferenças que faz com que o Rotary seja forte, diversificado e unido. Por isso é que o nosso fundador, Paul Harris, recomendava exercitarmos a tolerância e nos unirmos em torno das nossas convergências, que são muitas. Ele sabia que se fôssemos discutir as nossas divergências explodiríamos em mil pedaços. Para finalizar, repasso um aprendizado assimilado do treinamento para a governadoria do Rotary: ao utilizar a palavra, levante para ser visto, fale alto para ser ouvido e pouco para ser aplaudido. BR *O autor é governador 2001-02 do distrito 4650 e associado ao Rotary Club de Joinville-Colon, SC.


Quer enviar notícias para a Brasil Rotário? Não tem mistério. Leia nossas dicas aos leitores. As ações humanitárias do Rotary são o foco editorial da revista. Esta é a melhor maneira de inspirarmos as atividades de outros clubes e divulgarmos o trabalho dos rotarianos junto ao público externo.

Informações indispensáveis

Para ver uma ação do seu clube na revista ou no site, é preciso que você nos informe: l O nome completo do seu Rotary Club e o distrito ao qual ele pertence. l A data e o local em que foram realizadas as ações. l Um breve relato do projeto concluído, explicando a quantas pessoas ele beneficiou, qual foi o seu custo e se houve alguma iniciativa ou evento prévio para financiá-lo. l Os nomes dos parceiros do projeto, caso eles existam, no Brasil e/ou no exterior. l Os nomes e sobrenomes das pessoas envolvidas diretamente nas ações relatadas (mas lembramos: o foco da notícia será sempre a ação realizada e as pessoas beneficiadas por ela). l Informe também um número de telefone (com DDD) para que possamos esclarecer eventuais dúvidas. l Lembrando que as recomendações acima valem para Rotaract, Interact Clubs e Casas da Amizade.

Capriche nas fotos

As imagens enviadas devem ter boa qualidade para serem aproveitadas. Alguns procedimentos simples garantem o sucesso neste sentido: l Selecione a opção alta resolução da sua câmera (não publicamos fotos em baixa resolução). l Fotos tremidas e com pouca luminosidade não podem ser aproveitadas. l Evite fotos posadas. Quanto mais natural a cena fotografada, melhor. l Não manipule digitalmente as fotos, criando montagens ou aplicando filtros, logos, palavras e datas. Imagens assim não são publicadas. l Enfoque o projeto, mostrando, por exemplo, a realização da iniciativa, ou as doações entregues, obras inauguradas e pessoas beneficiadas. l Mas atenção: a revista não publica imagens que, de acordo com nossa avaliação editorial, possam expor desnecessariamente menores de idade ou pessoas beneficiadas pelas ações. l Envie sua imagem sempre como anexo de e-mail (não cole as imagens no corpo da mensagem ou em documento de Word). l Os anexos de cada e-mail não devem superar, no total, 4 MB. l Por motivos técnicos, não extraímos notícias de links sugeridos, boletins e cartas mensais, mesmo em versão eletrônica. l Também não extraímos notícias de imagens de recortes de jornais, revistas e impressos em geral.

Como é feita a seleção

A Brasil Rotário publica apenas ações de serviço já finalizadas. Se o seu clube ainda está desenvolvendo o projeto, aguarde a conclusão do mesmo para nos enviar o material informativo. l A revista noticia cerimônias de fundação dos clubes. l Fotos de marcos rotários são publicadas somente se os monumentos estão sendo inaugurados ou foram reformados. l No caso do aniversário dos clubes, registramos apenas a celebração de números redondos ou múltiplos de cinco – 5, 10, 15, 20, 25 anos, e daí em diante. l Não publicamos visitas dos governadores distritais e demais lideranças rotárias aos clubes. l Não publicamos posses. l Não publicamos seminários, nem eventos de treinamento (a não ser aqueles de alcance nacional e internacional). l Não publicamos palestras voltadas ao público interno dos clubes. l

Artigos

Envie, sem compromisso, o seu artigo para a nossa Redação. Após uma avaliação, ele poderá ser aproveitado na revista ou no site. Mas, lembrese: ao colaborar com um texto, dê preferência a temas atuais, sempre relacionando-os ao papel do Rotary. Caso você escolha um assunto já bastante consagrado, como Prova Quádrupla ou a vida de Paul Harris, utilize uma abordagem original.

Confirmação de envio

Todas as mensagens enviadas à Redação com vistas à publicação recebem confirmação por e-mail. Portanto, se você não receber essa mensagem é porque seu material não chegou até nós. Reenvie-o ou nos telefone para saber o que está ocorrendo. Nosso número é 21-2506-5614.

Prazo de publicação

Por conta do cronograma de produção das nossas edições, preparadas com bastante antecedência, as notícias serão publicadas após um prazo mínimo de três meses.

Envie seu material para o e-mail redacao@brasilrotario.com.br Os endereços eletrônicos utilizados pelos remetentes poderão ser informados nas notas e matérias como contatos dos clubes. Não recebemos notícias por meio do Facebook, Twitter ou Instagram.

Servindo por meio da comunicação

BRASIL A REVISTA REGIONAL DO ROTARY NO BRASIL

SETEMBRO 2015 ANO 90 Nº 1119

Reescrevendo a vida O valor da alfabetização de adultos www.brasilrotario.com.br

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Rotary em Ação

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que podemos fazer para transformar o mundo? Os rotarianos acreditam que é preciso Dar de Si Antes de Pensar em Si. Nos cerca de 2.400 Rotary Clubs existentes em todo o Brasil, assim como nos clubes de Rotaract, Interact e nas Casas da Amizade, você encontrará homens e mulheres prestando serviços voluntários para melhorar as condições de vida em nossas comunidades. Nas páginas deste suplemento, nós mostramos um pouco desses projetos, que poderão inspirar você, leitor, a copiá-los em seu clube – ou fazer com que aqueles que ainda não fazem parte da Família Rotária encontrem bons motivos para estar ao nosso lado. A título de estímulo, e sem que isso signifique apoio oficial ou financiamento por parte da Fundação Rotária, a revista atribui os símbolos ao lado a algumas dessas iniciativas. Eles identificam os projetos que desenvolvem algumas das seis áreas de enfoque do Rotary e da Fundação Rotária.

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43 Interact e Rotaract .............................................................................. página 63 Casas da Amizade ................................................................................ página 68

Paz e prevenção e resolução de conflitos

Prevenção e tratamento de doenças

Recursos hídricos e saneamento

Saúde materno-infantil

Educação básica e alfabetização

Clubes e distritos ................................................................................. página

Desenvolvimento econômico e comunitário

conselho consultivo de governadores DISTRITO 4310 Luiz Henrique Furlan RC de Indaiatuba-Votura, SP

DISTRITO 4510 Gesner Dias Júnior** RC de Presidente Prudente, SP

DISTRITO 4610 Sylvia Moraes Passarelli RC de São Paulo, SP

DISTRITO 4700 Patrícia Camassola Tomé RC de São Marcos, RS

DISTRITO 4390 José Bonifácio Fortes Filho RC de Nossa Senhora da Glória, SE

DISTRITO 4520 Tania Diniz Andrade RC de Belo Horizonte-Mangabeiras, MG

DISTRITO 4620 Seiko Goya RC de Sorocaba-Centenário, SP

DISTRITO 4710 Adelino Felipe de Azevedo RC de Londrina-Universidade, PR

DISTRITO 4410 Agostinho Ferreira Machado RC de Castelo, ES DISTRITO 4420 Maria Luiza Mendaçolli Zago RC de São Bernardo do Campo-Norte, SP

DISTRITO 4530 Vera Lúcia Camilo Ribeiro RC de Anápolis-Leste, GO

DISTRITO 4630 Renato Tavares RC de Maringá-Aeroporto, PR

DISTRITO 4720 Ronald Aguiar RC de Belém-Noroeste, PA

DISTRITO 4430 José Luis da Fonte Silva RC de Guarulhos, SP

DISTRITO 4550 Leonardo Cesar Soares Santos RC de Jequié, BA

DISTRITO 4640 Werner Ildon Gerhardt RC de Pato Branco-Sul, PR

DISTRITO 4730 Herbert Bernardino Alves Moreira RC de Curitiba-Água Verde, PR

DISTRITO 4440 Altair Nunes Ferreira RC de Querência, MT

DISTRITO 4560 Paulo Roberto Ramos RC de Divinópolis-Leste, SP

DISTRITO 4650 Roque Heerdt RC de Blumenau-Norte, SC

DISTRITO 4470 Manoel Bertoldo Neto RC de Paranaíba, MS

DISTRITO 4570 Ivone Sacchetto* RC do Rio de Janeiro-Guanabara Galeão, RJ

DISTRITO 4740 Nelson Lovera Junior RC de São Lourenço do Oeste, SC DISTRITO 4750 Américo Xavier Maia Neto RC de São Fidelis, RJ

DISTRITO 4480 Sueli Noronha Kaiser RC de São José do Rio Preto, SP

DISTRITO 4580 Cristóvão Mauricio Ferreira RC de Visconde do Rio Branco, MG

DISTRITO 4490 Paulo César Queiroz Dias RC de Fortaleza-Barra, CE

DISTRITO 4590 Roberta Lopes de Moraes RC de Rio Claro, SP

DISTRITO 4670 Claudio Moacir Pereira Faccin RC de Canoas-Industrial, RS

DISTRITO 4500 Francisco Jadir Faria Pereira RC de Natal-Sul, RN

Distrito 4600 Antônio Custódio Filho RC de São José dos Campos-Leste, SP

DISTRITO 4680 Iedo Guido Fries RC de Santa Cruz do Sul, RS

DISTRITO 4540 Adelino José Francisco RC de Araraquara-Carmo, SP

DISTRITO 4651 Carlos Fernandes de Alcântra RC de Biguaçu, SC DISTRITO 4660 Gelso Luiz De Carli RC de Carazinho, RS

DISTRITO 4760 Marcos Pêgo de Oliveira RC de Contagem, MG DISTRITO 4770 Sebastião Garcia RC de Jataí, GO DISTRITO 4780 Paulo de Jesus Prates Filho RC de Bagé-Minuano, RS

*Eleita representante junto ao Conselho de Administração / **Suplente

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CLUBES E distritos

Levando saúde e bem-estar à comunidade Clube oferece opção de exercícios físicos gratuitos construindo academias ao ar livre Fotos: Agência F8

É um consenso que a prática de atividades físicas é fundamental para a saúde. Os exercícios ajudam a controlar o peso, previnem doenças cardíacas, reduzem o colesterol e ainda aliviam o estresse e a ansiedade. Preocupado com o bem-estar de sua comunidade, o Rotary Club de Cáceres, MT (distrito 4440), construiu oito academias populares no município ao longo dos últimos cinco anos. A iniciativa contou com grande apoio e participação da população, seja com doações de material de construção ou ajuda na instalação dos aparelhos. As academias beneficiam principalmente os idosos, que ganham uma opção fácil e gratuita para cuidarem da saúde.

Rotarianos de Cáceres posam orgulhosos com a iniciativa

Crianças praticam exercícios em momento de descontração

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C LUBES E distritos Distrito 4310

O Rotary Club de Agudos, SP, entregou uma bicicleta ergométrica ao Abrigo Vicentino, entidade que abriga idosos do município.

O Rotary Club de Botucatu, SP, doou 102 caixas de leite ao Centro Espírita Fraternidade, entidade que auxilia famílias da região.

Em parceria com o distrito e com o apoio do Interact, o Rotary Club de Saltinho, SP, adquiriu equipamentos hospitalares que foram doados à Unidade Básica de Saúde de Saltinho.

O Rotary Club de Itu-Convenção, SP, promoveu a sexta edição de sua Bacalhoada, evento com renda destinada à Fundação Rotária e ao Banco de Cadeiras de Rodas mantido pelo clube.

Distrito 4390 Em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, a Câmara de Vereadores e a prefeitura, o Rotary Club de Capim Grosso, BA, participou da criação da Semana Municipal do Trânsito, que foi aprovada como lei e será realizada anualmente no município.

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Distrito 4390

O Rotary Club de Feira de Santana, BA, inaugurou o Centro Odontológico e Médico Theodulo Bastos de Carvalho, espaço que atenderá a comunidade.

O Rotary Club de União dos Palmares, AL, organizou o projeto Eu Sou União, que contemplou atividades esportivas, recreativas e culturais voltadas às crianças do município.

Distrito 4410

O Rotary Club de Nova Venécia, ES, promoveu café da manhã em homenagem às mães do município. O evento contou com uma missa e distribuição de rosas. Em outra ocasião, o clube inaugurou seu marco rotário no centro da cidade.

Distrito 4420

Atendendo a uma demanda da comunidade, o Rotary Club de Santos-Boqueirão, SP, equipou um berçário para 15 crianças no Educandário Santista. O clube também inaugurou seu marco rotário na avenida Bartolomeu de Gusmão.

Contando com a parceria do distrito, o Rotary Club de Santos-Porto, SP, doou mesas de alimentação para o berçário do Educandário Anália Franco, entidade onde estão matriculadas cerca de 300 crianças. Em outra ocasião, o clube realizou o evento Noite Italiana, com renda destinada à Fundação Rotária.

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C LUBES E distritos Distrito 4420 O Rotary Club de São Bernardo do Campo, SP, doou 220 pares de meias à Associação São Luiz. O clube arrecadou em campanha cerca de 2.215 pares, que serão distribuídos a dez entidades do município.

Distrito 4430 O Rotary Club de São Paulo-Vila Carrão, SP, patrocinou o intercâmbio do jovem Vinicius Giannini Furriel, que realizou um período de estudos na cidade de Ipiales, na Colômbia.

Distrito 4470

O Rotary Club de AraçatubaCruzeiro do Sul, SP, promoveu a campanha Porquinho da Solidariedade, que espalhou pequenos cofres de doações em estabelecimentos da cidade e arrecadou 10 mil reais. O dinheiro foi doado ao Hospital do Câncer de Barretos.

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O Rotary Club de Amambai, MS, auxilia a comunidade com seu Banco de Cadeiras de Rodas, que já beneficiou mais de 200 pessoas.

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Distrito 4480

Colchões especiais, cadeiras de banho e toldos, avaliados em aproximadamente 5.000 reais, foram doados pelo Rotary Club de VotuporangaNovo Milênio, SP, ao Lar São Vicente de Paulo.

Em conjunto com o Rotaract e o Rotary Kids, o Rotary Club de São José do Rio PretoJardins, SP, realizou o projeto Ver para Aprender na entidade Rancho de Luz Paulino Garcia, com avaliação ocular e entrega de óculos para crianças.

Contando com a participação da Casa da Amizade e dos Rotaract e Interact Clubs, o Rotary Club de Itápolis, SP, realizou um almoço beneficente com renda revertida para o Lar São José e Abrigo Rainha da Paz.

Distrito 4490

Durante uma visita ao Abrigo Joaquim Monteiro de Carvalho, o Rotary Club de Picos, PI, doou 90 quilos de frango e serviu um café da manhã para os idosos.

O Rotary Club de FortalezaBarra, CE, doou 1,3 tonelada de milho à Associação Ebenezer, que trabalha na recuperação de dependentes químicos. O milho será utilizado na criação de animais que servem de apoio terapêutico e fonte de renda para a instituição.

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C LUBES E distritos Distrito 4490 O Projeto Ilê de Música, realizado na sede da Igreja Menino Jesus de Praga, foi beneficiado mais uma vez pelo Rotary Club de Bom Jesus, PI, com a entrega de dois violões elétricos. No dia 4 de junho, o Rotary Club de Imperatriz, MA, comemorou 50 anos de existência com um jantar festivo que contou com a presença de autoridades locais, amigos e familiares.

Distrito 4500

Em maio, o Rotary Club de João PessoaNorte, PB, realizou a celebração do casamento, no religioso e no civil, de nove casais da comunidade. O clube também ofereceu uma bela festa para os noivos e seus convidados.

Em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte, os Rotary Clubs de Natal e Natal-Potiguar, RN, organizaram um Prêmio Rotário de Liderança Juvenil para 100 alunos do Centro de Atendimento ao Surdo.

O Rotary Club de Patos-Sul, PB, retomou em julho, em conjunto com o Rotaract Club de Patos-Sul, o Projeto Músico do Futuro, voltado a crianças e jovens das comunidades Conjunto Bivar Olinto e Vila Teimosa.

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Distrito 4510 A premiação e a divulgação do projeto sobre paz e prevenção e resolução de conflitos do Rotary Club de Marília-Pioneiro, SP, um dos selecionados no concurso que comemorou os 90 anos da Brasil Rotário, foi destaque na publicação local Revista Megga Marília.

A arrecadação da Noite Festiva, um total de 9.508,85 reais, foi entregue pelo Rotary Club de Assis-Norte, SP, à Associação Voluntária de Combate ao Câncer de Assis. Unindo forças com o Departamento Municipal de Saúde, o Rotary Club de Parapuã, SP, realizou mutirão de limpeza com o objetivo de atenuar a proliferação de focos do mosquito da dengue e da febre chikungunya.

Com várias parcerias, o Rotary Club de Marília-Coroados, SP, transformou a posse da nova gestão em uma ação comunitária no distrito de Lácio com serviços médicos, estéticos, recreação para crianças e adolescentes, entre outras atividades.

O Rotary Club de Bauru-Terra Branca, SP, e a Casa da Amizade organizaram um bingo durante evento promovido pela Vila Vicentina, instituição que abriga idosos. A renda do bingo foi doada à entidade.

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C LUBES E distritos Distrito 4520 Com foco no desenvolvimento de jovens de escolas públicas, o Rotary Club de Santa Luzia, MG, realizou na Escola Estadual José Maria Bicalho os projetos Olhos no Futuro e Prêmio Rotário de Liderança Juvenil.

Distrito 4530

Aproximadamente 3.000 pessoas, incluindo autoridades locais e representantes de entidades parceiras, participaram da 21ª Caminhada da Paz promovida pelos Rotary Clubs do Gama e Gama-12 de Outubro, DF, e a Casa da Amizade.

Por meio do projeto do Banco de Cadeiras de Rodas, o Rotary Club de Taguatinga-Sul, DF, doou três cadeiras de rodas e uma de banho para pessoas necessitadas do Distrito Federal.

A Campanha do Agasalho realizada pelo Rotary Club de Luziânia, GO, arrecadou mais de 8.000 peças de roupas, calçados e cobertores, que foram doados para a população da cidade.

Distrito 4540

Com recursos obtidos em várias ações e eventos e por meio de Subsídio Distrital, o Rotary Club de São Sebastião do Paraíso, MG, viabilizou a criação do seu Banco de Cadeiras de Rodas.

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Distrito 4540

O Rotary Club de Sales Oliveira, SP, participou do programa A Maior Refeição do Mundo ao cadastrar e organizar um jantar em julho. O evento reuniu 54 pessoas e resultou numa doação à Fundação Rotária.

O Rotary Club de Guatapará, SP, plantou mais de 200 mudas de árvores nativas numa área de proteção permanente próxima ao córrego Alberto Servi. Em outra oportunidade, o clube promoveu uma cavalgada em prol do seu Banco de Cadeiras de Rodas.

Distrito 4550

O Rotary Club de Jaguaquara, BA, realizou um baile em 30 de maio a fim de captar recursos para seus projetos sociais, dentre eles a Campanha do Agasalho.

O Rotary Club de Ubaitaba, BA, promoveu o 8º Forró do Rotary, em 14 de julho. O valor arrecadado com o evento foi destinado ao Banco de Cadeiras de Rodas do clube, que tem beneficiado moradores das cidades de Ubaitaba e Aurelino Leal.

O Rotary Club de Salvador-Itaigara, BA, doou 40 cestas básicas e 60 quilos de leite em pó ao Núcleo de Apoio ao Combate ao Câncer Infantil e ao Lar Vida, que abriga crianças, adolescentes e adultos portadores de necessidades especiais.

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C LUBES E distritos Distrito 4560

O Rotary Club de Iguatama, MG, arrecadou 1.244 litros de leite, os quais foram doados para duas instituições de amparo locais, dentre elas a Apae.

O Rotary Club de Itaúna-Cidade Educativa, MG, doou 222 frascos de coleta e armazenamento de leite humano para o Banco de Leite Humano do Hospital Manoel Gonçalves de Souza, de Itaúna.

O Rotary Club de Divinópolis, MG, arrecadou 2.030 quilos de alimentos não perecíveis, os quais foram doados para três entidades assistenciais da cidade. A ação teve a parceria da Prefeitura de Divinópolis.

O Rotary Club de Divinópolis-Oeste, MG, inaugurou um pórtico na entrada de uma reserva ambiental onde há uma nascente.

Distrito 4570 Maria Rodrigues

O distrito foi responsável pela Caminhada 110 Anos do Rotary, que reuniu rotarianos de vários estados no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. A caminhada contou com a participação da Banda do Colégio Novo Horizonte.

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Distrito 4570 O Rotary Club do Rio de JaneiroIpanema, RJ, organizou uma festa junina com renda destinada à realização de exames oftalmológicos e à compra de óculos para os alunos de uma escola da rede pública.

Distrito 4580

O Rotary Club de Manhumirim-Alto Jequitibá, MG, doou quatro colchões de espuma com capa e dois medidores de pressão arterial para a UTI do Hospital Padre Júlio Maria.

O Rotary Club de Tocantins, MG, realizou um Dia do Rotary em uma praça da cidade. O evento, apoiado pela Família Rotária local, teve atividades lúdicas, apresentação de coral, balé e uma peça de teatro com mensagem de conscientização ambiental.

Distrito 4590

O Rotary Club de Bragança Paulista, SP, organizou a 3ª Feijoada Beneficente em 14 de junho a fim de levantar recursos para o Centro de Apoio ao Portador de Câncer Mais Vida.

O Rotary Club de Socorro, SP, arrecadou 8.312,64 reais com um almoço beneficente, quantia doada ao abrigo de menores Lar Dom Bosco. O Interact Club local participou da iniciativa, que teve ainda exposição de carros antigos e um enduro.

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C LUBES E distritos Distrito 4590

Distrito 4600

Os três Rotary Clubs de Rio Claro, SP, juntamente com a Família Rotária local, realizaram um Dia do Rotary em uma praça da cidade, em 12 de julho. A ação consistiu de campanha de incentivo à leitura e distribuição de livros, e divulgação da campanha End Polio Now.

O distrito foi responsável pelo projeto Ação Entre Amigos, que sorteou um Volkswagem Take Up zero quilômetro pela Loteria Federal no dia 27 de junho. A iniciativa arrecadou 65 mil reais, destinados a projetos sociais de 25 Rotary Clubs e ao End Polio Now.

Distrito 4610

O Rotary Club de Cotia-Granja Viana, SP, distribuiu 420 filtros de barro para famílias da região. A ação foi possível graças à doação dos filtros feita pelo governador 2003-04 do distrito, Nadir Zacarias.

O Rotary Club de CotiaCaucaia do Alto, SP, colaborou com prendas para a festa junina da Escola Pública Estadual Sidronia Nunes Pires.

Distrito 4620

O Rotary Club de Avaré-Jurumirim, SP, foi uma das entidades que prestaram apoio ao Hemocentro de Botucatu em sua iniciativa de coletar sangue do tipo O negativo entre a população da cidade de Avaré, em 7 de julho.

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Distrito 4620 O Rotary Club de Sorocaba-Granja Olga, SP, participou de uma festa julina com uma barraca de venda de pastéis. Os recursos arrecadados tiveram como destino a Fundação Rotária e o Banco de Cadeiras de Rodas mantido pelo clube.

Distrito 4630

O distrito paranaense realizou em abril o seu 20º Prêmio Rotário de Liderança Juvenil. Com o tema Jovens Brilhantes, o evento reuniu um total de 101 participantes do Rotaract, Interact, da comunidade e do programa Jovem Aprendiz.

Mais de 2.000 pessoas prestigiaram a 21ª Porco Fest do Rotary Club de Campo MourãoGralha Azul, PR, no CTG Índio Bandeira, em 31 de junho. Cerca de 36 mil reais arrecadados com o evento serão destinados à Apae local e 6.000 reais serão divididos entre outras três instituições. Em outra oportunidade, o clube doou uma cadeira de rodas para um menino morador do município. Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Rotary Club de Santa Fé, PR, plantou uma árvore numa nascente, juntamente com interactianos. Em outra oportunidade, a Família Rotária local enfeitou uma rua para a procissão de Corpus Christi com os alimentos doados para as cestas básicas distribuídas pela Igreja Matriz de Santa Fé.

Distrito 4640

Por meio de um Subsídio Distrital da Fundação Rotária, além de recursos levantados pelo clube e doações por parte dos associados, o Rotary Club de Ubiratã, PR, entregou em julho dois equipamentos hospitalares para uso no centro obstétrico do Hospital e Maternidade Santa Casa de Ubiratã.

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C LUBES E distritos Distrito 4640

Rubens Anater/Jornal de Beltrão

O Rotary Club de Salgado Filho, PR, o primeiro no município, recebeu sua carta constitutiva na noite de 1º de julho, no Restaurante Colonial. Representantes de diversos clubes do distrito e lideranças políticas e rotárias locais estiveram presentes na fundação do clube, que iniciou suas atividades contando com 27 associados.

Em 4 de julho, o Rotary Club de Santa Terezinha, PR, participou de um jantar italiano em prol da instituição assistencial SOS – Serviços de Obras Sociais, que atende 70 crianças. Cerca de 700 pessoas compareceram ao evento, que é realizado anualmente e conta com o apoio da Família Rotária local.

Distrito 4650

Em parceria com o Ministério Público de Santa Catarina e a Secretaria Municipal de Educação de Rio do Sul, o Rotary Club de Rio do Sul-Centenário, SC, entregou computadores às unidades educacionais que implementaram o projeto O Caráter Conta, voltado a crianças e jovens.

O Rotary Club de Timbó, SC, realizou em abril a 7ª Costela Fogo de Chão, na comunidade Santa Rita de Cássia. Em função de uma parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer, o evento também ofereceu café colonial. Os 22.231,05 reais arrecadados com a iniciativa serão utilizados em ações em benefício da comunidade e também doados à Fundação Rotária.

O Rotary Club de São Bento do Sul, SC, doou cobertores para os idosos do Lar Betânia.

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Distrito 4651 O Rotary Club de Palhoça, SC, firmou uma parceria do programa Empresa Cidadã da ABTRF com a Zanin Centro Odontológico – Confiança.

Distrito 4660 Por meio de um Subsídio Distrital Simplificado, o Rotary Club de Santa Maria-Sul, RS, entregou uma máquina de costura industrial para uma associação da localidade Beco da Tela. O equipamento será utilizado para confeccionar bolsas a partir de malotes doados pela agência de Correios da cidade. No dia 8 de maio, os associados ao Rotary Club de Tupanciretã-Mãe de Deus, RS, estiveram no Hospital de Caridade Brasilina Terra para doar material de higiene pessoal para a ala psiquiátrica.

Em parceria com alunos do campus Santo Ângelo da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai (URI), o Rotary Club de Santo Ângelo-Cruz de Lorena, RS, participou da Tarde de Lazer na URI, realizando o seu Dia do Rotary. Os rotarianos colaboraram com um projeto social da universidade cujo objetivo é conscientizar a população a respeito da importância de se realizar exercícios físicos.

Distrito 4670 O Rotary Club de Capão da Canoa, RS, organizou um Chacolate (chá e chocolate) Beneficente, com desfile de modas e sorteio de brindes, na Sociedade Amigos de Capão da Canoa. O comércio local doou os brindes, os salgados e os bolos, e parte da renda obtida com o evento foi destinada ao Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente.

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C LUBES E distritos Distrito 4670

Com a presença de autoridades políticas e rotárias locais, o Rotary Club de Igrejinha, RS, inaugurou o seu marco rotário em 24 de junho.

Distrito 4680

Por intermédio do Rotary Club de Tapes, o Rotary Club de São Lourenço do Sul, RS, fez chegar 64 cobertores novos e 1.200 fraldas às famílias vitimadas pelas enchentes que atingiram o município gaúcho de Tapes, no final de maio.

O Rotary Club de Santa Cruz do Sul-Cidade Alta, RS, realizou numerosas ações em maio. Entre elas, destacamos: doação de brinquedos para a Escola Municipal de Educação Infantil Linha Santa Cruz (foto), entrega de fraldas geriátricas para o Lar São Vicente de Paulo, em Rio Pardo; e a realização da Campanha do Agasalho, que resultou em 8.000 peças de vestuário encaminhadas para a Secretaria de Desenvolvimento Social.

Distrito 4700

Encerrando o período 2014-15, o Rotary Club de Estrela, RS, doou roupas para bebês nascidos no Hospital Estrela (foto), duas bicicletas para o projeto Proerd e um cheque para a Brigada Mirim do 40º BPM. O clube também destinou à Liga Feminina de Combate ao Câncer de Estrela e à Fundação Rotária a renda obtida com a Noite da Solidariedade Queijos e Vinhos, realizada em parceria com o Supermercado Imec.

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Distrito 4710

Companheiros do Rotary Club de Abatiá, PR, fazendo a triagem das roupas que reuniram para doar à população durante a Campanha do Agasalho 2015.

A renda arrecadada pelo Rotary Club de LondrinaShangri-Lá, PR, com a realização do 24º Barreado, um prato típico do litoral paranaense, foi destinada ao Hospital do Câncer de Londrina.

Distrito 4720

A Casa de Acolhida São Camilo e a Casa da Cidadania, que oferecem atendimentos médicos e educação à população, sendo mantidas pelo Rotary Club de Cacoal-Marechal Rondon, RO, foram beneficiadas com a renda do 2º Festival do Galeto, evento organizado pelo clube.

Distrito 4730 O Rotary Club de Curitiba-Cajuru, PR, celebrou seus quatro anos de fundação com uma noite de queijos e vinhos. A renda do evento foi empregada em doações ao Asilo de Idosos Nossa Senhora de Fátima.

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C LUBES E distritos Distrito 4730 No início de junho, o Rotary Club de São José dos Pinhais-Iguaçú, PR, recebeu a visita de Heikki Saavalainen e de sua esposa, Pirjo Saavalainen, conselheiros do intercambista Manoel Cardoso Helfer durante o período em que ele viveu na Finlândia.

Distrito 4740

Os associados ao Rotary Club de Chapecó-Sul Centenário, SC, mobilizaramse para aquecer o inverno dos moradores de um asilo da cidade. Eles doaram pijamas, meias e pantufas.

Distrito 4750

Lançamento do projeto Eu Quero Ser, idealizado pelo Rotary Club de Herval d’Oeste, SC, com o objetivo de promover a inclusão social de jovens por meio da música. As aulas acontecem três vezes por semana na sede do clube.

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A Creche Comunitária de Jurujuba recebeu brinquedos e jogos educativos arrecadados pelo Rotary Club de Niterói, RJ, numa campanha feita em parceria com o Interact Club de Niterói.

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Distrito 4760

Distrito 4770

O Rotary Club de Pará de MinasBariri, MG, instalou placas numa unidade médica da cidade pedindo silêncio aos acompanhantes e visitantes. O material gráfico foi assinado pelo cartunista Pedro Barbosa.

Chegando à nona edição, o Torneio Aberto de Xadrez do Rotary Club de Ituiutaba-16 de Setembro, MG, reuniu 56 jogadores da região e ganhou boa divulgação na mídia. O resultado financeiro gerado com as inscrições foi destinado à Fundação Rotária.

Durante seu 7º Mutirão de Saúde do Homem, voltado à prevenção do câncer de próstata, o Rotary Club de Paracatu, MG, ofereceu consultas e exames médicos gratuitos, além de palestras, a um total de 1.600 moradores da cidade.

Em parceria com a Associação Amigos da Prainha, o Rotary Club de Frutal-Sul, MG, fez a soltura de 30 mil peixes jovens no Rio Grande – sendo 8.000 piracanjubas, espécie quase extinta na região.

Distrito 4780 Mais de uma tonelada de agasalhos foi arrecadada pelo Rotary Club de Arroio Grande, RS, em sua tradicional Campanha do Agasalho, desenvolvida em parceria com a rádio Studio FM.

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C LUBES E distritos Distrito 4780

O Rotary Club de Bagé-Minuano, RS, realizou uma campanha de conscientização no trânsito chamada Se você parar a vida continua.

Diversas famílias do município receberam cobertores doados pelo Rotary Club de Aceguá, RS.

Dicas para publicação

P

Como ver seu clube no site ou na revista

ara que os companheiros de todo o país conheçam as ações realizadas pelo seu clube em prol da comunidade, é importante que as notícias cheguem à Redação contendo as seguintes informações: n o nome completo e o distrito de seu clube; n a data e local em que foram realizadas as ações; n um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade; n os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior; n e os nomes e sobrenomes de todos os que aparecerem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda, para o caso de eles serem mencionados na legenda feita pela Redação. Mas lembre-se, o foco da notícia será sempre nas ações realizadas e não nas pessoas. FOTOS: as imagens digitais precisam ter uma boa qualidade de impressão. Por isso, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 4 MB. Não cole suas imagens em documentos de Word: anexe-as ao e-mail como arquivos independentes. A publicação é gratuita. Basta que o assunto se encaixe em

nosso perfil editorial e que o seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. Atenção: a Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube. Confirmamos o recebimento de todas as mensagens enviadas à Redação com material destinado à publicação. Portanto, se você não receber essa confirmação é porque seu e-mail não chegou até nós. Reenvie-o ou nos telefone para saber o que está ocorrendo. MUITO IMPORTANTE: informe também um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida. Os e-mails utilizados para enviar notícias à revista poderão ser publicados a título de contato dos clubes. Anote os nossos endereços: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 E-mail: redacao@brasilrotario.com.br O telefone da Redação é (21) 2506-5614.

Estamos esperando para ver seu clube na revista! 62

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interact e rotaract

Apoio ao ensino de jovens especiais O Rotaract Club de Rodeio, SC (distrito 4650), custeou com aproximadamente 5.000 reais a finalização da construção da sala do Serviço de Atendimento Educacional Especializado na Escola de Ensino Fundamental Senador Francisco Benjamin Gallotti. A sala, que é uma antiga reivindicação da comunidade, auxiliará na complementação do ensino para jovens com necessidades especiais.

O Pizzaract organizado pelos jovens do Rotaract Club de Indaiatuba, SP (distrito 4430), comercializou 255 pizzas. A renda obtida foi destinada aos projetos em prol da comunidade.

O Rotaract Club de Cuiabá-Bandeirantes, MT (distrito 4440), participou da 2ª Conferência Distrital de Interact e Rotaract, realizada de 19 a 21 de junho na cidade de Sorriso, MT. O encontro teve apresentação de projetos e um concurso de oratória.

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I nteract e rotaract

O Interact Club de Itajobi, SP (distrito 4480), participou do dia de vacinação contra a gripe no município pintando o rosto das crianças e distribuindo balas e pirulitos. Em outra ocasião, os jovens organizaram a 1ª Festa do Sorvete.

Durante a semana de atividades em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Interact Club de Teresina-Piçarra, PI (distrito 4490), plantou árvores no Parque da Cidade. Na foto, os jovens com o prefeito Firmino Filho.

O Interact Club de Sete Lagoas, MG (distrito 4520), foi fundado em maio, tendo como patrocinador o Rotary Club local e contando com 21 jovens.

Em maio, o Interact Club de Morro Agudo, SP (distrito 4540), levou o projeto Trupe da Alegria ao asilo Lar Feliz. Caracterizados como palhaços, os jovens divertiram os vovôs e vovós.

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O Rotaract Club de Ipiaú, BA (distrito 4550), realizou uma ação voltada à prevenção de acidentes de trânsito (foto) e participou da Campanha do Agasalho 2015 ao lado dos rotarianos.

Com o apoio de Rotary Clubs da cidade do Rio de Janeiro, o Interact Club Força Jovem JudôCFC (distrito 4570) realizou o Cine do Bem, cobrando como ingresso cobertores e agasalhos, posteriormente doados a moradores de rua.

No final de maio, a mobilização de 20 integrantes do Interact Club de Formiga, MG (distrito 4560), resultou na arrecadação de alimentos para o Asilo São Francisco de Assis.

O Rotaract Club de Juiz de Fora, MG (distrito 4580), promoveu a 3ª Caminhada Orientada, um dia de diversão e cuidados com a saúde. Em outro momento, o clube realizou o 3º Ciclo de Palestras, abordando o empreendedorismo.

A programação do Encontro de Interact Clubs do Distrito 4620 teve palestras, dinâmicas e atividades de companheirismo. O evento foi realizado na cidade de Votorantim, SP, nos dias 23 e 24 de maio.

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I nteract e rotaract

O Interact Club de Tapejara, PR (distrito 4630), promoveu uma campanha do agasalho com o apoio da Família Rotária local. Como resultado, em dia 30 de maio o clube arrecadou mais de 2.000 peças de agasalhos e cobertores, os quais foram entregues a entidades beneficentes.

O Interact Club de São Jorge D’Oeste, PR (distrito 4640), realizou o projeto Madeixa Feliz com a Casa da Amizade local. Por meio dessa iniciativa foi feita doação de mechas de cabelo, usadas na confecção de perucas, para dois hospitais do câncer.

O Interact Club de Horizontina, RS (distrito 4660), esteve à frente de uma iniciativa de conscientização para alunos da rede pública a respeito dos cuidados para se combater o mosquito causador da dengue. A ação teve o apoio do Rotary Club local e da Prefeitura de Horizontina. O distrito 4710 realizou a sua 5ª Conferência Distrital de Interact Clubs nos dias 4 e 5 de julho, na cidade de Bandeirantes, PR. O evento teve como tema de destaque a campanha de erradicação da pólio no mundo.

Em junho, o Rotaract Club de Curitibanos, SC (distrito 4740), organizou nesse município a 1ª Corrida Rústica do Contestado, competição esta que reuniu cerca de 200 participantes. O clube também arrecadou frascos de vidro para o banco de leite materno de um hospital local.

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Os jovens do Rotaract Club de Bagé-Rainha da Fronteira, RS (distrito 4780), levaram lanche e passaram uma tarde de diversão com as crianças da Casa do Guri. Em outra oportunidade, eles visitaram também os idosos da Fundação Geriátrica José e Auta Gomes.

Junto com o Rotary Club local e com professores, o Interact Club de Niterói, RJ (distrito 4750), promoveu uma campanha de arrecadação de material escolar para os alunos do Colégio Alfredo Marins.

BR

INFORMATIV0

As organizações multidistritais de Rotaract Clubs

D

esde a década de 1980, em várias partes do mundo, movidos pelo maior contato entre os rotaractianos numa seara além distrito, se iniciaram movimentos de junção e apoio mútuo entre equipes de Rotaract de distritos diferentes. Essa corrente fez com que houvesse a troca de informações e experiências por parte do Rotaract em realidades distintas, proporcionando crescimento do programa. No início da década de 90, surgiu então a Multidistrict Information Organization – MDIO de Rotaract (Organização Multidistrital de Informações de Rotaract). Na forma do código normativo, essas organizações têm como principal função a divulgação de informações e a facilitação da comunicação entre os distritos envolvidos. No mundo, temos cerca de 25 MDIOs, estando elas em todos os continentes e abraçando vasta área global com a sua atuação. No Brasil, a MDIO Rotaract Brasil (que teve o nome de Omir Brasil até o início de 2015) existe desde 1991, tendo mantido uma existência anterior mais embrio-

nária no que se chamava de Secretaria Nacional de Rotaract, que, entre outras coisas, auxiliava na organização da Conferência Nacional de Rotaract Clubs. A Rotaract Brasil reúne exitosa rede de comunicação entre os rotaractianos do país, bem como apoia a elaboração de materiais, oferta treinamentos, auxilia na resolução de conflitos e facilita a gestão das atividades de clubes e distritos. Além disso, coube a ela a vanguarda na execução de um treinamento para representantes distritais de Rotaract, a qual realizou autonomamente por cerca de dez anos, até 2010. A partir de 2011, o treinamento virou parte da programação do Instituto Rotary do Brasil. Hoje a Rotaract Brasil é uma das MDIOs mais bemsucedidas do mundo e continua diuturnamente atuando noBRapoio a clubes e distritos. Fique por dentro das novidades em nossa página no Facebook.com/RotaractBrasilOficial

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CASAS DA aMIZADE

As integrantes da Casa da Amizade de Iguatu, CE (distrito 4490), visitaram a cadeia pública da cidade e conversaram com as detentas com o objetivo de promover melhorias no local.

Na foto, a alegria das esposas de rotarianos no momento da fundação da Casa da Amizade de São José do Rio Pardo-Oeste, SP (distrito 4590), um antigo sonho concretizado em junho.

Mais de 300 pessoas participaram do Chá Entre Amigas (foto), realizado pelas integrantes da Casa da Amizade de São José do Rio Pardo, SP (distrito 4590), que também apresentaram o cumprimento das metas do ano rotário 2014-15 durante a 58ª Conferência Distrital em Poços de Caldas.

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A Casa da Amizade de Eunápolis, BA (distrito 4550), entregou uma máquina de estampar camisas, chinelos e canecas ao Projeto Recomeçar, localizado em um dos bairros mais carentes da cidade.

No dia 1º de julho, a Casa da Amizade de Limeira-Tatuibi, SP (distrito 4590), foi fundada na presença do Rotary Club de Limeira-Tatuibi, clube padrinho, e da governadora do distrito, Roberta Lopes de Moraes.


Em parceria com a Associação Paranaense do Diabético, a Associação das Senhoras dos Rotarianos de Paranaguá, PR (distrito 4730), promoveu mais um curso de culinária, desta vez com foco na saúde dos diabéticos.

A Casa da Amizade Roselaine Matevi de Herval D’Oeste, SC (distrito 4740), promoveu a segunda edição do Baile do Vinho, que contou com exposição de produtos artesanais e terá a renda utilizada na manutenção dos projetos sociais da entidade.

Com o Projeto Faça um Recém-Nascido Feliz!, a Casa da Amizade de Campos Altos, MG (distrito 4760), doou 50 sacolas com enxoval básico para gestantes. A ação contou com a parceria da comunidade local e da Cooperativa Sicoob de Campos Altos.

Com a participação de rotarianos, interactianos, intercambistas e a comunidade, a Casa da Amizade de Betim, MG (distrito 4760), promoveu sua tradicional festa junina com renda destinada para a reforma da Creche Casa da Amizade.

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R econhecimentos da fundação rotária O que significam Contribuinte Especial

Sociedade Paul Harris

Sociedade Arch C. Klumph

Qualquer pessoa que contribui com 100 dólares é automaticamente reconhecida como Contribuinte Especial.

Pessoas que assumem o compromisso de contribuir anualmente com 1.000 dólares recebem distintivo especial e certificado do distrito (l). Este reconhecimento é válido para contribuições múltiplas.

Doadores que contribuem com 250.000 dólares ou mais qualificam-se para a Sociedade Arch C. Klumph. Eles são convidados para cerimônia de admissão na sede mundial do Rotary International, em Evanston, EUA, e podem escolher ter suas fotos colocadas na Galeria Arch C. Klumph e no terminal interativo. Esses doadores também recebem distintivo, certificado e convites para eventos especiais.

Companheiro Paul Harris Uma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de Companheiro Paul Harris (l), que consiste de certificado e distintivo – com a opção de medalha, ao custo de 15 dólares rotários.

Contribuições múltiplas O Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome elas são feitas, recebe distintivo com safiras (l), rubis (l) ou Major Donors (l) – Doador Extraordinário, com contribuição pessoal de 10.000 a 249.999 dólares –, de acordo com o valor do aporte acumulado.

Benfeitor Uma pessoa se torna Benfeitor da Fundação Rotária ao incluir um dispositivo em seu testamento em benefício do Fundo de Dotação, para o qual efetua uma contribuição de 1.000 dólares ou mais. O doador recebe um distintivo especial e diploma.

Sociedade de Doadores Testamentários Refere-se a pessoas individualmente ou casais que façam promessas de doação de 1.000 dólares ou mais em testamentos ou seguros de vida. Estes doadores recebem peça de cristal e distintivo.

Os fundos As doações formam diversos fundos. São eles: Fundo Anual de Programas, Fundo Polio Plus e Fundo Permanente. Se as doações forem de empresas, serão encaminhadas à Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF). As contribuições servem para Projetos de Subsídios Distritais, Globais e Globais PréDefinidos, que apoiam a missão da Fundação Rotária para promover a paz, a boa vontade e a educação, melhorar a saúde e combater a pobreza.

Novos agraciados

Distrito 4310

Rotary Club de Botucatu-Cuesta, SP André Augusto Spadotto l Renato Luiz Gambarato l Sandro da Silva Alves l

Rotary Club de Piracicaba-Paulista, SP l

Tiago de Souza Nogueira

Rotary Club de Votuporanga-Oito de Agosto, SP Adriano José Carrijo Carlos Eduardo Arantes, com uma safira l José Raymundo Lorente, com uma safira l l

Distrito 4490

Rotary Club de São João dos Patos, MA

André Bartolomeu Piesanti Éder Cássio Cantário Fejes l Luciana Dias de Oliveira l Marcos Antônio Ribeiro l Maurício José Guchert l Robinson Rodrigo Machado de Oliveira l Sebastião Nunes da Silva

Alcino Tupinambá Macedo Ana Lígia Miranda Almeida l Cícero Pereira dos Santos l Eliene Vieira de Coelho l Emerson Bezerra da Silva l Josué de Sousa Coelho l Laisa Christiany Ribeiro l Maria Olivete Assunção l Oneide Dias de Freitas l Rosa Amélia Campos

Distrito 4480

Distrito 4500

Distrito 4470

Rotary Club de Chapadão do Sul, MS l l

Rotary Club de Lins, SP Anízio Alves da Silva, com a terceira safira l Celso Muniz Costa l

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l l

Rotary Club do Recife-Largo da Paz, PE l l

Cairo Roberto Vieira George de Araújo Alves, com uma safira


Distrito 4580

Rotary Club de Matias Barbosa-Governador Paulo Brandão, MG l l

Gustavo Leal Pedro Agostini

Distrito 4610

Rotary Club de Cotia-Mulheres Empreendedoras, SP l l

Lucia de Oliveira da Silva Penna Maria Isabel Gandolfi Donadi

Distrito 4660

Rotary Club de Santa Maria, RS Aristilda Antonieta Rechia Delia Tonel González l José Sidiney Könzgen dos Santos l Maria de Lourdes Prestes l Neuza Antonio l Zoely Zanchi Cordenonsi, com uma safira l l

Distrito 4760

Rotary Club de Belo Horizonte-Pampulha, MG l

Thiago da Silva Tavares

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R otarianos que são notícia

N

esta seção abrimos espaço para os rotarianos que foram eleitos ou nomeados para cargos de governo, da administração direta ou indireta, ou que ainda receberam homenagens ou assumiram função em organizações da sociedade civil nas esferas federal (1o, 2o e 3o escalões), estadual (1o e 2o escalões) e municipal (1o escalão).

n O governador 1990-91 do distrito 4310, Newton Colenci, do Rotary Club de Botucatu-Norte, SP, assumiu a presidência da Academia Botucatuense de Letras para o período 2015-17.

José Antonio Pereira dos Santos, do Rotary Club de Campo Grande-Universidade, MS (distrito 4470), foi um dos 613 condecorados pela Força Aérea Brasileira com a Medalha Mérito Santos-Dumont por ocasião do 142º aniversário do patrono da Aeronáutica e Pai da Aviação. n

de Justiça com uma menção honrosa no 5º Prêmio Conciliar é Legal, na categoria ensino superior, como um reconhecimento à Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerenciais Alves Fortes. O diretor 2011-13 do Rotary International, governador 1997-98 do distrito 4610 e associado ao Rotary Club de Osasco, SP, José Antonio Figueiredo Antiório, foi eleito diretor da Associação Cristã de Moços de São Paulo.

n

Associado ao Rotary Club de Londrina-Sudeste, PR (distrito 4710), Jacy Carvalho de Mendonça foi homenageado pela Câmara de Vereadores com o título de Cidadão Honorário de Londrina.

n

O presidente do Rotary Club de Pirajuí, SP (distrito 4480), Fernando Gomes Jaloretto, foi homenageado pela prefeitura municipal no aniversário de cem anos da cidade. n

Ex-presidente do Rotary Club de Belo Horizonte, MG (distrito 4520), Helene Maria Paulinyi tomou posse como associada efetiva no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. n

n Em homenagem ao presidente 1977-78, 1985-86 e 1991-92 do Rotary Club de Ipuã, SP (distrito 4540), José Florivaldo Vanderlei, a Estratégia de Saúde da Família localizada no bairro Santa Cruz recebeu o nome do rotariano, por iniciativa da Prefeitura Municipal de Ipuã.

O governador 1993-94 do distrito 4580, associado ao Rotary Club de Além Paraíba, MG, e membro do Conselho de Administração da Editora Brasil Rotário, José Alves Fortes, foi homenageado pelo Conselho Nacional

Por ocasião do aniversário de 103 anos de emancipação política do município, Tadeu Antonio de Araujo Teixeira, do Rotary Club de Bom Despacho, MG (distrito 4760), foi agraciado com a Grande Medalha Dr. Hugo Marques Gontijo. n

Pelos relevantes serviços prestados à comunidade, o governador 1997-98 do distrito 4770, Getúlio Lima, associado ao Rotary Club de Itumbiara, GO, recebeu da Assembleia Legislativa de Goiás a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira. n

n

Marcos Franco, associado ao Rotary Club de Uberaba, MG (distrito 4770), tomou posse como diretor do Comitê Municipal de Voluntariado. n

O s 50 mais Em 20 de maio, Joaquim Claudino Filho, associado ao Rotary Club de Ouro Preto, MG (distrito 4580), comemorou 55 anos de vida rotária.

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Associado ao Rotary Club de Bragança Paulista, SP (distrito 4590), Raul Siqueira do Amaral é rotariano há 54 anos. Ao longo desse tempo, ele exerceu todos os cargos no Conselho Diretor e presidiu o clube cinco vezes.

Jacy Carvalho de Mendonça, do Rotary Club de Londrina-Sudeste, PR (distrito 4710), completou recentemente 61 anos de dedicação ao Rotary. Ele possui título de Companheiro Paul Harris e foi quem, na década de 1990, concebeu e idealizou a fundação da Casa da Amizade de Londrina.

Se você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie-nos uma foto recente em que apareça sozinho:  E-mail: redacao@brasilrotario.com.br  Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

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A conteceu em 1975

Luiz Renato D. Coutinho

Hollywood Rock em meio a uma tempestade de verão

A

banda Azymuth, que se caracterizava por misturar jazz, bossa nova, progressivo e MPB, estourava nacionalmente. Em 1975, dois de seus grandes sucessos integraram trilhas sonoras da Som Livre: Linha do Horizonte (da novela Cuca Legal) e Melô da Cuíca (da novela Pecado Capital). Acontecia em janeiro daquele ano, no antigo campo do Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, um primeiro Hollywood Rock. Organizado pelo jornalista Nelson Motta e o empresário Carlos Alberto Sion, o festival deveria transcorrer em quatro sábados consecutivos. Entre as atrações, Mutantes, Rita Lee, Raul Seixas, Erasmo Carlos, Celly Campelo (que voltava à ativa graças ao sucesso da novela Estúpido Cupido, passada nos anos 60), além das bandas Veludo, Vímana e Peso. No segundo sábado, uma tempestade de verão afugentou o público e fez o palco desabar. No terceiro, não houve shows. Mas no quarto e último, Raul Seixas fez uma apresentação memorável (gravada e incluída no documentário Ritmo Alucinante), quando conclamou as pessoas a integrarem a Sociedade Alternativa.

n

n O sistema de gravação em videocassete Betamax era lançado no Japão em maio, tanto para uso doméstico quanto profissional. Lançado um ano depois, o sistema VHS desbancaria o Betamax na década seguinte.

E a Brasil Rotário trazia em setembro daquele ano...

O

ministro da Previdência Social, Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva, proferiu uma palestra no Rotary Club do Rio de Janeiro, em 6 de agosto de 1975. Luiz Gonzaga alertou para a necessidade de se diminuir as desigualdades sociais no país e criar perspectivas para a juventude brasileira: “Todos que estamos aqui temos um ideal comum: manter a sociedade livre e democrática que estrutura o nosso país. Todos sabemos, entretanto, dos perigos e das dificuldades que os governos e as sociedades livres atravessam neste momento. Os problemas sociais agravaram-se em toda a parte. Há como que o fim da tolerância, o fim da paciência com relação a um mínimo de prestações sociais. Por outro lado, sociedades como a nossa, em que a percentagem de menores de até 18 anos chega a um índice superior a 50%, contam com a perspectiva de uma grande expansão de suas possibilidades de integração.“

“Mas essa integração só se tornará efetiva, nos termos em que desejamos, se conseguirmos amparar essa juventude em sua maioria carente de quase tudo: carente de nível nutricional; carente de possibilidades de educação; carente de cuidados sanitários, de saneamento básico e de saúde individual; carente de amparo familiar pela desagregação da família, que deverá ser restaurada em sua integridade como célula fundamental numa sociedade democrática e justa.” “Caminhamos para uma situação de grande potência, mas para que cheguemos a essa situação (...) devemos ter a consciência de que se neste momento deixarmos de integrar o nosso desenvolvimento, o progresso econômico (...), se não conseguirmos, paralelamente a esse progresso material, modificar nossas estruturas sociais (...) – sabemos que a construção desta grande pátria una, democrática, forte e livre poderá perigar.”

Veja esta e outras edições antigas da sua Brasil Rotário em www.brasilrotario.com.br/?p=acervo

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R eLAX Bem light

Um paciente olha com espanto a refeição frugal que lhe servem no hospital. Depois de comer uma minúscula tigela de sopa, três folhinhas de alface e 20 gramas de frango cozido, ele pede à enfermeira: – Você poderia me trazer um selo? – Pra quê? – ela pergunta. – É que eu gosto de ler depois do jantar.

Sinceridade

O fiscal da alfândega pergunta ao viajante: – Tudo joia? – Não, metade é roupa!

Segredo da longevidade

Os franceses comem muita gordura e têm menos ataques cardíacos do que britânicos e americanos. Os italianos tomam muito vinho tinto e também têm menos ataques cardíacos do que britânicos e americanos. Conclusão: coma e beba o que quiser. O que mata é falar inglês. Colaborações enviadas por Hertz Uderman, governador 1995-96 do distrito 4570 e associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro-Méier, RJ.

Entre aspas “Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.” – Millôr Fernandes, desenhista, humorista e jornalista brasileiro (1923-2012) “Eu gostaria de viver como um pobre, mas com muito dinheiro.” – Pablo Picasso, pintor espanhol (18811973) “O dinheiro dos tolos é o patrimônio dos espertos.” – Denis Diderot, filósofo e escritor francês (1713-1784)

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Rodrigo


1936. Paul Harris,

fundador do Rotary, decide conhecer a América do Sul. O rotarismo brasileiro nunca mais seria o mesmo. “De hoje em diante os povos da América do Sul não serão mais, para Jean e para mim, ‘personalidades desconhecidas’, eles se tornaram nossos amigos.” – Paul Harris R$ 40,00

E

m uma terça-feira, 7 de abril de 1936, Paul Percy Harris desembarcava na cidade de Santos com a sua esposa, Jean. Ele estava descobrindo a América Latina. Este livro é o relato em primeira pessoa desta viagem, com destaque para sua passagem pelo Brasil. Capítulo a capítulo,

presenciamos um fundador do Rotary emocionado ao descrever o contato com realidades e povos bem diferentes do que esperava encontrar.

1936 – O ano em que o Brasil conheceu Paul Percy Harris, um lançamento da Cooperativa Editora Brasil Rotário, deve ser lido principalmente nas entrelinhas. É ali que o leitor atento encontrará um homem de ideias tão avançadas que permanecem atuais. A tradução desta obra inédita em língua portuguesa ficou a cargo de um especialista brasileiro na vida de Paul Harris, o ex-governador distrital e engenheiro Eduardo Muniz Werneck.

COMPRE JÁ o seu! Para encomendas e informações: 1936@brasilrotario.com.br Ou pelo telefone: (21) 2506-5610 Você também pode comprar o seu livro pelo site www.corujalivraria.com.br Conheça a página do livro no Facebook: www.facebook.com/Peregrinations3


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* Mais emde 2014 qualquer Rotary Club. | JUNHO 76 informações

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