Eletroacupuntura e farmacopuntura no tratamento de sequela sugestiva de cinomose em cão

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Faculdade de Jaguariúna

Thaisy Jacob Machado

ELETROACUPUNTURA E FARMACOPUNTURA NO TRATAMENTO DE SEQUELA SUGESTIVA DE CINOMOSE EM CÃO- Relato de caso

Jaguariúna 2017


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Thaisy Jacob Machado

ELETROACUPUNTURA E FARMACOPUNTURA NO TRATAMENTO DE SEQUELA SUGESTIVA DE CINOMOSE Relato de caso

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Pós Graduação em Acupuntura Veterinária da Faculdade de Jaguariúna, Jaguaríuna 2017.

Área: Acupuntura Veterinária Orientador(a): Dra. Andréa Cristina Scarpa Bosso

Jaguariúna 2017


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Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e por tudo de maravilhoso que me concede diariamente. Agradeço a toda a minha família, em especial meus pais Silvio e Aparecida, os quais sempre acreditaram em mim e nunca mediram esforços para que meus sonhos se realizassem. Agradeço a todos os professores que dedicaram uma parte do seu tempo e sabedoria em todos os módulos do curso, em especial Malu, Stelio e Jean por nos deixar cada dia mais apaixonados pela Acupuntura. Agradeço de coração a minha amiga de turma e orientadora Andrea, que mesmo de longe me ajudou a concluir minha monografia com muita paciência e carinho. Agradeço imensamente aos bons e fiéis amigos feitos durante o curso, em especial os que além de amigos se tornaram irmãos, Elisa, Jair, Reynaldo, Danilo e Carine. Agradeço finalmente aos seres essenciais na nossa caminhada profissional, a todos os animais que passaram por nós e nos encheram de amor e gratidão.


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“Deus tem estradas onde o mundo não tem caminhos” Mei Mei


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MACHADO,

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FARMACOPUNTURA

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TRATAMENTO DE SEQUELA SUGESTIVA DE CINOMOSE - Relato de caso. 2017. 25f. Trabalho de conclusão de curso (Pós -Graduação Lato Sensu) – Curso de Acupuntura Veterinária, Faculdade de Jaguariúna, Jaguariúna, 2017.

RESUMO A cinomose é uma moléstia infecciosa altamente contagiosa que afeta cães e outros carnívoros. Essa doença tem sido uma das principais causas de morte e eutanásia de cães por todo o país. O tratamento da fase viral é sintomático, e a taxa de mortalidade é alta. A maior parte dos animais que sobrevivem ficam com sequelas como: mioclonia, tetraparesia ou paraparesia, incoordenação motora, convulsão, head tilt entre outras sequelas. Atualmente não existe nenhum tratamento na medicina ocidental que promova a reversão desses sinais clínicos, enquanto que a Acupuntura tem sido usada com sucesso para melhora ou até reversão dos sinais. Uma cadela SRD, de aproximadamente quatro anos foi diagnosticada com cinomose e após o tratamento medicamentoso veio a ficar com tetraparesia. O diagnóstico na MTC foi de “vento-calor” e Síndome Wei. A escolha dos pontos utilizados foi feita de acordo com a sintomatologia apresentada e a função energética de cada ponto. Foram realizadas sessões de eletroacupuntura e farmacopuntura semanais, os pontos utilizados foram Yintang, IG4, IG 10, P10, VG14, B10, VB20, VG 16, B17, B23, Bai Hui, B40, E36, VB 30, Wei Jian, Ba feng e Baxie, sendo a farmacopuntura feita com vitamina B12 aplicada no Ba feng e Baxie. Após seis meses de tratamento o animal voltou a andar e houve uma melhora significativa no quadro de hipotrofia muscular. Conclui-se que a eletroacupuntura e farmacopuntura podem promover uma grande melhora no presente quadro de sequela de cinomose.

Palavras-chaves: Eletroacupuntura, Cinomose, Medicina Tradicional Chinesa.


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MACHADO,

T.

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ELETROACUPUNTURA

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FARMACOPUNTURA

NO

TRATAMENTO DE SEQUELA SUGESTIVA DE CINOMOSE - Relato de caso. 2017. 25f. Trabalho de conclusão de curso (Pós- Graduação Latu Sensu) – Curso de Acupuntura Veterinária, Faculdade de Jaguariúna, Jaguariúna, 2017.

ABSTRACT Distemper is a highly contagious infectious disease which affects dogs and other carnivores. This desease has been one of the main cause of death and euthanasia in dogs all over the country. The treatment is sintomatic and the mortality rate is high. Most of the animals that survive have sequel such as; myoclonus, tetraparesis or paraparesis, incoordination, seizures, head tilt and others. Nowadays there is no treatment in the Ocident Medicine able to revert these clinical signs, on the other hand Acupuncture has been used with success to heal these sequels. A dog, mixed breed, at average of 4 years old was diagnosed with distemper and after concluding the conventional treatment the dog was with tetraparesis. The diagnose on Tradiotinal Chinese Medicine was “wind-heat” and “Wei syndrom”. The acupoints were choosen according to the syntoms and the energetic function of which point. Electroacupuncture and pharmacopuncture sessions were realized weekly and the points were Yintang, LI4, LI10, L10, GV14, B10, GB20, GV16, B17, B23, Bai Hui, B40, S36, GB30, Wei Jian, Ba feng e Baxie, Vitamin B12 was injected on Ba feng and Baxie points. After 6 months of treatment the dog was able to walk again and there was an improvement on muscle hipotrophy. It concluded that eletroacupuncture and pharmacopuncture was efficient on treating sequel of canine distemper.

Keywords: Electroacupuncture, Distemper, Traditional Chinese Medicine.


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Sumário:

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1 2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 2 3. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 2 4. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 3 4.1. CINOMOSE..................................................................................................................... 3 4.2. ETIOLOGIA .................................................................................................................... 3 4.3. FISIOPATOLOGIA ......................................................................................................... 3 4.4. DIAGNÓSTICO .............................................................................................................. 4 4.5. TRATAMENTO .............................................................................................................. 5 5. ACUPUNTURA ................................................................................................................. 5 5.1. ELETROACUPUNTURA ............................................................................................... 6 5.2. FARMACOPUNTURA ................................................................................................... 7 6. RELATO DE CASO ........................................................................................................... 7 6.1 DIAGNÓSTICO NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA .... Erro! Indicador não definido. 6.2 TRATAMENTO ............................................................................................................... 9 6.1. DISCUSSÃO ................................................................................................................. 12 6.2. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 13 7 – BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 15 8. ANEXOS .............................................................................................................................. 18


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LISTA DE ANEXOS ANEXO 1 – Charlote na primeira sessão de Acupuntura............................................18 ANEXO – Charlote durante sessão de Eletroacupuntura............................................18


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1. INTRODUÇÃO

A cinomose é uma doença infecciosa causada por um RNA-vírus envelopado, o qual apresenta tropismo por diversas células de órgãos e tecidos como as células epiteliais, mesenquimais,

neuroendócrinas e hematopoiéticas. Os principais hospedeiros sãos os

animais carnívoros, sendo o principal deles os cães domésticos (Canis familiaris) (BEINEKE et al., 2009). Os cães infectados pelo vírus apresentam sinais clínicos respiratórios, gastrintestinais, dermatológicos e neurológicos. A manifestação neurológica inclui como principais sinais clínicos sinais vestibulares, cerebelares, ataxia, paresia, convulsões e déficits visuais, sendo a leucoencefalite desmielinizante a alteração neurológica mais significativa. A fase neurológica pode ocorrer entre duas a três semanas após a fase respiratória ou digestória, as quais podem passar despercebidas (LEMPP et al., 2014; FERNANDÉZ; BERNARDINI, 2010). A cinomose é endêmica no Brasil, e dependendo da espécie do hospedeiro e do sistema imunológico a taxa de mortalidade pode chegar a 80%. Estudos realizados em laboratório demonstram que a encefalomielite por cinomose é a principal causa morte ou razão para eutanásia de cães na região de Santa Maria,SC. (SILVA, 2009). O meio mais seguro para prevenção da doença é a vacina com vírus vivo modificado, sendo necessário também levar em consideração a imunidade derivada da mãe e idade do animal (CORREA; CORREA, 1992). A acupuntura é indicada para o tratamento de diversas patologias Distúrbios neurológicos, musculares e cutâneos estão entre as principais indicações para o tratamento já que apresentam elevado índice de recuperação (SCOGNAMILLO-SZABÓ; BECHARA, 2010).


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2. JUSTIFICATIVA

A cinomose é uma doença endêmica no Brasil e algumas regiões do país apresentam surtos anualmente. A taxa de mortalidade da doença é muito alta e os cães sobreviventes, na grande maioria, ficam com sequelas neurológicas. Sendo assim, muitos animais veem a óbito ou são eutanasiados devido à gravidade das sequelas. A acupuntura tem demonstrado excelentes resultados na recuperação dos cães sobreviventes, trazendo uma nova perspectiva para esses animais e seus proprietários.

3. OBJETIVOS

Fazer uma revisão de literatura sobre cinomose, com enfoque na Medicina Tradicional Chinesa, o tratamento com eletroacupuntura e farmacopuntura e relatar o caso de um cão com sequela de cinomose


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4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1. CINOMOSE 4.2. ETIOLOGIA

A cinomose é uma doença viral infecto-contagiosa que acomete carnívoros domésticos e selvagens, sendo os cães domésticos (Canis familiaris) a espécie na qual a doença se manifesta como a principal enfermidade infecciosa. (ETTINGER; FELDMAN, 1997; FERNANDÉZ; BERNARDINI, 2010). O agente etiológico da Cinomose é um RNA-vírus envelopado, do gênero Morbillivirus e família Paramyxoviridae. (APPEL; GILLESPIE, 1972). É uma doença conhecida por causar uma ampla variedade de sinais clínicos de acordo com a cepa viral, idade e sistema imune do animal acometido. (BEINEKE et al., 2009), podendo se manifestar principalmente em sistema respiratório, gastrointestinal, pele e Sistema Nervoso Central (SNC). (FERNANDÉZ; BERBARDINI, 2010).

4.3. FISIOPATOLOGIA

A principal via de contaminação é a via respiratória através da inalação de aerossóis (LUDLOW et al., 2013 apud LEMPP et al., 2014), porém o vírus também pode ingressar pelo contato direto através da via digestiva e conjuntival (CORREA; CORREA, 1992). Após o vírus adentrar pela via respiratória, invade os órgãos linfoides, dissemina-se pela via hematógena levando a uma infecção dos sistemas respiratório e/ou digestório e manifesta inicialmente uma imunossupressão caracterizada por linfopenia transitória. O acometimento do SNC independe do desenvolvimento ou não de sinais clínicos neurológicos, e está relacionado com o estado imunológico do animal e a cepa viral.

(FERNANDÉZ;

BERBARDINI, 2010). Segundo Von Rüden et al., 2012 o vírus da Cinomose pode afetar


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tanto a substancia branca quanto a cinzenta do cérebro, provocando uma doença neurológica aguda e progressiva. Os sinais clínicos neurológicos da cinomose caracterizam uma leucoencefalite desmielinizante, sendo a leucoencefalite com desmielinização multifocal no SNC, a lesão mais comumente associada ao vírus da cinomose canina (BEINEKE et al., 2009; LEMPP et al., 2014)

4.4. DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da cinomose baseia-se inicialmente nos sinais clínicos, histórico de vacinação inadequada e possibilidades de exposição ao vírus (BIRCHARD; SHERDING, 2003). No hemograma pode ser observado uma linfopenia grave que coincide com o pico virêmico e febril, e também uma neutropenia que pode ser explicada pelo aumento da demanda tecidual, destruição e diminuição da produção pela medula óssea. (FERNANDÉZ; BERBARDINI, 2010; LATIMER, 2003 apud SANTOS, 2006). O exame do líquido encefaloraquidiano (LCR) pode apresentar um aumento da concentração proteica e pleocitose com predomínio de linfócitos. Estes achados são inespecíficos, mas sugerem a existência de um quadro de etiologia viral (SARMENTO, 2000 apud DIAS et al., 2012). O exame de Reação em cadeia da polimerase (PCR) tem sido uma das técnicas mais utilizadas para diagnóstico de cinomose. Um estudo realizado por Amaral (2007) com 50 cães infectados pelo vírus da cinomose, demonstrou alta eficácia do exame de PCR, o qual obteve maior número de resultados positivos em amostras de zaragatoas genitais, seguido de amostra urinária, zaragatoas conjuntivais e células mononucleares do sangue periférico. A associação de coleta de duas amostras biológicas (zaragatoas genitais e urina), aumentou a possibilidade de detecção de animais positivos, principalmente naqueles que não apresentam sinais oculares, respiratórios e gastrintestinais, assim como em animais previamente vacinados ou convalescentes.


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4.5. TRATAMENTO

O tratamento da cinomose é basicamente sintomático e de suporte (FERNANDÉZ; BERNARDINI, 2010), com o objetivo de melhorar a resistência do animal e tratar infecções bacterianas secundárias que acontecem na maioria dos casos. Para isso se utiliza antibióticos de amplo espectro, vitaminas do complexo B (DIAS, et al 2012), anticonvulsivantes em casos de convulsões, neuroprotetores, umidifacação das vias aéreas, soluções eletrolíticas, antipiréticos, expectorantes, bronco dilatadores, antieméticos e complementos nutricionais para a terapia auxiliar (BIRCHARD; SHERDING, 1998, NELSON;COUTO, 2006). Em estudo realizado com a associação de Ribavirina e DMSO demonstrou que a Ribavirina na dose de 30mg/kg, por via oral e a cada 24 horas, possui efeito anti-viral contra o vírus da cinomose em animais na fase neurológica, enquanto o DMSO potencializou o efeito anti-viral da Ribavirina através do aumento da difusão tecidual (MANGIA, 2008) Recentemente, o uso de células tronco também tem sido empregado para o tratamento da cinomose na fase aguda e crônica. Segundo Santos et al., (2015) os animais tratados com células tronco tiveram uma melhora significativa na sintomatologia neurológica decorrente da desmielinização, uma vez que as células troncos secretam fatores tróficos capazes de estimular remielinização, participar do processo de imunomodulação e diminuir a inflamação.

5. ACUPUNTURA

A acupuntura é uma técnica da Medicina Tradicional Chinesa que consiste na estimulação de áreas específicas do organismo objetivando atingir um efeito terapêutico ou homeostático (ESPER et al., 2012). Trata-se de uma terapia reflexa a qual desencadeia


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respostas em outras áreas do organismo pelo estímulo dado ao ponto de acupuntura (SCOGNAMILLO-SZABÓ; BECHARA, 2010). A Medicina oriental postula que a doença é resultado da interação do agente causal e do indivíduo gerado por um desequilíbrio entre Yin e Yang. Inicialmente, a acupuntura foi muito usada na Medicina Humana e sua utilização vem crescendo cada vez mais na Medicina Veterinária tendo seus primeiros relatos no Brasil por volta de 1980 (SCOGNAMILLOSZABÓ; BECHARA, 2010). Os Acupontos são pontos de acupuntura encontrados na superfície corpórea caracterizados por possuírem baixa resistência elétrica. Exames histológicos revelaram que no local do ponto de acupuntura ou próximo a ele, o tecido subcutâneo contém altas densidades de troncos nervosos, terminações neurais e redes vasculares (SCHOEN, 2006). Os meridianos nos quais os acupontos estão distribuídos permitem o fluxo de Qi e sangue, e assim como os pontos os meridianos são áreas ricamente inervadas (WANG et al., 2010). Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, o Qi flui por todos os órgãos e a comunicação entre estes ocorre pelos meridianos. As alterações no fluxo de Qi manifestam sinais de acúmulo (Yang, quente e ativo) ou deficiência (Yin, frio e passivo) de energia. A acupuntura restaura a normalidade desse fluxo, retornando a homeostase do organismo (TAFFAREL; FREITAS, 2009).

5.1. ELETROACUPUNTURA

A eletroacupuntura consiste no estímulo dos pontos de acupuntura através de corrente elétrica sob diferentes intensidades e frequências (SCOGNAMILLO-SZABÓ; FARIA, 2008). A quantidade e qualidade da estimulação podem ser ajustadas de maneira precisa e objetiva pelo ajuste da amplitude e frequência da corrente elétrica, isso permite um nível mais elevado e contínuo de estimulação do ponto quando comparado a manipulação manual (SCHOEN, 2006).


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As principais indicações para eletroacupuntura são casos de paralisia ou paresia, condições dolorosas crônicas graves e indução analgésica cirúrgica por acupuntura. Estímulos com frequência baixa (5-20Hz), intermitente, alternado ou descontínuo tonificam a musculatura, liberam contrações e reeducam neurônios motores nos casos de paralisias ou paresias. Estímulos com frequência alta (80-120Hz), contínuo e regular medeiam a liberação de endorfina, sedam e relaxam a musculatura (DRAEHMPAEHL;ZOHMANN, 1997; SCHOEN, 2006; XIE; PREAST, 2011).

5.2. FARMACOPUNTURA

A farmacopuntura consiste na aplicação de substâncias nos acupontos como: salina estéril,

vitamina

B12,

anestésicos

locais,

analgésicos,

remédios

homeopáticos

(homeopuntura), sangue autólogo (hemopuntura), fitoterápicos (fitopuntura). O volume da substância injetada pode ser de 0,25 a 2 mL, depende da localização dos pontos e do tamanho do paciente. Essa técnica permite o estímulo dos pontos por período prolongado além de potencializar o efeito da substância utilizada reduzindo os possíveis efeitos colaterais (SCHOEN, 2006; SCOGNAMILLO-SZABÓ; BECHARA, 2010; XIE; PREAST, 2010).

6. RELATO DE CASO

Charlote, uma cadela SRD de aproximadamente 4 anos, castrada e sem vacinação foi atendida por um Clínico Veterinário apresentando os seguintes sinais clínicos: conjuntivite bilateral e ataxia nos membros pélvicos. Foram realizados hemograma e teste de ELISA portátil, “Immunocomb”, o qual determina no soro de cães os níveis do anticorpo IgM contra o Vírus da Parvovirose canina (CPV) e Vírus da Cinomose canina (CDV), tanto na infecção


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como na vacinação. Em uma escala de 0 a 3, o resultado do Teste de ELISA portátil foi de 2,5+, o que significa “fraco positivo”. No hemograma a única alteração encontrada foi leucopenia por linfopenia (5.3 x 10³/Ul). Deu-se início ao tratamento com antibiótico de amplo espectro, colírio antibiótico e corticoide durante 30 dias. No dia 25/07/16 o animal foi para o retorno apresentando piora da ataxia dos membros pélvicos, nistagmo e pupila dilatada. Foi receitado o uso de Ginko biloba (3,200mg), Pentoxifilina 160mg, Energy pet durante 30 dias e Fenobarbital até novas recomendações. No dia 29/08 o animal estava apresentando paraparesia e a proprietária foi orientada a reduzir o fenobarbital gradativamente e a procurar um Acupunturista. A primeira sessão de Acupuntura foi realizada no dia 20/09/2016, o animal estava com tetraparesia, apresentava perda de massa muscular em membros pélvicos e uma acentuada hipotrofia de membro torácico direito. No exame neurológico os membros torácicos apresentavam dor superficial e profunda, enquanto o membro pélvico esquerdo apresentava somente dor profunda e o membro pélvico direito estava com ausência de dor superficial e profunda. Os reflexos patelar, ciático e biciptal estavam diminuídos, e a propriocepção estava ausente em todos os membros. Havia escaras em região sacral e escapular direita. Não havia alteração de nervos cranianos. Na Medicina Tradicional Chinesa o diagnóstico da Charlote é de Síndrome Wei e Vento-Calor no Fígado. O termo “Wei” significa flacidez em Chinês e a Síndrome Wei é caracterizada por fraqueza dos quatro membros gerando uma atrofia progressiva, flacidez dos músculos e tendões, incapacidade de andar corretamente e eventualmente paralisia (MACIOCIA, 1996). De acordo com os sinais clínicos do animal a Síndrome Wei ocorre devido ao Calor no Pulmão. Isso acontece quando um fator patogênico externo invade o corpo e gera calor no pulmão, que consequentemente pode danificar os fluídos corpóreos. Essa deficiência dos fluídos associada ao Yin deficiente levam a uma falha na nutrição dos ligamentos, tendões e músculos e posteriormente flacidez, fraqueza e atrofia muscular. Para esses sinais clínicos é necessário traçar uma estratégia de tratamento que inclua pontos que eliminam calor do pulmão e tonifiquem os tendões e músculos (XIE; PREAST, 2011). O Vento-Calor ocorre quando o Calor penetra o corpo e se transforma em Calor Extremo no interior, gerando o Vento Interno ou Vento do Fígado. Isso pode ocorrer em casos de febre alta e doenças infecciosas, como é o caso da cinomose. O Vento interno impede o


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Fígado de umedecer os tendões o que pode levar a rigidez cervical e opistótono. Além disso, um animal com Vento-Calor no fígado pode manifestar sinais de febre alta, coma, convulsões ou tremores de membros, andar em círculos, língua vermelha, pulso rápido e em corda. A estratégia de tratamento para Vento-Calor exige pontos que eliminem calor e pontos que expelem vento (MACIOCIA, 1996; XIE; PREAST, 2012). 6.2 TRATAMENTO

A primeira sessão foi realizada somente com agulha seca nos pontos Yintang, IG4,IG 10, P10, VG14, B10, VB20, VG 16, B17, B23, Bai Hui, B40, R3-B60, E36, VB 30, Wei Jian, Ba feng e Baxie durante 20 minutos. A descrição dos pontos a seguir foram todas retiradas do livro “Acupuntura Veterinária Xie” de Huisheng Xie e Vanessa Preast (2011). - Yin tang: acalma a mente, expele vento, epilepsia, convulsões, ansiedade - IG 4 (He gu): ponto mestre de face e boca, utilizado para paralisia facial, epistaxe, secreção e congestão nasal, afecções odontológicas, faringite, febre, imunodeficiência e doenças imunomediadas, tendinite e dor generalizada. - IG 10 (Qian-san-li): ponto análogo ao E36 no membro torácico, usado para deficiência de Qi, imunodefiência, vento-calor, prurido, imunorregulação, diarreia, claudicação e paresia ou paralisia de membros torácicos, dor no cotovelo, odontalgia, dor abdominal, gengivite, fraqueza dos membros pélvicos, estomatite e fraqueza generalizada. - P10 (Yu-ji): ponto para eliminar calor no pulmão, febre faringite, tosse, tendinite, dor na articulação do carpo e doenças dermatológicas imunomediadas. - VG14 (Da-zhui): elimina calor, deficiência de Yin, tosse, febre, dispneia, dor cervical, doença do disco intervertebral, dermatite, epilepsia e imunodeficiência. - VG16 (Fen-fu): ponto para dor cervical, doença do disco intervertebral, epilepsia, choque, doenças mentais e emocionais. - B10 (Tian-zhu): ponto para eliminar vento, secreção e congestão nasal, dor cervical, doenças febris, epilepsia e doença do disco intervertebral.


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- B23 (Shen-shu): ponto shu-dorsal do rim, deficiência de Yin e Qi do rim, doenças renais, incontinência urinária, edema, disfunção auditiva, impotência, doença do disco intervertebral toracolombar, osteoartrite da articulação coxofemoral, fraqueza dos membros pélvicos. - B40 (Wei-zhong): ponto mestre de coluna lombar e articulação coxofemoral, disúria, incontinência urinária, doenças autoimunes, vômito, diarreia, paresia ou paralisia de membro pélvicos. - Bai hui (Cem encontros): ponto utilizado para Deficiência de Yang, paresia ou paralisia de membros pélvicos, dor lombossacra, doença do disco intervertebral lombossacral, dor abdominal, diarreia, dor na articulação coxofemoral. - R3 (Tai-xi): ponto Riacho-Shu e ponto fonte Yuan. Ponto utilizado para doenças renais, disúria, diabetes melito, anormalidades no ciclo estral, infertilidade, impotência, odontalgia, faringite, otite, disfunção auditiva, doença do disco intervertebral toracolombar. - E36 (Hou-san-li): ponto mestre de abdômen e trato gastrointestinal, fraqueza generalizada, constipação, diarreia, tônico geral de QI, dor no joelho e fraqueza de membros pélvicos. - VB 30 (Huan-tiao): ponto para paresia ou paralisia dos membros pélvicos, dor na musculatura do glúteo e osteoartrite coxofemoral. - VB 20 (Feng-chi): ponto para eliminar vento interno e externo, dor cervical, epilepsia, doença do disco intervertebral. - Wei Jian: ponto para choque, insolação, paresia ou paralisia da cauda, fraqueza dos membros pélvicos e elimina calor. - Ba feng (ponto localizado na prega cutânea na face dorsal metatarsofalangeanas, totalizando 3 pontos em cada pata): paresia ou paralisia dos membros pélvicos. - Baxie (ponto localizado na prega cutânea na face dorsal metacarpofalangeanas, totalizando 3 pontos em cada pata): paresia ou paralisia dos membros torácicos. Na 2ª sessão: foram repetidos os mesmos pontos e acrescentado eletroestimulação em Ba feng, Baxie, Bai Hui e Wei Jian durante 15 minutos com onda mista, frequência de 2 e 15 Hz alternadas a cada 4 segundos. Na 3ª sessão: cadela apresentou uma leve melhora e passou a se apoiar em esfinge quando auxiliada por uma pessoa.


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No período entre a 4ª e a 7ª sessão não houve nenhuma alteração significativa. Na 8ª sessão: animal voltou a ter dor superficial nos membros pélvicos. No dia 31/10 o animal foi internado em uma clínica veterinária pois a tutora não apresentava condições de cuidar de forma adequada. Durante internamento foi mantido o mesmo protocolo de antes. Após algumas semanas internada Charlote perdeu peso e mesmo recebendo sessões semanais de eletroacupuntura, houve uma piora no quadro de atrofia muscular, principalmente do membro torácico direito e piora das escaras na região sacral. Os membros pélvicos voltaram a ficar sem dor superficial novamente. Após 29 dias internada, a cadela foi adotada por outra família. Na 11ª sessão: no dia 29/11/2016, foram mantidos os mesmos pontos do início e adicionado ao tratamento a farmacopuntura com vitamina B12 em Ba feng, Baxie, Bai Hui, IG4 e B40 na dose de 0,5 ml em cada ponto com seringa de 5ml e agulha de insulina, também houve uma troca nos pontos de eletroacupuntura, e além de eletroestimular Ba feng e Ba xie, foi trocado os eletrodos dos pontos Bai Hui e Wei Jian por VB30 e R3. A farmacopuntura era realizada semanalmente após as sessões de eletroacupuntura. Associado a essa terapia, a proprietária realizava alongamentos e exercícios duas vezes aos dias. Esse protocolo se manteve até o final do tratamento. Na 15ª sessão: foi mantido o mesmo protocolo de tratamento da 11ª sessão e acrescentada moxabustão diária nas escaras. O animal voltou a ter dor superficial e profunda nos membros pélvicos e foi colocada em uma cadeira de rodas as quais havia apoio para os quatro membros. Quando posicionada na cadeira de rodas, conseguia apoiar o membro pélvico e torácico esquerdo, os membros torácico e pélvico direito continuavam sem resposta. Na 16ª sessão: o animal começou a apoiar o membro torácico direito quando estava na cadeira de rodas. Na 17ª sessão: a propriocepção dos membros torácicos estava normais e o animal conseguia se locomover com dificuldade quando era sustentada na parte traseira, porém não era capaz de apoiar o membro pélvico direito. A farmacopuntura desde então passou a ser realizada somente no Ba feng do membro pélvico direito. Na 18ª sessão: o animal começou a andar e apoiar o membro pélvico direito quando era auxiliada por alguém. Na 19ª sessão: deu os seus primeiros passos sozinha sem nenhuma auxílio.


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Na 20ª sessão: consegue se locomover sozinha, mas ainda tem dificuldade ao se levantar. Na 23 ª sessão: o animal começa a se levantar sozinho e correr.

6.1. DISCUSSÃO

A cinomose canina é uma doença altamente contagiosa que acomete carnívoros domésticos e selvagens (DIAS et al., 2012). Mesmo sendo prevenida através de vacinas, ainda existem regiões em que ocorrem surtos anualmente. O tratamento para cinomose é somente de suporte de acordo com os sinais clínicos manifestados, sendo assim, não existe um tratamento específico para a doença (ETTINGER; FELDMAN, 1997). Devido à gravidade dos sinais clínicos e do acometimento neurológico, a cinomose tem sido uma das principais causas de eutanásia em cães (SILVA, 2009). De acordo com Luna et al., (2003) pesquisas realizadas demonstram que a acupuntura tem sido usada com sucesso na Medicina Veterinária para o tratamento de doenças que até então eram incuráveis, como a cinomose, a qual tem uma taxa de mortalidade que chega até 90%. Estudos revelam que a acupuntura tem contribuído de maneira muito mais significativa no tratamento das sequelas de cinomose, quando comparada ao tratamento alopático (MATTHIESEN, 2004). Uma pesquisa foi realizada com 24 cães apresentando sequela de cinomose, esses animais foram submetidos ao tratamento com acupuntura associada com eletroacupuntura e revelou-se que o tratamento foi capaz de reverter as sequelas em um período de 24 semanas, com retorno da deambulação funcional em 79,2% dos casos (SANTOS, 2013). Na Medicina Chinesa a cinomose é classificada como “Síndrome Wei” e “ventocalor”. A “Síndrome Wei” é caracterizada por flacidez, fraqueza e atrofia muscular, que ocorre após a invasão de um fator patogênico externo que gera calor no Pulmão. Como consequência leva a uma deficiência de fluidos corpóreos e essa deficiência dos fluídos associada ao Yin deficiente irão levar a uma falha na nutrição dos ligamentos, tendões e músculos. (XIE; PREAST, 2012). Para tratar a “Síndrome Wei” foi utilizado pontos para


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eliminar calor do pulmão (IG4 e P10) e também IG10 que é tônico de membros torácicos, E36 como tônico geral de Qi e VB34 para tonificar tendões, ligamentos e músculos dos membros. Para nutrir o Yin do rim foi utilizado os pontos R3 e B60 e o ponto B23 que é o ponto de assentimento do Rim (XIE; PREAST, 2011). A outra classificação chinesa na qual a cinomose se encaixa é como uma enfermidade de “vento-calor”. O calor pode ser notado através da ceratoconjuntivite seca e hiperqueratose de coxins e focinho, enquanto o vento é caracterizado pela ataxia, incoordenação motora e fraqueza. Para tratar esses sinais clínicos é necessário eliminar o vento (B10, VB20, VG16) e dispersar calor (VG14). Além da escolha dos pontos de acordo com os padrões da medicina chinesa, os pontos também foram escolhidos de acordo com sua função. O VB30, B40, Wei Jian e Ba feng são pontos utilizados para paresia e paralisia de membros pélvicos, enquanto que Ba xie são pontos para paresia e paralisia dos membros torácicos (XIE; PREAST, 2011). A eletroacupuntura foi aplicada nos pontos Ba feng, Ba xie, Bai Hui e Wei Jian e na 11ª sessão houve uma substituição dos pontos Bai Hui e Wei Jian por VB30 e R3. A onda utilizada nas sessões de eletroacupuntura do presente caso, foi onda do tipo mista na frequência de 2Hz e 15Hz. A escolha desse protocolo se refere ao fato de que baixos estímulos tonificam a musculatura e liberam contrações, levando então a uma melhora no quadro de atrofia muscular e paresia (DRAEHMPAEHL; ZOHMANN, 1997). A farmacopuntura tem a função de prolongar e potencializar o efeito da acupuntura no organismo, e quando foi aplicada nos pontos Ba feng e Ba xie houve uma melhora na locomoção, sensibilidade dolorosa e propriocepção dos membros. A substância escolhida para realizar a técnica foi a vitamina B12, a qual além de prolongar o estímulo dos pontos também tem como função auxiliar nas funções do sistema nervoso impedindo o processo de desmielinização dos neurônios (STUPPIELLO, 2014).

6.2. CONCLUSÃO


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A cinomose é uma doença de alta taxa de mortalidade e que deixa graves sequelas nos animais sobreviventes. A medicina ocidental não possui terapia eficaz para reverter as sequelas dessa doença e durante muito tempo muitos animais foram submetidos a eutanásia por seus sinais clínicos serem considerados irreversíveis. A acupuntura associada a eletroacupuntura e farmacopuntura se mostrou muito eficaz para a reversão das sequelas motoras causadas pela cinomose. A farmacopuntura com Vitamina B12 demonstrou ter uma importante função na potencialização do estímulo dos acupontos e consequentemente uma melhora da sensibilidade dolorosa e propriocepção dos membros pélvicos e torácicos. A Acupuntura vem dar uma nova esperança aos animais e seus proprietários, levando muitas vezes a reversão da paresia/paralisia, melhora da sintomatologia clínica das sequelas e melhora na qualidade de vida dos animais.


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7 – BIBLIOGRAFIA

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8. ANEXOS

ANEXO 1 – Charlote na primeira sessão de Acupuntura.

ANEXO 2 - Charlote durante sessão de Eletroacupuntura


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