Técnicas integrativas no tratamento de síndrome vestibular central

Page 1

TÉCNICAS INTEGRATIVAS NO TRATAMENTO DE SÍNDROME VESTIBULAR CENTRAL SECUNDÁRIA A MENINGOENCEFALITE GRANULOMATOSA EM CÃO: RELATO DE CASO Dináh Z. Pellegrini1, Carolina C. T. Haddad2 Uma Shih-tzu, fêmea de 7 anos, foi atendida na Clínica Veterinária Acuvet após encaminhamento. A queixa inicial relatada pelo tutor foi repentina alteração de comportamento apresentando nível de consciência torporoso, marcha em círculo e leteralização de cabeça para o lado direito, hemiparesia do lado direito, reação a ameaça ausente, nistagmo rotatório e queda espontânea, sem apresentar quadro convulsivo. Negou episódio de trauma ou estresse, sendo a índole do animal bastante calma. Foram requisitados exames de RM de encéfalo, análise físico-química de LCR com cultura e antibiograma e sorologia para cinomose. A sorologia por ELISA para cinomose acusou resultado negativo, não houve crescimento bacteriano. Parâmetros físicos e bioquímicos do LCR dentro da normalidade. À citologia, não foram observados agentes infecciosos ou células neoplásicas e à contagem celular (hemácias e células nucleadas) sem anormalidades. Não houve alterações citológicas de importância clínica significativa. Diagnosticou-se síndrome vestibular central secundária a sugestiva meningoencefalite granulomatosa focal. O protocolo de tratamento foi adequado conforme progressão do quadro clínico da paciente (Quadro 1). Apresentou quadro de gastroenterite leve durante o tratamento, sem alterações ao exame coproparasitológico. A paciente segue com boa qualidade de vida.

Figura 1. RM de encéfalo evidenciando área amorfa de hipersinal T2 na região mesencefálica esquerda que não provoca efeito de massa e não suprime na sequência FLAIR; área amorfa de hipersinal em T2 em substância branca de lobo temporal bilateral, mais evidente no lado direito, sem efeito de massa associado e que se mantem hiperintensa na sequência FLAIR

Quadro 1. Evolução dos principais sinais clínicos apresentados e do protocolo de tratamento ao longo das semanas. Os espaçamentos crescentes entre sessões justificavam-se devido a progressão clínica positiva da paciente. Sem. Sinais clínicos relevantes 1 2 3 4 6 8 10 12 16 20 24 28

Acupontos

Prescrições

Torpor, hemiparesia (d), lateralização da cabeça (d), nistagmo rotatório, queda espontânea, reação à ameaça ausente Lateralização da cabeça (d), hemiparesia (d), amaurose Pulso: tenso, irregular Déficit proprioceptivo leve em MP

VG20, 4 CAV, VG4, BH, VB20, IG4, IG10, B18, B23, F3 VG20, VG16, VG4, BH, VB20, F3 Bu Yang Huan Wu Tang 1 cápsula (30 minutos) SID VG16, VG4, BH, B10, B18, B23, VB20, VB30, F3, E36 VG16, VG4, BH, VB20, VB30, B10, B18, B23, F3, E36 Êmese, déficit proprioceptivo leve em MP VG 20, BH, B18, B47, E36, C7 Bu Yang Huan Wu Tang ½ cápsula Pulso: tenso, escorregadio SID Êmese, hematoquezia, 38,6 °C B12: VG1 Escopolamina + metamizol e probiótico VG20, VB20, B18, R3, F3, Pulso: fraco e cheio VG 16, VG4, BH, VB20, B17, Bu Yang Huan Wu Tang 3x/sem B18, F3 Claudicação em MT melhorou com calor, reação à ameaça VG16, BH, VB20, B18, E36, R3 normal. Pulso: fraco e cheio VG16,VG14, BH, VB20, B18, E36 VG16,VG14, BH, VB20, B18, E36 Propriocepção consciente MPs e MTs normal. Acomodação VG4, BH, B17, B18, BP10, F3 tátil diminuída em MPD e normal nos demais membros. Pulso: cheio, forte, tenso 1Mestranda

em Ciência Animal CAV/UDESC - dinahzp@gmail.com 2Mv. Especialista em Neurologia e Acupuntura Veterinária, proprietária da Acuvet


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.