Tratamento de atopia canina pela medicina tradicional chinesa (MTC) – relato de caso

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TRATAMENTO DE ATOPIA CANINA PELA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC) – RELATO DE CASO Josiane C. A. O. G. Rato 1, Joshua B.A. Polanco-Stuart 1, Geovana Talita Fim2, Maria Luísa Buffo de Cápua3 1. Programa de PG em Biotecnologia Animal da FMVZ/UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil (josianerato@yahoo.com.br); 2. Médica Veterinária contratada do departamento de acupuntura da FMVZ/Unesp, Botucatu, São Paulo, Brasil; 3. Maria Luísa Buffo de Cápua, Professora voluntária do departamento de Acupuntura Veterinária da FMVZ/ Unesp, Botucatu, São Paulo, Brasil

INTRODUÇÃO A dermatite atópica (DAC) caracteriza – se por uma hipersensibilidade a antígenos presentes no ambiente, quando inalados ou absorvidos pela pele apresenta sinais de intenso prurido, e auto traumatismo. Fatores como a pré disposição genética, ambientais, psicogênicos, imunológicos são mais frequentes em cães. Região abdominal, orelhas e face são as mais envolvidas, onde os sinais são controlados com o uso de medicações que são deletérias ao organismo, levando a efeitos colaterais indesejados. A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma especialidade terapêutica, cujo principal objetivo é a busca da homeostase, o equilíbrio dos meridianos e o controle da doença. A MTC atua no controle de diversas enfermidades, principalmente as inflamatórias da pele, como a dermatite atópica, que não possui cura e o controle é realizado com o acompanhamento, é uma técnica que além do agulhamento seco abrange terapias complementares como a auto-hemoterapia, fitoterapia chinesa, dentre outras, que mantém os sinais clínicos sob controle, dando melhor qualidade de vida ao paciente.

O fitoterápico de eleição recomendado Huang lian jie du tang (01 cápsula/ BID 12/12hrs), após 10 dias foi prescrito, Gui pi tang (01 cápsula/ BID 12/12hrs), e o floral Walnut, chicory, aspen, mimulus, impatians – Floral de Bach 10% brandy (4 gotas, 4x dia). Na semana dois (S2), retornou para sessão alterando o protocolo para os acupontos, VG16; C7; IG11; B15; B20; B23; B40; B52, autohemoterapia no VG14, mantendo fitoterápicos e o floral, até o controle dos sinais clínicos.

RESULTADOS A paciente retornou na S3, S4 e S5, quando a tutora mostrou - se muito satisfeita com os resultados, pois anteriormente ao tratamento a pele apresentava vermelhidão, calor e pústulas em região ventral do abdômen, dorso e membros Pélvicos, tendo intenso prurido, e após a instituição do tratamento o animal se manteve estável, as pústulas secaram, e aparentemente a inflamação da pele se normalizou, já não havendo mais prurido, atualmente a paciente encontra – se em tratamento.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi encaminhada, ao HV da FMVZ - UNESP – Botucatu, uma cadela da raça Yorkshire, de 3,850kg, hígida, com a terceira pálpebra edemaciada e pústulas em região ventral do abdomem, dorso e membros pélvicos. Foi avaliada pela Oftalmologia e diagnosticada com provável Dermatite Atópica, receitado shampoo cloreximicol (SID/semanal) e colírio maxitrol, e encaminhada ao departamento de acupuntura veterinária. Ao exame clínico na MTC apresentava pulso superficial, forte, presença de vento e Língua congesta (levemente arroxeada). Firmou – se o diagnóstico de deficiência de Qi, deficiência de Xue, e o desequilíbrio do elemento madeira. A conduta terapêutica foi agulhamento seco, acupontos VG16; B11; B17; B23; B40; IG11; VB39; F3, por 20 minutos, bilateral, auto-hemoterapia no VG14 e fitoterapia.

A A A- Lesões pustulares eritematosas na região abdominal (S1)

B B B- Região abdominal após 4 semanas de tratamento


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