Cantinho das Línguas

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Escola E.B. 2/3 Frei JoĂŁo de Vila do Conde

Professora de LĂ­ngua Portuguesa: Fernanda Rebelo Ano Lectivo: 2010-2011


Introdução

No sentido de promover a articulação entre as várias disciplinas e ciclos, estimular a imaginação e a criatividade e divulgar os trabalhos realizados pelos alunos, o Departamento de Línguas dinamizou, ao longo do ano lectivo, a exposição permanente de trabalhos dos alunos na Biblioteca. Apresentamos aqui alguns trabalhos de Língua Portuguesa.



Sophia de Mello Breyner Andresen Sophia de Mello Breyner Andresen é, sem dúvida, um dos maiores poetas portugueses contemporâneos. Sophia nasceu no Porto, em 1919. A sua infância e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde fez o curso de Filologia Clássica. Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e a actividade cívica, tendo-se envolvido publicamente contra o regime de Salazar. A sua poesia ergue-se como a voz da liberdade, especialmente em "O Livro Sexto". Foi sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos"e a sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista. A linguagem poética de Sophia de Mello Breyner Andersen exprime, para além da sólida cultura clássica da autora e da sua paixão pela cultura grega, a pureza e a transparência da palavra na sua relação da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita, do poema. Luz, verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de Sophia, quer na obra poética, quer na importante obra para crianças que, inicialmente destinada aos seus cinco filhos, rapidamente se transformou em clássico da literatura infantil em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como "O Rapaz de Bronze", "A Fada Oriana" ou "A Menina do Mar". Obras da autora

Poesia, 1944;

O Rapaz de Bronze, 1965;

Dia do Mar, 1947;

O Cavaleiro da Dinamarca, 1964;

Oral, 1950;

Geografia, 1967;

No Tempo Dividido, 1954;

A Floresta, 1968;

A Fada Oriana, 1958;

Dual, 1972;

Mar Novo, 1958;

Nome das Coisas, 1977;

A Menina do Mar, 1958;

Musa, 1994; …

Livro Sexto, 1962;


Este

ano,

lemos

a

obra

A

Floresta

e

apreciámos

muito

as

personagens, o espaço, o enredo e toda a magia subjacente à acção. Na sequência

do

estudo

desta

narrativa, fizemos alguns

trabalhos

com

ilustrações, adaptámos contos tradicionais e escrevemos poemas.

Resumo da obra A Floresta Isabel vivia numa quinta maravilhosa, cheia de árvores frondosas nos arredores de uma grande cidade. Como não tinha irmãos brincava sozinha no parque ou à conversa com o seu amigo Tomé, o jardineiro, que lhe explicava o encanto e os segredos da metamorfose da mãe-natureza ao longo das estações do ano. Era uma menina sonhadora e adorava anões. Sonhava encontrar anões escondidos entre a folhagem dos ramos das árvores, até que um dia o seu sonho aconteceu realmente. Durante o seu passeio habitual no bosque, descobriu uma criatura minúscula, toda vestida de verde, dormindo na casinha que tinha construído nas raízes de um carvalho centenário. Finalmente encontrara um anão! Este assustou-se mas acabou por perder o medo e tornaram-se grandes amigos. Contou-lhe a sua vida e a razão da sua permanência naquele lugar. Falou-lhe dos bandidos e dos frades que outrora habitaram no convento que havia naquela floresta. Narrou-lhe todas as peripécias que presenciou e as aventuras e desventuras que tiveram lugar naquele lugar mágico. Isabel prontificou-se a ajudá-lo na tarefa de descobrir a pessoa boa e pura a quem devia ser entregue o tesouro dos bandidos do qual era o guardião. Conversou com o professor de Música e este achou que o Doutor Máximo era a pessoa certa, um cientista honesto e trabalhador, que gastara toda a sua fortuna em experiências para transformar as pedras em ouro, sem nunca o ter conseguido. Como era uma pessoa boa, o professor Cláudio achava que lhe devia ser dada a oportunidade de ser reconhecido publicamente. Assim, sem que o cientista soubesse, Isabel, o anão e o Cláudio combinaram ir ao seu laboratório substituir as pedras pelo ouro dos bandidos, após fundirem as moedas. O velho sábio pensou que a sua experiência tinha tido finalmente sucesso, e ficou louco de alegria. Mas não quis o ouro para si, resolveu doá-lo aos pobres da cidade. Então, na data aprazada, os mais necessitados apresentaram-se na Praça da Câmara para receberem o ouro que o Doutor Máximo lhes oferecia. Eram tantos que desfilaram até ao pôr-do-sol. A cidade encheu-se de cantos e danças. Esta atitude solidária foi mal compreendida pelos senhores detentores de grandes fortunas que tentaram por todos os meios demover o Dr. Máximo de realizar uma acção tão benemérita, aliciando-o para os seus negócios, sem nunca o conseguirem. Finalmente o anão sentiu-se aliviado por ter realizado a missão que lhe tinha sido destinada. Agora já podia juntar-se ao seu povo nas florestas do Norte. Despediu-se então dos amigos e saltou para as costas de um belo pássaro preto de bico amarelo. Toda a Floresta ficou triste. No ar pairava um cheiro a maçã de Outono.


A Floresta Era uma vez uma enorme quinta, situada nos arredores de uma cidade, onde vivia uma menina chamada Isabel.

Isabel acredita que os anões existem, por isso constrói uma casa num velho carvalho para eles morarem.

Isabel fica admirada ao ver um anão na sua casa e faz tudo para conquistar a sua confiança.


Isabel e o anão ficam amigos e este começa a contar-lhe a história da sua longa vida.

Nestes lugares habitavam cavaleiros, frades e anões. Até que um dia, chegaram uns bandidos e expulsaram os cavaleiros, enquanto que os frades puderam ficar no convento com a condição de cuidarem dos bandidos e estes continuaram com os seus assaltos, enriquecendo.

Para tentar apagar todo o mal que fizeram, o chefe dos bandidos, antes de morrer, entrega o seu tesouro ao frade para que seja oferecido a uma pessoa boa que o gaste a fazer o bem.


O tesouro foi guardado num túnel subterrâneo sob o convento que foi construído pelos anões. Quando o último frade morreu, o anão ficou responsável por encontrar a pessoa certa a quem entregar o tesouro.

Isabel sugere que o anão entregue o seu tesouro ao seu professor de música. Mas, o professor Cláudio recusa e diz que tem um amigo, o Dr Máximo, um cientista, que dedicara toda a sua vida a descobrir a maneira de transformar pedras em ouro para ajudar os pobres.

O tesouro é moldado em moedas de ouro e colocado no laboratório do Dr Máximo. Quando o cientista chega ao seu laboratório e vê o resultado da sua experiência, fica feliz, podendo também tornar felizes todas as pessoas à sua volta.


No dia da condecoração do sábio inventor, o ouro é distribuído por toda a população pobre.

Um incêndio destrói a biblioteca e o laboratório do Dr Máximo que assim fica liberto da sua grande descoberta. O anão parte para junto da sua família, com a sua missão cumprida.

Fim


A Floresta Sophia de Mello Breyner Andresen Capítulo I

Era uma vez uma quinta toda cercada de muros… A quinta ficava nos arredores de uma cidade. O seu pesado portão era de ferro forjado pintado de verde…”

Capítulo II Isabel sonhava encontrar um anão … Um dia construiu uma casinha num velho tronco de carvalho.

A casa estava magnífica. Isabel desejou ter meio palmo de altura para caber lá dentro (…).” - Que pena esta casa ser a casa de ninguém!


Capítulo III

Quando voltou ao local nem queria acreditar, dentro de casa tinha acontecido uma coisa extraordinária e incrível: “Em cima da cama estava deitado um verdadeiro anão.”

Capítulo IV

Quando a Isabel chegou ao pé do anão chamou: - Anão! – mas ninguém respondeu.

Capítulo V Finalmente Isabel e o anão tornaram-se amigos.


Capítulo VI

O anão contou a Isabel a história daquele lugar.

Capítulo VII

O anão pensava nas pessoas que habitavam naquele lugar e nas aventuras e desventuras que lá tiveram lugar.

Capítulo VIII

O anão mostrou a Cláudio onde estava o tesouro dos bandidos.


Capítulo IX

O Dr. Máximo, já desmotivado, foi com o Cláudio ver se a sua experiência tinha resultado. – E resultou! Nem queria acreditar!

Capítulo X

A cidade festejava a descoberta do Dr. Máximo e a sua generosidade.

Capítulo XI

O professor Cláudio e Isabel despedem-se do anão que volta para junto do seu povo, nas terras do Norte.

Fim


Capítulo 1

“Era uma vez uma quinta toda cercada por muros.”

Capítulo 2 “Isabel estendeu-se ao comprido no chão junto de um carvalho e começou a ler.”

Capítulo 3

“Isabel ajoelhou-se no chão e com cuidado abriu a porta.”


Capítulo 4

“Mas o anão era tão pequeno que em qualquer parte se podia esconder e se ele não queria aparecer era impossível descobri-lo.”

Capítulo 5

“Por cima de mim, no ramo mais alto, estavam empoleirados dois bandidos.”

Capítulo 6

“Poucas horas bandido morreu.”

depois

o


Capítulo 7

“Foi por isso que nós, os anões, construímos por baixo da capela um quarto subterrâneo com uma entrada secreta.”

Capítulo 8

As arcas eram enormes, feitas de coiro, rodeadas por tiras de ferro e velhíssimas.

Capítulo 9

“ O anão fundiu o oiro e moldou-o em forma de pedras.”


Capítulo 10

“Começou a distribuição do oiro e foram colocadas quatro arcas em cima do palco.”

Capítulo 11

“Os reis dos anões tinham-me ensinado: «Confia nas crianças, nos sábios e nos artistas.”

Fim


Plantar uma Floresta

Quem planta uma floresta Planta uma festa.

Planta a música e os ninhos, Faz saltar os coelhinhos.

Planta o verde vertical Verte o verde, Vário verde vegetal.

Planta o perfume Das seivas e das flores, Solta borboletas de todas as cores.

Planta abelhas, planta pinhões E os piqueniques das excursões.

Planta a cama mais a mesa. Planta o calor da lareira acesa. Planta a folha de papel, A girafa do carrossel.


Planta barcos para navegar, E a floresta flutua no mar. Planta carroças para rodar, Muito a floresta vai transportar. Planta bancos de avenida, Descansa a floresta de tanta corrida.

Planta um pião Na mão de uma criança: A floresta ri, rodopia e avança.

Luísa Ducla Soares

A Árvore

A árvore é uma grande amiga pois com ela podemos contar. Apoia-nos todo o dia, não a podemos cortar. É a fonte do oxigénio, que nos dá a toda a hora, e a sua madeira preciosa para nos aquecer.

João Miguel


TÂMARAS

Morangos, pêras, maças, Limões, castanhas, figos, Melão… e ameixas, Que doces são! Um caroço, bem no meio, Grande e grosso, De tâmaras gosto! São perfumadas, E a inspiração dos meus segredos…

Ana Teresa Teixeira Adivinha Havia uma ave De formas pequenas, Que não tinha asas, Nem patas, nem penas.

Biquinho encolhidinho, Corpinho redondo, Ao tentar voar Dava sempre um tombo.

Mas que ave é esta Sem patas, nem penas, Nem tão pouco asas, E de bico apenas?...


Que ave haverá Com esta função: Cair lá do alto Direitinha ao chão?

E se eu vos disser Que é mais pequenina Do que uma maçã, E que em vez de penas Cobre-se de lã?

- Assim já sabemos:

Alexandre Parafita

é uma avelã!

O Cão Cão,

Orelhas arrebitadas

de corpo alto

de castanho pintadas

só morde

Cauda sempre alerta

num assalto

quando passa uma camioneta

Pêlo fino

Olhos catitos

como um sino

azuis bonitos

Macio com

Focinho valente

um fio

de um animal inteligente

Alexandra Ramos


O Gato Maltês Era uma vez um gato maltês que andava a esgaravatar num monte de terra e achou lá uma bolsa de moedas e disse: - Vou levar esta bolsa ao rei. Pôs-se a caminho com a bolsa na boca; mas, como tivesse de atravessar um rio e não pudesse, disse: - Ó rio, arreda-te para eu passar! Mas o rio continuou a correr e ele bebeu a água toda. Foi mais para diante e viu uma raposa no caminho e disse-lhe. - Deixa-me passar! Como a raposa não se moveu, comeu-a. Foi andando e encontrou um pinheiro e disse-lhe: - Arruma-te para eu passar. Como ele não se arrumasse, engoliu-o. Mais adiante encontrou um lobo e comeu-o; depois encontrou uma coruja e fez-lhe o mesmo. Chegado ao palácio do rei, disse que lhe queria falar e entregou-lhe a bolsa das moedas e o rei ordenou logo que o metessem na capoeira das galinhas e que o tratassem muito bem. O maltês, logo que ali se viu, começou a miar: - Miau mi miau mi! Minha bolsa de moedas, quero para aqui!


E como visse que lha não levavam, lançou a raposa que tinha engolido e ela comeu as galinhas todas. Foram dar parte ao rei do sucedido e ele ordenou que metessem o maltês dentro da cantoneira. Cumpriram-se as ordens, mas o maltês continuou sempre a miar: - Miau mi miau mi! Minha bolsa de moedas quero para aqui! Depois, como não lhe levassem o dinheiro, lançou o pinheiro e os copos da cantoneira foram todos quebrados. Então o rei ordenou que metessem o maltês na cavalariça e ele sempre miando: - Miau mi miau mi! Minha bolsa de moedas quero para aqui! Lançou fora o lobo e o lobo comeu os cavalos. O rei mandou então que o metessem no pote de azeite, mas ele lançou lá a coruja e ela bebeu o azeite. Então o rei, não sabendo já o que haveria de fazer, mandou que aquecessem o forno e que metessem lá o maltês; mas ele, mesmo dentro do forno, começou a gritar: - Miau mi miau mi! Minha bolsa de moedas quero para aqui! E foi lançando a água do rio que tinha bebido; e já o palácio do rei estava a afundar-se, quando o rei ordenou que fossem levar a bolsa de modas ao maltês e o mandassem embora, antes que ele lançasse o rio todo. E lá se foi embora outra vez o maltês com a bolsa de moedas na boca. Adaptação de um conto popular por Alexandra Ramos


Eu e o rato Certa tarde de Verão, estava eu a dormir no meu covil, quando um rato me passou por cima do focinho e me acordou. Comecei a rugir, furioso, e já ia esmagá-lo com a minha pata enorme quando ouvi uma voz dizer-me: - Oh, poupai-me senhor - guinchou o rato. - Na verdade eu não mereço ser morto. Não vos fiz mal… e também não presto para comer. Cá eu tornei a rugir muito ensonado. -Além disso, - continuou o rato - se me poupardes agora, talvez um dia possa fazer qualquer coisa por vós. Eu rugi uma enorme gargalhada, mas levantei a pata e o rato escapou-se a correr. Passado algum tempo, andava eu a caçar na floresta quando caí numa ratoeira. Os caçadores tinham estendido uma grossa corda ligada a uma rede, no caminho por onde eu costumava passar, de maneira que, quando eu tropecei na corda, a rede caiu-me em cima e fechouse, deixando-me preso até ao dia seguinte. Eu dei voltas e sacudi-me e arranhei e mordi a rede, mas quanto mais eu lutava mais preso ficava. Por fim não podia nem mexer-me. Sem qualquer esperança de fuga, comecei a rugir, e a minha voz ecoou em todos os recantos da floresta. Mas aconteceu que o rato também saíra para caçar nessa noite. É claro que depressa reconheceu a minha voz e correu logo para o sítio onde eu estava. Vendo o que se passava disse: -Não vos preocupeis, senhor, eu tiro-vos daí num instante. - E começou a roer e a mordiscar as grossas malhas da rede. Passado pouco tempo, eu já tinha as patas da frente de fora; depois, a cabeça; a seguir, as patas traseiras; e por fim, a cauda.


O rato tinha feito qualquer coisa por mim, o grande leão, conforme prometera. De facto, salvou-me a vida. Alexandra Ramos

O livro chamado Herbário, escrito por José Sousa Braga e ilustrado pela Cristina Valadas tem muitos poemas, um para cada tipo de planta! Deixamos aqui um dos poemas do livro.

AS ÁRVORES E OS LIVROS As árvores como os livros têm folhas e margens lisas ou recortadas, e capas (isto é copas) e capítulos de flores e letras de oiro nas lombadas. E são histórias de reis, histórias de fadas, as mais fantásticas aventuras, que se podem ler nas suas páginas, no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas, e até há florestas especializadas, com faias, bétulas e um letreiro


a dizer: «Floresta das zonas temperadas». É evidente que não podes plantar no teu quarto, plátanos ou azinheiras. Para começar a construir uma biblioteca, basta um vaso de sardinheiras.

José Sousa Braga

Cerejas

O que a terra, a água as raízes e o sol são capazes de fazer!

Ainda há pouco não passavam de pequeninos pontos de verde pintados.

E agora aí estão: doces brilhantes perfumadas provocantes, namorando com os pássaros eternamente esfomeados. António Mota


O Sapo Não há jardineiro assim, Não há hortelão melhor Para uma horta ou jardim, Para os tratar com amor. É o guarda das flores belas, da horta mais do pomar; e enquanto brilham estrelas, lá anda ele a rondar... Que faz ele? Anda a caçar os bichos destruidores que adoecem o pomar e fazem tristes as flores. Por isso, ficam zangadas as flores, se se faz mal a quem as traz tão guardadas com o seu cuidado leal. E ele guarda as flores belas, a horta mais o pomar; brilham no céu as estrelas, e ele ronda, a trabalhar... E ao pobre sapo, que é cheio de amor pela terra amiga, dizem-lhe que é feio e há quem o mate e persiga Mas as flores ficam zangadas, choram, e dizem por fim: - «Então ele traz-nos guardadas, e depois pagam-lhe assim?» E vendo, à noite, passar o sapo cheio de medo, as flores, para o consolar, chamam-lhe lindo, em segredo... Afonso Lopes Vieira


Ai raposa a minha bela raposa, muito amarelada e ao mesmo tempo alaranjada. Esperta e traiçoeira que se escondia atrás da minha laranjeira. A campainha soava, a raposa uivava mal eu aparecia ela adormecia. Raposa não parecia. Animal que eu temia mais um gato parecia.

Teresa Tomé

Pica-pau É um pequeno animal com um bico para picar, para petiscar os insectos que encontrar na árvore onde está a morar. Dois dedos para a frente aspas, aspas para trás


só para se agarrar, só para se segurar. Bico de agulha, penas bonitas. Adoro pica-paus! Se existem aos milhares? Não sei, mas não são maus.

Rodrigo Sutil de Almeida Santos Pinheiro

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OS MEUS ANIMAIS A gata é Tão pequena, Que nem se vê. A cadela é Tão linda Como a dona. O cão é Tão fofo como A madrinha. Os pássaros Tão cantores Como as primas. As tartarugas Tão pequenas


Como as formigas. Os peixes Tão coloridos Como o aquário. Ana Beatriz Martins Gonçalves

A águia Voa, voa sem parar Para a sua presa apanhar. Imóvel lá em cima a pairar, Cai a pique para caçar.

Pode ser de Boneli, Asa Redonda ou Real, Com visão muito apurada, Espreita o coelho no matagal, Ao primeiro movimento, Lança um ataque mortal.

É rápida como o vento, Este belíssimo animal. Francisco Costa


O Gato Gato gatinho Gato gatarrão, pareces um monstrinho, mas és um monstrão.

Não tenho medo de ti és um gato pequeno, mas às vezes és batoteiro, Como a luz do candeeiro.

Gato gatinho Gato gatarrão, não tenho pena de ti, vai para o leilão.

João Miguel Marques Brito


Uma gotinha...

Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - Unida a muitas gotinhas o rio faço crescer.

Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - Ao cair num copo cheio

a água não pude conter. Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - Após uma noite fria, sou o orvalho, podes-me ver. Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - Sozinha sou pequenina junto a muitas grande vou ser.

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Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - Os raios do lindo Sol em mim consigo reter e um lindo arco-íris vou fazer. Se uma gotinha falasse, o que iria dizer?


- Evaporo, formo as nuvens e caio ao solo ao chover. Se uma gotinha falasse, tanto iria dizer! Vaz Nunes



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