Uma bela amizade

Page 1

Uma bela amizade

Conto coletivo, escrito e ilustrado pelos alunos da turma 3.º H, com a colaboração da Biblioteca Escolar. EB1 n.º 1 de Vila Franca de Xira Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos Santos 2014-2015


Certo dia pensei para comigo: – Estou muito cansada. O que hei de fazer? Já sei! Vou andar de bicicleta para a beira do rio.

Pelo caminho encontrei um golfinho que estava na areia. Então pensei e tive uma ideia, mas precisava de uma toalha e duas canas para fazer uma sombra para o golfinho descansar. Foi então que me lembrei: os golfinhos andam na água, o que é que ele está a fazer na areia? Deve estar doente. É melhor ir ajudar! Mas vou pedir a quem para me ajudar com o golfinho? Já sei! Vou pedir ajuda a uma sereia que vi em cima de uma rocha a apanhar

2


sol. Embarquei em direção à sereia, a grande velocidade, e disselhe:

– Sereia, sereia, preciso da tua ajuda. Um golfinho está doente! Tem uma barbatana partida. Não sei o que hei de fazer. Será que devemos ir ao veterinário com ele? – Não! – Respondeu a sereia – vamos por uma toalha embrulhada na barbatana. – Mas isso não cura uma barbatana partida! – disse eu – já sei o que hei de fazer! Vou pedir ajuda ao senhor que vai a passar. 3


Rapidamente, o senhor telefonou para uma instituição onde ajudam a socorrer animais marinhos. Logo apareceu uma carrinha que transportou o golfinho para um aquário gigante, onde irá ficar até estar curado e depois de algum tempo irão soltá-lo. – Vou estar presente porque haverá um espetáculo no jardim do zoo marinho para os meninos do primeiro, segundo e terceiro anos da Escola Dr. Sousa Martins – pensei eu – será que ele vai acompanhado pelos outros golfinhos? Com certeza que sim, será um espetáculo a não perder. Mas ele vai ter que ficar totalmente recuperado da sua barbatana para poder voltar ao oceano, que é a sua casa! Como será a sua vida a partir de agora? A sua vida voltará ao normal depois de recuperar a barbatana? No oceano está a sua casa, a sua família e os seus amigos. Pelo seu lado, a sereia ficou muito contente por ter ajudado o golfinho a melhorar e este ter ficado mais feliz. Pensou: – Será que há outros animais a precisarem da minha ajuda? Já sei! Vou nadar até às profundezas do oceano para ver se há algum animal que esteja em perigo e precise da minha ajuda.

4


Entretanto, avistou um caranguejo eremita a correr apressadamente entre a floresta de algas. A sereia decidiu intervir para saber o que se passava. 5


– Bom dia, está tudo bem? – Perguntou ela. – Mais ou menos – respondeu o caranguejo, sentindo-se pouco à vontade – sabes, estava a tocar no meu búzio e, sem querer, acordei um tubarão. Ele ficou tão zangado… O pior é que, com o susto, fugi e deixei lá o meu búzio. Sinto-me despido… A sereia, para ajudá-lo, fez um caranguejo eremita de algas e, por cima, colocou uma rede gigante. O tubarão tentou comer o falso caranguejo e caiu na armadilha. Lá foi a sereia, sem correr perigo, buscar o búzio do caranguejo. – Obrigado, muito obrigado sereia – agradeceu o caranguejo. – De nada! – Respondeu a sereia. Depois de algum tempo, a sereia encontrou o golfinho que já tinha recuperado a barbatana e regressado ao oceano. – Então, sentes-te melhor? – Perguntou a seria. – Sim, estou bem melhor. Muito obrigado por me teres ajudado! Já tinha saudades da minha família e dos meus amigos. Vou agora vê-los!

O golfinho foi ter com os seus amigos e todos se fartaram de brincar. Depois disso, a sereia voltou para a sua cidade. Pelo caminho viu uma arca que parecia abandonada e ter um tesouro. 6


Levou-a consigo. O que ela nĂŁo sabia ĂŠ que o tesouro era de um polvo gigante muito mau. Nada mais, nada menos que o rei dos sete mares.

7


Quando o polvo soube que a sereia tinha levado o seu tesouro, foi até à cidade dela à procura do tesouro e, pelo caminho, destruiu tudo por onde passou. A sereia, muito aflita, foi procurar o golfinho e contou-lhe o que se tinha passado. O que poderiam fazer?

Pensaram, pensaram… e decidiram que depois daquele comportamento, o polvo não podia ficar com o tesouro. O seu valor era agora preciso para pagarem os arranjos a fazer. Tinham que enganar o polvo. 8


Com a ajuda dos habitantes da cidade, colocaram uma arca com um falso tesouro na rocha mais famosa da cidade. Lá dentro estavam pedras brilhantes, muitas pérolas falsas e algas. Pensando, com tudo isto, chamar a atenção do malvado polvo para o prenderem. Enquanto uns atraiam o polvo, a sereia e o golfinho esconderam o tesouro verdadeiro num lugar secreto. Mas tão secreto, tão secreto que ninguém mais se lembra onde foi. Enquanto estavam nestes preparativos, ouviu-se um estrondo enorme. Foi um barco que encalhou numa rocha e começou a meter água. Os marinheiros pediam ajuda porque o barco estava a partir-se todo. A sereia e o golfinho pensaram e tiveram uma ideia: – Vão chamar as sereias todas – disse a sereia, preocupada. Vamos às profundezas do oceano pedir ajuda ao rei das sereias, para que venha com elas e com o seu bastão mágico. – Eu vou lá – disse o golfinho. Sou rápido e adoro os humanos. Também me ajudaram quando eu precisei! Fica aqui sereia e se algum marinheiro cair ao mar, poderás salvá-lo.

9


O golfinho deixou a sua amiga e foi até às profundezas do mar. Quando chegou ao reino das sereias, estas estavam todas no palácio. O golfinho achou isso estranho e perguntou a uma: – O que aconteceu para estarem todas aqui? – Estamos aqui porque a princesa sereia está a ficar com muita febre e muito doente – respondeu-lhe a sereia, muito triste, com uma lágrima no canto do seu belo olho azul. – A situação estava complicada. E agora? As sereias não podiam ir ajudar os marinheiros – pensava o golfinho. Então ele resolveu nadar a toda a velocidade para junto do barco encalhado. Colocou-se por baixo dos marinheiros que já se tinham atirado à água, mas eram tantos que ele não podia leválos a todos. Teve outra ideia: assobiou a outros golfinhos e pediulhes que juntassem as madeiras de modo a fazerem uma jangada onde colocassem os marinheiros. Eles assim fizeram. Levaram os marinheiros para a jangada e empurraram-na para terra. E eles salvaram-se. Procurou pela sua amiga sereia, mas ela já não se encontrava ali. Isso era muito estranho – pensava ele – onde estaria a sua amiga? Viu um caranguejo e perguntou-lhe: 10


– Viste a minha amiga sereia? O caranguejo respondeu-lhe: – Não sei de que sereia queres saber! Sabes, há muitas sereias no mar. Mas para a localizar diz-me: a barbatana era de que cor? – Era verde e ela tem o cabelo castanho e comprido e uns belos olhos verdes – descreveu-a o golfinho. O caranguejo disse-lhe onde tinha visto uma sereia assim e ele foi à procura dela. Encontrou-a a brincar com os peixes. Muito feliz perguntou-lhe: – Posso brincar convosco? O que se passou para te vires embora? – Sim, claro que podes brincar connosco – respondeu a sereia com um grande sorriso. Soubeste que a princesa, a minha irmã, estava doente, com febre? O meu pai mandou chamar-me. Eu e tu desencontrámo-nos no caminho. Não quis deixar os marinheiros sem ajuda e chamei os teus amigos golfinhos para os ajudarem. Felizmente a minha irmã melhorou e já está bem. O golfinho ficou feliz com a notícia e os amigos foram brincando muito juntinhos e felizes para sempre.

11


_______________________ Mas a estória acaba aqui? Então o que aconteceu ao polvo gigante e malvado? Bem… essa parte da estória fica para outra vez! 12


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.