Livro de Resumos - ENETO XXII

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Livro de resumos

11 a 14 de abril de 2019 Beja


Nota Introdutória

Caro/a participante, Bem-vindo ao 22º Encontro Nacional de Estudantes de Terapia Ocupacional. Esta iniciativa tem vindo, ao longo dos anos, a proporcionar a possibilidade de partilha e interação de conhecimento, experiências e momentos entre os alunos das diferentes escolas do país que frequentam o curso de Terapia Ocupacional. Neste documento constarão os resumos das comunicações de cada dia, fornecidos pelos respetivos oradores. Sendo o ENETO um momento privilegiado para aquisição de novos conhecimentos, através de workshops e palestras sobre as mais diversas temáticas, no âmbito da Terapia Ocupacional, contamos com a participação de todos, de modo a tornar ainda mais enriquecedora esta experiência. Desejamos, para além da partilha de saber, uma ótima estadia repleta de momentos de convívio e diversão.

Beja, Abril de 2019

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Programa Geral Quinta-feira, 11 de Abril 15h30

Receção na ESEB

17h30

Sessão de Abertura - Anfiteatro ESE

18h30

Apresentação do Livro: Terapia Aquática - Anfiteatro ESE

Susana Pestana - Coordenadora do Curso de TO de Beja Raquel Santana - Coordenadora do CTeSP Ana Canhestro - Presidente da Escola Superior de Saúde de Beja João Alberto Leal - Vice-Presidente do IPBeja Carolina Cruz- Associação Académica do IPBeja Ana Isabel Ferreira

20h00

Jantar (Beja Parque Hotel)

23h00

Festa "Welcome to the Jungle" (Pub)

Sexta-feira, 12 de Abril

9h00

Mesa 1 - O colher da função e da autonomia - Anfiteatro ESE Moderadora: Rafaela Carvalho

Dependências e Ocupação - Sala 4 ESS 10h45

11h00

Celeste Silva e Teresa Alcântara

Coffee Break (ESE)

Mesa 2 - Semear transformações Anfiteatro ESE Moderadora: Ana Cabecinha

Workshop: Terapia Aquática Do meio Aquático à ocupação Piscina Coberta Municipal de Beja 13h00

Mariana Calado - Estagiar no Estrangeiro após Licenciatura Ana Luísa Marçal - Reeducação Sensitiva em Lesões Periféricas da Mão Carla Tarelho - A Imaginação Motora como complemento à intervenção da TO Marco Mendonça - A Proprioceção e o seu papel na reeducação do punho

Isabel Belo - Terapia Ocupacional em Psiquiatria Forense Ana Lídia - Terapia Ocupacional e a Música: qual o potencial terapêutico? Cláudia Catalão - CINTRA – Uma (contínua) experiencia de Intervenção na Comunidade Joana Gomes - O papel do Terapeuta Ocupacional num programa para pessoas com perturbação borderline da personalidade Ana Isabel Ferreira e Denise Mestre

Almoço (Refeitório do IPBeja)

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Sexta-feira, 12 de Abril 14h00

Workshop: Confeção de Talas - Sala 7

António Duarte

Maria João Espirito Santo - TND – Bobath, partilha da experiência num hospital pediátrico Sofia Costa - Terapia Ocupacional e Integração Mesa 3 - O desabrochar dos sentidos Sensorial - Anfiteatro ESE Verónica Pedro - Inclusão: Utopia ou realidade? Moderadora: Carlota Vieira Intervenção em contexto escolar 14h30 Tânia Santos - Intervenção da Terapia Ocupacional em contexto hospitalar (pediátrico) Workshop: Potencialidades da Wii como método de Intervenção Terapêutica - Sala 4 ESS 15h45

16h00

17h00

Ana Paula Martins

Coffee Break (ESE) Da sala de parto à sala de aula Assistência continuada da Terapia Ocupacional - Anfiteatro ESE

Michelle Sinimbu

Workshop: Acessibilidade e Transferências - Sala 7 ESS

Clarisse Mendes, com um testemunho real – “O Bruno”

Modelo de Apoio à Vida Independente - Anfiteatro ESE

Ana Rita Soares

18h00

Sunset: Torneio de Shop Naval (PUB), Zumba e Danças do Mundo (Ginásio ESE)

20h00

Jantar (Beja Parque Hotel)

23h00

Festa "O Regresso de 1900 e Troca o Passo" (Pub)

Sábado, 13 de Abril

9h00

10h45

11h00

Mesa 4 - O desfolhar da idade Anfiteatro ESE Moderadora: Eliana Tomás

Humberto Oliveira - TO em Cuidados Paliativos Joana Pinto - TO em Psicogeriatria Vera Pinto - O papel do TO numa unidade de Demências em contexto hospitalar

Workshop: A arte de jogar - Sala 2.13

Isabel Cristina Cardoso e Maria Eugénia Neto

Coffee Break (ESE) Terapia Ocupacional na Comunidade – ECCI24 de Évora - Anfiteatro ESE

Joana Concha

Workshop Desporto Adaptado – Ginásio ESE

Joana Pinho

Mobilidade elétrica em pediatria e condução na linha média - Anfiteatro ESE 12h00 Workshop: Língua Gestual - Sala 2.13 ESE 13h00

João Aires Carolina Reis

Almoço (Refeitório do IPBeja)

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Sábado, 13 de Abril Ana Marques

14h00

O papel da TO na Prevenção de Quedas – no contexto hospital e comunitário - Anfiteatro ESE

15h00

APTO: SnapShot da Terapia Ocupacional - Anfiteatro ESE

Elisabete Roldão

15h45

Coffee Break (ESE)

16h30

Photo Papper | Rally Tascas (Entrada da ESS)

20h00

Jantar Académico (Beja Parque Hotel)

Festa Académica (Pub) 23h00

Domingo, 14 de Abril 10h00

Testemunho Real - Sala de Reuniões Beja Parque Hotel

Nuno Vitorino

11h00

Passagem de Testemunho - Sala de Reuniões Beja Parque Hotel

12h00

Almoço Volante

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12 de Abril I Sexta feira

Palestra: Mesa 1 – O colher da função e da autonomia Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro

Reeducação Sensitiva em Lesões Periféricas da Mão Terapeuta Ana Luísa da Silva Marçal Terapeuta Ocupacional licenciada pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão. PósGraduação em Neuropsicologia Aplicada pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Pós-Graduação em Reeducação do Membro Superior e Mão na Escola Superior de Saúde Egas Moniz. Terapeuta Ocupacional no Hospital Garcia de Orta, Serviço

de

Medicina

Física

e

de

Reabilitação

Adultos.

Membro da Direção da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais desde 2017.

Resumo A mão tem um papel de extrema importância na atividade humana. Através das suas funções básicas, que envolvem a preensão e a sensibilidade, ela é considerada um dos principais órgãos responsáveis pelo desenvolvimento motor global, de interação social e inteligência do ser humano. Sabendo que o enfoque da Terapia Ocupacional é centrado no Desempenho Ocupacional das diferentes atividades significativas, compreende-se que esta é uma profissão com um papel importante na reabilitação da mão. A mão é a nossa melhor e praticamente insubstituível ferramenta de preensão, estando as funções motoras e sensitivas voltadas para esta tarefa importantíssima da atividade funcional, para a qual é exigida uma quantidade de ações (alcançar, segurar, transportar e largar) para uma grande variedade de possibilidades, nomeadamente preensões estáticas e dinâmicas com e sem a influência da gravidade (Kapanjji, 1992). Para além do componente motor, a mão também tem a sua função sensitiva quando ao manipular um objeto, pela sensibilidade, pode reconhecê-lo sem o auxílio da visão. Considerando a mão e a sua pele como um órgão sensorial, particularmente a palma da

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mão, a mesma possui vários tipos de recetores sensitivos que proporcionam diferentes tipologias sensitivas (superficial, profunda e discriminativa). A mão possui uma área de representação expressiva no córtex cerebral e, tal como ocorre com outros segmentos corporais, após uma lesão nervosa essa área poderá ser reorganizada ou remodelada. É nesse contexto, e após uma avaliação pormenorizada, que se destacam os programas de reeducação sensorial, definidos por Dellon e Jabaley (1881), como um conjunto de técnicas que auxiliam o cliente a lidar com alterações sensoriais, a reinterpretar os impulsos neurais alterados que alcançam o nível consciente, quando a mão lesada é estimulada e que, ao serem instituídos em tempo apropriado, estes programas podem melhorar significativamente os resultados funcionais, contribuindo sobremaneira para o desempenho ocupacional de pessoas com este tipo de disfunção (Fonseca, Elui, Nagima, Mazzer &, Barbieri, 2002). O protocolo de reeducação da sensibilidade de Colette Gable, é composto por 4 períodos de reeducação: (1) período prévio: consiste na manutenção do mapa cortical; (2) 1ª fase: abrange a reeducação das manifestações dolorosas e educação do cliente; (3) 2ª fase: comporta a recuperação das diferentes modalidades sensitivas; (4) 3ª fase: centrada na reeducação cognitiva.

Palavras-chave: Sensibilidades; Reeducação; Mão; Terapia Ocupacional

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A Imaginação Motora como complemento à intervenção da Terapia Ocupacional Tarelho, Carla; Lourenço, Marília; Lourenço, Liliana

Terapeuta Carla Tarelho Exerce funções há 15 anos de Terapeuta Ocupacional no serviço de Reabilitação Geral de Adultos – Neurologia, do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão. Licenciada em Terapia Ocupacional, pela ESSA (Bacharel Novembro de 1999; Licenciatura concluída a 23 Julho de 2010). Formações em BOBATH: Movimento Normal de 2 a 4 Novembro de 2005, “Avaliação e Tratamento do Adulto com condições Neurológicas – conceito BOBATH” de 03 a 14 Maio de 2010 e de 20 a 24 de Setembro de 2010; Curso Avançado de BOBATH: “Espasticidade: disfunção motora ou sensorial?” de 05 a 9 de Março de 2018. PANat Pro Active approach to Neurorehabilitation integrating Air splints and other therapy tools. Updated Johnstone concept de 9 a 11 de Outubro de 2015. Curso Superior de Acupunctura e Fitoterapia Tradicional Chinesa, ministrado pela Associação Portuguesa de Acupunctura e Disciplinas Associadas e pelo Instituto Português de Medicina Tradicional Chinesa, duração 5 anos, conclusão em 2008. Estudos Pós – Graduados – Nível III (2015) em Medicina Energética/ Acupunctura, ministrados pelo Dr. Tran Viet Dzung. Resumo A evidência mostra que 30% a 60% dos indivíduos após o Acidente Vascular Encefálico (AVE) ficam com uma hemiparesia que é uma sequela bastante comum, limitadora e permanente, levando à incapacidade de usar os membros funcionalmente (Page, 2007). A maioria dos sobreviventes de AVE apresentam sequelas nos membros superiores e poucas formas de terapia disponíveis se mostram efetivamente eficazes (Page, 2015). Encontrar novas abordagens, cuja intervenção promova e facilite a recuperação funcional e autonomia da pessoa, nas atividades significativas, é um desafio e objetivo do Terapeuta Ocupacional.

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Existem vários estudos que referem efeitos benéficos da Imaginação Motora na recuperação de pessoas com AVE, como complemento à terapia convencional (Johnson - Frey, 2004 e Page et al, 2007). Sharp (2014) e Page (2009), definiram a Imaginação Motora como uma técnica não invasiva em que as competências motoras são “ensaiadas” e “treinadas” mentalmente de forma repetitiva, sem que haja manifestações de movimento físico. A imaginação corresponde a uma ativação cognitiva complexa que utiliza processos sensoriais, cognitivos e percetivos, permitindo a reativação das ações motoras específicas (Dickstein & Deutsch, 2007). Segundo Hanakawa et al (2008), a imaginação dos movimentos apresenta uma variabilidade subjacente de comportamentos cognitivos e motores, incluindo a observação da ação, operação mental cognitiva e planeamento de movimentos sequenciais. Page (2015), defende um programa de reabilitação de terapia convencional associado à Imaginação Motora, que em conjunto proporcionam benefícios adicionais com maior celeridade e efetividade promovendo melhorias na funcionalidade do membro superior mais afetado. Segundo Page (2009), durante a IM são ativados padrões de ativação neuronal semelhantes aos padrões que são ativados durante a execução de movimentos. As regiões cerebrais mais envolvidas na IM são as áreas de planeamento e do controlo de movimento, incluindo o córtex pré-motor, o córtex pré-frontal, o córtex motor primário, a porção posterior do lobo parietal, o cerebelo e os gânglios da base (Miller et al., 2010). Neste sentido, o departamento de Terapia Ocupacional Adultos do CMRA decidiu aprofundar este tema, com base nos últimos estudos publicados, de modo a implementar um protocolo de intervenção com um grupo experimental de pessoas com sequelas de AVE.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional; Acidente Vascular Encefálico (AVE); Imaginação Motora (IM)

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A proprioceção e o seu papel na reeducação do punho

Terapeuta Marco Mendonça Licenciado em Terapia Ocupacional pela Escola Superior de Saúde de Leiria e pósgraduado na área de Especialização em Terapia da Mão. Desempenha funções há 3 anos e meio como Terapeuta Ocupacional no Centro Hospitalar Universitário do Algarve – Unidade de Faro, contactando diariamente com utentes com disfunção física aguda, quer no contexto de ambulatório – maioritariamente na área da terapia da mão – quer no contexto de internamento da Medicina Interna – onde trabalha com utentes com diferentes patologias. Secretário-Geral da Associação Portuguesa de Terapia da Mão, colaborou como docente com a Escola Superior de Saúde de Leiria na Licenciatura em Terapia Ocupacional e na Pós-graduação em Terapia da Mão. Colaborou também nesta área com a Escola Superior de Saúde Egas Moniz e com o Colégio de Terapeutas Ocupacionais de Castilla La-Mancha, em Espanha. Coautor dos livros de Talas e Produtos de Apoio na Reeducação do Membro Superior, editados em Portugal.

Resumo O termo “proprioceção” deriva do Latim “proprius”: que pertence a si mesmo, e “[re]cetivo”: que recebe, que compreende – por outras palavras: a capacidade para se sentir e perceber a si mesmo. Desde a sua introdução na comunidade científica no início do século XX, esta definição tem sofrido diversas evoluções. A par com os avanços na área da neurofisiologia, a Proprioceção tem recebido um lugar de destaque na Reabilitação: primeiramente no desporto, mais tarde, alargada à Reabilitação Neurológica e agora também na área da Ortotraumatologia. Nesta última são de destacar – no que ao membro superior diz respeito – as fraturas distais do rádio, fraturas dos metacarpos, Síndrome do Túnel Cárpico, luxações e Síndrome Doloroso Regional Complexo, como as principais causas dos défices propriocetivos. Dada a complexidade da articulação do punho, que – como se sabe atualmente – está dotada de capacidade para dar respostas inconscientes a nível muscular aquando da exploração do ambiente

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que nos rodeia e, assim, nos proteger de eventuais lesões, torna-se muito pertinente abordar esta temática. Esta comunicação tem como objetivo clarificar o papel da proprioceção na proteção da articulação do punho, bem como da sua importância nas diferentes fases da reabilitação do mesmo. Para tal, é essencial perceber quais os avanços realizados nesta área, não só no que à proprioceção concerne, mas também às metodologias de avaliação e intervenção.

Palavras-chave: Proprioceção; Punho; Controlo neuromuscular; Reabilitação; Membro superior.

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Estagiar no estrangeiro após a licenciatura

Terapeuta Mariana Calado Estudei na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja, no qual pertencia ao Conselho Pedagógico do mesmo. Após a finalização da Licenciatura realizei um estágio profissional através do programa Erasmus + no Instituto Guttmann – Hospital Neuro reabilitação. Atualmente encontro-me a exercer a função de Terapeuta Ocupacional no Hospital do Mar – Cuidados Especializados, no serviço de Medicina Física e Reabilitação desde 2018. Resumo A finalização de uma licenciatura acaba por ser uma etapa cheia de emoções. Instintivamente começamos a prepararmos para entrar no mundo do trabalho para começar a ter a nossa experiência profissional. Contudo, enquanto finalista do curso em Terapia Ocupacional, senti uma grande necessidade de querer ver, conhecer, adquirir novos conhecimentos e de saber o que havia de diferente na área profissional alémfronteiras! A curiosidade acabou por trazer um novo desafio, o de realizar um estágio profissional no estrangeiro, especificamente no Instituto Guttmann. As questões acabam sempre por surgir. Será que deverei fazer um estágio no estrangeiro ou deverei começar logo a trabalhar no meu país? Devo arriscar? E depois, como será quando eu voltar? A realidade é que só saindo da nossa zona de conforto é que é possível evoluirmos, quer pessoalmente como profissionalmente. Ter uma experiência no estrangeiro permite-nos desenvolver um olhar mais crítico sobre a forma como trabalhamos, a identificar diferentes formas de trabalho, técnicas ou conceitos que são utilizados pelos profissionais da equipa em que estamos inseridos. No final de uma experiência como esta, regressamos com outra mentalidade e maturidade.

Palavras-chave: Estágio; Estrangeiro; Licenciatura

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12 de Abril I Sexta feira

Workshop: Dependências e Ocupação Local: Escola Superior de Saúde (ESS) – Sala 4

Terapeuta Maria Celeste Rodrigues da Silva Terapeuta Ocupacional, pela ESSA desde 1978. Exerceu funções no Centro de Saúde Mental de Portalegre de 1978 a 1988. Desde 1988 exerce funções na área dos CAD (comportamentos aditivos e dependências) no Centro das Taipas. Sociodramatista pela Sociedade Portuguesa de Psicodrama. Educadora clínica desde o início da sua carreira profissional. Membro efetivo da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais, Membro do Conselho Deontológico da APTO. Terapeuta Maria Teresa Fernandes dos Santos Alcântara Licenciada em Terapia Ocupacional pela ESSA. Grupanalista pela Sociedade Portuguesa de Grupanálise e Psicoterapia analítica de grupo. Início da sua carreira em 1983, tem trabalhado sobretudo na área da saúde mental e psiquiatria. Trabalhou no Hospital C. Conde de S. Januário, em Macau de 1986 a 1996. Desde 1996 exerce funções na área dos CAD (comportamentos aditivos e dependências) ARSLVT-UD Centro das Taipas . Educadora clínica desde 2001. Membro efetivo da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais.

Resumo Durante

este

workshop

pretende-se

uma

breve

sensibilização

sobre

os

comportamentos aditivos e dependências e, a importância do papel dos Terapeutas Ocupacionais nas equipas que intervêm neste âmbito.

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12 de Abril I Sexta feira

Palestra: Mesa 2 – Semear transformações Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro

Terapia Ocupacional em Psiquiatria Forense

Terapeuta Maria Isabel Cardoso Duarte Belo Ingresso em 1978 no Curso de Terapia Ocupacional na então denominada Escola de Reabilitação do Alcoitão, que concluiu em 1882. Após reestruturação dos cursos é criada a licenciatura bietápica, tendo reingressado e concluído com o grau de licenciatura em Terapia Ocupacional, no ano letivo de 2004/2005. O seu percurso profissional foi o seguinte: (1) De 1982 a 1983 – Saúde Mental - intervenção com jovens, portadores de debilidade mental profunda, não escolarizáveis; (2) De 1982 a 1984 – Ensino Especial Intervenção com crianças portadoras de multideficiência, escolarizáveis; (3) De 1984 a 1989 – Estimulação Precoce e Fisiatra; (4) De 1989 a 1995 – Ensino Integrado Intervenção com dificuldades de aprendizagem; (5) De 1998 a 2006 Intervenção em Alcoologia - intervenção com adultos, integrados em Comunidade Terapêutica; (7) Desde 2001 e até ao presente – Psiquiatria Forense - intervenção com adultos inimputáveis perigosos, internados em enfermaria de segurança.

Resumo Breve enquadramento e evolução do Serviço; papel do Terapeuta, necessidades, competências e desafios.

Palavras-chave: Psiquiatria Forense; Internamento de Segurança; Competências

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Terapia Ocupacional e a Música: qual o potencial terapêutico?

Terapeuta Ana Lídia Tirei a Licenciatura em Terapia Ocupacional em Alcoitão no ano de 2016 e posteriormente

fiz

uma

pós-graduação

em

Neurociências

Cognitivas

e

Comportamentais no ISPA. Atualmente trabalho na Unidade de Terapia Ocupacional do Serviço de Reabilitação do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa desde Março de 2017, e tenho-me vindo gradualmente a aperceber do impacto que a utilização da música tem na responsividade e participação das pessoas. Por este motivo tomei a decisão de tirar o mestrado em Musicoterapia na Universidade Lusíada, que me encontro a frequentar desde Outubro de 2018. Resumo A Terapia Ocupacional tem um papel importantíssimo na reabilitação psicossocial e inclusão da pessoa que experiencia doença mental. Para estes indivíduos são características: a perda de rotina e de capacidade, a ausência de autoestima e de motivação para o desempenho ocupacional; a existência de dificuldades cognitivas (memória,

atenção/concentração,

sequenciação,

orientação

espaciotemporal),

dificuldades na comunicação e interação com os outros; e a institucionalização (a perda do sentido do self e ganho do papel de doente). Estes sintomas e padrões de comportamento vão ter um claro impacto na funcionalidade da pessoa no seu dia-a-dia e é, por isso, de extrema importância o terapeuta ocupacional intervir nos componentes de desempenho que possam estar deficitários, de forma a inserir a pessoa, o mais possível, no seu meio comunitário. É já um consenso em psiquiatria, de que, para que os utentes atinjam o seu potencial de qualidade de vida funcional, se deve apostar numa abordagem humanista e focada na reabilitação, vendo a pessoa como um ser com características únicas, com poder para efetuar mudanças e crescer dentro das suas capacidades. Uma visão que é congruente com o paradigma de atuação da Terapia Ocupacional. A música tem um potencial terapêutico que se enquadra também neste paradigma por facilitar e promover a comunicação, a relação, a aprendizagem, a mobilidade, a 15 | P á g i n a


expressão, a organização e permitir que se atinjam outros objetivos terapêuticos que vão ao encontro das necessidades da pessoa. Os indivíduos podem, assim, envolver-se numa interação estruturada, onde podem participar com sucesso, gerir os seus sintomas, e até expressar sentimentos relativamente às suas experiências. Um Terapeuta Ocupacional pode, assim, utilizar a música com fins terapêuticos e fazêlo de, pelo menos, três formas diferentes: como catalisadora do desempenho da ocupação, como uma ocupação propriamente dita, e como preparação para a ocupação. Nesta apresentação, a ideia proposta é de que a utilização da música em saúde mental pode também ser um recurso válido para o Terapeuta Ocupacional, por permitir o trabalho de competências de dimensão cognitiva, emocional, e de comunicação e interação, enquanto o utente é envolvido numa atividade normalmente associada a prazer e relaxamento.

Palavras-chave: Música; Terapia Ocupacional; Saúde mental; Reabilitação psicossocial; Abordagem humanista

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CINTRA – Uma (contínua) experiencia de Intervenção na Comunidade

Terapeuta Cláudia Catalão Concluiu Bacharelato em Terapia Ocupacional na Escola Superior de Saúde do Alcoitão em 1995, e a Licenciatura em Terapia Ocupacional na Escola Superior de Saúde do Alcoitão em 2003. Desempenhou funções: (1) No Centro Psicopedagógico da Associação Cristã da Mocidade de setembro 1995 a Julho de 1996; (2) No Hospital Psiquiátrico de Lorvão, de outubro de 1996 a setembro de 1999, sendo a única terapeuta ocupacional em todos os serviços de internamento; (3) No Hospital Miguel Bombarda, no Serviço de Alcoologia de setembro 1999 a setembro de 2001, e desde essa data no CINTRA - Centro Integrado de Tratamento e Reabilitação em Ambulatório, tendo criado a Unidade de Reabilitação Psicossocial. Resumo Esta comunicação pretende apresentar uma reflexão sobre a experiencia de Intervenção da Terapia Ocupacional na população com disfunção psiquiátrica. Tencionamos demonstrar a ideia de levar a cabo uma intervenção com uma cada vez maior articulação e integração na comunidade em que se encontra inserida a Unidade de Reabilitação do CINTRA – Centro Integrado de Tratamento e Reabilitação em Ambulatório Prof. João Sennfelt - Equipa de Saúde Mental de Sintra do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL). Assim, será feita uma breve revisão das abordagens já exploradas ao longo dos últimos quase 18 anos, apontando as dificuldades e necessidades que nortearam a escolha do modo de intervenção consequente. A situação atual será também apresentada, não se encerrando em si, mas perspetivando um caminho que se continuará a fazer.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional; Intervenção Comunitária; Disfunção psiquiátrica

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O papel do Terapeuta Ocupacional num programa para pessoas com perturbação borderline da personalidade

Terapeuta Joana Ribeiro Gomes Concluiu a licenciatura em Terapia Ocupacional em 2013 na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico do Porto, atual Escola Superior de Saúde. Trabalha desde então na Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar Universitário São João, integrando atualmente a Uadi – Unidade Socio-ocupacional e a unidade residencial Elysio de Moura para jovens com perturbações do comportamento alimentar e perturbações borderline da personalidade. Resumo As perturbações da personalidade são caracterizadas por padrões mal adaptativos de comportamento, profundamente enraizados e inflexíveis, que estão presentes desde a adolescência prolongando-se pela vida adulta. São causadores de sofrimento subjetivo significativo, perda de funcionalidade e prejuízo nas relações interpessoais (APA, 2013). Especificamente as perturbações borderline da personalidade, pelas características de relacionamentos pessoais intensos, instáveis e que alternam entre extremos de idealização e desvalorização, bem como os comportamentos, atitudes ou ameaças recorrentes de suicídio (efetivamente concretizados em 10% da população) e os comportamentos autolesivos (Kienast et al, 2014) constituem um desafio à intervenção dos terapeutas ocupacionais a trabalhar em saúde mental. Existem terapias específicas com evidência comprovada para intervenção nesta patologia como a Mentalização (Mentalization-based Treatment) (Eizirik & Fonagy, 2009) ou a Terapia Comportamental Dialética (Linehan, 2015), mas poucos são os profissionais que nelas investem devido à morosidade e à escassez de formação. No entanto, é defendido que independentemente da categoria profissional ou do facto de possuir ou não formações especializadas em perturbações borderline da personalidade, qualquer profissional de saúde mental poderá estar capacitado para a intervenção, devendo atuar em conformidade com as boas práticas ao nível da comunicação, definição de limites e gestão de crises para esta patologia (Gunderson & Links, 2014).

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Será a relação terapêutica estabelecida através destas boas práticas que possibilitará ao Terapeuta Ocupacional trabalhar com o cliente rotinas, papeis e padrões de desempenho para alcançar resultados como a autonomia e funcionalidade nas várias áreas de ocupação. Através do relato da experiencia profissional em contexto residencial para perturbações borderline da personalidade, esta comunicação pretende desconstruir alguns mitos associados e motivar para o trabalho com pessoas com esta patologia.

Palavras-chave: Perturbações borderline da personalidade; Intervenção; Terapia Ocupacional

Bibliografia American Psychiatric Association. (2013) Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders 5th editon. Kineast, T., Stoffers, J., Bermpohl, F & Deutsches, K. (2014) borderline personality disorder and comorbid addiction. Epidemiology and Treatment. Ärzteblatt International 111(16): 280-6. Gunderson JG, Links P. (2014) Handbook of Good Psychiatric Management for Borderline Personality Disorder. Mariana EizirikI; Peter Fonagy (2009) Mentalization-based treatment for patients with borderline personality disorder: an overviewRev Bras Psiquiatr. 2009;31(1):72-5 Linehan, M. M. (2015). DBT skills training manual. New York: Guilford Press.

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12 de Abril I Sexta feira

Workshop: Terapia Aquática – Do meio aquático à ocupação Local: Piscina Coberta Municipal de Beja Professora Ana Isabel Ferreira Licenciada em Terapia Ocupacional, em 2004, pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Realizou, na mesma instituição e em 2009 a Pós graduação em Integração Sensorial; em 2010 participou na Pós Graduação em Terapia Aquática pelo Study Centre Valens, Suíça. Consolidou e aprofundou conhecimentos académicos com a realização do Mestrado em Neuropsicologia pela Universidade Católica Portuguesa tendo defendido a tese “Desenvolvimento das Competências Visuomotoras em crianças ex ex pré - termo”. Atualmente frequenta o Doutoramento em Engenharia Biomédica (FCT – UNL) continuando a estudar o desenvolvimento das competências visuomotoras em crianças com alterações do neurodesenvolvimento. É autora do livro Terapia Aquática – indicações, métodos e estratégias e professora na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja. Tem prática clínica em terapia aquática e reabilitação pediátrica. Membro do Conselho Deontológico e de Disciplina da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais. Membro Fundador do Grupo de Interesse em Terapia Aquática da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais e membro do Expert Group of COTEC for Pediatrics Intervention.

Terapeuta Denise Mestre Terapeuta Ocupacional, licenciada pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja (2015), Pós-Graduada em Reabilitação Neurológica na Lesão Encefálica Adquirida, pela Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto (2018). Desempenha funções, desde 2015, no Centro de Medicina e Reabilitação do Sul do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve. É membro do Grupo de Interesse em Terapia Aquática e do Conselho Fiscal da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais.

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Colaborou no livro Terapia Aquática – indicações, métodos e estratégias, com a autoria do 2º capítulo “A realidade da Terapia Aquática em Portugal”.

Resumo A prática da Terapia Ocupacional em meio aquático tornou-se mais frequente nos últimos anos (Gomes & Quaresma, 2019). Várias investigações têm demonstrado a eficácia desta abordagem ao nível da prevenção de quedas (Silva, 2019), das lesões músculo esqueléticas (Duarte, 2019) ou nos estados de ansiedade (Carreteiro, 2019). Para tal, é fundamental que haja uma boa adaptação ao meio aquático. Compreendida como a adaptação do homem ao elemento água, a adaptação ao meio aquático, é feita através de todas as formas de movimento “com”, “sobre” e “sob” a água, que produzam sustentação do corpo para o controlo respiratório e a propulsão (Fernandes & Lobo da Costa, 2006). Neste sentido, engloba domínios como a respiração, equilíbrio, manipulação e propulsão (Barbosa, Costa, Marinho, Silva e Queirós, 2012). Ao fazer uma análise mais profunda percebe-se que estes domínios, para além do seu efeito no âmbito do desempenho aquático, têm repercussões ao nível do desempenho de várias ocupações relacionadas com as atividades básicas da vida diária, mobilidade, participação social e brincar. Neste contexto são objetivos deste workshop de cariz prático: -

Compreender os principais domínios da Adaptação ao Meio Aquático;

-

Experienciar diferentes atividades para promoção da adaptação ao meio aquático;

-

Relacionar o desempenho aquático com o desempenho ocupacional.

Material específico para o workshop: Para além do material necessário à prática aquática (fato banho, touca, chinelos) e a higiene subsequente (toalha, shampoo e gel de duche), será necessário que cada par de participantes se faça acompanhar de: -

1 T - shirt branca sem desenhos e um tamanho acima do habitualmente utilizado;

-

1 Colete refletor (do tipo dos utilizados no carro) e /ou calção de banho.

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12 de Abril I Sexta feira

Workshop: Confeção de talas Local: Escola Superior de Saúde (ESS) – Sala 7 Terapeuta António Duarte 2014 – Doutor em Psicologia – UALG – Faculdade de Ciências Humana e Sociais; 2012 – Atribuição do “Título de especialista para a área científica de Terapia e Reabilitação (Terapia Ocupacional) ”, nomeado pelos Despachos nº 92/2011 do Presidente do Instituto politécnico de Beja. 2007 –Mestrado na Faculdade de Ciência Humanas e Sociais da UALG, na área de Educação e Formação de Adultos, tese com o tema “Perceções dos profissionais hospitalares em relação ao processo RVCC: Um Estudo de Caso” tendo obtido a classificação de Muito Bom. 1979 – Curso Superior de Terapia Ocupacional, com a média de 16 (dezasseis) valores, na Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Professor Adjunto Convidado para docência no IPBeja e da Universidade Rey Juan Carlos de Madrid. 2012-2018-2019 - Docente Convidado na Pós Graduação em Terapia da Mão, “Experto en terapia de la Mano” Alcorcón - Colegio Oficial de Terapeutas Ocupacionais de Castilla-La Mancha 2017-2018…. Docente dos cursos de “Intervenção em Membros Superiores e Mão em Terapia Ocupacional”.

Resumo Numa perspetiva académica e dinâmica, será dada a oportunidade aos participantes de vivenciarem através da manipulação de materiais plásticos na confeção de produtos de apoio e talas. A dinâmica a empreender em sala terá como objetivo preparar os participantes para a produção de ortóteses e produtos de apoio, visando a adaptação ao mercado de trabalho.

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12 de Abril I Sexta feira

Palestra: Mesa 3 – O desabrochar dos sentidos Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro

TND – Bobath, partilha da experiência num hospital pediátrico

Terapeuta Maria João Espírito Santo Diplomada em TO em 1988 pela ESSA, iniciei a minha prática na Liga Portuguesa de Deficientes Motores onde colaborei na criação do serviço de Atendimento Precoce (crianças dos 0 aos 3 anos com várias patologias). Desde 1993 TO no serviço de MFR do Hospital pediátrico de D. Estefânia- CHLC. Formação: Curso de pós graduação sobre o tratamento do neurodesenvolvimento (Bobath); TND Bobath- Baby course; Pós graduação em Integração Sensorial pela ESSA. Desde 2018 colaboro como docente na Licenciatura em Terapia Ocupacional do IPBeja. Resumo Conceito do tratamento do neurodesenvolvimento, evolução histórica do mesmo. Intervenção em crianças com patologia do neurodesenvolvimento, partilha da experiência da aplicação do mesmo no contexto de Hospital pediátrico com crianças dos 0 aos 18 anos.

Palavras-chave: Neurodesenvolvimento; Bobath; Terapia Ocupacional; Paralisia Cerebral; Reabilitação Pediátrica

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Terapia Ocupacional e Integração Sensorial

Terapeuta Sofia Costa Terapeuta Ocupacional, licenciada em 2016 pela Escola Superior de SaĂşde de Leiria – Instituto PolitĂŠcnico de Leiria. PĂłs-graduada em Integração Sensorial a julho de 2018 pela Escola Superior de Tecnologias da SaĂşde de Coimbra – Instituto PolitĂŠcnico de Coimbra, em parceria com a 7Senses. Iniciou funçþes ainda em 2016 no CRI da APPACDM de Viseu, onde desenvolveu competĂŞncias na ĂĄrea de pediatria, em contexto escolar. Em junho de 2017 apresentou o projeto de investigação desenvolvido no âmbito da licenciatura no 5đ?‘Ąâ„Ž European Sensory Integration Congress em Viena de Ă ustria, intitulado “A perceção dos pais relativamente ao impacto da utilização dos dispositivos Touch-screen em crianças dos 3 aos 5 anosâ€?. Em outubro de 2017 iniciou funçþes no CRI da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu, vindo a integrar, um projeto dinamizado no âmbito da promoção do sucesso educativo nos Agrupamentos de Escolas do MunicĂ­pio de Tondela, designado “Projeto +saĂşde, +sucessoâ€?. A par do trabalhado realizado nas escolas, desempenha ainda funçþes em clĂ­nica privada, tambĂŠm na ĂĄrea de pediatria. Durante o seu desempenho de funçþes tem realizado formaçþes especializadas na ĂĄrea de integração sensorial. Atualmente integra a equipa da 7Senses como membro da direção (vogal), assim como a equipa do departamento de formação. É colaboradora na tradução dos testes Auditivo, Visual e Reatividade do Evaluation Ayres Sensory Integration (EASI), e integra ainda a comissĂŁo organizadora do 2Âş Congresso IbĂŠrico de Integração Sensorial, CiĂŞnciaExcelĂŞncia-EvidĂŞncia, a realizar-se em maio de 2019. Resumo A Integração Sensorial estĂĄ presente em todos os momentos da vida, desde a atividade mais simples Ă mais complexa, desde o nascimento atĂŠ ao Ăşltimo minuto da vida. É caracterizada como um processo neurolĂłgico, no qual se interpreta e organiza a informação sensorial que recebemos do nosso corpo e do mundo para depois a usarmos na nossa vida diĂĄria, sob a forma de respostas motoras ou emocionais. Quando surgem problemas na integração sensorial podemos estar perante desafios na realização de mĂşltiplas atividades da vida diĂĄria, no desenvolvimento, na aprendizagem, no brincar, 24 | P ĂĄ g i n a


na socialização e na adequação do comportamento. O Terapeuta Ocupacional, o qual tem um conhecimento profundo na análise da ocupação, analisa as competências de desempenho de cada criança assim como o ambiente onde as mesmas se inserem, e procura identificar as suas forças e desafios de participação. Qualificado e especializado em Ayres Sensory Integration®, o Terapeuta Ocupacional delineia um plano de intervenção centrado na família, proporcionando o contacto da criança com um equipamento seguro, capaz de providenciar sensações vestibulares, propriocetivas, táteis e oportunidades para a práxis, permitindo o desenvolvimento de respostas adaptativas a diferentes e cada vez mais complexas exigências do ambiente. Uma intervenção focada na promoção de estratégias para o “desafio certo”, baseada numa atmosfera de confiança e respeito, atividades negociadas e não pré-planeadas, com recompensa intrínseca e que asseguram o sucesso da criança, e que comumente promovam a regulação de afeto e estado de alerta, providenciam as bases que visam salientar as oportunidades de aprendizagem assim como a melhoria do processamento e integração sensorial, o que, consequentemente, melhorará a participação da criança nas diferentes ocupações do seu dia-a-dia. No entanto, importa também saber de que formas podemos nós utilizar a integração sensorial para lá do contexto clínico. Assim sendo, a presente comunicação pretende também explorar a intervenção em integração sensorial em contexto escolar, o papel do Terapeuta Ocupacional qualificado e especializado em Ayres Sensory Integration® neste contexto em específico, e os benefícios que esta intervenção pode trazer a cada criança.

Palavras-chave: Ayres Sensory Integration® (ASI®); Desenvolvimento Infantil; Terapia/Terapeuta Ocupacional

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Inclusão: Utopia ou realidade? Intervenção em contexto escolar

Terapeuta Verónica Pedro Terapeuta Ocupacional desde 1999, ano em que concluiu o bacharelato na Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Licenciou-se em 2003 na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico do Porto. Em 2000 começou a trabalhar na Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL). Atualmente exerce funções no Centro de Recursos para a Inclusão (CRI) da mesma instituição e é orientadora de estágios de aprendizagem da Escola Superior de Saúde de Leiria do Instituto Politécnico de Leiria. Participou em missões de voluntariado em Cabo Verde, servindo crianças e jovens com deficiência e suas famílias, na Associação para o Desenvolvimento e Formação de Pessoas de Condições Especiais de Cabo Verde, no Centro Ana Monteiro, Ilha de São Vicente e na ACARINHAR, Ilha de Santiago. Na ACARINHAR, participou num projeto inclusivo de recuperação e adaptação em formato acessível de um conto tradicional de Cabo Verde “De Mãos Dadas com Nho Maio”, dando formação a vários profissionais. Tem experiência de formação a assistentes operacionais, docentes e outros técnicos, tendo sido preletora de várias comunicações sobre Inclusão e Estratégias Sensoriais em congressos nacionais e em Institutos Superiores. Resumo O princípio da inclusão enraíza-se na aceção fundamental da igualdade entre todos, estando profundamente ligado à Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948), à Declaração Universal dos Direitos da Criança (UNICEF, 1959), Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e à Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Pessoas com Deficiência (2006). No âmbito educativo, a inclusão é assim uma questão de direitos que assiste a todas as crianças, independentemente do género, classe social, grupo social ou outras características individuais e/ou sociais. Tal como vem afirmado na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), “cada criança tem o direito fundamental à educação e deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem”.

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A inclusão norteia-se por valores inclusivos espelhados em 2002 no “Índex para a Inclusão: Desenvolvendo a aprendizagem e a participação na escola” de Tony Booth e Mel Ainscow. O desenvolvimento de valores inclusivos surge aqui subjacente em três dimensões: criar culturas inclusivas, produzir políticas inclusivas, desenvolver práticas inclusivas. A educação inclusiva tem vindo a ser reconhecida como uma meta a atingir pelos sistemas educativos internacionais e, em particular, em vários países da UE. Em 2011 a European Association os Service Providers for Persons with Disabilities (EASPD) coordenou uma pesquisa sobre a situação da educação inclusiva em dez países parceiros da UE, estando os resultados resumidos no "Barómetro de Avaliação da Inclusão de Políticas e Prática da Educação Inclusiva". Em Portugal, a partir de 2008 a educação de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) foi orientada pelo Decreto-Lei 3/2008, de 7 de janeiro, no qual surgiram a criação de uma rede nacional de Centros de Recurso para a Inclusão (CRI). Os CRI assumem um papel fundamental no apoio aos alunos com NEE, sendo serviços especializados existentes na comunidade, acreditados pelo Ministério da Educação, que apoiam e intensificam a capacidade da escola na promoção do sucesso educativo de todos os alunos. Na sua perspetiva holística, seguem um modelo colaborativo e de parceria com os diferentes intervenientes do processo educativo, com vista ao sucesso das metas inclusivas. Recentemente em 2018, foi publicado o Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho que estabelece os princípios e as normas que garantem a inclusão, enquanto processo que visa responder à diversidade das necessidades e potencialidades de todos e de cada um/a dos/as alunos/as, através do aumento da participação nos processos de aprendizagem e na vida da comunidade educativa. O Terapeuta Ocupacional, na sua especificidade, age em conformidade com esta abordagem centrada no todo e em cada aluno/a, na interação entre estes e o ambiente e na sua participação nas áreas de ocupação, procurando corresponder à diversidade que encontra em contexto escolar.

Palavras-chave: Inclusão; Escola para Todos, Diversidade; Direitos; CRI; Terapia Ocupacional

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Intervenção da Terapia Ocupacional em contexto hospitalar (pediátrico)

Terapeuta Tânia Santos Licenciada em Terapia Ocupacional – Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Curso de Integração Sensorial USC/WPS - 7 Senses. Pós-graduada em Neuropsicologia Pediátrica – Instituto CRIAP. Exerceu funções em Escolas de Ensino Especial. Desde setembro de 2008, a exercer funções no Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Hospital Prof. Dr. Fernando da Fonseca e atualmente a exercer prática privada na área da pediatria. Membro da Mesa da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais desde 2013 e membro da Direção da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais desde 2017.

Resumo Segundo López, Moldes e Ortega (2008), o processo de desenvolvimento e crescimento da pessoa estende-se desde a sua conceção até ao final dos seus dias, contudo, sem dúvida, é durante a infância que as mudanças vão ser mais rápidas e terão maiores consequências para a pessoa. Os profissionais que intervém neste período, acompanhando a criança e a sua família nesta aventura evolutiva são vários, e cada um desempenha uma função específica para alcançar as metas propostas. Entre esses profissionais é de destacar o papel do Terapeuta Ocupacional que atua após o nascimento de uma criança que tenha sofrido alguma complicação em situação pré, peri ou pós-parto. Tornando-se assim importante a sua existência em contexto hospitalar, quer para intervir após o nascimento, quer para intervir noutra situação em que a criança e família tenham que recorrer ao mesmo contexto. A intervenção do Terapeuta Ocupacional é por isso centrada na família, de acordo com as preocupações da família e as necessidades da criança, o ambiente e a ocupação. Utilizando para isso uma avaliação com recurso a instrumentos estandardizados, centrada nestas três premissas (pessoa, ambiente e ocupação) e abordagens específicas de intervenção, sempre com o intuito de promover um desempenho ocupacional satisfatório da criança.

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As

vantagens

da

intervenção

em

contexto

hospitalar

passam

pela

intervenção/articulação direta com os restantes profissionais de saúde, ao acompanhamento da família da criança nas sessões de Terapia Ocupacional e à existência da continuidade de um programa de intervenção desde o nascimento até à alta hospitalar, intitulado programa “Cuidar para o Desenvolvimento”, que engloba o recém-nascido considerado individualmente e em interação com a família, os profissionais de saúde e o ambiente. Por outro lado as principais limitações da intervenção em contexto hospitalar centramse no ambiente cultural e socioeconómico de muitas famílias, na falta de recursos materiais e na falta de recursos na comunidade para dar continuidade à intervenção realizada em contexto hospitalar.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional, intervenção centrada na família, trabalho em equipa, programa de intervenção “Cuidar para o Desenvolvimento”.

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12 de Abril I Sexta feira

Workshop: Potencialidades da Wii como método de Intervenção Terapêutica Local: Escola Superior de Saúde (ESS) – Sala 4 Terapeuta Ana Paula Martins Terapeuta Ocupacional licenciada pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Licenciada em Estudos Superiores Especializados em Reabilitação pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA). Mestre em Gestão dos Serviços de Saúde pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Doutoranda em Psicologia no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA). Pós-Graduada em Neuropsicologia pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA). Especialista em Terapia e Reabilitação – Terapia Ocupacional. Terapeuta Ocupacional coordenadora do serviço de medicina física e de reabilitação do Hospital Garcia de Orta. Prof.ª Adjunta Convidada do Curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional (Departamento de Saúde) do Instituto Politécnico de Beja. Docente da Escola Superior de Saúde Egas Moniz. Membro do Conselho Técnico Científico da Escola Superior de Saúde Egas Moniz. Resumo A Realidade Virtual (RV) consiste na simulação de um ambiente real por um computador, no qual, através de uma interface homem-máquina, o seu utilizador pode participar da cena simulada através da interação e da imersão (Peñasco-Martín, De los Reyes-Guzmán & Gil-Agudo, 2010; Alegre & Cuerda, 2012). O Nintendo® Wii é composto por uma rede sem fio de controladores que interagem com o jogador através da deteção do movimento (Wiimote) e um sistema de avatar (personagem), que representa o utilizador do computador. Os seus sensores são capazes de detetar alterações na velocidade, direção e aceleração, através dos movimentos de punho, braço e mão, capacitando os participantes a interagir com os jogos. O feedback fornecido pela TV proporciona ao utilizador observar os seus próprios movimentos em tempo real, sendo um reforço positivo que facilita a formação e o aperfeiçoamento de tarefas (Rotta, 2002). 30 | P á g i n a


A racionalidade científica para a utilização da RV na neuroreabilitação baseia-se em alguns conceitos relevantes para a aprendizagem motora: repetição, feedback e motivação. Nesse sentido a Nintendo® Wii lançou em 2006 um pacote de jogos, o Wii Fit Plus, que permite tornar a vida do seu utilizador mais saudável e trabalhar grupos musculares de todo o corpo. Associado a esse pacote de jogos pode ser utilizado o Wii Balance Board (WBB), uma plataforma composta por quatro sensores de pressão localizados em cada canto da mesma, usados para medir o peso e o equilíbrio do participante, por meio de transferências de peso. A Wii Reabilitação é a denominação que tem sido empregada à utilização do videojogo Nintendo® Wii na reabilitação. Nos últimos anos a neuroreabilitação através da RV tem ganho destaque no tratamento de várias patologias, sendo que, atualmente, a sua utilização se tornou uma forma promissora para o estímulo, adesão e incentivo na realização de exercícios durante a reabilitação (Badia & Verschure, 2008; Chang, Chen & Huang, 2011). Os videojogos, para além funcionarem como estratégias lúdicas, fornecem feedback visual e proporcionam diversos benefícios na recuperação da incapacidade física e/ou cognitiva. Deste modo, de acordo com Albuquerque e Scalabrin (2007), o ambiente virtual permite a interação do cliente com o tratamento, criando sensações de uma realidade diferente da terapia convencional, promovendo a descentração do enfoque da incapacidade e do incómodo da dor, promovendo a funcionalidade e a reeducação do movimento, fatores essenciais para a melhoria do Desempenho Ocupacional nas atividades significativas.

Palavras-chave: Realidade Virtual; Reeducação Sensoriomotora; Reeducação Cognitiva; Nintendo® Wii; Terapia Ocupacional

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12 de Abril I Sexta feira

Palestra: Da sala de parto à sala de aula - Assistência continuada da Terapia Ocupacional Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro Terapeuta Michelle Marron Sinimbú Lima Terapeuta ocupacional especialista em reabilitação neurológica pela universidade estadual do Pará. Mestranda em gerontologia social e comunitária pelo IP Beja. Experiência profissional 16 anos no âmbito hospitalar no Brasil. Terapeuta ocupacional da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará sala de parto, UTI e ambulatório de follow up. Resumo O parto é um fenómeno não somente natural e fisiológico mas também um evento social (Santos 2002), diferente da gravidez em que um longo período favorece a adaptação gradativa das mudanças, este caracteriza-se como um evento que provoca mudanças abruptas e intensas, as quais demarcam alguns níveis de simbolização como a intensidade da dor e a imprevisibilidade, causando sofrimento, ansiedade e insegurança (Maldonado 2002). A representação social sobre a parturição identifica-a como uma etapa dolorosa do processo fisiológico da gravidez, sendo a resposta comportamental influenciada pela dimensão emocional e ambiental. Fatores socioculturais interferem no modo como a parturiente sente e interpreta o processo de parturição (Maldonado 2002). Neste contexto o Terapeuta Ocupacional intervém na dimensão ocupacional, buscando restaurar, potencializar e promover habilidades e componentes do desempenho ocupacional (físico; cognitivo; afetivo; psicossocial), assim como contexto ambiental e sociocultural, que possam incapacitar, dificultar ou alterar o desempenho ocupacional prejudicando sua capacidade , autonomia e funcionalidade na realização de suas ocupações (maternagem/paternagem), utilizando métodos e técnicas não farmacológicos que facilitem e (re)signifiquem esse período. Diante do exposto além de fatores expectáveis conta-se com a imprevisibilidade do parto, dentre estas há o parto prematuro que é aquele que ocorre antes das 37 semanas gestacional e que acarreta em prematuridade não só do recém nascido mas também o 32 | P á g i n a


surgimento de pais prematuros com deparação de uma realidade muito longe da sonhada receção do bebé esperado. O Sonho adiado de ir para casa, ter seu bebé no colo, amamentar, dá lugar ao corte de laços afetivos através de equipamentos, fios, fragilidade e incertezas. O hospital não é um ambiente ideal para o desenvolvimento de um bebé, no entanto pensa-se que na humanização do hospital é fundamental a presença de uma equipe interdisciplinar e multiprofissional inclusive o Terapeuta Ocupacional que objetivará utilizar métodos e técnicas que possibilitem a prevenção ou redução de atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, orientar aos pais e responsáveis como acolher esse bebé e tornar a rotina do hospital menos hostil e criar um ambiente acolhedor para o bebé dentre tantos utiliza-se o método canguru, considerado um método de assistência neonatal que intervém na esfera ambiental, relacional e implica em viabilizar-se contato pele a pele precoce entre a mãe e o bebé de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo dessa forma uma participação maior dos pais no cuidado ao recém nascido. O trabalho da Terapia Ocupacional se estende após a alta com estimulação a prática do aleitamento materno e cuidados de higiene, a mãe precisa sentir-se segura, acolhida e confortável para cuidar. Além de avaliar continuamente o desenvolvimento neuropsicomotor, orientando precocemente quanto aos desvios , sequelas e situações clínicas de risco, identificando precocemente os que necessitem de intervenção para estimulação visual, auditiva, motora, cognitiva e principalmente o vínculo mãe – bebé. O principal objetivo que todo profissional que está a assistir a família (mãe x bebé x pai x demais familiares) é garantir a devolução à sociedade de um ser produtivo e independente e uma família com laços e afetividade adequados.

Palavras chave: Sala de parto; Terapia Ocupacional; Prematuridade; Método canguru; Intervenção precoce

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12 de Abril I Sexta feira

Workshop: Acessibilidades e transferências Local: Escola Superior de Saúde (ESS) – Sala 7

Testemunho real: Bruno Domingos

Terapeuta Clarisse Mendes Licenciada em Terapia Ocupacional, pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Exerço atividade Profissional presentemente: (1) Terapeuta Ocupacional, Centro Hospitalar e Universitário do Algarve _ Unidade Faro e Portimão; (2) Professora Adjunta Convidada na Escola Superior de Saúde de Beja, no curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional. Já exerci atividade Profissional: (1) Centro de Medicina de Reabilitação do Sul – São Brás de Alportel como Terapeuta Coordenadora da Área Terapêutica e Terapeuta Ocupacional; (2) Terapeuta Ocupacional _ Instituto Português de Reumatologia – Lisboa; (3) Terapeuta Ocupacional _Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian – Lisboa. Possuo Certificação: Licença Pessoal para usar UDSMR ® Online Credentialing System for the FIM System ® - Para aplicação da Escala FIM. Como Formações mais relevantes: Pós-Graduação em Gestão em Unidades de Saúde. Faculdade de Economia da Universidade do Algarve: Doutoranda em Segurança e Saúde Ocupacionais. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto: Pós-Graduação em Reeducação de Membro Superior – Terapia da Mão. APTM _ Associação Portuguesa da Terapia da Mão /Instituto Jean Piaget. Sou dinamizadora de Atividades de Desporto Adaptado. Sou Voluntária no Projeto Vela Solidária

Resumo Hoje em dia, e cada vez, mais a acessibilidade assume um papel determinante na aplicação do design universal aos equipamentos, serviços em todo o território. Acessibilidade deve ser considerada em todos os lugares para que todas as pessoas tenham acesso facilitado e não apenas pessoas com deficiência, para que assim uma 34 | P á g i n a


criança consiga alcançar seu objetivo, um idoso consiga entrar e circular em determinado ambiente. As entidades governamentais e empresas têm contribuído de forma a agilizar mecanismos que permitam uma sociedade mais inclusiva. Porém, temos a real perceção de que muito ainda há a fazer. Em Portugal, nos últimos 10 anos, muito se tem feito em prol da melhoria das condições de acessibilidade para Todos, para além de evidenciar as boas práticas nacionais nos domínios da mobilidade e acessibilidade, apelar à integração nas futuras políticas, pela necessidade de apostar nestas matérias que se constituem como fulcrais ao nível dos Direitos Humanos e são importantes na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, apesar de muitas vezes esta temática não ser realçada pela comunicação social como gostaríamos. O Testemunho Real, de Bruno Domingos, que irá relatar na primeira pessoa, facilidade e dificuldades, no direito à acessibilidade, com autonomia e independência para exercermos plenamente a cidadania, e essa ideia deveria ser mais difundida pelo país no intuito de garantir a todos a oportunidade de participar mais ativamente na sociedade. Neste workshop, também será evidenciado estratégias de Transferências, de como atuar em diferentes áreas problema de desempenho ocupacional e em diferentes contextos.

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12 de Abril I Sexta feira

Palestra: Modelo de Apoio à Vida Independente Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro

Terapeuta Ana Rita Soares Licenciada em 2015 pela Escola Superior de Saúde de Beja do IPBeja. Terapeuta Ocupacional no Centro de Paralisia Cerebral de Beja, na valência de Centro de Atividades Ocupacionais até Janeiro de 2019. Atualmente coordena a equipa técnica do Centro de Apoio à Vida Independente, projeto piloto a nível nacional que visa à disponibilização de assistência pessoal a pessoas com deficiência. Docente convidada do IPBeja no Curso Licenciatura de Terapia Ocupacional e do Curso Técnico Superior Profissional de Psicogerontologia. Resumo O Centro de Paralisia Cerebral de Beja viu a sua candidatura ao Programa Operacional Inclusão Social e Emprego aprovada sendo uma das instituições a nível nacional beneficiária do projeto-piloto Modelo de Apoio à Vida Independente. Este Novo Modelo altera o paradigma no que respeita ao Apoio à pessoa com deficiência e incapacidade, perpetuando a Vida Independente. Este consiste na criação de um serviço de assistência pessoal em que o destinatário, o apoio concretiza-se mediante um plano individualizado de assistência em que estão constantes as atividades de apoio. O Centro de Apoio à Vida Independente é a estrutura física e de gestão deste projeto, no qual o Terapeuta Ocupacional integra a equipa técnica.

Palavras-chave: Centro de Paralisa Cerebral de Beja; Projeto-piloto Modelo de Apoio à Vida Independente; Assistência Pessoal; Centro de Apoio à Vida Independente; Atividades de apoio; Plano Individual de Assistência Pessoal; Terapia Ocupacional.

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13 de Abril I Sábado

Palestra: Mesa 4 – O desfolhar da idade Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro

Terapia Ocupacional em Cuidados Paliativos

Terapeuta Humberto Oliveira Centro Hospitalar Universitário do Algarve – Unidade de Cuidados Paliativos e Oncologia – 23 anos de trabalho. Licenciado em Terapia Ocupacional pela ASCE do Rio de Janeiro. Licenciatura Bietápica pela Escola Superior de Saúde do Porto. Formação em saúde mental e cuidados paliativos. Pós-graduação em Gestão e Administração hospitalar pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. Professor convidado da Escola Superior de Saúde da UALG, Curso de Enfermagem na disciplina de saúde mental de 1998 a 2006. Resumo Tendo em conta ser os Cuidados Paliativos uma área de intervenção relativamente nova e sendo ainda pouco conhecida, nomeadamente, pelos Terapeutas Ocupacionais, uma vez que ainda são poucos a se dedicarem a essa nova especialidade médica em Portugal, achamos pertinente a apresentação desta comunicação como forma de motivar as escolas e as novas gerações de Terapeutas a investirem nesse novo campo de oportunidade que se abre. O presente trabalho tem por finalidade apresentar a definição de cuidados paliativos, segundo a Organização Mundial de Saúde; os princípios universais dos cuidados paliativos, segundo esse mesmo organismo; as especificidades e objetivos da Terapia Ocupacional em cuidados paliativos, traçando um paralelo entre os conceitos e abordagens dos cuidados paliativos com os conceitos e abordagens preconizados na Terapia Ocupacional. A apresentação será oral, com recurso à multimédia (exposição de slides e um pequeno vídeo).

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Iremos demonstrar a importância da inserção da figura deste profissional de saúde nas equipas de Cuidados Paliativos, através do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Terapeuta Ocupacional na Unidade de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, Hospital de Faro.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional; Cuidados paliativos; Qualidade de vida, Autonomia, Independência, Resgate de atividades significantes

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Terapia Ocupacional em Psicogeriatria

Terapeuta Joana Pinto Licenciada em Terapia Ocupacional pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Formação na Área de Geriatria e Demências. Exerce funções no Serviço de Psiquiatria Geriátrica do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa desde 2008. Profª Adjunta Convidada na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja. Membro da Direção da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais desde 2013. Membro fundador do Grupo de Interesse em Envelhecimento e Terapia Ocupacional da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais.

Resumo O processo de envelhecimento traz consigo, gradualmente, o enfraquecimento muscular e o prejuízo de numerosas funções corporais e intelectuais (Serra, 2006). A Psicogeriatria é uma área da Psiquiatria dedicada à patologia da terceira idade. A Terapia Ocupacional na Psicogeriatria pretende promover a participação da pessoa idosa em atividades que lhe sejam significativas de forma a maximizar o seu desempenho e autonomia, prevenir a incapacidade e manter a saúde, tentando conservar as aptidões e papéis ocupacionais, de forma a contribuir para uma melhor qualidade de vida, para o idoso e para o seu familiar/cuidador. Todas as intervenções são orientadas e adaptadas para cada pessoa, que é vista como um todo, com o objetivo de manter a sua identidade, olhando para as suas necessidades de forma a atingir os objetivos de atuação da Terapia Ocupacional. Ou seja, a intervenção da Terapia Ocupacional pretende adaptar as ocupações diárias afim de proporcionar um envolvimento satisfatório para a pessoa, promover e manter rotinas diárias, promover a participação em ocupações significativas e importantes para a própria, contribuir para a manutenção das capacidades físicas, cognitivas e emocionais, envolver os familiares/cuidadores na abordagem e contribuir para melhorar a qualidade e o estilo de vida da pessoa através da promoção da saúde. Palavras-chave: Envelhecimento, Terapia Ocupacional, Psicogeriatria

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O papel do TO numa unidade de Demências em contexto hospitalar

Terapeuta Vera Pinto Licenciatura em Terapia Ocupacional em 2008 na ESTSP (Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto). Mestre em Neuropsicologia Aplicada (vertente idosos) na Universidade Lusófona em 2016. A trabalhar no Hospital do Mar desde 2009. Em 2013 convidada a Responsável Técnica do Serviço de Neuroestimulação (visa dar respostas a pessoas com alterações cognitivas, nomeadamente defeitos cognitivos vasculares – AVC's, TCE's e, principalmente demências), cargo que desempenho até à atualidade. Oradora convidada em formações diversas na área da demência/reabilitação cognitiva, nomeadamente pós-graduações. Destaca-se em 2014/2015 o projeto nacional VIDAS (Valorização e Inovação em Demências), desenvolvido pela União das Misericórdias Portugueses, tendo participado como formadora e Consultora do mesmo.

Resumo A(s) demência(s), na sua maioria de causa degenerativa, provocam uma perda progressiva e irreversível das capacidades cognitivas, conduzindo a alterações significativas na participação ocupacional. Em algumas fases e características da doença, existe necessidade da pessoa com demência e sua família recorrer a cuidados hospitalares, seja para esclarecimento diagnóstico, controlo comportamental, estimulação da autonomia ou descanso do cuidador. A Terapia Ocupacional tem um papel crucial neste contexto, nomeadamente na procura de estratégias que permitam melhorar o desempenho ocupacional. A intervenção cognitiva e funcional representa, inevitavelmente, uma das áreas de atuação da terapia ocupacional, seja em contexto individual e/ou em grupo. Baseado nestas premissas, é apresentado o projeto de Neuroestimulação da Unidade de Demências no Hospital do Mar.

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13 de Abril I Sábado

Workshop: A arte de jogar Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Sala 2.13

Terapeuta Isabel Cristina Calheiros Terapia Ocupacional – Escola Superior Saúde Alcoitão, 1983-86. Psicologia Clínica - ISPA, 1987-94. Ao longo dos anos orientou a sua formação e a sua experiência profissional, para o trabalho com grupos e para a utilização das artes no processo terapêutico (teatro terapêutico, drama terapia, treino de competências sociais). Iniciou funções no Hospital Júlio de Matos, atual Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa) em 1988, onde permanece até hoje. Desempenha funções no Serviço de Reabilitação coordenando a equipa técnica do Grupo de Teatro Terapêutico. Faz também parte da equipa técnica da Unidade de Formação Profissional do CHPL, onde desenvolve atividade de preparação e apoio à (re)integração de pessoas com doença mental no mercado regular de trabalho. Terapeuta Maria Eugénia Neto Terapia Ocupacional – Escola Superior Saúde Alcoitão, 1983-86; Lic. 2012. Iniciou funções no Hospital Júlio de Matos, atual Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa em 1986, onde permanece até hoje. Desempenha funções no Serviço de Reabilitação coordenando a equipa da Unidade de Formação Profissional (UFP). Fez formação em treino de aptidões sociais e dramaterapia. Tem sido formadora em cursos para técnicos de saúde e de outras áreas. Na UFP desenvolve com os formandos/utentes programas de treino de competências sociais.

Resumo Os jogos providenciam oportunidades para aprender novas formas de relação, aprender sobre as nossas reações perante os outros em situação e aprender a agir de acordo com regras. 41 | P á g i n a


Os jogos estabelecem contextos de aceitação e tolerância para os comportamentos e permitem a experimentação das emoções. São veículos de autodescoberta. Com a experimentação de um conjunto de jogos dramáticos, este workshop pretende proporcionar aos/às participantes uma oportunidade para essa autodescoberta e despertar o interesse para o potencial destas técnicas para a intervenção terapêutica do /a Terapeuta Ocupacional.

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Palestra: Terapia Ocupacional na comunidade – ECCI24 de Évora Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro

Terapeuta Joana Meira Concha Licenciatura em Terapia Ocupacional na Escola Superior de Saúde de Beja, pelo Instituto Politécnico de Beja. Terapeuta Ocupacional na ECCI24 de Évora desde 2016, em reabilitação de adultos e idosos. Resumo A Equipa de Cuidados Continuados Integrados 24 de Évora (ECCI24 de Évora) é uma tipologia de resposta de prestação de cuidados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), enquadrada nos cuidados de saúde primários, em funcionamento desde dezembro de 2016, assumindo-se como uma experiência piloto a nível nacional. É uma equipa multidisciplinar exclusivamente vocacionada para a prestação de serviços domiciliários no concelho de Évora, a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal ou em processo de convalescença, com rede de suporte social, cuja situação não requer internamento, mas que não podem deslocarse de forma autónoma. A ECCI24 de Évora desenvolve a sua atuação em articulação estreita com as Unidades de Saúde Familiar, a rede de suporte social e cuidadores informais, promovendo assim a continuidade e uma maior proximidade de cuidados. Esta equipa desenvolve ainda o projeto Cantinho do Cuidador, de apoio a cuidadores informais do concelho de Évora. A atuação da Terapia Ocupacional na ECCI24 de Évora tem como objetivo a reabilitação, readaptação e reintegração social de adultos e idosos, pondo em prática ações no sentido de promover a funcionalidade, autonomia e independência, bem-estar e qualidade de vida da pessoa em situação de dependência. O terapeuta ocupacional pretende reabilitar o indivíduo para atingir o máximo de independência no seu desempenho ocupacional, prevenindo e/ou diminuindo as disfunções e promovendo a saúde, através do envolvimento e participação em atividades necessárias e significativas. 43 | P á g i n a


Desenvolve a sua intervenção no domicílio da pessoa, em parceria com os cuidadores formais ou informais, com os outros técnicos da equipa e em articulação com os recursos da comunidade da sua área de atuação. O terapeuta afere necessidades, prioridades e expetativas do utente e suas famílias relativas à sua reabilitação e desempenho ocupacional; melhora ou compensa funções motoras, cognitivas, de perceção e sociais; realiza treino de atividades da vida diária e instrumentais; aconselha e/ou providencia produtos de apoio ou ortóteses; adapta a casa da pessoa; ensina sobre a doença/saúde; capacita e apoia os familiares, cuidadores formais e informais; promove a inclusão social nas suas diferentes esferas (familiares, amigos, comunidade) e a facilitação do desempenho laboral dos seus utentes em idade ativa. Atua também em parceria com os diversos recursos da comunidade da sua área de intervenção, sejam elas outras respostas de saúde, autarquias, serviços de apoio social, entre outros, sendo a necessidade do utente o limite para a sua busca e articulação. O terapeuta ocupacional é um profissional emergente nas equipas domiciliárias da RNCCI para que esta cumpra com excelência os objetivos a que se propõe, para a consolidação de uma sociedade mais justa e solidária, e para que haja cada vez mais pessoas ativas, saudáveis e com propósito em suas casas.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional; ECCI24; Reabilitação; Domicílio; Comunidade

Bibliografia Cavalcanti, A., Galvão, C. (2007). Terapia Ocupacional – Fundamentação & Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Marques, A., & Trigueiro, M., (2011). Enquadramento da Prática da Terapia Ocupacional: Domínio & Processo. Porto: Livpsic. Monteiro, M., Santos, O., & Costa, M., (2013). Unidades de Cuidados Continuados Integrados: uma resposta ao envelhecimento e à dependência em Portugal. Jornal de investigação Biomédica e Farmacêutica, (10) 2; p.163-178. Portugal. Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho. Criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Diário da República n.º 109 - I Série A.

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Workshop: Desporto adaptado Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Ginásio

Terapeuta Joana Pinho Fisioterapeuta desde 2010. Mestre em Desenvolvimento da Criança - variante de Desenvolvimento Motor. Terapeuta Ocupacional desde 2008. Treinadora de Karaté Grau I desde 2009. Treinadora de Karaté Adaptado desde 2012. Formadora na Federação Nacional de Karaté - Portugal desde 2013 e na Federação Portuguesa de Kickboxing e Muay Thai em 2016. Participação atual nos Projetos Erasmus+: HEPA Project e Needsport.

Resumo Embora vivamos atualmente numa sociedade onde é cada vez mais difícil ver e aceitar a necessidade da prática de atividade física, esta deve ser incentivada para todas as crianças. E num momento em que as mobilizações a favor da inclusão têm ganho terreno e conduzido a resultados, e em que a inclusão se constitui como um tema de amplos debates na sociedade, surgem estudos que apontam os benefícios da prática desportiva enquanto auxiliar às pessoas com deficiência. O Desporto Adaptado pode ser visto como um conjunto de atividades e exercícios, completos, mas flexíveis e dinâmicos, passíveis de serem adaptados às características de cada indivíduo. Assim, unindo a terapia à atividade física, o Desporto Adaptado pretende proporcionar uma experiência diferente à população com necessidades especiais, ajudando-as no desenvolvimento de competências motoras, cognitivas e sociais, comportamentais e de autonomia. As atividades lúdicas são de extrema importância no desenvolvimento, e todas as crianças devem poder ter as mesmas oportunidades. O Desporto Adaptado, com um reportório motor imenso que pode incluir todas as atividades que a imaginação permita, adquire uma influência notável na aquisição das principais noções e conceitos psicomotores, na aprendizagem de capacidades mentais, 45 | P á g i n a


de socialização e segurança, autocontrolo, valores e formação de carácter; o aumento da valentia, das competências motoras como força muscular, velocidade, lateralidade, resistência cardiorrespiratória e articular, equilíbrio. São ainda reforçados os benefícios relativamente à perceção e orientação no espaço, à noção corporal; diminuição dos riscos de infeções respiratórias e da melhoria da linguagem, comunicação, compreensão de regras e estratégias. Este workshop tem como objetivo fazer os participantes “vestir a pele do outro” e encontrar soluções para a realização de diversas atividades.

Palavras-chave: Necessidades especiais; Graduar e adaptar; Desporto; Atividade física

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Palestra: Mobilidade elétrica em pediatria e condução na linha média Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro Terapeuta João Aires Terapeuta Ocupacional a trabalhar como especialista em cadeira de rodas na Tsimetria em Portugal. Tem pós-graduação em Terapia Ocupacional com clientes pediátricos. É responsável pela formação e avaliação em Portugal. É também responsável pelo programa de formação da empresa em Portugal, e pela formação em algumas Universidades em Portugal onde os novos Terapeutas Ocupacionais têm o primeiro contacto com a cadeira de rodas e o posicionamento. Deu algumas conferências em Portugal, e também fez uma apresentação de póster na ISS, 2018, e curso institucional de 1 hora na ESS, 2018 e ISS, 2019. Resumo Em que idade devemos iniciar o processo de aprendizagem de condução de cadeira de rodas elétrica? Como o podemos fazer de forma progressiva e segura? De que forma conseguiremos mais eficiência na condução de CRE? Quais são as vantagens de conduzir na linha média? Quais as vantagens de iniciar o processo de aprendizagem de condução de CRE desde cedo? Numa avaliação/primeira experimentação de cadeira de rodas elétrica, o posicionamento sentado e a eficiência (menor dispêndio de energia com otimização da função) são cruciais. Nesta apresentação falaremos das vantagens de conduzir com comando na linha média. Existem vários benefícios relacionados com condução na linha média. Posicionamento na linha média potencia alinhamento postural e melhor distribuição de peso. Ambos importantes para manter integridade da pele e prevenir pontos de pressão, permitindo melhor desempenho na utilização do produto de apoio. Alguns aspetos de posicionamento sentado serão considerados. O videojogo LOONZ será apresentado como uma ferramenta de avaliação e treino das competências necessárias para conduzir CRE. Este jogo permite o treino de utilização de diferentes comandos aplicáveis em CRE. Permite ainda monitorizar/avaliar progressão no desempenho. 47 | P á g i n a


Durante a apresentação alguns casos serão apresentados e discutidos. Objetivos de aprendizagem Objetivo 1: Referir duas razões pelas quais condução de cadeira de rodas elétrica pode influenciar desenvolvimento normal da criança. Objetivo 2: Apresentar duas vantagens de condução na linha média Objetivo 3: Descrever duas vantagens na utilização do videojogo LOOZ no desenvolvimento de competências para condução de CRE em crianças. Sub-heading Existe uma forte correlação entre mobilidade auto iniciada e o desenvolvimento global. A mobilidade está associada com o desenvolvimento e aquisição de importantes competências de perceção, visuais, cognitivas, sociais (Huang H-H,2018). Alguns estudos mostram que as crianças podem iniciar a utilização de joystick para manobrar CRE entre os 7 e os 14 meses (University of Delaware), e que podemos ver uma utilização competente de CRE entre os 17e os 22 meses em crianças com desenvolvimento cognitivo normal (Everard, 1984). Outro estudo demonstrou que crianças com alterações motoras significativas, com acesso frequente a treino de CRE em casa, apresentam bons resultados a manobrar CRE por volta dos 30 meses. Independentemente disso, verificou-se também que os bons resultados na condução de CRE em casos com limitação cognitiva se relacionam mais com frequência e oportunidade de treino do que com fatores como idade ou competências motoras. O desenvolvimento e a aquisição de competências para condução de CRE não “surge do nada” mas sim de um período de treino e aprendizagem em diferentes contextos. Olhando para os princípios de posicionamento a maioria das vezes procuramos função (ser funcional em determinada tarefa) e não consideramos devidamente funções corporais e a postura. A postura influencia funções importantes como respiração, digestão, circulação sanguínea. Pode ainda afetar o nosso campo visual – pode alterar capacidade de controlo e estabilidade da posição da cabeça. Alterações posturais como escoliose ou cifose com basculação pélvica posterior podem levar a menor eficiência respiratória. O alinhamento de tronco e a posição da cabeça são também importantes para mastigação, e deglutição. Um bom posicionamento pode ajudar a estender e alongar o tronco, maximizando função respiratória, e digestão. Alterações de perceção 48 | P á g i n a


visual e/ou desorientação espacial podem resultar da dificuldade de posicionar corretamente a cabeça. Posição “prostrada”, a “escorregar” na cadeira, olhar para baixo sem conseguir alinhar a cabeça podem afetar motivação e socialização. O correto posicionamento na cadeira vai facilitar funções de órgãos vitais pois o alongamento do tronco evita que órgãos vitais estejam sobre compressão inibindo a sua função. Muitos

utilizadores

de

CRE

beneficiariam

com

utilização

de

comandos

alternativos/especiais como switchs ou comandos de cabeça. Muitos casos reportam que fadiga, cansaço e dor ou desconforto limitam a sua utilização da CRE. (Dolan MJ, 2016). Deveremos assim procurar aplicar o sistema de posicionamento e comando que aumente o tempo de utilização sem entrar em fadiga (aumentar conforto, e eficiência). A mobilidade independente é essencial na motivação, e participação social. Mobilidade elétrica e o seu treino deve ser promovido e implementado o mais cedo possível em crianças com limitação na sua mobilidade (Kuntzler, 2013). Iremos apresentar soluções que facilitem esse início de aprendizagem e primeiro contacto com mobilidade elétrica. Apresentaremos também soluções de posicionamento e condução na linha média que promovam melhor alinhamento, melhor distribuição de pressão, potenciado a utilização de CRE .

Bibliografia Case-Smith J, O’Brien JC. Occupational therapy for children. (6th ed). Mosby Elsevier. 2010. Dolan MJ, Henderson GI. Control devices for electrically powered wheelchairs: prevalence, defining characteristics and user perspectives. Disability and Rehabilitation Assistive Technology. 2016 Jul 19:1-7. Kuntzler PM. Independent mobility is key to overall child development. EP Magazine. July 2013.

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Workshop: Língua Gestual Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Sala 2.13

Carolina Rita Simões Reis Formada em Língua Gestual Portuguesa pela Escola Superior de Educação de Coimbra, foi no ensino secundário que despertou o seu interesse pela Língua Gestual Portuguesa devido há existência de alunos surdos na escola que frequentava e curiosidade para saber como é que esses mesmos alunos comunicavam entre si. Já participou na organização de vários workshops de iniciação à Língua Gestual Portuguesa, o que lhe tem proporcionado uma ideia mais real sobre o que as pessoas sabem sobre esta língua e sobre aqueles que a utilizam, assim como as dúvidas que são mais recorrentes.

Resumo Neste workshop serão apresentados conteúdos chave para a iniciação da Língua Gestual Portuguesa, assim como alguns temas básicos: saudações, alfabeto, números, saudações e cores.

Palavras-chave: Língua; Surdo; LGP; Regionalismos; Nome gestual

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Palestra: O papel da TO na Prevenção de Quedas – no contexto hospital e comunitário Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro

Terapeutas Ana Marques e Fabiana Ambas somos licenciadas de Terapia Ocupacional pela Escola Superior de Saúde de Leiria desde 2015. Neste momento encontramo-nos a viver e trabalhar em Londres. Ambas nos encontramos trabalhar em posições rotativas em diferentes centros hospitalares no centro de Londres. Atualmente a Ana encontra-se a trabalhar numa enfermaria de um hospital de agudos num serviço direcionado para a população idosa, tendo já passado pelos serviços de Serviços Sociais, Neurocirurgia e Ortopedia. A Fabiana já trabalhou no contexto de Unidade de reabilitação, Equipa de Ação Imediata, Serviços Sociais e Serviços de Urgências. Neste momento encontra-se a trabalhar no serviço de Trauma & Ortopedia.

Resumo Refletindo sobre o estado atual da Terapia Ocupacional em Portugal surgiu a ideia da criação de um projeto, tendo este como principal objetivo a partilha de conhecimentos e experiências adquiridas enquanto Terapeutas Ocupacionais em Londres com alunos/terapeutas de Portugal. Sentimos que podemos trazer novas perspetivas de algumas das boas práticas do Reino Unido e que potencialmente contribuirão para a melhoria da prática diária da profissão em Portugal. A este projeto chamamos de Ser TO-OT: Fusão de Perspetivas. Neste ENETO o tema abordado será “O papel da Terapia Ocupacional na Prevenção de Quedas – no contexto hospitalar e comunitário”. Segundo o Serviço Nacional de Saúde (2017), em Portugal, entre 2000 e 2013, em cada 100 internamentos em indivíduos com

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mais de 65 anos três tiveram como causa uma queda, sendo que, em média, cada um destes internamentos teve a duração de 13 dias. Iremos abordar a nossa experiência em contexto hospitalar e comunitário e de que forma a avaliação do individuo e dos seus contextos social, pessoal e ambiental tem um papel fundamental e diferenciador nesta temática tendo em conta que as quedas são um dos principais fatores de admissão hospitalar. Uma vez que a maioria das quedas ocorre em casa devido a pequenos acidentes como quedas em tapetes ou quedas de cadeiras ou camas, a avaliação feita por um TO ao ambiente domiciliário – incluindo intervenção e follow up – é essencial otimizando a funcionalidade, a segurança e o desempenho ocupacional. De forma a reduzir o número de quedas é também crucial a sensibilização e educação da pessoa bem como dos seus familiares/cuidadores.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional; Prevenção de quedas; Fusão de perspetivas; Avaliação do ambiente; Fatores externos; Fatores internos

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Palestra: APTO: SnapShot da Terapia Ocupacional Local: Escola Superior de Educação (ESE) – Anfiteatro

Professora Elisabete Jorge da Costa Roldão Fez o Bacharelato em 1992 e a Licenciatura em 2005, na Escola Superior de Saúde de Alcoitão. Atualmente a fazer o Doutoramento em Motricidade Humana, na especialidade de Reabilitação, na Faculdade de Motricidade da Universidade de Lisboa e a desenvolver investigação relacionada com as preensões humanas. Exerceu funções como Terapeuta Ocupacional no Ministério da Defesa Nacional durante 21 anos. Professora Adjunta Convidada do Instituto Politécnico de Leiria - Escola Superior de Saúde de Leiria desde 2013. Responsável do Projeto Humaniter implementado na Escola Superior de Saúde de Leiria. Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais desde 2005 a 52 | P á g i n a


2013, quando assumiu a Presidência até à presente data. Colabora com as organizações internacionais de Terapia Ocupacional - Federação Mundial de Terapia Ocupacional (www.wfot.org) e o Conselho Europeu de Terapeutas Ocupacionais (www.cotec.eu) na qualidade de Delegada de Portugal nestas duas organizações, desde 2013. Membro fundador do Grupo de Interesse em Questões Internacionais e membro do Expert Group of COTEC for Rehabilitation. Resumo A Terapia Ocupacional existe no munda há 101 anos. Em Portugal existe há cerca de 61 tendo o primeiro curso sido implementado em Portugal em 1957 pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Desde então a formação de Terapeutas Ocupacionais em Portugal tem vindo a crescer. A primeira escola oficial foi a atual Escola Superior de Saúde do Alcoitão, à qual se surgiu a atual Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto. Anos mais tarde, em 2009 surge o curso da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria e em 2011 o da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Beja. Das quatro escolas todas são públicas à exceção da Escola superior de Saúde do Alcoitão, que é privada. Assim, atualmente, existem quatro escolas a lecionar o Curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional sendo que três destas estão acreditadas pela World Federation of Occupational Therapists (WFOT). A profissão de Terapeuta Ocupacional está regulamentada na Lei portuguesa integrada na Carreira de Técnico Superior de Diagnóstico e Terapêutica. A regulamentação da profissão em Portugal é efetuada pela Administração Central do Sistema de Saúde, IP. É esta a entidade que, após conclusão da licenciatura emite a cédula profissional do terapeuta ocupacional, documento obrigatório para o exercício profissional. Segundo esta entidade somos 1883 profissionais com autorização para exercer em Portugal, à data. As escolas referem números superiores, contudo estes revelam somente os profissionais formados em Portugal e não os que se encontram a exercer a profissão. Tal como todas as profissões, a Terapia Ocupacional, é representada por uma associação, a Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais. Esta é uma associação de direito privado que representa oficialmente, os terapeutas ocupacionais que exercem em Portugal, junto de entidades parceiras, associações congéneres, escolas, organismos estatais ou mesmo internacionais de Terapia Ocupacional como a já referida WFOT, o 53 | P á g i n a


Council of Occupational Therapists for the European Countries (COTEC) e a European Network of Occupational Therapy in Higher Education (ENOTHE). Estas organizações representam, respetivamente, a Terapia Ocupacional e os terapeutas ocupacionais ao nível mundial, europeu e do ensino a nível europeu. Ainda não existe um doutoramento em Terapia Ocupacional contudo há cerca de meia centena de terapeutas ocupacionais com o grau de doutoramento até à presente data. Existem diversas Pós-graduações e Mestrados para Terapeutas Ocupacionais em inúmeras escolas. A grande maioria dos nossos profissionais são licenciados existindo ainda alguns somente com o grau de Bacharelato. A maioria dos terapeutas ocupacionais trabalha com a população adulta na vertente da reabilitação ou com idosos em Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, hospitais, centros de dia ou lares. São também muitos os que trabalham em Instituições Privadas de Solidariedade Social com crianças. Em Portugal, os terapeutas ocupacionais concentram-se nas três grandes cidades, Lisboa, Porto e Coimbra. Faro é a quarta cidade com mais profissionais e nas ilhas também existem, embora em número reduzido. Existem diversos livros publicados por terapeutas ocupacionais contudo continuamos com muitas necessidades no que concerne à produção científica que comprove a eficácia das nossas intervenções. Também ao nível dos instrumentos de avaliação lutamos com a necessidade de ter instrumentos validados para a população portuguesa, nas mais diversas áreas de intervenção e, de uso especifico para os terapeutas ocupacionais. Em 2017, pela primeira vez, tivemos em Portugal Terapeutas Ocupacionais a intervir em contexto de catástrofe. Temos recentemente profissionais a trabalhar com a população sem abrigo ou desfavorecida. As mais recentes abordagens usadas por terapeutas ocupacionais em Portugal prendem-se com a maquilhagem terapêutica, o controlo e eliminação de hábitos viciosos e a prevenção do estigma em relação à doença mental.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional; profissão; Portugal

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Comissão Organizadora do XXII ENETO

Ana Cabecinha Ana Carvalho Carlota Vieira Catarina Antão Eliana Tomás Francisca Cabral Inês Coelho Inês Gomes Joana Pardal Mamie Brunk Rafaela Carvalho Rogério Napier Sofia Costa

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PATROCINADORES PLATINA:

Patrocínios Empresariais

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Apoios Institucionais

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Patrocínio Científico

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