Trabalho final grupo Pop

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Media Digitais e Socializ@ção

Entrevista a jovens sobre a utilização social dos media digitais

06/06/2010

MCEM

Grupo POP: Anabela Isidoro João Alves José Neto Paulo Sopa


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Índice Introdução…………………………………………………….…………………………………...........…1 Perfil do entrevistado …………………………………………………………………………………….3 Conhecimento dos Media ………………………………………………………………………………3 Formas de participação dos Media (tipos e frequência) ………………………...…………….…… 5 Eu e os Media (o meu perfil nos media)………………………………………………………….….…6 Eu e os Amigos nos Media (Redes)………………………………………………………….….……..7 Relações entre os Media e Família (Pais) ……………………………………………………….……8 Anexo - Análises das Entrevistas

Análise das Entrevistas do escalão etário dos 16 aos 17 anos ………………………… .11 Análise das Entrevistas do escalão etário dos 15 anos ……………………………………15 Análise das Entrevistas do escalão etário dos 13 anos ………………………………….. 17 Análise das Entrevistas do escalão etário dos 11 anos ……………………………………18

Bibliografia ………………………………………………………………………………….………….. 21

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Introdução

A construção da identidade pessoal é considerada a tarefa mais importante da adolescência. Zacarés (1997, citado por Schoen–Ferreira e tal, 2003) entende que a identidade desenvolve-se durante todo o ciclo vital, mas é no período da adolescência que ocorrem as transformações mais significativas. É a primeira etapa da vida onde estão reunidos todos os ingredientes para uma construção de identidade social. A Internet transformou a nossa sociedade numa rede à escala global. Todas as actividades humanas estão a ser modificadas pela “invasão” da Internet. Os jovens através da Internet realizam e transformam pessoalmente aprendizagens significativas. Escutar o que estes têm a relatar das suas experiências online dá-nos uma perspectiva valiosa para compreender o papel que as novas tecnologias estão a desempenhar sobre a adolescência. O objecto deste trabalho é identificar marcas identitárias da adolescência analisando a utilização que os jovens fazem da Internet, através de entrevistas, tendo em conta os seguintes tópicos: perfil do entrevistado; conhecimento dos media; formas de participar nos media; eu e os media; eu e os amigos nos media e relações entre os media e família. Foram realizadas nove entrevistas, a alunos com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos. “As operações primárias da pesquisa, que precedem todas as finalidades de explicação ou mesmo do tratamento do material recolhido, são fundamentais, mas frequentemente são as menos problematizadas ou exploradas” (Boltanski, Thévenot, 2001:13) porque os cientistas sociais gostam de criar grandes categorias que utilizam na explicação dos fenómenos. Neste trabalho, uma vez que dispunhamos apenas de 9 entrevistas a própria realidade impôs que a sua análise seria necessariamente de carácter qualitativo, valendo sobretudo pelas justificações apresentadas pelos entrevistados, que destacámos ao longo do texto, como fonte de reflexão e elemento chave das conclusões que apresentamos.

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Perfil do Entrevistado

Foram entrevistados face-a-face 7 alunos dos 11 aos 17, e também responderam ao Guião disponibilizado online 2 alunos de 16 e 17 anos, cujas respostas se compararam com as anteriores, considerando-se um total de 9 entrevistados em diferentes contextos geo-culturais: 11

13

15

Localidade

Madeira

Luxemburgo Faro

Rapazes

Duarte11

Ric15

16

17

Cacém

Cacém

Edmundo16

Jennifer17

ONLINE

ONLINE Jackeline17

Raparigas

Bárbara11

Laura 12

Pat15

-

João17

A generalidade dos alunos vive com os pais (exceptuando a Jackeline17 e o João17). As habilitações académicas dos pais não ultrapassam o 9º ano, excepto no caso da Laura13 que vive no Luxemburgo e da Bárbara11 que é filha de um professor. Os restantes pais exercem profissões menos qualificadas, apresentando-se “Assistente técnico”, “Electricista”, "Empregado de Escritório", “Comerciante” e “Agente PSP” como actividades profissionais invejáveis entre ocupações como “empregada doméstica”, “doméstica” ou “auxiliar de limpeza”. Frequentam o ano lectivo correspondente à sua idade, excepto no caso da Laura13, que deverá ter perdido anos de escolaridade em requerimentos de equivalência entre diferentes sistemas de ensino. Conhecimento dos Media Utilização do Telemóvel 11 anos

Não precisam porque residem perto da escola.

13 anos

Envia/recebe SMS's dos amigos e dos pais.

15 anos

Falar e enviar/receber SMS's.

16 / 17 anos

Os quatro jovens inquiridos utilizam o telemóvel, predominante para enviar/receber SMS´s dos amigos, embora a inquirida online refira todas as funções dos telemóveis: “ efectuar chamadas, tirar fotografias, mandar mensagens escritas e de imagem, ouvir música, etc.” (Jennifer17). As chamadas parecem mais esporádicas, quando precisam dos pais, ou quando estes lhes ligam.

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Os mais jovens não precisam de utilizar o telemóvel porque residem perto da escola, mas nem todos os amigos morarão tão próximo, e o telemóvel adquire grande utilidade para trocar SMS’s com os amigos. Com os pais vão exercitando as chamadas de voz. Começam a utilizar o telemóvel mais tardiamente e menos frequentemente para falar porque é mais caro, enquanto as mensagens não rompem os orçamentos juvenis. Aos 16/17 anos já aprenderam a tirar partido pleno de todas as funções dos telemóveis, embora o envio de SMS’s continue a ser predominante. Segurança na Internet 11 anos

“Podemos saber se acontece alguma coisa ao nosso pc é importante para manter os dados seguros” (Bárbara11). “É importante porque podemos saber que a nossa privacidade está segura” (Duarte11).

13 anos

“...tem a ver com raptos” (Laura13).

15 anos

Ouviram falar de “Segurança na Internet”(Ric15 e Pat15) mas limitamna à conversa com estranhos: “Para mim a segurança na Internet é não falar com estranhos e não ir a sites que se paguem” (Patrícia15).

16/17 anos

Três dos inquiridos associaram a segurança na Internet a “não divulgarmos a nossa identidade a pessoas estranhas” (Jennifer17). O outro referiu “sites que são chocantes e que podem levar a que as crianças sigam más vidas” (Edmundo16) tendo em mente jovens de 8 a 10 anos.

O conceito de “Segurança na Internet” também evolui desde a simples associação de manter os dados seguros no PC (aos 11 anos) até à necessidade preservar a sua identidade, não a divulgando perante estranhos (aos 17 anos). Nenhuma outra regra de segurança foi referida pelos jovens, evidenciando que há muito a fazer na área.

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Forma de Participação (tipos e frequência)

Internet onde?

Durante quantas horas?

Telemóvel ou Computador?

11 anos Em casa e na escola “Todos os dias mais ou “Escolheria o pc, podemos menos uma hora” (Duarte11). fazer

trabalhos

enviar

mensagens ir a internet” “Duas vezes por semana, (Duarte11 e Bárbara11). cerca de uma hora de cada vez” (Bárbara11). 13 anos Em casa e na escola Todos os dias uma média de Escolheria

o

telemóvel,

porque é mais “...prático e

duas horas por dia.

porque

estou

sempre

contactável”(Laura13). 15 anos Em casa e na escola “Todos os dias estou na net Escolhiam

o

computador

pelo menos 4 horas” (Pat15). porque “dá para fazer tudo o que o telemóvel faz e mais “Não fico muito tempo na net, algumas coisas” (Ric15). mais ou menos uma hora ou duas por dia” (Ric15). 16/17

50% em casa e na Em média acedem à Internet O escola

anos

umas

5

horas

diariamente.

por

computador

foi

mais

dia, escolhido “porque dá para fazer mais coisas” (João17),

50% só a partir de

“tem

casa

(Jennifer17), mas o telemóvel

mais

funções”

“é bom porque o posso levar para

todo

o

lado”

(Jackeline17).

Todos os inquiridos acedem à Internet em casa e na Escola. Apenas no grupo dos 16/17 anos, reflectindo um problema local, metade dos entrevistados declaram aceder à Internet apenas a partir de casa porque o acesso a partir da Escola do Cacém é verdadeiro teste à paciência dos

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chineses. Portanto já passou o momento em que os estudantes ou acediam à Internet a partir da Escola ou não acediam, uma vez que se popularizou o acesso familiar à rede. Os alunos de 11 anos acedem em média 1 hora por dia enquanto os de 17 anos acedem 5, observando-se que à medida que crescem vão passando mais tempo das suas vidas ligados à Internet. Provavelmente esta discrepância poderá ser explicada por um controlo mais apertado dos pais sobre os mais jovens, com imposição de horários, contrastando com uma atitude laxista no final da adolescência. Sobretudo parece que os jovens não gostariam de ter que escolher entre o computador e o telemóvel que aos seus olhos são bens complementares. Forçados a escolher, a maioria opta pelo computador “porque dá para fazer mais coisas” (João17), “tem mais funções” (Jennifer17). São excepção a esta regra algumas raparigas para as quais é importante “estar sempre contactável”(Laura13) ou “levar [o telemóvel] para todo o lado” (Jackeline17). Eu e os Media (o meu perfil nos media)

Independentemente da faixa etária, verificámos que, estar online significa essencialmente para estes inquiridos comunicar de modo síncrono ou assíncrono e interagir com os amigos, referindo maioritariamente o Messenger, o Hi5 e o Facebook, como o seu interesse principal. Actualizar, pesquisar e estudar, não é uma preocupação, é sim encarado por todos como uma actividade secundária. Quando confrontados sobre a utilização da Internet como apoio ao estudo, todos indicam utilizar o motor de busca Google para realizar as suas pesquisas, é também interessante a indicação por parte dos alunos mais jovens, da utilização da Wikipédia.

Quase todos os inquiridos tem registo no Facebook, enquanto que o registo no Hi5 é uma tendência comum apenas aos inquiridos mais velhos. Esta situação deve-se à antiguidade do Hi5, sendo uma das primeiras plataformas sociais a surgir na rede. Registamos desta forma, uma maior ligação ao Hi5 por parte do nível etário superior aos 15 anos. Estas redes sociais apresentam largas vantagens, sobretudo ao nível da aposta efectuada nas aplicações de entretenimento, na possibilidade de partilhar, cruzar, conhecer, interagir com amigos e amigos de amigos, à distância de um clique, o que claro se torna bastante aliciante, quando a popularidade é um objectivo a atingir na construção da sua identidade social.

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Os blogues e sites, apesar de um funcionamento/ interface intuitivo, requerem outra disponibilidade e capacidade em mantê-los actualizados, originais e interessantes. Sendo apenas utilizados por uma minoria dos inquiridos e sempre em contexto de aprendizagem formal integrados em actividades escolares. Somente os alunos que responderam online criaram e mantêm blogues, considerando uma continuidade do seu perfil nas redes sociais, porque a sua função é comunicar com os amigos.

O perfil definido pelos inquiridos apresenta características comuns: a larga maioria coloca algumas fotos suas e alguma informação pessoal (data de nascimento e o seu nome). Informações sobre as suas actividades e interesses preferidos são comuns só aos inquiridos do escalão 16/ 17 anos. Outro aspecto importante, comum aos diferentes níveis etários passa pela utilização do seu nome verdadeiro enquanto nickname. Este facto é justificado pela maioria conscientemente, apresentam alguns conhecimentos sobre segurança na Internet, apesar de pouco fundamentada. Em todas os níveis etários, existe uma clara noção da real possibilidade de poderem ser observados por parte de predadores sexuais. Levando a maioria a recorrer a identidades falsas, ou seja a nicknames, não reflectindo o seu nome real, quando utilizam ou procedem a registos em ambientes desconhecidos. Como refere (Calvert, 2002) “O anonimato proporcionado aos jovens dentro de mundos virtuais permite maior flexibilidade para explorar a sua identidade através da sua linguagem, seu jogo de papéis e as personagens assumem.” Os inquiridos, até à data da realização do questionário, nunca foram confrontados com conteúdos impróprios, nem interpelados negativamente por ninguém através da rede. Eu e os Amigos nos Media (Redes)

Os jovens inquiridos utilizam as redes sociais como forma de entretenimento e de socialização. "para me distrair do mundo..."(Duarte11); “Utilizo a rede social para fazer novos amigos e também para que as pessoas conheçam um pouco mais de mim.”(Willfred17) Gostam de partilhar essencialmente fotografias e possuem tanto mais amigos quanto mais velhos são: “Tenho mais de 3000 amigos mas os regulares são menos de 100…”(Joana17); “Tenho por volta de dois mil amigos mas geralmente só costumam ficar online uns 50 de cada vez. “(Willfred17) "Tenho duzentos e tal amigos e conheço quase todos, só alguns é que conheço só de vista” (Pat15); “eu utilizo redes sociais para me distrair do mundo,… tenho +- 100 amigos e conheço todos pessoalmente”(Duarte11). Apesar da diferença no número de amigos, constata-se que

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nas várias faixas etárias todos afirmam conhecer pessoalmente, ou pelo menos de vista, os seus contactos. Os jovens mais velhos dão mais valor ao tipo de comentários que são feitos aos seus posts, gostando que os mesmos sejam positivos “Quando falam mal… fico triste” (Ric15), enquanto que os mais novos afirmam que “os comentários são sempre bons” (Duarte11). De uma forma geral, os mais novos afirmam que comentam pouco outros blogs ou páginas, participando apenas quando encontram algo que gostam e em páginas de amigos. No entanto, usam essa ferramenta para se aproximarem de quem querem conhecer melhor “Só comento dos amigos, mas se houver alguém que queira conhecer melhor, comento também” (Pat15). Já os mais velhos têm hábitos mais regulares no que respeita a comentar outras páginas/blogs: “Comento Hi5 de outras pessoas todos os dias. Comento amigos que estão online e também retribuo as pessoas que me adicionam e deixam comentário. Por vezes também pode acontecer eu gostar de uma página e então deixar lá o meu comentário.” (Willfred17)

As semelhanças no que toca às pessoas contactadas pela Internet também se encontram nas diferentes faixas etárias: amigos, família e, eventualmente, professores. Também os mais novos afirmam só adicionar aos seus contactos de MSN pessoas conhecidas, bloqueando estranhos: “quando não conheço a pessoa cancelo”(Duarte11). No entanto, verifica-se que os mais velhos estão mais abertos a conhecer outras pessoas: “Também adiciono desconhecidos que é para os conhecer.” (Willfred17) Jogam alguns jogos na internet, mas nenhum joga em rede nem pertence a nenhum grupo organizado à volta de um jogo. Relações entre os Media e Família (Pais)

Os teus pais controlam o teu acesso à Internet? Verifica-se nas entrevistas dos inquiridos que quanto mais velho é o adolescente menor é o controle por parte dos pais, no uso dos media. Como podemos verificar:

Jackeline17

“O ano passado cortaram a conta da Internet porque eu tive muitas negativas. Desde que vá passando não reclamam”

Jennifer17

Eles sabem em parte o que eu faço na Internet”

João17

“Os meus pais não conhecem nem sabem o que faço na Internet”

Edmundo16

“Não [controlam], podem dar uma olhadela, mas é quando passam por

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mim apenas” Pat15/Ric15

“eles [os pais] não sabem de computadores…”()

Laura 13

Os meus pais controlam o meu histórico do Google no MSN e visitam o meu Hi5, o Facebook é que não, sabem que o tenho, mas nunca lá entraram”.

Duarte 11

“ o meu acesso é controlado, mas por vezes eu faço o que quero.”

Barbara11

a minha Internet é só por pen, e digo o que vou fazer, se vou jogar, pesquisar ou abrir o e-mail”,

Os pais tendem a pensar que os filhos acedem à Internet para fazer trabalhos escolares, jogar, descurando a importância nos seus hábitos das redes sociais e dos downloads, por exemplo, manifestando confiança de que os seus filhos tomam as precauções necessárias. Os pais desconhecem muitas coisas que os filhos fazem na Internet que resulta do pouco à vontade que pais têm do funcionamento das tecnologias de informação, no que diz respeito aos computadores e à Internet. Não é preciso saber tanto quanto eles, mas um mínimo ajuda sempre. José Manuel Moran defende que “antes de pensar em educar os jovens, temos que pensar em educar os adultos para estas novas linguagens, novas formas de perceber e de se expressar. Aprender a ler os meios a partir da óptica do jovem, do que ele valoriza, para ajudá-lo depois a perceber melhor o mundo, de forma mais organizada, mais contextual, profunda, reconhecendo os valores e problemas que a sociedade moderna coloca, sem deslumbramentos, mas também sem preconceitos” (1993, p. 26). Os adolescentes necessitam oportunidades para explorar diferentes papéis, provar novas personalidades e experimentar. O que implica que cometerão erros e deverão aprender a aceitar os resultados. Os pais necessitam guiá-los para que os jovens evitem cometer muitos erros.

De acordo com um conjunto de aspectos, como a situação económica, as habilitações literárias, por exemplo, cada família terá um tipo de compreensão da realidade da vida em sociedade. Nestas entrevistas vimos que o nível de habilitações dos pais, está relacionado com a mais ou menos utilização da Internet, por parte dos seus educandos e a maior ou menor “protecção” destes na navegação da Internet. Verifica-se que os inquiridos mais jovens e com pais com mais habilitações são mais protegidos na utilização social dos media digitais.

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Anexo - Análises das Entrevistas

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Análise das Entrevistas do escalão etário dos 16 aos 17 anos

1- Conhecimento dos media

Os quatro jovens inquiridos utilizam o telemóvel, predominante para enviar/receber SMS dos amigos, embora a inquirida online refira todas as funções dos telemóveis: “ efectuar chamadas, tirar fotografias, mandar mensagens escritas e de imagem, ouvir música, etc.” (Jennifer17). As chamadas parecem mais esporádicas, quando precisam dos pais, ou quando estes lhes ligam. Três dos inquiridos associaram a segurança na Internet a “não divulgarmos a nossa identidade a pessoas estranhas” (Jennifer17), enquanto o outro referiu “sites que são chocantes e que podem levar a que as crianças sigam más vidas” (Edmundo16) tendo em mente jovens de 8 a 10 anos. Portanto ele considerará que a sua navegação já é segura porque não se deixará arrastar para as “más vidas” e provavelmente também terá interiorizado a ideia de não divulgar dados pessoais a estranhos. Dos inquiridos face-a-face um deles apenas fez a associação pretendida após a insistência com uma segunda pergunta na entrevista, o que sugere que estudantes que utilizam mais frequentemente os media sociais estarão mais sensibilizado para os problemas da segurança. 2 – Formas de participação dos media (tipos e frequência)

Metade dos inquiridos indicaram aceder à Internet a partir de casa, enquanto a outra metade referiu além do seu lar, aceder também a partir da escola. Portanto parece já ter passado o momento em que os estudantes ou acediam à Internet a partir da Escola ou não acediam, uma vez que se popularizou o acesso familiar à rede. Acedem em média à Internet umas 5 horas por dia ou são incapazes de contabilizar o tempo de acesso, ligando-se à rede todos os dias. Não gostariam de ter que escolher entre o computador e o telemóvel que aos olhos dos jovens são complementares. O computador foi mais escolhido “porque dá para fazer mais coisas” (João17), “tem mais funções” (Jennifer17), mas o telemóvel “é bom porque o posso levar para todo o lado” (Jackeline17).

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3- Eu e os media

Estar online significa para estes inquiridos conversar com os amigos, que maioritariamente referiram o Messenger, o Hi5 e o Facebook. Também serão populares as visitas ao YouTube. Mais rara será a pesquisa para trabalhos escolares ou a leitura de notícias. “Tenho Hi5 porque quase todos os meus amigos também têm” (Jackeline17). Assim se explica que todos os inquiridos tenham perfil pelo menos no Hi5, e metade tenham também Facebook. Quando têm perfil em duas redes utilizam mais frequentemente aquela onde têm mais amigos. Que colocam os jovens nas redes sociais? “As minhas fotos e de familiares meus, coisas sobre mim como os meus gostos, tipo de músicas preferidas, esse tipo de coisas assim” (João17). Em muitos casos as redes sociais são utilizadas como álbuns de fotos que são partilhados com os amigos. Os campos básicos dos perfis em qualquer rede social não mudam muito. A informação sobre músicas preferidas, gostos, etc. tem como objectivo ajudar os amigos a construírem a sua imagem.

Os alunos que responderam online criaram e mantêm blogues, que encararão como uma continuidade do seu perfil nas redes sociais, porque a sua função é comunicar os amigos. Os que responderam face-a-face não criaram blogues, mas até criaram sites porque se tratou de uma tarefa escolar. Não será por falta de conhecimentos técnicos que estes não criam blogues, muito provavelmente as redes sociais satisfarão melhor as suas necessidades de comunicação. Os blogues são abertos a todos. A escolha entre o nome ou nicknames pode obedecer a motivos de segurança. “No Hi5 e no Messenger utilizo sempre o meu nome, porque a maior parte das pessoas já me conhece. Se for em outros sites, como por exemplo com o Batepapo ou o Canal de Angola já uso outros nomes que não o meu, porque como não conheço ninguém, também não sei se eles estão com os seus nomes verdadeiros” (João17). Mesmo utilizando nicknames podem manter uma certa associação ao nome “porque acho engraçado, apesar de o meu nickname representar o meu nome” (Edmundo16). Os nicknames são uma solução radical para a aluna que declarou: “Utilizo nicknames porque não gosto do meu nome” (Jackeline17).

Os alunos que responderam online disseram utilizar a Internet para estudar, enquanto os que responderam face-a-face disseram que não ou admitiram fazê-lo muito raramente quando os

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professores lhes indicassem sites ou solicitassem pesquisas. A pesquisa foi a forma de estudo referida. 4- Eu e os amigos nos media “Utilizo a rede social para fazer novos amigos e também para que as pessoas conheçam um pouco mais de mim” (João17), “para fazer amigos e para que me encontrem” (Jackeline17), “para conhecer novas pessoas” (Jennifer17) ou “para falar com amigos “virtuais”, nem todos” (Edmundo16) expressam bem a preocupação dos jovens em fazer novos amigos através das redes sociais. Podem ter milhares de “amigos”, mas aqueles com falam regularmente não excederão a centena. “É claro que a maior parte não os conheço pessoalmente” (João17). “Se não gostar apago o comentário e não respondo, se gostar retribuo de maneira simpática” (Edmundo16), simples. Geralmente os comentários são simpáticos e engraçados, retribuindo-se os jovens numa tarefa mutuamente compensadora. Comentar e retribuir comentários de amigos é uma tarefa diária que nos perfis das redes ou nos blogues que obedece à mesma lógica, manter-se em contacto com os amigos: “Comento Hi5 de outras pessoas todos os dias. Fico quase sempre sorridente com o que dizem de mim, porque fazem comentários engraçados” (João17). Uma rapariga referiu adicionar no MSN “Amigos e conhecidos” (Jennifer17) mas a perspectiva dominante parece ser adicionar todos. “Também adiciono desconhecidos que é para os conhecer” (João17). Não tem grande mal adicionar todos, porque no caso de algum amigo se tornar incómodo, “nesse caso bloqueio o contacto” (Jackeline17).

Através da Internet os jovens contactam predominantemente os amigos, os colegas e os conhecidos. Também contactam os familiares e os professores. Jogar em rede faz parte dos hábitos dos alunos que responderam online. Os que responderam face-a-face não utilizam o computador para jogar. Talvez se possam observar os jogos como um passo importante para a motivação dos jovens na aquisição de outras competências. Recorda-se que os que não jogam também não abriram um blogue.

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5 – Relações entre os media e família “Os meus pais não vasculham a agenda, nem mensagens, nem fotos… Também não controlam o saldo porque sou eu que o pago com a mesada” (Jackeline17). Os outros jovens confirmam que os pais não lhes controlam o telemóvel. A Internet pode ser utilizada como represália face a maus resultados escolares: “O ano passado cortaram a conta da Internet porque eu tive muitas negativas. Desde que vá passando não reclamam” (Jackeline17). Exceptuando este caso “Não [controlam], podem dar uma olhadela, mas é quando passam por mim apenas” (Edmundo16).

Os pais conhecem os endereços de e-mail. Os alunos que responderam online têm blogues e perfis nas redes sociais que os pais conhecem. Já aqueles que responderam face-a-face, não tendo blogues, mantêm perfis nas redes sociais desconhecidos dos pais. As senhas de acesso aos blogues/Facebook/email são considerados informação pessoal, que os pais não precisam de conhecer. “Não. As senhas são pessoais” (Jackeline17).

Os pais nunca observam os históricos do browser nem do MSN, mas algumas respostas sugerem que os pais ignoram o que isso seja. “Não. Nem sabem o que é isso!” (Jackeline17) e “Não, eles nunca mexem no computador” (João17).

Na última questão os jovens que responderam online dizem que os pais sabem o que eles fazem online, admitindo que “Eles sabem em parte o que eu faço na Internet” (Jennifer17), mas sublinhando que “não tenho segredos perante os meus pais” (Edmundo16). Já os que responderam face-a-face afirmam que “Os meus pais não conhecem nem sabem o que faço na Internet” (João17) ou “eles quase não sabem o que faço no computador” (Jackeline17). Todos os jovens vêm a Internet como espaço de expressão da sua liberdade, pois os pais “também reconhecem que tem que dar uma certa liberdade” (João17), portanto “sim vejo como um espaço de expressão da minha liberdade” (Jennifer17).

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Análise das Entrevistas do escalão etário dos 15 anos 1- Conhecimento dos media Os jovens desta faixa etária possuem telemóvel, usando-o essencialmente para falar e mandar mensagens escritas. No que respeita à segurança da Internet, ambos os entrevistados afirmam que já ouviram falar mas aparentam ter uma visão algo limitada sobre o que de facto representa a expressão “Segurança na Internet”, limitando-a essencialmente à conversa com estranhos: “Para mim a segurança na Internet é não falar com estranhos e não ir a sites que se paguem” (Patrícia) 2 – Formas de participação dos media (tipos e frequência)

Os entrevistados possuem computador próprio com ligação à Internet, de onde acedem todos os dias: “todos os dias estou na net pelo menos 4 horas” (Pat15); “não fico muito tempo na net, mais ou menos uma hora ou duas por dia” (Ric15). Se tivessem que escolher entre o telemóvel e o computador escolhiam o computador porque “dá para fazer tudo o que o telemóvel faz e mais algumas coisas” (Ric15). 3- Eu e os media

Estes jovens utilizam a Internet para comunicar com amigos, quer seja de modo síncrono ou assíncrono: “Uso a net para falar com gente amiga no msn e no Hi5” (Pat15). Possuem perfis em várias redes sociais mas, no entanto, utilizam maioritariamente a rede Hi5 pela sua facilidade de utilização: “Tenho o Hi5, Facebook e Fotolog. Uso mais o Hi5 porque não percebo nada do Facebook”(Pat15). Os jovens entrevistados parecem no entanto gostar mais de ver do que partilhar informação nas redes sociais, sendo que apenas colocam fotos online “ (Pat15) ou “Não coloco nada de especial na net, ponho só algumas fotos” (Ric15) O Facebook e o fotolog é só para poder ver os outros e o Hi5 5 uso para colocar fotos.” Não têm blogs nem sites, tendo apenas construído um site de âmbito escolar. Utilizam o seu nome próprio na net, apesar de o alterarem para um nome fictício se se sentirem ameaçados por estranhos “Uso o meu nome verdadeiro. Só se desconfiar da pessoa com quem estou a falar é que posso alterá-lo” (Ric15)

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4- Eu e os amigos nos media Utilizam as redes sociais para partilhar fotografias e possuem muitos “amigos” na sua rede “Gosto de partilhar fotografias. Tenho duzentos e tal amigos e conheço quase todos, só alguns é que conheço só de vista” (Pat15). Gostam que comentem positivamente os seus posts “Quando falam mal… fico triste” (Ric15) e poucas vezes comentam outros blogs. No entanto, usam essa ferramenta para se aproximarem de quem querem conhecer melhor “Só comento dos amigos, mas se houver alguém que queira conhecer melhor, comento também” (Pat15) Contactam amigos e família através da Internet e só adicionam contactos que conheçam ao MSN. Jogam alguns jogos na Internet, mas nenhum joga em rede nem pertence a nenhum grupo organizado à volta de um jogo. 5 – Relações entre os media e família

Os pais controlam pouco o saldo do telemóvel e não controlam nada o acesso à Internet que os jovens fazem, tendo inclusivamente alguns pais dificuldades de utilização da Internet e dos computadores em geral: “eles [os pais] não sabem de computadores…”()

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Análise da Entrevista do escalão etário dos 13 anos 1-Conhecimento dos media A jovem inquirida utiliza o telemóvel para enviar e receber mensagens dos amigos e dos pais. No que diz respeito à segurança, diz que já ouviu falar, “tem haver com raptos “. 2 – Formas de participação dos media (tipos e frequência)

A inquirida acede à Internet a partir de casa e às vezes na escola. Partilha o computador com os pais. Ligando-se todos os dias uma média de duas horas por dias. Se tivesse que optar pelo computador ou telemóvel escolheria o telemóvel, porque é mais “prático e porque estou sempre contactável”. 3- Eu e os media

A jovem refere que conversa com os amigos no MSN, no Facebook, no Twitter e no Hi5, tem acesso privado, só tem amigos, publica fotos pessoais e familiares. Na utilização dos nicknames a jovem diz “ No MSN utilizo o meu nome, mas no Hi5, Facebook, Twitter, utilizo nicknames e apelidos falsos.” Utiliza a Internet para estudar, o motor que mais utiliza é o Google. 4- Eu e os amigos nos media Utiliza as redes sociais para estar sempre em contacto com os amigos, não sabe ao certo quantos amigos tem. Já criou um blogue na escola “mas porque foi pedido pelo professor”. A partir dai nunca mais o utilizou nem actualizou. 5 – Relações entre os media e família “Os meus pais controlam o meu histórico do Google no MSN e visitam o meu Hi5, o Facebook é que não, sabem que o tenho, mas nunca lá entraram”. Os pais têm conhecimento das passwords da inquirida. “ O meu pai controla o meu telefone, é ele que paga a factura e vê a quem telefono.” Na última questão a jovem diz que os pais “sabem tudo o que faço na Internet.”

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Análise da Entrevista do escalão etário dos 11 anos 1-Conhecimento dos media Os dois inquiridos não utilizam o telemóvel, dada a proximidade da sua residência com a escola não precisam de contactar ninguém. Utilizam o telefone fixo em casa, para contactar os pais. Ambos os alunos apresentam algumas ideias sobre segurança na Internet, referindo: “é importante porque podemos saber que a nossa privacidade está segura” (Duarte) “Podemos saber se acontece alguma coisa ao nosso pc é importante para manter os dados seguros” (Bárbara) Os inquiridos não possuem pc próprio, partilham com irmãos e pais. 2 – Formas de participação dos media (tipos e frequência) Os inquiridos acedem à Internet, em casa e na escola. No caso do Duarte, este refere: “utilizo a Internet mais em casa, quase todos os dias mais ou menos uma hora”. Já a Bárbara responde que acede a Internet, duas vezes por semana, cerca de uma hora de cada vez, utiliza maioritariamente na escola. No que respeita à selecção do equipamento, ambos os inquiridos coincidem na sua resposta seleccionando o pc “eu escolheria o pc, podemos fazer trabalhos enviar mensagens ir a Internet” (Duarte) O e-mail, é utilizado pelos dois, onde apresentam alguns cuidados com mensagens estranhas, não abrindo quando não conhecem ou quando está escrita em inglês, como refere a Bárbara. 3- Eu e os media

Os dois alunos, quando utilizam a Internet, por norma acedem ao e-mail às redes sociais (msn e Facebook) e exploram alguns jogos. Relativamente à utilização de redes sociais, ambos informam que utilizam sobretudo o Facebook. Sobre o seu perfil nas redes sociais, apontam alguns cuidados sobretudo na alteração da data de nascimento. “troco a idade e tenho fotos

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que não são minhas, fotos engraçadas” (Duarte). Já na utilização de nicknames existem diferenças o Duarte utiliza sempre nicknames e a Bárbara nem sempre “depende tanto utilizo o meu nome como utilizo nicknames” (Bárbara). A experiência que tem na utilização de blogues/ sites limita-se a uma pequena participação, na construção de um blogue de turma. Também nunca partilharam vídeos na rede. Ambos responderam, sim à utilização da Internet para estudar, utilizando o Google e a Wikipédia. “Para estudar eu uso Google a Wikipédia e outros sites que aparecem”(Duarte) Os inquiridos, até à presente data nunca foram confrontados com conteúdos impróprios, nem interpelados por ninguém através da rede. 4- Eu e os amigos nos media “eu utilizo redes sociais para me distrair do mundo,… tenho +- 100 amigos e conheço todos pessoalmente”(Duarte); “gosto de me divertir, tenho cerca de 10 amigos e conheço todos eles pessoalmente” (Bárbara). Estes alunos procuram divertimento nas redes sociais, apesar das semelhanças entre as respostas, ao nível do número de amigos surge uma grande diferença, de 10 para 100. Os inquiridos, não demonstram qualquer tipo de problema com os comentários efectuados, aos seus espaços pessoais, pelo contrário indicam que os comentários são sempre bons. E referido pelo Duarte, que apenas comenta páginas de amigos, sobretudo quando encontra algo que gosta, já a Bárbara não tem por hábito comentar. No respeitante a

pessoas contactadas pela Internet, verificam-se semelhanças, ambos

contactam amigos, familiares e por vezes professores. Adicionam somente aos chats, pessoas conhecidas “quando não conheço a pessoa cancelo”(Duarte). Este inquirido já foi contacto por um estranho, para um encontro, recusando o convite. Estes dois alunos apresentam na rede, uma imagem sobre si que corresponde à realidade.

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5 – Relações entre os media e família

Neste último ponto, relativo ao controle por parte dos pais na utilização efectuada pelos filhos na Internet, encontramos algumas diferenças. A Bárbara refere, que, sobretudo a mãe pergunta o que está ou vai fazer na rede. “ a minha Internet é só por pen, e digo o que vou fazer, se vou jogar, pesquisar ou abrir o e-mail”, referindo que os pais desta forma ficam descansados. O Duarte, diz que os pais por vezes perguntam o que está a fazer, “ o meu acesso é controlado, mas por vezes eu faço o que quero.” Por outro lado, no que diz respeito ao conhecimento das senhas de acesso e análise do histórico no browser, ambos indicam que os pais conhecem os seus e-mails, mas não verificam o histórico nem sabem as senhas. “isso é privado” (Duarte) Por útlimo, consideram a Internet um espaço de liberdade e de expressão, “pois podemos falar com os amigos e comunicar com o mundo” (Bárbara).

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Bibliografia

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