Revista “Escola, um lugar de valor” - Colégio F.A.S. Uberaba/MG 2017

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Educação Infantil Ensino Fundamental


Obigado Alunos, Professores e Colaboradores! ISABELLA • CLAUDIENE • TÂNIA • LAZARA • GABRIELA • ALINE •ANA CRISTINA • MÁRCIA • DAIANA • LUCILENE • TATIANA MARIA • ANA LUCIA • CRISTIANE • ELYDA • ALEANDRA • MARIANA • TATIANA CARLA • THAISA • ANA PAULA BERÇÁRIO UNIDADE I MATERNAL BABY MARIANA DE PAULA VALIAS VENCESLAU • JOÃO VITOR DE LIMA MACHADO • JOÃO LUCAS MACIEL GONÇALVES • MANUELLA MORAIS BERALDO • ESTHER GONTIJO DE SOUZA • Maria Alice Camargos Neves • Miguel Rossini de Paulo MATERNAL I ARTHUR OLIVEIRA RAMOS PERES • LAVÍNIA ARTIAGA PFEIFER AMÂNCIO MALAGONI • THALLES BRIGAGÃO DE PAULA • IORAN CASSIANO GALVÃO • LUCIANO AUGUSTO DE MORAIS MENDES • JOAQUIM CARDOSO RIBEIRO MATERNAL I PEDRO RIBEIRO CARDOSO • RAFAEL DOS ANJOS VEIGA GONÇALVES • RIAN HENRIQUE LOPES CHIMENEZ • MARCOS VINICIUS COBO LIMA FILHO • LYA PEREIRA OLIVEIRA • ANTONELA CROSARA DE LUCCA • BENÍCIO CAMPOS VINHA • LETÍCIA CRISTINA ESTRELA VIEIRA MATERNAL I ANA CLARA NEUHAUS MORIMOTO • HENRIQUE FERRARESE SANTOS • MALU ARANTES CARDOSO • MARIA CLARA CARVALHO COELHO • MARIA LUISA URBANO TIVERON • MARIA LUIZA TOLEDO GONÇALVES • RAEL GOMES DE ÁVILA DA CUNHA • RAUL CARVALHO DUARTE • SOFIA DE LIMA MACHADO • THÉO NASCIMENTO MONTEIRO COUTINHO • CAMILA TORREGLOSA RUIZ CINTRA • MARIA ALICE CANTARINO PIRES • ARTHUR DUARTE GALLES • MARIA JULIA FERREIRA DA CUNHA • MARIA CECÍLIA MAREGA BARBOSA • LUÍSA SEGAVA KAPPEL • Lucas Caram Miranda Rodrigues • Giovana Sivieri Pulit • Manuela Nielsen de Oliveira Santos MATERNAL II EDUARDO LOPES LÍMIDO • GUILHERME CAMPOS SILVA • LAVÍNIA ALVES GONÇALVES MARTINS • MIGUEL BORGES ANDRADE • PIETRA MONTEIRO CRUVINEL • ANA LUISA BERINGUI GALAN • MIGUEL DA SILVA LIMA MATERNAL II CECÍLIA FERREIRA NUNES • GABRIEL VIDIGAL MOTA • HELOISA TAKATSUCA SODERO • JULIA PEREIRA PONTES • LAURA OLIVEIRA GOMES SILVA • LUIZA CUNHA ZANQUETA • MARIA ALICE SILVA MACHADO • MATHEUS GOMES GONÇALVES • MATHEUS GUAPO PAVARINA FILHO • MIGUEL AUGUSTO OLIVEIRA GOMES • PEDRO HENRIQUE DE O. Z. MAGDALENA • VITOR HENRIQUE CAETANO BORGES • MARIANA GIANI BISINOTTO • FLÁVIO GABRIEL ESTANQUEIRO DE OLIVEIRA • HEITOR LUNA FERREIRA • Pietra Moreira Rocha MATERNAL II ANA LUIZA FERREIRA CAMARGOS • ANTÔNIO SILVA DE FREIRE NETO • ARTHUR ROCHA ARANTES ANDRADE DOS SANTOS • BERNARDO BONTEMPO SAMESINA • DAVI LUIZ SILVA SANTOS • JOÃO PEDRO BERTOLINO OLIVEIRA • LORENZO VELOSO SOARES • MARIO MEDINA SIQUEIRA • NYCOLLAS RAFAEL SOARES BARRETO • VINICIUS ELIAS GONÇALVES • YUMI MARTINS YAKABE • ISIS MARIA THOMAZELLI F. ALVES • THÉO SOUZA COUTO • VALENTINA FARIA RIBEIRO • CAROLINE ANDRADE BRAZ • ANA LIVIA PORFIRIO ALVES EQUIPE DE PROFESSORES E COLABORADORES CAROL BOSCO • LEIA • TATIANE • LÍLIAN • NETA • ELISABETE • CARMEN • MÔNICA • MARIA CECILIA • VERUSKA • ELIANA • MARLENE • AMANDA • ANA ALICE • MARIANA • JULIANA • DÉBORA • JORDANA • LUÍS HUMBERTO • ERYKA • CESARIA • MARQUIANE • CAMILA • SILVANIA • JOHN • NÚBIA • CAROLINA BARROS • EDINA • ROSANE • WILLIAN • ALMIR ALBERTO • ALMIR CÂMARA • LUCAS • FRANCISCA • ADRIANA • SIMONIA • MARIA ISABEL • LILIANE MATERNAL III ALICE DE SOUZA NOGUEIRA • ANTONELLA COSTA SILVA • ANTONIO GOMES RODRIGUES • ATHOS COSTA SILVA • AUGUSTO URBANO TIVERON • BRENO NICOLUSSI AFONSO • BRIAN SULLIVAN FATURETO ABRAO • CECILIA RIBEIRO CARDOSO • DAVI LUCCA SILVA ALMEIDA • IAN NUNES CARNEIRO WANDERLEY • JOAO HENRIQUE MELO DE PAULA • JOÃO PEDRO FERREIRA VIEIRA • JOSÉ RIBEIRO CARDOSO • LEONARDO DE PAIVA MENEZES • MIGUEL ANTONIO PIRES RICETO • MIGUEL DEGANI FERREIRA BARROS • OLIVIA NUNES ANDRADE • PEDRO VICTOR MARQUES DA SILVA • PIETRO SANTIAGO CANCELA • RAFAEL ANTÔNIO REZENDE SOUSA • RAFAEL SIMÕES GOULART TERRA • THEO ARAÚJO DE SOUSA OLIVEIRA • TIAGO CESAR REZENDE ALVES • VALENTINO CÉSAR MONTEIRO OLIVEIRA • VITOR HUGO SILVA 1º PERÍODO ALEXANDRE DUARTE DE OLIVEIRA LOPES • ALICE OLIVEIRA DE SOUZA • BERNARDO EMMANUEL LEMOS DE MELO • EDUARDA ALVES ISIDORO • FELIPE SANTOS PINHEIRO GRAÇA • GABRIEL DE PAULA SOUZA • HELENNA CORDEIRO SAMPAIO FIGUEIRA • ISABELA ELIAS FONTELA • ISABELA MARIA SOLANO LOURENÇO • ISABELLA MENDES ASSIS AGRELLI • ISABELLI CANOVA FERREIRA • JOÃO GABRIEL FOSCARINI RIBEIRO • JOÃO GABRIEL GRIMALDI DE MENDONÇA • JULIAN BARIZON COELHO • MANUELA ALVES SILVA • MARIAH REZENDE VIEIRA SILVA • MATEUS DEGANI FERREIRA PINHEIRO • MIGUEL RODRIGUES PINTO FERREIRA • MURILO MARTINS MARIANO MARQUES • PEDRO MARTINS CORRÊA PINTI OLIVEIRA • PEDRO MOYSES RODOVALHO • RAFAEL DUARTE MACHADO BORGES • RENAN CARVALHO FRANCO • TEÓFILO MATEUS DORNELAS LAMOGLIA • VALENTINA BARROS CORRADINI 2º PERÍODO ALINE VITÓRIA DE JESUS SIQUEIRA • ANA CAROLINA BERBER DE MATOS • ANA LAURA SILVA LACERDA • CLARA DE SOUZA FERNANDES • GABRIEL VINÍCIUS ALVES ROSA • GABRIELA KIOSZ RESENDE PEREIRA • GIOVANNA DUARTE MACHADO BORGES • GUSTAVO ASSUNÇÃO MAIA • GUSTAVO JRAIJ KESRWANI • HELENA FOSCARINI LORENSETE • JOÃO RICARDO FABRE CALDEIRA • LAURA LOPES CARNEIRO • LAURA PERES DE PAIVA • LEONARDO LIMA BARBOSA • LETÍCIA CARVALHO PEREIRA • LETÍCIA MALAGUTI TOFFANO • LUCAS BONONI MIRANDA • LUCAS YAN CUNHA CUBA • LUISA BORGES DE CARVALHO • MARIA CECÍLIA RIPPOSATI OLIVEIRA • MARIAH DEGANI FERREIRA PINHEIRO • MARIAH FREITAS SOUZA ANDRADE BARTONELLI • MELISSA SISCONETTO LAGE • MIGUEL LUIS SILVA BRAGA • SAMUEL MACHADO ALVES 1º ANO ANA LUISA PASSOS DE RAMOS • ANA PAULA MACIEL FRANCO • CLARA DE ÁVILA DIAS RIBEIRO • DAVI RIBEIRO FAINA DUARTE • GABRIEL NOBBIS DOS SANTOS • GIANNA EMILIANE OLIVEIRA • JASMIM BARIZON COELHO • JOÃO FLÁVIO NASCIMENTO RIBEIRO • LÍVIA DE ABREU CARDOSO • LUCAS CANOVA AGUIAR • LUCAS GABRIEL FERNANDES CRUZ • MARIA CLARA RIGLER ARGONDIZI • MARIA LUIZA SANTANA MOREIRA • MARINA ANDRADE BRAZ • MARINA MANZAN OLIVEIRA • MATEUS NOMURA DUTRA • MIGUEL DE ARAUJO RODRIGUES • MIGUEL FERREIRA MARREGA • PEDRO HENRIQUE DA CUNHA FREITAS • SARA OLIVEIRA ALVES MIRANDA • SARA TABAK GARRIDO • SICILIA CIABOTTI NOGUEIRA • VALENTINA OLIVEIRA NASCIMENTO • VINICIUS YAMAMOTO AGUIAR • VITOR HUGO MAZETO DOS SANTOS

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Escola, um lugar de valor


Chegamos a maioridade fazendo valer a nossa existência! 2º ANO ANA CLARA REZENDE RODRIGUES • ANA LUÍSA MADEIRA JARDIM • CÁSSIA REGINA DORNELAS LAMOGLIA • FELIPE BRAGATO BLANCATO • HANNAH RIBEIRO DE MENEZES • HENRIQUE GABRIEL BISINOTO • ISABELA SANTOS FERNANDES • ISABELLE AMARAL GOMES • JOÃO LUCAS DE CARVALHO PIMENTA • LARA HELENA MACHADO POTENTE • LEANDER BORGES DOLINSK • LUANA FERREIRA BORGES MACHADO • LUCAS JRAIJ KESRWANI • MARIA CLARA CARVALHO DE MENDONÇA • MARIA CLARA SIQUEIRA ROSA • MARIA EDUARDA OLIVEIRA MAGNINO • MARIANA RODRIGUES DOMINGOS • MATEUS BONONI MIRANDA • NATHAN ALMEIDA FURTADO • NICOLLY GABRIELLY RODRIGUES DE SOUSA DIONÍSIO • NUBYA ARAÚJO METZ • OTAVIO CESAR MATOS RODRIGUES • PIETRA MARIA DE LIMA FERNANDES • RAFAEL SOARES SANTOS • RAFAELA CAETANO SIMPLICIO • RAFAELLA JRAIJ KESRWANI • THAMIRES BORGES • FABIANO RODOVALHO • VALENTINE FLORENÇA CÂMARA • VITOR HUGO DA SILVA MIGLIORIN 3º ANO AMANDA NICOLLE JESUS SIQUEIRA • ANA CLARA RODOVALHO TEIXEIRA • ANA CLARA SILVA MARINS • ANA FLAVIA CALDONO ALVES • ANA HELOISA TELES BOTELHO DE CARVALHO • ANA JULIA DE CARVALHO OLIVEIRA • ANA PAULA SILVA DE OLIVEIRA • ANNA VITÓRIA HAMADA PARROS • BRUNA DE PAULA RODOVALHO • DANIELA OLIVEIRA QUINTINO • EDUARDA PEREIRA BORGES • EDUARDO JOSÉ DE MORAIS JÚNIOR • EDUARDO PERES ROSA MELLO • EMANUEL DAS MERCES ROOS • EVANDRO JOSÉ DO NASCIMENTO NETO • FELIPE BRAZ CARDOSO JÚNIOR • IAGO HENRIQUE CAETANO SILVEIRA • ISABELA FERREIRA MONTEIRO COUTINHO • JOÃO PEDRO RODRIGUES PINTO FERREIRA • LAIS KIOSZ RESENDE PEREIRA • LAURA CAROLINE FONTINELE CARVALHO • LÍVIA CORREIA RODRIGUES SILVEIRA • LUÍSA BORGES DOLINSKI • LUIZA MARQUEZ SANTOS • MARCELLA ALICE SILVA ALMEIDA • MARIA LUIZA FACHINELLI OLIVEIRA • MARIA LUIZA MONTEIRO OLIVEIRA • RAFAELLA BENETOLO TAVARES • REBECA SOUSA OLIVEIRA • WILLIAM TORQUATO SILVA 4º ANO AMANDA LOPES TOSTA • ANA LAURA OLIVEIRA MACEDO • ANA LUISA GONÇALVES ELIAS • ANA LUIZA CALDONO PAREDES • ARTHUR FERNANDES LOES • BERNARDO FALCONI DE CASTRO FERREIRA GOMES • EMYLLY KETHELLY ALVES MORAIS • FLORENÇA CARNEIRO VALENTIM • GABRIEL DOS REIS SILVEIRA • GIOVANNA ALVES SILVA • ISABELA GIANNASI DE PAULA RESENDE • IZABELLI MARIA MATEUS BATISTA • JOÃO PEDRO PORTO FERREIRA • JOÃO VICTOR COSTA FIGUEIREDO • LUISA BRUM OLIVEIRA • LUISA SOUSA BERNARDES • MANUELA ANDRADE MARÇAL • MARIA CLARA EMÍDIO PENA • PEDRO HENRIQUE SOLANO LOURENÇO • ROGER PRAXEDES DE JESUS • VICTOR HUGO FERREIRA PENA • VINICIUS ALEXANDRE LOPES DE MELO 4 ANO ALEXANDRE HENRIQUE BORGES DE OLIVEIRA • ANA LETÍCIA BALDO DE MELO • ANA LUÍSA ELIAS DE FARIA • ANA LUISA RODRIGUES SILVA • ANA LUIZA DE OLIVEIRA FREITAS • ARTHUR DE ALMEIDA DUARTE • BRUNO RODRIGUES MOARQUES • CAMILA GONZAGA MOREIRA • CAROLINA DE SOUZA GONÇALVES • EMINY MENDONÇA RESENDE BORGES • GABRIEL SANTOS GONZAGA • JOÃO LUCCAS BARBOSA PINTO • MANUELLA BIAZI PERISSÉ DA SILVA E OLIVEIRA • MARCELA OLIVEIRA SOLÉ • MARCELO GUIMARÃES AFONSO FILHO • MATHEUS CORTIÇO DE OLIVEIRA DÓREA • MIGUEL DE MORAES E MENEZES • PEDRO HENRIQUE SILVEIRA SOARES • SABRINA ADJAFRE CUNHA • SABRINA GOMES MARINHO • VICTOR WILSON BORGES DE MORAES CÂNDIDO • YAGO MALDONADO SILVA DA ROCHA • YASMIN NEVES ALKMIM DE SOUZA 5º ANO ABEL OLIVEIRA SOLÉ • ANA LAURA SOUZA • ARTHUR SOARES SANTOS • EMILIA PRADO CUNHA • GABRIEL DE OLIVEIRA MARQUES • HENRIQUE FABRI SANTOS DE FARIA • HIGOR SANTOS BARÃO FOSCARINI • JENNYFER THAMY SILVA BRANDÃO • LUCIANO PRUDENTE ARAUJO • LUIS EDUARDO VITOR RESENDE CAIXETA • PEDRO DE ARAUJO RODRIGUES • PEDRO HENRIQUE BERNARDES BIZARI • PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA • VICTOR HUGO PEREIRA LEAL • VICTOR HUGO RODRIGUES DOS SANTOS • VITOR AUGUSTO BARCELOS 6º ANO ANA SOFIA GOMES DE SOUSA MIQUELINO • ANTONIO DIOGO VASCONCELOS GUIMARAES NEVES • ANTÔNIO FRANCISCO DIAS CARVALHO • ÉRIK REIS FRANCIOLI RANGEL • GABRIEL PONCIANO DELDUQUE • JOÃO MATHEUS SOLANO LOURENÇO • JOÃO VÍTOR DESIDÉRIO OLIVEIRA • MANUELA SOUSA MIRANDA • MARCUS VINICIUS CARVALHO ROCHA • MARIA LUIZA MACEDO GUIMARÃES • MATHEUS DUHAU MANHÃES MACÊDO CARDOSO • MEL MEDINA SOUZA • MURILO HENRIQUE FÁVARO DE OLIVEIRA • PEDRO LUCAS PONCIANO SILVA • SOPHIA GOES DE SOUZA • YORAM MALDONADO SILVA DA ROCHA 7º ANO ALESSAH QUIRINO VIEIRA DE MORAIS • ANA FLAVIA DOS REIS BERNARDES • ANA LETÍCIA TAVARES DA SILVA • ANGÉLICA EMANUELLE SOARES DO CARMO • ARTHUR ELIAS FONTELA • BRUNO BARCELOS CAVALCANTE FERREIRA • DAYANE BLENDA FERREIRA AFONSO • EDUARDO CÉSAR SILVA BESSA • ELISA RIBEIRO DA COSTA • GUSTAVO APOLÔNIO GONÇALVES • ÍGOR FELIPE CAETANO SILVEIRA • JOÃO VICTOR ALVES DE OLIVEIRA • JÚLIA CHAGAS CÂMARA • LARA APARECIDA DA SILVA CARVALHO • LARISSA OLIVEIRA DE ARAUJO • LAURA SILVA THOMAZINI • MANUELLA STEPHANI ARAUJO • MARIA CLARA DAS NEVES SILVA • MARIA FERNANDA MANZAN OLIVEIRA • MARIA FERNANDA RIBEIRO FAINA • MARIA LUÍSA MARINHO RIBEIRO • MATHEUS FRAZÃO RODRIGUES • MATHEUS HENRIQUE MELO CUCIO • PEDRO FLÁVIO NASCIMENTO RIBEIRO • YASMIN MALDONADO SILVA DA ROCHA 8º ANO AMANDA GONÇALVES DE MELO • ANANDA DE ARAUJO RODRIGUES DA CUNHA CAIXETA • ANNA JULIA DE PAULA MARQUES • ARTUR TOMAZ RIBEIRO • BEATRIZ LOPES DE OLIVEIRA • CAROLINE MINGUIM DE MELO • EDUARDO LOPES DOS SANTOS LAMOUNIER MORAIS • ELIS MAEDA SILVA • ERICK HENRIQUE SOARES FERREIRA • FELIPE MIRANDA IBRAHIM • GABRIEL FARNEZI SANTOS • GABRIEL OLIVEIRA BORGES SILVA • GABRIELA GOMES E SILVA • GIOVANNA CANOVA AGUIAR • JENNIFER RIBEIRO DE MENEZES • JOÃO LUCAS FERREIRA BORGES RODRIGUES • JOÃO VITOR DEODATO DIAS FERREIRA • JOSÉ VICTOR MARQUES DA SILVA • LAIS EUZEBIO OLIAR PENA • Lourenço Hamdan Quirino Costa • MARIA EDUARDA CAETANO MARINELLI • MATHEUS ALEXANDRE LOPES DE MELO • PEDRO HENRIQUE JOCA DE MELO • SAMUEL DE OLIVEIRA MARQUES • VINICIUS MINGUIM SUZUMURA • VITOR HECTOR REZENDE DE OLIVEIRA • YURI EDSON DA SILVA FONTENELE BRANDOLIS • 9º ANO ALINE DOS REIS LACERDA • ANA BEATRIZ SERVO COSTA • ANA GABRIELA DIAS CARVALHO • ANA LUIZA GIANNASI DE PAULA RESENDE • ANTONIO AUGUSTO COELHO FELICIANO • AYMÊE BASTOS DE OLIVEIRA • BIANCA DESIDÉRIO OLIVEIRA • BRUNO SILVA THOMAZINI • DANYELLA DOS REIS BERNARDES • GABRIEL MAEDA SILVA • JENIFFER RAIÇA RAYMUNDO DE ALMEIDA • JOÃO FILIPE AZEVEDO ROCHA • MARIA EDUARDA AMARAL MEDRADO • MATHEUS HENRIQUE DOMINGUES DE LIMA • PEDRO HENRIQUE DE LIMA FERREIRA • RAYSSA BRENDA NUNES DE AZEVEDO • RODOLFO SOARES JUNQUEIRA • THIAGO GOES DE SOUZA • VITOR LUIZ LOPES NETO • YASMIN OLIVEIRA PEREIRA

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Caro (a) leitor (a),

Editorial

O filósofo Confúcio já dizia, escolha um trabalho que você ame e não terá de trabalhar um único dia de sua vida. Talvez por isso, o Colégio F.A.S. tenha se consolidado em base tão sólida. Afinal, essa é uma instituição de ensino marcada pela confiança e pelo trabalho de profissionais da Educação que a ele se dedicam diuturnamente, apesar das dificuldades. Essa é uma Escola de Valores liderada por pessoas que acreditam no que fazem, conscientes de onde querem chegar. Cada um a sua maneira, com suas expertise e vivências, porém, com o mesmo horizonte: aprender, crescer e compartilhar juntos. Com a 9ª edição desta publicação: “Escola, um lugar de valor”, o Colégio F.A.S. comemora seus 18 anos, mais de uma década superando desafios em prol de novas conquistas e resultados maiores. Na incrível jornada da vida, que engloba o trabalho, os amigos, a família, as conquistas, a rotina e tudo o que fazemos, as falhas foram inevitáveis, mas a vontade de seguir e de superar, aprendendo inclusive na adversidade, tem sido preponderante. Visto que, todos estamos em constante formação e transformação. Nossas experiências é o que têm nos fortalecido. E mesmo sabendo que estamos em direção ao processo ideal dos direitos de aprendizagem temos consciência de que devemos continuar em busca do crescimento, conquistando novas etapas e aprimoramentos. Devemos continuar acreditando que a aprendizagem mais importante para o educador é aprender a aprender, e é por esse motivo que estamos nesta caminhada, repleta de conquistas e saber. Sigamos assim, sempre confiantes e aprendendo! Francisca Elineide Câmara Alberto Direção Colégio F.A.S.

Educação Infantil Ensino Fundamental

Expediente Unidade I - Rua Vital de Negreiros, 25 - Fabrício - (34) 3313-9263 - Uberaba(MG) Unidade II - Rua Padre Zeferino, 1145 - Fabrício - (34) 3322-6249 - Uberaba(MG) Direção Colégio F.A.S. Francisca Elineide Câmara Alberto Coordenadora Pedagógica Simonia C. Tomaz Manzan Coordenadora da Área de Esportes Adriana de Macêdo Designer Gráfico Alex Maia - alexesmmaia@gmail.com Jornalista Responsável Millene Borges MTE/MG 07628 borges.millene@gmail.com Tiragem- 3 mil exemplares Fotos: Arquivo Colégio F.A.S., Doris&Doninetti Studio Photo e Internet Impressão: RB Digital

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“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar” Francisca E. Câmara Alberto Há dezoito anos ousamos e idealizamos construir um espaço de educação diferente, com o grande desafio do século XXI, quase uma utopia, em que as referências e os valores se transformam continuamente, desenvolver em nossos alunos o pensamento crítico, ético e cívico que permitisse conciliar a mudança e a permanência, foi nosso principio e será sempre o nosso objetivo. Acreditamos que nossa história seria escrita por pessoas que gostasse de gente, como “Paulo Freire afirmava que professor precisa gostar de gente, caso não goste, não pode ser professor”, esses são os profissionais que nos ajudam a escrever diariamente esse livro chamado educação. Dar afeto, vibrar com a conquista do outro, acolher, transformar dores em alegrias, são privilégios dos humanos; somos uma escola que seu diferencial está nas relações humanas porque estamos em constante construção e somos capazes de transformar a sociedade para o bem. Apesar da maior idade, ainda engatinhamos no quesito educação, Esopo nos ajuda a definir nossa trajetória, “porque ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar”! Direção

Francisca Adriana Simonia

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Os dois lados da “moeda” Está na hora de rever conceitos e mudar nossa postura perante a sociedade. Não existe um pequeno ou grande crime, e sim crimes que são cometidos lesando e proporcionando prejuízo alheio. Carolina B. Silva. A criminalidade e a violência são umas das maiores preocupações nos dias atuais, gerando sentimento de medo por nós, pela família e amigos. Vivemos em um mundo, em que, nos submetemos a ficarmos trancados em casa e privados de algum lazer por temer pelo bem estar. O medo muitas vezes sufoca nossa liberdade de ir e vir. Para defesa desse mundo, tomamos vários tipos de precauções como instalação de alarmes, câmeras e a realização de contratos de seguros. O que antes se faria na rua, como compras e pagamentos, hoje é feito em casa pela internet. Mas este tipo de violência não deve ser a única preocupação, pois ela vem se adaptando e entrando em nossas casas e vidas de forma sorrateira, e são denominadas como fraude e estelionatário. Estes meios estão ficando comuns em nosso cotidiano e por equivoco associamos geralmente a grandes atos políticos para alavancar votos, com manipulação de informações, fraudes financeiras, em que, são desviados milhões de reais ou dólares, e não percebemos o perigo que corremos a cada assinatura e dado fornecido sem a devida informação. Estamos expostos a este tipo de crime a todo o instante e uma das vias que facilita este mecanismo é a internet, o que deveria ser uma ferramenta segura de comunicação, informação e movimentação comercial, se tornou um instrumento passível a fraude e estelionato.

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Fornecemos os dados sem hesitar, quando vemos aquela promoção em um site ou baixamos aquele filme que tanto queríamos assistir, não conhecemos o site, mas por que não? Com estes atos estamos sujeitos a solicitar um produto e receber outro diferente do anunciado, baixar vírus que danificam o aparelho ou até mesmo ficando suscetíveis a fornecer todos os dados para que um “hacker” consiga negativar sua conta bancária ou se infiltrar e obter informações em seu computador. De acordo com o ZH- Jornal do RS, em 2015, mais de 90 pessoas são vítimas dos mais variados tipos de fraudes cibernéticos no Brasil, em um ano foi registrado um aumento de 500% em crimes virtuais2013/2014. Para evitar desconfortos, são necessárias atitudes simples de segurança como: certificar-se da credibilidade dos sites, não fornecer dados pessoais, não usar senhas fáceis e atualizar sempre o sistema antivírus. Mas existem inúmeras formas de fraudes, em que, lesamos outrem em

benefício próprio, praticamos no coti- dade, afinal não existe um pequeno diano, e que infelizmente já se torna- ou grande crime, e sim crimes que são ram culturais. Quando você foi naque- cometidos lesando e proporcionando le clube ou cinema e ficou sabendo que prejuízo alheio. O ponto chave é ter com a carteirinha de estudante con- cautela para não ser a vitima e se poliseguia desconto e mesmo não sendo ciar para não ser o infrator. estudante, você tem aquele amigo que Referência: consegue rapido esse favor para você. TONETTO, Maurício. Fraudes Sim isso é fraude e muitas vezes são virtuais crescem 500% em um ano no Brasil; saiba como se defender, 2015. ensinadas para filhos e/ou amigos com Disponível em:<http://zh.clicrbs. tanto orgulho. com.br/rs/noticias/noticia/2015/07/ Uma forma comum de estelionato fraudes-virtuais-crescem-500-emsão os cheques sem fundo, o que nosso um-ano-no-brasil-saiba-como-sedefender-4792272.html. Acesso em: projeto econômico encontrou para de15 de agosto. de 2016. senvolver a econômica e facilitar pagamento, foi rapidamente transformado por pessoas de idoneidade duvidosa, em mecanismos de obter vantagem de forma ilícita para si com prejuízo alheio. Bacharel em A fraude vai mais a fundo, entra- Administração nhada em nossa sociedade, intimae Pós mente ligada a ações que tiramos pe- Graduanda em quenas vantagens, mas que a nosso ver Controladoria não vão criar problemas para ninguém. e Finanças. Atua Está na hora de rever conceitos e como Secretária Colégio F.A.S. mudar nossa postura perante a socie-

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do Simonia C. Tomaz Manzan A palavra “educação” em seu sentido etimológico é sinônimo de ação, de criar ou de nutrir; é cultura e cultivo. Ela indica um processo e um efeito. Essa relação designa no contato e na convivência com o outro. Cultivar e nutrir ações faz parte do cotidiano do professor que ao planejar suas práticas embasadas nas diretrizes básicas, busca na transcendência a essência de cada ser aprendente que faz parte do processo edu-

de amor incondicional ao ser humano em sua totalidade, pois não há condições que supera a alegria do ato de aprender. de brincar, porque mesmo com o passar dos tempos haverá sempre uma criança dentro de cada um. de criar, pois a criatividade é a ferramenta que mantém viva a qualidade do saber. de dividir, para que o egocentrismo seja apenas uma fase no desenvolvimento infantil. de esperança , para que o desânimo e a descrença não impeça o crescimento e aperfeiçoamento.

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cacional. O desejo de ser um professor mestre e sábio, ultrapassa as inúmeras metodologias, teorias, guias e receitas. A persistência supera fatos e boatos e a iniciativa se torna precursora da educação. Podemos transformar em palavras nossos pensamentos e em ações as nossas palavras. É com as palavras do nosso ABC, que caminharemos juntos ao encontro de um saber que tenha eternamente um sabor de emoção...

de família, pois este é o elo da criança e do adolescente com a escola.

de gratidão por tudo e por todos que fazem parte da nossa jornada de vida. de humildade, para aceitar nossas limitações e as dos outros.

de imaginação, para manter viva a chama do desejo e da criação.

de Jesus, como fonte de energia, fé e exemplo de amor.


de tentativas, para nunca desistir nos primeiros obstáculos. de “Kisses e Kisses”, porque em qualquer língua um carinho é sempre bem-vindo.

de liberdade, para ser o construtor da sua própria história.

de unidade, para se chegar a totalidade.

de vitória, para compensar todos os esforços. de multiplicar saberes e conhecimentos.

de novidades, pois é preciso inovar sempre.

de “Work”, porque o trabalho em qualquer idioma dignifica o homem.

de xodó, pois um “mimo” nunca é demais. de olhar, para ver além das aparências.

de perdão, pois o erro assumido é sinal de amadurecimento espiritual.

de qualidade, para garantir o sucesso em todas as ações.

de Yin e Yang porque a força essencial do universo está na dualidade intrinsica de cada um. de zelo, pois recordando Içami Tiba: “Quem ama educa! E educa cuidadosamente.

de respeito a sim mesmo e a diversidade.

de saudade, para quando o adeus ou até breve for necessário.

Graduada em Pedagogia, Supervisão e Orientação Escolar, Psicopedagogia, Neuropedagogia e Educação Inclusiva. Atua como Coordenadora pedagógica no Colégio F.A.S.

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Cesaria Nuñez Uberaba, 28 de Outubro de 2017. Estimados Pais e Familiares: Hoje em dia com os celulares e internet neste mundo tão globalizado, onde as distancias se tornam curtas pela velocidade da comunicação, as cartas são cada vez menos utilizadas. Apesar disso, vou me utilizar deste meio para relatar o desenvolvimento de algumas atividades que seus filhos desenvolveram nas aulas de espanhol. Quero lhe convidar para uma grande viagem pelo universo hispano. Provavelmente já me conhecem, sou Cesaria Núñez a professora desta pessoinha tão especial que é seu filho (a), neto (a), sobrinho (a), Hermano (a) ou um amigo (a).. Vamos lá? Olhe! No 5º ano fizemos o primeiro projeto de leitura e produção de um conto espanhol. Foi uma belíssima releitura de Chapeuzinho Vermelho. Os alunos acompanharam a leitura original do conto, em seguida, criaram novas versões dessa história e as registraram no papel, juntamente com ilustrações desenhadas e coloridas por eles. Ficaram charmosos estes livros! Ainda nesta turma, trabalhamos ludicamente o conteúdo sobre moradia. Cada aluno pode registrar em espanhol os ambientes de suas próprias casas, destacando seus objetos preferidos em cada um destes espaços. Enquanto no 5º ano trabalhamos o conto, no 6º desenvolvemos histórias em tirinhas de

Las tiras cómicas 6º ano

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personagens muito conhecidos como: Gaturro, Mónica y su pandilla, Mafalda e Mortadelo y Filemón. Você vai gostar do resultado! Trabalhamos nesta mesma turma, pintores hispanos. Os alunos prepararam apresentações sobre a vida e obra destes gênios da pintura e fizeram uma releitura de grandes e importantes obras. Conhecemos mais profundamente sobre a vida dolorosa de Frida Kahlo, do universo psicodélico de Salvador Dalí, Juan Miró com seu mundo colorido, Pablo Picasso com a expressiva obra de Guernica, que retrata os efeitos da guerra em uma população; Goya, Lúcio Muñoz e Fernando Botero, com seu inigualável apreço pela forma exagerada. Foi muito produtivo trabalhar com este tema.

Los pintores españoles 6º ano

Caperucita de colores 5º ano


Alfajor Argetino

Cuaderno de receta 7º ano

Las comidas - Tacos 7º ano

Tacos Mexico 7º ano

Las comidas -Alfajor 7º ano

Las comidas - Empanadas 7º ano

Viajes 7º ano

No 7º ano navegamos pelos oceanos até chegar na Espanha. Viajamos desde Sevilla, Murcia, Barcelona, Zaragoza, Segóvia, Santiago de Compostela, Salamanca e Toledo. Conhecemos a cultura, comida, dança e a linda e imponente arquitetura europeia. Para não ficar somente em conhecer a história destes lindos lugares, a turma também desenvolveu um belo trabalho sobre comidas hispanas, foi delicioso! Experimentamos o Alfajor e as empanadas da Argentina, os tacos do México, o churros com Chocolate da Espanha. Foi um verdadeiro trabalho gastronômico. Hummm!!! Como culminância desta atividade, os alunos produziram cadernos de receitas. Aproveitem para desfrutar de todas estas delicias com a ajuda da turma nota 10 do 7º ano.

Alessah cantando- Despacito 7º ano

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Também viajamos no mundo das festas típicas espanholas com a turma do 8º ano. México - com a festa dos mortos. Foi lindo ver o que estes alunos produziram, tinha até altar e pão do morto, que delicia! Esta festa é para homenagear e lembrar-se dos entes queridos. Chile – Festa da Vendimia, para Feria de Sevilla 8º ano brincar e comemorar a colheita das uvas que produzem os mais belos vinhos do país. Os alunos representaram por meio de competições semelhantes as que acontecem no país. España - Tomatina – Festa de arremesso de tomates, muito divertida, se parece com um carnaval de rua, porém todos sujos com os tomatassos. Toradas – San Fermín, lindo foi ver a representação dos alunos caracterizados e animados para explicar como Fiesta de la Vendimia 8º ano acontece esta festa. Seis Touros são soltos em uma rua e percorrem 800m atrás de pessoas, até chegarem à arena onde começa o duelo entre Touro e Tourero. Hoje em dia, em várias regiões da Espanha, esta festa está proibida em virtude da crueldade com os animais. Feria de Sevilla – As alunas se vestiram adequadamente e coloridamente para desfilarem pelas ruas e comemorar nas “Casetas” a chegada da primavera. A turma deu um espetáculo de festas! Construíram o molde das casas que são chamadas de Casetas. Fiesta de Los muertos 8º ano

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Fiesta de la Vendimia 8º ano

Las Toradas 8º ano


E para terminar a sequência das turmas, no 9º ano fomos agitados e quebramos o rebolado. Trabalhamos com canções hispanas. Os alunos escolheram os cantores, a música e fizeram uma biografia de seu cantor. Traduziram as musicas para o português e apresentaram a versão original. Teve cantor para todo gosto: Enrique Iglesias, Shakira, Luís Fonsi, Julio Iglesias, RBD, Maluma, Rick Martin, Mercedes Sosa, Camila Cabello, Don Omar e Anahí. Foi legal demais este trabalho! Então já é hora de encerrar esta carta, senão virará testamento. Quero dizer que gostei muito de ter instruído estas atividades e ver que o resultado sempre vale a pena, que nos surpreendemos. Muito obrigada aos alunos por se dedicarem, e também aos pais e responsáveis por apoiar e incentivar seus filhos nestes momentos que ficarão registrados para sempre. Um grande abraço, Cesaria Núñez Professora de Espanhol

Graduada em Letras (Português Espanhol) e Pós graduada em Docência na Educação Superior UFTM Professora de Espanhol no Ensino Fundamental II do Colégio F.A.S.

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Por todos os lados!

Jordana H. Dornelas Lamoglia Das redes sociais ao cotidiano da galera que curte a conversação através de imagens, os emojis estão fazendo valer a expressão popular do filósofo chinês Confúcio - “Uma imagem vale mais que mil palavras”- confirmando o poder da comunicação através das imagens que acontece desde os primórdios da civilização humana. Que eles estão por todos os lados nas conversas e mensagens todo o mundo já sabe. “Todo o mundo” mesmo. Mundialmente conhecidos e utilizados, os emojis foram criados no Japão na década de 1990, por Shigetaka Kurita, um dos membros da NTT DoCoMo – prin-

Preferências ao redor do mundo

Emojis favoritos ao redor do mundo (Foto: Divulgação/ Facebook)

Diferenças a parte, os símbolos se apresentam distintamente em outros países. O emoji preferido em países como Brasil, França, Inglaterra, Canadá e Tailândia é o de coração e suas variações. Na Índia, Indonésia, Austrália, Egito e Estados Unidos os “rostos” sorrindo, mandando beijo e ‘Sorriso com Lágrimas de Alegria’ são enviados com mais frequência.

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cipal empresa de telefonia móvel do país. Mas o que alguns ainda não sabem é que eles têm suas particularidades. Para começar, vamos entender o que é: Emoji é uma palavra composta pela junção dos elementos e (imagem) e moji (letra), e é considerado um pictograma ou ideograma, ou seja, uma imagem que transmite a ideia de uma palavra ou frase completa. São utilizados constantemente nas interações online expressando sensações, desejos e emoções, substituindo palavras ou até mesmo textos. Tanto que o foi a “palavra” mais falada no mundo em 2014. Já em 2017, para comemorar o Dia Mundial do Emoji que acontece no dia 17 de julho, o Facebook reuniu os emo-

jis mais usados pelas pessoas ao redor do mundo, tanto na rede social, quanto no Messenger. Entre os desenhos campeões de uso dos últimos dias, estão os emojis ‘Sorriso com Lágrimas de Alegria’ – no Facebook – e ‘Sorriso com olhos de coração’ – no Messenger. Os brasileiros, por sua vez, têm como favoritos os emojis de ‘Sorriso com olhos de coração’ e o de ‘corações’.

Emoji day Facebook (Foto: Divulgação/Facebook )

Dúvidas e confusões Os símbolos que se tornaram um fenômeno no mundo e caíram tanto no gosto da galera que, hoje, são essenciais para algumas pessoas, transformando a troca de mensagens em algo muito mais divertido e expressivo. Usamos tanto que é como se já estivéssemos escrevendo e falando em “emojês”. Na época, o pai dos emojis, desenvolveu os pictogramas pretendendo adicionar emoção às mensagens e evitar ambiguidades, tão comuns no universo digital. Mas, o que estamos vendo acontecer é uma “bagunça perfeita” quando se trata de usar esses ícones. Além de aparecer de forma diferente dependendo da plataforma em que está sendo usado, muitos usuários não sabem dos significados distintos aos que aparentam ter. E em algumas conversas alguns mal-entendidos podem surgir. Aconteceu com Osiris Aristy, um garoto de 17 anos, morador dos EUA, que quase foi parar na cadeia por uma escolha ruim de emojis. Em janeiro de 2015, publicou no Facebook uma série de frases do tipo “sou um garoto rebelde” e finalizou um dos posts com três ícones:

o rostinho amarelo de um policial e dois revólveres apontados para ele. Após três dias, a polícia o levou para a delegacia sob acusação de ameaça terrorista – crime que pode render até sete anos de prisão nos EUA. Entra aí a Emojipedia, a grande autoridade nesse assunto. Ela é o maior banco de dados dos pictogramas na atualidade e, também, destino de muitas solicitações para a criação de novas figuras. Um guia completo online, criado por Jeremy Burge, que funciona como um dicionário, especialmente para quem quer conhecer, entender e usar emojis da forma mais prática e eficiente possível. Nesse guia, você encontra a origem, o nome oficial de cada um e algumas definições de emoticons, que não são exatamente o que parecem ser. Você ainda pode explorá-los por categoria e saber como são usados em cada plataforma. Segundo a Unicode Consortium, organização que regula a codificação na internet, o mundo tem mais de mil ícones catalogados. E outros novos vão surgindo todos os anos.


Versão escrita, ilustrada e cheia de significados Apaixonados pela nova forma de conversação e empenhados em mostrar que nem tudo é o que parece ser, nesse universo “emojizado” que estamos vivendo, a turma do 5º ano do Colégio “F.A.S.”, reuniu alguns ícones para apresentar-lhes uma amostra da Emojipedia numa versão escrita.

Trabalhando interdisciplinarmente com as línguas inglesa e espanhola, o resultado é um dicionário de imagens, significados, nomes oficiais em português, inglês e espanhol. Afinal, é uma comunicação universal. Além dos ícones conhecidos outros foram criados e “batizados” pelos próprios alunos.

Epa!…

Você sempre mandou aquele emoji com significado errado. E agora? Calma. Aproveite nossa matéria para praticar melhor o emojês.

Smileys e Emojis

Muitos pensam que apenas as carinhas amarelas chamadas “smileys” são emojis. Nada disso! Os emojis são como uma biblioteca de várias imagens que incluem flores, mãozinhas, bandeiras, corações, animais, objetos e, também, smileys (retratando emoções) que não precisam ser escritos em palavras. Acredita-se que tanto smileys como emojis são um alfabeto de emoções e de imagens que as palavras não conseguem d(escrever).

Alguns emojis e seus significados Expressar súplica ou oração. É relacionado também ao tocar de mãos, um “high-five” Esse gesto com as mãos é usado na cultura japonesa para mostrar agradecimento e gratidão, especialmente por refeições.

Como um “sujeito pensativo” ou também como síbolo da expressão “forever alone”.

É um sinal de respeito, e faz referência à pratica japonesa de se ajoelhar e mostrar reverência a alguém importante.

Como se ela estivesse colocando as mãos na cabeça como uma bailarina na quinta posição, ou em sinal de reverência.

Os braços estão acima de sua cabeça, porque está fazendo um sinal de OK como todo o corpo (ou seja, um círculo, ou grande “O”).

Os usuários usam em referência a estrela cadente.

Foi criado para representar um mal estar, como na expressão, “ver estrelas”. Esta analogia é frequentemente utilizada em desenhos. A menina de rosa com a mão do lado do rosto é como se falasse “eu sou melhor que você”.

“Como posso te ajudar?” é isso que estava na cabeça dos criadores desse Emoji.

Mais um Emoji que pe usado para expressar um momento ruim, seja de saúde, como resfriado ou tristeza. Foi criada para expressar cansaço ou sono, e a gota caindo seria a “baba” de uma pessoa que não consegue se manter consciente.

Adaptado de https:// socialtrending.com.ve/2014/08/20/ infografia_social_media_whatsapp/

Graduada em Letras e PósGraduada em Língua Portuguesa e Supervisão Escolar Professora de Português, Matemática e Ciências do 5º ano no Colégio F.A.S.

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O que sabemos e o que queremos saber? Tecendo caminhos pela curiosidade e conhecimento científico

Dinossauros

Carmen Lúcia Joca de Melo “Não é só desenhar por desenhar, é desenhar para possibilitar novos desafios.” O desenho tem papel fundamental na formação do conhecimento e requer grande consideração no sentido de valorizar o que a criança fez e o que a partir de um desenho podemos fazer. Ao desenhar o aluno desenvolve a auto expressão e atua de forma afetiva com o mundo, opinando, criticando, sugerindo, através da utilização das cores, formas, tamanhos, símbolos, oralidade, entre outros. Ao desenhar a criança expõe a sua produção artística e valoriza o sentimento de apreciação - respeito pelo o que o outro faz.

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As nossas aulas de artes têm um suporte pedagógico que acompanha o material apostilado adotado, mas também abre caminhos para a construção de desejos e conhecimentos que surgem de dentro para fora, ou seja, da expressão livre do pensamento. Como depoimento, segue a importância desse momento na vida de nossos alunos: Em um dia de atividade convidei-os a expressarem seu pensamento através do desenho. Permiti a cada um que fechasse os olhos por alguns instantes e que naquele momento pensassem em algo que gostariam de registrar pelo desenho e ao abrirem os olhos o fizesse na folha chamex. Assim de maneira espontânea um aluno representou o Dinossauro com ênfase na sua fala e riqueza de de-

talhes em seu desenho que despertou a atenção e curiosidade dos colegas e qual não foi a surpresa que em instantes estavam trocando ideias sobre os dinossauros: Quem já havia visitado Peirópolis, o que haviam encontrado lá, sugestão de filme entre outras ideias. E essa aprendizagem tão significativa proporcionou no decorrer da semana livros que foram trazidos pelos alunos e animais de brinquedos apresentados a turma. É preciso desarmar algumas de nossas ações, para deixar falar a voz da curiosidade, da transformação, da aprendizagem para que estas possam fluir de maneira espontânea e ao mesmo tempo com o suporte de uma escola – ou seja a curiosidade associada ao conhecimento.


Partindo desse ideal e da sensibilidade de nossas crianças onde o desenho foi o eixo norteador para o planejamento e estruturação de um projeto que teve como nome: O que sabemos e o que queremos saber? Tecendo caminhos pela curiosidade e conhecimento científico – Dinossauros. As crianças demonstraram empolgação pelas atividades propostas. A interdisciplinaridade foi abraçada pelo grupo de profissionais que assistem os alunos, visto que tal postura garantiu a construção do conhecimento de maneira completa, a integração dos conteúdos, aguçando novas saberes e práticas diferentes. Os professores incentivaram a construírem relações entre os diferentes conteúdos. E essa prática teve um saldo positivo, pois perceberam a relação de afinidade no contexto escolar. “A criança, o jovem e o adulto aprendem quando o conteúdo do ensino é significativo para eles”. “O aprendizado envolve emoção e razão no processo de reprodução e criação do conhecimento.” Nas aulas de língua inglesa teve o

conhecimento de uma música adaptada e associada ao tema – dinossauro. As crianças demonstram prazer por outra língua e gostam de mostrar novas aprendizagens e assim se sentem importantes perante nós professores e também as famílias que sempre elogiam essas conquistas apresentadas pelos seus filhos. “Cuidar da saúde é muito importante para viver bem e melhor. Enquanto escola valorizamos a atividade física para o desenvolvimento físico e metal, além de ajudar a melhorar o desempenho escolar.” Nas aulas de educação física brincadeiras com movimento e acessórios sobre os dinossauros também proporcionou novos conhecimentos e habilidades. Fortalecimento dos ossos, articulações, atenção, equilíbrio, velocidade... O benefício aconteceu porque o exercício físico além da parte motora ajudou nas habilidades de cognição. E ainda a parceria importante da professora de laboratório de ciências tecendo informações e curiosidades sobre o tema, uma experiência vivida dentro

de um conteúdo específico. Não poderíamos deixar de registrar as atividades em sala com a professora regente (desenhos feitos por cada aluno, observando formas definidas e detalhes das apresentações feitas, produção de frases e textos, observação de animais em miniaturas, debate sobre o tema em estudo, filme, produções artísticas, entre outras). “Eu, você, nós construindo o saber sobre os Dinossauros. E para você leitor, fica a dica os dinossauros nos ensinam que precisamos enfrentar nossos medos – o diferente aos nossos olhos para seguir em frente e deixar registrado nossas marcas.” Formada em magistério, Graduada em Pedagogia e Pós Graduada em Psicipodegagia Professora Regente do 1º ano Ensino Fundamental I no Colégio F.A.S Escola, um lugar de valor

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Tirando de letra Veruska Carvalho Assunção Desde o início da vida escolar, os estudantes têm contato com diversos tipos de textos. Nos primeiros anos, além de ser um caminho para a alfabetização, o contato com portadores de textos, principalmente os livros, faz aumentar o gosto pela leitura. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o trabalho com a diversidade de gêneros textuais precisa se ampliar, pois é essa variedade que vai oportunizar ao aluno, além de desenvolver muitas outras habilidades, sistematizar e internalizar as regras gramaticais bem como reconhecer as características dos gêneros textuais e, assim, saber utilizar os elementos certos quando for preciso ler e/ou produzir qualquer tipo de texto. Na turma do 3° ano, os alunos leem e também escutam a leitura que outros colegas e a professora fazem e, assim, através de diversas atividades práticas e prazerosas, compreendem a função social de cada um dos gêneros textuais estudados.

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Um ano não é um tempo suficiente para estudar e para aprender a produzir todos os tipos de gêneros textuais, mas a turma do 3° ano já produziu ou pelo menos já puderam conhecer as estruturas (ou características) e intenções de vários tipos e/ou gêneros textuais. Além da leitura e análises constantes de jornais e revistas, os alunos consultam diariamente o dicionário e, instigados por essa prática produziram um “Dicionário maluco”. Os alunos também produziram um cartão postal à partir da visita à pontos turísticos da cidade.

Sobre o tão conhecido conto maravilhoso “Chapeuzinho Vermelho”, já foi criado o filme “Deu a louca na Chapeuzinho” e, após assisti-lo, os alunos criaram coletivamente, uma sinopse bem como criaram, também coletivamente, uma poesia a partir da música “Se essa rua fosse minha” Tão importante quanto, é o belo trabalho com Histórias em Quadrinhos (HQ) e cartuns. Com apoio e incentivo do famoso cartunista Toninho, cada um dos alunos produziu uma HQ. Além dos já citados, o Sistema Po-

sitivo de Ensino através do sistema de apostilamento (o qual o Colégio F.A.S. utiliza) selecionou outros gêneros tais como teatro e fábula, os quais os alunos estudam de forma prática e lúdica com apoio e incentivo da professora regente. O trabalho com diferentes textos acrescenta sentido e valor ao aprendizado dos nossos estudantes e, as quatro competências ler, ouvir, conhecer e produzir gêneros textuais, se solidifica ainda mais preparando-os para o estudo significativo e à prática eficiente no dia a dia e nos próximos anos escolares.

Veruska é graduada em Letras (Português e Inglês), PósGraduada em Leitura e Escrita como Prática Social e professora do 3° ano no Colégio F.A.S.

Eliana Amaral Santos Alves é monitora do 3º Ano do Colégio F.A.S. Graduanda em Pedagogia.

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Corpo, movimento e ludicidade

na educação infantil

Ana Lucia G. de Sousa Miquelino É importante entender que numa visão humanista, a educação sempre se preocupou com as questões afetivas e cognitivas, porém sabemos que o ser humano em sua relação social e de vida está sempre em movimento, a nossa vida é movimento. Como é que a escola trata essas questões do corpo e do movimento? E qual a relação que o corpo e o movimento tem com o ensino e a aprendizagem? E para pensarmos um pouco mais sobre isso, temos que estudar mais a fundo as relações do homem, do corpo e do movimento. É principalmente na escola de educação infantil, que o corpo e a mente devem ser valorizados da mesma forma e desenvolvidos, para que a escola ofereça ao aluno essa visão tão importante, que é o desenvolvimento global do ser humano, para que se desenvolva nos aspectos afetivos, cognitivos e psicomotores.

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Sabemos que a aprendizagem cognitiva, começa antes dos dois anos, e que se for trabalhada de forma correta, equilibrada valorizando o desenvolvimento infantil, com certeza vamos poupar muito trabalho na educação formal. Quando falamos em movimento do corpo, estamos falando de cem por cento das suas atividades, não existe educação infantil sem movimento, sem que as crianças tenham uma relação maior com o mundo, com o ambiente e com os objetos. Na educação infantil elas possuem toda relação do conhecimento, a partir das vivencias, das brincadeiras, portanto trabalhar com crianças requer que seja trabalhado o movimento. Nós, professores da educação infantil, temos que ter cada dia mais a consciência dessa interdependência que existem entre o corpo, a mente e o ambiente. Assim, nós conseguimos com que os alunos aproveitem mais as ações pedagógicas

propostas na escola, e que os educandos consigam se relacionar melhor com os objetos, ou seja, aprender de uma forma mais lúdica desenvolvendo em plenitude suas habilidades. Muitas vezes quando observamos as crianças brincando em sala de aula, parece que aquela atividade é pura brincadeira, porém com a prática pedagógica sabemos que na educação os jogos e o brincar, possuem uma outra importância e que, devem estar sempre conectados com a aprendizagem para se desenvolver as habilidades do desenvolvimento de qualquer ser humano. O que importa é o que o aluno vive para descobrir esse desenvolvimento corporal, e a escola deve contribuir para que a aprendizagem se torne um prazer para esses alunos. Quando a brincadeira se torna aliada à aprendizagem, a criança aprende de forma mais gostosa mais natural e mais satisfatória, por isso que a brincadeira in-


serida dentro do processo de aprendizagem é algo importante e significativo. Uma criança que não brinca perde sua infantilidade e a cognição natural do seu aprender que provem das brincadeiras, que afloram o imaginário e aguçam as habilidades motoras, trazendo saúde, tanto física como emocional. Podemos afirmar que é uma ferramenta de estimulo cognitivo, e em todas as brincadeiras devemos envolver o lúdico como aprendizado. Uma atividade que os alunos apreciam é trabalhar com o imaginário, fazer viagens ao fundo do mar, ou mesmo uma viagem espacial, onde as crianças vão imaginando tudo aquilo, vivenciando e assim despertando a imaginação e o senso criativo, para que posteriormente, quando ela necessariamente tiver que pegar no lápis ou redigir um texto, ela vai estar familiarizada com o mundo da imaginação e com estrutura para se formar uma história. Imaginar é uma ferramenta mágica, e na escola, nós profissionais da educação infantil, precisamos cada dia mais dedicarmos nosso tempo, seja brincando no chão ou contando uma história, para fazer dos momentos de interação pedagógica e das relações que se estabelecem, se apropriando da brincadeira como instrumento, aumentando assim, a qualidade e o crescimento cognitivo do educando. Trabalhar na educação infantil é pensar como criança, é criar laços e fortalecer vínculos que vão ficar por toda vida. A brincadeira é por lei e direito, a ocupação que as crianças precisam para viver, e tão alegremente vão crescer, sem perceber que precisamos de pouco para arrancar sorrisos, despertar emoções e desbravar o cérebro, e por todos esses motivos, sim, a escola é lugar de brincar.

“A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à pratica educativa.” (JEAN PIAGET)

Licenciada em Pedagogia pela Universidade de UberabaUNIUBE Professora no Colégio F.A.S. - Unidade Berçário -Turma Maternal II

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“É só recontar para o faz ... É só escutar com atenção e viajar na asa da imaginação. Que a alegria vai tomar seu coração...

Lilian Cristina dos Santos Essa foi a introdução cantada por todas as crianças diante das histórias recontadas, em um colégio encantado chamado F.A.S.. A emoção, a saudade e as histórias não são feitas apenas de palavras e gravuras, são laços entre o narrador e o ouvinte, e elos que se constroem entre seres humanos, em um processo sem fim! Incentivar a leitura foi a maneira mais eficaz de “semear” culturas e valores, despertar a inventividade e a paixão pelos estudos, porque lemos para entender e reconhecer, para sonhar; viajar na imaginação por curiosidade ou prazer e o meu papel enquanto professora foi mergulhar

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no mundo da fantasia, juntamente com as crianças, construindo constantemente paralelos com a vida de cada um. Diante de um cenário instigante, as crianças do 2º período representaram o personagem principal da história, nos quais caracterizados, recontaram as mesmas com prazer. Esses personagens tão conhecidos, repletos de inspiração e características específicas, fizeram com que os educandos desembarcassem num mundo fascinante, aproximando-se com mais facilidade da leitura, apreciando as histórias, compreendendo e memorizando o seu enredo e encantando-se por esse universo. Para uma apresentação em grande estilo sobre “os recontos dos clássicos

infantis”, os alunos deram um passeio divertido pela leitura, onde a contação das histórias e curiosidades de tudo que nos rodeia, permaneceram constantes em nossas aulas através de atividades referentes ao título da história sorteada. Conforme Pedro Bom Jesus que diz que a “Leitura é a chave para se ter um universo de ideias e uma tempestade de palavras”, o projeto “É só recontar para o faz de conta começar!; proporcionou vivências apresentadas nos jogos teatrais, que levaram os educandos a criarem situações imaginárias e encenações representativas no qual vivenciaram o personagem principal de cada clássico, ampliando o vocabulário, o repertório musical, o uso da linguagem oral e escri-


de conta começar!” ta de palavras contextualizadas, entre outras aprendizagens. E o mais interessante foi que as crianças observaram que as histórias selecionadas para o projeto são livros “eternos”, repletos de saberes e experiências acumuladas por várias gerações e “pontes” que permitiram que os alunos por meio do brincar simbólico - o “faz de conta”, compreendessem o mundo real. E nessa escola ideal, valorizamos a amizade, ensinamos a solidariedade e vimos que o “Era uma vez!”, nos faz relembrar e aprender com alegria! A seguir os personagens principais e os livros selecionados para a leitura e apresentação:

Pocahontas - Laura Peres Cinderela - Melissa Branca de Neve - Luísa Rapunzel - Helena Chapeuzinho Vermelho - Maria Cecília Peter Pan - Lucas / Capitão Gancho - Samuel / Sininho - Gabriela Pinóquio - Gustavo Jraij Aladim - Leonardo / Jasmine - Ana Carolina O Pequeno Polegar - Gabriel João e o Pé de Feijão - João Ricardo João e Maria - Miguel e Giovanna A Pequena Vendedora de Fósforos - Mariah Degani A Bela Adormecida - Aline O Gato de Botas - Gustavo Maia A Pequena Sereia - Clara Alice no País das Maravilhas - Mariah Freitas Cachinhos Dourados - Laura Lopes Dorothy (O Mágico de Oz) - Ana Laura A Bela e a Fera - Letícia Toffano A Princesa e o Sapo - Letícia Carvalho

Acesse o link para ouvir a introdução de todas as histórias e se encantar pela canção. https:// www.youtube.com/watch?v=ssoX6IGzgjA

Regente do 2º Período – Educação Infantil no Colégio F.A.S. Formada em Magistério e Graduada em Pedagogia . Cursando Pós-graduação em Alfabetização e Letramento. Escola, um lugar de valor

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“Não existe um caminho para a paz, Maria Cecília C. de Souza Mônica Cristina de A. Furtado Segundo o conceito no dicionário Aurélio, Paz significa: ausência de lutas, violências ou perturbações sociais, ou de conflitos entre pessoas. Restabelecimento de relação amigável entre países beligerantes. Sossego, serenidade. A Paz normalmente está associada à cor branca. Existem alguns símbolos que transmitem ou fazem remissão a esse conceito que exprime satisfação e representa ausência de guerra, conflitos e violência. A pomba branca é considerada o símbolo universal da Paz. É ela a mensageira da Paz no Cristianismo e no Judaísmo. Muitas vezes a pomba branca aparece com um ramo no bico, representando a segurança e a liberdade.

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A busca da Paz é comum em todos os seres humanos, pois é algo que guia as boas relações e condiciona um tempo de calma não só física, mas também espiritual. Num mundo tão rápido e onde as pessoas prestam o mínimo de atenção ao próximo, podemos perceber, se dispusermos devida atenção ao fato, que a minoria das pessoas consegue atingir este arauto da vida. Ás vezes falta Paz dentro do âmbito familiar, profissional e em outros âmbitos da vida humana. Conseguir estar em paz consigo e com os demais requer um processo de conhecimento interno, pois somente sendo conhecedor de si mesmo e de suas debilidades podemos combater nossas deficiências e dificuldades vividas em nossas relações afetivas, sejam elas em qualquer âmbito da vida. Para tanto, são necessá-

rios algumas virtudes que podemos alcançar com muito esforço, a tolerância, compreensão e paciência fazem parte do rol de câmbios que são necessários para adquirirmos a Paz e levá-la a qualquer lugar que formos. Manter-se em paz é um exercício diário, porque muitos obstáculos estarão presentes em nosso dia a dia. É necessário começarmos a agir com mais sobriedade e atenção, dando bons exemplos às gerações futuras que caminham pela Terra e estão, assim como nós, em busca de um mundo melhor para viver. Com gestos simples é possível notar a simplicidade em emanar a paz. Conversar com afeto, transmitir atenção ao outro e suas atitudes, adquirir cada vez mais conhecimentos para que se possa levar a diante o processo de evolução do ser que só pode acontecer mediante a Paz.


a paz é o caminho.” mahatma gandhi

Nossos alunos foram convidados a refletirem sobre a importância da Paz na vida individual, escolar, social e mundial. Momentos de interiorização, autoconhecimento, respeito foram propiciados como intuito de resgatar valores importantes para que alguns conceitos fossem compreendidos. Os diálogos fizeram parte de nossas atividades e, por meio deles pudemos evidenciar a importância

de emanar a Paz através do respeito à compreensão e opinião alheia. Contudo que foi produzido, alunos e professores perceberam o quão valorosa é a Paz e, que faz parte de nossos deveres manter a Paz. Com pequenos atos benevolentes, palavras que transmitem afeto podemos tornar o mundo melhor. Esta será a nossa luta, a luta com amor e afeto em busca da Paz.

Graduada em Letras/Inglês; Pós-graduanda em Educação Especial e Inclusiva; Graduanda em Pedagogia e professora do 4º ano no Colégio F.A.S.

Graduada em Ciências Biológicas, Pósgraduada em Psicopedagogia Institucional e professora do 4º ano no Colégio F.A.S.

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Depressão é “coisa” de adolescente? Renato Oliveira e Silva Sim! Inclusive não só na adolescência, a depressão é um quadro que pode ocorrer em todas as fases da vida, com pessoas de ambos os sexos e em todas as classes sociais. A ideia de que a tristeza e preocupações presentes nos adolescentes são sempre brandas e passageiras, ou a tendência de pensar que “adolescente é assim mesmo...”, podem ser armadilhas para a não identificação do quadro nesses jovens. Os dilemas próprios da adolescência fazem com que a o diagnóstico desse transtorno seja composto de desafios e sutilezas. Durante essa etapa do desenvolvimento, as mudanças sejam físicas, psicológicas ou sociais trazem elementos que permitem afirmar: a depressão nos adolescentes é diferente da depressão nos adultos. Por exemplo, a tristeza não necessariamente está presente, e características como irritabilidade, impulsividade, tédio, incapacidade de experimentar prazer em atividades antes prazerosas (ir ao shopping, praticar esportes, sair com amigos) podem ser mais observadas do que a tristeza em si. Inclusive é frequente que adolescentes deprimidos neguem tristeza.

É comum também a ocorrência de isolamento, na própria adolescência existe uma busca pela própria autonomia, ou seja, já espera-se um certo distanciamento, porém diante de um quadro depressivo isso pode influenciar em menor procura de ajudas aos pais, o que agrava a situação. Geralmente o quarto torna-se o lugar mais frequentado, as refeições em torno da mesa são rapidamente concluídas e o contato com familiares e amigos diminui. Elementos como queda no rendimento escolar, podem ser sinais do comprometimento cognitivo, isto é, a depressão pode influenciar o aprendizado, a atenção e a memória. Nos deparamos ainda com comportamentos que podem ter esse transtorno como pano de fundo. Atualmente ocupam destaque o uso de álcool e outras drogas e comportamentos autolesivos, como por exemplo, se cortar. Um indicativo de gravidade é a presença de ideias de morte, nessa situação a angústia é tão grande e de certo modo insuportável, que o jovem considera que morrer é melhor do que sentir o que sente. Diante da suspeita de um quadro depressivo, é fundamental a avaliação

“Diante da suspeita de um quadro depressivo, é fundamental a avaliação por um profissional, caso seja confirmado o diagnóstico o próximo passo é iniciar o tratamento”

por um profissional, caso seja confirmado o diagnóstico o próximo passo é iniciar o tratamento. Dentre as opções de tratamento, a psicoterapia ocupa lugar de destaque. Conduzida por um psicólogo ou psiquiatra, essa terapêutica pode ajudar na melhora do quadro, além de auxiliar o adolescente nos desafios e dilemas próprios. Com a psicoterapia os resultados são mais rápidos e duradouros. Para algumas situações, em especial na presença de sintomas mais graves, presença de outros transtornos ou diante de um prejuízo considerável da qualidade de vida, alguns medicamentos podem ser utilizados. Podem fazer parte do tratamento também a abordagem familiar e a adoção de hábitos saudáveis, como por exemplo, prática regular de atividade física e utilização moderada de aparelhos eletrônicos.

(CRM 54285 RQE 36193 Psiquiatra com especialização em Infância e Adolescência). Pai de aluna do Maternal II. No Colégio F.A.S. Escola, um lugar de valor

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A importância da Cartografia nos conteúdos de História e Geografia A cartografia é uma ciência voltada para a elaboração de mapas, os quais auxiliam na agricultura, previsão do tempo, construção de rodovias, aviação, planejamento ambiental, aparelho de GPS e outros.

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Juliana Iacomini G. P. Manzano Débora Regina S. de Souza A cartografia surgiu na antiguidade, encontramos representações de mapas na Grécia Antiga, Império Romano, Mesopotâmia, entre outros povos da antiguidade. Evidentemente que os cartógrafos da época antiga não tinham muitos recursos para produzirem mapas com precisão. Os mapas antigos eram repletos de imperfeições, principalmente, no que se refere à proporcionalidade. Mesmo assim, serviam de referência para viajantes e comerciantes da época, que necessitavam muito destas informações para planejarem suas viagens. Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI), os cartógrafos foram extremamente importantes. Cada expedição levava um especialista em mapas, pois era importante que as embarcações não se perdessem nos vastos oceanos. Foi no século XVI que os primeiros mapas do continente americano e também do Brasil foram elaborados. Nós não percebemos, mas utilizamos as informações e conhecimentos produzidos pela cartografia no cotidiano. Ao consultarmos um guia de mapas de ruas, nas aulas de geografia e história do Colégio, no aparelho de GPS (Global Positioning System) do automóvel e em outras situações, estamos em contato com esta ciência que atua, principalmente, na ela-

boração e interpretação de mapas. Portanto, a cartografia é uma ciência voltada para a elaboração de mapas, unindo conhecimentos científicos, técnicos e artísticos. Atualmente, os cartógrafos contam com informações gráficas enviadas por satélites. Estes dados chegam com total precisão, cabendo ao cartógrafo interpretá-los e organizá-los de forma científica. Computadores avançados são utilizados nestas operações, oferecendo resultados de grande importância. Os mapas cartográficos auxiliam na agricultura, previsão do tempo, construção de rodovias, aviação, planejamento ambiental e em vários sistemas de orientação que usamos no nosso cotidiano. Esta ciência também é muito

importante para o estudo de diversas áreas da Geografia. No Colégio FAS, trabalhando com mapas nos conteúdos de História e Geografia, do 6ºao 9º ano, alunos desenvolvem a capacidade de se orientar e localizar através de referências, estabelecer relações espaciais, produzir mapas, com escala, orientação, legenda, propor hipóteses a respeito da localização e intensidade dos fenômenos cartografados.

Formada em Geografia. Professora do 6ºao 9º ano no Colégio F.A.S.

Formada em Pedagogia, Pós Graduada em Ensino de História. Professora do 5º ao 9º no Colégio F.A.S. Escola, um lugar de valor

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Resgatando a história... Conservando alimentos As preocupações com a conservação dos alimentos surgiram com a agricultura, quando o homem pré-histórico compreendeu que deveria guardar as sobras de alimentos para o tempo de escassez. Os primeiros métodos de conservação de alimentos incluíam a secagem ou a adição de sal e especiarias para evitar a sua deterioração por micro-organismos.

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Jordana Helena D. Lamoglia Ana Alice Souto Pereira Desde a antiguidade os seres humanos se preocupavam com a necessidade de conservar os alimentos, pois não existia energia elétrica e nem mesmo geladeira, e os alimentos deveriam estar em perfeitas condições antes de serem consumidos. Um grande desafio era como conservá-los. Sabe-se que a conservação correta dos alimentos elimina microrganismos e enzimas, que além de serem agentes decompositores podem transmitir algumas enfermidades. Pensando nisso, levamos os nossos educandos em uma viagem ao tempo, resgatando algumas histórias e técnicas de conservação utilizados por nossos antepassados para guardar algo de modo a não se estragar. Ao fazermos esses resgates, nos deparamos com muitas descobertas interessantes e conhe-

cemos o modo como elas eram passadas a cada geração. Humm.... Isso nos remete a boas lembranças... Aquela carne guardada na banha pelas nossas avós, um bom charque, uma deliciosa conserva, frutas desidratadas e cristalizadas, enfim tudo que nos faz voltar a infância. Várias técnicas eram usadas, como, salgar ou secar ao sol alguns alimentos e a de defumar. Procuramos através de pesquisas e atividades levar os nossos alunos a perceber a importância desses métodos no passado e nos dias atuais. Através de investigações puderam questionar a ação dos microrganismos na decomposição dos alimentos e saber como isso poderia ser evitado. É de suma importância que os aprendizes percebam que, embora hoje em dia, as técnicas de conservação de alimentos tenham se aperfeiçoado, todos os cuidados devem ser tomados para garantir a qualidade dos alimentos que serão consumidos.

Graduada em Letras e PósGraduada em Língua Portuguesa e Supervisão Escolar Professora de Português, Matemática e Ciências do 5º ano no Colégio F.A.S.

Graduada em Ciências Biológicas e Pedagogia. Professora de Laboratório 1° ao 9° ano, Ciências do 6° ao 8° ano e Química e Física do 9° ano no Colégio F.A.S. Escola, um lugar de valor

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A Educação Física Escolar no combate à obesidade John Waynner A. De Oliveira O crescente número de crianças obesas registrados no Brasil nos faz enxergar o quanto é importante o trabalho de prevenção dessa doença, tendo a escola como ideal para estimular as intervenções necessárias, principalmente através da Educação Física. Como disciplina que se caracteriza por promover a saúde, os professores devem ensinar seus alunos a ter um estilo de vida ativo. A prática re-

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gular de exercícios físicos durante a fase escolar incentiva a adoção de hábitos saudáveis durante toda vida. De acordo com Fávero Souza (2010, p.08): Nas aulas de educação física os alunos têm a oportunidade de se exercitar, tais exercícios devem ser destinados a todos sem exceção, onde as atividades proposta nas escolas devem primar pela

participação em massa de todos os alunos, os educadores físicos precisam planejar suas aulas utilizando da riqueza de possibilidades que a educação física escolar disponibiliza, onde a utilização de temas transversais de forma lúdica pode ser uma saída e deve ser um facilitador para trazer benefícios para crianças obesas e ou com sobrepeso [...]. Infelizmente as crianças dos dias de hoje vivem em uma realidade diferente da que vivemos em nossa infância, a crescente onda de violência faz com que essas crianças fiquem presas em suas próprias casas, o que estimula passar o tempo ocioso em frente à televisão, celular, computar e vídeos games, atividades essas que não contribui para gastar energia, e como se já não bastasse temos também a forma incorreta de alimentação, associando esses dois comportamentos temos o resultado de nossa atual realidade. A educação física é uma ótima opção para diminuir esses índices de obesidades,


incentivando as práticas de exercícios e hábitos alimentares mais saudáveis, o professor além de trabalhar o corpo, trabalhará também a mente desses alunos, fazendo reconhecer o quanto é importante optar por manter uma vida saudável e se beneficiar de atividades físicas devidamente direcionadas por

um profissional apto. Atualmente a desvalorização dessa disciplina acarreta muitas questões que dificulta o processo de desenvolvimento professor/aluno, esses quais não tem interesses em participarem ativamente das atividades e não enxergam o quão importante é para a saúde e qualidade de vida.

A educação física sendo uma disciplina do componente curricular no sistema educacional brasileiro tem sido muito influente no desenvolvimento social e cultural dos alunos, sendo que ela visa trabalhar as variações esportivas de forma que as crianças passam a se identificar com o que cada uma mais gosta.

Faixa preta de Judô, graduado em Educação Física e professor no Colégio F.A.S.

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O que é isso? Que cheiro é esse?

Porque o bolo é colorido?

Léia Dias Rosa Carvalho Tatiane de L. Alves Figueira São muitas perguntas, mas quando consideramos as crianças ativas na construção de conhecimentos e não receptoras passivas de informação, descobrimos que elas vão além do es-

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Escola, um lugar de valor

Como faz a gelatina arco-íris?

A letra A é de Ana, do Alexandre ou do abacaxi?

perado. A turma do 1º período chegou na escola com vários conhecimentos advindos da sua experiência pessoal e a partir destes conhecimentos as crianças construíram e reconstruíram novos significados. Saber escrever o próprio nome foi um valioso conhecimento que

forneceu as crianças um repertório básico de letras que lhes serviram de fonte de informação para produzir outras escritas. Vivemos em um mundo grafocêntrico, e já foi constatado de que as crianças constroem conhecimentos sobre a escrita antes do que se supunha


e de que elaboram hipóteses originais na tentativa de compreendê-la, ampliando as possibilidades da instituição de educação infantil enriquecer e dar continuidade a esse processo. Através de atividades lúdicas e contextualizadas, foi sendo apresentado às crianças um mundo novo e uma nova forma de se expressar, as tentativas de escritas não convencionais foram aceitas, e não significou ausência de intervenção pedagógica, mas que reconhecemos a capacidade das crianças para “escrever” e dar legitimidade e significação às escritas iniciais, uma vez que estas possuem intenção comunicativa. O caderno de receitas foi um dos registros de como a turma do 1º período foi instigada de forma significativa e prazerosa, a descobrir e se despertar para como se escreve.

Graduada em Pedagogia. Cursando Pós em “Deficiência Visual e Tecnologia Assistiva”.

Graduanda em Pedagogia. Atua na Educação Infantil do Colégio F.A.S.

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O lúdico, a criança e o educador O desenvolvimento do aspecto lúdico favorece a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, contribui na comunicação, expressão e construção do conhecimento. Elisabete Amaral Santos Atividades lúdicas podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer exercício que permita situação de interação. Mas o que seria, de fato, uma aula lúdica? Para Fortuna (2000, p. 9), se assemelha ao brincar, é um ensinamento livre, criativo e imprevisível. Desafia o aluno e o professor, colocando-os como sujeitos do processo pedagógico. A presença da brincadeira na escola ultrapassa o ensino de conteúdos de forma lúdica, dando aos alunos a oportunidade de aprender sem perceber que o estão. Mais importante

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do que o tipo de atividade lúdica é a forma como é dirigida, e o porquê de estar sendo realizada. Não se trata de enchê-las de informações soltas, mas executar as atividades propostas com empenho, reconstrução pessoal, debate, discussão e interação. O desenvolvimento do aspecto lúdico favorece a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, e colabora para uma boa saúde mental, contribui na comunicação, expressão e construção do conhecimento. Desenvolve-se o jogo pedagógico lúdico com a intenção de provocar aprendizagem significativa, estimular a construção de


novo conhecimento e principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória. Tanto para Vigotsky (1984) como Piaget (1975), dizem que o desenvolvimento não é linear, mas evolutivo e, nesse trajeto, a imaginação se desenvolve. Uma vez que a criança brinca e desenvolve a capacidade para determinado tipo de conhecimento, ela dificilmente perde a capacidade. É com a formação de conceitos que se dá a verdadeira aprendizagem e é no brincar que está um dos maiores espaços para a formação de conceitos. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e afetiva ela será.

Formada em Pedagogia. Pós Graduando em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Atua no Maternal III. Colégio F.A.S.

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Benefícios da natação escolar na aprendizagem motora de alunos A natação amplia e auxilia no desenvolvimento das habilidades físicas, tornando-se assim uma importante colaboradora no aspecto psicomotor. Considerada uma das atividades físicas mais completa que existe, desenvolve ainda a flexibilidade, a potência, o ritmo e a coordenação. Almir Curto Alberto Desenvolvimento da lateralidade, noção espacial, temporal, desenvolvimento motor, equilíbrio são algumas das inúmeras vantagens identificadas em trabalho realizado com alunos da educação infantil e

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ensino Fundamental I. Além disso, essa é uma atividade física que contribui na resolução de problemas posturais e controle respiratório. Com o presente trabalho pode-se perceber ainda que a natação proporciona às crianças, benefícios físicos, orgânicos, sociais, terapêuticos

e recreativos e também auxilia no tratamento e recuperação de lesões. É importante lembrar que o período de aprendizagem da natação depende exclusivamente do desenvolvimento de cada criança, pois cada uma reage a um estímulo de maneira diferente.


A natação é um esporte que nos possibilita trabalhar toda parte motora da criança assim como lateralidade, coordenação motora fina e ampla, noções de espaço e tempo, partes sensoriais, ingredientes importantes para um bom desenvolvimento infantil. A prática da natação aliada à estimulação de habilidades, respeitando as fases sensíveis da formação, a individualidade de cada um e o ensino adequado e programado, proporciona o desenvolvimento multilateral da criança, contribuindo para sua formação geral, bem como para o aprendizado de uma modalidade esportiva. Assim, compreendemos que, a

criança, por ter características individuais, tem sua própria velocidade de aprendizado e não importa qual o motivo que a leve a praticar a natação, onde poderá ter benefícios para o desenvolvimento motor e cognitivo. A procura pela natação tem aumentado bastante ao longo do tempo. Cada vez mais, as pessoas têm se conscientizado da importância de praticar

atividade física, em todas as faixas etárias, sendo a natação uma das mais procuradas, podendo ser praticada por indivíduos de diferentes idades e com diferentes limitações. Hoje, é atribuída a natação objetivos terapêuticos, quando utilizada no tratamento e prevenção de enfermidades. Além de ser reconhecida por muitos como uma prática relacionada ao entretenimento.

A natação é importante ainda para a formação cognitiva e sócio-afetiva. Estudos comprovam que a criança que pratica natação tem um melhor rendimento na alfabetização. A natação possui uma importância fundamental no que diz respeito ao desenvolvimento do aluno, considerando que o mesmo encontra-se em formação. Ao longo deste trabalho procurou-se estudar a educação física escolar e as transformações que ocorrem durante o desenvolvimento motor dos alunos do fundamental. O desenvolvimento sócio- afetivo que lhe dará uma estrutura agradável e favorável para a vivência com os colegas na escola e até mesmo fora dela. O desenvolvimento cognitivo é indispensável para solucionar as questões tanto das escolas quanto da própria vida e o psicomotor não menos importante considerando que o indivíduo passará

a conhecer o próprio corpo. A natação proporciona melhor desenvolvimento motor, o aluno que pratica esse esporte tem um aumento no seu domínio corporal, outro benefício que constatou-se foi em relação ao equilíbrio que pode ser melhorado com a prática da natação, pois para nadar o aluno passa por um momento de desequilíbrio para depois equilibra-se em outra posição a horizontal. A natação também desenvolve na criança a noção espacial já que ela tem que coordenar o ritmo das braçadas e pernadas em relação à respiração. Neste sentido é de se esperar que os professores de educação física escolar saibam compreender as mudanças ma-

turacionais e mudanças relacionadas ao desenvolvimento motor que fazem parte do processo de desenvolvimento dos alunos.

Graduado em Educação Física e atua nas atividades esportivas no Colégio F.A.S.

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Unidade I - Rua Vital de Negreiros, 25 - Fabrício (34) 3313-9263 - Uberaba(MG)

Missão: Possibilitar a transformação de vidas e a partir de ações conscientes à diversidade, valorizando o potencial dos educandos frente as inteligências múltiplas. Visão: Ser referência de qualidade nas relações interpessoais, despertando nos educandos o reconhecimento e desejo de aperfeiçoamento de suas competências e habilidades: cognitiva, social e emocional. Valores: Respeito a diversidade, compromisso, ética e ação.

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Unidade II - Rua Padre Zeferino, 1145 - FabrĂ­cio - (34) 3322-6249 - Uberaba(MG)

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CRAS

UM ÚNICO SUPORTE, MUITAS DESCOBERTAS Mariana Pacheco Silva Quantas atividades extraclasses um aluno realiza durante o ano letivo? Para muitos, responder a esta pergunta não é uma tarefa nada fácil, mas para os alunos do 6º ao 9º ano do Colégio F.A.S. não. Eles abraçaram essa nova proposta, realizar todos os trabalhos de Língua Portuguesa, Literatura e Redação em um único suporte: o CRAS. Mas com o grande desafio de entrelaçar os demais conteúdos dinamizando e potencializando o conhecimento adquirido.

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O Caderno de Registro e Aperfeiçoamento do Saber foi idealizado para facilitar a resposta a esta pergunta e de tantas outras. Para saber como tiramos essa ideia do papel e os benefícios de cada etapa desse jeito gostoso de aprender, algumas respostas devem ser dadas. Acompanhe... Afinal, quantas e quais foram as atividades propostas? Todo inicio de bimestre, o aluno recebe uma lista de atividades propostas para o período, juntamente com a data

de correção e avaliação de cada uma. Isso oportuniza a construção da autonomia e do senso de responsabilidade, pois se as datas de entrega do CRAS forem respeitadas, há liberdade para organização do seu próprio tempo e por que não adiantar as próximas? Sem contar na garantia dos créditos quantitativos destinados a esse propósito. Como as atividades são realizadas? No início de cada CRAS há uma lista de procedimentos para a elaboração desse material. Essas orientações


visam uma padronização do caderno, além de estimular o capricho, a organização e a boa caligrafia, conceitos que muitas vezes se perdem ao entrarem no Ensino Fundamental II, precisando, portanto, serem resgatados. Então não se leva em consideração o que cada um é capaz de fazer? A padronização das atividades pode transmitir uma ideia de “engessamento” na construção do CRAS, porém a autonomia no que escrever é totalmente preservada. O conteúdo continua sendo o foco, mas o aluno deve ter embutido o mínimo de regras que regem um trabalho bem executado. E ainda há a “cereja do bolo”: o estímulo pela busca de conhecimentos que vão além do conteúdo trabalhado, bem como a inserção de temas que, aparentemente, não se encaixariam nas linguagens por estarem inseridos em temas voltados à História ou à Matemática, por exemplo, possibilitando uma integração entre as áreas do conhecimento.

A preferência por registros manuscritos pode cair no “copismo”? Esta seria uma hipótese se não tivesse diversidade no tipo de registro realizado. Mesmo que haja direcionamento no que escrever, há também a preocupação em elaborar o seu próprio texto a partir de informações colhidas em fontes diversas. A correção dos cadernos é feita semanalmente e cada registro realizado é lido e devidamente corrigido de acordo com as orientações passadas com antecedência; estando os alunos em constante produção – correção, o professor é perfeitamente capaz de identificar o que é fruto do pensar do aluno, quais são suas verdadeiras habilidades e o mais importante, aperfeiçoando-as sempre. Como fazer para que cada CRAS tenha a “cara” do seu dono, mesmo seguindo orientações tão diretas? O primeiro passo é a liberdade para construir a sua capa, dando ao mate-

rial uma conotação pessoal e totalmente individual. É no CRAS também que novas descobertas e buscas por novos horizontes se faz. Se o conhecimento possibilita voar, alçar sempre voos mais altos, que as estratégias para alcança-lo sejam asas cada vez mais coloridas e brilhantes. E cabe ao professor a arte de ensinar a batê-las...

Formada em Magistério e Letras. Atua como Professora de Língua Portuguesa, Redação e Literatura no Colégio F.A.S.

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CARAS E BOCAS EM BUSCA

Cristiane Canova Silva A comunicação é fundamental nas relações pessoais e sociais. Mas não somente a mensagem oral. As nossas expressões, gestos e atos corporais, estilizados ou inovadores, expressam nossos sentimentos, concepções ou posicionamentos internos. Mesmo quando nos calamos é possível, através do corpo, transmitir nossos sentimentos em determinada situação. Pela linguagem corporal dizemos muitas coisas aos outros, sem sequer falar uma só palavra. É uma linguagem que não mente, que nos permite expressar quando as palavras não conseguem dizer. O corpo fala e fala mesmo. Aponta mentiras, expõe verdades inconscientes, reforça as ideias e dá ênfase à comunicação.

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Escola, um lugar de valor

E na educação infantil não é diferente. A comunicação corporal é a primeira forma de relação com o outro, é a linguagem do gesto e do toque. As expressões faciais de emoções como alegria, tristeza, sorriso, demonstram sentimentos e consentimentos. Por isso as crianças movimentam o tempo todo, pois é essa conexão, por meio dos sentidos, que lhes possibilitam a construção do conhecimento sobre elas mesmas e sobre o mundo ao seu redor. Por isso, nós professores do berçário, trabalhamos muito com gestos, ritmos e movimentos. Para que elas possam expressar seus sentimentos, desejos e sua individualidade através do corpo. Nessa fase é tudo muito intenso. Quando a criança chora é para demonstrar algum desconforto e isso é

vivenciado de maneira muito intensa. Mas quando ela está feliz ela também vivencia com a mesma intensidade, porque essa é a forma que ela usa para se comunicar. Não existe meio termo, é tudo ou nada. E muitas vezes, nós adultos, nos incomodamos com o choro excessivo ou com o exagero nas gargalhadas e brincadeiras. Mas devemos lembrar que essa é a maneira da criança demonstrar o que sente ou quer. O mesmo caso são as mordidas e empurrões, as crianças quando sentem frustradas têm esse comportamento para expressar sua raiva ou insatisfação. E conforme vai adquirindo habilidades de expressar seus sentimentos, vão surgindo as primeiras palavras e depois as frases, facilitando a sua comunicação com o


DA COMUNICAÇÃO

meio. A criança começa a amadurecer, pois a linguagem corporal é a base para a formação da linguagem oral. A linguagem corporal dará a oportunidade à criança de expressar suas emoções, de reconhecer e valorizar sua própria imagem, de aprender seus li-

mites e potencialidades, bem como de explorar e orientar-se no espaço. Então, caras e bocas, choro, gestos e movimentos fazem parte do desenvolvimento da criança, sendo necessário para uma comunicação favorável com o meio em que está inserida.

Formada em Magistério e Graduada em Psicologia Professora do Maternal II no Colégio F.A.S.

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Brincar de Aprender ou Aprender Brincando? O lúdico na aprendizagem da Língua Inglesa Brincar é coisa séria, também, porque na brincadeira não há trapaça, há sinceridade e engajamento voluntário e doação. Brincando nos reequilibramos reciclamos nossas emoções e nossa necessidade de conhecer e reinventar. E tudo isso desenvolvendo atenção, concentração e muitas habilidades. É brincando que acriança mergulha na vida, sentindo-a na dimensão de possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece a expressão de uma realidade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e familiares (VIGOTSKY, 1994, p. 67). Marquiane Cristina Furtado Nos últimos anos, com o uso cada vez mais intenso da internet como uma janela para o mundo, percebemos que a realidade de nossas crianças tem modificado rapidamente e de forma ininterrupta. Dessa forma, nós, educadores, temos em nossas mãos uma geração muito informada, dinâmica e extremamente ágil no que diz respeito ao pensar, ver, ouvir e realizar conexões entre o aprendizado diário e o mundo que a cerca. Além disso, precisamos levar em con-

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Escola, um lugar de valor

ta que a infância é uma fase extremamente peculiar, sendo responsável pela formação do caráter, alicerçando os conhecimentos que acompanharão o indivíduo por toda a sua vida. A criança capta com velocidade tudo aquilo que é ensinado e carrega consigo para, no momento certo, construir as estruturas formais que precisará na trajetória educacional. É importante considerar ainda que o ensino da Língua Inglesa no mundo globalizado em que nos encontramos passou a ser cada vez mais necessário. Todos os dias vivenciamos situações de uso deste idioma,

especialmente as crianças, as quais assistem desenhos, vídeos com músicas, utilizam jogos e redes sociais, comem “cookies”, tomam “milk-shake” e tantos outros. Além do que, diversos estudos neurolinguísticos apontam que o ensino de uma segunda língua até os 12 anos de idade é mais viável e produtivo, pois neste período da vida as crianças têm muito mais facilidade para aquisição de novos conhecimentos. Sendo importante ressaltar que durante esta primeira etapa, o objetivo do ensino de idiomas é tornar o aprendizado natural e criar vocabulário, para que no futuro pos-


sam consolidar estruturas gramaticais. Em virtude desse contexto, não é possível ficar restritos ao ensino convencional, é preciso buscar constantemente atingir os alunos de uma forma mais complexa e ampla. Devido a isso, partimos do princípio de que durante a infância a vontade de brincar é constante, então, os jogos, a brincadeira, a música, o brinquedo, a rima e a contação de histórias trazem o mundo para o cotidiano infantil, despertando e desenvolvendo diversas habilidades. Nesse ambiente, a criança será capaz de imaginar, criar, recriar, descobrir e aprender uma segunda língua de forma natural e prazerosa. Durante as atividades lúdicas, as crianças elaboram regras, melhoram sua convivência entre pares e formam também sua individualidade. Quando realizamos esses procedimentos em nossas aulas o jogo torna-se um estímulo, fazendo com que a criança apren-

da de maneira espontânea, sendo possível utilizar a fantasia em favor do aprendizado. “O brincar sempre foi e sempre será uma atividade espontânea e muito prazerosa, acessível a todo ser humano, de qualquer faixa etária, classe social ou condição econômica” (MALUF, 2003, p.17). A criança que sempre participou de jogos e brincadeiras grupais saberá trabalhar em grupo; por ter aprendido a aceitar as regras do jogo, saberá também respeitar as normas grupais e sociais. É brincando bastante que a criança vai aprendendo a ser um adulto consciente, capaz de participar e engajar-se na vida de sua comunidade. (VIGOTSKY, 1994, p.82-83) Para alcançar esses propósitos, na Educação Infantil realizamos atividades trabalhando o concreto através de músicas, dan-

ça , ensinando as partes do corpo e os animais no 1º período. Transformando o brincar em recurso pedagógico, entrando no mundo imaginário da criança, aprendendo a jogar com ela. No 2º período a contação de histórias e o jogo serviram como ponto de partida para inserir a Língua Inglesa, realizando atividades em sala e a montagem da peça teatral “Where’s Bunny?” em nosso projeto de Páscoa. No maternal, a cada dia uma nova descoberta e um passo no desenvolvimento das crianças, que através de brincadeiras já identificam e utilizam palavras em inglês. No Ensino de 1º ao 5º ano, as atividades lúdicas servem como complemento à aquisição de vocabulário, buscando estabelecer conexões com a realidade dos alunos. Utilizando folhetos de supermercado no ensino de nomes de alimentos e personagens de desenhos animados para trabalhar os sentimentos no 4º ano. Conhecendo o sistema solar e os planetas, assistindo a vídeos no 3º ano, usando tirinhas e colagens para registrar este aprendizado. No 2º ano, usando os personagens de desenhos animados e brincadeiras como “Chinese Whisper” (Telefone sem fio) e “Hangman” (forca), contemplamos os diversos conteúdos estudados. No 1º ano resgatamos brincadeiras antigas como amarelinha, esconde-esconde, mímicas e uso de fantoches, ensinando animais de estimação, cores e números. Em suma, para que a aprendizagem aconteça de verdade é preciso que exista sintonia, afetividade e prazer neste processo. Acredito na troca de conhecimentos, de valores, de olhares, de sorrisos e abraços, pois quando envolvemos uma criança com tudo isso, aprender será uma brincadeira, uma consequência do amor.

Licenciada em Letras pela Universidade de Uberaba Pós-Graduada em Avaliação Educacional pela Universidade de Uberlândia MBA em Gestão Educacional pela PUC-RS. Professora de Inglês do Maternal ao 4º ano do Colégio F.A.S. Escola, um lugar de valor

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Habilidade Psicomotora em sua Excelência

No Maternal Baby e Maternal l, desenvolvemos e aperfeiçoamos as habilidades psicomotoras com estímulos e diversas brincadeiras livres Daiana Helena Mazeto Santos Lucilene Teixeira Barbosa A comunicação e a transformação do mundo, procede do movimento realizado pelo indivíduo desde a primeira idade. O desenvolvimento psicomotor de uma crian-

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Escola, um lugar de valor

ça pode acontecer em sua plenitude através das experiências vividas por uma infância rica em oportunidades estimuladoras. A capacidade de controle dos movimentos intencionais exige uma grande diversidade de vivências motoras, com atenção a aspec-

tos qualitativos, como o ritmo, a coordenação e a descontração. Tendo um bom controle motor, a criança poderá explorar o mundo exterior, fazer experiências concretas, adquirir várias noções básicas para o próprio desenvolvimento da mente, o que permitirá tomar


conhecimento de si mesmo e do mundo que a rodeia. O movimento é uma ação natural na vida dos pequenos, faz parte do seu cotidiano e é uma atividade prazerosa que incita várias partes do desenvolvimento motor. No Maternal Baby e Maternal l, desenvolvemos e aperfeiçoamos as habilidades psicomotoras com estímulos e brincadeiras livres dirigidas no parque. São utilizados bambolê, tecidos, papéis, brinquedos convencionais, sucatas, canções, danças, dinamismo, esforço e persistência. Engatinhar, arrastar-se, encaixar, empilhar, puxar e até experimentar dar os primeiros passinhos são práticas que reforçam os canais receptores para o pleno desenvolvimento das crianças. Estimular a coordenação motora grossa permitindo que a criança do-

mine seu corpo no espaço e controle os movimentos mais rudes; ampliar através dos movimentos finos a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos específicos e domínio no manuseio dos objetos; demonstrar capacidade de perceber, reconhecer e distinguir os estímulos e ter equilíbrio, são descritores presentes que garantem a excelência no desenvolvimento das habilidades psicomotoras. No berçário, cada ação planejada é embasada em conhecimentos científicos que nos direcionam na busca de estratégias e recursos que despertam o interesse das crianças. E assim, jsomando a disposição dos pequenos e o desejo de fazer a diferença na vida dos nossos alunos vamos garantindo que a Escola seja sempre “Um lugar de valor”.

Professora do Maternal no Colégio F.A.S.Formada em Magistério e Graduanda em Pedagogia.

Formada em Magistério e Graduanda em Pedagogia. Atua como Professora do Maternal Baby do Colégio F.A.S.

Escola, um lugar de valor

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Transtornos do Espectro do Autismo e o Exercício Físico Dentre os recursos utilizados para o tratamento e reabilitação de pessoas com TEA, dá-se destaque ao exercício físico, uma medida eficaz para a melhor interação do autista em seu meio social.

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Escola, um lugar de valor


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Willian Câmara Alberto O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um distúrbio neurológico complexo descrito por uma variedade de sintomas, incluindo alterações comportamentais e dificuldades na capacidade de interação social. Com um quadro clínico caracterizado pela alteração da linguagem/ comunicação e comportamentos repetitivos, autistas podem apresentar ainda transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), autoagressão e/ou automutilação e distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão. O diagnóstico essencialmente clínico é feito a partir das observações comportamentais da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Após a confirmação do autismo, recomenda-se o início imediato do tratamento, que deve ser elaborado aliando a necessidade de cada paciente e as decisões familiares, juntamente com a instrução de uma equipe especializada. O método de reabilitação do autista deve ser avaliado periodicamente, observando-se a participação em atividades sociais cotidianas, a autonomia para mobilidade, a capacidade de autocuidado e de trabalho, a ampliação do uso de recursos pessoais e sociais, a qualidade de vida e a comunicação. Dentre os recursos utilizados para o tratamento de crianças com TEA, dá-se destaque o exercício físico, que tem como objetivo auxiliar a criança no desenvolvimento da expressão e socialização, reduzindo comportamentos ritualistas e compulsivos. Além de contribuir para elevar a autoestima e proporcionar um desenvolvimento acadêmico equilibrado e harmonioso. A atividade física permite ainda que a criança estabeleça contato com o meio, interagindo em nível psicológico, psicomotor, cognitivo e social, possibilitando a aquisição da autonomia e segurança. É importante frisar, que, o profissional de Educação Física precisa ter uma adequada habilidade de estratégias para que possa interferir levando em consideração aceitáveis e necessárias adaptações durante um projeto e/ ou uma aula antecipadamente planejada, sendo além de profissional, um

companheiro competente a ajudar a criança a superar suas dificuldades. Logo, competem aos professores de educação física estabelecer um princípio básico de exercícios, com aquecimento, atividade principal e relaxamento, estabelecendo novos desafios como superação de limites. A elaboração de um programa de atividade física para a criança autista deve ter como principal objetivo, socializar a criança e melhorar a base familiar. A dificuldade de socialização do autista deve ser vista como um grande desafio para o professor de educação física, sabendo que em muitos dos casos a criança preserva sua inteligência, assim cabe ao professor de educação física desenvolver atividades que estimulem a integração, cooperação e o trabalho em grupo . Constata-se, então, que, mesmo que o autismo seja uma condição permanente, visto que a criança que nasce com autismo e torna-se um adulto com TEA, a realização de exercícios físicos acarreta em inúmeros benefícios, principalmente no processo de socialização do indivíduo. Ressalta-se, por fim, que o trabalho com o autismo, embora pareça ser difícil, proporciona grande aprendizado mútuo, o que valida que o estudo e desenvolvimento nesta área tendem apenas a ser benéficos e prazerosos. o exercício físico proporciona amplos benefícios para pessoas com incapacidades físicas e mentais, podendo representar um fator essencial para o tratamento e a reabilitação de diferentes doenças. Nas duas últimas décadas o interesse pelos potenciais benefícios do exercício físico no Transtorno do Espectro do Autismo tem aumentado, mas a pesquisa realizada nesta área é, ainda, escassa e baseada em pequenos grupos.

2.2 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Indicadores epidemiológicos revelam A síndrome do da autismo é avaliado doença a presença doença emcomo 1 aumacada 88neuropsiquiátrica distinguida por manifestações comportamentais seguidas por déficits na nascimentos, sendo que há uma maior conversação e interação social, modelos de condutas repetitivas e estereotipados e quantidade de autistas sexo masculino. um repertório limitado de interesses do e atividades (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2015). Calcula-se, que, cerca de 70 milhões de As anormalidades no desempenho motor também são características do pessoas autismo mundo. No Brasil autismo, ondecom as mesmas podem serno detectadas nos primeiros três anos de vida, prosseguir até a fase adulta (SCHMIDT , BOSA, 2003). apodendo estimativa é de dois milhões, sendo mais Os marcos mais importantes para a avaliação dos sinais e sintomas de risco comum em crianças. para o TEA são: Tabela 1. Sintomas TEA IDADE

DESENVOLVIMENTO NORMAL

SINAIS DE ALERTA

- Criança fixa o olhar; - Reage ao som; 2 MESES

-

- Bebê se aconchega ao colo dos pais e troca olhares (mamadas e trocas de fralda); - Emite sons; - Mostra interesse em olhar rosto

4 MESES

de pessoas, respondendo com

-

sorriso, vocalização ou choro; - Retribui sorriso; - Sorri muito ao brincar com 6 MESES

pessoas;

- Não tem sorrisos e

- Localiza sons;

expressões alegres;

- Acompanha objetos com olhar; - Sorri e ri enquanto olha para as 9 MESES

pessoas;

Não

responde

às

tentativas de interação

- Interage com sorrisos, feições feita

pelos

10

outros

amorosas e outras expressões;

quando estes sorriem

- Brinca de esconde – achou;

fazem caretas ou sons;

- Duplica sílabas; - Não balbucia ou se expressa como bebê; - Imita gestos como dar tchau e bater palmas;

12 MESES

- Responde ao chamado do nome; -

Faz

sons

como

se

fosse

conversar com ela mesma;

- Não responde ao seu nome como chamado; -

Não

aponta

para

coisas com no intuito de compartilhar atenção; - Não segue com olhar gesto que outros lhe fazem;

- Troca com as pessoas muitos sorrisos, sons e gestos em uma

15 MESES

sequência;

nome de membros da

- Executa gestos a pedido;

família;

- Fala uma palavra;

- Não fala palavras (que

- Fala no mínimo 3 palavras; - Reconhece claramente pessoas 18

e

MESES

nomeados;

partes

do

corpo

- Não fala palavra que não seja mama, papa,

quando

- Faz brincadeiras simples de faz de conta;

não seja ecolalia); - Não expressa o que quer; - Utiliza-se da mão do outro para apontar o que quer;

- Brinca de faz de conta; - Forma frases de duas palavras com

sentido

que

não

seja

24

repetição;

MESES

- Gosta de estar com crianças da mesma idade e tem interesse em

- Não fala frase com duas palavras que não sejam repetição; 11

brincar conjuntamente; - Procura por objetos familiares que estão fora do campo de visão

Formado em Educação Física pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), e atua no Colégio F.A.S. nas atividades de esporte.

quando perguntado; -

Brincadeira

simbólica

com

interpretação de personagens; - Brinca com crianças da mesma idade expressando preferências; - Encadeia pensamento e ação nas brincadeiras (ex.: estou com

36 MESES

sono, vou dormir);

-

- Responde a perguntas simples como “onde”, “o que”; -

Falam

sobre

interesses

e

sentimentos; - Entendem tempo passado e futuro; Fonte: FONSECA, 2016.

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O diagnóstico do TEA conserva-se necessariamente clínico e é realizado a

Escola, um lugar de valor

partir de ressalvas da criança e entrevistas com os pais e/ou cuidadores, tornandose o uso de escalas e instrumentos de triagem e avaliação padronizados em uma necessidade obrigatória (BRASIL, 2013). Leva-se em consideração o acontecimento


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Escola, um lugar de valor


Automedicação e os riscos para as crianças

Aline Rodovalho de Oliveira A automedicação é uma prática amplamente difundida e que pode levar a inúmeros prejuízos à saúde da população, sobretudo em crianças. No Brasil, a maior incidência de intoxicação está diretamente ligada com automedicação. Entre os riscos, incluem mascaramento dos sintomas, dosagens insuficientes ou excessivas e possíveis reações pela interação com outros medicamentos. Alguns cuidados importantes podem evitar os riscos de intoxicação pelo uso incorreto de medicamentos.

1- Nos casos de administração incorreta é necessário entrar em contato com o médico e, se necessário levar a criança para atendimento imediatamente. 2 - Evitar administrar medicamentos, como aqueles para tosse ou resfriado, pode-se mascarar o problema ou agravar. 3 - Não trocar a embalagem, manter sempre na original. 4 - O hábito de ter farmácias caseiras também não é recomendado.

Atua como enfermeira no Colégio F.A.S., Unidade do Berçário e é formada em Técnico em Enfermagem.

5 - Orientar a pessoa que vai administrar o medicamento à criança, caso não sejam os pais. A dosagem deve ser seguida exatamente. 6 - Observar as orientações de agite antes de usar e outras orientações na embalagem. 7 - Nunca associar o medicamento a balas ou doces. A criança pode associá-los e querer fazer uso do remédio indevidamente. Escola, um lugar de valor

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ACIDENTES DOMÉSTICOS, COMO PREVENIR? Gabriela R. Ventura Ferreira Acidentes domésticos é um assunto pouco discutido, porém muito relevante e importante para ser debatido, devendo ter uma atenção especial dos pais, familiares e cuidadores. O ambiente doméstico, por ter muitos atrativos, desperta a curiosidade das crianças, o que pode representar um cenário bastante hostil a elas, contribuindo para aumentar o risco de queimaduras, asfixia, aspiração, intoxicação, quedas e lesão corporal,

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podendo trazer graves complicações e muitas vezes irreversíveis. Segundo Acker (2003) apud Nappi et al (2015), aproximadamente 45% dos acidentes com crianças ocorrem no ambiente domiciliar, o que contribui para aumentar significativamente as taxas de morbimortalidade infantil. E é visto que 90% das ocorrências poderiam ser evitadas com atitudes de prevenção. De acordo com Nappi et al. (2015), foram encontrados os seguintes dados:

os meninos comparado as meninas, apresentam um maior índice de acidentes, as crianças menores de 2 anos de idade são as principais vítimas dos acidentes domésticos e as queimaduras é o acidente que mais ocorre. A idade da criança é um dos fatores relacionados à maior ocorrência de acidentes, pois o desenvolvimento da criança é diferente para cada idade e por isso os acidentes também são diferentes para cada uma delas. Como podemos observar na tabela:


DESENVOLVIMETO PREVENÇÃO

DESENVOLVIMETO PREVENÇÃO

IDADE: 4 AOS 7 MESES:

IDADE: ENTRE 1 A 5 ANOS

• Rolar. • Sentar. • Agarrar. • Manipular objetos pequenos. • Tem coordenação olho-mão bem desenvolvida, consegue concentrar-se e localizar objetos muito pequenos. • O uso da boca é muito proeminente (coloca objetos na boca). • Consegue levantar-se nas mãos e nos joelhos. • Engatinha para trás.

• Tenha cuidado ao alimentar, porque grandes porções podem ser quebradas ou aspiradas. • Não dê comida ao bebê enquanto ele estiver deitado. • Inspecione os brinquedos para a detecção de peças removíveis. • Tenha cuidado ao armazenar líquidos de limpeza, tintas, pesticidas e outras substâncias tóxicas. • Mantenha as grades do berço levantadas na altura máxima. • Evite berços com abaixamento lateral da grade. • Pendure as plantas ou coloque-as fora do alcance. • Coloque objetos quentes, como; cigarros, velas e incenso em uma superfície alta. • Limite a exposição ao sol, aplique protetor solar. • Dê brinquedos macios e arredondados. Tenha cuidado com objetos pontiagudos e cortantes.

DESENVOLVIMETO PREVENÇÃO

• Aprender a nadar. • Correr. • Escalar. • É capaz de abrir portas e algumas janelas. • Consegue jogar bola e outros objetos. • Tem grande curiosidade. • Percepção de profundidade não refinada. • A marcha é instável. • Sobe e puxa objetos maiores. • Desconhece o perigo potencial de objetos e situações. • Pode engolir pedaços duros ou não comestíveis dos alimentos. • É facilmente distraído das tarefas.

• Supervisione a criança enquanto ela brinca ao ar livre. • Ensine natação e segurança na água. • Guarde fósforos, isqueiros em área trancada ou inacessível. • Vire os cabos das panelas para a parte de trás do fogão. • Enfatize o perigo das chamas abertas; explique o que significa “quente”. • Verifique sempre a temperatura da água do banho. • Aplique protetor solar. • Retire tapetes pequenos ou que não são seguros.

Então, quando o assunto é criança, a atenção deve ser redobrada e as medidas de prevenção e orientações devem ser seguidas. E cabe, a nós enfermeiras, orientar quanto a prevenção de acidentes e buscar formas de promover à saúde das crianças, para que o número de acidentes diminua cada vez mais.

IDADE: 8 AOS 12 MESES: • Engatinhar. • Rastejar. • Ficar de pé segurando-se nos móveis. • Subir, puxar e lançar objetos. • Explora colocando objetos na boca. • Explora lugares longe do progenitor. • Tem entendimento crescente de palavras e frases simples.

• Mantenha os pequenos objetos longe do chão. • Tome cuidado ao oferecer alimentos sólidos. • Mantenha as portas de fornos, máquinas, geladeiras e resfriadores sempre fechadas. • Tome cuidado com os balões. • Cerque piscinas. • Sempre supervisione quando perto de fonte de água, como baldes e sanitários. • Mantenha as portas dos banheiros fechadas. • Mantenha uma mão na criança em todas as vezes que ela estiver na banheira. • Cerque escadas no topo e embaixo se a criança tiver acesso a uma das extremidades. • Não administre medicamentos a menos que prescritos por um médico. • Mantenha os fios elétricos escondidos.

Graduada em Enfermagem pela FACTHUSEnfermeira no Berçário do Colégio F.A.S. Escola, um lugar de valor

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O uso da diversidade Cultural no ensino da LĂ­ngua Inglesa

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ERYKA DE ARAUJO ENRIQUE Antes de iniciar meu texto gostaria de apresentar aos meus caros leitores o conceito de Cultura: “Cultura consiste em valores que os membros de um determinado grupo têm, as normas que seguem, e os bens materiais que criam” (GIDDENS, 1996). A cultura é assim, a arte de viver que todo grupo humano possui. Arte que, naturalmente, varia segundo o grupo social, pois nem todos têm as mesmas necessidades. Vista assim, a cultura é algo presente em todas as partes, que impregna a tudo, que todos possuem e que não se esgota nas grandes obras, mas se manifesta em todos os atos e realizações humanas. Com uma imagem assim da cultura, não tem sentido a vontade de limitá-la a uma minoria, nem a confiança de desenvolvê-la adequadamente usando a difusão. Impões-se a ideia de que a cultura cresça com a colaboração de todos, partindo de suas manifestações mais imediatas e concretas (PUIG & TRILLA, 2004: 157) E foi pensando nisso, que depois de fazer algumas leituras sobre a influência da cultura no ensino da língua Inglesa, que durante todo o ano de 2017 propus aos alunos que trabalhássemos de forma a não só treinar a escrita, vocabulários ou pronúncias de palavras em Inglês, mas sim, trabalhar de forma prática tudo isso que acabo de citar. Trabalhar de forma que os alunos

escrevessem em Inglês, porém que tivessem na história. As práticas culturais dão origem aos mais curiosidade no que estavam escrevendo, consequentemente o aprendizado discursos que por sua vez são indissociáda língua Inglesa se daria de forma menos veis do contexto sociocultural onde foram produzidos. Identificar e analisar os recur”obrigatória”. Ao longo desses anos de docência pude sos que melhor oferecem aos aprendizes perceber que o ensinar considerando a cul- meios de realizar essas práticas, facilitando tura torna-se um desafio para todos nós assim o desenvolvimento das competências professores da educação básica brasileira, e linguísticas e socioculturais necessárias principalmente quando falamos de todos os para o aprendizado de uma LE. Deste modo durante todo o ano fizeprofissionais que atuam na área do ensino de LE, a partir do momento em que não sig- mos uma ligação entre a diversidade cultunifica apenas transmitir valores culturais do ral e o ensino da língua inglesa e podemos povo que a fala, mas sim proporcionar ao ver que o interesse tanto no aprendizado, aprendiz o acesso a outras culturas, outras visto que todos os trabalhos precisam ser formas de ver e pensar o mundo de forma entregues em Inglês, quanto no desenvolvicrítica e articulando o ensino a questões mento da proposta de trabalho se deram de sociais. Ensinar uma nova língua é con- forma muito mais prazerosa e gratificante. Resultado disso foram os trabalhos tribuir para a formação de indivíduos que são cidadãos do mundo, por isso devemos exuberantes apresentados pelos nossos alutrabalhar com as noções de quem somos e nos ao longo dos bimestres e que poderão com os questionamentos a cerca da relação ser visto por todos vocês nas fotos e em dessa língua alvo, identidades individuais e nossa feira de conhecimentos. See you soon!!! coletivas. O ensino de Língua Inglesa associada ao ensino de culturas deve ser muito bem pensado pois deve ter como objetivo Graduada a intenção de aumentar o conhecimento do em Letras (Portugues/Ingles) aluno desconstruindo prováveis estereótiCurso - ELS pos da cultura abordada em outros momenInglês como segunda tos dentro deste sistema educacional no lingua. Pós Graduada qual ele está inserido. Pois a cultura é algo em docência nos maior, ela é o que difere um povo do outro, ensinos médio, trazendo suas marcas com o passar do temtécnico e superior po, fazendo com que determinada cultura Professora não seja mais ou menos importante que oude inglês do 5º ao tra, mas que cada uma traga suas marcas, 9º ano do suas particularidades, deixando seus sinais Colégio F.A.S.

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Apertem os cintos... é hora de decolar!! Marlene de Carvalho Oliveira Pensando em resgatar o valor da leitura, foi elaborado o “Passaporte da Leitura”, com a finalidade de proporcionar aos alunos momentos que possam despertar o gosto e o amor aos livros, estimulando o hábito de leitura. Essa atividade é fundamental, pois através dela que pesquisamos, iden-

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tificamos a ideia principal do texto, aprendemos a utilizar a criticidade em nossas respostas e argumentos, e nos posicionamentos diante as situações cotidianas. Acredito que através deste projeto, estaremos estimulando nossos alunos a buscarem, nos livros, momentos divertidos, prazerosos e muito conhecimento através da leitura, podendo compreender melhor

o que estão aprendendo na escola, e o que acontece no mundo em geral, mostrando a eles um horizonte totalmente novo. O aluno deve perceber que a leitura é o instrumento chave para alcançar as competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realização. Sabemos que, do hábito de leitura dependem outros elos no processo de educação.


Além das atividades propostas, a cada livro lido, uma vez na semana um aluno é convidado a ser o “Professor Surpresa”, onde será apresentado o livro em questão durante a semana e uma atividade do mesmo elaborado pelo aluno. Tenho certeza que momentos assim se tornarão inesquecíveis aos nossos pequenos leitores.

“Nada lhe posso dar que não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.” HERMANN HESSE

Vivências

Emoções Fantasia Imaginação

Formada em Magistério Graduada em Letras – Português / Espanhol Professora do 2º ano – Ensino Fundamental I – no Colégio F.A.S. Escola, um lugar de valor

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Experiência

+ ação

= Experienciação Luís Humberto Miquelino Olá caro leitor. Paz e bem! Vamos devanear? (do dicionário da lingual portuguesa significa: Sonhar, fantasiar, imaginar, fazer castelos no ar: todos os adolescentes devaneiam). Nesse convite, inusitado, espero ter encontrado respostas positivas, pois através de momentos de devaneio, nós podemos nos dar o direito à conjecturar e, assim, intersectar-nos em nós mesmos, buscando respostas prontas para o próprio desenvolvimento pessoal e profissional, e ainda, viajarmos em uma

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busca infinita pelo desconhecido, que nos intriga, levando-nos a descobrir que ainda temos muito a aprender e nos auto questionar. É nessa esfera, que nós professores do Ensino Fundamental, nos deparamos dia a dia, com devaneios e viagens ao infinito das possibilidades humanas, em contrapartidas com a essência do senso comum e do científico misturadas ao saber cognitivo que cada um traz dentro de si. Assim, filosoficamente falando, é possível, pararmos para refletir acerca das capacidades e necessidades intrínsecas que um a um vão demonstrando, cada qual a seu tempo e modo.

A matemática é vista com uma vilã no processo de ensino-aprendizagem desde de muito tempo. Precisamos desmistificar essa ideia!! E, urgentemente!!! Nesse mergulho diante dos saberes cognitivos, a abstração e a generalização matemática pode se tornar complexa e desafiadora ao mesmo tempo. Desafiadora pois nos faz querer sempre mais buscar recursos e formas para contornar os obstáculos trazidos internamente e complexa pois se o aprendiz insiste em colocar barreiras, o contorno poderá se estender por mais um longo caminho. Em alguns desses momentos de busca do contorno para chegar ao caminho


da aprendizagem, nós utilizamos a geometria para realizar essa experienciação. “A Geometria desempenha um papel integrador entre as diversas partes da Matemática, além de ser um campo fértil para o exercício de aprender a fazer e aprender a pensar” (Fainguelernt, 1999, p.49-50). Eu e os alunos do 6º (sexto) ano, estávamos a estudar os conceitos de segmentos de reta (consecutivos, colineares, coplanares...). E, por se tratar de um conceito muito abstrato dentro da geometria, resolvemos utilizar um pouco do que nos ensina Jean Piaget, partindo então do teórico para o concreto, onde a visualização dos conceitos, que estavam obscuros, passaram a ter mais sentido, quando da construção das figuras geométricas (neste caso uti-

lizamos o cubo como referência, mas um grupo ainda foi além e construíram uma pirâmide). A princípio, ao relatar as definições em aula expositiva, o objetivo foi parcialmente alcançado, mas após a conclusão por meio das figuras que eles mesmos construíram, o objetivo foi em sua totalidade conquistado. Essa, meus caros e nobres leitores, é apenas uma das muitas experiências desenvolvidas em sala da aula. Podemos relatar, ainda, que para as turmas do 7º, 8º e 9º, temos tido sucessos, com a realização da mistura mais que agradável, da música com a álgebra. Seja na memorização de fórmulas, seja na construção de conceitos. E, é nesse barco que quero continuar a remar, e quem sabe levar os nossos jo-

vens aprendizes a atravessarem da margem do saber cognitivo para a margem do saber científico. Venham remar conosco!! Abraços matemáticos.

Mestre em Educação e Licenciado em Matemática pela Universidade de Uberaba-UNIUBE Professor de MATEMÁTICA no Colégio F.A.S. - Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano).

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Intolerância - O que é a Humanidade? E o que são os Direitos Humanos? Hilder Alves Laudino Começo a discorrer esse texto refletindo essas duas indagações, pensando nas relações interpessoais dos Homens, convivemos entre a nossa espécie humana, dentro de um contexto harmonioso ou conflituoso? Nós homens somos violentos ou pacíficos? Intolerância é o mesmo que ausência de tolerância, característica que corresponde à falta de compreensão ou aceitação em relação a algo. Uma pessoa que age com intolerância é chamada de intolerante e, por norma, apresenta um comportamento de repulsa, repugnância e ódio por determinada coisa que lhe seja diferente. Do ponto de vista social, as pessoas intolerantes não conseguem aceitar divergentes pontos de vista, ideias ou culturas, principalmente pelo fato de não compreenderem a diversidade do qual é formado o mundo.

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A tolerância é capacidade de manter, positivamente, a coexistência difícil e tensa dos dois polos, sabendo que eles se opõem, mas que compõem a mesma e única realidade dinâmica. Impõe-se optar pelo polo luminoso e manter sob controle o sombrio. O risco permanente é a intolerância. Ela reduz a realidade, pois assume apenas um polo e nega o outro. A tolerância é uma exigência ética. Ela representa o direito que cada pessoa possui de ser aquilo que é e de continuar a sê-lo. Esse direito foi expresso universalmente na regra “Não faças ao outro o que não queres que te façam a ti”. Ou formulado positivamente: ”Faça ao outro o que queres que te façam a ti”. Esse preceito é óbvio. O termo humanidade, do latim humanĭtas, faz referência à natureza humana, ao género humano ou ao conjunto de todas as pessoas do mundo. Os três atributos da humanidade são: a indivi-

dualidade, a subjetividade e a personalidade são ambivalentes. É que o homem, enquanto indivíduo é um ser único, indivisível, mas também semelhante a todos. Quando tido como sujeito, ele é soberano, mas também se sujeita à lei comum. Já como pessoa, o homem é espírito e também é matéria. A história da humanidade apresenta uma trajetória muito conflituosa entre os povos, ou entre os homens e porque não, na humanidade, imperando atos que envolvem domínio e exploração, deixando de fora a liberdade e a igualdade entre as pessoas. Na atualidade muito se questiona e se discute sobre os Direitos Humanos, que nesse ano vai completar sessenta e nove anos de sua conquista. Muitos defendem a ideia que os direitos humanos, são “direitos dos bandidos” e outros apontam que não passam de práticas do mundo ocidental para avançarem as fronteiras levando um liberalismo de-


senfreado, com o puro e simples desejo de vendas de produtos, rumo à aquisição de lucro. Pergunto a você, o que são os Direitos Humanos? Para que serve? Como ele é utilizado? Onde ele é aplicado? Quando devemos aciona-lo? Porque precisamos dele? Qual sua importância? Conhecemos realmente os Direitos Humanos? Será? Em sua obra Curso de direitos humanos – gênese dos direitos humanos (vol. 1), João Baptista Herkenhoff ensina que, utilizando-se a expressão direitos humanos como quaisquer direitos atribuídos ao homem, pode-se encontrar o reconhecimento de tais direitos até mesmo na Antiguidade. E cita, como exemplos, o Código de Hamurabi, no século XVIII a. C., na Babilônia; os pensamentos do imperador do Egito, Amenófis IV, no século XIV a. C.; as ideias de Platão, na Grécia, no século IV a. C.; o Direito romano, e várias outras civilizações e culturas ancestrais. No entanto, o próprio Herkenhoff salienta que, não obstante já haver uma

preocupação com tais direitos, estes não possuíam uma “garantia legal”, de forma que eram bastante precários em sua estrutura política, já que o respeito a eles dependia da sabedoria dos governantes. Apesar desses fatos, tal contribuição não deixou de ser relevante na criação da ideia dos direitos humanos. Declarada como a Carta Magna internacional para toda a Humanidade. Foi adotada pelas Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948. No seu preâmbulo e no Artigo 1.º, a Declaração proclama inequivocamente os direitos inerentes de todos os seres humanos: “O desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade, e o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem... Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.” O movimento contemporâneo pelos direitos hu-

manos teve origem na reconstrução da sociedade ocidental ao final da segunda guerra mundial. Neste sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, é um marco que veio responder às atrocidades que aconteceram durante a segunda guerra mundial. Termino essa simples reflexão deixando uma indagação: “Temos que aprender a sermos SERES HUMANOS?”, também “os SERES HUMANOS devem ter o direito de serem SERES HUMANOS?”. Vamos refletir.

Graduado em História. Pós-graduado em História Contemporânea e Gestão Pública. Professor de Filosofia do 5º ao 9º ano do Colégio F.A.S.

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Adaptação escolar: Os primeiros dias de escola O ingresso da criança na escola pode até ser doloroso, mas é um grande aprendizado para todos. A família deve se preparar para a fase de adaptação da criança, que pode durar poucos dias ou se prolongar por mais tempo. Márcia Cristina de O. Gomes É fundamental incentivá-las, principalmente, nas primeiras semanas de aula, explicando que ir à escola é um ato comum para todas as crianças, assim como fazem os adultos, que vão ao trabalho diariamente. A criança que percebe o sofrimento e a insegurança da mãe vai ter dificuldade no processo de separaração e adaptação na escola, além de sentir medo do abandono e insegurança. Afinal, por que ela está chorando se vem me buscar daqui a pouco? Portanto, controle seus sentimentos pelo bem maior. Se o pequeno já tem idade para entender, converse bastante sobre a escola antes de matriculá-lo, sempre falando sobre o lado positivo de estar junto aos colegas e professoras. Depois de escolhido o lugar, leve seu filho para conhe-

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cê-lo. Assim ele vai criando um vínculo com o espaço e as pessoas. Com o passar dos dias é fundamental que pais e responsáveis sempre reforçem o prazer proporcionado pelas brincadeiras e aprendizados no ambiente escolar. A mãe deve falar dos benefícios de estar com os colegas de classe, fazendo novos amigos; interessar-se pelo dia na escola e elogiar como o filho está crescendo e aprendendo coisas novas, legais e importantes. Conhecer e socializar com crianças e adultos é muito benéfico e faz parte do desenvolvimento infantil. No começo, o momento de deixar o (a) filho (a) na escola é bastante conturbado. Uma reação comum é o choro e a resistência em estar com a professora. Neste caso os pais devem ser pacientes e tranquilos, não há outra opção. Isso é fundamental para que a criança entenda, e passe a con-

fiar e a aceitar a nova rotina. A escola deve estreitar a relação de confiança com a criança. Enquanto educadores devemos procurar sempre dizer a verdade, como, por exemplo, frases do tipo: “A mamãe vai trabalhar, mas volta para te buscar”. Logo ele entenderá sua nova rotina, assim como a de seus amiguinhos, pais e professores. Este é apenas um período de transição e adaptação ao novo, faz parte do processo educacional. O fundamental é que todos estejam engajados nesta etapa de adaptação, assumindo os papéis e os desafios pertinentes a este momento. Isso, com certeza, proporcionará à criança o apoio que ela necessita para um excelente ano escolar. O ingresso na escola é o primeiro passo rumo à independência em relação aos pais. É a construção de um espaço próprio, que marcará seu caminho futuro.


Jamais ofereça recompensas, pois a criança deve encarar a ida à escola como um fato natural da vida do individuo. Explique quem irá buscá-la, você ou uma pessoa próxima a ela. Dessa forma, ganhará confiança de que voltará normalmente para casa. Quando for buscá-la, sempre pergunte as novidades: como foi o seu dia, o que fez, se aconteceu alguma coisa que tenha lhe chamado a atenção, com quem conversou e brincou, etc. Mostre-lhe que a mudança de rotina será muita benéfica.

Conhecer e socializar com novas crianças e adultos faz parte do desenvolvimento infantil e crescimento humano, dando assim início ao processo da convivência social. Cabe a nós profissionais da área buscar fazer do espaço escolar um ambiente prazeroso e aconchegante, oferecendo carinho e atenção às necessidades das crianças e esclarecimentos aos pais.

Um ponto que merece ser levado em consideração é a escolha da escola. É de suma importância que os responsáveis conheçam e tenham confiança no local que seu filho irá estudar, compreendam o projeto pedagógico e busquem, através dessa parceria, o melhor para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional da criança.

Formada em Pedagogia e Letras. Atua como professora do Maternal I do Colégio F.A.S. Escola, um lugar de valor

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Aleandra N. Ferreira de Morais Explorar e experimentar faz parte do processo de conhecer novas sensações. E o conhecimento do mundo que o ser humano adquire nos primeiros anos de vida, se deve principalmente ao sentido do tato (amplamente utilizado pelo ser humano, muitas vezes de maneira inconsciente e automática). Ao manipular, tocar e segurar objetos, a criança desenvolve sua percepção física, mental e emocional, obtendo informações acerca do mundo que o rodeia. No maternal do Colégio F.A.S. os alunos participam de varias atividades relacionadas a estimulação tátil com o objetivo de conhecer o que é liso, áspero, o macio, duro, fino, grosso, leve, pesado, grande, pequeno, maior e menor. Reconhecendo e comparando objetos pelo toque, aprendendo de um modo muito divertido, principalmente pelos mecanismos da repetição, da imitação, da exploração sensorial e por meio do brincar. É através dessas experiências que irão aperfeiçoar seus movimentos, já que nessa fase estão descobrindo o mundo através das sensações e estímulos. As crianças são seres em construção nas suas capacidades e com uma inteligência que pode expandir à medida que é estimulada. Quando incentivamos uma criança, um leque de oportunidades e de experiências se abre a ela, fazendo explorar, adquirir destrezas e habilidades de uma forma mais natural. Neste sentido todo o processo de estimulação visa tem como finalidade fazer com que a criança conquiste sua independência e autoestima, construindo autonomia e segurança para que ela possa enfrentar novas experiências que resultarão em seu crescimento e desenvolvimento.

Professora na Turma do Maternal Baby do Berçário do Colégio F.A.S. Formada em magistério e graduanda em Pedagogia Escola, um lugar de valor

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Boa tarde, todas as cores! É hora de festejar! Maria Lopes de Souza Neta A magia das cores está presente no convívio das crianças desde seu nascimento, já que são atraídas pelo mobile em cima do berço, pintura do quarto, roupas, brinquedos e outros. Este universo tem uma ligação direta com o aprimoramento das capacidades motoras, cognitivas entre outras funções, porque as crianças são estimuladas o tempo todo em seu meio social. O educador e escritor Rubem Alves incentivava os docentes quando dizia: “Devemos dar sabor ao nosso saber e ensinar os alunos a degustarem as coisas”. E por que não “saborear” as cores com as crianças? E com uma dose de sabor e uma pitada de criatividade veio a ideia dos projetos: “Boa tarde, todas as cores!” e “É hora de festejar”, baseados na literatura dos livros dos autores Mary França e Eliardo França. Envolvidos nesta magia das cores, durante o 1º Semestre, o Maternal III trabalhou o livro “Os pingos e as cores”, que de uma gota de tinta nasceram sete pingos com as cores do arco-íris para a diversão e fascínio das crianças. Essa leitura nos proporcionou desenvolvermos o projeto:

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“Boa tarde, todas as cores!” Levamos para dentro da sala de aula o mundo das cores através das atividades e experiências com tintas, bexigas, pinturas, cores da natureza, texturas, músicas e histórias. Nesse momento, as crianças se maravilharam com a história dos pingos e suas aventuras e “degustaram” atividades voltadas ao universo colorido e alegre das cores. Já no 2º semestre estamos festejando os bichos numa aventura de descobrir num baile a fantasia que bicho será? Fecharemos com o projeto: “É hora de festejar!” com muita diversão e encantamento das cores dos animais e descobrindo o colorido presente na natureza e os bichos.


Graduada em: Normal Superior / Pedagogia. Atua no Maternal III no ColĂŠgio F.A.S.

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Ballet na escola

Igual ou diferente de academia? Carolina Barros Corradini A resposta é diferente! O ballet é uma modalidade complexa que exige nove anos de estudos práticos e teóricos para que se conclua o curso. Quando ofertado na escola tem a finalidade de despertar na criança o interesse pela dança. Um interesse que pode ser pensado para um futuro profissional ou, na maioria das vezes como um hobby, uma atividade de prazer que gera benefícios para o corpo e mente. O ballet possui os sete movimentos básicos de qualquer outra atividade física: saltar, estirar, dobrar, elevar, girar, deslizar e pular. Assim é importante que a criança sinta prazer em praticar essa atividade pois estará se movimentando, se inteirando com o espaço e com a música.

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Ah a música! É uma ferramenta poderosa. Segundo estudo da Universidade de Stanford em 2015, ao ouvir música são ativadas as áreas do cérebro ligadas a emoção, cognição e autonomia, além de liberar dopamina que afeta o humor e a sensação de bem-estar. Esses são efeitos combinados com a dança são aliados contra a depressão e a ansiedade. As aulas para crianças até sete anos são mais lúdicas e tem como foco a coordenação motora, a musicalidade e a concentração. Complexo para os pequeninos que acabaram de entender que para andar é preciso colocar um pé na frente do outro e que os bracinhos se movem naturalmente ao contrário, e que as vezes é mais fácil correr que andar. Por isso, tão difícil se torna, parar, concentrar, equilibrar e se mover conforme a música.


Para as crianças maiores de sete anos é necessário mais disciplina, mais musicalidade e um princípio de consciência corporal. Com sequências de exercícios de barra e de centro, que têm o objetivo de fortalecer a musculara das pernas, a postura e a coordenação motora. Mesmo reconhecendo os benefícios da dança para o desenvolvimento de uma criança os pais não devem forçar a fazer ballet. A introdução a essa arte deve ser feita de forma natural e feliz.

Bailarina profissional habilitada pelo Sindicato dos Artistas do Paraná. Professora de Ballet e dança no Colégio F.A.S. Escola, um lugar de valor

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“A H ra da Chamadinha”

Afeto e cognição são desenvolvidas com esta prática diária no Colégio F.A.S. Tatiana Maria de Oliveira A rotina escolar é uma sequência de atividades que visam a organização do tempo que a criança permanece na escola. As atividades são aquelas que devem ser realizadas diariamente, oportunizando aos alunos o desenvolvimento e a manutenção de hábitos.

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A rotina possibilita à criança segurança e domínio do espaço e do tempo que passa na escola. A ‘’chamadinha’’ é uma das atividades da nossa rotina e é de suma importância pois o nome próprio de uma criança é seu marco de identificação. Através da chamadinha a criança começa a identificar

seu nome e o de seus colegas. Todos dias fazemos uma roda com fotos e nome das crianças com fichas móveis para que cada uma possa fixar no painel da chamadinha de forma divertidas através de músicas e brincadeiras .Assim vamos estimulando as crianças a observarem: Quem faltou? Quantas meninas


vieram? Quantos meninos vieram? Vieram hoje, mais meninas ou meninos? Estas perguntas trabalham as relações, percepções e noções matemáticas de uma forma lúdica e real. Partindo do momento da “chamadinha”, relacionamos o próprio nome com outras palavras que co-

meçam com o mesmo som, assim as crianças vão aprendendo a identificar seu nome e do seu colega com mais facilidade. Afeto e cognição são desenvolvidos com esta prática diária, pois o nome sempre tem um valor significativo na história de uma pessoa.

Formada em Magistério, Graduanda em Pedagogia. Professora do Maternal I e II no Colégio F.A.S.

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A Terapia Ocupacional do Contexto Escolar 74

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Isabella Elias de Moura Ramos Você sabe o que é Terapia Ocupacional? É uma profissão de nível superior que trabalha com envolvimento significativo das pessoas nas diversas áreas de ocupação, dentre essas áreas as mais comuns estão: a saúde, educação e a assistência social. Trabalhamos na prevenção, promoção, tratamento e reabilitação dos indivíduos, que por algum motivo não conseguem desempenhar as suas ocupações, tendo sempre como foco as atividades cotidianas e objetivando facilitar e garantir uma participação ativa no desempenho de tarefas. Quando falamos do contexto escolar incluso na área da educação, encontramos uma gama de funções que o profissional Terapeuta Ocupacional poderá atuar, pois a escola é um ambiente rico para intervenção destes profissionais. Ressalta-se que a realização desse trabalho pode acontecer em diferentes locais: Na escola, atuando com professores, pais e alunos. No consultório particular por meio de atendimentos individualizados com orientação à escola; e em Instituições especializadas ao atendimento destes alunos, como Apaes, Associações de Autistas e de Síndrome de Down e etc. As funções de atuação desse profissional são: Desenvolver, Treinar e Capacitar alunos e professores para o uso de tecnologias assistivas, que nesse contexto são produtos e instrumentos que promovam funcionalidade e um melhor desempenho nas atividades escolares; Treinamentos sobre comunicação alternativa; Prescrição e adaptação de cadeiras de rodas, de cadeiras de sala de aula adequadas, de material escolar específico como: engrossadores de lápis, tesoura adaptada, quadro imantado, adaptação de materiais como os jogos infantis e etc. Portanto, adaptação de recursos no geral que possibilitem que o aluno consiga se

sentir incluído a atividade e adquira os conhecimentos necessários que aquela atividade propõe. Outra função importante seria a atuação na interação e nas relações que esse aluno terá no ambiente escolar, considerando que por algum motivo esses aspectos estejam alterados e comprometidos, por exemplo, por barreiras arquitetônicas do ambiente, pelo material didático não adaptado, e até pelo comportamento e atitudes de pessoas que compõe aquele ambiente. Atuaremos então, nos aspectos que dificultam a inclusão social do aluno ao contexto escolar. Dessa forma, o terapeuta ocupacional funcionará como um facilitador desse processo para que o aluno se sinta melhor adaptado àquele meio o que refletiria no seu desempenho escolar e na aquisição de novos conhecimentos, além dos aspectos relacionados a socialização, a questões emocionais que vão sendo aprimorados em um ambiente como este. Ao falarmos sobre esse aluno foco do atendimento terapêutico ocupacional, não podemos nos prender apenas aquelas limitações visíveis aos olhos, e sim olhar esse público de uma forma ampliada, pois a atuação pode abranger os aspectos de promoção, prevenção e reabilitação. Alunos que apresentem dificuldades e estas estejam impedindo um bom desempenho na área escolar, sejam por limitações físicas ou psicos-

sociais, são alvos das intervenções desse profissional. Um exemplo de atuação do terapeuta ocupacional é com alunos com distúrbios e dificuldades de aprendizagem que muitas vezes apresentam alterações na coordenação motora fina, lentidão para cópia e execução de tarefas escolares, dificuldades de orientação espacial e temporal, dificuldades de raciocínio e compreensão. Ou com qualquer outro aluno que esteja com dificuldades de realizar, participar, se envolver, de forma funcional, ativa e independente ao contexto escolar, utilizando a atividade humana como recurso. Ao perceber algum aluno com essas limitações no ambiente escolar, recorra ao profissional Terapeuta Ocupacional e agende uma avaliação, este estará capacitado para a atuação nesse contexto.

Atua no Colégio F.A.S. como secretaria escolar e é Terapeuta Ocupacional pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). CREFITO 16180-TO

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VIAJANDO PELO MUNDO DA CAPOEIRA. CULTURA POPULAR EM AMBIENTE ESCOLAR Núbia Nogueira Cassiano Mestra Puma A escola já não é mais um ambiente fechado ao modelo formal de ensino. Atualmente ela se abre a novas práticas e oportuniza diferentes saberes através da educação não-formal, aprendidas por meio de manifestações culturais como a Capoeira. A Capoeira, como atividade polissêmica, ou seja, com muitos significados e muitas possibilidades, permite um trabalho criativo e inovador

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que desperta e convida o aluno para aprendizagem significativa, pois contempla um universo infinito de significados que vem sendo passados pela tradição oral de geração por geração por séculos. O ensino da Capoeira é um rico processo pedagógico que valoriza uma educação libertadora e consciente. São discutidos elementos históricos das manifestações culturais que a caracterizam enquanto luta pela libertação, enquanto símbolo de resistência contra vários tipos de dominação, e também

enquanto espaço para o exercício da cidadania, de construção da identidade, autoestima e autonomia por parte de seus praticantes. Considerando sua origem e trajetória histórica, podemos reconhecê-la como uma potente ferramenta de educação e integração social, pois, tendo nascido da luta contra a opressão, é uma arte que demonstra ser possível viver em harmonia independente da cor da pele, origem social, condição física ou mental, crença ou qualquer outro fator que diferencia os seres.


As aulas de Capoeira no Colégio F.A.S. acontecem há 10 anos, deste 2007 com o projeto: A ARTE DE CRESCER GINGANDO, que tem como objetivo principal, explorar, através do ensinamento da Capoeira, parte da diversidade étnico-racial brasileira, propiciando aos praticantes a vivencia cultural da arte a fim de contribuir para a sua identificação com a história de nosso país, compreendendo-se como sujeito, protagonista na constituição dessa história.

Seus objetivos específicos são: • Entender o contexto histórico da Capoeira; • Compreender os fundamentos da arte, seus princípios e valores, sabendo respeitá-los; • Conhecer os mestres mais importantes na história da Capoeira; • Aprender a tocar cada instrumento da Capoeira e a cantar na roda; • Saber diferenciar os estilos e jogo e como portar-se em cada um deles; • Vivenciar a parte cultural artística da Capoeira aprendendo as peças teatrais: Maculelê, Puxada de Rede e Samba de Roda; • Participar do Batismo e Troca de Cordéis (Cerimônia de iniciação e graduação da Capoeira, realizado anualmente); • Este último item, o Batismo e Troca de Cordéis, aconteceu no dia 08 de julho e foi um evento bastante tradicional com apresentações das clássicas peças relacionadas à Capoeira para ilustrar bem a amplitude do projeto e a comemorar os 10 anos da atividade na escola.

Graduada em Educação Física pela UNIUBE, Pós–Graduada em Educação Integral e Integrada pela UFTM, Pós-Graduada em Docência - Ensino Superior pela UFTM. Professora de Capoeira no Colégio F.A.S.

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Educação em Período

Integral

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Amanda Estevam O Período Integral permite um processo reflexivo, ampliando a jornada escolar, trazendo novas estratégias ou atividades lúdicas para o currículo. Esse modelo de extensão do tempo em contra turno escolar é recheado de atividades lúdicas, resultando no aprender brincando. No Colégio F.A.S., o tempo integral é dividido em várias atividades, desde o cuidado pessoal, perspassando pelo pedagógico aliado ao lúdico e finalizando com o lazer, o momento de ser criança. Durante a semana, há um roteiro a ser seguido, no qual especifica qual será a atividade do dia e a maneira que será desenvolvida, para que através delas possamos colher bons frutos. As atividades passam por cultura, esporte, lazer, artes, tecnologias da comunicação, saúde entre outras áreas do conhecimento e vivências sociais. Há um olhar diferenciado para as crianças do Período Integral, já que o Cuidar e Educar caminham juntos. Através da rotina, podemos proporcionar boas relações de convivência com os colegas e o ambiente escolar, melhorando assim as tarefas e aperfeiçoando as ações diárias. Todas as tarefas/atividades programadas e desenvolvidas no período integral são conduzidas por um profissional da área educacional.. Através da rotina, as crianças adquirem condições para se organizar na proposta das atividades do período integral, ora atividades dirigidas, ora atividades livres. Durante todas as atividades, reflexionamos com os alunos a importância da convivência, da organização e cuidado, pois por trás de cada brincadeira há

A rotina tem a seguinte estrutura: • Café da Manhã • Orientação nas tarefas de casa • Estimulação (com brinquedos;com artes visuais e plásticas; jogos pedagógicos, folclóricos, cooperativos; estimulação literária e artes cênicas e musical) • Momento da fruta • Recreação ( momento livre em diferentes espaços, parque, pátio, quadras • Aulas extras (cada dia da semana é realizado uma atividade diferente, como futebol, dança, judô, música) • Almoço • Higienização • Descanso um significado, no qual cada um levará um ensinamento. O gostoso do tempo integral é a satisfação em cada atividade realizada, pois mesmo estruturado em uma “rotina”, cada dia há um novo aprendizado, para ambas partes (alunos e monitora), e muitas vezes os alunos não percebem que estão aprendendo ou levando algo de valor, estão apenas brincando. Durante nossas rodas de conversa ou leitura, ele exemplificam através de suas ações diárias, mostrando a importância de cada coisa, de cada ação, de cada gesto. O aprender brincando é um dos pilares do Tempo Integral do Colégio F.A.S., a rotina não é quebrada, mas há um olhar diferenciado, um cuidado em cada atividade e descoberta por parte dos alunos no contra turno escolar, estimulando suas potencialidades e responsabilidades com seus materiais e tarefas. E os resultados são visíveis, a melhoria nas relaçãos interpessoais, na interação, distribuição e entendimento de horário de estudo

e lazer, incentivo a prática de esportes, fortalecimento de hábitos de higiene, desenvolvimeto da autonomia entre outros. Desta forma, o Período Integral do Colégio F.A.S. lança um olhar diferente para a proposta integral, o Cuidar e Educar são aliados para uma rotina de sucesso e aprendizagem significativa, pois a esola deve ser um ambiente prazeroso par a criança, um lugar de descobertas...

Graduanda em Pedagogia Responsável pelo Período Integral do Colégio F.A.S

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Unidade I - Rua Vital de Negreiros, 25 - Fabrício - (34) 3313-9263 - Uberaba(MG) Unidade II - Rua Padre Zeferino, 1145 - Fabrício - (34) 3322-6249 - Uberaba(MG) Site: www.colégiofas.com.br

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