Jornal Metropolitano

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Jornal Ano 7 - 65ª Edição - Abril/2016 - Órgão oficial de Comunicação da Arquidiocese de Uberaba

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Jubileu da Misericórdia Serão cinco Jubileus: o Jubileu das Crianças (abril), o Jubileu dos Jovens (maio), o Jubileu dos Idosos e Doentes (junho), o jubileu dos Casais (julho) e o Jubileu dos Adultos (agosto). Cada Missionário da Misericórdia deve escolher trabalhar em prol de um Jubileu, dedicando-se a visitar os lugares onde se encontram as pessoas para quem o Jubileu se destina. Serão 30 dias de uma profunda evangelização sobre a Misericórdia do Pai. Página 07

Fábrica de Sinos Artesanais

Só existem duas fábricas de sinos no Brasil. Uma em São Paulo (capital) e outra em Uberaba. Ela funciona há mais de 30 anos produzindo sinos artesanais para o país e exterior. Página 09

Igreja de Santa Rita

Construída em meados do século XIX, a capela de Santa Rita de Cássia simbolizou na época a expansão da fé do povo do povoado da “Farinha Podre”. A igrejinha da Protetora das Causas Impossíveis foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional em 1939, sendo até hoje um dos principais cartões postais de Uberaba. Página 12

Pastoral Universitária

Por orientação de Dom Paulo e Padre Márcio, os membros da Pastoral Universitária vão unir esforços no sentido de aglutinar as várias iniciativas deste segmento. Uma delas é na ação evangelizadora, alcançar além dos estudantes os profissionais docentes e técnico-administrativos, seguindo moldes do “Setor Universidades”. Página 08

Posse de novos párocos Tomaram posse em abril os novos párocos de Nossa Senhora de Fátima, frei José Ricardo e Santa Maria Mãe da Igreja, padre Gilberto Araújo. A provisão é para até seis anos. Página 05


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EDITORIAL

No dia 19 de março – solenidade de São José – foi publicada em Roma por Sua Santidade, o Papa Francisco, a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia. O documento foi fruto principalmente dos sínodos sobre família realizados nos últimos dois anos e traz uma mensagem radicalmente pastoral. Longe de uma linguagem marcada por teologismos abstratos, o Santo Padre traz uma mensagem destinada verdadeiramente a todo o Povo de Deus e de forma especial às famílias. Transparece-nos a sensibilidade do Papa ao não tratar as questões relacionadas à família

de forma maniqueísta – preto no branco – mas antes a partir da realidade concreta das mesmas realidades familiares que se propôs exortar. Assim, é reafirmada a necessidade de se olhar para os divorciados, para os homossexuais, para a sexualidade e para os problemas que afligem a família moderna à luz da misericórdia do Evangelho. A ação que se pede de nós enquanto Igreja parece ser resumido no verbo utilizado mais de uma dezena de vezes ao longo do documento: integrar. E parte deste processo necessário de integração de toda realidade familiar – ferida que seja – à promessa libertadora de Cristo passa por uma postura

misericordiosa por parte da Igreja que é chamada a abandonar quaisquer atitudes de “fiscais da fé”. Essa situação nos relembra de uma homilia proferida pelo Santo Padre na Capela de Santa Marta, no Vaticano, em 2013: “Pensai numa mãe solteira que vai à Igreja, à paróquia e diz ao secretário: Quero batizar o meu menino. E quem a acolhe diz-lhe: Não, tu não podes porque não estás casada. Atentemos que esta mãe que teve a coragem de continuar com uma gravidez o que é que encontra? Uma porta fechada. Isto não é zelo! Afasta as pessoas do Senhor! Não abre as portas! E assim quando nós

seguimos este caminho e esta atitude, não estamos fazendo o bem às pessoas, ao Povo de Deus. Jesus instituiu sete sacramentos e nós com esta atitude instituímos o oitavo: o sacramento da alfândega pastoral. Quem se aproxima da Igreja deve encontrar portas abertas e não fiscais da fé”! Este documento vem acrescentar ao magistério de Francisco e inspira à ação todo o povo de Deus – clero e leigos. Que a Sagrada Família de Nazaré, paradigma do amor familiar, se faça presente em nossas próprias famílias. Vitor lacerda

Vinte e quatro horas para o Senhor O Ano da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco, encerrando as comemorações dos 50 anos do Concílio Vaticano II, veio como um verdadeiro sopro do Espírito Santo para a caminhada da Igreja do terceiro milênio. Agora é olhar para a frente e dimensionar as riquezas que vão acontecer no contexto das comunidades cristãs, nos próximos 50 anos. O Papa Francisco é muito iluminado e bastante preciso em suas palavras. Na Bula de convocação para o Jubileu, Misericordiae Vultus, ele determina inclusive datas, como foi o caso das “24 horas para o Senhor”. Conforme

suas indicações, deveriam ser vivenciadas em todas as dioceses, como momento de misericórdia, na sexta-feira e no sábado antes do IV Domingo da Quaresma. Na Arquidiocese de Uberaba sentimos que todos os párocos e suas paróquias entenderam a importância do momento e colocaram em prática o pedido do Papa Francisco. Foram poucas as paróquias ou comunidades que não conseguiram ficar as 24 horas em oração. Foi verdadeiro momento de misericórdia, de reflexão e oração com o coração sempre sensível para a bondade e o perdão de Deus. Além do aspecto da miseri-

córdia, o papa teve em vista o despertar para a missão. A identidade da Igreja é ser missionária, levando a Palavra do Senhor para a diversidade das situações. Para isto, o Ano da Misericórdia exige das Igrejas particulares investir na formação de missionários da misericórdia, não deixando que os propósitos do Ano fiquem apenas no papel. A aspereza e a dureza dos corações de muitas pessoas nos novos tempos, a incapacidade que elas têm de pedir perdão, de dar o perdão, de reconhecer a misericórdia de Deus, a facilidade de guardar rancor, ocasionam infelicidade. Esta não é a meta do ser

humano. Existimos para a fraternidade, mesmo estando condicionados pelas fraquezas presentes em cada pessoa. O Ano da Misericórdia continua ainda até a Festa de Cristo Rei, no próximo mês de novembro. Temos muitas oportunidades para mudar naquilo que desvirtua nossa identidade como cristãos, não só fazendo a peregrinação até a Porta Santa, para o cumprimento do Jubileu, como também exercendo um trabalho de evangelização, sendo verdadeiros missionários da misericórdia. Dom Paulo mendes Peixoto Arcebispo de uberaba

ANO DA VIDA CONSAGRADA Existem muitos modos para viver uma vida consagrada para homens, mulheres, leigos, casais, viúvos. Para assumir uma vida consagrada, é necessário antes de tudo ter uma vocação, um chamado de Deus e uma resposta a esse chamado. Somos um grupo de leigas consagradas que existe em nossa Arquidiocese há mais de trinta anos. Foi criado por Dom Benedito de Ulhoa Vieira que, ao assumir o episcopado em Uberaba, encontrou o seminário diocesano fechado. Por consequência dessa realidade, havia poucos padres para o trabalho diante da grande extensão territorial de nossa Arquidiocese. Algumas cidades estavam sem padres. Dom Benedito escolheu algumas senhoras, moças e as enviou para essas cidades a fim de suprir a falta de sacerdotes. Elas assumiam mui-

tas vezes a coordenação da pastoral de uma paróquia, a parte administrativa, pagando contas, recebendo dízimos, dando catequese e evangelizando aquele povo, preparando-o para os sacramentos. Esse grupo aos poucos foi crescendo. Dom Benedito reabriu o seminário e passou a ordenar sacerdotes. Hoje não existe mais essa necessidade, pois aumentou o número de presbíteros, graças a Deus. Somos consagradas para servir em nossa Arquidiocese, cada uma em sua paróquia exercendo trabalhos pastorais de acordo com seus dons e carismas. Muitas vezes nem somos notadas na paróquia, não temos distintivo nenhum. Somos leigas, mas consagradas. Ano passado, o Papa Francisco dedicou um ano para a Vida Consagrada que encerrou em fe-

EXPEDIENTE Órgão oficial de comunicação da Arquidiocese de Uberaba • Praça Dom Eduardo,56, bairro Mercês, Uberaba - MG, CEP-38.060.280 • E-mail: jornalmetropolitano.diocese@ gmail.com • Assessor PASCOM: Monsenhor Valmir Ribeiro • Jornalista Responsável: Rubério Santos - Mtb: 4.384/MG e-mail: santoruberio@gmail.com • Editorias : Rubério Santos e Francine Moura • Revisão: Amabile Pierroti e Luiza Nogueira • Direção Comercial: Carlos Carvalho / 9151-0431 – • e-mail: carvalhocunha66@gmail.com • Impressão: Imprima Editora e Gráfica • Diagramação: Alex Maia 9969-4028 – e-mail alexesmmaia@gmail.com • Distribuição: 20 cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba • Tiragem: 10 mil exemplares

vereiro deste ano. Disse o papa: “como é belo ver o rosto feliz de um consagrado cheio de gratidão pela vida consagrada, pela experiência com Jesus Cristo, pelo Espirito Santo que anima a igreja, pelos diversos dons e carismas. A alegria de estar próximo às pessoas”. Também nos exorta a não esquecer o primeiro Amor, o primeiro Chamado. O Senhor continua a nos chamar. Não deixar reduzir a beleza do primeiro chamado, o primeiro Amor. O Papa nos lembra o religioso idoso, com os olhos brilhantes, é o fogo da vida espiritual aceso – continue a orar e ter confiança. Aqueles que vêm depois de nós possam receber nosso testemunho, nossa esperança. Dom João Braz de Aviz também disse que somos testemunhas daquilo que o Senhor realizou em nós e nos reconduziu ao

seguimento de Cristo e a viver o carisma de nosso fundador. Devemos percorrer nossa estrada, começando por nossa comunidade de consagradas. Somos seus discípulos, estamos prontos a sair em missão onde o Senhor nos chama. Queremos ser fiéis; que o Amor e a Misericórdia de Jesus em nós sejam plenos. Em 2015 nosso grupo foi fortalecido e enriquecido por várias leigas que fizeram sua consagração e estão servindo a Deus em suas paróquias. São elas: Alice, de Água Comprida; Maria Augusta e Maria Aparecida, de Sacramento; Cinira e Maria Ferreira, de Frutal; Andreza, de Uberaba. Comemoramos os 30 anos de consagração de Neuza Maria Silveira, de Ponte Alta. Outras estão em formação, preparando-se para a consagração. Vivenciando o Ano da Mise-

ricórdia, possamos, como disse o Papa Francisco, retornar sempre ao primeiro e único Amor e assim cumprirmos nossa missão de consagradas. Hilda maria de Jesus Coordenadora do Instituto Fraternidade São José


arquiDiocese

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Cruzes do Ano da Misericórdia são entregues na Missa da Unidade Dom Paulo Mendes Peixoto abriu a Semana Santa em Uberaba, presidindo a Missa de Ramos na Paróquia Santa Maria Mãe da Igreja. A comunidade estava sem pároco e o arcebispo se dispôs a ajudar durante o Tríduo Pacal. Seguindo o rodízio das paróquias do centro de Uberaba, a Missa da Unidade neste ano aconteceu na igreja de Santa Teresinha. Em torno de nosso Arcebispo, reuniram-se mais de 80 padres e cerca de 30 diáconos. As mais de 60 paróquias também estiveram representadas por centenas de fiéis. Num primeiro momento, foram recebidas as cruzes representando os cinco santuários da Misericórdia. Oportunamente, as cruzes foram abençoadas e entregues aos párocos, ficando com isto oficializadas as peregrinações aos santuários de Uberaba, Romaria, Sacramento, Frutal e Araxá. Também na celebração, demonstrando unidade ao pastor e pai, o clero renovou os compromissos sacerdotais. Dom Paulo ressaltou a importância de o padre redescobrir a vocação e a missão sacerdotal. Disse mais: que é preciso que o sacerdote seja de fato um pastor e não apenas um animador. Por fim, abençoou os óleos dos enfermos e dos catecúmenos e depois, junto com o clero, consagrou

o óleo da Crisma. Ao final da missa, os representantes das paróquias receberam o estojo com os três óleos bentos. Na quinta-feira pela manhã, Dom Paulo Peixoto presidiu Missa da Unidade na Diocese de Ituiutaba. Dom Francisco Carlos foi transferido para a diocese de Lins e o substituto ainda não foi nomeado pela Santa Sé. Na sexta-feira, o arcebispo voltou à Paróquia de Santa Maria para presidir a cerimônia da Veneração da Cruz. Já no sábado, presidiu missa da Vigília Pascal na Catedral Metropolitana. O Domingo de Páscoa, disse dom Paulo Peixoto, é o dia mais importante do catolicismo, pois celebra a ressurreição de Cristo, principal sinal da salvação dos cristãos. “Assim, ao comungarmos o Corpo e Sangue de Cristo (Eucaristia viva), comungamos sua ressurreição, a certeza de que um dia nós também ressuscitaremos”, enfatizou o arcebispo. A Páscoa, complementou dom Paulo, é a passagem para uma vida nova. “Um novo homem e uma nova mulher que, alegres, confiam na salvação, agindo segundo os mandamentos de Deus”. Rubério Santos

Calendário Pastoral

ABRIL - JUBILEU DAS CRIANÇAS 16 – Sábado – 9h - Reunião Região Romaria – Paróquia Nossa Senhora da Abadia - Romaria 19 – Terça-feira - 14h - Reunião do Conselho de Presbíteros 19h30 - Reunião da Região Catedral - Paróquia Santa Terezinha 20 - Quarta-feira - 9h - Encontro com as Secretárias Paroquiais 19h30 - Reunião da Região Ressurreição Paróquia da Ressurreição 25 a 28 - Segunda a quinta-feira - Retiro dos Presbíteros Local: Casa Dom Luiz - Brodowski/ SP

MAIO - JUBILEU DOS JOVENS 01 – Domingo - Dia do Trabalhador 02 – Segunda-feira – 19h30 - Reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) 03 – Terça-feira - Encontro com os membros da Pastoral Vocacional 06 a 08 - Sexta a domingo - Visita Pastoral Paróquia Santa Bárbara - Uberaba 08 a 15 - Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos De 18 de maio a 01 de junho, as Paróquias da Região Romaria receberão a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida.

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paróquias

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Fiéis de Nova Ponte entusiasmados com o novo momento pastoral Desde o dia 22 de janeiro de 2016, estou responsável pela administração e pela motivação do trabalho pastoral da paróquia São Miguel, da cidade Nova Ponte. Nestes três meses de trabalho, procuramos conhecer um pouco da realidade urbana e rural de nossa paróquia, detectando as urgências pastorais, tendo um contato direto com cada paroquiano, como nos pede o Papa Francisco, e dando continuidade ao trabalho de meus antecessores. Estamos em início de caminhada, porém, alguns trabalhos já foram realizados, tais como: formação e envio dos missionários da misericórdia, vivência das Vinte e Quatro Horas para o Senhor, formação e orientação dos ministros extraordinários da comunhão eucarística, reestruturação da pastoral do dízimo. Readequamos e reestruturamos a catequese, estamos preparando crianças e jovens para o serviço de coroinha e acólito, formando a pastoral da saúde e sonhamos com um grupo de jovens que atue no trabalho pastoral de nossa paróquia. Estamos batalhando também pelo retorno das atividades da pastoral familiar. A motivação tem sido algo perceptível no rosto de nossos paroquianos e isso foi bem evidenciado

nas celebrações da Semana Santa. Percebemos um povo sedento de Deus e acolhedor da nova proposta de trabalho pastoral. Todas as celebrações tiveram ampla participação da comunidade, além de bem preparadas, de modo que conseguimos verdadeiramente fazer a

experiência da Ressurreição. Estamos iniciando uma vida nova, uma experiência nova, com sonhos e objetivos novos com a colaboração de todos. Certamente, vamos concretizar muitos deles. O enfoque, a partir do mês de abril, será a preparação das celebra-

O Encontro com o Bom Pastor Frente ao amor de Deus, somos chamados a nos deixar encontrar e a encontrarmos nossos irmãos. Nestes quase 90 dias à frente da Paróquia Cristo Bom Pastor, muitos foram os encontros, como na vivência da Semana Santa, há poucos dias celebrada. Com emoção acompanhamos com toda a Igreja o encontro de Maria, nossa mãe, com Jesus a carregar a Cruz. Encontro marcante e muito significativo na vida eclesial. Maria encontra com seu Filho num turbilhão de emoções, assim como no olhar de Jesus, ao cruzar com o de sua mãe. Para ela, é a vida de seu Filho em jogo, para o Cristo é o viver da hora preparada pelo Pai. “Se possível, afasta de mim este cálice, mas se faça Tua vontade...” Esta “hora” preparada e esperada é também um encontro, no qual, pela ação salvífica de Jesus Cristo, toda a humanidade se abre para o encontro com uma vida pascal, na qual a morte foi vencida e nós, admitidos ao Reino dos Céus. Também nós, numa caminhada paroquial, devemos buscar viver esse encontro, onde acontece na comunidade o plano salvífico do Pai. Pastor e rebanho, padre e comunidade fazem acontecer esse projeto do Senhor, na vivência da Igreja. Nesta dinâmica de nos conhecer e nos deixar conhecer, acontece o ser Igreja, a comunidade dos filhos de Deus, o corpo Místico de Cristo. Tempo de desafios a serem vencidos e de metas a serem traçadas. A Igreja, discípula e missionária, se faz assim, vencendo os desencon-

tros e construindo relações que conduzam a comunidade a uma nova experiência da misericórdia do Pai. Vamos caminhando como irmãos e frente às alegrias e também aos tropeços e dificuldades, na proposta que o Bom Pastor nos faz: viver para cuidar e amar, reconstruindo a unidade do Rebanho. Pois se o pastor busca a ovelha ferida e cura suas feridas, é só o encontro com a totalidade do rebanho e a convivên-

cia que vão realmente tratar a ovelha perdida. Por estes tempos, nos basta a graça de Deus na possibilidade do encontro: do Pastor com as ovelhas, da comunidade com o pároco. “Em tudo dai graças ao Senhor”! (1 Ts, 5,18) Padre Aloizio José Nunes de Azevedo Júnior Paróquia Cristo Bom Pastor

ções dos jubileus. Queremos com esses acontecimentos fortalecer ainda mais a fé de nosso povo e o compromisso de todos com os trabalhos desenvolvidos por nossa paróquia. Queremos, unidos no mesmo ideal, construir uma comunidade onde os valores cristãos sejam vivenciados

no campo e na cidade. Com a ajuda de Deus, a proteção da Virgem Maria e a intercessão de nosso padroeiro São Miguel Arcanjo, vamos contribuir para o crescimento espiritual de todo o povo de Nova Ponte. Padre Rone Carlos


paróquias

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Padre Gilberto Araújo assume Paróquia Santa Maria A leitura da provisão de pároco marcou a posse de padre Gilberto Carlos Araújo, 50 anos, à frente da Paróquia Santa Maria Mãe da Igreja (Nossa Senhora Aparecida), no dia 10 de abril, em Uberaba. A missa da manhã foi presidida por padre Saulo Morais e a da noite, por monsenhor Geraldo Majela, ambos vigários gerais da Arquidiocese de Uberaba. A posse resumiu-se na entrada de padre Gilberto, acompanhado por casal conduzindo a imagem de nossa Senhora Aparecida e a leitura da provisão de pároco. Centenas de fiéis saudaram o novo pároco de Santa Maria. Ao final, ele afirmou que quem o chamou para a nova missão foi Deus. “Venho como servo para trabalhar para Deus, para a Igreja e o povo”, disse padre Gilberto, realçando que em sua caminhada sacerdotal sempre foi guiado pelo Espírito Santo e amparado pela Virgem Maria. Encerrando, pediu o apoio dos paroquianos e relatou seu desejo de estar no meio da comunidade, para que, juntos, possam construir as obras de Deus. Natural de Uberlândia e criado em Santa Juliana, padre Gilberto Carlos Araújo foi ordenado padre em 07 de dezembro de 1991. Nestes 25 anos de sacerdócio, passou por São Miguel, Nova Ponte,

Frei José Ricardo assume Paróquia de Fátima Desde o último dia 03 de abril, a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no bairro Estados Unidos, tem novo pároco. Trata-se de frei José Ricardo Terêncio, 43 anos. O sacerdote que veio de Ribeirão Preto – SP foi empossado pároco de Fátima por dom Paulo Mendes Peixoto perante centenas de fiéis presentes na celebração de domingo à noite. Na oportunidade, foi lida a

Nossa Senhora Aparecida, Frutal, Sagrada Família, Adoração e São João Batista, em Uberaba. Também foi reitor do Seminário São José e

ecônomo da Cúria Metropolitana. Rubério Santos Assessor de Imprensa

Santuário da Medalha Milagrosa MOSTEIRO CONCEPCIONISTA

Irmã Maria Antônia completa 95 anos

Dia 11 de abril de 2016, nossa Irmã Maria Antônia, OIC, do Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, completou 95 anos de idade. Apesar da cegueira e dificuldades advindas da idade, continua muito lúcida e comemorou seu aniversário junto às suas Irmãs de Comunidade; inúmeros amigos e familiares vieram de Salvador, Campo Grande e Rio de Janeiro para homenageá-la. Sempre muito alegre, bem-humorada e feliz com a eleição da nova Diretoria da “Pequena Obra de Santa Beatriz, em favor dos pobres”, que ela fundou há quase 40 anos aqui em Uberaba, fez questão de anunciar que continuará como a tesoureira da Obra, entre outras que também administra. Maria de Lourdes de Alencar nasceu no dia 11 de abril de 1921, em Exu, no Sertão pernambucano. No dia 31 de maio de 1943, Maria de Lourdes de Alencar, seu nome civil, Ceci, seu apelido de família, e finalmente Irmã Maria Antônia de Alencar, seu nome religioso, realizou seu sonho, seu ideal e ingressou na “Pia União das Filhas de Maria”. No mesmo ano, entrou para a Ordem Terceira de São Francisco, como leiga. Saiu de Exu/PE, com sua mãe, no dia 28 de novembro de 1944. 1

Ceci entrou no Mosteiro de Sorocaba/SP no dia 01 de julho de 1945. Fez seu Postulado, Noviciado e Votos Temporários no Mosteiro da Imaculada Conceição e Santa Clara na cidade de Sorocaba/SP. Corre o ano de 1945 e o momento de receber o santo hábito aconteceu no dia 03 de janeiro de 1946, passando a chamar-se Ir. Maria Antônia da Visitação, OIC. No ano seguinte, fez a Profissão Simples no dia 09 de janeiro nas mãos de Madre Maria Virgínia do Nascimento, a Abadessa do Mosteiro. Em 21 de junho de 1949 transferiu-se definitivamente com mais seis religiosas de seu Mosteiro de Sorocaba/SP para a cidade de Uberaba/MG, a fim de fundarem um novo Mosteiro da mesma Ordem. A Profissão Solene deu-se no dia 27 de fevereiro de 1950, na cidade de Uberaba/MG (onde permanece até hoje) nas mãos da Reverenda Madre Maria Virgínia do Nascimento, Abadessa do Mosteiro, sendo Oficiante Dom Alexandre Gonçalves do Amaral. Nos dias de hoje, é a única das sete fundadoras, viva. Desde 1952 com sérios problemas de visão, tendo sido operada de descolamento de retina nos dois olhos, iniciou o trabalho pró-Canonização da Beata Beatriz, Fundadora da Ordem da Imaculada Conceição. Em agosto de 1976, durante seu trabalho

William Brennam, Medical Holocaust, Nordland Publishing, 1980.

preparatório para a Festa de Canonização de Santa Beatriz, Ir. Maria Antônia sentiu forte inspiração em fundar uma obra de caridade com o nome da Santa em favor das crianças pobres. Assim, fundou “A Pequena Obra de Santa Beatriz, em favor dos pobres”, no dia 14 de agosto de 1979. Editou 10 livros e opúsculos de poesias: “As flores do meu jardim” - 1982; “No Claustro com meus amigos” - 1986; “Meu canto ao pôr do sol” - 1991; “À luz das estrelas” - 1993; “Viver com Deus” e “Pensamentos e mensagens livres” – 2004. Em 2008 publicou “Últimas flores”, tendo colaborado também com a Revista “Estrela Concepcionista”, de 1964 a 1970. Publicou o Opúsculo em homenagem aos 60 anos da Fundação do Mosteiro Concepcionista em Uberaba/MG – 2009 e o opúsculo “Uma alma celestial”, com quatro edições. Lançou também 07 CDs. Em 2015, aos 94 anos de idade, lançou o livro “Preservando a Memória”, em homenagem aos 60 anos da Festa e da Novena de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa em Uberaba/ MG. Toda sua obra pode ser adquirida na loja do Santuário da Medalha ou pelo site www.mosteiroimaculadaconceicao.org.br Ezinês Varenka Scussel Straus

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provisão do novo pároco, que também fez seu juramento perante o arcebispo. Frei José Ricardo foi ordenado em 2001. Frei Filomeno Popitti permanece em Uberaba como vigário paroquial. Aliás, é dele a conquista de área ao lado da igreja que, enfim, poderá ter um grande salão de festas e espaço para catequese. Da Redação


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especial

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INDULGÊNCIAS Para falar de indulgências, é preciso falar de pecado. A Misericórdia de Deus é mais fote. O pecado deixa suas marcas de modo que somente as Mãos de Deus pode retirá-los A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e me certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora de redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo, de Maria e dos Santos. (Cân.992). A indulgência oferece ao pecador penitente meios para cumprir esta dívida durante a vida na terra, reparando o mal que teria sido cometido pelo pecado. Viver a indulgência neste Ano Santo significa aproximar-se da Misericórdia do Pai, com a certeza de que seu perdão cobre toda a vida do crente. Esta reparação em vida se dá pelas boas obras, sendo que o pecado já foi perdoado pelo sacramento da confissão. As indulgências não perdoam os pecados, contudo, elas perdoam a pena temporal causada pelo pecado. Se o acento do texto recai sobre o amor ao próximo significa que Deus nos julgará pelas nossas ações concretas. Assim, o argumento das “boas intenções” não prevalecerá no juízo divino. Como popularmente se diz, “de boas intenções o inferno está cheio”. No fim das contas, o que valerão são nossas ações. Textos da Bíblia indicam que no céu não entra pecado. Contudo, o apóstolo Paulo toda hora nos recorda nossa condição de pecadores: Romanos 3:9-11: “Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus.” Para reparar essa impossibilidade de chegarmos ao céu, Deus providenciou, por meio da Igreja, o itinerário da Reconciliação entre Ele, o Deus da santidade, e o homem, o ser pecador. Mt 16, 16-19: E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. O pecado contra o Espírito Santo “Aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não terá remissão para sempre. Pelo contrário, é culpado de um pecado eterno” (Mc 3,29). Se a Igreja nos reconcilia com o Pai, precisamos a ela nos confessar para obter o perdão que desejamos. Daí a instituição do sacramento da Penitência. Quando procuramos o sacramento devemos confessar nossas faltas, porém essa confissão é também sempre imperfeita. Nunca falamos adequadamente tudo, ou porque não temos consciência de todos os nossos pecados, ou porque temos e se ficássemos no confessionário despenderia um dia inteiro, ou porque no ato da confissão se levanta o muro da vergonha, enfim, por diversas razões, fazemos com que nossa confissão seja sempre imperfeita. Há também que se falar das consequências do pecado que não podem ser anuladas pela confissão sacramental. Por exemplo, se um homicida se confessa à Igreja, perante Deus ele será perdoado, mas sofrerá as consequências da lei civil diante do seu delito. Se difamamos uma pessoa e nos confessamos, Deus nos perdoa pela Igreja, mas a fofoca alastrada pela nossa boca continuará causando dano aquele a quem difamamos. Ou seja, todo pecado possui uma dupla face: a CULPA que é perdoada no sacramento e a PENA que permanece mesmo após a confissão. As consequências (PENAS) dos pecados já perdoados podem ser eliminadas também pela Igreja por meio da oração e obras de piedade, penitência ou caridade. Como obter Indulgências: Orações aprovadas pela Santa Igreja: reza do rosário, Angelus, alma de Cristo, credo, Salve Rainha, Pai-nosso, Magnificat, Anjo do Senhor, leitura da Bíblia, Ofícios de Nossa Senhora, rezar nas intenções do Santo-Padre, o Papa. Uso do escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Uso devocional de objetos de piedade: cruz, medalhas etc. Obras de piedade: peregrinação a um santuário, participando da missa; fazer exercícios de piedade como a Via-sacra, procissões. Obras de misericórdia ou caridade: visitas a irmãos necessitados (doentes, presos, deficientes, idosos); colaborar assistencialmente e financeiramente com obras religiosas de amparo a pessoas necessitadas (fazendinhas, creches, asilos); dedicar parte do tempo para atividades religiosas na comunidade paroquial. Obras de penitência: jejum fora dos dias obrigatórios, abstinência de consumos supérfluos (jogos, televisão, internet, jejum da língua). Como a indulgência se refere às penas do pecado já perdoado, quem a ela não recorrer não incorre em condenação (pois a isenção do pecado em si foi obtida pelo sacramento da confissão). Contudo, como a confissão deixa resquícios (relíquias do pecado) impede-nos de ascensionarmos ao céu. Quem morre sem praticar indulgências necessariamente as eliminará no purgatório após a morte. Dessa forma, a prática das indulgências abrevia nossa provação no purgatório. As indulgências são sempre pessoais, não podendo ser aplicadas a outras pessoas em vida. No caso dos mortos, podem e devem ser aplicadas, de modo que nossos falecidos podem lucrar indulgências que nós oferecemos.

Obras de Misericórdia: “A fidelidade dos batizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens sua força de verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos: o próprio testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em espírito sobrenatural possuem a força de atrair os homens para a fé e para Deus” (Catecismo da Igreja Católica, cânon 2044). Jesus apresenta que deseja misericórdia e não sacrifício (Mt 9, 13; 12,7). O Papa Francisco nos recorda que as obras de misericórdia não fazem parte da missão de entidades especializadas ,mas constituem missão de todos. Dessa forma, a postura correta de todo cristão é ser missionário da misericórdia.

24 horas para o Senhor na Catedral

Nos dias 04 e 05 de março, dentro do período da Quaresma, a Igreja realizou a iniciativa “24 horas para o Senhor”. Em todo o mundo, igrejas abriram as suas portas pelo período de um dia para que os fiéis possam procurar o sacramento da reconciliação. A atividade foi motivada pelo próprio Papa Francisco. Em sua Mensagem para a Quaresma de 2016, ele destacou esse período como propício à conversão e aproximação da misericórdia divina. “Na Bula de proclamação do Jubileu, fez o convite para que ‘a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus’. Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa ‘24 horas para o Senhor’, quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio”. A rotina da Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Uberaba/MG, mudou completamente nos dias 4 e 5 de março de 2016. Respondendo ao pedido do

Papa, a Comunidade da Catedral dedicou suas “24 horas para o Senhor” se colocando diante de Jesus eucarístico numa jornada de oração e preces, celebrando a infinita misericórdia do Pai. Todas as equipes de trabalho – formadas por voluntários – foram convidadas a acolher os fiéis durante a programação. A jornada começou com a Via Sacra, depois a Missa de Misericórdia e a adoração ao Santíssimo. A partir das 19 horas iniciou-se a vigília

e a cada hora uma equipe assumiu a condução da adoração eucarística. Várias pessoas participaram conforme sua disponibilidade. Muitos pedem que essa jornada de oração seja repetida durante o ano. Participar desse momento tão especial das 24 para o Senhor é espiritualmente muito profundo. Estar em adoração não somente fortalece nossa fé, como também restaura nossa missão junto à Igreja.

Missa de envio

No dia 06 de março, às 19h, o Monsenhor Valmir presidiu a Missa de Envio, uma celebração especial dos missionários da Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Uberaba. A Paróquia realizou, no dia 02 de março, a preparação dos missio-

nários multiplicadores e da missão piloto na comunidade. O pároco trabalhou dedicadamente na formação do grupo que assumiu, a partir dessa data, o compromisso de levar a Boa Nova do Senhor aos irmãos e às irmãs da região, sobretudo aos

que estão afastados da convivência e da vida paroquial. Jesus disse: “Como o Pai me enviou, eu vos envio.” A exemplo de Jesus Cristo, que nos enviou a anunciar e viver o Evangelho, vamos em missão.


especial

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Jubileu da Misericórdia Tem início a primeira fase dos Trabalhos Missionários Com a celebração do Domingo da Divina Misericórdia, a Arquidiocese de Uberaba abriu as portas da primeira fase de seus trabalhos missionários. Este primeiro tempo missionário consiste em preparar nosso povo para as Celebrações Jubilares que se realizarão a partir do mês de abril até o mês de agosto. Serão cinco Jubileus: o Jubileu das Crianças (abril), o Jubileu dos Jovens (maio), o Jubileu dos Idosos e Doentes (junho), o jubileu dos Casais (julho) e o Jubileu dos Adultos (agosto). Cada Missionário da Misericórdia deve escolher trabalhar em prol de um Jubileu. Sendo assim, no mês da Celebração Jubilar por ele escolhida, o Missionário se dedicará a visitar os lugares onde se encontram as pessoas para quem o Jubileu se destina. Serão 30 dias de uma profunda evangelização sobre a Misericórdia do Pai, quando os Missionários serão desafiados a penetrarem nos mais diversos lugares da sociedade, principalmente aqueles que estão distantes do Evangelho. O Jubileu será um momento onde, juntos, vamos saborear a Misericórdia do Pai, procurando transformar o pranto que o pecado gerou em dança que a graça nos proporcionará. Será uma grande celebração da vida, momento de reconciliação e ação de graças. “Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: hoje realizei um gesto de amor pelos outros”. Papa Francisco Sem dúvida alguma, será esse gesto de amor a grande diferença neste nosso novo (e tão antigo) jeito de evangelizar.

Haveremos de falar da Misericórdia sem necessitar de palavras, mas simplesmente demonstrando a força do testemunho. O que queremos é ir ao encontro das pessoas com esta boa notícia: Deus te ama e por isso te perdoa sempre. Todas as pessoas, sem distinção, são chamadas à experiência desse amor misericordioso que restaura a vida da gente e nos faz experimentar a grandiosidade do amor que Deus nutre por cada um de nós. “Tudo aquilo que se compartilha se multiplica”. Papa Francisco Queremos compartilhar o Amor para ver multiplicar a Misericórdia do Pai. Partindo deste princípio, cada Missionário da Misericórdia assumirá um “Desafio Missionário”. O que é isso? Cada Missionário da Misericórdia vai assumir uma pessoa em situação de risco. São irmãos e irmãs nossos que foram profundamente machucados por diversas situações negativas e, por isso, estão vivendo de forma indigna ou prestes a cair nesta dura realidade. Como dizia Graciliano Ramos: “Tornaram-se vidas secas...” Amar exige de cada um de nós cuidados especiais com o outro, por isso vamos acompanhar de perto essas vidas e procurar, por meio do diálogo evangelizador e dos gestos de acolhida e amor, dar a elas um novo sentido. Acreditamos ser este gesto o coração dessa primeira fase missionária. Em toda a Arquidiocese temos em torno de 3.500 Missionários da Misericórdia; imaginem se destes, 1.000 conseguirem encaminhar a vida de uma pessoa? Nossa missão terá sido um sucesso!

Não será fácil. Por isso, estamos chamando de “desafio”, mas o resultado será engrandecedor e, além de transformar a vida da pessoa acolhida, preencherá a vida do Missionário de uma alegria sem fim. Sinta-se desafiado a este gesto de Misericórdia! “Bote fé, que a vida terá um novo sabor. Bote fé, bote esperança e bote amor”. Papa Francisco Que todos nós possamos estar imbuídos desse espírito missionário e fortalecidos pelo desejo de melhor servir a Cristo, servindo nosso irmão mais carente.

Que este tempo seja verdadeiramente um tempo novo em nossas vidas; que nosso coração, dilatado de misericórdia, possa melhor amar a Cristo servindo nossos irmãos. Como nos diz o Papa Francisco: “Não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e solidário”. Eis-me aqui, Senhor, envia-me! Que não seja outra nossa resposta. Padre márcio André Ferreira Soares Coordenador Arquidiocesano de Pastoral


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pastorais e movimentos

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Missa para detentos da Penitenciária de Uberaba Seguindo suas ações na Penitenciária Luiz Ignácio de Oliveira, a Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Uberaba promoveu missa para os apenados no último dia 05 de abril. A celebração foi presidida por padre Márcio André Soares, coordenador de Pastoral e concelebrada por padre Adailton, capelão do presídio de Uberaba. A cerimônia aconteceu no pavilhão quatro da Penitenciária, onde estão mais de 200 detentos. Alguns diretores da instituição também participaram da missa. De acordo com a coordenadora da Pastoral Carcerária Hendy Nasrala, a proposta é tornar estas celebrações mais frequentes. Oportunamente, foi celebrada a Páscoa com os apenados, agraciados com bombons. Da Redação

Ação Evangelizadora no Meio Universitário A Pastoral Universitária é “a ação evangelizadora da Igreja no âmbito universitário, coordenada e em comunhão com o bispo diocesano. É uma pastoral de fronteira, âmbito privilegiado do diálogo da Igreja com a cultura, com o mundo acadêmico e com as perguntas existenciais deestudantes, professores e funcionários” (Estudos da CNBB, 102, p.11). Por isto, tal ambiente é considerado verdadeiro areópago moderno! Nascida no seio católico, a universidade hoje é realidade em todos os continentes, sendo a modalidade confessional (religiosa) apenas uma entre inúmeras. Essa instituição é a “casa do pensamento”, lugar em que ciência, cultura,

técnica, arte e tantas criações humanas devem exercitar entre si o imperioso dever de dialogar, isto tendo como horizonte a construção de caminhos para uma autêntica realização humana, em suas diversas dimensões. Contribui de modo inescapável para que as grandes questões humanas sejam enfrentadas a partir da contribuição de diversos olhares e percepções da realidade. A Arquidiocese de Uberaba, procurando manter-se em consonância com o que a CNBB realiza em nível nacional, tem procurado retomar os trabalhos de unidade das ações evangelizadoras que existem nas diversas escolas de ensino superior. Até o ano passado foram feitas algumas tentativas, que precisam ser consolidadas

e avançar para outras cidades de nossa igreja particular, uma vez que “até agora pouco ou nada fizemos” (São Francisco de Assis). Por orientação de Dom Paulo e Padre Márcio, os esforços serão no sentido de unir as várias iniciativas. Por exemplo: essa ação evangelizadora, cujos protagonistas até agora têm sido os discentes, procurará alcançar também os profissionais docentes e técnico-administrativos. No caso da Pastoral Universitária, o que de certa forma deve estar sendo assumido pelos movimentos que evangelizam o meio universitário, neste ano as ações deverão procurar somar-se ao Projeto Pastoral Arquidiocesano para o Ano da Misericórdia. Além disso, serão envidados es-

forços no sentido de se planejarem ações em comum, inclusive para se estruturar uma coordenação que envolva os diversos grupos, o que

seguirá os moldes de um “Setor Universidades”. Washington Abadio Silva

Uberaba realiza Encontro Provincial de CEBs A Arquidiocese de Uberaba promoveu nos dias 02 e 03 de abril, no Centro Pastoral João Paulo II, o Encontro Provincial de CEBs – Comunidades Eclesiais de Base. O evento reuniu mais de 80 membros das comunidades de Uberaba, Uberlândia e Araguari. O arcebispo dom Paulo Peixoto abriu o encontro destacando a importância de resgatar as comunidades eclesiais de base em nossa região. Durante dois dias foram debatidos os seguintes temas: “Jesus e seu Projeto”, “CEBs ontem e hoje” e “Modelo de Igreja”. De acordo com Magda Melo, liderança da CEBs no Regional Leste II, a meta do evento foi de reavivar as Comunidades Eclesiais de Base no Triângulo e Alto Paranaíba. Ela entende que a proposta foi alcança-

da, uma vez que várias paróquias deixaram o encontro imbuídas do desejo de estender esse trabalho a outras comunidades, sempre com

intuito de orar e servir o irmão. Ao final, foi oficializada a Comissão Provincial das Comunidades Eclesiais de Base, com

ampliação da representatividade por dioceses. O segmento já se prepara para o 14º Interclesial de Base marcado para Londrina

– PR, em janeiro de 2018. Rubério Santos Assessor de Imprensa


evanGeliZaÇÃo

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Arcebispo visita Fábrica de Sinos O arcebispo dom Paulo Mendes Peixoto visitou nesta semana a Fábrica de Sinos Artesanais de Uberaba. Ela está entre as Sete Maravilhas eleitas na cidade. Durante a visita, o arcebispo esteve acompanhado do vigário-geral da Arquidiocese de Uberaba, padre Saulo Morais. Numa conversa com o proprietário, senhor José Donizetti da Silva e funcionários, ficaram sabendo de todo o processo de produção de sinos que começa pela construção dos moldes ou formas. A forma é composta de três etapas principais: construção do macho (parte interna), do sino falso em barro e da camisa (parte externa) onde são feitas as gravações e ornamentos. Isto demora 30 dias. Só depois o sino de barro vai para a fusão no forno, recebendo lingotes de bronze. Aos visitantes, José Donizetti disse que aprendeu o ofício ainda garoto em São Paulo, na década de 1970. Lá ajudou a produzir cerca de 2 mil sinos. Em 1982, voltou para Uberaba e abriu sua fábrica de sinos artesanais. Nestes 34 anos fez mais de 4 mil sinos, a maioria para paróquias espalhadas pelo Brasil e outros, para o exterior. Na fábrica, dom Paulo conheceu também o jovem José William, filho do proprietário. Ele é a garantia de que o ofício vai continuar. Afi-

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NOTA DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA A GRIPE H1N1 Prezados Padres, Diáconos Permanentes, Religiosos e Religiosas, Secretários Paroquiais, Pastorais, movimentos e Serviços Arquidiocesanos A Arquidiocese de Uberaba, a pedido do Sr. Arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto, comunica que Diante do grave risco de contaminação do Vírus H1N1, que é transmitido por contato físico e outros meios, percebendo que o tempo favorece tal situação e tendo dados que confirmam casos em Uberaba/Região, vítimas dessa enfermidade, nos antecipamos e recomendamos que todas as paróquias pertencentes à Arquidiocese de Uberaba tomem as devidas precauções para Prevenção contra esse tipo de Gripe. AS mEDIDAS A SEREm tOmADAS SERãO:

nal, o jovem já domina bem a técnica dessa tradição milenar. “Preciso é pegar experiência”, disse ele otimista em dar sequência ao trabalho de produção de sinos. Durante a visita, o arcebispo aproveitou para parabenizar a direção da fábrica pelo prêmio Uma das Sete Maravilhas de Uberaba, junto com seis igrejas católicas da cidade (Catedral, Santa Rita, São Domin-

gos, Abadia e Nossa Senhora das Dores). Finalizando, o proprietário destacou o apoio que a Prefeitura de Uberaba, através da Fundação Cultural, tem dado à fabrica de sinos, sendo que a mesma faz parte agora do roteiro turístico da cidade. Rubério Santos Assessor de Imprensa

Suspender, por tempo indeterminado, a Oração do Pai Nosso de mãos dadas; Evitar a realização do Rito do Abraço da Paz; Evitar todos os atos que indiquem contato físico entre pessoas, dentro da celebração ou em reuniões; Orientar os fiéis a evitarem alguns atos pessoais que atinjam os mais próximos, como espirro, contato com a saliva e outros. Certos de que, juntos, ajudaremos a evitar que se chegue a uma epidemia, contamos com a colaboração de todos. Dom Paulo mendes Peixoto Arcebispo metropolitano

O primeiro trimestre dos seminaristas de Uberaba em Belo Horizonte

Tenro, porém promissor. Estas são as características do novo caminho a ser trilhado pelos seminaristas dos Seminários São José e Nossa Senhora da Abadia em terras belo-horizontinas. No início, a mudança pôde parecer assustadora; entretanto, mediante o esforço, tanto nosso como de nosso arcebispo, começamos a sedimentar raízes humanas e intelectuais no ambiente pastoral e acadêmico da capital. Residimos temporariamente no bairro Monsenhor Messias e realizamos nossos trabalhos pastorais na Paróquia Maria Serva do Senhor, após agradável acolhida daquele povo bem como de seu pastor Padre Jorge Alves. Intelectualmente, o currículo acadêmico nos permite uma abrangente compreensão filosófico-teológica que proporciona aos candidatos ao presbiterado uma formação adequada para a maturidade vocacional. Esperamos corresponder à confiança que em nós está sendo depositada e futuramente auxiliar a arquidiocese em tudo quanto neces-

sário para a máxima glória do Reino de Deus. Confiamos na ação benévola do Senhor para conosco e, acima de tudo, agradecemos o apoio que as paróquias nos têm prestado, de modo especial Nossa Senhora de Fátima - Fronteira, Santa Teresinha - Uberaba, Sagrada Família – Uberaba e Santuário Nossa Senhora da Abadia - Romaria. Rogamos ao Pai Celeste que ilumine e abençoe cada um que se propõe a reafirmar a confiança que Deus depositou em nós ‘desde o ventre materno’. Lembramos, por ocasião de nossa mudança, as palavras de nosso saudoso arcebispo Dom Alexandre em 1967: ‘‘Sem dúvida, muitos fiéis católicos tomarão parte, com as suas preces, com as suas comunhões e as suas presenças, nas justíssimas alegrias do amanhã. Ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus entre os homens’’. César lourenço (1º ano de teologia) Pablo Henrique (3º ano de Filosofia)


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FormaÇÃo

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ESTUDOS BÍBLICOS

Segunda Carta aos Coríntios Continuando nossa reflexão sobre a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios, especialmente a parte central da carta, vemos Paulo apresentar a defesa de seu apostolado, especialmente diante das acusações de adversários dentro da própria comunidade. d) 2,4-7,16 – Paulo defende sua autoridade como apóstolo, mostrando que o sofrimento, usado por seus adversários como sinal negativo de Deus, é visto por ele como motivo de render graças a Deus, que conduz o homem em seu triunfo à morte de Cristo. Para Paulo, o triunfo é poder ser levado à morte e revelar através do sofrimento o amor de Deus pelo homem. Os adversários o atacavam por causa de seu sofrimento (2Cor 4,7-15; 6,3-10; 11,23-33), de sua aparência física fraca (2Cor 10,10; 1Cor 2,1-5) e por seu compromisso de pregar o evangelho às próprias custas. Consideravam isto sinal de inferioridade, não condizente com a grandeza de ser apóstolo e, portanto, marca da inutili-

dade de sua mensagem e parte de um plano para enganar os coríntios (2Cor 2,17; 11,7-15; 12,13-19). Paulo apresenta o contra-argumento, mostra sua capacidade de apóstolo e afirma que sua vida de sofrimento é o meio escolhido por Deus para o revelar ao mundo, a exemplo do sofrimento de Cristo. Retoma a temática da cruz de 1Cor 1,18-25 em 2Cor 2,15-16. Ao contrário do que pregam os adversários, Paulo assumiu livremente esse sofrimento, pregando o evangelho gratuitamente, na sinceridade de dar seu sim ao chamado divino. Recorda que os próprios coríntios são sinais de Deus: a conversão e a vida no Espírito Santo dos coríntios são prova de seu apostolado e da veracidade de seu Evangelho. Em 2 Cor 3,7-18, o apóstolo revela uma das passagens mais complexas do Corpus Paulino: compara sua missão de apóstolo da Nova Aliança estabelecida por Cristo com o papel de Moisés na antiga Aliança do Si-

nai (o chamado de Paulo em 2,16 e 3,5 comparado ao de Moisés em Ex 4,10). Paulo reflete sobre os acontecimentos de Ex 32-34 da antiga Aliança para poder entender a Nova Aliança em Cristo. Israel, por causa da Lei, ficou com o coração endurecido, em pecado. Moisés tinha que cobrir o rosto com um véu na presença do Senhor, não por causa da glória imensa de Deus que causaria a morte, mas em razão dos pecados de um povo de dura cerviz. O véu permitia a presença de Deus no meio do povo, escondia a dureza dos corações de Israel diante da glória de Deus. Para Paulo, a letra da Lei apenas declara a vontade de Deus e julga quem não a cumpre. No entanto, estando separada do Espírito que vivifica, a Lei não fortalece a pessoa para cumprir a vontade de Deus. A Nova Aliança estabelecida por Cristo é o derramar do Espírito Santo nos corações dos homens. Cristo realiza e vivifica a nova justiça. Os

DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

Missão da Igreja e Doutrina Social 1. Natureza da Doutrina Social A doutrina social da Igreja pertence ao campo da teologia e precisamente da teologia moral. Ela não é um sistema ideológico ou pragmático que visa definir e compor as relações econômicas, políticas e sociais, mas sua finalidade principal é interpretar essas realidades, examinando sua conformidade ou desconformidade com as linhas do ensinamento do Evangelho sobre o homem e sobre sua vocação terrena e, ao mesmo tempo transcendente. Situa-se no cruzamento da vida e da consciência cristã com as situações do mundo e exprime-se nos esforços que indivíduos, famílias, agentes culturais e sociais, políticos e homens de Estado realizam para dar-lhe forma e aplicação na história. Sua constituição como saber dá-se por duas vias - a fé e a razão -, pois são duas as fontes nas quais está alicerçada: a Revelação e a natureza humana. A razão explica e compreende a fé e a integra com a verdade da natureza humana, ou seja, a verdade integral do ser humano como ser espiritual e corpóreo, em relação com Deus, com os outros seres humanos e com todas as demais criaturas. 2. Contribuição das ciências humanas e sociais No intuito de compreender o homem em sua extensa, mutável e complexa rede das relações sociais, a Igreja reconhece a importância de muitos saberes, aos quais a própria teologia faz referência. Esta abertura às ciências faz com que a doutrina social da Igreja adquira competência, concretude e atualidade. Particularmente, a filosofia é instrumento indispensável para uma correta compreensão de conceitos basilares da doutrina social — como a pessoa, a sociedade, a liberdade, a consciência, a ética, o direito, a justiça, o bem comum, a solidariedade, a subsidiariedade, o Estado. É a filosofia

que ressalta a plausibilidade racional da luz que o Evangelho projeta sobre a sociedade. Graças às ciências humanas e sociais, a Igreja pode compreender de modo mais preciso o homem na sociedade, falar aos homens do próprio tempo de modo mais convincente e cumprir de modo eficaz a sua tarefa de encarnar, na consciência e na sensibilidade social do nosso tempo, a palavra de Deus e a fé, da qual se origina o seu ensinamento social. 3. Doutrina social como ensinamento moral da Igreja A doutrina social é da Igreja porque a Igreja é o sujeito que a elabora, difunde e ensina. Toda a comunidade eclesial concorre para constituir a doutrina social, segundo a diversidade, no seu interior, de tarefas, carismas e ministérios, cabendo ao Magistério interpretar e unificar o ensinamento social como doutrina da Igreja. Nela atua o Magistério em todos os seus componentes e expressões. Primário é o Magistério universal do Papa e do Concílio: é este Magistério que determina a direção e assinala o desenvolvimento da doutrina social. Ele, por sua vez, é integrado pelo Magistério episcopal que especifica, traduz e atualiza o seu ensino na concretude e peculiaridade das múltiplas e diferentes situações locais. Como parte do ensinamento moral da Igreja, a doutrina social reveste a mesma dignidade e possui autoridade idêntica à de tal ensinamento. Ela é Magistério autêntico e o peso doutrinal dos vários ensinamentos e o assentimento que requerem devem ser ponderados em função da sua natureza, do seu grau de independência em relação a elementos contingentes e variáveis, e da frequência com que são reafirmados. 4. Objeto e objetivo da doutrina social O centro da doutrina social da

Igreja é o homem chamado à salvação e, como tal, confiado por Cristo à responsabilidade da Igreja. Com a doutrina social, a Igreja se preocupa com a vida humana na sociedade, onde estão em jogo a dignidade e os direitos das pessoas e a paz nas relações entre pessoas e entre comunidades de pessoas. São estes os bens que a comunidade social deve perseguir e garantir. Nesta perspectiva, a doutrina social cumpre uma função de anúncio, mas também de denúncia. O anúncio da Igreja consiste naquilo que ela tem de próprio: uma visão global do homem e da humanidade. E isso não só no nível dos princípios, mas também na prática. A doutrina social, com efeito, não oferece somente significados, valores e critérios de juízo, mas normas e diretrizes de ação que daí decorrem. Comporta igualmente um dever de denúncia em presença do pecado: é o pecado da injustiça e da violência que, de vários modos, atravessa a sociedade e nela toma corpo. Tal denúncia se justifica na defesa de direitos ignorados e violados, especialmente de direitos dos pobres, dos pequenos, dos fracos e tanto mais se intensifica quanto mais as injustiças e as violências se estendem, envolvendo inteiras categorias de pessoas e amplas áreas geográficas do mundo, dando lugar a questões sociais, ou seja, a opressões e desequilíbrios que conturbam as sociedades. O intento da doutrina social da Igreja é de ordem religiosa e moral. Religiosa, porque a missão evangelizadora e salvífica da Igreja abraça o homem na plena verdade da sua existência, do seu ser pessoal e, ao mesmo tempo, do seu ser comunitário e social. Moral, porque a Igreja visa a um humanismo total, à libertação de tudo aquilo que oprime o homem e ao desenvolvimento integral do homem todo e de todos os homens.

fiéis encontram a mesma glória de Deus no Espírito Santo, derramado em seus corações. Em vez de serem destruídos ou julgados pela presença de Deus, são transformados por Cristo na imagem do próprio Deus (2Cor 3,18). Paulo se apresenta como o mediador da Nova Aliança de Cristo junto aos coríntios e mostra que essa Aliança supera e suplanta a Aliança Antiga, sendo a Nova Aliança estabelecida não na letra da Lei, mas no Espírito. Em 2Cor 4,7-6,13, retoma o tema de seu sofrimento, anunciando que o poder e a glória revelados nele são claramente de Deus. Segue o exemplo dos justos sofredores do Antigo Testamento e do Justo Sofredor, o próprio Cristo Jesus, suportando o sofrimento por amor aos outros, mantendo firme sua confiança na absolvição e recompensa futuras (2Cor 4,1418). Paulo confia plenamente que irá “morar junto do Senhor” e tal confiança se baseia na certeza de possuir atualmente o Espírito Santo. Afirma que todos irão comparecer diante do tribunal de Cristo para receber o prêmio de seus atos (2Cor 5,12-15).

Para o apóstolo, quem se reconcilia com Cristo “é uma nova criatura”. Isto implica um viver novo com Cristo no doar-se aos irmãos. Afirma isto convidando os membros da comunidade que ainda o rejeitam a se reconciliarem com Deus e a darem sinais da graça divina pela conversão. Ele se apresenta como o embaixador de Cristo, como o servo de Is 49,8, chamado a trazer o povo de volta para Deus (2Cor 6,2). Todos são chamados a se reconciliarem com Deus através da reconciliação com Paulo e sua mensagem. O texto termina sobre o relacionamento interno da Igreja, entre os fiéis e os incrédulos (os que não se arrependem nem se reconciliam com Paulo e com o Evangelho). Como vê a Igreja como o Templo de Deus, que se deve manter santo e imaculado, Paulo aconselha os fiéis a se separarem daqueles que rejeitam o Evangelho (2Cor 6,2425; 7,1). Continuaremos na próxima edição do Metropolitano, conhecendo a parte final da 2ª Carta aos Coríntios.

5. Destinatários da doutrina social A primeira destinatária da doutrina social é a comunidade eclesial em todos os seus membros, porque todos têm responsabilidades sociais a assumir. A consciência é interpelada pelo ensinamento social para reconhecer e cumprir os deveres de justiça e de caridade na vida social. Tal ensinamento é luz de verdade moral, que suscita respostas apropriadas segundo a vocação e o ministério próprios de cada cristão. As tarefas de evangelização, de ensinamento, de catequese e de formação que a doutrina social da Igreja suscita são destinadas a todos os cristãos, segundo as competências, os carismas, os ofícios e a missão de anúncio próprios de cada um. Quanto às responsabilidades referentes à construção, à organização e ao funcionamento da sociedade, provoca obrigações políticas, econômicas, administrativas, de natureza secular, donde deve sobressair de modo especial a atuação dos leigos. Em razão do seu estado de vida e da índole secular da sua vocação, os leigos, mediante essas responsabilidades, põem em prática o ensinamento social e cumprem a sua missão secular da Igreja. Além da destinação primária aos cristãos, a doutrina social tem uma destinação universal. A luz do Evangelho, que a doutrina social reverbera sobre a sociedade, ilumina todos os homens, e cada consciência e inteligência torna-se apta a colher a profundidade humana dos significados e dos valores por ela expressos, bem como a carga de humanidade e de humanização das suas normas de ação. De modo que todos, em nome do homem, da sua dignidade una e única, e da sua tutela e promoção na sociedade, todos, em nome do único Deus, Criador e fim último do homem, são destinatários da doutrina social da Igreja.

riza-se pela continuidade e pela renovação. Continuidade de um ensinamento que remonta aos valores universais que derivam da Revelação e da natureza humana. Por este motivo, a doutrina social da Igreja é um ensinamento constante, que se mantém idêntico na sua inspiração de fundo, nos seus princípios de reflexão, nos seus critérios de julgamento, nas suas basilares diretrizes de ação e, sobretudo, na sua ligação vital com o Evangelho. Por outro lado, no seu constante voltar-se à história, deixando-se interpelar pelos eventos que nela se produzem, a doutrina social da Igreja manifesta uma capacidade de contínua renovação. A firmeza nos princípios não faz dela um sistema de ensinamentos rígido e inerte, mas um Magistério capaz de abrir-se às coisas novas, sem se desnaturar nelas: um ensinamento sempre novo, sujeito a necessárias e oportunas adaptações, sugeridas pela mudança das condições históricas e pelo incessante fluir dos acontecimentos, que incidem no desenrolar da vida dos homens e das sociedades. A fé não pretende aprisionar num esquema fechado a mutável realidade sociopolítica. É verdade antes o contrário: a fé é fermento de novidade e criatividade. O ensinamento que nela sempre se inicia desenvolve-se por meio de uma reflexão que é feita em permanente contato com as situações deste mundo, sob o impulso do Evangelho como fonte de renovação. Mãe e Mestra, a Igreja não se fecha nem se retrai em si mesma, mas está sempre exposta, inclinada e voltada para o homem, cujo destino de salvação é a sua própria razão de ser. Ela é entre os homens o ícone vivente do Bom Pastor, que vai buscar e encontrar o homem onde ele se encontra, na condição existencial e histórica do seu viver. Aqui, a Igreja se torna para ele encontro com o Evangelho, mensagem de libertação e de reconciliação, de justiça e de paz.

6. Continuidade e Renovação Orientada pela luz perene do Evangelho e constantemente atenta à evolução da sociedade, a doutrina social da Igreja caracte-

Padre marcelo lázaro

Padre Gustavo Cortez Fernandez gustavo.cortezf@hotmail.com

1 -Cf. João Paulo II. Carta encíclica Sollicitudo rei socialis, 41: AAS 80 (1988) 572. • 2 - Cf. João Paulo II. Carta encíclica Veritatis splendor, 13. 50. 79: AAS 85 (1993) 1143-1144. 1173-1174.1197. • 3 - Cf. João Paulo II. Carta encíclica Centesimus annus, 59: AAS 83 (1991) 864. • 4 - Cf. Paulo VI. Carta apostólica Octogesima adveniens, 3-5: AAS 63 (1971) 402-405. • 5 - Cf. Congregação para a Doutrina da Fé. Donum veritatis, 16-17; 23: AAS 82 (1990) 1557-1558.1559-1560. • 6 - Cf. Paulo VI. Carta encíclica Populorum progressio, 42: AAS 59 (1967) 278. • 7 - Cf. João Paulo II. Exortação apostólica Christifideles laici, 15: AAS 81 (1989) 413; Concílio Vaticano II. Constituição dogmática Lumen gentium, 31: AAS 57 (1965) 37. • 8 - Cf. Concílio Vaticano II. Constituição pastoral Gaudium et spes, 43: AAS 58 (1966) 1061-1064; Paulo VI. Carta encíclica Populorum progressio, 81: AAS 59 (1967) 296-297. • 9 - Cf. João Paulo II. Carta encíclica Centesimus annus, 46: AAS 83 (1991) 850-851. • 10 - Cf. Paulo VI. Carta apostólica Octogesima adveniens, 42: AAS 63 (1971) 431.


especial

Jornal Metropolitano - Uberaba, abril de 2016

Concílio Vaticano II - Conclusão Durante todo o ano, refletimos sobre esse importante Concílio, que foi um divisor de águas na vida e atuação da Igreja, em sua maneira de compreender a si mesma e sua relação com o mundo. O CVII (Concílio Vaticano II) iniciou uma profunda reforma na Igreja, que passou a ser mais participativa, acolhedora, samaritana, misericordiosa. Nesses 50 anos, desde sua finalização até os tempos atuais, assistimos a um movimento de fluxo e refluxo, avanços e retrocessos. Trata-se de um tempo, denominado pelos estudiosos de “recepção do Concílio”. Com o Papa Francisco, assistimos a uma retomada dos princípios e da grande inspiração do Concílio. Sua “eclesiologia de saída” é um grande exemplo desse tempo novo, assinalado pelas duas exortações apostólicas “A alegria do Evangelho” e “A alegria do amor”, além de sua encíclica “Louvado sejas”! e, sobretudo, por seus profundos gestos simbólicos. O percurso Nos nove artigos que publicamos, abordamos os 16 documentos do CVII: quatro Constituições, nove Decretos e três Declarações. Não foi nossa intenção elaborar uma exposição exaustiva dos documentos. Procuramos abordá-los de acordo com o desenvolvimento da história do Concílio. Assim, história do Concílio e conteúdo dos documentos se complementaram. Pudemos visualizar os antecedentes do Concílio e os movimentos que o prepararam, para, depois, passarmos a sua convocação e abertura pelo Papa João XXIII. A seguir analisamos as duas primeiras Sessões do Concílio, verificando a reviravolta acontecida logo na Primeira Sessão, quando os Padres conciliares preferiram abandonar a maioria dos esquemas e preparar material próprio. Na passagem da Primeira para a Segunda Sessão, aconteceu a morte do Papa João XXIII e a eleição do Papa Paulo VI, que deu continuidade aos trabalhos conciliares. Dada a intensidade dos trabalhos, na Segunda Sessão só foram promulgados dois documentos: a Constituição Sacrossanctum Concilium e o Decreto Inter Mirifica.

Entre a Segunda e a Terceira Sessão do Concílio, surgiram importantes novidades por parte do Papa Paulo VI. Uma delas foi sua visita simbólica à Terra Santa, de 4 a 6 de janeiro de 1964, quando se encontrou com o Patriarca ortodoxo Atenágoras. Outra grande contribuição do Papa foi a publicação de sua encíclica programática Ecclesiam suam, a 06 de agosto de 1964. Procuramos apresentar as principais intuições desse documento, dada a importância de seu conteúdo para a elaboração dos textos conciliares. No final da Terceira Sessão, foram promulgados os documentos: Lumen gentium (Constituição Dogmática sobre a Igreja) e os Decretos Unitatis redintegratio (sobre o ecumenismo) e Orientalium ecclesiarum (sobre as Igrejas Orientais). No período relativo à Quarta Sessão do Concílio, o Papa Paulo VI promoveu novos acontecimentos importantes. Um deles foi sua visita à sede da Organização das Nações Unidas, no dia 04 de outubro de 1965, quando pronunciou histórico discurso a favor da paz entre os povos. Outro importante acontecimento se deu no dia 07 de dezembro de 1965, quando se procedeu à suspensão da pena de excomunhão que pesava tanto sobre a Igreja católica quanto a ortodoxa, desde 1054. Os documentos aprovados nessa última Sessão foram: Dei Verbum (Constituição Dogmática sobre a Revelação), Gaudium et spes (Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje), Ad gentes (Decreto sobre a atividade missionária da Igreja), Christus Dominus (Decreto sobre os Bispos), Presbiterorum ordines (Decreto sobre os Presbíteros), Perfectae caritatis (Decreto sobre a vida religiosa), Optatam totius (Decreto sobre a formação presbiteral), Apostolicam actuositatem (Decreto sobre o apostolado dos leigos), Gravissimum educationis (Declaração sobre a educação), Dignitatis humanae (Declaração sobre a liberdade religiosa) e Nostrae aetate (Declaração sobre as relações da Igreja com os não cristãos). O encerramento da Quarta Sessão coincidiu com o encerramento do CVII, a 8 de dezembro de 1965.

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detectados deslocamentos da visão eclesiológica: a passagem da centralidade da Igreja instituição para a centralidade do Reino de Deus, de uma relação em conflito com o mundo para a abertura ao diálogo, da autossuficiência para o serviço e a solidariedade, de uma atuação perdida no mundo da política para uma atuação em busca de plenitude final, de fechamentos em redutos de perfeição para a escuta do chamado à santidade.

Os resultados Do total de 16 documentos promulgados pelo Papa Paulo VI, no decorrer do Concílio, segue a classificação: duas Constituições Dogmáticas, uma Constituição Pastoral e uma Constituição; nove Decretos e três Declarações. Não foi definido nenhum dogma, nem foram proferidas excomunhões, como era costume acontecer nos 20 concílios ecumênicos anteriores. O fato de que o CVII não tenha sido um concílio em busca de definições dogmáticas não significa que assuntos teológicos referentes aos dogmas cristãos, especialmente à cristologia, não tenham sido abordados. O patrimônio teológico da Igreja, sistematizado ao longo de sua história bimilenar, serviu de referencial para balizar as afirmações conciliares, não só na dimensão da eclesiologia, que recebeu uma consideração especial nos debates da aula conciliar, mas nos variados âmbitos da dogmática. Encontramos abordagens dogmáticas em vários documentos do Concílio, mesmo naqueles que não se caracterizaram como Constituição Dogmática.

A Igreja voltou suas atenções para o mundo moderno, tratando de reelaborar suas relações com ele. O objetivo pastoral com que foi convocado o 21º. Concílio Ecumênico proporcionou um novo clima de diálogo, superando uma gramática de suspeitas e anátemas. A busca de aprofundamento do sentido desse inevitável diálogo na vida da Igreja abriu-lhe os horizontes para novos tempos. Um novo frescor de esperança assumia o lugar dos pessimismos anteriores. A Igreja se capacitava, já nas primeiras sessões conciliares, para assumir a desafiante missão de dialogar com o mundo moderno, tarefa que foi garantida pela Constituição pastoral Gaudium et spes. O CVII caracterizou-se por ter sido um concílio pastoral, ecumênico, intensificador do diálogo da Igreja com o mundo moderno, promovendo sua inserção na realidade contemporânea. A nova proposta da Igreja abrangia aprimoramentos da linguagem: visão de Deus e do ser humano, passagem da essência para a existência, do objeto para o sujeito, do indivíduo para o social, da natureza para a história. Foram

Nossa missão Não é suficiente conhecer a história e o conteúdo dos ricos documentos conciliares. É preciso mais do que isso. É preciso assumir os postulados do CVII, na vida pessoal, na vida da Igreja e na vida da sociedade. Para isso, grandes contribuições nos têm sido dadas pelas conferências gerais do episcopado latino-americano, que elaboraram importantes documentos no sentido de adaptar os textos conciliares a nossa realidade: Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida. Graças a esse longo trabalho, nossa Igreja latino-americana vem dando passos largos no sentido de assumir o espírito do Concílio: opção pelos pobres e pelos jovens, libertação, comunidades de base, comunhão, participação, inculturação, serviço da justiça, respeito às liberdades e à pluralidade, encontro pessoal com Jesus Cristo, o valor da família etc. Cada Concílio ofereceu generosamente seus frutos a seu tempo. Através deles, a Igreja procurou apresentar o Evangelho às culturas e às realidades que lhe eram peculiares. Viver de anacronismos é pecar contra o Espírito Santo, que sopra onde quer e convida o Povo de Deus a assumir a evangelização na atualidade. Hoje, o CVII tem muito a oferecer às pessoas e ao mundo em geral. Não há como se furtar a esta realidade: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo (...)” (GS,1). Padre Geraldo Maia


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Igreja de Santa Rita (1854)

Prosseguindo nosso estudo sobre as igrejas mais antigas em nosso território arquidiocesano, falaremos neste mês da Igreja de Santa Rita, localizada no coração de Uberaba. Os historiadores são unânimes em dizer que o período de maior prosperidade de Uberaba no século XIX foi entre 1820 e 1859. Foi nessa época que a localidade, vencendo as etapas de dificuldades de sua fundação, alcançou as prerrogativas de vila e cidade. Nesse ambiente de comércio intenso e desenvolvimento constante, sob a proteção de seus padroeiros São Sebastião e Santo Antônio, a fé do povo se expandiu e mais uma capela foi erigida, dedicada a Santa Rita das Causas Impossíveis. A devoção a Santa Rita de Cássia estava no auge naquele momento, embora a monja agostiniana da Idade Média ainda não tivesse sido canonizada, o que viria a acontecer apenas em 1900 pelo Papa Urbano VIII. Este é mais um exemplo onde o reconhecimento popular da santidade e da intercessão por milagres fez aumentar a devo-

ção e com isso a construção de templos. Cândido Justiniano da Lira Gama, devoto de Santa Rita, e em cumprimento de uma promessa para se livrar do vício da bebida, mandou iniciar a construção em 1854 da pequena capelinha em louvor à santa. Em 1877, o tempo, implacável com a construção singela, solicita reparos urgentes que são providenciados pelo negociante Major Joaquim Rodrigues de Barcelos, também atendido por Santa Rita em seu pedido de se tornar pai. Em 1881, os padres dominicanos se estabeleceram em Uberaba e realizaram sua catequese na igreja de Santa Rita, até que ela se tornou pequena com o crescimento da comunidade. Os ritos sagrados foram transferidos para a imponente Igreja de São Domingos, inaugurada em 1904, e a igrejinha de Santa Rita permaneceu fechada ao culto religioso durante muitos anos, sofrendo com o desuso, mais uma vez, as consequências do tempo. Enquanto outras igrejas eram construídas na cidade, Santa

Rita se achava em ruínas. Foi quando, por volta de 1939, Gabriel Totti requisitou e conseguiu do recém-criado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) o título de Monumento Histórico para a graciosa construção, o que viria a contribuir para sua restauração por meio de recursos públicos.

Com a criação da Fundação Cultural de Uberaba, seu primeiro Diretor Jorge Alberto Nabut e o Arcebispo Metropolitano de Uberaba Dom Benedito de Ulhoa Vieira inauguraram o Museu de Arte Sacra, no dia 11 de maio de 1987. O museu conta com acervo considerável de arte sacra e litúrgica. São celebradas

missas na igreja todo dia 22 de cada mês sob a responsabilidade da Paróquia de São Domingos. Fonte: Hélio Siqueira – Fundação Cultural de Uberaba e “Memória da Arquidiocese de Uberaba”, por Padre Prata. Vitor Lacerda – Historiador


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