Open Arena XIV

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OPENARENA

XIV Newsletter do Observatório Político Abril 2018 - Junho 2018

PORTUGAL DE JANELA ABERTA

PONTUALIDADES

ESTÁGIO À LUPA

SPRING RESEARCH SCHOOL

PERGUNTA & RESPOSTA

PLACE BRANDING

AGENDA REVIEW & PREVIEW


Direção do Observatório Político Cristina Montalvão Sarmento Suzano Costa Patrícia Oliveira

Editorial Cristina Montalvão Sarmento

Edição Sara Teixeira

Colaboradores Helena Tojo Miguel Perdigão Patrícia Tomás Sofia Perestrello

Capa Lisboa, Portugal, Maria Severa Street Art, Grafitti

Contactos Rua Almerindo Lessa Polo Universitário do Alto da Ajuda 1349-055 Lisboa Telf. (+351) 213 619 430 geral@observatoriopolitico.pt www.observatoriopolitico.pt


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Editorial Cristina Montalvão Sarmento

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Pontualidades Kirk Bowman

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Estágio à Lupa Helena Tojo

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Pergunta & Resposta Cristiana Oliveira|Filipe Roquette

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Spring Research School |Retrospetiva Miguel Perdigão e Sofia Perestrello

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IX Congresso APCP

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Agenda | Review & Preview


EDITORIAL

Professora Doutora Cristina Montalvão Sarmento Coordenadora do Observatório Político (ISCSP- ULisboa)

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destaque para o Nation Branding, cujo principal objetivo consiste em construir, gerir e melhorar a imagem de um determinado Estado, através do recurso a técnicas de branding e marketing.

um contexto em que os avanços tecnológicos reduziram as noções de tempo e de espaço, tornando célere a conquista e o tratamento da informação, a política internacional está intimamente ligada à reputação e credibilidade granjeadas pelos Estados. Estes tendem a apostar, progressivamente, em instrumentos de promoção da sua imagem para, por um lado, influenciar as perceções das opiniões públicas interna e externas, e, por outro lado, promover os seus valores e interesses, a fim de concretizar os seus objetivos estratégicos e de segurança.

Para efeitos da investigação em ciência política, interessa-nos o poder que assenta na capacidade de moldar as preferências dos outros, através de uma combinação de indução, persuasão e atração, que produz influência e conduz, frequentemente, à aceitação. Esta dimensão do poder emprega recursos intangíveis como o carácter nacional, a cultura, os valores ou as decisões políticas. Por outras palavras, consideramos relevantes as componentes sociais do poder, com especial destaque para o carácter nacional e a cultura – o primeiro tem a segunda como seu principal componente, mas, além disso, incorpora a ideologia, as opiniões, o tipo de instituições e as imagens.

O objetivo para os Estados não é novo: gerir e melhorar a sua imagem externa e, consequentemente, incrementar o seu soft power, isto é, o seu poder de atração e persuasão. A novidade está no desenvolvimento de mecanismos inovadores de relações públicas, adaptados à sociedade da informação e do conhecimento, estrategicamente utilizados pelos Estados no sentido da preservação da legitimidade política subjacente às ações empreendidas, mas não só.

Instrumentos e técnicas de política externa, como a divulgação de ideias, de práticas sociais, de objetivos e de resultados, os comportamentos e os procedimentos adotados no âmbito da diplomacia multilateral, a diplomacia pública e o Nation Branding, inserem-se frequentemente nas estratégias de exercício deste poder, geralmente, designado como soft power.

São estas novas formas e instrumentos de comunicação estratégica utilizados pelos Estados que mereceram a nossa atenção, com especial

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Assim, a atenção sobre estas novas possibilidades, contribuem para reunir, sintetizar e planear estratégias nacionais de branding, o que se manifesta como um potencial criador de inovação com reflexos na consciencialização dos organismos públicos e privados, em políticas públicas e tendente a ter impacto económico, local, regional e nacional.

cação e empenho, posições profissionais, seja em organismos públicos, seja em instituições privadas, num efeito desmultiplicador da formação, o que me apraz registar. Os mais persistentes, assumem as posições de conduzir os mais novos, neste caso um especial reconhecimento à Cristiana Oliveira, e ainda ao Nuno Lopes e à Marta Ceia, que mantém uma ligação ao Observatório Político frutuosa e que agradeço publicamente. As mais resilientes, que em torno do projeto prosseguem os seus Doutoramentos, seja a Patrícia Oliveira, momentaneamente afastada para cumprir o seu desiderato formativo e a Patrícia Tomás, no início do seu percurso, são as peças chaves, de terem compreendido plenamente o valor do empreendimento e a elas se devem o folgo, imaginação, criatividade e rigor da formação dos estagiários do OP.

Este foi o tema da nossa Spring Research School que bianualmente traz a Portugal estudantes de relações internacionais oriundos dos Estados Unidos da América, numa parceria que prefaz agora 6 anos e atinge a sua maioridade no planeamento, estrutura e composição programática preparada e organizada por um conjunto de jovens que estagiaram no Observatório Político no primeiro trimestre do ano de 2018, Helena Tojo, Marta Ramos, Sara Teixeira e Teresa Carvalho e que transitaram a informação aos estagiários do segundo trimestre do ano, Miguel Perdigão e Sofia Perestrello, todos e em conjunto, acompanharam e criaram mais um sucesso de profissionalização que os estágios visam. A todos os meus agradecimentos e parabéns.

Em particular o sucesso da SRS de 2018 fica a dever à Patrícia Tomás a calma, paciência, organização e trabalho com minúcia, mas também de atender os meus humores e caos criativo que são o branding do OP.

Muitos dos nossos estagiários têm conseguido através da continuação dos seus estudos, do seu esforço, dedi-

Cristina Montalvão Sarmento Junho de 2018

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PONTUALIDADES Professor Kirk Bowman Sam Nunn School of International Affairs, GATECH Georgia, USA

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ty of forging dedicated and talented young leaders by giving them significant autonomy with high expectations. Cristina graciously uses her contacts to arrange lectures from best scholars, meetings in the most exciting spaces, presentations from top talent in the business world, and wonderful cultural activities.

n May 2018, the Sam Nunn School of International Affairs at the Georgia Institute of Technology in Atlanta, Georgia celebrated the 4th Spring Research School with the Observatório Político in Lisbon, Portugal. I have directed 21 study abroad programs in 3 continents and the Spring Research Program is the single most impressive activity for our students and the Observatório Político is the best local organization that I have encountered over two decades in Latin America and Iberia.

The Spring Research School is conceptualized, organized, planned, and run by students in Lisbon for students from Atlanta, Georgia. Each iteration of the program brings a new cohort of student leaders from Lisbon and they embrace the difficult challenge of improving on the previous program. I always leave Lisbon with the impression that the program was so brilliant that it will be impossible for the next Spring Research School to be as good, let alone better. To my great satisfaction, we return every two years to an even better program of activities and experiences. This year’s coordinator, Patrícia Tomás, carried on the legacy of dedicated and creative leadership from Observatório Político and her entire team was outstanding.

I was fortunate to have met Cristina Montalvão Sarmento a decade ago in Lisbon. She was just forming the Observatório, an organization of dedicated and brilliant students who conduct high-level research, produce an impressive journal, and participate in a wide range of professional activities. Cristina is a wonderful scholar with a singular gift of leadership and a passion to develop a new generation of Portuguese scholars and practitioners of politics and international relations. She has the rare abili-

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The topics are selected to explore in depth the current issues in Portugal, in the trans-Atlantic, and in the EU. The 2018 edition focused on Portuguese Branding, with emphasis on the political, cultural, and economic perspectives. As businesses, cities, regions, and countries find themselves in a race for political and economic soft power, influence, and brand differentiation, Portuguese Branding was the ideal lens to understand a range of issues, from tourism winners and losers in the neighborhoods of Lisboa to the challenges of identity within the European Union.

The real benefit of this program goes far beyond the academic and professional activities. Students from the USA get a rare opportunity to interact with students from Portugal, to have conversations over meals about university and daily life, and to admire the leadership and talents of the entire team of ObservatĂłrio PolĂ­tico. On behalf of the near hundred students who have enjoyed and benefitted from the four Spring Research School programs in the past, muito obrigado and atĂŠ logo! See you in 2020!

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ESTÁGIO À LUPA

Helena Tojo Membro Associado do OP

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nho individual, compreendi o que mais me aliciava e descobri um interesse pela investigação na temática da Ciência Política e Sociologia até então desconhecido. Infelizmente, apesar de beneficiar muito desta descoberta, esta foi algo tardia e por isso encurtou as minhas oportunidades de investir científica e academicamente nas áreas referidas, por forma a enriquecer a minha candidatura ao Mestrado e permitir-me adquirir experiência em instituições que me proporcionassem uma “amostra” do que seria o caminho escolhido.

meu nome é Helena Tojo e terminei recentemente a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, encontrando-me na fase de candidatura a Mestrado. O caminho de construção para o futuro pode não ser linear mas este estágio, o Observatório Político e a sua equipa permitiu a consolidação do mesmo. Recordo-me de no início, durante o ensino Secundário, saber que a licenciatura, que viria a ser a minha, era a ideal, pela conjunção de áreas que tanto me interessavam e pela liberdade de escolha do que poderia seguir posteriormente. Essa escolha, no entanto, foi algo demorada. Só durante o meu percurso universitário através das cadeiras que frequentei e com a ajuda dos meus professores, mas também com empe-

Através das redes sociais, de uma ex-estagiária que divulgava a abertura de candidaturas à Segunda Fase do VII Programa de Estágios, tive conhecimento da oportunidade de estagiar no Observatório Político que preenchia todos os requisitos pretendidos numa experiência de estágio, contrariamente a outras organizações.

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ar um maior foco e capacidade de planeamento para o quotidiano. Sendo assim a experiência não apenas enriquecedora extra-curricularmente, foi, nesse aspeto, benéfica para o último ano da minha licenciatura.

A própria temática de trabalho da associação, ao ser coincidente com a minha área de interesse, permitiu-me explorar, no seu leque variado de instrumentos de produção científica, nomeadamente a Revista Portuguesa de Ciência Política, as Newsletters e os Working Papers. Durante estes meses no Observatório tive o prazer de trabalhar na montagem de todos estes conteúdos, com particular atenção na RPCP, bem como publicar o meu próprio WP.

As características-chave que descreveriam estes meses são a confiança e liberdade concedida à equipa de estagiários e às suas capacidades. Longe da minha mente fica a ideia de estagiária a trazer cafés ou a fotocopiar, para restituir por uma estagiária membro da equipa que contribui criativamente para o sucesso da associação. Conceder tal liberdade em jovens requer uma confiança que não é comum em associações de investigação científica de qualquer área. Não só estou grata por isso mas também pela confiança criada em mim por causa disso.

Durante o meu período no OP foram-me fornecidas todas as oportunidades para me desenvolver pessoal e profissionalmente. Tanto através do trabalho direto com equipas diferentes, como das competências básicas de trabalho administrativo de secretariado ensinadas, até à coordenação executiva de projetos como a Spring Research School.

Não só recomendo a experiência a outros numa situação de desenvolvimento do percurso académico e que necessitam de uma plataforma de entrada no mundo profissional, tal como eu fiz, prolongando a minha durante mais três meses na crença de poder adquirir mais capacidades diversificadas e complementares.

As capacidades aqui desenvolvidas superaram as expectativas, sendo que até as que julgava já possuir foram constantemente postas à prova. Nesse sentido, o meu nível profissional aumentou exponencialmente mas também o académico, pois o horário conciliado do estágio com as aulas permitiu-me cri-

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ESTÁGIOS DO OBSERVATÓRIO POLÍTICO

Candidaturas selecionadas da 3ª Fase do VII Programa de Estágios Miguel Perdigão | Sofia Perestrello

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Os pedidos de estágio devem ter correspondência com as áreas de intervenção do Observatório Político e situar-se em proposta de desenvolvimento de tarefas em Estudos Políticos, Relações Internacionais, Comunicação e Imagem, Secretariado e Informática, entre outras. Tendo a duração máxima de três meses.

Observatório Político vai já na 3ª fase da VII edição do programa de estágios académicos e curriculares, destinado a proporcionar aos jovens estudantes e recém-licenciados uma experiência de desenvolvimento de funções em contexto de trabalho numa associação científica. O programa de estágios do Observatório Político permite uma mais eficaz transição das instituições académicas para o mercado de trabalho, contando com uma elevada taxa de sucesso na inserção dos seus estagiários no contexto profissional.

Para mais informações viste o nosso site, www.observatoriopolitico.pt, ou contacte-nos por email: estagios@observatoriopolitico.pt.

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PERGUNTA & RESPOSTA O Observatório Político PERGUNTA Diretor-Geral da Bloom Consulting em Portugal Dr. Filipe Roquette RESPONDE sobre Place Branding

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ding vêm assumindo na gestão do desempenho económico, turístico e social dos territórios.

o passado dia 18 de Maio, no âmbito da Spring Research School 2018, o Observatório Político organizou uma sessão sobre a temática place branding no auditório do Padrão dos Descobrimentos. Numa sessão que contou com a participação de João Freire (IPBA), Fernando Quintas (AICEP) e João Neves (Bloom Consulting) e foram discutidas diferentes vertentes, metodologias e interpretações deste conceito recente, multidisciplinar e controverso.

O.P.: Qual é a sua perceção em relação ao (re)conhecimento de place branding por parte dos principais responsáveis pela gestão das marcas dos destinos portugueses (Governo, Entidades Regionais, Municípios, etc.)? F.R: Sinceramente acho que a compreensão da importância de uma marca territorial por parte das entidades que as representam, tem vindo a aumentar de forma muito clara. A Bloom Consulting tem vindo a trabalhar com várias entidades em Portugal, desde o Turismo de Portugal, algumas das regiões de turismo e muitos municípios por todo o país, e a nossa sensação é claramente de uma evolução e preocupação extrema com a sua marca, um dos principais ativos do território.

No “Pergunta & Resposta” deste trimestre falamos com Filipe Roquette, Diretor-Geral da Bloom Consulting Portugal desde 2013 e reconhecido especialista em Place Branding. Sediada em Madrid, com escritórios em Lisboa, Londres e São Paulo, a Bloom dedica-se em exclusivo à prática de place branding, com mais de 60 casos de estudo, desenvolvendo estratégias de marca, intelligence e ferramentas de medição para governos nacionais e regionais em todo o mundo.

Ao contrário do que se passava num passado próximo, uma marca já não é apenas um logo ou um slogan, uma marca é uma estratégia, já existe um entendimento que uma marca é a perceção que os outros têm de nós e que esta marca pode e deve ser pensada e desenvolvida com enorme cuidado.

Dos estudos anuais publicados pela Bloom Consulting, destacamos o Portugal City Brand Ranking©, uma análise do desempenho da marca dos 308 municípios portugueses nas áreas do Turismo, Negócios e Talento. Publicada em 2018, a 5.ª edição deste estudo mostra a crescente importância que as estratégias de place bran-

Esta marca é um ativo fundamental para o desenvolvimento de um território, seja na vertente de turismo, negócios ou mesmo no orgulho dos seus habitantes.

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O.P.: De acordo com a metodologia da Bloom, de que forma deve ser delineada uma estratégia de place branding e quais os principais desafios na sua implementação e acompanhamento? F.R: A nossa metodologia apresenta três fases distintas: uma fase inicial de estudo e análise do território em questão e da sua marca; por meio de entrevistas a atores locais, visitas ao território, inquéritos quantitativos, casos de estudo e análises várias fazemos um ponto de situação da marca. A segunda fase é a definição da estratégia, que começa com um workshop com equipas locais. O objetivo desta fase é encontrar a ideia central (conceito que nos representa) que define ou definirá esta marca, bem como um conjunto de projetos que na sua implementação vão fazer com que esta ideia central seja uma realidade. Com base em todas as recolhas efetuadas, e a informação saída deste workshop, desenhamos a arquitetura de marca e um plano de ação para levar a cabo na fase de implementação. Esta fase termina com a formação de equipas para implementação e a criação

de plataformas de gestão e medição de resultados. A última fase é a de implementação, é a fase onde pomos os projetos em prática, é um processo complexo que pode ser levado a cabo de forma independente pelo destino, ou acompanhado pela Bloom Consulting. São vários os desafios que surgem num processo destes: primeiro que tudo é fundamental o envolvimento dos vários atores locais, uma marca é a representação de um território e das suas pessoas. A ideia central encontrada tem de passar uma série de filtros: é única, verdadeira, relevante, aceite por todos? Tem de haver foco na implementação. Quais são os nossos públicos-alvo, qual é a mensagem para cada um? Se perdermos o foco, podemos não conseguir o resultado procurado. Uma estratégia de marca é um processo a longo prazo, uma visão de futuro. No entanto é importante que sejam apresentados resultados periodicamente e logo desde o início da implementação.

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O.P.: A metodologia utilizada no estudo Portugal City Brand Ranking© consiste de dados estatísticos oficiais, da procura proativa em motores de pesquisa e da dinâmica da comunicação digital nas dimensões de Negócios, Visitar e Viver. Porquê a escolha destas três variáveis e três dimensões e de que forma representam o desempenho de uma marca municipal?

disponibilizada por cada município e se esta é relevante. Todos os dados recolhidos por estas 3 variáveis são quantificáveis e provêm de fontes públicas e oficiais, sendo que a combinação de todos eles numa fórmula matemática que nos fornece uma posição rigorosa, na região e no país. O.P.: Quais as principais conclusões da última edição do Portugal City Brand Ranking© que gostaria de destacar?

F.R: A metodologia utilizada é realmente representada por estas três variáveis. Por um lado, através dos dados estatísticos (económicos, turísticos e sociais) analisamos o reflexo da marca no território, o impacto efetivo que esta tem, seja pela chegada de turistas, de novas empresas e investimento ou de talento que é atraído para este destino.

F.R: Ao longo destes cinco anos de vida do nosso Portugal City Brand Ranking© observamos um crescimento constante do interesse pelas marcas municipais portuguesas, sendo que apenas nesta última edição as procuras nacionais e internacionais por temas ligados aos municípios cresceram cerca de 40%.

Numa segunda variável e através da nossa ferramenta Digital Demand, captamos a procura proativa em motores de pesquisa por temas relacionados com cada um dos 308 municípios portugueses, em todo o mundo. Desta forma conseguimos medir o índice de procura que nos mostra o interesse que a marca suscita, bem como que temática é mais procurada em cada município.

Pela primeira vez as 7 regiões do país estão representadas no top 25 nacional, com a entrada de Ponta Delgada para a 24ª posição. Embora todas as regiões do país tenham crescido, a região dos Açores foi mesmo a que mais cresceu seguida pela região algarvia. Vila Nova de Gaia acaba por ser o maior destaque com a entrada, há muito já esperada, no top 10 do Ranking Nacional, pois desde a 1ª edição que tem vindo a subir na tabela.

Por fim, numa terceira variável, ao analisar individualmente os sites e redes sociais oficiais dos municípios, conseguimos aferir a procura e a aceitação da informação

No Ranking de negócios, Cascais supera Coimbra, ascendendo à 4ª posição, suportado pelo seu bom desempenho e tal como no Ranking Nacional, Vila Nova de Gaia volta a destacar-se subindo 10 posições, ascendendo ao 6º lugar.

No Ranking Visitar, à imagem do que sucede no Ranking Negócios, Cascais volta a subir uma posição, ultrapassando,

“in-extremis” Albufeira, estando agora na 4ª posição. No entanto, o maior destaque vai para o pequeno município da Nazaré, que sobe 6 posições, ascendendo ao 7º lugar da tabela, muito suportado pelos resultados de Surf e Praia.

No Ranking de Talento, a primeira alteração surge com a troca do 4º para o 5º lugar, com Braga a suplantar Sintra e a

subir à 4ª posição, o destaque aqui, vai também vai para os municípios de Viseu e Oeiras que ao subirem ambos 2 posições.

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SPRING RESEARCH SCHOOL EM RETROSPETIVA

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Spring Research School resulta de um cruzamento de vontades entre o Observatório Político e a Georgia Tech Institute, com a notável colaboração do Diretor dos Programas de Licenciaturas desta instituição, o Professor Kirk Bowman. Este seminário de internacionalização do ensino tem por objetivo proporcionar aos alunos americanos novas experiências académicas e culturais, dando-lhes a oportunidade de fazer parte do sistema académico português bem como travar conhecimento com o sistema político nacional, ao mesmo tempo que trabalham e estudam com estudantes e investigadores ligados às mais diversas áreas.. Este programa de intercâmbio, tendo em conta os interesses da instituição visitante pelos estudos latino-americanos, com particular relevo nos estudos ibéricos, procura proporcionar aos alunos por meio das sessões académicas realizadas uma oportunidade de aprendizagem acerca da história e cultura nacionais, desmistificando estereótipos veiculados por diversos meios de informação, pautando-se pela transparência e imparcialidade caracterizadoras da dinâmica do OP.

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Neste sentido, seguindo sempre uma linhagem lógica, as várias edições da Spring Research School têm incidido sobre temas relevantes como a história colonial e democrática de Portugal, assim como as relações entre Portugal e a União Europeia, a CPLP, os EUA, a China, entre outros, analisando as várias dinâmicas de multinível. Todos estes temas foram debatidos e discutidos nos mais diversos locais nomeadamente, Universidades da região de Lisboa, passando pela Assembleia da República e até ao Padrão dos Descobrimentos. Os alunos têm ainda a oportunidade de disfrutar e explorar as antigas ruas lisboetas, provar as delícias da nossa gastronomia e visitar monumentos cheios de história e histórias. A demonstração gastronómica da cozinha portuguesa tem protagonismo, por exemplo no Time Out Market, onde os croquetes ganham o Óscar, não se ficando por apenas uma edição.


A nível cultural esta iniciativa distingue-se também pelas pontuais visitas a monumentos e museus, como o Museu dos Coches, o Museu do Chiado, o MUDE, passando pelo MAAT e até à Fundação Oriente. A última edição pautou-se por algumas escolhas “out of the box”, traduzindo-se na realização de uma Street Art Tour, possibilitando aos alunos norte-americanos uma experiência cultural, social e política, palmilhando as ruas de Lisboa.

Esta 4ª edição foi também marcante pela introdução de uma componente prática, a simulação Security Game Challenges, permitindo uma maior interatividade entre os alunos e os atuais temas, com particular ênfase na violência como instrumento político.

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Como forma de encerramento dos programas e como é já tradição, tem lugar no último dia um jantar de encerramento, tendo o do presente ano sido realizado na Associação 25 de Abril, antecedido por um mini-concerto de Carlos Alberto Moniz com canções alusivas à Revolução.

Por meio dos inquéritos de satisfação realizados aos alunos norte-americanos, no término dos seminários constatou-se nesta última edição a ausência de indicadores de insatisfação, comparativamente aos anos anteriores, verificando-se ao invés um aumento crescente dos níveis de satisfação por parte dos alunos no que diz respeito à aprendizagem retirada do programa, bem como à organização do mesmo.

Assim, e em forma de balanço deste programa que prefaz 6 anos, salienta-se ainda a introdução de novos meios de transporte, para efeitos de deslocação entre os locais onde decorrem as sessões, como o elétrico e o comboio, bem como o apoio dos diversos patrocínios sendo reflexo de uma melhoria da organização logística, espelhando-se num ambiente de harmonia e consequente satisfação dos estudantes.

Em traços gerais, a matriz do programa tem-se mantido no mesmo sentido lógico e evolutivo, conseguindo alcançar os objetivos pré-definidos e por vezes ultrapassando-os, criando uma ponte na internacionalização do ensino entre Portugal e os Estados Unidos da América.

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2012

1ª Edição

2ª Edição European

Crisis Economy

Beyond

2014

The Union’s Political Future

3ª Edição

2016

4ª Edição Portuguese Branding

Portuguese Prying Eyes From Sea Roads to European Challenges

2018



IX CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE CIÊNCIA POLÍTICA

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Observatório Político, do ISCSP-ULisboa, esteve presente no IX Congresso da Associação Portuguesa de Ciência Política, que decorreu de 18 a 20 de Abril de 2018, na Universidade do Minho. Foi representado pela coordenadora, Professora Doutora Cristina Montalvão Sarmento, e pelas investigadoras associadas Cristiana Oliveira e Patrícia Tomás. Estes Congressos são realizados bianualmente pela APCP para promover a investigação e divulgar resultados. Na procura de concretização do objetivo de contribuir para a autonomia e o desenvolvimento da Ciência Política em Portugal, estas iniciativas permitem ainda proporcionar contactos

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entre centros e investigadores, nacionais e estrangeiros e premiar a melhor Dissertação de Doutoramento nas áreas de Ciência Política e Relações Internacionais. A IX edição foi complementada pelo contributo das supra-referidas representantes do Observatório em três painéis distintos sobre as respetivas especialidades. No início do primeiro dia, o painel “Novas tendências políticas”, moderado por Edalina Rodrigues Sanches, contou com a apresentação da investigadora associada Cristiana Oliveira que se debruçou sobre a temática “Nation Branding e Identidade Nacional”.


No mesmo dia teve lugar um painel moderado por Maria da Luz Ramos intitulado “Participação, actores e políticas públicas”, no qual a investigadora associada Patrícia Tomás realizou a apresentação do tema “Crise e Protesto Político”.

Relações Internacionais em Portugal”, que procurou estimular uma reflexão por parte dos seus protagonistas nas diferentes universidades portuguesas sobre o ensino da Ciência Política e das Relações Internacionais. A representar o ensino das referidas áreas no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade de Lisboa, esteve presente a Professora Doutora Cristina Montalvão Sarmento.

No dia 19, pelo fim da tarde decorreu a Mesa-Redonda “O ensino universitário da Ciência Política e das

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AGENDA | REVIEW Abril 2018

Maio 2018

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Foi convidada do 3 às 10 da RTP3, para analisar a inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém a Investigadora Associada do Observatório Político Marta Ceia.

Início da 3ª fase VII Programa Estágios Académicos e Curriculares do Observatório Político.

18-20

O Observatório Político esteve representado no IX Congresso da APCP, pela coordenadora Professora Doutora Cristina Montalvão Sarmento e pelas investigadoras associadas Cristiana Oliveira e Patrícia Tomás, que teve lugar na Universidade do Minho (Braga).

17-18-21

IV Edição Spring Research School 2018- Seminário de Interna -cionalização do ensino – uma parceria do Observatório Político com a Sam Nunn School of International Affairs, GATECH, Georgia, USA, sob o tema “Portuguese Branding”.

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Junho 2018

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Foi convidada do programa 3 às 10 da RTP3, para comentar a Cimeira entre os EUA e a Coreia do Norte a Investigadora Associada do Observatório Político Marta Ceia. Para analisar o mesmo tema, a Investigadora Associada marcou presença também na Antena1.

Disponibilização do e-Working Paper #81 da autoria dos Membros Associados Helena Tojo e Margarida Pereira sobre o tema “Campo de concentração: a instituição total de um regime totalitário”.

AGENDA | PREVIEW 21

Encerramento das candidaturas para a 1ª Fase do VIII Programa de Estágios Académicos e Curriculares do Observatório Político.

Setembro 2018

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Outubro 2018

Abertura das candidaturas para a 1ª Fase do VIII Programa de Estágios Académicos e Curriculares do Observatório Político.

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Início da 1ª Fase do VIII Programa de Estágios Académicos e Curriculares do Observatório Político.

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Lançamento da Revista Portuguesa de Ciência Política | Portuguese Journal of Political Science, número 9 | 2018.

Disponibilização do e-Working Paper #82.

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DESEJAMOS A TODOS OS MEMBROS DO OP UMAS BOAS FÉRIAS! VOLTAMOS EM SETEMBRO

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NÃO FAZEMOS POLÍTICA,MAS EXPLICAMOS


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