Viver Sports Nº 314

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FOTO: INSTITUTO BOB BURNQUIST/DIVULGAÇÃO

O ícone do skate só quer "focar na vida" O multicampeão transformou o espaço de seu restaurante, que fica na Zona Oeste do Rio, na sede do Instituto Bob Burnquist (IBB). Página 4

FOTO: ACÁCIO PINHEIRO/ABSB

Parque da Cidade passa por revitalização DER e Novacap aproveitaram que a área está fechada para o público desde o fim de março, para realizar megaoperação de manutenção. Página 7

Brasília-DF, de 10 a 16 de maio de 2020 Ano IX – Nº 314 – Distribuição gratuita

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FOTO: ACÁCIO PINHEIRO/ABsB

Ciclofaixas de Águas Claras ganham pintura nova Página 6


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HANDEBOL DE AREIA

Pandemia adia sonho de atleta ítalo-brasileiro de participar de Mundial Pedro Federici mudouse de Niterói (RJ) para Poggibonsi (Itália) a fim de treinar para Mundial

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m dos principais sonhos do carioca Pedro Federici é participar de um Mundial de Handebol. Como o brasileiro também tem a cidadania italiana, a chance que ele teve nesse ano foi representar o país europeu no Torneio de Beach Handebol que aconteceria entre os dias 30 de junho e cinco de julho, em Pescara (Itália). Para tornar realidade esse sonho ele precisava sair de Niterói, no Rio de Janeiro, e ir para Poggibonsi, pequena cidade de aproximadamente 30 mil pessoas, na região italiana da Toscana. "Jogo handebol desde os oito anos de idade. Cheguei a participar de alguns treinos na seleção brasileira. Mas nunca consegui estar em uma competição oficial. Então, fiz alguns contatos com o Vincenzo Malatino, técnico da seleção italiana de handebol de areia. Ele me falou sobre a ideia que eles tinham de investir no esporte e embarquei para lá para participar do desafio", conta. No último dia 17 de dezembro Pedro partiu para a Europa com

o título de bicampeão brasileiro. "O Malatino me falou que, se eu quisesse realmente participar da seleção, deveria ficar lá e participar dos treinos”. E foi exatamente isso que ele fez. Participou dos jogos do time local de handebol de quadra, liderado também pelo técnico Palatino. "Fui super bem recebido. Tinha todo o apoio com moradia, deslocamento, curso de italiano. A cidade tem pouquíssimos brasileiros. Morava com outros três rapazes, dois eram jogadores do time". Tudo corria bem até o mês de março. Com o agravamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o Campeonato Mundial foi cancelado e tudo mudou. "Na primeira semana, jogamos com as quadras fechadas, mas logo depois as atividades pararam. Campeonato, o meu curso de italiano, a academia, o curso de sommelier, as possibilidades de emprego na área de turismo. Tudo desapareceu", lamenta Federici. Mudança tão grande e brusca que deixou o brasileiro sem saber qual atitude tomar. "Demorei para decidir pela volta. Não sabia o que ia acontecer. Até quando iria a quarentena, a gravidade da situação. Mas começaram a chegar as histórias dos brasileiros de Florença. E elas não me encorajavam muito. Praticamente, todos ficaram sem os empregos, muita gente depen-

Foto: Instagram/Divulgação

Federici trocou o Rio pela Itália para intensificar sua preparação física

dendo de documentação para ficar lá. Foi um caos. Principalmente para quem estava tentando começar a vida na Itália". Aí começou outra etapa. A volta. E ela também não foi fácil. "Logo que as atividades foram suspensas na Toscana, eu fui para a casa de um amigo em Nápoles, um pouco mais ao sul. Lá a situação era um pouco mais tranquila. Ainda podíamos sair na rua, fazer alguns exercícios. Mas isso durou pouco. Dois dias depois veio o "lockdown" (fechamento total)". Pedro ainda ficou uma semana em Nápoles. "Comprei

a passagem em uma terça-feira, quando decidi voltar para o Brasil. Embarcaria na quinta-feira da outra semana. Teve um cancelamento, e antecipei em dois dias". Assim, ele precisava voltar à Poggibonsi, distante aproximadamente 460 quilômetros de Nápoles, antes da volta definitiva ao Brasil. "Demorei nove horas de trem. Com várias paradas forçadas pela polícia. Tinha que explicar a situação. O controle era muito forte. Precisava preencher uma declaração de justificativa para estar na rua. Se ela não fosse aceita, você podia levar

uma multa de aproximadamente 200 euros". Depois de chegar em sua base na Itália, o brasileiro recebeu a notícia de outro cancelamento. "Tive que antecipar novamente o voo para domingo. Aluguei um carro e fui até Roma, em um trajeto de umas três horas. A ideia era chegar no aeroporto, devolvê-lo e embarcar no domingo". O atleta ainda conseguiu uma última antecipação do voo e, finalmente, embarcou no próprio sábado. "Cheguei em São Paulo em um voo de 230 pessoas. Ninguém foi testado. Nem sequer orientado à nada. Passei cinco horas no aeroporto aguardando a conexão para o Rio de Janeiro. Estava de máscara. Na época, ninguém estava tendo esse cuidado por aqui. Pedi para ser realocado em um assento mais distante dos outros passageiros. Foi muito assustador", recorda. Ao chegar de volta a Niterói, foram 15 dias de quarentena em isolamento total. Isolamento que pouco se alterou nessas últimas semanas. "Sigo aqui em casa com a minha irmã e uma amiga sem encontrar ninguém. Nem saio de caso. Peço tudo por aplicativo. Estou tentando me manter focado na minha rotina de de estudos. Em relação aos campeonatos, não temos nenhuma previsão de retorno. Tudo suspenso aqui no Brasil e no exterior", conclui.

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SOLIDARIEDADE

Bob Burnquist: o momento é de "focar na vida"

O multicampeão faz parceria com banco para potencializar ações sociais

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quilíbrio e coordenação são algumas das habilidades desenvolvidas por quem se se arrisca em cima de uma prancha de skate, esporte com aproximadamente 8,5 milhões de praticantes somente no Brasil, segundo pesquisa realizada em 2017 pelo instituto Datafolha. Aos 43 anos, o maior vencedor do X-Games – considerada a Olimpíada dos esportes radicais - o carioca Bob Burnquist sabe como ninguém aproveitar as lições do esporte na vida real. Em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19), o skatista transformou o espaço do restaurante de sua propriedade na Ilha da Gigóia, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), na sede do Instituto Bob Burnquist (IBB), fundado recentemente. "A solidariedade sempre existiu e agora muito mais. Em meio ao caos, portas se fecham e outra se abrem. Nasce o IBB, com uma visão holística para conectar ações sociais, potencializá-las e trazer a mensagem para a molecada de que eles podem fazer o que quiserem". Pela primeira vez na história das Olimpíadas, adiadas para julho de 2021, o skate será uma modalidade oficial. Contudo, para Burnquist, isto não é o principal agora. "É um evento bacana e que já tem o seu planejamento, mas o mais importante neste momento é focar na vida. A sociedade levou um tombo e não precisa entrar em desespero, porque vai se recuperar. É como o skatista. Eu mesmo já tive várias lesões e precisei ficar parado por meses. Após esse choque de realidade, com passagem por esta experiência grave, temos que enxergar outra perspectiva para construir um novo mundo", defende o multicampeão. Burnquist também comentou sobre a morte do colega João Maurício, conhecido como João Cabeção, na última quarta-feira (6), vítima de covid-19, aos 47 anos. Skatista carioca, João Cabeção ficou nacionalmente conhecido nos anos de 1980, ao vencer uma etapa do campeonato brasileiro profissional sendo um amador. "Notícia difícil, que entristece. Você vê que não tem idade, classe, raça", lamenta, ressaltando o pioneirismo de João nas pistas no Rio de Janeiro. "Inspirou a muitos".

Fotos: INSTITUTO BOB BURNQUIST/DIVULGAÇÃO

Bob Burnquist funda instituto, em meio à pandemia de covid-19, para potencializar ações sociais

Filho de pai norte-americano e mãe brasileira , Bob ganhou o primeiro skate aos 11 anos e ainda não abandonou as competições e exibições. Especialista em megarrampas - estruturas com 24 metros de altura, ou mais - Burnquist mandou contruir uma em sua casa na Califórnia (Estados Unidos). "Estou no Rio com a família e, em tempos normais, fico o tempo todo nesse vai e volta para os Estados Unidos, onde tenho a Dreamlandia Syntropia [complexo de agricultura e pistas de skate], explica Burnquist, lembrando que a

edição deste ano do X-Games, programada inicialmente para julho, foi cancelada. Desde o início da pandemia de covid-19, o IBB já doou cestas básicas virtuais para 725 famílias em vulnerabilidade social, em parceria com o banco BV (antigo Banco Votorantim). Cada família recebe R$ 300 - valor dividido entre os meses de abril, maio e junho - em cartão alimentação, o que também beneficia o comércio local. Os projetos apoiados pela parceria entre IBB e BV estão presentes nas cidades de Ribeirão Preto (SP), Sertãozinho (SP), Franca (SP),

Poá (SP), Santos (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). "Estamos monitorando tudo o que está acontecendo e iremos ajudar com a estrutura que já temos para superar essa crise", afirma Burnquist. Ele destaca ainda o protagonismo dos profissionais da saúde no momento atual. "Damos muito valor ao atleta, ao artista, mas eles são os verdadeiros heróis, sempre foram, e estão lá na linha de frente. Meu obrigado e uma injeção de ânimo pra todos eles. Vamos respeitar o isolamento, porque o negócio é muito sério", aconselha.


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PARATAEKWONDO

Campeã mundial só pensa em conquistar ouro em Tóquio FOTO: DANIEL ZAPPE/EXEMPLUS/CPB

Durante a pandemia, Débora Menezes, da classe K44 (para amputados de braço), mantém treino diário em casa

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m uma live promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), na tarde de 7/5, a taekwondista Débora Menezes, da classe K44 (para amputados de braço), falou sobre carreira, entrada no mundo das artes marciais e, é claro, dos Jogos Paralímpicos de Tóquio (Japão). Com uma má-formação congênita no braço direito, a atleta começou a prática esportiva em 2013. "Foi no final da graduação de educação física. Conheci o paradesporto na faculdade. Foram 12 anos de futsal. Participei também do atletismo e do lançamento do dardo", recorda. Foi justamente no atletismo que começou o aprendizado de superação. "Tive uma frustração muito grande com o cancelamento de uma competição que valeria o índice para os Jogos do Rio (2016). Me preparei por cinco meses para o campeonato. Mas, infelizmente, a competição foi cancelada. A frustração foi grande, pensei até em parar. Fiquei quatro meses sem ir na academia. Mas vi que era aquilo que eu queria. E não podia desistir". O contato com as artes marciais começou também dentro da faculdade, e não foi no parataekwondo. "Foi no boxe. No último semestre de Educação Física, um professor propôs um trabalho acadêmico sobre lutas para pessoas com deficiência. E eu era a única no nosso grupo". Na ocasião, o atual técnico da seleção brasileira de parataekwondo, Alan Nascimento, começou a fazer diferença na vida da atleta. "Ele foi meu colega de curso. E sempre me incentivou demais na prática esportiva. Comecei mais como hobbie, não pensava em competir. Até que fui me impondo e colocando para fora o melhor de mim. As coisas não caem do céu. Você deve seguir o seu coração. E aí o profes-

Debora Menezes na final do taekwondo Parapan de Lima, em 2019, quando conquistou a medalha de prata

sor Alan me ajudou bastante" recorda a medalhista de prata nos Jogos Parapan-americanos de Lima em 2019. O técnico Alan também guarda recordações desta época. "Não estávamos na mesma sala. Mas tivemos uma matéria de lutas e capoeira na faculdade. Tivemos que apresentar esse trabalho. Eu fiz sobre aikido. Depois, ela começou [a treinar] comigo quando ainda estávamos na Federação Brasileira de Parataekwondo. Eu até convidei a Débora para treinar na minha equipe. E ela ficou lá até 2018. Enxergava nela a gana de vitória. Sabia que algo bom viria pela frente", relata. Em 2019, Débora conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial da modalidade, em Antália (Turquia), na categoria acima de 58 quilos da classe K44. “O ouro no mundial foi a minha conquista mais especial até agora, era algo que eu sonhava. O primeiro mundial de parataekwondo foi em 2017, eu fiquei em quinto lugar, treinei muito e fui determinada a trazer o ouro para o Brasil”.

Também no ano passado, a modalidade estreou nos Jogos Parapan-Americanos, em Lima (Peru), e Débora conquistou a medalha de prata.

Jogos Paralímpicos

A atleta já está classificada para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, adiados para o período de 24 de agosto a 5 de setembro de 2021. A confirmação veio pelo ranking mundial (ela fechou o período qualificatório em segundo lugar. Os quatro primeiros garantem presença nos Jogos). “Sempre pensei e trabalhei a longo prazo. A minha meta era me classificar para Tóquio pelo ranking. Minha equipe técnica e eu fizemos um trabalho tático para que eu conquistasse os pontos necessários a cada competição para ficar bem posicionada”, contou. A pandemia do novo coronavírus (covid 19) está sendo mais um desafio para a taekwondista. " O momento é desafiador. Precisamos nos reinventar. Mas o meu trabalho tem o foco no lon-

go prazo. Tento fazer o possível em casa todos os dias, com o acompanhamento à distância da comissão multidisciplinar. Penso todos os dias na medalha dourada que eu quero trazer de Tóquio. Isso me incentiva demais", revela.

Equipe brasileira

Além da Débora Menezes (categoria acima de 58 kg), o Brasil terá outros dois atletas na estreia da modalidade nos Jogos de Tóquio: Silvana Fernandes (categoria até 58 kg) e Nathan Torquato (até 61 kg). A dupla ganhou a medalha de ouro no Pan-Americano de Parataekwondo e se garantiram nos Jogos Paralímpicos. A competição aconteceu em Heredia (Costa Rica) e era o último torneio qualificatório das Américas. Pelas regras, o campeão por categoria de peso na disputa garantia a vaga direta. O parataekwondo fará sua estreia no programa paralímpico na capital japonesa e apenas atletas da categoria K44 (com comprometimento no membro superior) poderão participar.


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MOBILIDADE

Quase 8 quilômetros de ciclofaixas são revitalizados em Águas Claras FOTO: ACÁCIO PINHEIRO/ABSB

Vias para a circulação de bicicletas estão com cara de novas, após investimento em repintura

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uando as recomendações de isolamento social acabarem, os ciclistas de Águas Claras vão se deparar com ciclofaixas com caras de novas. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) revitalizou a pintura nos 7,8 quilômetros de via para a circulação de bicicletas nas avenidas Araucárias e Castanheiras, utilizada por cerca de três mil pessoas. As pinturas das sinalizações horizontais nos dois sentidos de ciclofaixas foram executadas, com demarcações brancas e vermelhas em toda a extensão, com com 1,5 metro de largura que garantem espaço exclusivo para os ciclistas nas avenidas. Segundo o Detran, a ação faz parte do contrato que engloba toda a sinalização feita no DF. Até março deste ano foram investidos R$ 417.725,81 na gestão das atividades de sinalização horizontal e vertical na capital. Servidora do Detran, Lúcia Bandeira é executora de con-

tamento, na Rua 19 Sul. “Desde que mudei para cá, há oito anos, tenho o costume de fazer o máximo possível na cidade de bicicleta e as ciclofaixas permitem que isso seja feito com segurança”, diz. Para ele, é acertada a decisão de fazer revitalização enquanto a orientação é de que a população faça isolamento social. “As ruas estão vazias, tanto de ciclistas quanto de veículos, então o impacto é bastante reduzido. Quando todos pudermos voltar à vida normal, encontraremos tudo com pintura nova. Isso é ótimo”, opina. Administrador de Águas Claras, Francisco de Assis da Silva destaca a importância das passagens exclusivas para os ciclistas na cidade. “As faixas são importantes para incentivar o uso de transporte não motorizado e está entre as principais soluções sustentáveis para desafogar o trânsito e reduzir o impacto ambiental”, ressalta.

Conceitos Ação faz parte do contrato que engloba toda a sinalização feita no DF, que até março recebeu R$ 417,7 mil

trato. Ela conta que o trabalho foi realizado por equipes da empresa contratada, vencedora da licitação. “A própria população pediu

pela revitalização. Seguimos critérios para chegar a cada região com as manutenções. Em Águas Claras, só não foi antes por causa das chuvas. Agora, aproveita-

mos o bom tempo e as ruas mais vazias”, explica. O servidor público Alex Santos, de 42 anos, viu a pintura ser feita direto da janela do apar-

A ciclovia é constituída de pista própria, separada fisicamente do tráfego geral. Já a ciclofaixa é uma faixa exclusiva para circulação de bicicletas, delimitada por sinalização específica, mas que usa parte da pista ou da calçada.


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MEIO AMBIENTE

Ação da Novacap e do DER revitaliza Parque da Cidade

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o Parque da Cidade o movimento é de trabalhadores e máquinas. Os serviços de manutenção e revitalização foram intensificados pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A área está fechada para o público desde o fim de março, quando começou a quarentena no DF. Depois da megaoperação de limpeza da Piscina com Ondas, hoje foi a vez da Praça das Fontes passar por uma revitalização. O espelho d´água foi desentupido e toda área em volta da praça foi limpa, o lixo retirado encheu um caminhão. O administrador do Parque da Cidade, Silvestre Rodrigues da Silva, destacou a importância dos serviços. “Não podemos esquecer da dengue. O mosquito adora água parada. Eu percorro o parque todos os dias à procura de água empoçada. Então, aproveitei a ajuda da Novacap e do DER para realizar os outros serviços também”, explicou Silvestre.

Poda de árvores

Entre o estacionamento 1 e a 902 Sul, uma empresa terceirizada da Novacap, fez o serviço de poda e retiradas de árvores. Somente no período da

Os serviços foram intensificados durante a quarentena FOTO: ACÁCIO PINHEIRO/ABSB

#SeMoveBrasília: remotamente, por meio de redes sociais, professores dos 12 centros olímpicos e paralímpicos já entraram no clima do desafio

Em um dia, foram arrancadas 14 árvores que poderiam cair em cima dos prédios comerciais próximos ao Parque da Cidade

manhã e início da tarde desta quinta feira (7), foram arrancadas 14 árvores que poderiam cair em cima dos prédios comerciais próximos ao parque, como o Bloco B da 902 Sul. O temor

dos condôminos e do síndico de que uma árvore pudesse cair sobre as salas era real, conta o agente de portaria Marco Antônio, 24 anos. “Eu tive de mudar meu posto, que ficava perto do

portão, por causa dessa árvore. Graças a Deus que foi retirada antes de cair”, disse, satisfeito. Em outro ponto do parque, voltado para o Eixo Monumental, agentes do DER iniciaram a pin-

tura das faixas da pista e das vagas. Os meios-fios também foram pintados pelos profissionais da Novacap, dando uma aparência melhor para o maior parque urbano da América Latina.


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ISOLAMENTO SOCIAL

Professores dos COPs dão aulas para idosos FOTO: SEJUS/DIVULGAÇÃO

Parceria com a Sejus tem o objetivo de oferecer bem-estar a esse grupo de risco para a Covid-19

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esde o dia 30 de abril, cerca de 300 idosos que fazem parte do programa “Sua vida vale muito – Hotelaria Solidária”, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus/DF), estão praticando atividades esportivas coordenadas por um grupo de professores dos centros olímpicos e paralímpicos (COPs) da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL/DF). O projeto tem como objetivo hospedar, no período de até 3 meses, idosos em vulnerabilidade domiciliar para protegê-los da Covid-19. Nesta primeira fase, os idosos estão hospedados no Brasília Palace e, para contribuir com o bem-estar e qualidade de vida, os educadores da SEL oferecem exercícios físicos para os idosos lá hospedados, todos os dias da semana. “Nesse momento tão delicado em que vivemos, nossa secretaria continua firme na missão de proporcionar qualidade de vida e inclusão por meio das atividades esportivas desenvolvidas nos centros olímpicos e paralímpicos. Sabemos que o grupo de risco precisa de cuidados especiais e o projeto Sua vida vale muito, Hotelaria Solidária consegue oferecer um local adequado sem deixar de lado os cuidados essenciais com a saúde e bem-estar, como a prática diária de exercícios físicos. Esta parceria com a Sejus reforça

As aulas ocorrem no Brasília Palace onde os idosos estão hospedados

o nosso compromisso com a população do DF”, destacou o secretário de Esporte e Lazer, Leandro Cruz. Michelle Raiane é uma das professoras que dão aulas para os idosos hospedados no Brasília Palace. No último domingo (3), ela e a colega Juliane Breguedo passaram exercícios de dança e atividade física orientada. “Eu estou muito feliz em participar desse projeto e poder levar um pouco de sorriso para os idosos hospedados lá. A atividade física ajuda na prevenção de em diversas patologias e atua no fortalecimento muscular. E ainda tem a parte social. Eles estão em isolamento e, mesmo mantendo uma distancia um do outro, é uma forma de interagir com os colegas. Isso também ajuda no psicológico para evitar uma possível depressão. Realizando um exercício físico os idosos liberam a endorfina, que estimula a sensação do bem-estar, melhorando o humor”, comentou a professora do Centro Olímpico e Paralímpico de Santa Maria. “Uma coisa que me deixou

muito emocionada foi uma das alunas que, de longe, agradeceu a gente e disse que as atividades estão ajudando na autoestima. Ter essa resposta dos alunos é muito gratificante”, finalizou a professora. Nesta primeira semana, as aulas foram realizadas no início da manhã com turmas começando às 9h e às 10h. A partir desta segunda-feira (4), para garantir a saúde e a segurança dos idosos, quatro professores ficarão hospedados no hotel. Com isso será possível proporcionar mais atividades em outros horários, como recreações e jogos de tabuleiro, caminhadas e outros tipos de dança. “Eles adoram dançar porque podem se soltar, ouvir música, cantar as músicas”, completou a professora.

VÔLEI

Federação Internacional cancela Liga das Nações A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou na sexta (8) que a edição 2020 da Liga das Nações de Vôlei foi cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19) e seu impacto nas cidades-sede. A competição feminina estava programada para começar no dia 19 de maio, enquanto a masculina em 22 de maio. No mês de março a FIVB já havia anunciado o adiamento das competições, e a entidade tinha a esperança de encontrar uma data no final do ano. “Porém, diante da evolução da pandemia, da complexidade da realização de um evento global em vários países anfitriões e do compromisso de proteger a saúde dos participantes, o conselho da Liga das Nações de Vôlei, o conselho de administração da FIVB e os organizadores do evento concordaram em cancelar a edição deste ano. A FIVB continua trabalhando em estreita colaboração com todas as partes para coordenar o cronograma da edição 2021 da Liga das Nações de Vôlei, mantendo Itália e China como sedes das finais”, diz o comunicado da FIVB.

No comunicado, o presidente da Federação Internacional de Vôlei, o brasileiro Ary Graça, explicou como foi tomada a decisão: “Junto com nossos parceiros, exploramos todas as opções para sediar a Liga das Nações 2020. Parte do que faz a Liga das Nações tão especial é que é um evento verdadeiramente global desfrutado por jogadores e especialmente por fãs de todo o mundo. Mas essa força também aumenta seu risco durante a atual pandemia global. Seria, portanto, imprudente, talvez até irresponsável, prosseguirmos com o evento quando não podemos proporcionar aos jogadores e a todos os interessados a certeza de que o Liga das Nações 2020 seria segura, acessível a todos e mantida em alto nível”. “Agora, nossa atenção se volta para a edição 2021 da Liga das Nações, para garantir que seja a melhor edição já realizada. Sei que nossos incríveis atletas serão incansáveis em seus esforços para se prepararem para a competição, e não tenho dúvidas de que o próximo ano será um ano muito emocionante para o vôlei”, afirmou o dirigente brasileiro.

FOTO: ARQUIVO/WILLIAM LUCAS/INOVAFOTO/CBV

Aulas solidárias

A ação é uma parceria da Secretaria de Esporte e Lazer com a Secretaria de Justiça e Cidadania e conta com o apoio dos professores que atuam nos Centros Olímpicos e Paralímpicos de Brazlândia, Gama, Planaltina, Recanto das Emas e Santa Maria.

Decisão foi tomada por causa da pandemia do novo coronavírus


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