3 DIMENSÕES DO CONHECIMENTO: Um jeito de aprender Espiritismo ou qualquer outra coisa. PARTE 2.

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Um jeito de aprender Espiritismo ou qualquer outra coisa


Hans, desenho mediúnico anônimo, obtido em uma de nossas reuniões no LAR ANÁLIA FRANCO (Jundiaí/SP).

Hans é um amigo espiritual que nos acompanhava em palestras e eventos para educadores, além de comparecer às nossas reuniões mediúnicas. Ele propõe que todo conhecimento útil – que pode ser usado como ferramenta – tem três dimensões, representadas por três perguntas: O QUE É? COMO FUNCIONA? PARA QUE SERVE?


Já observou que quando pergunto “o que é?”, estou buscando uma definição ou conceito e que quem faz isso é a FILOSOFIA? A filosofia busca respostas que a Ciência atual ainda não consegue oferecer, usando para isso a reflexão, a lógica, o diálogo e as inferências válidas.


Quando pergunto “como funciona?”, estou no campo da observação e/ou da experimentação e esse é o campo da CIÊNCIA? E quando pergunto “para que serve?”, estou pensando sobre resultados, consequências, intenções e finalidades. Veja que isso nos remete ao terreno da MORAL! Os princípios do Espiritismo formam uma rede de interrelações conceituais que compõem, para aquele que os conhece, uma sólida base filosófica e ética para a vida. E ao mesmo tempo eles integram a Filosofia com a Ciência e a Moral, numa compreensão profunda do Universo e de nós mesmos enquanto participantes do Universo, criaturas divinas. A Codificação Espírita se inicia numa conceituação revolucionária de Deus, em O Livro dos Espíritos, questão 1. Revolucionária, por quê? Porque descarta as características humanas que foram atribuídas ao Criador, presentes em muitas visões religiosas, e o apresenta dotado de atributos que ajudam a conceber a infinita inteligência bondade e justiça que se expressam nas leis naturais. E ela continua nos oferecendo um conjunto de princípios básicos –, os quais, uma vez conhecidos e vivenciados,


geram em cada ser uma profunda transformação pessoal e moral.

Conhecer esses princípios é o primeiro passo importante para iniciar um profundo e sólido processo de transformação em nosso pensar, sentir e agir. Contudo, é preciso apropriar-se dos conceitos não apenas intelectualmente, mas verificando as implicações e consequências. É preciso conseguir operar com eles, pensar com eles de modo que se torne um hábito. E aqui entra a ideia de ferramenta: pensar com os princípios é usar essas ferramentas da forma correta para chegar a uma conclusão, solução ou resposta que não apenas satisfaça o intelecto, mas conforte o sentimento. Para adquirirmos não só o conhecimento, mas a possibilidade de raciocinar e de escolher com base nos princípios do Espiritismo, precisamos de alguns dados essenciais sobre cada um deles, os quais se resumem nas questões propostas por Hans: O que é? Como funciona? Para que serve?


Retomando a analogia com o mundo das ferramentas, vejamos: de que serve possuir uma chave ou martelo e não saber o que é, como usar e que tipo de problemas pode resolver?

De que adianta ter uma vaga noção sobre Deus (princípio básico do Espiritismo), mas sem saber o que é, como funciona e para que serve? Vamos então buscar na Codificação e em nossos raciocínios, essas respostas: Que é Deus (princípio básico)? A inteligência suprema que causou a existência do Universo. Nada existiu antes dele, ou aquilo que o antecedesse é que seria Deus. Como Deus (princípio básico) funciona? Deus criou dois elementos fundamentais: espírito e matéria. Espíritos


surgiram do elemento espiritual. O elemento espiritual se liga à matéria para evoluir. Deus criou leis imutáveis que regem o progresso de suas criaturas. Ele sempre age com bondade e justiça, visando a evolução e a harmonia do Universo. Pra que "serve" Deus (princípio básico)? Para que os Espíritos tenham confiança nos processos do Universo e certeza do Bem acima de tudo; para que se sintam amparados por um poder superior em momentos complicados da existência, para que tenham certeza da justiça e não queiram fazê-la com suas próprias mãos, para que se sintam seguros sob o seu governo sábio... Um estudo de Espiritismo que se pretenda renovador das criaturas necessita fornecer essa base primeira, somada aos princípios da reencarnação, livre-arbítrio, consequências naturais, mediunidade e outros, encadeados por uma relação lógica e funcional. Esse aprendizado nos torna realmente conscientes de nossa essência espiritual, das razões de nossos desafios e dos meios de melhorar a nós mesmos, melhorando nossas escolhas e nossa vida. Como conseguimos isso? Num estudo profundo e, ao mesmo tempo prático, que nos apresente os princípios do Espiritismo como ferramentas para uso imediato na conquista do equilíbrio e da paz


íntima, que resulta em relacionamentos melhores, lares melhores, lugares melhores...


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