UV News | Ed.02 - 09/2022

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SimpósioALLERGANSatélite 12h30 às 13h30 Sala 10

Simpósio Satélite JOHNSON & JOHNSON VISION 12h30 às 13h30 Sala 04

SimpósioLATINOFARMASatélite 12h30 às 13h30 Sala 17

Simpósio Satélite ALCON CIRÚRGICA 12h30 às 13h30 Sala 02

Tema oficial: A caminho da medicina conectada “Em 2026, em vez de telemedicina, falaremos de medicina conectada”, comentou Chao Liung Wen, chefe da disciplina de telemedicina na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), no lançamento do livro Tema Oficial do 66º Congresso Brasileiro de Oftalmologia - Teleoftalmo logia, Telemedicina e Inovação – que teve como relatores, além Wen, Alexandre Chater Taleb, professor da Discipli na de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), e José Beniz Neto, professor da UFG e ex-presidente do CBO. A obra contou com a par ticipação de 62 especialistas, foi dividida em 37 capítulos

Quinta-feira, 08 de setembro de 2022. UV News Edição 2 │ 08.09

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“Wen é o grande inspirador na área de telemedicina e lá atrás teve a visão de que este seria um assunto muito relevante. E o CBO já estava à frente deste tema muito antes da pande mia”, disse Taleb. “A pandemia foi o grande gatilho da expansão da telemedicina no Brasil e no mundo”, completou Beniz. Durante a apresentação, Wen ressaltou que telemedicina não é apenas teleconsulta, não é ferramenta, nem telefone, WhatsApp ou videoconferência.

Cidadania e Oftalmologia

e agrupada em quatro partes: Telemedicina; Tecnologias, Inovação e Tendências; Experiências e Aplicações, e Diretrizes de Boas Práticas em Teleoftalmologia.

“Telemedicina é um método médico de cuidados eficientes e humanizados que usa tele tecnologias assistenciais. É um método que exige habilidade, capacitação, e ferramenta não tem nem ética e nem responsabilidade. O profissional tem”, pontuou. “A telemedicina tem de ser olhada na linha de cuidados ao paciente e não como um procedimento único”, finalizou.

No painel Cidadania e Oftalmologia, realizado no segundo dia do 66º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, Cristiano Caixeta Umbelino, presidente do CBO, falou sobre “O papel do conselho de classe na formação de lideranças em oftalmologia”. Ele ressaltou a importância de estabelecer diálogos com o poder público para superar barreiras e abrir portas, estabelecendo, assim, uma política de estado que favoreça a todos. Caixeta também destacou que um dos desafios da saúde pública é a questão da baixa resolutilidade e que a oftalmolo gia, neste cenário, se destaca. “A oftalmologia consegue ter 87% de resolutilidade”. O oftalmologista disse, ainda, que o CBO tem trabalhado cada vez mais com a captação e análise de dados na otimização de processos, na pesquisa de conhecimento e no pla nejamento estratégico. Para construir a base de dados, foi criado o Observatório CBO da Saúde Ocular que reúne informações sobre demografia da oftalmologia, altas por estado, assistência nas redes pública e suplementar, além de dados sobre transplantes. No mesmo painel, a oftalmologista Célia Regina Nakanami falou sobre “Saúde ocular comunitária” e ressaltou a importância de mu tirões e campanhas para a prevenção da cegueira. “Um simples exame oftalmológico, mesmo que se faça apenas um deles durante a fase da infância, já faz muita diferença”. A médica também falou sobre a criação de um grupo de trabalho de saúde ocu lar comunitária no CBO. “Este grupo atua há muitos anos e que já deu muitos frutos. Há workshops sobre projetos, campanhas e im plementação. Os mutirões conseguem juntar as pessoas e mudar o cenário da cegueira no Brasil”, finalizou.

Sob medida Uma queixa comum nos consultórios é a de pessoas que não se adaptaram ao uso de len tes multifocais. Para melhorar a experiência do paciente, a Optview lançou um programa que usa o metaverso para avaliar o comportamento visual e entender como os olhos se comportam ao ver um objeto na longa distância, na intermediária e de perto. Funciona assim: a pessoa coloca os óculos de realidade virtual e “caminha” pela realidade paralela e neste trajeto os olhos procuram o melhor ponto visual. O equipamento detecta este movimento e gera um mapa. A partir daí é possível desenhar a lente multifocal de acordo com o comportamento visual do paciente, detectando as áreas em que tem uma boa visão boa e aquelas em que a visão não é tão confortável. “É a lente que se adapta ao paciente e não o contrário”, explica o professor Honda, da Optview. “Esta avaliação é baseada em uma tecnologia totalmente nova e que aju dará os médicos principalmente nos casos em que pacientes dizem que tentam usar o multifocal e não conseguem, e relatam des conforto. A tendência é que, com essa análise, diminua o tempo de adaptação no uso das lentes”, comenta. Já passou em nosso stand para seu vídeo Não perca essa chance. Aproveite e nas redes sociais. receba@revistauniversovisualnossaNewspelo

WhatsAppPALESTRA ESPECIAL AMANHÃ Glenda Kozlowski Jornalista esportiva, apresentadora, criadora e produtora de conteúdo 12h30 às 13h30 | Sala 04

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Saúde ocular para todos Pela primeira vez na história, o CBO trouxe uma ação social para dentro do congresso bra sileiro. Trata-se da campanha Pequenos Olhares que, nos dias 8 e 9 de setembro, propor cionará atendimento oftalmológico a cerca de mil crianças paranaenses entre 5 e 15 anos. Durante dois dias, os pequenos serão examinados gratuitamente por oftalmologistas ligados ao CBO em uma carreta equipada da ONG Renovatio, instalada no estacionamento do Expotrade Convention Center. “Acredito que ações como essas são capazes de abrir portas para criarmos políticas públicas. O Ministério Público foi um parceiro fantástico neste projeto e trabalhar com o terceiro setor, como com a Renovatio, também foi muito importante”, ressaltou o presidente do CBO Cristiano Caixeta. “Organizamos aqui uma experiência em que as crianças terão, além dos exames, espaço para lazer e alimentação”, Ralfcompletou.Toenjes, diretor executivo da Renovatio, falou sobre a importância de compartilhar sua expertise com o CBO. “A Renovatio é uma promotora da saúde visual e queremos que este seja um projeto piloto que ganhe uma escala maior. Hoje estamos focados em resolver o problema do cliente de ponta a ponta, seja para lhe oferecer óculos ou facilitar o acesso deste paciente para o terciário e garantir que ele seja, de fato, tratado no terciário. Para isso é fundamental juntar forças, por isso trabalhar com o CBO é muito importante”. Além da carreta, na área externa também foram feitos alguns exames. Neste espaço, a organização contou com o apoio do Instituto de Oftalmologia Suel Abujamra. “A maioria dos equipamentos de fora da carreta vieram do instituto. Este projeto possibilita o acesso à saúde ocular, impactando positivamente a comunidade, e isso está relacionado aos pilares da instituição”, revelou Caio Abujamra, presidente do instituto.

EXPEDIENTE Edição Marina Almeida – MTB 45725/SP Reportagem Christye Cantero Fotografia Douglas Daniel Projeto Gráfico e Edição de Arte Suelen Magalhães Marketing e Comercial Jéssica Borges

Inteligência artificial

Este material é destinado a classe médica. nossas redes para saber +ACESSE universovisual.com.br

Na tarde do dia 8 de setembro, Daniel Araújo Ferraz, da University College London, parti cipou do painel “Inteligência Artificial na Pesquisa e Prática Oftalmológica - AI: Você está Preparado?”. Ele abordou a transformação digital na medicina e ressaltou que um grande problema na área é o modelo de que o paciente só procura o hospital quando já tem uma doença e isso pode não ser tão eficaz no tratamento. “No sistema de saúde britânico, muitos pacientes começaram a chegar aos centros médicos com DMRI avançada. Com o envelhecimento da população era preciso treinar os médicos para dar diagnóstico precoce, mas a residência lá demora sete anos”, explicou. Ferramentas de inteligência artificial ajudaram a sanar a questão. “Conseguiram gerenciar filas e zerou o problema de demora no atendimento com mais de 90% de acurácia”, revelou. No mesmo painel, o infectologista Hugo Manuel Paz Morales falou sobre conceitos gerais de inteligência artificial, machine learning e deep learning. “A inteligência artificial é uma ideia muito antiga e trata de um agente criado que detém inteligência. O Frankstein é um exemplo disso”, explicou. Ele ressaltou que a inteligência artificial começou na década de 40 e anos mais tarde ganhou impulso na Guerra Fria quando União Soviética e Estados Unidos tentavam decifrar códigos um do outro. “Na década de 90, houve um grande ponto de virada quando Deep Blue (computador criado pela IBM) venceu o russo Garry Kasparov no xadrez”, relatou. Já quanto ao machine learning, Morales explicou que permite fazer predições e tem um conceito mais profundo e complexo de inteligência.

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