O Livro dos 100 Anos - Memorial fotográfico UFRPE

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O livro dos

100 anos


Maria José de Sena Reitora

Publicação da Coordenadoria de Comunicação Social da UFRPE

Marcelo Brito Carneiro Leão Vice-reitor

Renata Sá Carneiro Leão Organização

Pró-reitores: Moacyr Cunha Filho Administração

Bruno de Souza Leão, Isabela Frazão e Ráian Andrade Projeto gráfico e diagramação

Mônica Lins Santiago Ensino de Graduação

Editora Universitária Editoração

Delson Laranjeira Extensão

Argus Vasconcelos, Conceição Martins, Denize Siqueira, Fernando Azevedo, Renata Carneiro Leão e Ricardo Pacheco Pesquisa

Severino Mendes de Azevedo Júnior Gestão Estudantil Luiz Flávio Arreguy Maia Filho Planejamento Maria Madalena Pessoa Guerra Pesquisa e Pós-Graduação

Bruno Andrade Revisão Tiragem: 2.000 exemplares


Apresentação

C

ompletar cem anos é um privilégio daqueles que souberam dialogar com o tempo. Daqueles que tiveram êxito nas diferentes etapas do percurso, enfrentando as dificuldades do caminho e abrindo perspectivas para novos rumos. Assim pode ser feita a retrospectiva dos cem anos de nossa Universidade. Este grande edifício em favor da educação e do desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil carrega, nos diferentes patamares que o compõem, a coragem, a dedicação e o trabalho árduo daqueles que lhe deram vida durante esses cem anos. Nesta data marcante, em que nos voltamos ao reconhecimento dos feitos dos que merecem destaque pela colaboração em esta história tão promissora, precisamos reconhecer que os cem anos de nossa Casa coincidem com muitos dos melhores anos da vida de cada um dos senhores e senhoras que por aqui passaram e que aqui estão. Quem se dedica à gestão sabe a energia dispensada ao funcionamento de uma Instituição como a UFRPE. Quem assume a gestão como projeto profissional sabe o quanto de sua própria história é doado para a construção da história de outros. Portanto, hoje, quando nos voltamos a docentes, técnicos, estudantes, ex-alunos, instituições e empre-

sas parceiras, colaboradores diversos, uns ativos outros já aposentados ou afastados, entendemos que a melhor forma de homenageá-los é convidá-los a uma viagem por esses cem anos, visualizando a participação de cada um na construção desta história. Contemplemos juntos como as proféticas Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária, criadas em 1912, viriam prenunciar a elevação de uma Instituição de Ensino Superior com destaque e conquistas em diferentes áreas como é hoje a UFRPE. Tudo isso se deve à colaboração de todos os que fizeram parte da Instituição ao longo desse século, e deve-se, fundamentalmente, ao empenho que quem conduziu seus rumos através do tempo, acompanhando as mudanças, implantando as inovações, mantendo sua base identitária, sem deixar, porém, de alargar as perspectivas na direção de torná-la o grande empreendimento que a UFRPE é hoje. Para expressar, de forma tangível, e, ao mesmo tempo, subjetiva, a grandeza do momento, preparamos este livro ilustrado com fotografias, uma tradução imagética da memória secular da UFRPE. Embora seja impossível compilar, em poucas páginas, toda a história da Instituição, esperamos oferecer, neste recorte, um pouco do que foi e é a nossa querida Rural de Pernambuco. Maria José de Sena Reitora da UFRPE


Linha do Tempo 1912

Monges beneditinos do Mosteiro de São Bento, em Olinda, lançam a pedra fundamental das Escolas Superiores de Agricultura e Veterinária São Bento, no dia 3 de novembro de 1912

1914

Começam as aulas dos cursos de Agricultura e Medicina Veterinária no prédio das Escolas Superiores em Olinda.

1917

Mudança da Escola de Agricultura para o Engenho São Bento, em São Lourenço da Mata.

1926

Encerradas as atividades da Escola Superior de Veterinária São Bento, em Olinda, em face da inexpressiva demanda discente.

1935

Em 03 de outubro, o Governador Carlos de Lima Cavalcanti baixa o Decreto nº. 07, criando a Escola de Agronomia e Veterinária de Pernambuco, publicado na imprensa do Recife, no dia 04 de outubro, em homenagem à data da vitória revolucionária.

Em 05 de novembro, o Abade Dom Pedro Roeser recebe o Título de Magnífico Reitor das Escolas Superiores de Agricultura e Veterinária São Bento e nomeia Diretores e Secretários para as duas Escolas. 1918

Através do Decreto nº. 13.028 de 18 de maio, as Escolas Superiores de Agricultura e Veterinária São Bento são registradas no Ministério da Agricultura.

1920

Em 29 de janeiro, pelo Decreto nº. 4.195, ambas as Escolas são equiparadas e passaram a ser subvencionadas pelo Governo Federal.

O artigo 11 do citado Decreto estabelece: “fica facultada aos alunos da Escola Superior de Agricultura São Bento a transferência para a Escola de Agronomia e Veterinária de Pernambuco, de acordo com o regime de adaptação estabelecido para cada caso”. 1936

Em 09 de dezembro, a Escola Superior de Agricultura São Bento é desapropriada, como bem de utilidade pública, pela Lei nº. 243 do Congresso Estadual e Ato nº. 1.802 do Poder Executivo que a sanciona. A Escola Superior de Agricultura São Bento


passa a ser denominada de Escola Superior de Agricultura de Pernambuco (ESAP), sendo nomeado para diretor Otávio Gomes de Moraes Cavalcanti. 1938

O novo Interventor do Estado, o deputado federal Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães, através do Decreto nº. 82 de 12 de março de 1938, transfere a Escola Superior de Agricultura de Pernambuco (ESAP), do Engenho São Bento para o arrabalde de Dois Irmãos, no Recife. A Escola Superior de Agricultura de Pernambuco (ESAP) passa a ocupar as instalações do prédio que, anteriormente, havia sido projetado para abrigar o Reformatório de Menores, contudo, para atender aos objetivos do Estado, o mesmo foi reformado para abrigar a Escola, que inicia seu funcionamento em abril de 1938, sob direção de Manuel de Almeida Castro. Nesse mesmo ano, foram anexados à Escola Superior de Agricultura de Pernambuco (ESAP) o Instituto de Pesquisas Agronômicas, a Granja de Dois Irmãos e o Jardim Botânico.

1947

Através do Decreto-Lei nº. 1.741 de 24 de julho de 1947, do interventor Federal no Estado de Pernambuco, Amaro Gomes Pedrosa, a Escola Superior de Agricultura de Pernambuco (ESAP) passa a ser denominada de Universidade Rural de Pernambuco (URP).

1954

Através da Lei nº. 1.837 de 17 de março, do governador Etelvino Lins de Albuquerque, a Universidade Rural de Pernambuco (URP) passa a incorporar a Escola Superior de Agricultura, a Escola Superior de Veterinária, o Curso de Economia Doméstica Rural e a Escola AgroTécnica de São Lourenço.

1955

Como resultado dos esforços desenvolvidos pelos mestres Apolônio Jorge de Farias Salles, Manoel Rodrigues Filho, Salvador Nigro, João de Vasconcelos Sobrinho, Gileno de Carli, Petronilo Santa Cruz de Oliveira, entre outros, a Universidade Rural de Pernambuco (URP) passa a integrar o Sistema Agrícola Superior do Ministério da Agricultura através da Lei nº. 2.524 de 4 de julho de 1955, combinada com a Lei nº. 2.290, de 13 outubro de 1956.


1967

Através do Decreto nº. 60.731, de 19 de maio de 1967, a Universidade Rural de Pernambuco (URP) passa a denominar-se Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), integrando-se ao Sistema do Ministério da Educação e Cultura.

1984

UFRPE concede título de Doutor Honoris Causa a Dom Hélder Câmara. Proposto pelo então reitor, Waldecy Pinto, o título foi entregue no dia 21 de setembro, no Salão Nobre, em cerimônia emocionante.

1970

O Conselho de Ensino e Pesquisa da UFRPE, por meio da Resolução nº12-A, de 13 de julho de 1970, aprova a criação de cinco novos cursos, que são ratificados pelo Conselho Federal de Educação. Os cursos foram Engenharia de Pesca, Zootecnia, Bacharelado em Ciências Biológicas, Bacharelado em Ciências Domésticas e Licenciatura em Ciências Agrícolas.

1990

1971

No reitorado do professor Adierson de Azevedo, foi criado o Coro da UFRPE

1975

Através do Decreto nº 76.212, de 4 de setembro de 1975, foi modificada a estrutura da Universidade, com a criação dos Departamentos Acadêmicos e das Pró-Reitorias.

A estrutura de graduação da UFRPE passou a ser de Sistema Seriado Semestral para todos os cursos de graduação diurnos oferecidos, substituindo o Sistema Acadêmico Flexível, que foi extinto gradativamente, excetuando os cursos noturnos. Criaram-se os cursos de Licenciatura em História, Bacharelado em Ciências Sociais e em Ciências Econômicas com ênfase respectivamente em Sociologia Rural e Economia Rural, implantando-se também os novos currículos em todos os seus cursos de graduação.

1992

Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo País, a UFRPE comemorava os 80 anos de fundação dos seus primeiros cursos com 12 cursos de graduação, seis de pósgraduação, além dos campi avançados e estações experimentais.

1976

Foram instalados os cursos de Engenharia Florestal e Licenciatura em Ciências, com suas habilitações em Física, Química, Matemática e Biologia.


2004

2006

2009

Lançada a pedra fundamental da Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG/UFRPE), primeira unidade de interiorização do programa de expansões do ensino superior do Governo Lula. Implantada a Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST/UFRPE) para atender a região do sertão pernambucano. Começam a funcionar novos cursos de graduação: Administração, Engenharia de Alimentos, Letras, Sistemas de Informação. Extinto o vestibular. UFRPE adere ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu/MEC), por meio do qual o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a etapa única de ingresso nos cursos.

2010

Inaugurados cursos de graduação de Ciência da Computação e Licenciatura em Educação Física.

2011

UFRPE elege primeira mulher para a Reitoria de uma instituição federal de ensi-

no superior em Pernambuco: professora Maria José de Sena. 2012

UFRPE inaugura comemoração dos 100 anos de fundação de seus primeiros cursos, quando das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento. Fontes: Universidade Federal Rural. 80 anos dos Cursos de Ciências Agrárias: 1912- 1992. 1994. 176 p.


Ensino

Período Beneditino

07 17

Pesquisa

Extensão

31 37 Espaços e Paisagens

04

27


04

55 61

Reitores

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Momentos

Documentos

Pessoas

45

04

04

Centenรกrio

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PerĂ­odo Beneditino


N

a cidade pernambucana de Olinda, em 3 de novembro de 1912, os monges beneditinos Dom Plácido de Oliveira, Dom Bento Pickel, Dom Pedro Bandeira de Melo e Dom Agostinho Ikas, liderados por Dom Pedro Roeser – então Abade do Mosteiro de São Bento – empreenderam esforços para a criação das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento, célula-mater da atual Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Para fins didáticos, podemos dividir os primeiros tempos da história da UFRPE em quatro períodos: Período Beneditino ou Período de Tapera, de 1912 a 1936; Período da Estatização, de 1936 a 1956; Período da Ordem Federal subordinada ao Ministério da Agricultura, entre os anos de 1956 e 1966; Período da Ordem Federal subordinada ao Ministério da Educação, desde 1966 aos dias atuais. No prédio anexo ao Mosteiro de São Bento, as Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento se instalaram numa comunhão de interesses entre a Igreja, o Estado e a sociedade. Os anseios e as expectativas políticas de modernização industrial pela qual passava o Brasil impulsionaram a implantação das Escolas. A aproximação da agricultura com o projeto tecnológico presente nos discursos republicanos seguia o tom do período,quando o ensi-

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no agronômico se encontrava em plena efervescência para atender as necessidades nacionais. Foi nesse contexto que chegou a Pernambuco Dom Pedro Roeser, liderando um grupo de quinze monges reformadores, todos de identidade alemã e filhos de camponeses, com pouca ou nenhuma formação acadêmica, em dezembro de 1906. No ano seguinte, é nomeado, pelo Papa Pio X, Abade do Mosteiro da cidade de Olinda e da Paraíba. Documentos relatam que, no final do século XIX, monges beneditinos, a maioria de origem germânica – da Congregação de Beuron – haviam sido enviados para a cidade de Olinda na condição de reformadores por determinação do Papa Leão XIII. A primeira Aula Inaugural das Escolas de São Bento foi realizada em 1º de fevereiro de 1914, após curso preparatório que envolveu os monges-professores e futuros alunos. A proposta educacional se pautava no objetivo de estimular nos jovens pernambucanos o gosto pelas as atividades agropastoris, favorecendo a economia regional. Daquela forma, seria possível atender aos anseios republicanos e dar visibilidade ao Mosteiro. A contribuição que fundamentou o projeto pedagógico dos cursos de São Bento veio principalmente do modelo curricular adotado das congêneres alemãs somado aos ideais positivistas.


As Escolas funcionavam em regime de internato e semi-internato, por meio do qual os alunos de regiões distantes permaneciam no espaço escolar desenvolvendo projetos e atividades agrícolas integralmente. Em 1915, os beneditinos, com ajuda oficial, compraram o Engenho de São Bento, localizado no distrito de Tapera, município de São Lourenço da Mata – PE, com uma área territorial de 1.071 hectares. Nele construíram as instalações da Escola Superior de Agricultura de São Bento. Providenciaram vários campos de culturas próprios para o ensino experimental e o consumo alimentício diário das Escolas, cultivando milho, sorgo, feijão, cana-de-açúcar, mandioca, batata doce, arroz, hortaliças, entre outros gêneros. Também dispunham de aviário, apiário, pocilgas, estábulos, criação de bois, cavalos, cabras e coelhos. Com o apoio do Estado, rapidamente essas Escolas passaram a ter autonomia. Os beneditinos permaneceram na direção até 1936, época da estatização da Escola Superior de Agronomia São Bento, uma vez que a Escola Superior de Medicina Veterinária havia encerrado suas atividades em 1926. Com a Estatização, novos caminhos foram trilhados, agora sob a regência do Estado, e a Escola recebeu nova denominação: Escola Superior de Agricultura de Pernambuco (ESAP).

Reprodução, em tela, do prédio onde funcionaram inicialmente as Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento, em Olinda. A pedra fundamental foi lançada em 1912.

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Hospital Veterinário das Escolas Superiores de São Bento, pioneiro no Brasil

Vista parcial do prédio da Escola Superior de Agricultura, em Tapera Exercício prático com alunos da Escola de Veterinária

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Vista geral do território do Engenho São Bento, hoje Tapacurá, em São Lourenço da Mata

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Alunos, professores e autoridades públicas na ESA de São Bento, após solenidade da Aula Inaugural da turma, em março de 1917

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Alunos em aula prática de Mecânica


Estudantes no campo em aula prática de Agrimensura – Escola Superior de Agricultura de São Bento

Alunos na Sala de Leitura das Escolas de São Bento

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Material de estudos utilizados pelos monges beneditinos nas Escolas Superiores SĂŁo Bento, alguns preservados atĂŠ a atualidade.

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Laboratório de Química da Escola Superior de Agricultura de São Bento – Tapera

Despedida Primaz da Ordem Beneditina quando da sua visita à Escola Superior de Agricultura, em 1922.

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Festa da Árvore, em 1928

Conclusão das obras de construção da sede da Escola Superior de Agricultura São Bento, em Tapera-PE, em 1929

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Jogo de futebol dos alunos das Escolas na dĂŠcada de 1930

Alunos e Professores das Escolas em Tapera, no Carnaval de 1935

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Ensino


C

om a criação das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento, em Olinda-PE, 1912, foram implantados os cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, os pioneiros do que viria se tornar, após diferentes fases, a Universidade Federal Rural de Pernambuco. Em 1941, o curso de Química Industrial, mantido até então pela Escola de Engenharia de Pernambuco, passou a ser ministrado na Escola Superior de Agricultura de Pernambuco. Em 1954, através da Lei nº. 1.837 de 17 de março, a Universidade Rural de Pernambuco (URP) passa a incorporar a Escola Superior de Agricultura, a Escola Superior de Veterinária, o curso de Economia Doméstica Rural e a Escola Agrotécnica de São Lourenço. O início dos anos 1970 foi marcado por diversas transformações no cenário da educação superior. A UFRPE acompanhou o período com reformas estruturais, a exemplo da mudança do sistema acadêmico. Surgia o regime flexível, fase em que foram criados os cursos de graduação em Zootecnia, Engenharia de Pesca, Bacharelado em Ciências Biológicas, Bacharelado em Ciências Domésticas, Licenciatura em Estudos Sociais e Licenciatura em Ciências Agrícolas.

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Já a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG/UFRPE) foi criada em 1975, através do Decreto nº 76.212, de 4 de setembro, que mudou a estrutura da Universidade com a criação dos Departamentos Acadêmicos e das Pró-Reitorias. Como órgão da Administração Superior, passou a ser responsável pela programação, coordenação, supervisão, controle e avaliação das atividades de ensino de graduação e pela avaliação do desempenho das atividades dos docentes da UFRPE. Em meados de 1976, eram instalados os cursos de Engenharia Florestal e Licenciatura em Ciências, com suas habilitações em Física, Química, Matemática e Biologia. Em 1990, foram criados os Cursos de Bacharelado em Ciências Econômicas e Licenciatura em História. Com a criação desses novos cursos, extingue-se gradualmente o Curso de Licenciatura em Estudos Sociais. No ano de 1988, o Curso de Licenciatura em Ciências, com suas respectivas habilitações, foi desmembrado em quatro novos cursos: Licenciatura Plena em Física, em Química, em Matemática e em Ciências Biológicas. A fim de buscar caminhos para a melhoria do ensino, a UFRPE sofreu transformação em sua estrutura acadêmica, reimplantando, a partir de


1990, o Sistema Seriado Semestral para todos os cursos de graduação diurnos oferecidos, substituindo o Sistema Acadêmico Flexível, que foi extinto gradativamente, excetuando os cursos noturnos. Foram criados os cursos de Licenciatura em História, Bacharelado em Ciências Sociais e em Ciências Econômicas com ênfase respectivamente em Sociologia Rural e Economia Rural, implantando-se também os novos currículos em todos os seus cursos de graduação. Em 1992, a UFRPE oferecia 15 cursos de graduação: Agronomia, Bacharelado em Ciências Biológicas, Bacharelado/Licenciatura em Economia Doméstica, Engenharia de Pesca, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária, Zootecnia, Licenciatura em Ciências Agrícolas, Licenciatura em Ciências Biológicas, Licenciatura em Física, Licenciatura em História, Licenciatura em Matemática, Licenciatura em Química, Bacharelado em Ciências Sociais, Bacharelado em Ciências Econômicas. Com cem anos de fundação, completos em 2012, a UFRPE conta com 44 cursos de graduação, nos campi de Recife, Garanhuns e Serra Talhada, incluindo, além dos já citados: Administração; Bacharelado em Ciências da Compu-

tação; Bacharelado em Gastronomia; Bacharelado em Sistemas de Informação; Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia de Alimentos; Licenciatura em Computação; Licenciatura em Educação Física; Licenciatura em Letras; Licenciatura em Pedagogia. A Universidade também possui cursos de graduação na modalidade Educação a Distância, por meio da Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia, e ganhará novos cursos de graduação, a maior parte na área de engenharias, em 2014, com a implantação da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho.

Sala de aula prática de inspeção de produtos de origem animal no novo Hospital Veterinario da UFRPE

FONTE: OITENTA Anos dos Cursos de Ciências Agrárias. UFRPE (1912-1992). Recife: UFRPE, 1994.

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Esqueletos e animais taxidermizados para estudos diversos.

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Estudantes da Base de Pesca do campus de Dois Irmãos na década de 1980.

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Aula prática da Clínica de Bovinos na década de 1980

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Alunos participam de aula ao ar livre com professores

Prática em laboratório na década de 1990

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Discentes utilizando os espaços da Biblioteca Central – 2012

Alunos de agronomia no campo. Década de 1990

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Estudantes em sala de aula na Unidade Acadêmica de Garanhuns, em 2008


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Alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Professor Cândido Duarte, de gestão compartilhada entre UFRPE e Secretaria de Educação de Pernambuco

Alunos do Codai em oficina sobre valores humanos, preconceito e discriminação – 2013

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Caminhada Ecológica em Serra Talhada organizada pela Progest em 2013


Alunos auxiliam parto de animal na ClĂ­nica de Bovinos - 2008

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Pesquisa e Pós-graduação


E

m 1974, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) criou a Coordenadoria Geral de Pesquisa, que teve à frente o Professor Mário Coelho de Andrade Lima. O novo Estatuto da UFRPE, aprovado por meio da Resolução 95/1975, datado de 8 de setembro de 1975, em sua alínea b, do Artigo 10, do Capítulo I, Administração Superior, relata o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) como órgão de deliberação coletiva da Administração Superior; cuja composição envolve o Pró-Reitor de Pesquisa e PósGraduação (alínea d, do Artigo 13, da Seção II). Fica, portanto, criada a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da UFRPE, cujas atividades iniciaram em 1976, sob a responsabilidade do professor Mário Bezerra de Carvalho, que contou com a colaboração da servidora Maria José da Costa Negromonte como secretária. Na década de 70, a UFRPE iniciou suas atividades de oferta de Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu com a criação do Mestrado em Botânica (1973), por meio de Convênio firmado entre as UFRPE e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),

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com funcionamento até 1975 na UFPE, sob a coordenação dos Professores Dárdano de Andrade Lima (UFRPE) e Geraldo Mariz (UFPE). Posteriormente, com o término da vigência do Convênio, o Mestrado em Botânica funcionou provisoriamente no Prédio Otávio Gomes até início de 1977; estando, a partir desse ano, sediado num prédio próprio denominado “Dárdano de Andrade Lima”, pertencente ao Departamento de Biologia da UFRPE. A primeira dissertação defendida no referido Curso e, portanto, da UFRPE, foi da professora Enide Eskinazi Leça, em 21 de dezembro de 1976, orientada pelo Prof. Geraldo Mariz. Em 1975, foram criados os Cursos de Mestrado em Agronomia (Ciência do Solo) e Fitossanidade. Em 1978, os de Zootecnia e Medicina Veterinária e, em 1979, o Curso de Mestrado em Administração Rural e Comunicação Rural. Contudo, exceto para o Mestrado em Ciência do Solo, era nítida a dependência externa de docentes para dar sustentabilidade aos Cursos existentes. Assim, na segunda metade da década de 70 e


início da de 80, pequenos grupos de pesquisadores iniciaram sua capacitação. Porém, foi no início da década de 90 que a PRPPG, identificando o problema e corajosamente planejando a Instituição em médio e longo prazos, aventurou-se numa forte, clara e objetiva política de Capacitação Docente e Técnica e, como consequência, em 1993 foi criado o primeiro Curso de Doutorado da Instituição, o de Botânica. A primeira tese da UFRPE foi defendida pelo então doutorando em Botânica, Gerson Quirino Bastos, em 20 de dezembro de 1995, cujo trabalho foi orientado pela professora Margarida Agostinho Lemos. Em março de 2013, a capacidade qualificada para realização de pesquisas nas Áreas de Ciências da Vida; Humanas e Sociais e Ciências Exatas e da Terra encontra-se adequadamente instalada. Assim, o número de mestres e doutores da UFRPE abrange 97% do Corpo Docente e a Instituição oferta 47 cursos de Pós-Graduação, no âmbito de 34 Programas de Pós-Gradução Stricto Sensu, sendo 31 em nível de Mestrado e 16 de Doutorado.

Nos início dos anos 1990, alunos fazem análise para pesquisas em laboratório

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I Congresso de Iniciação Científica da UFRPE, em 1991

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Defesa da centésima dissertação do mestrado em Ciências do Solo da UFRPE, de autoria de Emanuel Fernandes, em 1998

Inauguração do Laboratório de Sequenciamento Genético de DNA da UFRPE, com a presença do então ministro de C&T Ronaldo Sardenberg, em 2000

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Pesquisadores trabalham com microsc贸pio nos idos de 1990

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Pesquisador utilizando estrutura da Central de Apoio à Pesquisa (Cenapesq), inaugurada em 2007

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Pesquisadores da UAST estudam plantas aquáticas e fauna microscópica na Estação de Agricultura Irrigada de Parnamirim

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Estudo da Ecologia dos Manguezais, em Itamaracá, com professora Marise Paranaguá – 1996


Estudo sobre aves migratรณrias e recursos ambientais na Coroa do Aviรฃo, em 1990, com professor Severino Mendes Junior

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Extens達o


N

a tentativa de melhor equacionar a Extensão na UFRPE, dentro dos princípios e normas que regem a extensão universitária, o Conselho Universitário, através do Processo nº 3854/75, aprovou a Resolução 95/75, criando a Pró-Reitoria de Extensão, dentro do Plano de Reestruturação da UFRPE, o qual foi aprovado pelo Decreto nº 76.212/75, da Presidência da República, em 04 de setembro de 1975. A extensão da UFRPE fundamentava-se nas seguintes linhas de ação: integração comunitária; atividades artístico-culturais; prestação de serviço à comunidade; comunicação social. Os objetivos iniciais eram de: contemplar a preparação técnico -profissional dos discentes, mediante contato com a realidade, tendo em vista facilitar sua integração à vida profissional; contribuir para o processo de desenvolvimento socioeconômico e cultural da região; atualizar e dinamizar os subsistemas ensino e pesquisa, mediante o fluxo retroalimentar que as atividades extensionistas promovem.

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Nos anos seguintes até os dias atuais, a UFRPE, por meio de sua Pró-Reitoria de Atividades de Extensão (PRAE), procurou atuar no sentido de fortalecer a essência da extensão universitária: articulando o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabilizando a relação transformadora entre universidade e sociedade. Assim, tem buscado fortalecer uma visão de universidade pública de qualidade, comprometida com a excelência científica, tecnológica e artístico-cultural, voltada a uma formação cidadã, nos termos defendidos pelo Plano Nacional de Extensão. A extensão na UFRPE prioriza, portanto, ações que visem à promoção da cidadania e da inclusão social, com o foco no atendimento de necessidades sociais emergentes, como as relacionadas com as áreas de educação, saúde, habitação, produção de alimentos, geração de emprego e ampliação de renda. As atividades desenvolvidas priorizaram relações multi, inter e/ou transdisciplinares e interprofissionais de setores da universidade e da sociedade.


É com base nessa concepção que a PRAE, ao longo dos últimos anos, fomentou, formulou, implantou e avaliou inúmeras atividades de extensão priorizando a integração entre as várias áreas do conhecimento, no vigilante processo de construção de uma Universidade participativa e cidadã. Integram a PRAE três Coordenadorias: Educação Continuada, Comunicação, Arte e Cultura e Integração Comunitária. Dentre as diversas ações de extensão desenvolvidas até 2013, a PRAE destaca: Coro Universitário, Incubatec Rural, Conexões de Saberes, Instituto Oceanário de Pernambuco, A radiocomunicação como ferramenta da educação não formal e a Escola de Conselhos de Pernambuco. Eventos como a Feira de Profissões e a participação na Exposição de Animais e Produtos Derivados, assim como atividades desenvolvidas durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, além de projetos e programas diversos, também integram as ações de extensão da Federal Rural, que recebem incentivo por meio de bolsas de extensão concedidas por meio de editais anuais.

Residentes realizam intervenção cirúrgica em animal no Hospital Veterinário no fim dos anos 1970.

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Equipe do Hospital Veterinário atende animal de produtor rural na Clínica de Bovinos

Pesquisadores no apiário da Estação de Agricultura Irrigada do Parnamirim, que dá assistência a produtores locais.

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Semana Nacional de CiĂŞncia e Tecnologia 2012

Memorial FotogrĂĄfico da UFRPE

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Aluna de iniciação científica atendendo animal em propriedade rural

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Alunos da rede estadual de ensino plantando mudas na Estação Experimental de Cana de Açúcar do Carpina


Estande da UFRPE no XII Salão da Moda de Pernambuco, Centro de Convenções – 1996

Dia do Cavalo 2002, evento promovido pelo Departamento de Medicina Veterinária

VIII Feira de Profissões reuniu estudantes do ensino medio de todo o Estado – 2012

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Espaรงos e Paisagens


Aspectos históricos da área do Campus de Dois Irmãos da ufrpe

A

degradação da área de Mata Atlântica onde se situa o Campus da UFRPE começou muito antes da sua instalação. Na verdade, esta degradação começou a partir da colonização no século XVI com a instalação dos plantios de cana-de-açúcar dos antigos engenhos localizados na área. O Engenho Dois Irmãos foi levantado em terras que pertenceram ao antigo Engenho Apipucos, na primeira metade do século XIX, pelos irmãos Antonio Lins Caldas e Thomas Lins Caldas, por herança paterna e conhecidos pelos apelidos domésticos de Toné (Antonio) e Coló (Thomas). Toné foi militar desde 1824 e era conhecido como Capitão Antonio Lins Caldas Toné. Coló participou ativamente na Revolução de 1817, como guerrilheiro da coluna comandada pelo Padre Antonio de Souto Maior. Caindo prisioneiro na batalha de Pindoba em 28 de maio de 1817, foi enviado preso para a Bahia, junto com outros companheiros, lá permanecendo até 1821. Quando voltou à liberdade, foi vereador do Recife, entre 1829 a 1831, e, em 1834, exerceu o cargo de escrivão da Alfândega (PEREIRA DA COSTA, 1966). Da amizade dos dois irmãos Toné e Coló nasceu a denominação do Engenho Dois Irmãos, que depois deu nome ao atual bairro.

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O Engenho Dois Irmãos era um engenho d’água e moía de uma levada proveniente do grande açude da propriedade que percorria as suas terras e iam desaguar na margem esquerda do Capibaribe. Nas imediações deste, no vasto terreiro do engenho (hoje Praça Faria Neves, inaugurada em 1957 com projeto do paisagista Roberto Burle Marx), ficavam as duas casas grandes dos irmãos, separadamente dispostas. O engenho funcionou até 1875, sendo comprado pela antiga Companhia do Beberibe, para utilizar as águas do açude e dos mananciais do açude do Prata, para garantir o abastecimento de água do Recife, aí foi construída uma usina para impulsionar as águas, cujas edificações existem até os dias de hoje. O açude do Prata tem a sua denominação de uma lenda do século XVI sobre Branca Dias, rica senhora do Engenho Apipucos e Camaragibe que tendo sido denunciada ao Santo Ofício pelo crime de judaísmo, na ocasião de ser intimada a ordem de prisão, lançou no açude toda a sua baixela e mais jóias de prata que possuía (PEREIRA DA COSTA, 1966). A descida de comunicação entre Apipucos e Dois Irmãos, chamada hoje Rua de Dois Irmãos, vem do antigo caminho, estreito e irregular, a que


se dava o nome de Estrada do Engenho, que partindo de Apipucos chegava ao vasto terreiro da extinta fábrica, hoje Praça Faria Neves ou de Dois Irmãos, como é chamada popularmente. Entre o engenho e a mata ficava o arruado de Pedra Mole, que recebeu esta denominação devido à presença de grandes bancos de uma pedra muito mole, misturada com seixos. Em 30 de novembro de 1848 aí se refugiou uma coluna do exército revolucionário praieiro, quando foi desalojado pelo exército imperial. O que resta do antigo arruado hoje está localizado na estrada ao lado da Biblioteca Central e do Lapa ainda com antigas moradias (PEREIRA DA COSTA, 1966). Durante o governo do general Dantas Barreto, em 1916, o Jardim Zoo- Botânico de Dois Irmãos foi inaugurado nas terras de Pedra Mole e do Riacho da Prata. Em 14 de janeiro de 1939 foi criado o Jardim Zoobotânico de Dois Irmãos. A partir de 1969, passou a ser administrado pela Empresa Pernambucana de Turismo - EMPETUR, vinculada à Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes. Em 1987, foi transformado em Reserva Ecológica (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2010). O Jardim Zoobotânico de Dois Irmãos passou a denominar-se Parque Dois Irmãos em 7 de julho

de 1997, abrangendo uma área de 387,4 hectares, incluindo os açudes do Prata, do Meio e o de Dois Irmãos, além de 14 hectares do Horto Zoobotânico de Dois Irmãos. Em 29 de dezembro de 1998, o governador Miguel Arraes transformou a Reserva Ecológica de Dois Irmãos em Parque Estadual Dois Irmãos. Atualmente está subordinado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (ALMEIDA, 1998; ALMEIDA; OLIVEIRA, 2010). Pelo decreto n.82 de 12 de março de 1938 do interventor a então Escola Superior de Agricultura de Pernambuco (ESAP) foi transferida do Engenho São Bento para o bairro de Dois Irmãos no Recife (MAGALHÃES et al. 2008). Os professores Ivan Tavares e João de Deus de Oliveira Dias foram encarregados da transferência de todo o material didático para o Recife e proceder a instalação do mesmo nas salas e gabinetes do edifício principal da projetada e malograda Escola de Recuperação de Menores, obra do então governador Carlos de Lima Cavalcanti. O pavilhão central em estilo moderno com “partido arquitetônico em leque” foi projetado e construído pelo engenheiro Gerson Carneiro Leão. A ESAP então ficou pronta para funcionar em abril de 1938 (PLAQUETE, 1962).

Em 1938 foi feita a anexação do IPA, da granja de Dois Irmãos e do Jardim Zôo-Botânico à Escola. Era projeto do governo transferir para a ESAP o Curso de Química Industrial (como de fato aconteceu no início dos anos 40); pretendia ainda fundar o Instituto de Sericicultura, o Serviço de Piscicultura e uma Destilaria Piloto de Álcool. Também pretendia-se construir no terreno do campo experimental, em Dois Irmãos, um pavilhão para o internato dos universitários e defronte do prédio principal do outro lado do estádio, a biblioteca e o museu, além de um grande pavilhão de química. O edifício do Instituto de Biologia Animal, pertencente ao Ministério de Agricultura, também estava sendo construído ao lado do Instituto de Pesquisas Agronômicas. Deste modo cogitava o governo, através do secretário de agricultura Apolônio Sales, criar a primeira Universidade Tecnológica Rural do Brasil (PLAQUETE, 1962).

Argus Vasconcelos de Almeida, professor associado do Departamento de Biologia da UFRPE.

Memorial Fotográfico da UFRPE

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Visão superior do Prédio Central da UFRPE na década de 1950

Ruínas alagadas do antigo Engenho São Bento, onde funcionaram as Escolas Superiores São Bento

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Coroa do Avião, Igarassu - PE, onde funcionou a estação de pesquisa de Aves Migratórias da UFRPE

Sede do Memorial UFRPE, que funciona na casa onde viveu o professor Ivan Tavares

Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (Codai)

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Unidade Acadêmica de Garanhuns

Unidade Acadêmica de Serra Talhada

Fachada do prédio central da UFRPE a partir de 2008

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Estação Experimental de Cana de Açúcar do Carpina

Estação Experimental de Pequenos Animais do Carpina

Estação de Agricultura Irrigada de Parnamirim

Estação de Agricultura Irrigada de Ibimirim

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Pessoas


N

o início e no final das comemorações do centenário, a UFRPE procurou homenagear as pessoas. Gente que contribuiu para a construção da trajetória institucional, representantes de todos os partícipes, diretos ou indiretos, desta história secular. Para tanto, foi concedida a Medalha UFRPE 100 Anos a ex-reitores, aos mais antigos professores, técnicos-administrativos e estudantes e a representantes de instituições parceiras. Para ilustrar a importância das pessoas para a história da UFRPE, eis um trecho do discurso do professor Marcos Antonio Figueiredo na abertura do Seminário O Rural e a Formação Universitária na UFRPE: 100 anos depois*. “O rural que queremos mostrar é o rural com gente, com diversas expressões culturais, que tem potencial para impulsionar processos multilineares de desenvolvimento. O rural que queremos é o rural da natureza. Nossa maior riqueza, base da existência humana e de todas as formas de vida do planeta. Esse é o rural de João Vasconcelos Sobrinho, professor desta universidade. Ecólogo pernambucano reconhecido no Brasil e na América Latina pelo seu valoroso trabalho. De modo pioneiro, ele criou, no Brasil, a disciplina Ecologia Conservacionista. Ao contrário de muitos céticos, que viam o

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semiárido com um problema, ele afirmou que a caatinga é um patrimônio biológico rico e único no planeta. A sua luta pela conservação da biodiversidade teve um papel central para evitar a extinção do pau-brasil. O rural de Vasconcelos Sobrinho é o rural da natureza. É o rural dos ecossistemas, dos biomas, da diversidade ecológica. É o rural da ecologia da conservação e não de uma preservação sem gente. O seu conhecimento de ambiente ultrapassou a ótica ambientalista. Ele compreendia o ambiente de modo complexo e correto. Na sua visão, o sistema natural e o social são dimensões interdependentes e inseparáveis. Em Catecismo da ecologia, essa conceituação fica evidente. Precocemente ele explicitou uma visão de sustentabilidade quando ainda não fazíamos esse debate no Brasil. Nos seus 10 mandamentos da ecologia, ele fez uma crítica ao explicitar os efeitos perversos da indústria sobre o meio ambiente, assim como afirmou que o ser humano é o artífice da conservação ambiental. O rural que queremos mostrar é o rural da educação, da educação para transformação. É o rural de Paulo Freire. Grande pedagogo pernambucano reconhecido mundialmente e criador de


um método revolucionário de educação. No seu método os camponeses (homens e mulheres) são pessoas cultas, são sujeitos portadores de conhecimentos, são educadores e educandos ao mesmo tempo. Freire deu uma contribuição singular para extensão rural ao romper com perspectiva difusionista herdada do ocidente. Propôs uma perspectiva teórica e prática baseada na ação dialógica para mudança. No rural de Paulo Freire, os bacharéis – agrônomo, veterinário, engenheiro de pesca – e os licenciados em física, química, biologia são todos educadores. Todos devem exercer o papel de educadores que se comprometem e se inserem com a população rural para a transformação da realidade. A UFRPE tem um grande campo de trabalho e de ação. O futuro do rural depende de profissionais de visão ampla que entendam e se comprometam com as transformações que o rural necessita. O rural que queremos é o rural da interdisciplinaridade. Enfoque científico complexo, tão debatido e perseguido na academia na atualidade. Esse é o rural de Manuel Correia de Andrade. Intelectual pernambucano que soube, como poucos, aplicar a sua obra a abordagem interdisciplinar para estudar com rigor científico a realidade rural nordes-

tina, incorporando uma visão histórica, econômica, geográfica dos processos para, com isto, expor e analisar com clareza o modo de produção implantado no Nordeste desde o tempo colonial, que ainda hoje continua hegemônico. O rural que queremos é o rural das múltiplas expressões culturais do povo: a arte e a música. Esse é o rural de Luiz Gonzaga, pernambucano e o mais novo doutor honoris causa da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O rural que queremos é o rural como um modo de vida peculiar. É o rural de Maria Nazaré Wanderley. Como um lugar de vida, morada e trabalho, onde predominam relações de intercambio com a natureza. Este lugar, como bem disse, não desaparece com a urbanização. É o rural dos movimentos sociais e suas lutas históricas e contemporâneas pela terra, pela afirmação de suas identidades étnicas raciais, pela afirmação da igualdade de gênero e pelo desenvolvimento rural sustentável baseado na Agroecologia, que consideramos um enfoque científico. O rural queremos debater não é o rural de políticas de combate à seca. Porque um fenômeno natural não se combate; convive-se com ele. É o rural da convivência com o semiárido. Uma ver-

tente teórica e prática baseada em conhecimentos populares e científicos que busca ensejar um estilo de desenvolvimento baseado no potencial endógeno da caatinga. É o rural de uma agricultura que seja arte. De uma agricultura tropical, com seus sistemas produtivos, na terra e na água, voltada para a produção de alimentos, para segurança e soberania alimentar, para a geração de emprego e renda, sem destruir os nossos ricos ecossistemas tropicais, que são reconhecidamente a maior fonte de biodiversidade do mundo. É o rural das políticas públicas para os diversos segmentos sociais do campo. A evolução da destinação de recursos públicos principalmente pelo governo federal nos últimos anos está abrindo possibilidades de atuação e de trabalho para profissionais de diversas áreas do conhecimento.”

* Evento do cronograma oficial das comemorações do Centenário da UFRPE, realizado de 19 a 21 de março de 2013 no Salão Nobre.

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Dionysio Melli, primeiro aluno formado pelas Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento e primeiro médico veterinário diplomado no Brasil, em 1915

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Monge beneditino Dom Bento Pickel, um dos fundadores das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento, célula-mater da UFRPE

Tereza Gayão, agrônoma formada pela UFRPE em 1949


Dom Hélder Câmara, doutor honoris causa pela UFRPE

João Vasconcelos Sobrinho, nobre ambientalista e ecólogo que foi aluno, professor e reitor da UFRPE

Professor Roldão de Siqueira Fonte, estudioso e ativista na preservação do Pau-Brasil

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Apulcro de Menezes, técnico-administrativo que contribuiu para a administração da UFRPE como chefe de gabinete por cerca de 20 anos, entre as décadas de 1970 e 1990

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Eudes de Souza Leão Pinto, ex-aluno da Escola Superior de Agricultura, professor aposentado da UFRPE e presidente das Academias Pernambucana e Brasileira de Ciência Agronômica

Altemiro Ventura, servidor aposentado da UFRPE que ajudou a planejar e desenhar os prédios do campus de Dois Irmãos


Maria Celene Cardoso de Almeda, engenheira agrônoma formada pela ESAP em 1948, professora da UFRPE considerada a Mãe da Acerola no Brasil, por ter trazido e difundido essa fruta das Antilhas em 1958

Osvaldo Martins Furtado de Souza, professor aposentado, foi diretor do antigo Colégio Agrícola no Engenho São Bento, hoje Codai. Defensor do Pau-Brasil e do Baobá

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Documentos


A

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) marcou os 100 anos de fundação das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento com novo projeto de identidade visual baseado na reformulação do seu brasão. A nova logo foi desenhada a partir dos elementos essenciais - o semeador, o Cruzeiro do Sul e a inscrição em latim Ex Semine Seges, cujo significado é Como semeares colherás - em nova perspectiva afim com a nova face da UFRPE. A proposta foi elaborada pela equipe de comunicação e design interna, em parceria com especialistas, e passou por diversas instâncias, incluindo a Comissão do Projeto UFRPE 100 Anos, diretores acadêmicos, membros da comunidade universitária e Conselho Universitário. Tendo sofrido seis alterações desde que era representada pelo símbolo de São Bento, o brasão da UFRPE teve sua última atualização feita em 1989. O brasão renovado acompanha a trajetória da Instituição, que deixou de se restringir às ciências agrárias para abarcar as mais diversas áreas do conhecimento, incluindo as ciências exatas, humanas, sociais e biológicas. A ideia central se baseia em traços contemporâneos, sem esquecer da relevância histórica

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– mantendo-se o padrão de brasão –, com foco no semeador, que semeia iluminado pelo Cruzeiro do Sul. A construção do conhecimento, representada pelas sementes, oferece a ideia original da terra do campo rural, mas também de planeta ou estrada, representando o caráter universal do conhecimento, ampliando o foco das agrárias para abarcar as outras áreas que hoje representam a UFRPE. As três tochas acesas representam as três grandes áreas do conhecimento: Ciências Humanas, Letras e Artes; Ciências Exatas e Tecnologia; Biociências ou Áreas da Saúde. O formato do brasão foi renovado, nos padrões também medievais, contudo dentro de padrões contemporâneos de imagem, e a faixa com a inscrição Ex Semine Seges, coloca-se não mais abaixo do escudo, e sim sobre ele, destacando o lema. Marcam também os festejos do centenário da UFRPE o selo UFRPE 100 Anos, obliterado pelos Correios em novembro de 2012, e o carimbo de mesmo tema, utilizado virtual e de forma impressa em correspondências e materiais gráficos relacionados à Instituição.


Ata da primeira sessão da Congregação da Escola de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento, de 3 de novembro de 1912

Edição V do periódico estudantil O Enigma, publicado pelos estudantes de 1928 a 1930, sob a direção do então aluno da Escola Superior de Agricultura São Bento João Vasconcelos Sobrinho, que veio a se tornar relevante ecólogo e ambientalista

Memorial Fotográfico da UFRPE

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Carimbo alusivo às comemorações do centenário dos primeiros cursos da UFRPE

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Selo comemorativo obliterado pelos Correios para o ano do centenário


1912 – 1936

1970 – 1973

1937 – 1947

1974 – 1988

1947 – 1967

1968 – 1970

Evolução dos brasões da UFRPE desde a criação das Escolas Superiores de Agricultura e Veterinária São Bento. O último brasão foi lançado especialmente para marcar os 100 anos de história da UFRPE e os novos tempos da Instituição. Detalhe para o brasão comemorativo 1970-1973, desenhado pelo escritor Ariano Suassuna

1989 – 2012

2012

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Momentos


P

rezado leitor, nas próximas páginas você terá a oportunidade de ver e/ou rever alguns momentos de nossa Universidade Federal Rural de Pernambuco, descritos através de fotos e palavras. É claro que uma foto retrata um momento de maneira estática, preso num lapso de tempo que já passou. Retrato de um momento imóvel, colorido ou em preto e branco! Entretanto, vários dos que apreciarão as próximas páginas darão vidas a estas fotos, com sua lembranças e sentimentos de quem viveu cada um desses momentos. O brilho do olhar do leitor ao ver estas fotos, algumas vezes com a companhia das lágrimas, completarão de sentimentos estas imagens, esses momentos. Talvez nos vejamos diretamente nelas, ou através da imagem de algum amigo ou amiga!

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Talvez nos vejamos em ambientes que vivemos e que fazem parte de nossa história! Mas, com certeza, a UFRPE compostas por prédios, pessoas, sentimentos, momentos, estarão presentes nas páginas a seguir. Será uma leitura repleta de sorrisos e cumplicidade. Repleta de lembranças estáticas que se transformarão em movimentos dinâmicos de histórias que vivemos na nossa querida Rural. Por fim, que esta leitura nos ajude, com a lembrança dos seus momentos, a seguir em frente, contribuindo para que a UFRPE continue viva e pulsante nos próximos 100 anos! Viva a nossa Rural! Prof. Marcelo Brito Carneiro Leão vice-reitor da UFRPE


Missa no Mosteiro de São Bento, Olinda, em novembro de 1977, em homenagem aos 65 anos de fundação dos primeiros cursos da UFRPE

Inauguração da Clínica de Bovinos, em Garanhuns, em 1979

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Última visita oficial dos beneditinos fundadores à UFRPE em 1958: Professores Salvador Nigro, Ivan Tavares, João de Deus Dias; D. Pedro Bandeira de Melo, D. Gabriel Beltrão, D. Bento Pickel, reitor Manoel Rodrigues e prof. Dárdano de Andrade Lima

Comemoração natalina com missa celebrada por Dom Hélder Câmara na década de 1980

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Emocionante cerimônia de entrega do título de Doutor Honoris Causa a Dom Hélder Câmara, em 21 de setembro de 1984

O religioso adentra o Salão Nobre da UFRPE com a Comissão de Honra, que incluiu o professor emérito da UFRPE Romero Marinho de Moura

Descerramento da placa do sesquicinquetenário da UFRPE no Mosteiro de São Bento em 1987

Entrega da medalha do Mérito José Mariano a João Vasconcelos Sobrinho

Memorial Fotográfico da UFRPE

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Descerramento do marco comemorativo dos 80 anos da fundação dos cursos de ciências agrárias de Pernambuco – 1992

Congresso de iniciação científica realizado no Salão Nobre no ano de 1993

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Colação de grau de turma de Química em 1988 - láurea do aluno Marcelo Carneiro Leão, hoje vice-reitor da UFRPE, com os professores Manoel Taperoá e Rildo Sartori


Concessão do Título Doutor Honoris causa ao medico veterinario Karl Fritz Weitze em 1999

Memorial Fotográfico da UFRPE

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Implantação da Unidade Acadêmica de Garanhuns, primeira expansão universitária do Governo Lula, em 2004

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Entrega do TĂ­tulo Doutor Honoris Causa ao escritor Ariano Suassuna em 2005

Memorial FotogrĂĄfico da UFRPE

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Implantação da Unidade Acadêmica de Serra Talhada em 2006

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Inauguração do Campus do Codai em Tiuma, no ano de 2008


Abertura da Semana Nacional de Ciencia e Tecnologia na UFRPE em outubro de 2012

Cerimônia de Outorga do Título Doutor Honoris Causa ao cantor e compositor Luiz Gonzaga (post mortem) em novembro de 2012

Memorial Fotográfico da UFRPE

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Outorga do Título de Doutor Honoris Causa da UFRPE ao ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2011

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Posse da reitora Maria José de Sena e do vice-reitor Marcelo Brito Carneiro Leão, em maio de 2012

UFRPE recebe mais um Prêmio Orgulho de Pernambuco do Diario de Pernambuco em 2012

Memorial Fotográfico da UFRPE

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Reitores


Reitora da UFRPE, Maria JosĂŠ de Sena

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T

radição e inovação, memória e vanguarda, campo e cidade, fé e ciência. A história da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) é mesmo repleta de elementos aparentemente antagônicos, mas responsáveis por um legado dos mais relevantes para Pernambuco e Brasil: o patrimônio rural cultivado no universo contemporâneo de saberes científicos e populares. Ao completar 100 anos desde a fundação dos primeiros cursos – Agronomia e Medicina Veterinária – por um grupo de monges beneditinos, a universidade mantém a tradição das ciências agrárias, ao mesmo tempo em que ousa buscar a excelência também nas áreas de biociências, humanas, sociais e exatas. A história secular da UFRPE, contudo, não seria possível sem a participação decisiva de líderes que tomaram as decisões e as atitudes necessárias à evolução da Instituição. Os reitores tiveram e têm papel fundamental na trajetória centenária da Universidade, enfrentando as mais diversas situações sociopolíticas – cada

um em sua época –, para manter o bom andamento dos serviços acadêmicos e administrativos e consequentemente a qualidade da educação superior no Estado. Desde o primeiro rector magnificus, o abade do Mosteiro de São Bento Dom Pedro Roeser, que foi empossado, em 1917, como gestor das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento, a UFRPE conta com a cabeça e os braços dessas figuras singulares. Nesses cem anos de existência, a UFRPE foi dirigida por 16 reitores sendo, a atual gestora, professora Maria José de Sena, a primeira mulher eleita reitora em uma universidade de Pernambuco. A Reitoria é composta pelo reitor ou reitora, que, com sua estrutura do gabinete, é responsável pela administração da universidade ao lado da Vice-Reitoria. Também integram a equipe gestora as Pró-Reitorias. Compete à Reitoria oportunizar a interação dos campi, departamentos, coordenações e demais setores, a fim de garantir o compartilhamento das melhores práticas de gestão desenvolvidas.

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Dom Pedro Roeser (1917-1929)

Manoel Rodrigues Filho (1954-1962)

Renato Ramos de Farias (1962-1963)

João de Vasconcelos Sobrinho (1963)

Monge Beneditino, Abade do Mosteiro de São Bento em Olinda, Pernambuco. Em conjunto com os Monges Dom Plácido de Oliveira, Dom Bento Pickel e Dom Pedro Bandeira de Melo, idealizou e empreendeu esforços para a criação das “Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento”, celula mater da UFRPE. Assumiu o cargo de Rector Magnificus, sendo o primeiro reitor da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento.

Engenheiro Agrônomo formado na turma de 1928, pela Escola Superior de Agricultura de Pernambuco – ESAP. Professor Catedrático, destaca-se na História Institucional como um dos baluartes na luta pela transição do período estadual da Universidade, época em que era denominada de Universidade Rural de Pernambuco – URP, para o federal, passando a ser subordinada ao Ministério da Agricultura e a denominarse Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE. Assumiu a Reitoria como primeiro reitor do período federal.

Engenheiro agrônomo da turma de 1922 pela Escola Superior de Agronomia de Socorro. Tornou-se o segundo reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, do período federal subordinado ao Ministério da Agricultura, ao assumir a Reitoria em 1962, ano do Cinquentenário da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento.

Engenheiro agrônomo formado na turma de 1930 pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento, em Olinda, Pernambuco. Professor catedrático, introduziu a disciplina “Ecologia Conservacionista”, a primeira ministrada no Brasil com foco na Ecologia. Criou, em 1936, o Jardim Zoobotânico do Estado de Pernambuco, no bairro de Dois Irmãos, Recife.

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João de Deus Oliveira Dias (1964-1967)

Artur Lopes Pereira (1967-1969)

Adierson Erasmo de Azevedo (1969-1973)

Murilo Salgado Carneiro (1973-1974-1982-1983)

Engenheiro agrônomo formado na turma de 1930, pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento, em Olinda Pernambuco. Professor Titular, em 1947, exerceu a Direção da escola Superior de Agricultura. Foi o último reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco do período da subordinação ao Ministério da Agricultura (1956 a 1966), ficando à frente da Reitoria como primeiro reitor do atual período da federalização subordinada ao Ministério da Educação.

Médico veterinário formado na turma de 1918, pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento. Professor exerceu a Direção da Escola Superior de Medicina Veterinária no período de 1953 a 1960. Assumiu a Reitoria da UFRPE no período de 11 de abril de 1967 a 11 de dezembro de 1969.

Engenheiro agrônomo formado na turma de 1948, pela Escola Superior de Agricultura de Pernambuco – ESAP. Assumiu a Reitoria no período de 11 de dezembro de 1969 a 08 de agosto de 1973. Dentre outras ações, incentivou a cultura, criando o Coral da UFRPE.

Médico veterinário formado na turma de 1949, pela Escola Nacional de Veterinária (atual UFRRJ). Professor titular e vicereitor, assumiu a Reitoria em dois mandatos, o primeiro deles, no período de 09 de agosto de 1973 a 18 de setembro de 1974 e, o segundo, de 20 de setembro de 1982 a 20 de janeiro de 1983. É Professor Emérito da UFRPE.

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Humberto Carneiro (1974-1978)

Naldo Halliday Pires Ferreira (1978-1982)

Waldecy Fernandes Pinto (1983-1987)

João Baptista Oliveira dos Santos (1987-1991)

Engenheiro agrônomo formado na turma de 1945, pela Escola Superior de Agricultura de Pernambuco – ESAP. Professor titular, foi diretor da escola Superior de Agricultura no período de 1971 a 1974. Assumiu a Reitoria no período de 19 de setembro de 1974 a 18 de setembro de 1978. É Professor Emérito da UFRPE. Em 1978, recebeu como homenagem dos Servidores, o título de “Reitor Magnânimo”.

Médico Veterinário formado na turma de 1957 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Professor adjunto, assumiu os cargos de vice-diretor e diretor prótempore da Escola Superior de Agricultura em 1971, pró-reitor de Graduação, vicereitor e reitor da UFRPE.

Arquiteto formado na turma de 1954 pela Universidade Federal de Pernambuco. Professor da UFRPE, exerceu a Vice-Direção do Departamento de Física e Matemática. Assumiu a Reitoria no período de 10 de fevereiro de 1983 a 10 de fevereiro de 1987. É Professor Emérito da UFRPE.

Engenheiro agrônomo formado na turma de 1955 pela Escola Superior de Agricultura de Pernambuco – ESAP. Professor adjunto, exerceu a Direção de Zootecnia no período de 1983 a 1987, assumindo a Reitoria no período de 20 de fevereiro de 1987 a 20 de fevereiro de 1991.

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Manoel Francisco de Moraes Cavalcanti (1991-1995)

Emídio Cantídio de Oliveira Filho (1995-2003)

Valmar Corrêa de Andrade (2004-2007/2008-2012)

Maria José de Sena (2012 – atual)

Médico veterinário formado na turma de 1960 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Professor adjunto, exerceu a Direção da Escola Superior de Medicina Veterinária entre 1974 e 1975. Foi também diretor do Departamento de Zootecnia. Assumiu a Reitoria no período de 28 de fevereiro de 1991 a 28 de fevereiro de 1995.

Engenheiro agrônomo formado na turma de 1973 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Professor adjunto, exerceu a função de pró-reitor de Pesquisa e PósGraduação, assumindo a Reitoria em dois mandatos consecutivos, o primeiro deles, no período de outubro de 1995 a outubro de 1999 e, o segundo, de outubro de 1999 a outubro de 2003.

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, atuou, entre outras funções, como coordenador-geral de Pesquisa e Pós-Graduação; assessor da Reitoria para Assuntos de Ensino e vice-reitor em dois mandatos. Assumiu a Reitoria também por dois mandatos.

É graduada em Medicina Veterinária e Licenciatura em Ciências Agrícolas pela UFRPE, além de Licenciatura em Ciências Biológicas pela Unicap. Tem doutorados na área de Medicina Veterinária Preventiva e Epidemiologia pela UFMG. É a primeira mulher reitora de uma universidade em Pernambuco.

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Centenรกrio UFRPE


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UFRPE celebrou, do segundo semestre de 2012 ao mesmo período de 2013, os 100 anos de fundação dos seus primeiros cursos. Foram grandes momentos previstos no calendário oficial do Projeto Centenário, somados a inúmeros eventos e iniciativas espontâneas de toda a comunidade universitária e ainda homenagens de pessoas e instituições amigas. Vivenciar um século em um ano permitiu uma revisita ao passado inspiradora para a renovação necessária aos próximos cem anos. Antes mesmo do dia 3 de novembro de 2012, o público pernambucano pôde adentrar nas portas abertas das comemorações com a realização da abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na UFRPE, em outubro, no Campo de Futebol da UFRPE. O evento ocorreu na Instituição graças ao reconhecimento do centenário como um marco para a Ciência & Tecnologia do Estado. Na mesma época, a tradicional Feira de Profissões teve uma edição especial, e os estudantes das redes pública e particular de ensino tiveram a oportunidade de conhecer tanto os cursos da UFRPE quanto um pouco de sua história. Na semana de aniversário, de 4 a 9 de novembro de 2012, foram realizados os eventos

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de abertura do calendário oficial de comemorações. A programação teve início no domingo (4/11), quando foi realizada missa especial e inauguração da Placa do Centenário no Mosteiro de São Bento, em Olinda-PE, onde originaram-se as Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária. Na terça-feira (6/11), o Salão Nobre abrigou o lançamento do Selo UFRPE 100 Anos, com concerto da Banda Sinfônica Cidade do Recife. Durante a cerimônia, a reitora e o diretor regional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos realizaram a obliteração do selo comemorativo. Cada participante recebeu uma cartela do exemplar, que está sendo utilizado em todas as correspondências oficiais da UFRPE. Na quarta-feira (7/11), foi a vez da Solenidade de Homenagens, no Salão Nobre, com a participação do Coro da UFRPE. Na ocasião, foi entregue a Medalha UFRPE 100 Anos aos reitores que dirigiram a Instituição, os mais antigos professores, técnicos-administrativos e estudantes e instituições parceiras. Dois dias depois, a emoção tomou conta da plateia do Salão Nobre, que assistiu à solenidade, organizada em parceria com o Diretório Cen-


tral dos Estudantes (DCE) de rematrícula de Odijas Carvalho de Souza, aluno torturado e morto pela Ditadura Militar. Na semana seguinte, foi a vez de técnicos -administrativos e docentes comemorarem o centenário durante a festa do Dia do Servidor Especial 100 Anos, na Associação dos Professores (APUFRPE), com a animação de Maciel Melo e outras atrações. Para marcar o momento, a UFRPE também abrigou, nos dias 12 e 13 de novembro, a Reunião da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) na UFRPE, com reitores nacionais, que conheceram o campus-Sede da Rural de Pernambuco. No dia 22 de novembro, houve um dos momentos mais emocionantes das comemorações do Centenário: a solenidade de entrega do Título Doutor Honoris Causa ao cantor e compositor Luiz Gonzaga (post mortem). A homenagem se deveu principalmente às comemorações coincidentes do centenário do Rei do Baião e os 100 anos dos primeiros cursos da UFRPE. O Salão Nobre ficou pleno, com a presença de familiares, amigos, artistas e admiradores do artista, um legítimo doutor em natureza, como justificou o professor

Severino Mendes Júnior, autor da proposta que levou à outorga do título. Para fechar o ano de 2012, a Biblioteca Central abrigou, no dia 28 de novembro, o lançamento dos livros sobre o Prédio Central, sobre a Veterinária no período beneditino e outras publicações relacionadas à história institucional. O cronograma do centenário contemplou ainda diversas atividades até novembro de 2013, incluindo eventos, novas homenagens e atividades realizadas pela comunidade universitária. A solenidade de homenagens aos servidores aposentados, a exibição de estreia do documentário UFRPE: um século de memórias, a exposição UFRPE 100 Anos e o lançamento do livro Tecendo Memórias: Linhas e entrelinhas da Trajetória da UFRPE (1912-1936), de Denize Siqueira, integram as atividades de culminância. Pelos avanços que marcam a história da Universidade, aliados às transformações da atualidade, alunos, professores e técnicos-administrativos celebram o centenário com orgulho de fazerem parte de uma universidade com raízes fincadas no campo e com galhos apontados para a educação, a cidadania e as demandas exigidas com os novos desafios mundiais.

Memorial Fotográfico da UFRPE

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Missa no Mosteiro de São Bento, em Olinda, no dia 4 de novembro de 2012

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Discurso da reitora Maria José de Sena sobre a importância dos monges beneditinos na história da UFRPE


Cerimônia de lançamento e obliteração do selo comemorativo do centenário da UFRPE, em 6 de novembro de 2012

Na mesma solenidade, concerto da Banda Sinfônica Cidade do Recife, sob a regência do maestro Nenéu Liberalquino

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Solenidade de homenagens e entrega da Medalha UFRPE 100 Anos no dia 7 de novembro de 2012

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Entrega da Medalha UFRPE 100 Anos aos ex-reitores da UFRPE

Reitora Maria JosĂŠ de Sena entregou medalha e certificado aos ex-reitores e familiares

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Reitora Maria José de Sena ao lado de autoridades homenageadas, e exemplo do representante do mosteiro de São Bento, além da reitora do IFPE, Cláudia Santil, e do reitor da UFPE, Anísio Brasileiro

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Capas dos livros referentes ao centenรกrio institucional escritos por pesquisadores da UFRPE e publicados pela Editora Universitรกria

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Como um tear em sua trama, Denize Siqueira constrói, nestas páginas, raro tecido composto de fios de memória que evocam a trajetória da Universidade Federal Rural de Pernambuco, desde as circunstâncias sociopolíticas e econômicas que engendraram a fundação das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária São Bento. O cotidiano é protagonista desse emaranhado de análises documentais, diálogos teóricos e impressões conduzidos pela pesquisadora, sempre atenta aos sujeitos e espaços sociais que ajudaram a tecer os caminhos da UFRPE. No oportuno momento em que a Universidade comemora cem anos da fundação dos seus primeiros cursos, Tecendo memória surge como leitura obrigatória para a comunidade universitária, estudiosos de memória e patrimônio e demais interessados em se embaraçar numa narrativa leve e, ao mesmo tempo, provocativa acerca das linhas e entrelinhas que promovem a complexa tecelagem de uma instituição de ensino superior secular.

Conceição Martins Mestra em Comunicação e sócia benemérita das Academias Pernambucana e Brasileira de Ciência Agronômica.

Renata Sá Carneiro jornalista

TECENDO MEMÓRIA: linhas e entrelinhas da trajetória da Universidade Federal Rural de Pernambuco (1912-1936)

beneditinos que, ao lado de outras pessoas, teceram aquele período singular, de cujos resultados hoje toda a sociedade pernambucana usufrui. Percebe-se, na narrativa, a crença daquelas pessoas naquilo que faziam em prol de uma educação superior de qualidade. Mais do que um registro histórico, este livro é um tributo àqueles que nos antecederam. Quem se interessa pela biografia da UFRPE certamente encontrará nesta Memória informações preciosas.

Denize Siqueira da Silva

Denize Siqueira da Silva

é mestra em História Social da Cultura Regional pela UFRPE, e licenciada pela Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde. Atualmente dedica-se a pesquisas sobre a transversalidade da educação patrimonial no ensino superior.

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TECENDO MEMÓRIA:

linhas e entrelinhas da trajetória da Universidade Federal Rural de Pernambuco (1912-1936) Denize Siqueira da Silva

O livro relata os primórdios da história da criação das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária de São Bento, que originaram a UFRPE, e torna realidade um sonho da comunidade acadêmica. A memória do Período Beneditino possibilita a compreensão do papel social das Escolas no âmbito da educação pernambucana, na formação de bacharéis em Agronomia e Medicina Veterinária no início do século XX. Através da História Cultural, a autora recompõe os fatos e as decisões importantes na tessitura dessa história institucional. A obra não pretende ser definitiva. É um estímulo para que outros pesquisadores enriqueçam novas versões. É um livro para ser lido e apreciado pelas gerações do presente e do futuro, pois o desejo de se perpetuar a memória da UFRPE é de todos que se interessam pela história desta importante Instituição. Por isso, nossa alegria em referenciar este livro, produto da nossa sensibilidade em sintonia com os mesmos objetivos da autora, em garimpar, preservar e socializar a memória agronômica e veterinária pernambucana. Nesse resgate, a autora traz ao conhecimento público a abnegação e o desempenho dos monges


UFRPE


Organização do centenário UFRPE Comissão Administrativa

Profa. Maria José de Sena (reitora / presidente) Prof. Marcelo Brito Carneiro Leão (vice-presidente) Prof. Delson Laranjeira Prof. Gabriel Rivas de Melo Profa. Mônica Maria Lins Santiago Prof. José Carlos Batista Dubeux Júnior Prof. Romildo Morant de Holanda Prof. Severino Mendes de Azevedo Júnior

Comissão de Comunicação

Bruno de Oliveira Andrade Fernando Antônio de Azevedo Renata Sá Carneiro Leão

Comissão de Cultura Prof. João Morais Renato Motta

Comissão de Eventos

Adeline Sobral Areias Dione Paula Simone Gomes da Silva

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Comissão de Homenagens Marta Vieira Barbosa Profa. Vera Ramalho

Comissão de Levantamento Histórico

Prof. Argus Vasconcelos de Almeida Conceição Martins Denize Siqueira Profa. Maria das Graças Andrade Ataíde de Almeida Profa. Maria do Rosário Andrade Leitão Prof. Ricardo Pacheco Profa. Suely Luna

Comissão de Publicações Bruno de Souza Leão Prof. Gilvan Maciel


REFERÊNCIAS ALMEIDA, A.V. Prof. D. Bento Pickel: uma biobibliografia. Recife: UFRPE, 1998. ALMEIDA, Maria das Graças A. A. & CABRAL, Fátima. FACEPE 15 anos. Recife: Facepe, 2005. FOERSTER, P. J. Elias. Dom Pedro Roeser O.S.B.: patrono da cadeira nº 17 da Academia Pernambucana de Medicina Veterinária. Recife: ed. Livro Rárido, 2008. MACIEL, Gilvan de Almeida. A Medicina Veterinária no Tempo Beneditino: Notas para sua história.Recife: UFRPE, 2012. MARTINS, Conceição; LEITÃO, Maria do Rosário de Fátima Andrade. Prédio da Reitoria da UFRPE: Resgate histórico 1935-2009. Recife: UFRPE, 2009. OITENTA Anos dos Cursos de Ciências Agrárias. UFRPE (1912-1992). Recife: UFRPE, 1994. PLAQUETE Comemorativa do Cinquentenário da Escola Superior de Agricultura da Universidade Rural de Pernambuco (1912-1962). Recife: Imp. Univ. da URP, 1962 SETENTA Anos de Medicina Veterinária em Pernambuco (1912-1982). Recife: UFRPE, 1982. SIQUEIRA, Denize. Tecendo memórias: linhas e entrelinhas da trajetória da Universidade Federal Rural de Pernambuco (1912-1936). Recife: UFRPE, 2010. FONTES FOTOGRÁFICAS Acervo do Mosteiro de São Bento de Olinda-PE Acervo do Memorial da UFRPE Acervo da Coordenadoria de Comunicação Social da UFRPE Acervo do fotógrafo Fernando Azevedo/UFRPE Acervo do ex-reitor da UFRPE Waldecy Pinto Acervo do Núcleo do Conhecimento Professor João Baptista Oliveira dos Santos da Biblioteca Central da UFRPE

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Hino da Universidade Federal Rural de Pernambuco Estribilho: Salve Tu oh Rural que abraças Este vasto Nordeste em missão, Gente heróica tuas luzes aclaram Desde o mar pelo agreste ao sertão. Alma Mater fecunda que espalhas Nobres filhos tão grande extensão. O teu nome honraremos na vida Na ciência, trabalho e ação Salve Tu oh Rural... Construímos a Pátria e buscamos As riquezas do solo explorar, Cariris, São Francisco, Araripe Para Sempre abundância nos dar. Salve Tu oh Rural... Se um dia hesitantes na vida A saudade de Ti acordar, Há de ser tua amada lembrança Que prá frente nos há de guiar. Salve Tu oh Rural...

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Letra do Professor J. Vasconcelos Sobrinho, Música do Padre Jaime Diniz


A UFRPE e seus campi

Sรฃo Lourenรงo da Mata

Serra Talhada

Carpina

Parnamirim

Tapacurรก Ibimirim

Recife Cabo de Santo Agostinho

Garanhuns

Memorial Fotogrรกfico da UFRPE

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