Negócios e Notícias Edição 52

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egócios DIRECTOR: Jorge Guedes MENSAL - Ano 5 - Nº 53

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X SANTARÉM

Moita Flores recandidata-se Cerca de 400 pessoas assistiram ao anúncio da recandidatura do actual presidente da Câmara de Santarém a um segundo mandato. página 5

X CARTAXO

Autarquia apresenta plano estrégico até 2018 Na próxima década, a Câmara do Cartaxo prevê investimentos de cerca de 275 milhões de euros no concelho. A oposição está pouco optimista. página 8

X ALMEIRIM

Visita à Herdade dos Gagos junta promotores e detractores O Dia Mundial da Árvore serviu para as várias facções visitarem o local onde irá ser construída o futuro estabelecimento prisional do Vale do Tejo. página 6

ver pág. 5

Em tempo de crise generalizada, o associativismo é dos sectores que mais sofre. Os patrocinadores são cada vez menos e a dificuldade em equilibrar as contas é cada vez maior. Só a Associação de Futebol perdeu oito clubes num ano. páginas 2 e 3

UMA VIAGEM AO ASSOCIATIVISMO NA NOSSA REGIÃO

X ESPECIAL AMBIENTE

A ÁGUA, A FLORESTA E O TRATAMENTO DE RESÍDUOS A luta por um mundo mais saudável deve ser um objectivo de todos mas, apesar das boas intensões, não há ainda respostas políticas consistentes que nos levem a orientar os nossos modos de consumo para a sustentabilidade. Mas não podemos deixar de agir. páginas 17 a 24


DESTAQUE

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VIAGEM AO ASSOCIATIVISMO REGIONAL Em tempo de crise generalizada, o associativismo é dos sectores que mais sofre. Os patrocinadores, que já não abundavam, são cada vez menos e os poucos que ainda conseguem desviar alguns fundos para apoiar clubes e associações da sua terra fazem-no cada vez em menor quantidade e com maior esforço.

Poder-se-á dizer que o problema já não é de agora, e que há muito que o associativismo está em crise. É um facto. Mas também é verdade que as coisas têm piorado e, provavelmente, nos

aqui, responderem pelas despesas de formação dos seus filhos o que, se por um lado se justifica, por outro pode criar desigualdades preocupantes. O presidente da Académica de Santarém diz que nenhum menino fica sem jogar só porque o pai não pode pagar a inscrição. Mas o número dos que não paga já chega aos 45 por cento. E se chegar aos 70 ou 80 por cento? Com todas estas dificuldades há também cada vez menos gente disponível para o dirigismo. Embora alguns clubes, como a Associação Desportiva

e Cultural de Paço dos Negros, não sintam esse problema, muitas outras colectividades passam meses e meses sem direcção. Muitas têm vindo a fechar. O presidente da Associação de Futebol de Santarém sugere que haja contrapartidas - no IRS, por exemplo - para quem dá, de forma totalmente gratuita, o seu tempo à sociedade. Seja dessa ou de outra maneira, é fundamental relançar o associativismo ou estes pequenos clubes têm o seu destino traçado. Se isso acontecer, muitas crianças vão certamente perder o acesso ao desporto e à cultura.

X ACADÉMICA DE SANTARÉM TEM 400 JOVENS A PRATICAR FUTEBOL

X ADSCS

OS POBRES NÃO ESTÃO MAIS POBRES Em tempo de crise pode supor-se que as associações que trabalham com os mais carenciados vivem ainda mais dificuldades mas nem sempre é assim. O presidente da Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém (ADSCS), Eliseu Raimundo, refere que as pessoas apoiadas pela sua instituição já eram pobres antes da crise e diz que, apesar das dificuldades, os pobres não estão mais pobres. “As pessoas carenciadas não estão a ter muito mais problemas do que anteriormente. Trabalhamos com famílias que recebem o Rendimento Social de Inserção (RSI), o Subsídio de Desemprego ou que têm poucos rendimentos e esses já pagavam pouco e continuam a pagar pouco”, explica o dirigente, admitindo um ligeiro aumento dos pedidos de apoio para os pagamentos de rendas, água e luz, que são encaminhados para os organismos estatais competentes. Como Instituição Particular de Solidariedade Social, a ADSCS tem acordos de cooperação

próximos tempos, muitas colectividades fecharão as portas. Veja-se o caso da Associação de Futebol de Santarém, que no último ano perdeu dez clubes. É certo que nem todos fecharam as portas mas a grande maioria está parada e sem qualquer actividade para os jovens que antes praticavam desporto no clube. Por muito que os organismos públicos digam que apoiam o desporto e a cultura - e que alguns até o façam - basta falar com meia dúzia de dirigentes para perceber que esses apoios são poucos. Cada vez mais os pais são obrigados a, também

com a Segurança Social que lhe garantem as verbas indispensáveis para a sua actividade. Actualmente a associação tem cerca de 80 funcionários, que se dividem pelas creches, pelo apoio domiciliário em seis freguesias rurais, pelas ludotecas e pelos outros projectos de apoio social. Eliseu Raimundo diz que em breve deverão ser contratadas mais dez pessoas, ao abrigo dos programas ocupacionais do Centro de Emprego de Santarém. Onde a crise mais se tem sentido é na diminuição dos apoios privados. “Tínhamos alguns mecenas que nos apoiavam mas são cada vez menos”, garante. Além de ser presidente da ADSCS, Eliseu Raimundo dirige também o Círculo Cultural Scalabitano, associação cultural que é a casa mãe do Coro, Orquestra Típica Scalabitana e Veto Teatro Oficina e tem ainda um departamento de dança e outro de esgrima desportiva e artística. Embora lamente que a cultura seja “o parente pobre” da sociedade, o dirigente diz que as várias secções e departamentos vão de vento em poupa.

APOIOS DIMINUIRAM MAS A “BRIOSA” NÃO PÁRA

Nem o facto de ser uma das associações mais antigas da região (foi fundada em 1931) liberta a Associação Académica de Santarém (AAS) das dificuldades financeiras, agravadas pela crise em que o mundo está mergulhado. “As nossas principais dificuldades são transversais à própria sociedade. Neste momento as empresas e as autarquias passam por situações complicadas e isso reflecte-se na diminuição de apoios”, explica o presidente do clube. Vítor Farinha exemplifica com o prestigiado torneio “Jorge Chaves”, organizado há vários anos pelo clube, mas para o qual este ano não se encontrou nenhum patrocinador para pagar os almoços às equipas convidadas, sendo necessário

recorrer a outras verbas. O dirigente exalta a postura das pequenas empresas que ainda vão apoiando a AAS e diz que a maior quebra se sentiu com as médias e grandes empresas da região. A complicar este cenário, que já não é fácil, o presidente da Briosa diz que o clube ainda não recebeu um único cêntimo da Câmara de Santarém referente a esta época desportiva. Embora reconheça que a política desportiva da autarquia melhorou neste mandato, em que foram criados regulamentos que finalmente se compreendem, Farinha diz que a situação está longe do ideal. O cenário não é muito melhor em termos de cotização dos sócios. 40 a 45 por cento dos associa-

dos ainda não pagaram as cotas deste ano, o que trás dificuldades acrescidas, até porque nenhuma criança fica sem jogar só porque os pais não têm dinheiro para pagar as cotas. Pelas conversas que tem com dirigentes de outros clubes, Vítor Farinha sabe que há situações ainda piores em que os próprios directores estão a avalisar empréstimos bancários para que os clubes não acabem. “Estamos a falar de instituições estruturantes e o seu encerramento é, muitas vezes, irreversível porque se perdem as dinâmicas e os mais afectados são os jovens que ficam sem sítio para praticar desporto”, analisa o presidente da Académica, lamentando que as autarquias prefiram apoiar outro tipo

de espectáculos “onde se gasta tanto dinheiro mal gasto”. Todas estas dificuldades fazem ainda com que seja cada vez mais complicado encontrar pessoas disponíveis para integrar os vários tipos de associações. Actualmente a Académica de Santarém tem cerca de 400 crianças e jovens, a quem dá formação desportiva na área do futebol, o que obriga a uma estrutura técnica (massagistas e treinadores) na ordem das 30 pessoas. “Nós quisemos aumentar a quantidade de atletas mas não esquecemos a qualidade dos técnicos e isso custa dinheiro”, refere Vítor Farinha, dizendo que um bom dirigente não pode desanimar e tem de ir buscar forças mesmo onde não as há.


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X FALTA DE APOIOS

SUPERCROSS DE PAÇOS NEGROS EM PERIGO A Associação Desportiva e Cultural (ADC) de Paço dos Negros está a ponderar acabar com a prova de surpercross que anualmente traz milhares de forasteiros à localidade. A diminuição dos patrocínios faz com que a direcção do clube esteja preocupada com o futuro da prova e o presidente da colectividade, Paulo Henriques, admite que a prova deste ano, a realizar a 4 de Julho, seja a última organizada pelo clube. “Nunca deu prejuízo mas tem sido ela por ela”, refere o dirigente que avança que os patrocínios são cada vez menos e que começa a ser difícil conseguir os cerca de 15 mil euros que a prova custa. Para que a emoção das duas rodas não se perca, nos últimos meses a secção de motociclismo da ADC de Paço dos Negros tem organizado outro tipo de provas. No caso do motocross, por exemplo, a aposta está nas provas regionais, que podem não ter tanta emoção mas têm orçamentos mais realistas para um pequeno clube. Mais pacífica é a situação do futebol, outra das modalidades fortes do clube de Paço dos Negros, que já foi inclusivamente campeão nacional do Inatel por duas vezes. Apesar deste

sucesso, o clube recorre essencialmente a jogadores da freguesia e das localidades limítrofes e não paga subsídios a ninguém. “Não há ordenados mas damos-lhes boas condições. Há petisco às sextas-feiras, almoço aos domingos e nada mais. Quem joga aqui joga porque gosta e não para ganhar dinheiro”, diz Paulo Henriques. Ao contrário de outros locais, em Paço dos Negros não falta gente para trabalhar no clube. Como exemplo refira-se que a ADC organizou recentemente uma prova de BTT e no dia da prova havia cerca de meia centena de pessoas dispostas a ajudar. O clube também não se pode queixar da falta de apoios da autarquia. “Nunca nos dizem que não a nada. Pode haver um ou outro atraso no pagamento de um subsídio mas se estivermos mesmo apertados e formos à câmara o presidente ou o vicepresidente resolvem o problema”, conclui Paulo Henriques. Além do motociclismo e do futebol, a ADC de Paço dos Negros tem secções de futsal, karaté e pesca, num total de cerca de uma centena de atletas. A curto prazo deverá ser criada a secção de BTT.

• Rui Manhoso, presidente da AF Santarém. X ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE SANTARÉM

“CORREMOS O RISCO DE UMA DEBANDADA GERAL” O presidente da Associação de Futebol de Santarém (AFS) receia que possa haver uma debandada geral dos dirigentes desportivos. Rui Manhoso diz que o associativismo “está a sofrer revés contínuos” e lamenta que não haja um estatuto que “defenda e dignifique os dirigentes”. Para o responsável pelo futebol distrital, os aspectos ligados às finanças, que levaram inclusivamente alguns dirigentes de clubes da região ao tribunal, foram bastante desmobilizadores e se alguém for condenado a situação será ainda pior. “Tentou-se fazer dos pequenos clubes empresas e isso foi um grande erro”, diz Rui Manhoso, defen-

dendo uma separação completa entre o desporto profissional e o amador. O presidente da AFS lembra que há anos que se fala em fazer um estatuto do dirigente amador o que, mesmo com a nova lei de bases do sistema desportivo, ainda não aconteceu. Desta forma o dirigente associativo diz que vai ser cada vez mais difícil arranjar quem se disponibilize para liderar um clube e considera que é por isso que actualmente uma boa parte dos dirigentes são pais de atletas e só fique na direcção enquanto o seu filho pratica desporto. Rui Manhoso lamenta que os dirigentes amadores só tenham responsabilida-

des e defende que deveria haver incentivos - no IRS por exemplo - para quem se disponibiliza para esta importante missão social, que trás imensas chatices e rouba muito tempo à família. Juntando a todos estes factores, nos últimos anos os apoios públicos diminuíram, o que colocou os clubes ainda em maiores dificuldades. Rui Manhoso lembra que a Associação de Futebol de Santarém tem oito mil praticantes e diz que isso deveria merecer uma maior atenção das entidades competentes. Para parar o abandono de clubes, a AFS aprovou recentemente medidas que passam pela alteração ao

figurino dos campeonatos, diminuindo as deslocações das equipas, pelo apoio ao pagamento do policiamento e pela redução nas taxas de jogo. Mas o dirigente está consciente que estas ajudas podem não ser suficientes e teme, por exemplo, que este ano alguns clubes do distrito não queiram subir aos campeonatos nacionais, onde as despesas são bem maiores. “O bairrismo já não é o que era e até os apoios das pequenas empresas de cada terra são cada vez menores”, revela o presidente da associação, que reconhece também que, fruto da crise e da descredibilização da modalidade, há cada vez menos gente no futebol.


ACTUALIDADE

4 Ginásio Vivafit promove festa BodyVive O Ginásio Vivafit, exclusivo para senhoras, está a organizar uma mega festa para promover o BodyVive, um programa de exercícios em grupo, acompanhado com música, desenvolvido pela empresa líder mundial de sistemas de aulas de grupo. A festa realiza-se no dia 4 de Abril, sábado, e tem início marcado para as 10h30, na Praça do Município, em frente à Câmara Municipal de Santarém, de onde pa r t i rá u ma c a m inhada que irá percorrer algumas das ruas da cidade. Às 11h30 realiza-se uma aula de Pilates e às 16h00, 17h00 e 18h00, haverá demonstrações de BodyVive. A animação completa-se com uma festa no Latiníssimo Clube, também situada na Praça do Município, a partir das 23h00. A organização promete muitas surpresas. Refira-se que o Vivafit de Santarém já tem au la s de BodyVive para as suas sócias. Têm uma duração de cerca de 35 minutos, nos quais se integram o exercício aeróbico para melhoria da saúde cardiovascular, o treino de resistência para desenvolver a força e estabilidade, e exercícios de flexibilidade e mobilidade.

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X FERIADO MUNICIPAL

JOAQUIM LOURO DISTINGUIDO COM MEDALHA DE OURO DE SANTARÉM

• Empresário foi homenageado pelos serviços prestados ao concelho. O empresário Joaquim José Louro Pereira foi homenageado pela Câmara de Santarém no dia 19 de Março, feriado municipal e dia de S. José. O homenageado é responsável pelo grupo J. J. Louro e recebeu a medalha de ouro da cidade pelos serviços prestados ao concelho.

JJ Louro tem fábricas em Amiais de Cima (onde está o grosso do tecido produtivo do grupo, que produz móveis, sofás e colchões, em Santarém (colchões), Pernes (móveis) e em Águeda

(mobiliário de escritório e ferragens). Tem ainda uma empresa de marketing, no Parque das Nações, em Lisboa. A sua faceta de benemérito é bem conhecida da comunidade. Em 2007 construiu uma escola primária e um jardimde-infância em Amiais de Cima, a terra que o viu nascer e onde sempre viveu. Esse é apenas um dos muitos exemplos de apoio a associações colectividades e bombeiros. Para o presidente da Câmara Municipal de Sa nta rém, Fra ncisco Moita Flores, Joaquim

Louro “é um exemplo de cidadania e de serviço público”, adiantando também que “é um grande homem que sabe ser simples ao servir uma comunidade”. O presidente da Câmara de Santarém, disse ainda que Joaquim Louro “é um exemplo honroso e honrado para a cidade pela sua inteireza de carácter e pela sua moralidade, pela sua solidariedade e pelo seu comportamento familiar e empresarial”. Já Joaquim Louro, classificou a distinção como “um momento muito feliz”. Visivelmente emo-

cionado, o empresário quis partilhar o momento de alegria com a família que o acompanhava, com os seus trabalhadores e com os muitos amigos presentes. Joaquim Louro agradeceu também a Deus pela visão que lhe tem dado e pela capacidade de sonhar e de ajudar o próximo. Frisou ainda que depois da escola que construiu em Amiais brevemente terão início as obras de uma nova creche. “Um projecto para todas as mães” da sua freguesia concluiu o benemérito.

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Militares da GNR condenados a 22 meses de prisão Dois soldados da GNR foram condenados a um ano e 10 meses de prisão, com pena suspensa por igual período, por um crime de corrupção passiva para acto ilícito. O colectivo de juízes do Tribunal de Almeirim deu como provado que os guardas, na altura colocados no posto de Almeirim, aceitaram 25 euros para perdoar uma multa a um condutor alcoolizado. Este caso remonta a 2000, durante uma fiscalização em Benfica do Ribatejo. A patrulha mandou parar o condutor que acusou 1,3 g/l de álcool e foi transportado ao posto. Pelo caminho, disseram-lhe que “não tinham prazer nenhum em multá-lo” e que “as coisas poderiam ser resolvidas de outra forma”. O queixoso, que na altura só tinha consigo cinco contos, perguntou se era o dinheiro que queriam, ao que um deles terá respondido: “largue a nota aí para o tapete do jipe”. O condutor dirigiu-se ao posto da GNR de Alpiarça, onde apresentou queixa e exigiu ser submetido a um novo teste, que só acusou 0,90 g/l. Os arguidos negaram sempre os factos mas a Juiza não teve dúvidas na sentença.


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POLÍTICA

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X APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA À CÂMARA DE SANTARÉM JUNTOU CERCA DE 400 APOIANTES

MOITA FLORES RECANDIDATA-SE O actual presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores vai recandidatar-se a mais quatro anos de mandato à frente da autarquia escalabitana.

Perante um enorme mar de gente - cerca de 400 pessoas - Moita Flores, um independente eleito nas listas do PSD, fez um balanço destes mais de três anos à frente dos destinos do concelho e afirmou que não podia ficar indiferente às “vozes, cartas, apelos e pedidos” para que concorresse a um segundo mandato. Outro dos motivos que levou ao sim a novo mandato foi o facto de, em seu entender, a oposição não ter capacidades para responder aos desafios do concelho. “A verdade é que os partidos que dizem ser a minha oposição não oferecem garantias para

modificar estruturalmente o futuro que se desenha para o século XXI”, afirmou o autarca. Entre os novos desafios para o concelho nos próximos anos estão a requalificação da zona ribeirinha, que será impulsionada pela alteração do traçado da linha ferroviária do Norte, e a concretização das compensações da alteração da localização do Novo Aeroporto de Lisboa. Já sobre os três anos que leva de mandato, Moita Flores elegeu como grandes vitórias ter conseguido “parar com o desnorte financeiro, acabar com as dívidas, acabar com o sufoco em que viviam milhares de credores e acabar com o lamaçal em que se arrastava a Câmara de Santarém”. O autarca admitiu que foi difícil mas garantiu que “antes do Verão, as dívidas a forne-

• Família apoia Moita Flores na decisão de se recandidatar. cedores estarão saldadas, as finanças da autarquia equilibradas e a dignidade da Câmara e de Santarém restaurada”. Um dos momentos mais emotivos desta apresentação foi o discurso de Filomena Gonçalves, esposa de Moita Flores, que se emocionou várias vezes mas acabou por garantir

algo que o candidato considera essencial: o apoio da família. A apresentação oficial da candidatura trouxe à cidade vários notáveis do PSD, casos do histórico militante Ângelo Correia e de Pedro Passos, candidato derrotado nas últimas eleições para a liderança do partido.

Outro dos apoios de peso foi o de Miguel Relvas, coordenador do PSD para as autárquicas fez questão de salientar as diferenças de Santarém antes e depois de Moita Flores mas alertou também para o facto de não haver vitórias garantidas. Uma das surpresas da apresentação da candida-

tura de Moita Flores foi o facto de na sala estarem vários autarcas de freguesias do concelho eleitos por outros partidos, entre eles os que em 2005 foram eleitos nas listas da CDU e entretanto se desvincularam da coligação. Para já nada se sabe da lista que o actual presidente irá liderar nas autárquicas que se realizarão no final deste ano. Recorde-se que em 2005, Moita Flores pôs termo a 29 anos de gestão socialista no município, primeiro com Ladislau Teles Botas, entre 1976 e 1993, depois com José Miguel Noras, de 1993 a 2001, e finalmente com Rui Barreiro, de 2001 até 2005. Refira-se também que, até ao momento, as restantes forças políticas ainda não anunciaram os seus candidatos aos órgãos autárquicos de Santarém.


ACTUALIDADE

6 Aprender a “blogar” na biblioteca de Almeirim O espaço Internet da Câmara Municipal de Almeirim está a organiar uma acção de formação que visa ensinar aos interessados os conhecimentos e as ferramentas tecnológicas para criar e manter um “blog” na Internet. “ Ve n h a b l o g a r connosco” é o nome desta actividade que se vai realizar na biblioteca municipal Marquesa de Alorna, onde os interessados se podem inscrever presencialmente, ou fazê-lo pelo telefone 243 594 122, ou pelo e-mail espacointernet@ cm-a lmeirim.pt. As actividades arrancam quando as turmas estiverem formadas.

Procissão dos Passos em Almeirim As duas tradicionais procissões ligadas ao Senhor Jesus dos Passos de Almeirim, uma das maiores manifestações religiosas da cidade, realizam-se no sábado, 28 de Março, às 21h30, e no domingo, dia 29, às 16 horas. Como habitualmente, espera-se a participação de largas centenas de pessoas.

Comissão quer garantir viabilidade das empresas A comissão informal criada para avaliar os impactos da crise no distrito de Santarém vai procurar garantir a viabilidade das empresas em dificuldades e manter o nível de emprego. Segundo o Governador Civil de Santarém, Paulo Fonseca, a comissão “quer ajudar a resolver os problemas das empresas e tentará agilizar a aplicação das medidas excepcionais de resposta à crise criadas pelo Governo, avaliando-as caso a caso, funcionando como um mecanismo de lubrificação deste processo.

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X NO DIA MUNDIAL DA ÁRVORE

VISITA À HERDADE DOS GAGOS JUNTA PROMOTORES E DETRACTORES

• A construção da prisão em Paço dos Negros continua a dividir a população. O dia mundial da árvore, 21 de Março, serviu de mote a uma visita à Herdade dos Gagos, local onde será construído o futuro Estabelecimento Prisional do Vale do Tejo e onde existem suspeitas de irregularidades numa acção de reflorestação que promovida pela Junta de Freguesia das Fazendas de Almeirim.

Em jeito de passeio domingueiro, o périplo pelo espaço f lorestal juntou promotores e detractores da cadeia, desde os eleitos na Câmara e Assembleia Municipal de Almeirim, Junta de Freguesia, um deputado dos “Verdes”, um representante da Quercus, responsáveis regionais do Bloco de Esquerda e membros do Grupo de Cidadãos

pela Defesa da Ribeira de Muge, entre muitos populares que foram só pela curiosidade. “O nosso objectivo é mostrar às pessoas o que está feito. Cada um agora dirá a sua opinião”, afirmou Manuel Bastos Martins no local da reflorestação, explicando que a Junta de Freguesia das Fazendas está a fazer o adensamento e limpeza de mato porque “toda esta área ardeu há cerca de sete anos”. “Eu quero evitar que volte a acontecer o mesmo”, continuou o presidente, para quem a Junta “está a ser alvo de uma contestação sem sentido”. “Nós procurámos preservar todos os sobreiros”, garante Manuel Bastos Martins, criticando os que o acusam de

ter permitido o alegado abate ilegal desta espécie protegida. A Junta tem autorização para abater 519 sobreiros, que estão doentes, secos e devidamente marcados, explica o presidente, que diz ainda não ter sido notificado sobre as eventuais irregularidades detectadas pelos serviços do Ministério da Agricultura e do SEPNA da GNR. “Admito que haja algum erro, mas até ao momento ainda ninguém me apontou qual”, declarou Manuel Bastos Martins. “Esperamos que o processo relativo à prisão, já de si muito mal conduzido pelo governo e pelos órgãos autárquicos de Almeirim, não sirva para justificar ou compensar os muitos sobreiros que aqui vão ser abatidos e a

grande parte do montado de sobro que vai ser prejudicado”, disse ao nosso jornal Francisco Madeira Lopes. Para o deputado do Partido “Os Verdes”, convidados a acompanhar a visita, “esta intervenção foi feita à pressa e mal realizada tecnicamente, na altura errada do ano e completamente avessa àquilo que a lei prevê, segundo o que vários técnicos florestais já nos disseram”. “Esta intervenção é criminosa se, como dizem vários populares que conhecem bem a zona, levou à destruição de sobreiros que tinham sido plantados com fundos comunitários, em 2003”, acrescentou Madeira Lopes, para quem “todo este processo é muito estranho”.

X AUTARQUIA INVESTE 3,5 MILHÕES DE EUROS EM ACESSIBILIDADES

CARTAXO MAIS PERTO DO SETIL A Câmara do Cartaxo aprovou no dia 10 de Março o lançamento de um concurso para a realização de um conjunto significativo de intervenções nas acessibilidades das freguesias, na ordem dos 1,8 milhões de euros. Os trabalhos a efectuar contemplam, para além dos alcatroamentos, drenagens, calcetamentos, harmonização de pavimentos, ajardinamentos e sinalização, no âmbito da consolidação das artérias

urbanas de cada uma das 8 freguesias do concelho. A autarquia preparou um outro conjunto de beneficiações. Nesta segunda fase, serão as vias interfreguesias e inter-regionais, as beneficiadas, num pacote de investimento que ultrapassa 1,7 milhões de euros. O total das duas intervenções ascende a 3,5 milhões de euros. A via que liga o Cartaxo ao Setil, terá uma beneficiação que ultrapassa os 900 mil euros de

investimento. A curto prazo, esta beneficiação permitirá que o Setil possa ser o eixo privilegiado para quem se quer deslocar de comboio, evitando que os muitos munícipes, que até agora eram obrigados a deslocar-se a Santana/ Cartaxo, a Azambuja ou Santarém, possam deixar de o fazer, com claros benefícios para a sua qualidade de vida, especialmente daqueles que todos os dias tem de fazer do comboio o meio de chegar

ao seu local de trabalho. No futuro, o nó ferroviário do Setil poderá desempenhar um papel fundamental na rede de acessibilidades e mobilidade territorial, não só para o concelho, mas a nível regional e nacional, já que brevemente será o eixo de ligação da Linha do Norte ao Novo Aeroporto Internacional de Alcochete, tendo já esta ligação sido inscrita em PROT – Plano Regional de Ordenamento do Território.

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Rastreio ao Cancro da Próstata no Cartaxo A Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDPróstata), em parceria com a Câmara Municipal do Cartaxo, promove, no dia 28 de Março, sábado, pelas 17h00 horas, no Auditório da Quinta das Pratas, no Cartaxo, uma sessão se esclarecimento, com entrada livre e gratuita, para todos aqueles que quiserem saber um pouco mais sobre um dos cancros mais frequentes no homem e realizar um Rastreio. Luís Costa, urologista do Hospital de Santarém, é o médico convidado para esta sessão, que conta também com o testemunho de um doente. Em Portugal, morrem por ano 1.800 homens com cancro da próstata e o total de doentes no país ultrapassa os 130.000 casos. Estudos demonstram que o número de casos tem vindo a aumentar, sendo actualmente a terceira causa de morte por cancro, no homem. Actualmente é possível realizar o rastreio de uma forma rápida, simples e indolor, com uma análise ao sangue que dará um resultado em cerca de 15 minutos e, havendo lugar para suspeita, o homem deve consultar o seu médico com a maior brevidade.

Férias desportivas em Almeirim Estão abertas as inscrições para as férias desportivas da Páscoa, que vão decorrer entre 30 de Março e 13 de Abril, nos pavilhões desportivos de Almeirim, Fazendas de Almeirim e Benfica do Ribatejo. Podem ser feitas através do telefone 243 594 273, ou do mail pavilhao@cmalmeirim.pt. A organização é da Câmara Municipal de Almeirim.


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EMPRESAS

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X CLINICA D. MANUEL I, EM ALMEIRIM

PORTAS ABERTAS AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Os funcionários públicos que descontam para a ADSE, sigla para “Assistência na Doença aos Servidores Civis do Estado”, já podem marcar as suas consultas e tratamentos na Clínica D. Manuel I, em Almeirim.

Desde Janeiro que aquela unidade de saúde está convencionada com o sistema de protecção social aos funcionários e agentes da administração pública, que assim podem beneficiar dos serviços da clínica, com a garantia de serem reembolsados pelo seu subsistema de saúde. Para já o acordo é válido para as consultas de clínica geral, fisiatria, dermatologia, psicologia e pediatria e para os tratamentos de fisioterapia mas o responsável pela clínica, Carlos Almeida, espera que possa ser ampliado a

outras especialidades. Além desta convenção com a ADSE, a Clínica D. Manuel I tem acordos se melhantes com outros subsistema, casos da ADM, AdvanceCare, CGD, Maxicare, Multicare e Medis, para referir apenas alguns. A clínica tem ainda protocolos de cooperação com várias instituições como o ACP, AMI, ASPP/PSP, Cartão Jovem, Cruz Vermelha, Inatel e Instituto Politécnico de Santarém. Os descontos podem chegar aos 30 por cento nas consultas de fisioterapia e 40 por cento nas consultas de especialidade. Outra das novidades da Clínica D. Manuel I é o tratamento Photon Dome Plus, que utiliza raios infravermelhos que reduzem o excesso de gordura, celulite e flacidez, melhoram a circulação sanguí-

• Carlos Almeida espera que acordo com ADSE leve mais clientes á clínica nea, aliviam as dores nas articulações e nervos, elimina o cansaço e proporcionam um sono tranquilo e suave, entre outras vantagens A Clínica D. Manuel I tem igualmente

um serviço certificado de análises clínicas em parceria com os Laboratórios Fernanda Galo. As recolhas são feitas às terças, quintas e sábados, das 8h00 às 11h00. Em

breve haverá novidades também no ginásio de manutenção, que vai passar a funcionar na cave do edifício, com mais espaço, mais aparelhos e capacidade para mais utentes. A

Clínica D. Manuel I fica na Avenida S. João I, lote 141 r/c, em Almeirim. As consultas e tratamentos podem ser marcados através do telefone 243 596 301, das 9h00 às 19h30.


ACTUALIDADE

8 Grupo Auchan recebe prémio “Igualdade é qualidade” A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) atribuiu ao Grupo Auchan o Prémio “Igualdade é Qualidade”. Trata-se de uma distinção de prestígio que tem como objectivo combater a discriminação e promover a igualdade entre mulheres e homens no trabalho, no emprego e na formação profissional, bem como a conciliação da vida pessoal e familiar com a actividade profissional. Emprega actualmente 7979 pessoas, das quais 66 por cento são mulheres e 34 por cento são homens, sendo perto de 80 por cento dos respectivos contratos sem termo, com uma maior proporção do sexo feminino. O Grupo Auchan assumiu também o compromisso de, em 2010, ter 40 por cento dos cargos de direcção ocupados por mulheres (55 % do total dos seus quadros). Tendo em conta as dificuldades de conciliação entre o trabalho e a família causadas pelos horários de funcionamento, o Grupo vai também abrir, até 2011, cinco creches e jardins-deinfância nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com horários de abertura alargados (das 7h00 às 24h00), 362 dias por ano. Estes equipamentos vão estar abertos a crianças da comunidade local.

X DOCUMENTO APONTA PRIORIDADES

CARTAXO APRESENTA PLANO ESTRATÉGICO ATÉ 2018

• Paulo Caldas acredita que a maioria dos projectos vão ser concluídos Até 2018, a Câmara do Cartaxo prevê investir cerca de 275 milhões de euros no concelho, dos quais 122,5 milhões virão directamente da administração central, 17,5 milhões de euros do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e os restante 135 milhões de parcerias privadas. Foi com base nestes dados que a autarquia apresentou esta segunda-feira, 16 de Março, um plano estratégico de investimento de 140 milhões de euros. O documento traça uma linha de rumo para o concelho até 2018, definindo as principais prioridades e investi-

mentos, que poderão levar o Cartaxo a afirmar-se, a nível regional e nacional, pela modernidade e pela qualidade de vida. Ao mesmo tempo que analisa recursos, potencialidades e debilidades do concelho, o plano identifica oportunidades e riscos, apresentando objectivos e indicando as respectivas acções a implementar na próxima década, em que se pretende afirmar o Cartaxo como cidade média regional. O presidente da autarquia, Paulo Caldas, assume que é um plano ambicioso, mas acredita que é possível concretizar a grande

maioria dos 82 projectos. O autarca alerta no entanto que este documento - readaptado do projecto Rumo 2008-2020, apresentado no ano passado - é uma ferramenta de planeamento e, por isso, pode perfeitamente ser acrescentado ou diminuído. “Há um ano atrás pensávamos que o aeroporto ia ser construído na Ota, hoje sabemos que vai ser em Alcochete”, frisou Paulo Caldas, referindo que actualmente os cenários políticos e económicos mudam com grande velocidade. Apesar desta reserva, a oposição está pouco optimista com o plano.

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BOMBEIROS DE ALMEIRIM RECEBEM AMBULÂNCIA Manuel Pizarro, secretário de Estado da Saúde, entregou a chave do novo posto de emergência médica atribuída pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) aos bombeiros voluntários de Almeirim na sexta-feira, 20 de Março, durante a noite de fados e angariação de fundos organizada pela associação que gere a corporação. Manuel Pizarro foi recebido junto ao salão Moinho de Vento por uma formatura de 58 elementos dos bombeiros, e onde estava também a nova

ambulância. Através do protocolo que estabeleceram com o INEM, os bombeiros de Almeirim asseguram o funcionamento da ambulância, totalmente equipada com suporte básico de vida, e a formação dos tripulantes e socorristas. No jantar de angariação de fundos, a Associação de Bombeiros Voluntários de Almeirim conseguiu reunir cerca de 10 mil euros em dinheiro, rifas e ofertas de empresas do concelho e Juntas de Freguesia, segundo o presidente da direcção, Pedro Ribeiro.

DUZENTOS MIL AUTOMÓVEIS EM SANTARÉM O crescimento do número de veículos ligeiros no parque automóvel em Santarém é uma das constatações do estudo automóvel realizado pelo Observador Cetelem. Neste ponto particular, embora o crescimento comparativamente a 2006 não seja muito acentuado, o número de veículos ligeiros aumentou e as estimativas de 2007 indicam a existência de aproximadamente 200.000 automóveis. Santarém apresenta uma média de 2,4 habitantes por automóvel, número que está em linha com a média nacional. No panorama comercial, é perceptível uma supremacia do número de esta-

belecimentos de venda de automóveis, propriedade de sociedades (cerca de 238 unidades comerciais contabilizadas em 2006), sobre os estabelecimentos de empresários em nome individual (212). Em contrapartida, os estabelecimentos de reparação e manutenção automóvel são na sua maioria património de empresários de nome individual (72 por cento). Por fim, se o parque de motociclos em Santarém permaneceu inalterado de 2006 para 2007, o mesmo não se aplica aos quadriciclos, que registaram um crescimento importante, durante o mesmo período de tempo.

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X OSTEOPATAS INN BEAUTY, EM ALMEIRIM

ESTÉTICA PARA HOMENS E MULHERES Já lá vai o tempo em que as preocupações com o rosto, a pele, ou os quilinhos a mais eram exclusivas das senhoras.

Hoje há cada vez mais homens a recorrerem aos tratamentos estéticos, seja para eliminar as gorduras em excesso, seja para cuidar da pele ou mesmo acabar com os pelos indesejáveis. Quem o diz é Marina da Silva, especialista em estética e responsável pela clínica “Osteopatas Inn Beauty”, em Almeirim, que garante que a percentagem de clientes masculinos já ronda os dez por cento e tem mantido uma linha ascendente. É por isso que a clínica está a apostar em pacotes especiais para o chamado sexo forte, com serviços e produtos adequados. O objectivo é também

acabar com alguma vergonha que alguns homens sentem ao recorrerem à estética profissional. Estes pacotes incluirão tratamentos de depilação definitiva a laser, os mais procurados pelos homens, mas também de rejuvenescimento ou redução de gorduras. Apesar deste apelo ao sexo masculino, Marina da Silva reconhece que a grande maioria das suas clientes são mulheres a partir dos 30 anos. É a idade a partir da qual se nota uma maior preocupação com o corpo, a gordura localizada, as estrias, a flacidez e a celulite. Depois há a faixa a partir dos 45 anos, que começa também a procurar tratamentos de rejuvenescimento como o botox, os enchimentos e os preenchimentos das rugas, que apesar de algu-

• A clínica Inn Beauty possui os mais modernos equipamentos mas pessoas pensarem que são a mesma coisa, têm características bem diferentes. O botox é um tratamento injectável oriundo de uma proteína purificada,

que, uma vez injectado, previne os músculos de se contraírem e formarem rugas. Outra coisa é falar dos enchimentos e preenchimentos, esses sim que

provocam alteração da fisionomia. É o caso dos aumentos de lábios, em que há frequentemente bastantes exageros no volume mas, no fundo, acaba por ser uma questão

de gosto Os Osteopatas Inn Beaty trabalham essencialmente com pacotes de tratamento e equipamentos de vanguarda que englobam reaf irmação, lipólise, drenantes, pressoterapia e mesoterapia adequados a cada tipo de pessoa. Há sempre uma avaliação prévia de cada cliente de forma a proporcionar-lhe o tratamento mais adequado. Todos os produtos auxiliares utilizados, nomeadamente para a redução de gorduras, são naturais. A clínica Inn Beauty, situada na rua Dionísio Saraiva, nº 21, 1º Frente, em Almeirim, funciona apenas por marcação, no local ou através dos telefones 243 591 485 ou 962 810 282. Pode encontrar mais informação em www.osteopatajoaosilva. com.


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X ORMI IMOBILIÁRIA NO CARTAXO

“CARTAXO ESCAPA À CRISE NO IMOBILIÁRIO” “Acho que não existe crise no sector [imobiliário] no Cartaxo. O que existe é um excesso de vendedores e imobiliárias em relação ao que este mercado tem capacidade para ter”, é esta a análise do momento do sector feita pelo empresário José Reis, gerente da Ormi Imobiliária.

A empresa inaugurou recentemente novas instalações no Cartaxo, passando da Rua Serpa Pinto, para a Rua 5 de Outubro, mesmo em frente à Estação dos CTT. Uma mudança que segundo José Reis serve também para a empresa se distanciar um pouco da “confusão e excesso de oferta” a nível de imobiliárias que existia na sua anterior localização. José Reis acha que o Cartaxo continua a ser

um mercado “bom” para a venda de casas, sobretudo pelos bons acessos a Lisboa que faz com que muitos escolham este concelho para adquirir uma segunda casa. No entanto, o empresário lamenta que ex istam “alguns atropelos e falta de ética” no sector e que algumas imobiliárias maiores recorram a determinadas estratégias comerciais mais agressivas para vender. “A Ormi Imobiliária aposta mais em ajudar o comprador a fazer a melhor escolha, a tratar de todos os assuntos com o mínimo de custos possíveis”, refere José Reis, referindo que o que mais lhe dá ainda “prazer e honra neste negócio é ser escolhido por alguém para ser o gestor do seu negócio de compra ou de venda”. “Nós preferimos

apostar mais no bom senso e na confiança do que em meras assinaturas em papéis”, frisa o responsável da Ormi Imobiliária, que se queixa ainda das maiores dificuldades impostas pela banca nos últimos tempos. “Há bancos que dão determinados benefícios aos clientes de algumas agências e não fazem o mesmo para outras”, critica José reis, que ainda diz continuar a ter uma atitude de “insistência e de pró-actividade para proteger os clientes”. Sobre os novos balcões Casa Pronta, uma iniciativa do programa Simplex e onde é possível realizar actos relacionados com a compra e venda de casas, A Ormi Imobiliária mudou instalações para a Rua 5 de Outubro, em frente aos José Reis tem alguma CTT do Cartaxo. reserva quanto à sua efinotários porque permite- em conformidade”, refere em escrituras realizadas cácia. “Sinto-me mais seguro me enviar documentação o empresário, prevendo a nestes balcões públicos a fazer escrituras em antes e saber se está tudo existência de problemas únicos.


ACTUALIDADE

12 Casa Mortuária do Cartaxo vai ser beneficiada A Câmara do Cartaxo aprovou um subsídio para a Paróquia do Cartaxo que pode ir até aos 10 mil euros. A decisão foi tomada na reunião de Câmara de 24 de Março, sob proposta do presidente da autarquia, e o subsídio foi atribuído no sentido de auxiliar esta entidade nas beneficiações necessárias na Casa Mortuária da cidade. O Salão da Igreja será objec to de obr a s de beneficiação que garantam melhores condições de conforto e dignidade às cerimónias fúnebres ali realizadas, especialmente aquando da realização de mais que um velório em simultâneo. Esta é uma beneficiação aguardada há muitos anos. A médio e longo prazo, com o projecto de alargamento do cemitério, será desenvolvido um moderno projecto de Casa Mortuária para a cidade, que ficará ao serviço de toda a população.

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X NOVO ESPAÇO TEM CERCA DE 5.500 METROS QUADRADOS

MODELO PASSA A CONTINENTE

O hipermercado Modelo de Santarém passou a chamar-se Continente no dia 23 de Março. A mudança de nome do espaço está integrada na estratégia de expansão da Sonae que quer reforçar a sua presença em todo o país e pretende também dar resposta à necessidade crescente de diversidade de produtos e serviços.

O que muda com a passagem de Modelo a Continente é bem visível aos clientes desta superfície que passa a ter uma área de 5500 metros quadrados. Além disso, o novo espaço foi planeado a pensar na redução do impacto ambiental da loja e, para isso, foram instalados painéis solares fotovoltaicos - que produzem ener-

gia – e ainda colectores solares para aquecimento de águas. As mudanças não foram apenas no interior do continente. A galeria comercial também foi modernizada e ampliada, incluindo lojas da Worten, Sport Zone, Modalfa e Área Saúde, entre outras. O investimento rondou os 15 milhões de euros,

distribuídos ao longo dos últimos dois anos. O Continente de Santarém passa agora a empregar um total de 180 colaboradores. Os primeiros cem clientes a entrar e a fazer compras iguais ou superiores a 50 euros neste dia de inauguração receberam 50 euros mensais em cartão continente até ao final do ano.

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Futuro do Sporting decide-se em Santarém O VIII Congresso Leonino realiza-se este fim de semana, no Cnema, em Santarém, com a sessão de abertura agendada para as 9h30 de sábado e o encerramento previsto para as 13h00 de domingo. As mais de 200 recomendações que a comissão orga nizadora do Congresso Leonino recebeu dos 410 delegados inscritos no evento são um sinal inequívoco de que a “troca de ideias” e o “debate livre e democrático” que os dirigentes do Sporting desejam será uma realidade, afirmou o presidente do Conselho Directivo, Filipe Soares Franco. Em cada uma das secções de debate – sócios e adeptos, desafios do eclectismo, sustentabilidade financeira e modelo estratégico do futebol -, um elemento do Conselho Directivo irá transmitir quais as linhas programáticas defendidas pela direcção do clube.


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X DIRECTOR REGIONAL DE FLORESTAS ALERTA

“A FLORESTA É UMA PARTE SIGNIFICATIVA DA RIQUEZA DO PAÍS” O Director Regional de Florestas, José Alho, foi um dos visitantes da exposição realizada nos dias 20 e 21 de Março no centro comercial W Shopping, em Santarém, e que serviu para assinalar o Dia Mundial da Floresta, que se comemorou a 21 de Março. “É importante não só sensibilizar as pessoas para as características e problemas das florestas mas dar-lhes também a conhecer que a floresta é uma parte significativa da riqueza do país”, afirmou aquele responsável. Num ano que está a começar complicado para a floresta, já com uma considerável área ardida no mês de Março, o Director Regional não esconde a sua preocupação mas destacou o facto de se ter criado na região um novo instrumento aglutinador

de acções que é a Comissão Distrital de Defesa da Floresta do Distrito de Santarém. “Havia uma estrutura municipal, outra nacional e faltava a dimensão distrital”, defendeu José Alho, que considera esta comissão como um pilar essencial na defesa da floresta. “Estamos num ano em que os especialistas e os indicadores começam a apresentar alguns sinais preocupantes mas estou tranquilo porque sei que posso contar com mais

uma estrutura para dar apoio a essa missão”. José Alho salientou o duplo sentido da intervenção humana na floresta: por um lado tem uma acção destrutiva mas, por outro, arranja medidas de prevenção. A exposição foi organizada pelo Governo Civil. Incluiu uma praça florestal dedicada às crianças com demonstração de produtos relacionados com a floresta, diverso material de informação e exibição de vídeos.

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X TEEN ACADEMY DE SANTARÉM

ACADEMIA PROMOVE SUCESSO ESCOLAR A Teen Academy, academia de apoio escolar de Santarém, realizou no dia 18 de Março, um workshop sobre “Expectativas face o Sucesso Escolar”, em que envolveu pais e alunos que frequentam esta academia.

O workshop foi ministrado pela directora nacional e fundadora da Teen Academy, a professora Isabel Alexandre, tendo também estado presente a responsável local da empresa, Mara Faria. Isabel Alexandre explica que o sucesso escolar assenta muito na capacidade de comunicação entre pais, professores e alunos. “É preciso construir consensos, estabelecer uma cultura de comunicação assertiva, clara e sem ruídos, que permita afinar as expectativas de todas as partes e saber se aquilo que os pais pedem

aos filhos é aquilo que os filhos realmente querem”, refere ainda a responsável da Teen Academy. A professora disse ainda que esta academia tem apostado num método de ensino diferenciado, desenvolvendo para cada aluno um projecto de apoio escolar distinto e personalizado. “No início definimos um contrato de compromisso pedagógico com os pais e com os alunos em que são definidos os papéis de cada um. Chegamos a acordo quanto aos objectivos dos alunos e ajudamo-los a organizarse em torno destas metas”, acrescenta ainda Isabel Alexandre. Este método assenta ainda em promover um auto-conhecimento do aluno, responsabilizandoo pelas suas formas de trabalho e desenvolvendo nele novas competências

• A equipa da Teen Academy, liderada pela directora nacional Isabel Alexandre, deu workshop em Santarém em torno desse conhecimento. A Teen Academy faz uma avaliação mensal do trabalho que desenvolve com os alunos e tem reuniões permanentes com os encarregados de educação. A Teen Academy de Santarém, aberta há mais

de um ano, tem já cerca de 40 alunos, desde o 1º ciclo ao ensino superior. Nesta academia os alunos podem ter acompanhamento escolar, ensino individualizado, psicologia clínica, psicologia educacional, programas de apoio psico-pedagógico,

cursos intensivos e actividades de férias. Esta academia faz parte de um rede de 13 academias espalhadas um pouco por todo país e que Isabel Alexandre considera estarem a responder a uma nova necessidade da sociedade. “Com a altera-

ção das rotinas e tempos da família, com a vida mais agitada dos nossos dias, estas academias são cada vez mais procuradas e cada vez mais úteis para ajudar os alunos a desenvolverem todo o seu potencial”, refere a responsável.


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X EM SANTARÉM DE 28 de MARÇO A 12 DE ABRIL

FESTIVAL GASTRONÓMICO DO RIO

Dezoito restaurantes aderem ao Festival do Rio, iniciativa da Câmara de Santarém, no âmbito da Campanha Sabores & Saberes, apresentando ementas com produtos do rio, como sável, lampreia, fataça, enguia, entre outros que os aprimorados cozinheiros enaltecem numa panóplia de sabores temperados com qualidade. O objectivo é dinamizar e promover a gastronomia ligadas ao rio Tejo, testemunhando a qualidade dos produtos que oferece e a variedade da sua culinária. A autarquia quer também manter vivas as

tradições dos Avieiros, que deixaram as suas marcas, nomeadamente através de uma gastronomia mista de sobriedade e trabalho árduo. Este foi também o mote para o lançamento da candidatura da cultura Avieira a Património Nacional, à qual o Município de Santarém se associou desde o primeiro instante, e que levou a autarquia a sugerir aos restaurantes aderentes ao Festival, a confecção de pelo menos um prato com base no receituário tradicional dos Avieiros, não só em homenagem a estas gentes simples do rio,

mas também para que este Festival seja a expressão de mais um contributo para a notoriedade e o reconhecimento da mesma. Os restaurantes Aromatejo, O Alporão, Adiafa, Kanimambo, O Bom Garfo, Mira Tejo, O Solar, A Grelha, Adega do Bacalhau, O Chefe, O Salsa, Taberna do Quinzena I e II, Portas do Sol, Restaurante da Escola de Hot. e Turismo, Taverna do Ramiro, O Chicote e O Bernardo aderem ao Festival, apresentando nobres paladares, sempre acompanhados pelos expressivos néctares Ribatejanos.

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X MONUMENTO FICA NO PARQUE DA ZONA NORTE

ALMEIRIM HOMENAGEIA EX-COMBATENTES

O memoria l aos excombatentes do concelho de Almeirim, colocado no Parque da Zona Norte da cidade, foi inaugurado no dia 15 de Março, domingo, numa cerimónia que reuniu cerca de 80 antigos militares destacados nas colónias portuguesas e respectivos familiares. “Estas homenagens nunca são demais para reconhecer o que estes homens

fizeram por Portugal e pela liberdade”, afirmou o vice-presidente da autarquia, Pedro Ribeiro, deixando um apelo para que os ex-combatentes tentem “transmitir às gerações vindouras o que são os horrores da guerra”. Numa lápide do monumento, estão inscritos os nomes dos militares oriundos do concelho que morreram em África e os

respectivos anos. Seg uiu-se à inaug uração o II almoço de confraternização entre excombatentes de Almeirim que estiveram mobilizados entre 1961 e 1974 em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, e que reuniu, pela segunda vez consecutiva, mais de 200 convivas num repasto que se prolongou por toda a tarde.

TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO APOSTA NAS MINI-FÉRIAS Pacotes de mini-férias a preços reduzidos que associam ao alojamento outras ofertas turísticas sem custo adicional: é este o conceito base da nova campanha de promoção nacional do turismo na região de Lisboa e Vale do Tejo que a nova Entidade Regional de Turismo quer lançar em breve e para a qual está a cativar os agentes turísticos da região. Para isso a entidade já reuniu em Tomar e em Santarém com agentes do sector do turismo onde apelou à sua adesão ao projecto. “Ao fim de duas reuniões tem havido uma boa adesão. Sinto que os agentes estão motivados e acreditam que é possível, de forma mais proactiva, trabalharmos em conjunto no sentido de potenciarmos uma coisa a que não damos muito valor e que é o destino mais exótico que temos: o nosso país”, referiu Rosa do Céu. O objectivo é cativar os agentes turísticos da região para apostarem em pacotes de mini-férias de fim-de-semana (aproveitando os fins-de-semana

prolongados de Abril a Junho e de Outubro a Janeiro) com preços reduzidos e com oferta de entradas para espectáculos, vantagens associadas à estadia, degustações gastronómicos e enoturísticas, passeios a cavalo, de balão, entre outras. A campanha deverá ser muito direccionada para as famílias e jovens e apostará em produtos que vão desde um passeio de barco tradicional no Tejo, passando pela observação de golfinhos da península de Setúbal, por uma noite no casino, entre outras actividades. A entidade regional de turismo sugere pacotes de pelo menos duas noites de hotel (de sexta a domingo) e ainda uma outra actividade extra à escolha pelo cliente entre várias opções. As ofertas estarão disponíveis para consulta no actual site da T-LVT (www. visittemplarios.com) ou no site de Turismo de Portugal (www.descubraportugal.com.pt). Sob o slogan “Tantas emoções num só lugar”, a entidade de turismo diz ter

dois milhões de euros no seu orçamento total que é de 5,1 milhões (ainda não aprovado). O presidente desta entidade, Rosa do Céu, diz que este é o “orçamento possível nesta conjuntura” e admite que “se se conseguir inflectir custos de estrutura que foram herdados, tudo o que aí for poupado será canalizado para a promoção”, diz o responsável. Sobre a articulação com os dois pólos de desenvolvimento turístico, o do Oeste e o de Leiria/Fátima, Rosa do Céu diz que têm havido “reuniões permanentes” e que há uma estratégia de oferta complementar.

Turismo representa 9% do PIB da região A nova e vasta região de turismo de Lisboa e Vale do Tejo tem no turismo uma importante receita, cerca de 5,4 mil milhões de euros, isto é, 9,1% do PIB regional. Só o alojamento gera 577 milhões, num total de 10 milhões de dormidas/ano (um quarto do total nacional). Este sector emprega 139 mil pessoas.


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negócios&notícias

Apesar das boas intenções, não há ainda respostas políticas consistentes que nos levem a orientar os nossos modos de consumo para a sustentabilidade, de uma forma organizada. Cada um de nós, individualmente, prefere pensar que a mudança climática é um assunto do Estado e das empresas, um assunto de fiscalidade e de gestão. Como se a estrutura dos preços, as vantagens ambientais, não dependessem de uma reorientação de escolhas individuais e de uma nova maneira de comunicarmos com a natureza, de aderir aos grandes princípios do bem comum e a uma economia da inovação. Não podemos, simplesmente, dar-nos ao luxo de não agir.

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“SANTARÉM ESTÁ A DAR BONS EXEMPLOS AO PAÍS NA DEFESA DA FLORESTA” O governador Civil de Santarém protagoniza uma série de projectos inovadores na defesa da floresta. Paulo Fonseca acaba de receber um prémio nacional pelo sistema integrado de gestão de emergência e está agora a implementar um projecto-piloto de detecção de incêndios. No âmbito da política ambiental, o Governo Civil tem dedicado particular atenção à defesa da floresta nas diferentes vertentes. Qual o objectivo da exposição agora patente ao público no W Shopping em Santarém? O Governo Civil tem procurado desenvolver um conjunto de acções de sensibilização para que a floresta seja valorizada e também promover uma prevenção dos incêndios f lorestais mais eficaz possível, com estas acções de sensibilização da população. Quando iniciei este mandato, começámos a organizar o fórum das comissões municipais da protecção da floresta contra incêndios. Temos procurado atacar em todas as frentes, porque a floresta apresenta um conjunto de dificuldades estruturais, a começar pela propriedade. Existem milhares de parcelas cujos proprietários nem sabem que são donos desses pedaços de terreno florestal que se encontram abandonados. Esse é um dos problemas que vai ter de ser corrigido. Fruto desta actividade organizada no distrito, houve um conjunto de propostas nossas que a Secretaria de Estado das Florestas incluiu na nova legislação. Desde logo a criação das comissões distritais da defesa da floresta, a primeira das quais criada e já a funcionar em Santarém, tendo contado com a presença do secretário de Estado Ascenso Simões na sua inauguração. A comissão distrital vai fazer o plano distrital

de defesa da f loresta, incorporando os planos municipais dos 21 municípios e irá trazer uma dinâmica que passa pela sensibilização das populações. Daí a organização desta exposição inaugurada no W Shopping em Santarém e que irá agora percorrer os concelhos do distrito. Esta comissão irá também promover a defesa da floresta nas suas diversas vertentes, com a criação de mais ZIF’s no distrito e a melhoria da organização do espaço florestal e da sua relação com as populações das zonas rurais. Tudo isto para que a floresta possa ser um meio de criação de riqueza, de emprego e de fixação de populações no mundo rural, estancando a permanente migração das pessoas das zonas rurais para as cidades. O distrito de Santarém continua a liderar a nível nacional com as suas propostas de trabalho nesta área da defesa da floresta? Outro bom exemplo é o Observatório Nacional da Cortiça em Coruche. Mas estão em curso outras iniciativas. As associações de proproetários têm atravessado imensas dificuldades na criação das ZIF. Talvez por isso, ainda só existem sete em todo o distrito, algumas delas ainda em fase de criação, o que é um número muito insuficiente. Logo que seja publicada a nova lei tudo será mais fácil para a criação e funcionamento das ZIF. Com uma melhor organização dos proprietários, será possível

A Paulo Fonseca considera que o elo mais fraco da protecção civil é a prevenção dar um grande passo no grande objectivo que é o ordenamento da floresta. Dos três grandes pilares na protecção civil - o combate está muito bem com meios e estruturas eficazes, e também a detecção e vigilância está melhor do que nunca, com a incorporação da GNR e com a ferramenta informática do SIGES – Sistema Integrado de Gestão de Emergência de Santarém, que mereceu ao Governo Civil de Santarém o Prémio SIG 2008. O Governo reconheceu o interesse deste sistema e vai implementá-lo em todo o país. Outro grande exemplo deste trabalho vai ser a implementação já este ano de um outro projecto-piloto de vigilância e detecção automática de incêndios, através de tecnologia de ponta desenvolvia por técnicos portugueses e que através da análise espectral de fumos através de um telescópio ligado a um computador, será capaz de detectar um fogo nascente a tempo de vir a ser extinto ainda na fase nascente...

Sobra o pilar da prevenção que é o elo mais fraco? Quando o pilar da prevenção não funciona, não haverá nunca sistemas de detecção e de combate a incêndios que sejam capazes de dar resposta,

como estamos a assistir no Parque nacional da Peneda Gerês também em algumas zonas aqui do distrito, o que faz antever um ano difícil em termos de fogos florestais. Por isso, há que fazer todo um esforço no sentido de reforçar

este pilar da prevenção. Estamos a apostar nesta campanha de sensibilização junto dos cidadãos, a começar pelos mais jovens, para investir num nova geração que seja mais respeitadora do ambiente e dos espaços florestais.

Governo Civil premiado O Sistema Integrado de Gestão de Emergência de Santarém (SIGES) foi distinguido, recentemente, com o prémio Projecto SIG no Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica, organizado pela empresa ESRI Portugal, que contou com a presença do secretário de Estado da Protecção Civil. Desenvolvido pelo Governo Civil de Santarém, o SIGES é umsistema de apoio ao planeamento, comando e controlo. Foram mostradas as potencialidades da ferramenta em caso de cheia na bacia hidrográfica do rio Tejo, incluindo a gestão, numa única aplicação, de todos os meios e agentes de protecção civil, bem como a visualização de todo o incidente, pontos sensíveis na área envolvente, caminhos de evacuação e outras condicionantes em sistemas de informação geográfica. A ferramenta é aplicada igualmente a outras catástro-

fes e até a acidentes de viação. O Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica é uma iniciativa anual da ESRI Portugal que premeia os trabalhos desenvolvidos na área da informação geográfica. Na edição de 2009, participaram cerca de mil pessoas de diversas entidades nacionais e internacionais. Entretanto, por ocasião do Dia Mundial da Floresta, decorreu uma exposição denominada “A Floresta em Cartaz”, nos dias 20, 21 e 22, no W Shopping, em Santarém. A iniciativa irá agora percorrer outras localidades e tem como objectivo sensibilizar a população, a começar pelos mais jovens. Organizada pelo Governo Civil, a exposição inclui um espaço dedicado às crianças, material de informação, exibição de vídeos, um concurso de desenho e distribuição de material didáctico.


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Empresa promete pacto ambiental com a região Segundo os responsáveis da Águas do Ribatejo, a empresa intermunicipal “vai levar a cabo uma verdadeira agenda ambiental na região, pois a quantidade de infra-estruturas que vão ser construídas ou remodeladas permitem resolver uma elevada percentagem dos actuais problemas ao nível do saneamento básico e da distribuição da água, com o respectivo tratamento. Segundo o que foi dito na conferência de imprensa, a Águas do Ribatejo pretende garantir “um serviço de alta qualidade aos utilizadores do sistema, assegurando o cumprimento da legislação nacional e comunitária em termos de quantidade e qualidade”. A sede social da empresa vai ficar localizada em Salvaterra de Magos, e o município de Torres Novas prepara a sua adesão ao projecto, depois da saída da Golegã. “Em termos de dimensão sai o concelho mais pequeno, que sempre manifestou a sua vontade de não aderir ao projecto, e entra o maior em termos de população e número de consumidores”, disse Sousa Gomes, adiantando que a adesão do município já foi aprovada pelos respectivos órgãos autárquicos. Os técnicos da empresa vão agora iniciar os estudos prévios de compatibilização do sistema torrejano com os restantes municípios, fase que deverá estar concluída durante Abril ou Maio. De resto, os seis autarcas aproveitaram a oportunidade para fazer um balanço do percurso já feito e da “enorme solidariedade entre todos os que aqui chegaram”, nas palavras de Sousa Gomes. “Foram muitos os problemas e as vicissitudes, mas a grande solidariedade entre todos os que sempre acreditaram neste projecto permitiu superar todos os amargos de boca”, acrescentou ainda o presidente da Câmara de Almeirim.

A Os seis municípios da Lezíria que sempre acreditaram neste projecto esperam agora pela adesão de Torres Novas

ÁGUAS DO RIBATEJO INVESTE 75 MILHÕES ATÉ 2015 Até 2015, a empresa intermunicipal “Águas do Ribatejo” prevê concretizar 75 milhões de euros de investimentos para alcançar uma taxa de cobertura de 90% nas redes de água e saneamento básico nos seis municípios envolvidos neste projecto: Almeirim, Coruche, Benavente, Salvaterra de Magos, Alpiarça e Chamusca. As tarifas vão ser uniformizadas e o preço da água vai mesmo subir em vários concelhos, mas os autarcas justificam o aumento com o volume de investimentos em curso. “Nós não podíamos continuar a dar água, mas, mesmo assim, as tarifas que vamos praticar são inferiores à de qualquer sistema do país”, frisou Sérgio Carrinho, presidente da Câmara Municipal da Chamusca, durante uma conferência de imprensa que reuniu os seis autarcas no dia 20 de Março, onde deram conta da actividade da empresa. “O número de obras em curso é a almofada moral para justificar este aumento”, disse Dionísio Mendes, da Câmara de

Coruche, que se diz “tranquilo em relação ao efeito que o novo tarifário vai ter sobre a população”. O tarifário foi calculado tendo por base os preços praticados no concelho de Alpiarça, o mais caro de todos e onde se vai verificar uma redução de 12,5%. “Importa destacar que houve uma grande solidariedade entre todos os presidentes nas negociações da tarifa, e dizer que os munícipes vão ter um enorme retorno, com os investimentos em curso”. Tendo em conta a forte crise económica e o facto de muitas famílias atravessarem dificuldades

graves, a empresa introduziu uma tarifa social, que poderá beneficiar cerca de 33 mil dos 55 mil consumidores dos seis concelhos, explicou António José Ganhão, da Câmara de Benavente. As famílias que consumam entre 0 e 15 m3 e cujo rendimento per capita seja inferior ao salário mínimo nacional não vão pagar água. “Para o concelho de Salvaterra, onde o preço da água não sofria actualizações há 11 anos, esta tarifa social é extremamente importante para muitas famílias em situação de carência social”, disse Ana Cristina Ribeiro, mas todos os

restantes autarcas sublinharam a importância desta medida. Em termos de obra, segundo os números apresentados, vão ser construídas 17 novas ETAR e 13 vão ser remodeladas, 44 novas estações elevatórias e 12 vão ser remodeladas, 240 quilómetros de novos colectores, 15 novas captação e remodelações em duas, e 10 novos reservatórios e um a remodelar. É objectivo da Águas do Ribatejo construir reservatórios suficientes para que, em 2015, haja uma capacidade de reserva de dois dias, o que significa a duplicação da capacidade dos sistema que hoje

MOURA DE CAMPOS É O NOVO DIRECTOR-GERAL Moura de Campos, um engenheiro que trabalhava na CCDRLVT, é o novo director geral da empresa, substituindo António Torres, que recebeu grandes elogios de todos autarcas pelo trabalho que desenvolveu no arranque e constituição da empresa. “Foi uma pessoa fundamental e provou ter uma enorme capacidade de trabalho e resistência, chefian-

do uma equipa de técnicos que não tinha obrigação nenhuma de fazer tudo aquilo que fizeram por este projecto que abraçaram de corpo inteiro”, disse Sousa Gomes. Sobre os novos corpos sociais, António José Ganhão adiantou ainda que nenhum dos membros do conselho de administração vai exercer o seu cargo de forma remunerada.

existem. Neste momento, estão adjudicadas ou concluídas obras que rondam os 19 milhões de euros, em que 12 milhões foram adjudicados a empresas da região, segundo António José Ganhão. Quanto ao financiamento, as duas candidaturas aprovadas até ao momento garantem 44,2 milhões do Fundo de Coesão. Os autarcas explicaram ainda que, mesmo sem parceiro privado, têm capacidade para ir à banca buscar dinheiro para fazer face aos investimentos, uma vez que estes empréstimos não contam para o endividamento líquido municipal.


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ESPECIAL AMBIENTE

ABRIL2009

“SENTIDO DO VENTO” APOSTA EM TECNOLOGIAS LIMPAS A empresa Sentido do Vento, sedeada em Torres Novas, na urbanização Beira Rio, existe há cerca de um ano e está a apostar forte na comercialização de tecnologias limpas ao nível dos painéis solares (térmicos e fotovoltáicos) e de sistemas de micro-geração e de protecção ambiental. O gerente da empresa, João Mendes, mostra-se confiante com a procura do mercado por estas tecnologias embora refira que ainda são mais os clientes particulares do que os institucionais e organismos públicos. A empresa tem 3 a 4 projectos de instalação de sistemas micro-geração, que consistem na combinação de mini-torres eólicas com 9 a 10 metros de altura e 3 metros de diâmetro com painéis fotovoltáicos. Estes sistemas custam no mínimo 20 a 21 mil euros

mas compensam em termos financeiros. Isto porque os produtores de micro-geração injectam toda a energia que produzem na rede a um preço de 65 cêntimos o kilowatt enquanto a compram a 11 cêntimos. Além disso, têm benefícios no IRS podendo deduzir até 790 euros. Quanto aos sistemas solares térmicos de aquecimento de águas sanitárias, a empresa tem soluções a partir de 2000 euros que podem responder a 75% das necessidades de uma família de quatro pessoas. Esta empresa está ainda a inovar ao comercializar um sistema que permite o tratamento da água oriunda de lavatórios, chuveiros e máquinas de lavar, de forma a reutilizá-la para encher autoclismos ou depósitos para rega do jardim ou lavagem de exteriores.

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ESPECIAL AMBIENTE

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ABRIL2009

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Números

660

é o número de ecopontos completos nos municípios servidos pela Resitejo;

86 000

é a quantidade de toneladas de resíduos sólidos urbanos recebidos pela Resitejo;

26 000

toneladas de resíduos é quanto chega à Resitejo do concelho de Santarém, o maior “produtor”;

1587

é a quantidade de resíduos enviados para a Resitejo pelo concelho de Constância, aquele que menos “produz” para o sistema da Resitejo;

8

toneladas de pilhas foram recebidas pela Resitejo em 2008;

2635

toneladas de vidro chegou à Resitejo durante todo o ano de 2008; Janeiro e Agosto são os meses com mais produção de resíduos a partir do vidro;

2390

toneladas foi a quantidade de papel/cartão recolhido no mesmo ano;

1151

toneladas de embalagens chegaram à Resitejo em 2008;

311 388

quilómetros foram percorridos pelas viaturas da Resitejo.

RESITEJO QUER INSTALAR 1 ECOPONTO POR CADA 150 HABITANTES A Resitejo tem como objectivo chegar ao final com uma rede de um ecoponto por cada 150 habitantes. A associação intermunicipal, que gere a recolha e tratamento de lixos do Médio Tejo (concelhos de Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha), fechou o ano de 2008 com uma rede de um ecoponto por cada 324 habitantes. Este objectivo acompanha também a tendência de crescimento nos resíduos (cartão, vidro, plástico/metal, metais, madeira e resíduos eléctricos e electrónicos) enviados para reciclagem pela Resitejo. Em 2008, esta entidade enviou mais 10,55% de resíduos para reciclagem, o que se traduziu em mais 575 toneladas. Registe-se ainda a novidade da associação passar a receber em 2008 os resíduos eléctricos e electrónicos (os chamados REEE), tendo reencaminhado um total de 104,26 toneladas destes equipamentos para os sistemas de reciclagem.

Ao nível dos RSU (resíduos sólidos urbanos) registou-se também um ligeiro aumento da quantidade recolhida em aterro pela Resitejo, que recebeu ao todo mais de 86 mil toneladas. O concelho de Santarém continua a ser líder na produção de lixo (mais de 26 mil toneladas), seguindo-se Tomar (com mais de 16 mil) e Torres Novas (com mais de 15 mil). O concelho que menos lixo produziu em 2008 foi Constância, com apenas 1587 toneladas. Também as pilhas recolhidas em 2008 (cerca de 8 toneladas) foram quase o dobro das recolhidas em 2007 (pouco mais de 4 toneladas). Um número que ainda assim é ligeiramente inferior ao registado em 2006 (10,85 toneladas). Recorde-se que, em 2007, a Resitejo iniciou um novo projecto de recolha e triagem das pilhas e acumuladores, numa parceria com a Ecopilhas e Eco-Partner. Depois da triagem, estas pilhas saem da Resitejo na Chamusca para a Áustria onde são tratadas e eliminadas. Recorde-se ainda que

a Resitejo recebe e reenca min ha os resíduos de papel/cartão/metal e embalagens dos municípios que compõe a EcoLezíria, empresa intermunicipal para tratamento

de resíduos sólidos que abrange os concelhos de Almeirim, Alpiarça, B e n ave nt e , C a r t a xo, Coruche e Salvaterra de Magos. Ao todo, estes mu nicípios env ia ra m

mais de 231 toneladas destes resíduos e ainda dos chamados “monstros”. Os particulares entregaram nas estações de triagem da Resitejo cerca de 356 toneladas.

Resíduos Sólidos Urbanos - 2008 Quantidade recolhida em 2007 (t)

CONCELHO

Quantidade recolhida em 2008 (t))

Capitação kg/Hab. Ano 2008

Quantidade recolhida em 2008 (%)

Variação %

Alcanena

4918,62

4923,70

337,24

5,72

0,10

Chamusca

4512,94

4562,30

312,49

5,30

1,09

Constância

1546,10

1587,07

108,70

1,84

2,65

Entroncamento

7440,37

7446,64

510,04

8,64

0,08

Ferreira do Zêzere

2942,38

3078,32

210,84

3,57

4,62

Golegã

3091,84

3238,90

221,84

3,76

4,76

26640,16

26614,48

1822,91

30,90

-0,10 -0,04

Santarém Tomar

16297,72

16290,82

1115,81

18,91

Torres Novas

15228,99

15189,97

1040,41

17,63

-026

3248,96

3209,79

219.85

3,73

-1,21

85868,08

86141,99

100,00

0,32

V.N. da Barquinha Total

Produtos enviados para reciclagem - 2008 CONCELHO

Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade retomada em retomada em retomada em retomada em 2007 (t) 2007 (%) 2008 (t) 2008 (%)

Variação (t)

Variação %

Vidro

2507,30

45,98

2635,98

43,73

128,68

Papel/Cartão

2140,39

39,26

2299,26

38,15

158,87

7,42

Plástico/Metal

547,74

10,05

10,05

690,86

143,12

26,13

Metais

142,92

2,62

130,98

2,17

-11,94

.8,35

Madeira

108,20

1,98

158,34

2,63

50,14

46,34

104,26

1,73

104,26

REEE Pilhas Total

5,13

5,96

0,11

8,00

0,13

2,04

34,23

5452,51

100,00

6027,68

100,00

575,17

10,55


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ESPECIAL AMBIENTE

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EMPRESAS

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25 Governo incentiva painéis solares

X ELECTROFUSÃO ABRE NOVA LOJA JUNTO À ESCOLA DOS LEÕES

APOSTA NOS PAINÉIS SOLARES A Electrofusão, loja de electrodomésticos representante da cadeia Confort, abriu um novo espaço na Rua do Colégio Militar, número 24, junto à Escola dos Leões, em Santarém.

Além de dispor de toda a grande variedade de equipamento de frio, lavagem, secagem, encastre e pequenos electrodomésticos que são comercializados também na loja de São Domingos, este novo espaço vai apostar no comércio e instalação de painéis solares e fotovoltaicos e na reparação multimarcas de todo o tipo de electrodomésticos. A aposta da empresa nas energias renováveis tem muito a ver com a alteração legislativa que obriga que todas as casas que sejam construídas façam aproveitamento da energia solar. Nos últimos meses a Electrofusão estabele-

• Paulo Salvador acredita que o sector das energias renováveis vai crescer ceu uma parceria com as marcas Junkers e Vulcano, que prestarão todo o apoio técnico necessário. O gerente da Electrofusão, Paulo Salvador, explica que, apesar da parceria, irá comercializar outras marcas, disponibilizando orçamentos grátis a quem estiver interessado na aquisição de um equipamento

deste tipo. A empresa já começou a montar painéis solares em algumas zonas do distrito de Santarém e a própria loja dos Leões vai ter um sistema de painéis solares que servirão de exemplo para quem quiser perceber melhor a forma como funcionam e as vantagens que poderão advir da sua

utilização. Paulo Salvador diz que há equipamentos a partir dos três mil euros, já com montagem, um investimento que, como se pode ver na caixa que acompanha este texto, poderá ser apoiado pelo estado. “Em média estes equipamentos pagam-se em cinco ou seis anos”, diz o empresário.

Outra novidade na nova loja da Electrofusão será ao nível dos serviços de construção civil. A empresa tem acordo com um construtor e pode servir de intermediária a qualquer negócio de construção civil. “Se as pessoas quiserem fazer uma pequena remodelação em casa ou mesmo avançar com um projecto de raiz podem vir falar connosco e nós acompanhamos todo o processo”, explica Paulo Salvador, destacando a vantagem para o consumidor, que assim não tem de andar de loja em loja a tratar dos diferentes assuntos ligados à construção de uma casa. Em qualquer das lojas, a Electrofusão disponibiliza um serviço de entregas rápidas no domicílio, com ajuste e programação gratuita dos electrodomésticos, garantia e assistência pós-venda.

Para apoiar as famílias interessadas na aquisição de painéis solares ou fotovoltaicos o Governo criou três tipos de incentivos. Os interessados paga rão metade do custo do equipamento, a factura energética será reduzida em 20% e haverá benefíc io s f i s c a i s d e 30%. Quem quiser comprar este tipo de equipamentos poderá ainda recorrer a crédito bancário em condições preferenciais. O executivo de José Sócrates prevê criar cerca de 2.500 postos de trabalho num programa para produzir e instalar 65 mil painéis solares este ano, num investimento de 225 milhões de euros.


EMPRESAS

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X AGÊNCIA FUNERÁRIA LOPES & BENAVENTE

TRINTA ANOS A TRABALHAR COM A MORTE Carlos Lopes e Acácio Benavente, sócios gerentes da Agência Funerária Lopes & Benavente, com sede na Urbanização Olival do Arame, lote 4, em São Domingos, Santarém, são o exemplo da experiência e dedicação ao ramo funerário. O primeiro iniciou-se na actividade com 17 anos a lavar os carros da primeira agência onde trabalhou, o segundo começou como coveiro e só depois passou a agente funerário.

Além de sócios e amigos, Ca rlos L opes e Acácio Benavente têm em comum um percurso curioso que os fez ser empregados ou patrões de todas as funerárias de Santarém. Numa actividade que mexe com os sentimentos mais profundos de toda a gente, é preciso viver de alma e coração para o negócio. “Estamos no casamento de um amigo ou num almoço de

família e temos de estar sempre de olhos postos no telemóvel ”, diz o Carlos Lopes, acrescentando que o segredo para ser um bom profissional passa por tentar ser o mais insensível possível à maior parte das situações. “Temos de trabalhar a pensar na pessoa e na família que nos contacta e procurar sempre proteger as pessoas para tornar o funeral mais digno e mais suave o que não é nada fácil”, completa. Neste aspecto Carlos Lopes faz distinção entre três tipos de profissionais neste negócio: os cangalheiros, os agentes funerários e os abutres. “O abutre é o que mesmo com o corpo dentro da urna o vai tentar buscar para fazer ele o funeral. O cangalheiro é aquele que só se interessa em ter o morto no cemitério para receber o dinheiro”, esclarece. Contrariando os exemplos anteriores, a Agên-

• Carlos Lopes e Acácio Benavente trabalham no ramo há três décadas. cia Funerária Lopes & Benavente tenta ter um serviço adaptado a cada cliente, em que os pormenores podem variar da cor da urna à cor da gravata do agente funerário. O cenário para a câmara ardente nas igrejas, custou cerca de 20 mil euros e é uma das mais valias do serviço. Outra preocupação da agência é a

religião do defunto e da família, cada uma com o seu “protocolo”. Quanto ao preço, Carlos Lopes considera que não há funerais baratos mas diz que tudo depende do que a pessoa quiser. A agência tem preços que vão desde os 366,5o euros do cha mado ser v iço mínimo obrigatório, até cerca dos cinco mil euros,

sendo que o que faz verdadeiramente a diferença é a urna. Nesta ent rev ista ao Negócios & Notícias, os responsáveis da Lopes & Benavente revelaram que em breve vão abrir uma nova agência. Será nas Fazendas de Almeirim e a inauguração está marcada para o início do mês de Abril.

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Os fortes também choram Para se trabalhar no sector funerário é necessário ter uma série de características pessoais que permitam ultrapassar, com maior ou menor dificuldade, o convívio diário com a morte. No entanto há altura em que mesmo os mais fortes e mais experientes não aguentam a pressão. Carlos Lopes, que já conta com trinta anos de experiência, ainda hoje não esquece um caso que se passou consigo. “O meu amigo Luís Relojoeiro, que era meu vizinho e conviveu comigo muito de perto, a determinada altura morreu. Quando o falecido Dr. Pó me convidou para o ajudar a fazer a autópsia, aceitei, fiz tudo de acordo com as normas e aguentei-me sempre. Mas quando já no funeral abri a urna e vi que era o meu amigo Luís desatei a chorar porque sou igual às outras pessoas. Não consegui ser totalmente profissional nesse momento”, recorda emocionado.

www.negociosenoticias.com


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EMPRESAS

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X REMAX MILÉNIO CARTAXO

PERMUTAR EM VEZ DE VENDER A bolsa de permutas é a mais recente inovação da Remax, a maior rede imobiliária do país. A ideia é simples e passa por trocar a sua casa com a de outra pessoa, sendo que quem ficar com a casa mais cara pagará a diferença e vice-versa.

Para muitos potenciais vendedores esta solução resolve o problema de ter de vender antes de comprar, o que nem sempre é fácil. Aqui as duas transacções são simultâneas e permitem ainda a redução de impostos, uma vez que o Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT) a pagar será calculado pela diferença de valor dos imóveis. O sistema de permutas funciona assente numa plataforma informática que “casa” os vários interesses e encontra pessoas disponíveis para permutar imóveis de determinadas características. Humberto Rúbio, responsável pela Remax Milénio do Cartaxo, diz que a procura tem sido imensa e nas duas primeiras semanas de campanha a multinacional já permutou 36 imóveis. “Basicamente substitui-se o bem hipotecado no

banco. É um negócio que se faz normalmente nos bancos onde o cliente tem a casa anterior, o que também facilita o processo”, explica o empresário, acrescentando que o negócio “é altamente vantajoso para os clientes”. A bolsa de permutas é mais um passo em frente dado pela Remax, empresa conhecida pelas inovações constantes neste sector de actividade. “A concorrência depois imita-nos mas nós encontramos sempre mais novidades”, refere Humberto Rúbio, explicando que este tipo de negócios pode ser feito por quem quer ir morar para outra localidade mas também para quem quer trocar de casa dentro da mesma vila ou cidade. Em termos de negócio, o gerente da Remax Milénio acredita que a bolsa de permutas ajudará a empresa a chegar a uma cota de mercado de 25%, no Cartaxo, até final de 2009. “No ano passado tínhamos 11,83%. Actualmente estamos próximo dos 16 por cento mas como o negócio está a correr e com o aumento da nossa equipa o objectivo é chegar aos 25%”, refere. Humberto Rúbio diz que a

crise não tem afectado a Remax Milénio do Cartaxo, que ocupa o 37º lugar entre as 220 lojas da rede em Portugal. Também aqui o objectivo é ambicioso e passa por atingir o top 20 até final do ano. “O Cartaxo é um sítio espectacular para fazer negócio”, refere o empresário que diz que, por exemplo, a procura de quintinhas é muito superior à oferta. “Precisávamos de mais quintinhas para vender. As que aparecem vendem-se em pouco mais de um mês”, garante. Humberto Rúbio desdramatiza também o facto de o crédito estar mais difícil de obter, garantindo que este ano ainda não deixou de fazer nenhum negócio porque o banco não financiou. “Quando a pessoa vem à loja para comprar um imóvel faz-se uma qualificação da pessoa, vê-se a sua capacidade financeira e até onde ela pode chegar. Não vale a pena alimentar um sonho que a pessoa não possa concretizar. Se estivermos a mostrar uma casa de 200 mil euros a uma pessoa que só pode pagar 150 mil estamos a prestar um mau serviço ao cliente”, conclui.

Humberto Rúbio diz que a crise não tem afectado a Remax Milénio.

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X “O CHURRASCO”, NO CARTAXO

O PRAZER DA COMIDA NA CASA DA MÚSICA Após 11 anos de experiência como take-away no mercado municipal do Cartaxo, os responsáveis da churrasqueira “O Churrasco” decidiram apostar num espaço onde os seus clientes tivessem outras condições para degustar o frango no churrasco e os outros pratos confeccionados pela equipa da cozinha.

A escolha recaiu no restaurante situado na sede da Sociedade Filarmónica Cartaxense, na rua Dr. Manuel Gomes da Silva, que reabriu em Junho do ano passado com nova gerência da família Madeira. O restaurante está aberto de terça a domingo, sempre com pratos do dia diferenciados. A quinta-feira é um dos dias mais fortes, com o tradicional cozido à portuguesa, mas há outras opções nos restantes dias da semana. Bacalhau cozido com grão à terça, peixe no forno ou nacos de porco à quarta, caldeirada à sexta, nacos de vitela ao sábado e

chocos com batata a murro ao domingo, são outras das opções a partir de 7 euros a dose. “O Churrasco III” funciona como café-bar das 10h00 às 23h00 e como restaurante das 12h00 ás 15h00 e das 19h30 às 23h00. Fazendo o balanço destes nove meses de actividade, David Madeira, gerente do Churrasco III, diz que a crise tem feito notar os seus efeitos. “Não temos menos clientes mas os que vêm fazem-no menos vezes. Quem almoçava todos os dias da semana agora vem duas ou três vezes porque o dinheiro não estica”, refere o empresário acrescentando que as pessoas se queixam bastante da crise. Além dos pratos do dia e do frango no churrasco, quer o take-away do mercado municipal, quer o restaurante da música têm ainda outros pratos com bastante saída, caso do coelho no churrasco, as febras e entremeadas grelhadas, entre outros pratos.

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DESPORTO

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X PROVA JUNTOU MAIS DE 300 ATLETAS

VANESSA FERNANDES E BRUNO PAIS VENCEM TRIATLO DO RIBATEJO Vanessa Fernandes e Bruno Pais, ambos do Sport Lisboa e Benfica, venceram a segunda edição do Triatlo do Ribatejo, prova que se realizou no dia 21 de Março e juntou mais de trezentos atletas.

A competição contou com muito público, que se estendeu ao longo dos mais de 25 Km de prova, que ligaram a barragem dos Patudos, em Alpiarça, ao largo do Seminário, em Santarém. Na prova feminina, a mais esperada devido à participação da vice-campeã olímpica Vanessa Fernandes (SL

Benfica), Anaís Moniz (Belenenses) foi a mais rápida a sair da água, seguindo-se a ribatejana Maria Areosa (Halcon-Spiuk-Olímpico de Oeiras). Vanessa Fernandes foi apenas a sexta a sair da barragem, mas recuperou no segmento de ciclismo, passando para o primeiro lugar e não dando qualquer hipótese às adversárias e concluindo com um minuto e meio de vantagem sobre Anais Moniz Apesar dos problemas físicos e familiares que a afectaram, a atleta do Benfica geriu bem o esforço e as emoções e venceu

com grande categoria. A competição masculina foi mais equilibrada. João Serrano (SR Camarnal) foi o primeiro a sair da

água mas no ciclismo Bruno Pais (SL Benfica) instalou-se cedo na frente e apesar de ser alcançado pelo grupo persegui-

dor perto de Santarém, destacou-se novamente no atletismo, vencendo com quinze segundos de vantagem sobre João José

TRICOFAITES EM ACÇÃO DE SOLIDARIEDADE Como já vem sendo hábito de há vários anos, o clube de futebol veterano “Os Tricofaites” aproveitaram o dia do pai e da cidade, 19 de Março, para realizar o seu almoço de confraternização, que decorreu na sede do clube, nas Ómnias. Além dos jogadores e familiares, representantes da Câmara de

Santarém e da Junta de Freguesia de Marvila, o repasto contou com a presença de 42 jovens do Lar de Santo António e da Fundação Luísa Andaluz, a quem os Tricofaites ofereceram o almoço, a animação durante a tarde com o rancho folclórico de Alcanhões e ainda algumas prendas.

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“Os clubes devem ter uma postura de responsabilidade social para com os mais desfavorecidos e as instituições da cidade”, disse ao nosso jornal José Guerra, o presidente dos Tricofaites, adiantando que o clube quer aumentar estas acções de solidariedade social, tanto para crianças como os idosos.

Pereira (Alhandra), o vencedor da edição de 2008. Foi mais uma vitória para o atleta do Benfica que já não perde uma prova da Taça de Portugal há quase oito anos. Outro dos atletas que atraiu os olhares do muito público presente foi Miguel Arraiolos, de Alpiarça, que começou muito bem mas acabou no quarto lugar. O Director Técnico Nacional, Sérgio Santos, ficou especialmente agradado com a participação de mais de meia centena de senhoras neste triatlo, o que abre boas perspectivas à modalidade.


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OPINIÃO

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ESQUERDA & DIREITA PIMENTA BRAZ

A CRISE ACTUAL E AS AUTARQUIAS

Há muito tempo que a palavra crise faz parte do léxico da sociedade portuguesa. Não me recordo de um só governo que a não tenha invocado como álibi para as suas insuficiências.

Proferindo até à exaustão a palavra crise, o discurso político tem tentado - diga-se com sucesso - comover o povo para a bondade dos permanentes sacrifícios que lhe são impostos. Isto é, a palavra crise impregnou-se definitivamente à imagem de um certo Portugal pequenino e cinzento. A actual crise não deveria ser surpresa para nós. Na verdade, de tantos nos terem saturado os ouvidos com inenarráveis crises, o país, afinal, também julgou que esta seria apenas mais uma. Ninguém levou a sério o subprime americano. O governo continuava a prometer o TGV, pontes e o aeroporto, a oposição propunha privatizar tudo o que mexesse, começando pela delirante privatização da Caixa Geral de Depósitos – já se esqueceram? Por seu lado, as autarquias continuavam a fazer rotundas, parques de negócios e parques subterrâneos, enquanto as famílias se entretinham alegremente a comprar plasmas e a fazer férias no Brasil. Só que, para nossa desgraça, desta vez era a sério. Somaram-se aos nossos defeitos endémicos, a loucura de um sistema capitalista, que quase soçobrou à vertigem da ganância egoísta de ganhar dinheiro a todo o custo. No actual momento, os diferentes governos esforçam-se pateticamente por estimular aquele mesmo sistema que demonstrou estar caduco. Logo, esforçam-se por reabilitar um morto. Crise nova, velhos vícios.

Então e as pessoas? Como se pode mitigar o enorme sofrimento que entra todos os dias nos lares dos portugueses? Ora, quem mais pode ajudar, é quem mais próximo está das pessoas: as autarquias, tanto com medidas próprias, como por intermediação de medidas governamentais. Justamente, seria importante que as autarquias parassem com as suas obras de regime e aproveitassem os parcos recursos para a ajuda às populações: fazendo parcerias com a Segurança Social no fortalecimento das equipas de apoio social, aumentando as contribuições para os passes escolares, para as despesas com a educação, fomentando cheques refeição, isentando ou diminuindo as tarifas da água, promovendo, em articulação com a administração central, o trabalho de ajuda à comunidade, etc. Já o governo deveria implementar muitas das suas medidas através das autarquias: o trabalho de ajuda à comunidade para desempregados, seria extremamente útil para a manutenção da dignidade de cada um, auxiliando e servindo, em simultâneo, os seus concidadãos. Com que recursos? Por exemplo, desistindo da megalomania do TGV. Infelizmente, as autarquias têm anunciado medidas avulsas, limitadas orçamentalmente, porque, em ano de eleições, não desistem das suas obras de betão. O governo, por seu lado, continua a insistir na loucura de um comboio que não precisamos. Como a manta é curta, receio bem que muitas das medidas anunciadas sejam mera propaganda e que, no final, sejamos todos de novo convidados a pagar mais uma factura.

O tema crise tem marcado grande parte da actualidade política, nacional e internacional. E nem sempre falar de crise reflecte pessimismo ou profecia de desgraça, mas antes expectativa de resultados.

O Governo é, sem sombra de dúvida, o órgão que mais instrumentos pode e deve promover para combater o flagelo. Diga-se, em abono da verdade, que não tem sido nada feliz e consequente, mas cada um faz aquilo que sabe e que pode. As medidas que têm sido anunciadas são apenas analgésicos, que na posologia prometem efeitos rápidos, mas que na prática só vão afastar as dores para daqui a pouco tempo, sem curar e sem nos preparar para outra. Não estaremos a cair no facilitismo? Com menos competências mas mais perto dos problemas estão as autarquias. O fenómeno da política de proximidade não é presunção, é pura realidade. Este governo que apregoa a regionalização e tem no seu discurso a descentralização, não concertou medidas anti-crise com as câmaras, preferindo medidas centralizadas, por certo, com esperança nos efeitos eleitoralistas. Algumas câmaras, prontamente lançaram medidas de âmbito local de combate à crise. Rápida e espontânea reacção, que mesmo sem o apoio do governo podem produzir bons resultados. Espero sinceramente que as autarquias tenham a sensibilidade de não cair no mesmo erro do governo. É que abaixo das câmaras existem as juntas de freguesia e as IPSS, com um louvável histórico de apoio social às famílias e até às empresas. São elas que conhecem o tecido social, os verdadeiros problemas da população e têm os procedimentos e

RAMIRO MATOS

organização adequados para enfrentar estes períodos. Os municípios podem, dentro das possibilidades de cada um, reforçar o apoio nas áreas que são directamente da sua competência, como, por exemplo, a redução de taxas e tarifas ás famílias e empresas, na água e resíduos, de impostos municipais, das licenças urbanísticas destinadas à construção ou remodelação de habitação própria por famílias de baixos rendimentos, intensificação do apoio ao pagamento de rendas e disponibilização de habitação social, maior subsidiação das refeições, transportes e prolongamentos escolares e com a inequívoca preferência pela contratação de bens, serviços e empreitadas com empresas locais – como muito bem apresentou o NERSANT-. Certo é que noutras áreas, como o apoio domiciliário, cuidados continuados e integrados, apoio alimentar e medicamentoso, valências de apoio à infância e terceira idade, e outras, existem muitas organizações de economia social com experiência e recursos humanos que o podem fazer muito melhor, com maior eficácia e eficiência, se as autarquias e o próprio governo central as quiserem apoiar, agora mais do que nunca, para a intensificação do seu trabalho. Qualquer euro gasto por uma instituição pública ou privada, de maior proximidade com os cidadãos, equivale a muitos mais euros que, para a mesma função e objectivo, teriam de ser gastos por outra de nível central ou superior. O eleitoralismo não vale tudo. Os resultados eficientes, esses sim, valem o esforço de todos. E o relançamento da nossa economia e o apoio àqueles que a crise apanhou desprevenidos merecem uma postura séria e sem fins eleitoralistas.


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OPINIÃO

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X HOMENAGEM DO ISLA AO DR. ANTÓNIO MADEIRA

NA HORA DE RECORDAR ... Evocar, neste mês de Março, o Dr. Antonio Manuel Soares Madeira é, para a família ISLA, antes de mais, recordar um grande, querido e saudoso amigo, cuja morte representou uma enorme perda e um grande vazio para todos nós. A sua presença foi, porém, tão forte que é como se ainda perdurasse entre nós. Frequentemente, é relembrado e, nas decisões tomadas, pensamos sempre: “Que pensaria o Dr. Madeira disto? Como avaliaria esta pessoa ou este comportamento? Como reagiria a tal acontecimento?” Figura e referência profissional, ética e moral, era-o no sentido mais natural e autêntico da palavra. Não alardeava qualquer superioridade nem reivindicava qualquer estatuto. Referência moral era-o, de facto e natura lmente, pelo

exemplo constante que dava, pelo rigor e pela integridade de carácter, pela coerência de comportamento, pelo desinteresse pessoal, pela dedicação àquilo em que acreditava, pela fidelidade a si mesmo e pela lealdade aos outros, pela frontalidade e pela coragem das atitudes, pela honradez da palavra, pela confiança que inspirava e merecia. Nunca ninguém como ele viveu o ISLA com inteireza e paixão, como serviço prestado à comunidade, sabendo conciliar pragmatismo e flexibilidade com princípios e firmeza. Numa discussão, numa negociação, numa decisão, sabia-se que havia uma linha que ele não passava nem deixava passar. Essa era a linha a partir da qual se punham em causa princípios, valores ou convicções fundamentais.

Nesse sentido, pode falar-se do Dr. António Madeira como um homem de “antes quebrar que torcer”, um homem de bem e bom, verdadeiramente acima de qualquer suspeita. Nada o fazia negar a verdade ou afirmar a mentira. E, no entanto, era um Administrador e Presidente da UNISLA com os pés bem assentes na terra, competente, hábil e sagaz, atento e informado, sabendo muito bem levar a água ao seu moinho, e com um grande sentido da importância na Educação, das relações pessoais, que aliás cultivava em vários quadrantes e meios. Era, além disso, um planeador de acções, um trabalhador metódico. Ao longo da sua vida profissional, e particularmente no ISLA, foi igual a si mesmo: desempenhou sempre as suas funções

com convicção, coragem, determinação, às vezes e embora tendo opiniões pessoais claras sobre acontecimentos e comportamentos, não as confundia com motivações profissionais. Quem teve o privilégio de conviver ou trabalhar com ele sabe que todas as relações eram marcadas pela confiança total, pela franqueza, pela simpatia mútua, pela amizade, e por um respeito ilimitado, que ele cultivava e apreciava. Pelo prestígio unânime de que desfrutava, pelas qualidades humanas e pela sua autoridade moral e educativa, o Dr. Antonio Madeira era um verdadeiro “senador” da UNISLA. O ISLA develhe muito. Enfrentou com a coragem que lhe era própria um terrível destino e morreu no dia 25 de Março de 2008, tranquilo

junto da sua esposa. Não precisamos dizer quanto isso fez sofrer aos que com ele partilhavam os vários mundos da intimidade. A 26 de Março, milhares de pessoas, estudantes e professores, funcionários, colaboradores, amigos, entidades públicas, entidades civis e militares, vindos de todo o país, quiseram prestar-lhe a sua última homenagem. Esta é também uma outra forma singela de homenagem. Lembramo-

nos muitas vezes do Dr. Antonio Madeira. Dos seus conselhos, da sua lucidez, integridade, firmeza e dignidade. Sentimos, com convicção, que o seu exemplo continua presente. E isto só acontece com aqueles homens e aquelas mulheres que nos marcaram para sempre. Foi, para o ISLA, o caso do Dr. Antonio Madeira, o homem amigo, cidadão exemplar e grande português. Universo ISLA


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TAUROMAQUIA

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Fotos: Alberto Silva

X INAUGURAÇÃO OFICIAL DA TEMPORADA TAUROMÁQUICA

ENCHENTE NA MONUMENTAL CELESTINO GRAÇA A inauguração oficial da temporada tauromáquica portuguesa, que ocorreu no dia 22 de Março, domingo, na Monumental Celestino Graça, em Santarém, ficou marcada por mais uma grande enchente. Cerca de 13 mil espectadores assitiram a um belo espectáculo onde se juntaram três dinastias de cavaleiros em competição. Manuel Lupi, João Tellles JR. e Salgueiro da Costa, mostraram que quem sai aos seus não degenera e tiveram actuações de bom nível. Os Forcados de Santarém e Alcochete pegaram os sete imponentes toiros, oriundos da ganadaria Pinto Barreiros, com pegas conseguidas nas primeiras tentativas, arrancando merecidas ovações, em pé, do público. A excepção foi a pega de António Jesus, dos Amadores de Santarém, que acabou por ficar maltratado depois das diversas investidas que o toiro, de grande porte, fez contra si. Um dos sete toiros foi lidado à antiga portuguesa, através de lide a pé, com o bandarilheiro consagrado Pedro Rodrigues a orientar os seus colegas Telmo Serrão e Cláudio Miguel que tiraram a alternativa nesta corrida.


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ESPECTÁCULOS

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Camané no Cartaxo O fadista Camané traz o seu novo álbum de originais ao palco do Centro Cultural do Cartaxo, no próximo dia 4 de Abril, a partir das 21h30. “Sempre de mim” é o nome do disco que traz temas como “Sei de um Rio”, entre outras melodias de José Mário Branco e Sérgio Godinho, e ainda poesias de Pessoa. Os bilhetes custam 10 euros.

X TEATRO EM RIO MAIOR

“ROSA ESPERANÇA” LEVA TEMÁTICA DO CANCRO DA MAMA AO PALCO A Oficina de Artistas “Quem não tem Cão”, de Rio Maior, leva à cena a partir de 4 de Abril a peça “Rosa Esperança”, um espectáculo forte e sem complexos, que pretende chamar a atenção para uma dura realidade que mata 4 mulheres por dia em Portugal. O Cancro da Mama. Inserido num projecto de teatro de pesquisa “Projecto Mulheres e o Cancro da Mama” que interpreta e reinventa his-

X DIA 18 DE ABRIL

SÉRGIO GODINHO EM SANTARÉM Depois do grande êxito do último álbum de originais “Ligação Directa”, com grandes concertos entre eles algumas noites no Teatro Mª Matos, Sérgio Godinho está a apresentar o seu novo disco ao vivo “Nove e Meia no Maria Matos”. O cantoautor vem ao Teatro Sá da Bandeira, no dia 18 de Abril, às 21h45. Os bilhetes custam 10 euros.

X CARTAXO

TROMBONE É ACTOR EM COMÉDIA Os actores Vítor Emanuel e Luís Viegas, conhecidos das novelas e séries de humor da SIC e TVI, interpretam a peça “Trombone”, uma espectáculo que se desenvolve entre o Bisnaga, o Trambalazanas e o Trombone, uma terceira personagem que se aguarda pela chegada ao palco. E enquanto isso não acontece, os dois actores vão tentando arranjar forma de entreter o público. No Centro Cultural do Cartaxo, no dia 25 de Abril, pelas 21h30. Os bilhetes custam sete euros e podem ser reservados pelo contacto 243701600.

X ENSAIOS ÀS SEXTAS E SÁBADOS

RANCHO DE BENFICA PROCURA MIÚDOS A escola de dança do rancho folclórico infantil de Benfica do Ribatejo está a realizar ensaios de captação para crianças com idades entre os 3 e os 12 anos, que queiram iniciar-se no folclore. Os ensaios realizam-se às sextas-feiras entre as 21 e as 22 horas, e aos sábados, das 16 às 19 horas, na sede da Associação Cultural e Desportiva de Benfica do Ribatejo. Mais informações e inscrições pelos telefones 243 580 786, 919 423 928, ou via e-mail para ricardocasebre@hotmail.com.

tórias de pessoas reais “Rosa Esperança” conta com a participação de 7 mulheres que, não sendo actrizes, decidiram expor a sua própria experiência de luta contra o cancro e aceitaram o desafio de a partilhar com o público num palco. Escrita e encenada por Rui Germano “Rosa Esperança” vai estar em exibição no Cine Teatro de Rio Maior nos dias 4, 5, 11, 12, 18 e 19 de Abril.

35 Reis da geração de 500 na Igreja da Graça A partir de 22 de Abril até 24 de maio, a Igreja de Santarém em Santarém recebe a exposição “Geração de 500”, da pintora Isabel Nunes. Através desta instalação de pintura, a pintora dá a conhecer ilustres monarcas e nobres da época de 500, através de retratos iconográficos. Destaque para a figura do Rei D. Manuel I que vai estar no primeiro painél. O segundo painel – a esfera armilar dos navegadores – é focalizado na figura do Infante D. Henrique. Da mostra fazem também parte o painel dos nobres e o das artes, que tem como figura central o poeta Camões.


CONSUMIDOR

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X ESPAÇO

NOVAS REGRAS NA RENEGOCIAÇÃO DE CONDIÇÕES DO CRÉDITO À HABITAÇÃO O crédito à habitação é indubitavelmente o maior investimento realizado pelos consumidores portugueses ao longo das suas vidas. Exactamente por se tratar de um pesado investimento das famílias, condicionando, de forma periódica, a sua disponibilidade financeira imediata, reveste especial importância assegurar a livre mobilidade destes empréstimos e, bem assim, a livre negociação das suas condições, num quadro de efectiva e sã concorrência no sector financeiro.

A eliminação de barreiras à renegociação das condições dos empréstimos e à respectiva mobilidade torna-se tanto ou mais premente no contexto actual de constante agravamento das taxas de juro. Neste sentido, entrou em vigor o Decreto-Lei n.º 171/2008, de 26 de Agosto, que vem vedar às instituições de crédito a cobrança de qualquer comissão pela análise da renegociação das condições do contrato, como, por exemplo, o spread ou prazo da duração do contrato. Por outro lado,

passou a estar igualmente proibida a prática comercial de tying, isto é, fazer depender a renegociação do crédito da contratação de outros produtos ou serviços financeiros. Quanto à mobilidade do crédito habitação, o sobredito decreto-lei vem estabelecer a regra da subsistência do contrato de seguro celebrado para garantia da obrigação de pagamento do crédito, quando ocorra a transferência deste para outra instituição de crédito. A este propósito, recorde-se ainda que, nos casos de transferência do crédito

para outra instituição bancária, o va lor da comissão a pagar não pode exceder 0,5% sobre o capital a reembolsar nos contratos celebrados no regime da taxa variável e 2% nos contratos celebrados no regime da taxa fixa. As medidas constantes do presente diploma legislativo contribuem sem margem para dúvidas para um reforço da protecção do consumidor de produtos financeiros, porém, e especialmente no que respeita à mobilidade dos empréstimos à habitação, torna-se ainda

indispensável simplificar o respectivo processo de formalização de transferência e, bem assim, proceder a um ajustamento dos custos que lhe estão associados. Fique atento à actuação das instituições bancárias e, se estas regras forem desrespeitadas, não hesite em denunciar a situação junto do organismo fiscalizador competente Banco de Portugal - e da DECO. Marta Costa Almeida jurista da DECO Delegação Regional de Santarém

Os leitores interessados em obter esclarecimentos relacionados com Direito do Consumo ou em apresentar eventuais problemas, podem recorrer ao Gabinete de Apoio ao Consumidor da Delegação Regional de Santarém da DECO na Rua Pedro de Santarém, 59, 1.º Esq., 2000-223 Santarém (E-mail: deco.santarem@ deco.pt/ Tel.: 243 329 950).


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MERCADO AUTOMÓVEL

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CARTAXO AUTOMÓVEIS BMW X5 3.0d Aut 2002 - 35.000€

Jaguar S-Type 3.0 V6 Sport Aut 1999 - 19.900€

Mercedes Classe C C 220 CDI Avantgarde Station 2005 - 31.500€

Mitsubishi Strakar 2.5 CABINE DUPLA 2004 - 16.750€

Opel Zafira 1.6 16V ELEGANCE 2001 - 9.250€

SEAT Alhambra 1.9 TDI Confort (90cv) 1997 - 9350€

Chrysler 300 C 3.0 CRD Touring 2006 - 54.500€

Land Rover Discovery Td5 1998 - 14.900€

Mercedes Classe E E 220 CDI Station Elegance 2003 - 28.900€

28- Nissan Terrano II 2.7 TDi Comfort 2000 - 13.900€

Peugeot 307 1.4 HDi XS 2003 - 8.650€

SEAT Leon 1.6 Signo 2000 - 5.900€

Chrysler Sebring 2.0L LX Aut. 2002 - 12.500€

Porsche 911 Carrera Cabrio (996) 1998 - 47.500€

Skoda Fabia 1.4 TDi Sport Break 2008 - 18.500€

Fiat Bravo 80 16V Sport 2000 - 4.750€

Porsche Cayenne Cayenne S 2003 - 56.000€

Subaru Impreza 1.6 TS 2001 - 10.250€

Fiat Panda 1.3 Multijet 16v Dynamic 2006 - 8.900€

Renault Clio 1.9D 2000 - 4.500€

Suzuki Jimny JLX 1.3L16V 2000 - 6500€

Fiat Punto 1.9 JTD HLX 2001 - 5.250€

Renault Clio 1.5dCi 85 Dynamique 2L 2002 - 6900€

Suzuki Samurai 1.3i JX 1996 - 3.900€

Renault Clio 1.5dCi 85 Dynamique 2L 2003 - 6.900€

Suzuki Vitara JLX 1.9 TDI 1998 - 6.900€

Renault Laguna II Expression 1.6 16v Break 5 Lug 2003 - 8.900€

Toyota Avensis Verso 2.0 D-4D 2003 - 21.750€

Audi A3 1.9 TDi Sport 2000 - 12.900€

Audi TT 1.8T 180cv Coupé 2001 - 19.500€

BMW Série 3 320d (E46) 2001 - 17.900€

BMW Série 3 320d 150cv Touring E46 2002 - 19.900€

BMW Série 3 318 TDS Touring 1997 - 5.250€

Land Rover Range Rover 2.5 DSE 1998 - 10.500€

BMW Série 3 320d Cabrio 2008 - 56.000€

Mercedes Classe ML ML 270CDI Aut 2005 - 38.000€

Opel Astra 1.4 16v Club Caravan (90cv) (5 2002 - 9.900€

Ford Focus 1.6 Ambiente 16V. 5 portas 1999 - 4.600€ Mazda Mx-5 1.6 1991 - 8.900€

BMW Série 3 320d (E46) 2001 - 18.900€

Mercedes Classe ML ML 270CDI 2000 - 21.500€

Opel Combo Cargo 1.3 CDTi 2005 - 6.750€

Ford Focus 1.8 TDCi Trend Station 2001 - 9.900€ BMW Série 7 730d E65/66 2002 - 38.000€

Mercedes Classe C C 220CDI Avantg 2002 - 24.250€

MG ZR ZR 105 Entry 2005 - 9.900€

Opel Corsa 1.7DI 2002 6250€


LAZERES

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palavras cruzadas Marcos Cruz - Rede Expresso 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

FESTAS DA CIDADE

HORIZONTAIS: 1 - Europeu de futebol disputado na Áustria e Suíça. 2 - Anel. Salário de soldado. Toca. 3 - Pão doce. Fizesse como o gato. 4 - Ministro maometano. Napoleão detestava-os. 5 - Portanto, não compareceu. Pode ser condicional. 6 - Levo a reboque. À majestade é crime. 7 - Tipo de letra inclinada. Meia tina. 8 - Cidade da Mesopotâmia. Tribo israelita. 9 - Sobe-lhes a cor ao rosto. Marítima de Álvaro de Campos. 10 - Silenciosamente zangados. 11 - Todo o tempo. Gordura para o coiro.

VERTICAIS: 1 - Título muçulmano. São temperados. 2 - Perfumado. 3 - Pedra que tritura. Puseram em lotes. 4 - Música vaga. 5 - Poema que são “Os Lusíadas”. Arredondar arestas. 6 - Reza ou discursa. A da Carolina tinha um lagarto pintado. Reflexo. 7 - Só um bocadinho. Alternativa. 8 - Apelido. Louvadas. 9 - A sua picada transmite um sono patológico. A água mata-a. 10 - Sono de criança. Cardeal. Rio da Rússia. 11 - Suspiros. Elegante.

VERTICAIS: 1 - califa; aços. 2 - aromático. 3 - mó; alotaram. 4 - toada. 5 - épico; limar. 6 - ora; saia; me. 7 - nesga; ou. 8 - Sá; loadas. 9 - tsétsé; sede. 10 - oó; Oeste; Ob. 11 - ais; airoso. HORIZONTAIS: 1 - campeonato. 2 - aro; pré; soa. 3 - ló; miasse. 4 - imã; gatos. 5 - faltosa; se. 6 atoo; lesa. 7 - itálico: ti. 8 - Acadia; Aser. 9 - coram; Ode. 10 - amuados. 11 - sempre; sebo.

Soluções Tel. 243 302 228 Fax. 243 301 790 Tlm. 917 647 493 Z.Industrial - R. Dr. Hilário Barreiro Nunes Lote 26-B 2000-831 Várzea Santarém

Santarém esteve em festa de 16 a 22 de Março. As Festas de São José trouxeram animação à cidade, com um vasto leque de actividades onde não faltaram os concertos, a música tradicional, os espectáculos etnográficos e, claro, a festa brava.


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LAZERES

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ANIMAM SANTARÉM

negócios&notícias FICHA TÉCNICA Editora e proprietária: Jortejo, Lda Apartado 355 - 2002 SANTARÉM Codex Empresa Jornalística Nº 211208

Gerência Francisco Santos, Ângela Gil e Albertino Antunes

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Director Jorge Guedes (Cartª Prof. n.º 2798)

Redacção Apartado 355 - 2002 Santarém Codex. Tel: 243 309 601 Fax: 243 333 766 E-mail: redaccao@negociosenoticias.com

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Fotos: CM Santarém

Tel. 243 309 602 Fax: 243 333 766 comercial@negociosenoticias.com Rita Duarte (directora comercial) Sandra Amendoeira (coordenação comercial)

Impressão Imprejornal, S.A. Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa Tiragem 25.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 501636110 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia 83%

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