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União Faialense vence concurso Filarmonia PÁGINA O6

Tribuna das Ilhas

DIRECTOR: MANUEL CRISTIANO BEM 4 NÚMERO: 483

o9.setembro.2o11

sai às sextas-Feiras

1 euro

16.ª Metropólis

migrações em debate internacional Os Açores acolhem de 12 a 16 de Setembro a 16.ª Conferência Internacional Metropólis. Durante 4 dias, especialistas de todo o mundo vão debater o fenómeno das PÁGINA O2 migrações no mundo.

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bombeiros lutam pela manutenção com prata da casa

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eDitorial

cortar despesas… g Nos últimos dias, a expressão que mais se tem ouvido nas andanças políticas nacionais é a de “cortar despesas”com vista ao equilíbrio financeiro das contas do país. E até por cá, na nossa região, já foi anunciado o corte em algumas funções nas Secretarias regionais, naturalmente para mostrar a nossa intenção de colaborar na cruzada de poupanças iniciada a nível dos gastos do Estado em que estamos inseridos. como este espaço não se destina a debater políticas dos governos da República – quaisquer que sejam as suas cores partidárias – ou a fazer apreciações relacionadas com a gestão dos negócios do Estado, não vamos entrar no campo das opiniões sobre o enorme emaranhado de notícias, factos e contraditórios que todos os dias as televisões nos transmitem sobre a difícil situação económica e financeira do país. O Tribuna é um semanário de matriz açoriana, defensor atento dos interesses destas ilhas – com relevância para as do chamado Triângulo – e só em determinadas circunstâncias temos feito reparos e mesmo críticas, a departamentos e instituições dos governos centrais, geralmente quando são desprezadas as nossas justas pretensões ou ignorados e adiados os nossos reais problemas, numa atitude semelhante à da antiga “metrópole” para com a “colónia” distante. E voltamos ao parágrafo inicial em que nos propúnhamos salientar os “cortes” nas despesas anunciados pelo Governo açoriano em departamentos regionais, concretamente na Secretaria do Ambiente e do Mar, com sede na Horta e na da Educação com sede em Angra. claro que estamos de acordo com as medidas dessa natureza, quando elas eliminam efectivamente funções paralelas ou desnecessárias ao funcionamento dos respectivos serviços e nos casos em que anulam “prémios” e corrigem situações já inerentes às funções a exercer, pagas pelo erário público. Isto, para além da instituição do dever de se evitarem os gastos supérfluos e os desperdícios de materiais de consumo nas secções com actividade burocrática. Entretanto, pelo que temos ouvido por cá, nas tertúlias e nos frequentes grupos de convívio, o que muitas pessoas, atentas ao andamento da vida regional, perguntam, em relação aos anunciados “cortes”, é se estes se vão reduzir às duas Secretarias mencionadas ou vão estender-se igualmente às de Ponta Delgada. Ou seja, se as “gorduras” nos departamentos da Região só se deparam para estas bandas… Por outro lado, também se diz por aqui, à escala da opinião pública, que as tão necessárias poupanças nos Açores devem ser alargadas a todas as autarquias, investindo-se as verbas disponíveis apenas em obras de reconhecida utilidade pública, que melhorem a vida das populações nos seus aspectos materiais e culturais. Estamos de acordo…

eM Destaque

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16.ª ConferênCia internaCional Metropólis

conferência internacional reúne especialistas em análise das migrações Maria José Silva g As políticas do Governo dos Açores na área das migrações e a ligação que a região mantém com as suas comunidades emigradas estarão em análise na 16.ª Conferência Internacional Metropólis, que começa a 12 de Setembro em Ponta Delgada. O modelo açoriano em matéria de política de migrações foi um dos argumentos decisivos para que os Açores acolhessem o maior fórum mundial nesta área, que até agora apenas reuniu em grandes cidades. A 16.ª Conferência Internacional Metropólis, que decorre no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, entre 12 e 16 de Setembro, tem como tema central ‘O Futuro das Migrações: Perspetivas em Mudanças Globais’ e contará com a cobertura por parte do Tribuna das Ilhas. A reunião envolve cerca de seis centenas de pessoas, entre as quais alguns dos maiores especialistas mundiais, que se deslocam aos Açores para debater as grandes questões que se colocam no âmbito das migrações. Um dos temas chave deste encontro é o problema das migrações no contexto de ilha, que é algo específico, e que terá como base o caso dos Açores. Outra das principais questões em análise neste encontro está relacionada com o impacto das novas tecnologias de comunicação nas migrações. O declínio que sofreram nos últimos anos as migrações tradicionais, substituídas por fenómenos migratórios mais ocasionais, estará também no centro das atenções de universitários, investigadores, especialistas, decisores políticos e membros de organizações não governamentais que se deslocam aos Açores para analisar a questão das migrações As sessões plenárias serão subordinadas a temas como “Globalização e Migração no Sul’, ‘Mobilidade Internacional em Espaços Económicos Integrados’, ‘Os Efeitos da Emigração em Grande Escala nos Países de Origem’ ou ‘Envelhecimento e a Migração’. O director-geral da Organização Internacional para as Migrações, William Swing, o ex-comissário europeu António Vitorino e o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, são alguns dos oradores deste encontro, que também

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inclui especialistas do Brasil, Alemanha, Índia, Turquia, EUA, Áustria, Holanda, Reino Unido, Nova Zelândia, Jamaica, México, Filipinas, Japão, Quénia, Canadá, Itália e China, além de responsáveis sectoriais da ONU e da UE. Nesta primeira reunião num arquipélago, os Açores, os participantes terão oportunidade de aprender em primeira-mão, sobre a migração, da perspectiva do país de origem. Nas 15 conferências anteriores, o enfoque foi para a na gestão da migração e da diversidade populacional, principalmente da perspectiva das sociedades destino. Como convidados dos Açores, temos uma fantástica oportunidade de aprender como os países de origem idealizam a emigração da sua população e os passos práticos, frequentemente notáveis, que tomam no sentido de manter uma união da sua população e das suas culturas a grandes distâncias. Vivem mais Açorianos fora dos Açores que nas ilhas e, no entanto, permanecem elos extraordinariamente fortes entre os emigrados e, entre os emigrados e a sua terra natal. A forma que os Açorianos têm de estimular e gerir estes elos servirá como ponto de partida para a análise minuciosa, por parte da conferência, sobre como as sociedades de origem vêem de forma geral, as suas populações expatriadas, mantêm o seu interesse e ligações à terra natal, e a crescente taxa de migração de regresso às referidas terras-natal que estão a passar por um rápido desenvolvimento económico e social. Também vai ser examinado o impacto da migração e diversidade sobre as sociedades de destino, analisando os objectivos demográficos por detrás das políticas de migração e a gestão dos elevados níveis de diversidade dentro das nossas cidades. Uma compreensão da migração internacional não estaria completa sem uma compreensão das perspectivas do país de origem. Esta conferência ajudará, no entender dos seus organizadores, a enriquecer o nosso conhecimento sobre a migração e os seus efeitos sobre ambas as sociedades, de destino, e de origem. Também tidos em conta serão os efeitos que os elos com o país de origem têm sobre as sociedades de destino, a busca por

uma integração pacífica e significativa para os recém-chegados, e as complicações que as modernas tecnologias de comunicação adicionam a esta história." O PROJECTO O Projecto Internacional Metropolis é um fórum criado com vista a unir pesquisa, política, e prática sobre migração e diversidade. O projecto almeja melhorar a capacidade de pesquisa académica, encorajar pesquisa sobre temas de relevância política relacionados com migração e diversidade, e facilitar a utilização dessa mesma pesquisa por parte de governos e associações não governamentais. Nos dez anos desde a sua criação, o projecto tem crescido e inclui investigadores, políticos, organizações não-governamentais e internacionais de toda a América do Norte e Europa, bem como uma presença crescente em África, na América Latina e em grande parte da região Ásia - Pacífico. SOBRE AS MIGRAÇÕES NOS AÇORES Crê-se que a emigração Açoriana data do início da colonização das ilhas, no século XV. No entanto, a emigração regular só começou dois séculos mais tarde. O primeiro grande destino da emigração Açoriana foi o Brasil, especialmente o Sul do Brasil, em 1747, com o êxodo de cerca de 6 mil pessoas. Depois, nos últimos anos do século XIX e até meados do século XX, houve um grande fluxo migratório em direcção a São Paulo e Rio de Janeiro. Cronologicamente, os Estados Unidos surgiram como o segundo grande destino na segunda metade do século XVIII. Não obstante, só se tornaram um destino preferencial a meados do século XIX. As

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Bermudas foram o terceiro grande destino da emigração Açoriana. O ano de 1849 define o início da emigração dos Açores para este arquipélago do Atlântico Norte. Se, por um lado, os que emigraram para outros países eram originários de todas as ilhas Açorianas, por outro lado, os que emigraram para as Bermudas eram principalmente originários de São Miguel. O Havai, um Estado Americano no Pacífico, foi a opção de muitos Açorianos nos últimos anos do século XIX. As condições de vida no arquipélago e a crise económica vivida nessa época, causada pelo declínio na produção da laranja e o declínio do comércio, levaram muitos Aço-rianos ao Havai, onde as condições de trabalho disponíveis eram bastante apelativas. Apesar das condições geográficas e económicas, o Havai atraiu muita gente da Ilha de São Miguel. O Canadá foi o último grande destino da emigração Açoriana. Teve início principalmente em 1953, e só foi possível através de acordos bilaterais entre Portugal e Canadá, relativamente à chegada de emigrantes ao país. Apesar de ser uma opção muito recente, o número de emigrantes Açorianos foi consideravelmente alto. Após 1998, os Açores deixaram de ser uma região de emigração para se tornarem principalmente uma região de imigração. O tremor de terra que atingiu principalmente as ilhas do Faial, Pico e S. Jorge, destruindo cerca de 1.600 casas e outras importantes infra-estruturas, marcou a chegada de Brasileiros, Cabo-Verdianos, Angolanos, Ucranianos (entre outros) ao arquipélago. Actualmente, os imigrantes residentes nos Açores representam aproximadamente 2% da população total da região.

[DEScE]

FAIAL FILMS FEST

A TEMPO E HORAS

g Mais uma edição do Faial Films Fest – Festival de cinema do

g Este tema tem aparecido aqui, em geral, quando as inconstâncias do tempo são mais certas já com o Outono à vista e de seguida o Inverno. É uma espécie de prevenção para a época das chuvas. Ora acontece que se vêem pelas ruas da cidade quer detritos, quer folhagens das árvores próximas a tapar ou obstruir parcialmente as entradas dos esgotos. Depois, quando chegam as fortes chuvadas, as artérias da baixa citadina é que sofrem as inundações que podem atingir os prédios confinantes. A tempo e horas convém, pois, limpar as entradas da rede de esgotos pluviais, para evitar problemas…

Faial – vai ter lugar na cidade da Horta, de 30 de Outubro a 6 de Novembro, desta vez aberto a longas metragens. como aliás foi noticiado, o FFF 2011 vai ter uma forte presença de uma delegação do Brasil ao nível do Ministério da cultura daquele país. Isto quer dizer que esta iniciativa do cineclube da Horta continua em alta e constituirá mais um sucesso no âmbito dos Açores e até do nosso país. E na linha do que aqui temos escrito em anos anteriores, é de elogiar de novo a actividade do cineclube a bem da cultura e arte nesta terra.


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Universidade Sénior Segundo informação que nos foi enviada pelo Conselho de Gestão da Universidade Sénior da Ilha do Faial, as inscrições para a frequência das aulas a ministrar naquela instituição no próximo ano lectivo de 2011-2012 devem ser feitas de 12 a 16 do corrente mês de Setembro, na Sociedade “Amor da Pátria”, das 13.00 às 15.00 horas. g

entrega de prémios e abertura da exposição do concurso porto pimtado g Foi comemorado no dia 2 de Setembro o Dia da Fábrica da Baleia de Porto Pim. As comemorações integraram a cerimónia de entrega de prémios e a Inauguração da exposição da 3ª edição do concurso multi-artes Porto Pimtado. A entrega dos prémios do concurso Porto PinTADO foi propositadamente calendarizada para o “Dia da Fábrica”, uma forma de assinalar os 69 anos sobre o início da laboração naquele complexo industrial. Construída em 1941/42, a antiga Fábrica da Baleia de Porto Pim, que durante três décadas de laboração processou 1.940 cachalotes que produziram 44.000 bidões de óleo, mantém-se como um dos melhores exemplares da extinta indústria baleeira açoriana, sendo essencial para a compreensão histórica, económica e social dessa actividade. Esta antiga fábrica, que foi classificada em 1984 com Imóvel de Interesse Público, serve de sede ao Observatório do Mar dos Açores desde 2004 e é anualmente visitada por cerca de 7.000 pessoas. Os prémios do concurso multi-artes Porto PimTADO, atribuídos pelo Observatório do Mar dos Açores com a colaboração do Governo, são um contributo para “valorizar a magnífica paisagem do complexo ambiental” que inclui a Praia de Porto Pim, o Monte da Guia e o Monte Queimado. A opinião é do Director Regional dos Assuntos do Mar, Frederico Cardigos, que esteve presente na cerimónia de entrega dos prémios. Considerou o governante também que este concurso “é um interessante sucedâneo da Bienal de Artes do Faial, dos Encontros de Porto Pim e outras actividades de enorme riqueza cultural que tiveram lugar neste espaço”, adiantando que, “aqui, nesta Paisagem Protegida, há uma sensação de permanente revolução benigna e com um extraordinário bom gosto”. Esta iniciativa que teve como objectivo principal sensibilizar a população do

Faial bem como os seus visitantes para a criação artística tendo como fonte de inspiração a zona da Baía de Porto Pim, contou com a participação de 27 concorrentes e um total de 52 trabalhos a concurso, distribuídos pelas quatro categorias – Pintura, Fotografia, Poesia e Arte Livre. Incluída no Parque Natural do Faial, a Paisagem Protegida do Monte da Guia agrega um conjunto de valores ambientais extraordinariamente importantes, incluindo um património geológico relevante, a presença de algumas espécies endémicas dos Açores, habitats classificados como prioritários por legislação comunitária e uma paisagem subaquática extraordinária. Uma das características que mais demarca a Paisagem Protegida do Monte da Guia é a especial compatibilização do espaço com o uso humano. Para além de uma zona balnear classificada com a Bandeira Azul da ABAE e a Bandeira de Ouro da Quercus, há neste espaço diversas estruturas para a interpretação ambiental, a extensão cultural e o lazer, como sejam a Casa dos Guardas, o Miradouro dos Dabney, duas estruturas em construção e adaptação (Casa dos Dabney e Aquário Virtual) e a antiga Fábrica da Baleia, propriedade da Região e actualmente sob a gestão do Observatório do Mar dos Açores. A noite terminou com um concerto da banda faialense “The Velmans”.

LISTA DE PREMIADOS PINTURA 1º Prémio – “Homenagem ao PeixePorco”, Iréne Kohoutec 2º Prémio – “A. de Porto Pim”, Ana Blume 3º Prémio – “Porto Pim Sanguinário”, Tomás Silva

FOTOGRAFIA 1º Prémio – “Modelagem Eólica”, António câmara 2º Prémio – “Baywatch”, Joachim Rost 3º Prémio – “Lazer”, Vítor Azevedo POESIA 1º Prémio – “Ferve Pim”, M. Machete 2º Prémio – “A pata da Tartaruga”, catarina Krug 3º Prémio – “Vintage”, Fernando Nunes ARTE LIvRE 1º Prémio – “Pico visto de Porto Pim ao Pôr do Sol”, Patricia Smith 2º Prémio – “Os Picos das Ondas”, Petra Bartensschlager Menção Honrosa – “Apoio de Praia”, Pedro Gaspar PRéMIO ECO-PIM – MIGUEL MACHETE, “FERvE PIM” – POESIA Prémio Fazendo – Vítor Azevedo, “Lazer” – Fotografia Prémio Mulher de Porto Pim - Iréne Kohoutec, “Homenagem ao PeixePorco” - Pintura

desmoronamento de terras atinge pescador na costa norte do Faial g Um homem que se encontrava a pescar na costa Norte do Faial foi, esta terça-feira, resgatado por uma embarcação do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), três horas depois de ter ficado parcialmente soterrado por um desmoronamento de terras. De acordo com informações do ISN, o homem, de 44 anos, residente na fre-

guesia dos Cedros, estava a pescar com um colega na zona do Norte Pequeno quando foi surpreendido pela queda de terra e rochas, numa zona de escarpas altas, acabando por ficar ferido na cabeça e com uma perna partida. Por causa da dificuldade de acesso ao local, o homem teve de ser retirado pelo mar, numa operação que se revelou bas-

tante demorada. A vítima foi retirada do local apenas três horas depois do acidente. A operação de resgate envolveu, além do ISN, elementos dos Bombeiros Voluntários Faialenses e da Polícia Marítima. O homem, depois de retirado do local, foi transportado para o Hospital da Horta.

[aconteceu] AEROPORTO DA HORTA g De acordo com os elementos estatísticos registados pela ANA- Aeroportos de Portugal, de 01 de Janeiro a 31 de Agosto findo (oito meses), o Aeroporto da Horta teve um movimento de passageiros superior em 2,4% ao que foi obtido em igual período de 2010. De notar que no mesmo período o número de movimentos de aviões foi inferior em 2,3% ao do ano passado nos mesmos oito meses, o que indica que as aeronaves tiveram uma melhor ocupação. ONDA SURPREENDE FATIDICAMENTE MULHER DE 63 ANOS g Uma mulher de 63 anos morreu na passada sexta-feira por afogamento, ao ser surpreendida por uma vaga de mar alteroso quando tomava banho numa poça do Lajido do Pico. O seu corpo foi resgatado pelos bombeiros ao fim do mesmo dia. O Lajido do Pico é uma zona de adegas tradicionais da ilha do Pico, sendo pouco frequentes os acidentes com banhistas. ROTARy DA HORTA ENTREGA EqUIPAMENTO DE FOTOTERAPIA à PEDIATRIA DA HORTA g O Rotary club da Horta entregou aos Serviços de Pediatria do Hospital da Horta um equipamento de fototerapia para tratamento do excesso de bilirrubina neonatal. A entrega foi efectuada pelo presidente carlos Manuel Goulart O equipamento tem o nome de Billibed e é uma patente Suíça e a sua necessidade foi manifestada ao Rotary club da Horta em Janeiro de 2011. Desde essa altura, os vinte e cinco associados deste club de serviços à comunidade decidiram prestar a sua colaboração. Desde essa data que todas as iniciativas de angariação de fundos foram direccionadas para a compra da Billibed que teve um custo global de três mil euros. 4 DETIDOS NO CAPELO g Na freguesia do capelo, foi detectado e interceptado, um homem de 26 anos de idade, natural e residente do Faial, pela prática do crime de falta de habilitação legal para a condução de veículos a motor. Na sequência do facto descrito e por ser do conhecimento da Polícia que o detido tem conotação com a prática de tráfico de substâncias estupefacientes, foram realizadas diligências adicionais, culminando estas na detecção e apreensão de 2 bastões em madeira; de 1 telemóvel; da quantia monetária de 100€ em notas do Banco central Europeu; do próprio veículo utilizado; de 2045 doses de produto estupefaciente vulgarmente conhecido por “Liamba” e na detenção de outros três indivíduos, sendo dois do sexo masculino e uma mulher pela prática do crime de tráfico de estupefacientes. Os detidos, foram presentes a Tribunal para aplicação das correspondentes medidas de coacção.

[vai acontecer] 2ª EDIÇãO DO MESTRADO EM MATEMÁTICA PARA PROFESSORES g Está aberta, até 15 de Setembro, a 2ª fase de candidaturas à 2ª Edição do Mestrado em Matemática para Professores 2011/2012. O mestrado é dirigido a Professores de Matemática do 3º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. O programa de estudos visa uma formação sólida e contínua na área da Matemática, fundamental para o ensino desta disciplina. A introdução generalizada de computadores nas salas de aula torna necessário fazer chegar aos professores formação, quer no domínio do uso dos recursos tecnológicos, quer na utilização de software específico no âmbito da Matemática. A novidade desta edição é que será ministrado também em regime blended-learning. A 2ª fase de candidatura para 2011/2012 decorrerá de 1 a 15 de Setembro de 2011. As candidaturas são submetidas online na página Web http://sites.uac.pt/ mmatp, onde ainda poderão ser obtidas mais informações. TURISMO E MAR EM DEBATE NAS LAJES DO PICO g O Governo dos Açores, em conjunto com outros parceiros, vai organizar, no próximo mês de Outubro, nas Lajes do Pico, a I conferência de Turismo e Mar, um evento da responsabilidade da Secretaria Regional da Economia que irá reunir, durante quatro dias, um vasto leque de especialistas regionais, nacionais e internacionais, com o objectivo de analisar e potenciar as capacidades emergentes do Turismo e do Mar da região. Entre os objectivos desta iniciativa destacam-se a criação de sinergias entre as diversas áreas e sectores relacionados com os assuntos do Mar e do Turismo, a concretização de uma abordagem global dos eixos temáticos numa visão abrangente do Turismo e do Mar, passando pela ciência, a história, o desporto e lazer, observação da vida marinha, náutica de recreio, assim como a interacção e a troca de conhecimentos e experiências entre os diversos agentes locais relacionados com as temáticas do Turismo e do Mar. Do vasto painel de conferencistas, onde pontificam especialistas regionais, nacionais e internacionais, nas diversas áreas em abordagem, destacam-se os nomes de James Kelley, expedition leader da Lindblad / National Geographic Adventurer, Medeiros Ferreira, Ricardo Serrão Santos, do departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, e Brodie carr, da ASP – Association of Surfing Professionals, entre outros.


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notíCias

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exposição sobre baleação até 30 de setembro no Faial 21 navios de cruzeiro até final De 2011

DR

g Até 30 de Setembro, está patente ao público na Sala Polivalente da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, na Horta, uma Exposição sobre Baleação, da responsabilidade do Museu Baleeiro de New Bedford, de Massachusetts, Estados Unidos da América. A mostra, que pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9:30 às 12:30 e das 14:30 às 16:30 horas, resulta da cooperação estabelecida entre a Presidência do Governo Regional dos Açores/Direcção Regional da Cultura e o Museu Baleeiro de New Bedford, uma instituição que se dedica ao estudo da interacção entre os humanos e as baleias nas suas diversas vertentes. Esta exposição, que já esteve patente ao público na ilha do Pico,

pretende dar a conhecer a história da baleação na América e nos Açores, realçando e correlacionando os seus aspectos económicos, sociais e culturais mais marcantes, como sejam as actividades baleeiras de subsistência e comercial, as inovações americanas introduzidas na baleação nos Açores,

o papel desempenhado pela Família Dabney ou o legado açoriano em New Bedford. Distribuídos por quinze painéis, os textos informativos desta exposição encontram-se em língua inglesa, sendo também disponibilizados em tradução portuguesa ao visitante.

nos açores

g Os portos dos Açores vão receber até final deste ano 21 navios de cruzeiro, que devem trazer ao arquipélago cerca de 34 mil turistas, confirmando 2011 como um ano com valores históricos ao nível de escalas e passageiros. Os dados divulgados pela empresa Portos dos Açores indicam que os meses mais movimentados serão Outubro, com 14 escalas, e Novembro, altura em que são esperadas 10 escalas de navios de cruzeiro no arquipélago. Esta situação resulta da época de reposicionamento dos navios que fizeram a temporada de Verão na Europa e agora se dirigem para o continente americano, onde vão cumprir a temporada de cruzeiros nas Caraíbas. Até ao final de Dezembro, Ponta

Delgada (São Miguel) será o porto açoriano mais visitado pelos navios de cruzeiro, com 21 escalas previstas, seguindo-se a Praia da Vitória (Terceira), com três, e Horta (Faial) e Madalena (Pico) com duas escalas cada. Nos primeiros seis meses deste ano, o arquipélago atingiu números históricos ao nível do turismo de cruzeiros, tendo recebido 56 mil turistas nas 64 escalas registadas nos portos da região. DR

ano leCtivo De 2011/2012 g A Universidade dos Açores, nos pólos de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, vai apresentar aos alunos que queiram concorrer ao ensino superior mais 20 vagas que no ano lectivo passado. Ao todo são 583 vagas contra as 563 do ano passado, mais 20 vagas para o curso de "Património Cultural" que, em 2010/2011, não registou qualquer número de vagas.

583 vagas na Universidade dos açores De acordo com dados da DirecçãoGeral do Ensino Superior, foram cinco os cursos que obtiveram um aumento de vagas, enquanto apenas uma licenciatura (Relações Públicas e Comunicação) vai apresentar menos cinco lugares à disposição dos alunos.

A licenciatura de Gestão vai ter mais dez vagas, enquanto Sociologia e Educação Básica registam mais cinco lugares cada. Quem quiser concorrer para o curso de Psicologia tem mais três lugares à disposição do que no ano passado,

enquanto a licenciatura de Comunicação Social e Cultura vai apresentar mais duas vagas. Em termos nacionais, a DirecçãoGeral do Ensino Superior contabiliza mais de 54 mil vagas disponíveis no ensino superior público para este ano.

O que representa apenas mais 82 vagas que no ano lectivo anterior. No total, as 54.068 vagas estão distribuídas por 1.181 cursos, 176 dos quais irão funcionar em regime póslaboral e dez em regime de ensino à distância.

ps quer rápida alteração ao sider ajuda extraordinária de 1,8 milhões para a agricultura nos açores

g O Grupo Parlamentar do PS/Açores anunciou, esta semana que pretende que a alteração ao Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento Regional dos Açores (SIDER) entre em vigor o mais rapidamente possível, para permitir que as empresas açorianas possam alavancar os seus investimentos. Para isso, a bancada parlamentar socialista está disposta a alterar o diploma recentemente aprovado no Parlamento, de modo a que sejam reti-

radas as matérias que levantaram dúvidas no veto do Representante da República, afirmou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Francisco César. “O Grupo Parlamentar do PS/Açores compromete-se, assim que for regimentalmente possível, a levar o Sistema de Incentivos à Assembleia e a corrigi-lo de tudo o que possa criar alguma dúvida da parte do Representante da República, porque o que interessa é que

o corpo do sistema de incentivos entre em vigor para que as empresas possam, rapidamente, alavancar os seus investimentos”, explicou o deputado do PS/Açores. O SIDER foi aprovado na Assembleia Legislativa e sofreu um veto do Representante da República relativo a uma matéria que não diz respeito, directamente, ao próprio funcionamento dos incentivos, mas sim a possíveis de adaptações posteriores.

candidaturas ao prosa disponíveis no portal do emprego on-line g Está disponível até dia 30 de Setembro no endereço electrónico http://portaldoemprego.azores.gov.pt, o novo sistema de candidaturas on-line ao Programa Social de Ocupação de Adultos (PROSA), substituindo, desta forma, integralmente o anterior formato de candidaturas em suporte papel. O PROSA, enquanto actividade ocupacional, tem assumido um papel importante na minimização dos efeitos negativos decorrentes da frágil empregabilidade dos recursos humanos menos qualificados.

Neste sentido as actuais exigências ao nível das respostas de promoção da empregabilidade exigem processos tendencialmente mais eficazes, e simultaneamente simples e abrangentes que permitam agilizar todos os actos conducentes à aplicação das diversas medidas, como é o caso do programa PROSA. Podem candidatar-se ao PROSA as Instituições Particulares de Solidariedade Social e as santas casas de Misericórdia, bem como os serviços públicos dependentes da Administração Pública central, regional e local, em

projectos de actividade que satisfaçam necessidades colectivas, cuja duração inicial pode durar até 12 meses, passíveis de prorrogação por mais seis meses, desde que fundamentada. Os desempregados ocupados beneficiam de um subsídio mensal de valor igual ao salário mínimo regional, que é mais elevado na Região. Para mais esclarecimentos deverão ser utilizados os meios de contacto indicados no referido endereço electrónico. O PROSA é co-financiado pelo Fundo Social Europeu – PROEMPREGO.

g O Governo Regional dos Açores aprovou uma ajuda de 1,8 milhões de euros. Esta medida é uma tentativa de minimizar os prejuízos nas produções agro-pecuárias e agro-alimentares provocados pela seca sentida no arquipélago. O apoio financeiro suplementar visa suportar, de forma parcial, os encargos com a importação de alimentos para os efectivos pecuários, minimizando o impacto das "severas condições climáticas" na economia regional, diz o comunicado

final da reunião do Conselho de Governo. A redução das chuvas, nos últimos seis meses, provocou uma quebra na produção de forragem para os animais, e teve implicações negativas ao nível das fileiras económicas do leite e da carne. Por outro lado, o executivo açoriano destinou 1,2 milhões de euros para a aquisição de um "contingente adicional de cereais" destinado a satisfazer as necessidades de consumo da indústria regional.


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terrenos para a requalificação das termas do Varadouro são de utilidade pública DR

Maria José Silva g O Governo Regional aprovou em reunião de Conselho de Governo da passada semana uma proposta de resolução que declara a utilidade pública da expropriação das parcelas de terreno necessárias à requalificação e reactivação das Termas do Varadouro, na ilha do Faial. De acordo com o comunicado do governo “a disponibilidade dos terrenos causa é imprescindível, não apenas para o projecto de renovação daquela infra-estrutura turística, mas também para implementação dos perímetros de protecção das nascentes de águas termais existentes nessa zona.” Recorde-se que em pleno mês de Agosto o secretário regional da

Economia esteve no Faial para visitar as Termas do Varadouro, e inteirar-se do andamento do processo de aquisição dos terrenos na área circundante, que está a ser desencadeado pelo

Executivo. Vasco Cordeiro referiu na altura, conforme Tribuna das Ilhas noticiou que “o Governo investiu já 450 mil euros no processo de aquisição dos

terrenos. Neste momento, faltam adquirir nove prédios, que no entanto correspondem apenas a menos de 10% da totalidade do terreno”. Entretanto, o PSD Açores, através dos deputados faialenses Jorge Costa Pereira e Luis Garcia exigiram a apresentação de prazos para a execução da obra de recuperação das termas do Varadouro, no Faial, alegando que “basta de incumprimentos”. Em requerimento enviado à Assembleia Legislativa dos Açores, os deputados social-democratas salientaram que “já são muitas as promessas e os calendários assumidos pelo governo” para a recuperação das termas, dado que o executivo prometeu, em 2005, que obra seria concretizada na legislatura anterior (20042008).

“Considerando que mais uma legislatura se aproxima do fim e nada de significativo acontece no andamento deste investimento, importa clarificar, com verdade, qual o calendário para a sua execução, bem como quantas fases comportará”, afirmaram. Os parlamentares do PSD/Açores pretendem também que o executivo explique se, com a expropriação de terrenos anunciada sexta-feira em conselho do governo, “ficam ou não adquiridos todos os terrenos necessários à requalificação das termas do Varadouro”. Costa Pereira e Luís Garcia tencionam ainda que o governo regional revele se está disponível para assumir directamente a obra caso os privados alegadamente interessados no projecto desistam.

13 concorrentes para a obra de requalificação da escola básica 1,2 antónio José de Ávila g Foram abertas terça-feira as propostas apresentadas a concurso público Nº1/2011 – SREF/DREF, para a requalificação do Complexo Escolar da Escola Básica 1,2 António José de Ávila, na Horta. A esta empreitada concorreram 6 consórcios e 7 empresas, com propostas cujos valores oscilam entre os 7 milhões e 200 mil euros e os 8 milhões 787 mil 613 euros e 2 cêntimos. Entregaram propostas a empresa AFA – AFA Açores Engenharia e Construções SA, a Habitâmega Construções SA, a STAL Grupo Açorpar, o consórcio Marques SA /

Tecnovia Açores SA / Somague Ediçor Engenharia SA, o consórcio FDO Construções SA / Cruz Leal LDA, o consórcio EDIFER Construções Pires Coelho e Fernandes SA, o consórcio Way2B – ACE, a Conduril Engenharia SA, a Teixeira Duarte Engenharia e Construções SA, a Sanjose Construtora Centro de Produção Lisboa, o consórcio Ramos Catarino SA Engenharia e Construção / Nascimento Neves & Filho LDA, ainda o consórcio Seth Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos SA / Construções Meneses e

McFadden LDA, e a empresa MotaEngil Engenharia. A intervenção de requalificação da Escola Básica 1,2 António José de Ávila inclui a construção dos blocos de Apoio Geral e Conservatório, dos bloco do 1º Ciclo e do 2º Ciclo e a remodelação do Bloco para Direcção e Administrativos. Depois da abertura de propostas, segue-se o período de avaliação das mesmas, para posterior elaboração de relatório preliminar com proposta de adjudicação. O preço base estipulado no concurso era de 9 milhões de euros.

acções de prevenção e discriminação das pessoas com deficiência no Faial g A Direcção Regional da Solidariedade e Segurança Social, através da Divisão de Promoção para a Igualdade de Oportunidades, em parceria com o Instituto Nacional de Reabilitação, I.P. (INR), promove até ao dia 15 deste mês, acções de formação/sensibilização, no âmbito da prevenção e combate à discriminação das pessoas com deficiência e promoção da igualdade de oportunidades. As iniciativas destinam-se a profissionais, familiares e pessoas com deficiência, nas ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial. "Aplicação e Implementação da CIF", "Acessibilidade ao Património Histórico Edificado" e "Direitos da Acessibilidade: Conhecer para Defender" serão as temáticas abordadas nas acções. Esta iniciativa enquadra-se ao abrigo do protocolo celebrado com o INR, I.P., considerando a missão de ambos os organismos de garantir a execução das políticas públicas no âmbito da promoção dos direitos das pessoas com deficiência.


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Cultura

Tribuna das Ilhas CineMa no teatro faialense

nos flaMengos

Festa de nossa senhora da luz anima Vale

a Árvore da Vida DR

g A freguesia dos Flamengos está este fim-de-semana em festa, com a celebração de Nossa Senhora da Luz, padroeira da localidade. Hoje, dia 9 de Setembro, destaque para o Festival de Folclore, a partir das 21h00, com as actuações dos grupos de Pedro Miguel, Salão e Flamengos, com todos eles a reservarem parte do seu tempo para as tradicionais chamarritas. A noite prossegue com baile animado pela Turma do Rodeio, a partir das 00h00. Amanhã, sábado, actua o grupo de cantares Sons do Vale, a partir das 21h00, seguindo-se a Nova Artista Flamenguense. Às 23h15 sobe ao palco a JC BAnd, seguindo-se baile, novamente com a Turma do Rodeio. No domingo, o arraial arranca às 20h00, com a actuação da Filarmónica Euterpe, de Castelo Branco, seguida da Orquestra Juvenil da Nova Artista Flamenguense. A partir das 22h00 actua o grupo de dança Conexão Hip Hop, do Ginásio Verde-Mar, seguindo-se o grupo “da casa”, “Vale 4”. A finalizar esta edição da Festa de Nossa Senhora da Luz estará o espectáculo Estrelas do Vale. No domingo, o destaque vai também para o programa religioso, com a Eucaristia Solene no Centro de Culto a partir das 17h00, seguida de procissão, que percorrerá as ruas da freguesia até à Rua Nova Artista Flamenguense. Esta missa será também o momento de despedida do Padre Raimundo Bulcão, que será sucedido pelo Padre Marco Luciano.

(Dias 9 e 10; 21h30; >16) g Terrence Malick um realizador no mínimo invulgar. Com uma carreira de cerca de 40 anos, realizou apenas oito filmes, dos quais apenas cinco são longas-metragens. Uma curta-metragem ao estilo western quando tinha apenas 26 anos marca a sua estreia atrás da câmara. Mais tarde rodou Dias do Paraíso, um drama estrelado por Richard Gere que lhe valeu um Óscar de melhor cinematografia. Em 1998 realiza o filme de guerra A Barreira Invisível, com Sean Penn, que contou com sete nomeações aos Óscares. Em 2005 revisita Pocahontas, da Disney, ao realizar O Novo Mundo, estrelado por Colin Farrell, com o qual foi novamente nomeado para o Óscar de melhor cinematografia, o seu grande ponto forte enquanto realizador. Em 2011

traz-nos este A Árvore da Vida, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, e estrelado por Brad Pitt e Sean Penn. A Árvore da Vida acompanha a existência de Jack (Sean Penn) desde o seu nascimento, nos anos 50, até à idade adulta, da perda da inocência ao cinismo de um homem maduro que é parte da civilização pós-moderna. Jack, o mais velho de três irmãos, cresce dividido entre duas visões divergentes da realidade: o autoritarismo de um pai, ambicioso e descrente (Brad Pitt), com quem vive em perpétuo conflito, e a generosidade e candura de uma mãe (Jessica Chastain), que lhe dá conforto e segurança. Neste drama Malick reflecte sobre a origem do universo e de como a tragédia da vida de um ser humano pode ser tão diminuta quando vista a uma escala global. DR

na MaDalena Do piCo

sociedade Filarmónica União Faialense vence concurso Filarmonia g Três bandas apresentaram-se sábado no II Concurso de Bandas organizado pelo programa da Antena 1 Açores Filarmonia. O público do Pico pode assistir à actuação da Sociedade Filarmónica Recreio dos Pastores de S. João do Pico, da Sociedade Filarmónica União Faialense e da Banda Lealdade de Vila Franca do Campo, da ilha de S. Miguel. Terminado o II Concurso de Bandas Filarmónicas "FILARMONIA", a Sociedade Filarmónica União Faialense arrecadou o 1.º lugar, sagrando-se assim a vencedora da II Categoria. Em 2.º lugar ficou a SF Recreio dos Pastores de São João Pico e em 3.º lugar a SF União Artista de São Roque do Pico. Na I Categoria concorreram 2 Filarmónicas, tendo ficado em 1.º lugar com 60,8% a Banda Lealdade de Vila Franca do Campo e em 2.º lugar com 57,7% a SF Lira Madalense. A associação musical Sociedade Filarmónica "União Faialense" (SFUF) foi fundada a 17 de Maio de 1897, na freguesia de Angústias, de acordo com os seus Estatutos, datados de 1934/35, graças ao entusiasmo do Pároco da freguesia, Roque de Morais e de outros angustienses, tais como Tomé Rodrigues, Luís Rodrigues, Luís Goulart, Tomé Silveira Rodrigues, João Caetano da Rocha, Manuel Saul

Teixeira e Manuel Pimentel do Amaral. É uma Instituição de Utilidade Pública (D/PG/96/10 - Jornal Oficial II Série, n.º 21 de 21-05-1996). Está inscrita como Centro de Cultura e Desporto n.º 3.838 do INATEL e é sócia fundadora da Federação de Bandas/Filarmónicas das Ilhas do Ocidente, actual Federação de Bandas Filarmónicas dos Açores. É uma Instituição que tem assegurado uma importante actividade musical que lhe tem possibilitado contribuir para manter a execução da música amadora nas festas religiosas e populares do Faial, bem como das ilhas do Pico, Terceira, São Jorge, Graciosa e Flores, onde tem actuado com agrado dos habitantes dessas ilhas. Também se tem deslocado para fora dos Açores, umas vezes por iniciativa própria e outras a convite de Instituições Governamentais ou da diáspora, tendo participado nas Festas do Espírito Santo que têm tido lugar no Continente e em Fall River-EUA, levadas a cabo por iniciativas da diáspora, por vezes apoiadas por Departamentos do Governo Regional dos Açores. Deslocou-se ainda ao Reino de Espanha onde actuou em Xinzo de Limia na província de Ourense Comunidade Autónoma de Galiza. Tem realizado intercâmbios com Bandas Filarmónicas do Continente

Português, levando às festas e romarias continentais, o sabor, a alegria e o conhecimento da música açoriana. Tem mantido um elenco muito jovem de executantes e mantém uma Escola de Música que em número e em qualidade, tem assegurado a continuidade da Banda. A 14 de Setembro de 1993, grava uma cassete com 12 temas e a 17 de Maio de 1994 edita o livro "Sociedade Filarmónica União Faialense, Subsídios para a sua História" da autoria do Dr. Carlos Manuel Gomes Lobão. Do seu repertório, para além de trechos de autores clássicos, constam vários números de música regional, alguns dos quais da autoria do seu Maestro, Professor José Maria Dutra da Silva, o que vem contribuindo para manter a divulgação da nossa música regional, em qualquer lugar onde actua. Com alguma regularidade, tem sido convidada pelo Governo Regional e Autarquia para participar em cerimónias públicas que se realizam no Faial. A sua Sede Social sita à rua Capelo e Ivens, foi cedida pelo Governo Regional dos Açores, sendo uma antiga escola que ao longo dos anos sofreu algumas obras de beneficiação e remodelação que muito têm contribuído para a realização de toda a actividade da banda.

BRAD PITT O actor é uma das referências do filme na área da interpretação

no faial

adriana Ferreira e isolda crespi rubio apresentam recital g Adriana Ferreira e Isolda Crespi Rubio, que muito recentemente apresentaram, em Guimarães, o seu primeiro CD, regressam agora aos Açores, a convite da Temporada de Música 2011. O recital terá lugar no dia 11 de Setembro no Teatro Faialense, às 21h30. As obras em programa vão desde o século XVIII, com o compositor alemão Georg Philipp Telemann, ao século XX com a obra «The Panic Flirt», do compositor português Alexandre Delgado. Adriana Ferreira venceu, em 2009, o Prémio Jovens Músicos (nível médio) e o 1.º Prémio do XI Concurso de Interpretação do Estoril. Prossegue os seus estudos no Conservatório Nacional Superior de Música e de Dança de Paris como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Aos dezanove anos de idade, foi a vencedora do Concurso Internacional de Flauta «Carl Nielsen», na

Dinamarca (2010), que é considerado o mais importante concurso de flauta transversal ao nível mundial. Apresenta-se regularmente em concerto com a pianista espanhola Isolda Crespi Rubio, com quem gravou para a editora Numérica. Isolda Crespi Rubio, nasceu em Barcelona e licenciou-se no Royal College of Music, em Londres, onde obteve o 1.º Prémio no Concurso de Música Contemporânea para Piano. Actualmente é professora de piano e pianista acompanhadora da Escola Profissional Artística do Vale do Ave (ARTAVE).


Tribuna das Ilhas Sérgio Paixão

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arece mentira mas já foi há dez anos. É verdade, o ataque às torres gémeas de Nova Iorque foi em Setembro de 2001. Lembro-me de estar a ver na televisão e pensar que era um “trailer” do último filme do Steven Spielberg ou do George Lucas. Mas não. Aquilo era mesmo a sério. Eram aviões de verdade a enfiarem-se dentro de arranha-céus. E depois os arranha-céus a desabarem por ali abaixo. São imagens trágicas que marcaram o princípio do século XXI e vão ficar para sempre na memória da humanidade. Mas o que também vai perdurar é a falta de explicações oficiais credíveis para o que realmente se passou. Porque há muita coisa por explicar. Fosse quem fosse que fez aquelas barbaridades, naquele dia 11 de Setembro, deixou muitas dúvidas por esclarecer, muitas interrogações por responder e muitos factos por provar. Aqueles atentados do 11 de Setembro têm muitas pontas soltas que nos deixam perplexos, não só por serem tão evidentes, mas acima de tudo por nos fazerem crer que eles são da autoria de uma organização terrorista que, fria e calmamente, os idealizou, os preparou, e os executou nas barbas das musculadas autoridades norte-americanas tão cheias de CIAs, FBIs, CSIs, NSAs, USAFs, NORADs, FAAs, NASAs, e outras siglas (fardadas ou à paisana). Mas vamos aos acontecimentos. COMECEMOS PELAS TORRES GéMEAS. A VERSÃO OFICIAL para a queda das torres do World Trade Center (WTC) tem uma única explicação: “o combustível dos aviões ao arder derreteu os pilares e as vigas de aço da estrutura dos edifícios”. Note-se que cada torre - de 110 andares – tinha, em toda a sua altura, 236 pilares de aço na periferia e 44 pilares no “miolo” (ver FOTO 1). A ligar estes pilares havia milhares de vigas de aço na horizontal formando, portanto, uma imensa “gaiola metálica”. Era muito aço para amolecer ou derreter só com o calor desenvolvido pela combustão da gasolina. Eram 200.000 toneladas de aço em cada torre! Mas há aqui um dado importantíssimo. Se repararmos bem na FOTO 2, a imensa bola de fogo que se vê não é mais que o combustível do avião a arder! O avião entrou pela torre, num ângulo oblíquo, saindo imediatamente pela fachada ao lado. Portanto, todo o combustí-

FOTO 1 - Torre 1 em construção. Distribuição dos pilares internos e externos

efeMériDe

parece mentira! FOTO 2 - Torre Sul ; combustível a arder no exterior

vel ardeu fora do prédio e não no seu interior… Sendo assim… De onde veio então o combustível para derreter o aço dos pilares e das vigas? Mais: Se esta torre teve tão pouco combustível para arder no seu interior porque razão caiu primeiro que a sua irmã gémea atingida uma hora antes? Enquanto as torres se mantiveram de pé nunca se viram chamas intensas nas fachadas. Quer isto dizer que só o “miolo” dos edifícios teria sido afectado pelo calor. Lá, onde estavam os pilares que tinham na base uma secção de aproximadamente 1 metro quadrado cada um (FOTO 3).

FOTO 3 -

Pilares de aço a serem retirados do Ground Zero

Mas o facto mais importante destas inconsistências é que, técnica e cientificamente, isto é impossível acontecer: A temperatura de combustão da gasolina dos aviões não era suficiente para fundir ou amolecer o aço. E depois as torres caíram. Na vertical. Em queda livre. Como é possível um prédio com mais de 400 metros de altura cair em 10 segundos? Se os pisos tivessem caído uns sobre os outros, um a um, sucessivamente, levaria MUITO mais de 10 segundos a “empilhar” 110 andares até ao rés-do-chão. Nas fotografias tiradas durante o desabamento vêem-se pedaços dos pilares laterais a voar. Eles voam impelidos por que forças? . E porquê tanto pó? Se o aço tivesse cedido com o calor, os pisos, feitos de placas de betão armado, teriam “poisado” uns sobre os outros sem se pulverizarem. Este tipo de colapso, em queda livre e com emissão de enormes e densas nuvens de pó branco, é característico das explosões controladas!!! O EDIFíCIO NÚMERO 7 As duas torres desabando da maneira que se viu, em queda livre e na vertical, nunca poderiam causar danos na estrutura de um outro prédio, noutro quarteirão, a mais de cem metros de distância! O WTC 7 O WTC7 - 47 andares - era um edifício governamental que albergava, entre outros, o United States Secret Service, o Department of

Defense, o Immigration and Naturalization Service, o U.S. Securities and Exchange Commission, o Internal Revenue Service Regional Council e a Central Intelligence Agency (CIA). Mas o seu 23º andar era muito especial. Neste piso do WTC7 situava-se o Gabinete de Emergência do Presidente da Câmara de Nova Iorque, Rudolph Giuliani. Era um andar altamente reforçado, com chão, tectos e janelas blindados à prova de bala e de bomba, e com o seu próprio fornecimento de electricidade, ar e água. No entanto, o presidente da Câmara logo ao princípio da manhã procurou um refúgio bem longe da área do WTC. Ora, o edifício 7, inexplicavelmente, caiu às 17H20M do dia 11. Exactamente como as torres gémeas. Queda livre. Em 6 segundos e meio! E NÃO foi atingido por nenhum avião! Não havendo avião, não havia combustível para lhe derreter as entranhas. Então porque caiu? Não se sabe. Caiu. Pronto! O próprio Relatório da Comissão de Inquérito, apresentado em 2004 (3 anos depois dos acontecimentos), no pouco que se refere à queda do WTC7 diz que este edifício se desmoronou “devido a causas desconhecidas”. CAUSAS DESCONHECIDAS? As imagens das torres 1 e 2 a caírem já passaram milhares de vezes nas televisões de todo o mundo. Digamos, até à exaustão. As imagens da queda do WTC7 nunca passam, apesar de haver registos em vídeo do seu colapso. O PENTÁGONO. Um terceiro avião – um Boeing 757, Voo 77 – supostamente atinge o edifício do Pentágono meia hora depois da 2ª torre do WTC ter sido atingida. Mas também este ataque ao coração da Defesa Norte Americana deixa muitas dúvidas. Porquê? Porque o Pentágono é um edifício baixo (34 metros de altura) e foi atingido numa das suas alas ao nível do rés-do-chão. Ora, para um Boeing 757 atingir um edifício ao nível do rés-do-chão teria de fazer um voo rasante de pelo menos 300 metros à sua máxima velocidade. Voando rente ao chão, sobre edifícios, árvores e auto-estradas, teria deixado um rasto no

FOTO 4 Bombeiros no Pentágono. Só meia hora depois do impacto os andares de cima ruíram.

solo a marcar a sua passagem. Mas pela FOTO 4, tirada já com os bombeiros no local, vemos um candeeiro de iluminação pública intacto. Como é

FOTO 5 - Simulação de um Boeing 757 a atingir o Pentágono

isto possível? Não teria mais fácil ao piloto suicida despenhar-se na vertical contra o edifício? Para quê aquela manobra complicada e arriscada para ir entrar por um rés-do-chão de um edifício de 5 andares? Por outro lado, comparando a FOTO 4 com a FOTO 5 (simulação) vê-se que é impossível um Boeing 757, com uma envergadura de 40 m, fazer só os estragos que se vêem na FOTO 4. Repare-se que há janelas sem estragos. E não há sinais de incêndio no local. Se o combustível foi “motivo suficiente” para derrubar duas torres de 110 andares em Nova Iorque, aqui parece não ter sido um grande problema para os bombeiros, dado que se vêem peças de mobiliário intactas, e as paredes interiores não estão negras do fumo… Mais. Nas fotografias que foram divulgadas logo após o ataque não se vêem quaisquer destroços do Boeing 757 em frente à secção da parede destruída. Nem pedaços da fuselagem do avião, nem motores, nem rodas, nem bagagens. Nada. Como se consegue fazer desaparecer um avião com mais de 80 toneladas por um buraco de agulha? Outra pergunta sem resposta é esta: Porque é que não há imagens vídeo do avião a embater no edifício? O Pentágono, sendo a estrutura política que é, é com certeza o edifício mais bem protegido do mundo e deverá ter centenas de câmaras de vigilância dentro e fora do seu perímetro. No entanto, nunca foi revelado qualquer vídeo do ataque. Se foi um atentado terrorista os militares tinham toda a vantagem em mostrar esse ataque infame. E O PERCURSO DO AvIãO? Dados oficiais revelam que o voo 77 saiu do aeroporto de Dulles, Washington, às 8H 20M, com destino a Los Angeles e com 58 passageiros a bordo. Meia hora depois interrompeu as comunicações e voltou para trás, para ir “despenhar-se” no Pentágono. Não há uma única explicação oficial para o facto de um avião comercial voar mais de meia hora fora de rota e sem comunicações e não ser interceptado pela Força Aérea. Como é possível um avião civil invadir o espaço aéreo do Pentágono, quando aquele espaço está só aberto a aviões militares. Para cúmulo existe uma base aérea militar a 17 quilómetros do Pentágono! O vOO 93. Um quarto avião – um Boeing 757 - “despenhou-se” na Pensilvânia às 10 horas quando supostamente se dirigia a Washington DC. É o famoso Voo 93 que deu origem a um filme, em 2006. Uma vez mais, há muitas dúvidas sobre este desastre

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aéreo. Há variados testemunhos sobre a sua queda. Há quem nunca tenha visto destroços do avião. Há quem tenha visto destroços espalhados por uma grande área. Há quem tenha visto o avião a arder em voo e depois cair a pique. Estas testemunhas defendem a teoria de que o Boeing teria sido abatido por um míssil. A versão oficial diz que os passageiros tentaram dominar os sequestradores mas não conseguiram e o aparelho acabou por se despenhar na vertical. Porém, nunca foi autorizada nenhuma investigação à “queda do avião” por qualquer comissão de inquérito especializada em acidentes aéreos. Aliás, todos os destroços dos edifícios e das aeronaves, causados pelos ataques aéreos, foram retirados dos locais o mais rapidamente possível e sem a permissão para se averiguar o que quer que fosse. Em Maio de 2002 já não havia destroços, entulhos ou escombros para investigar. Este comportamento das autoridades é absolutamente contrário às regras da investigação que, como se sabe, mandam isolar a “cena do crime” para a polícia fazer o seu trabalho de busca sem interferências externas. Mas a maior dúvida que fica nestes ataques terroristas é esta: Se realmente alguém queria martirizar o povo americano porque se pôs a destruir prédios, matando 3 milhares de pessoas, quando só no Estado de Nova Iorque há 4 centrais nucleares. Duas delas nos arredores da BIG APPLE. Aqui sim. Os “pilotos suicidas” despenhando os seus aviões naquelas centrais teriam feito centenas de milhar de vítimas. A acrescentar a estas dúvidas podemos juntar mais estas coincidências: 1. Naquele dia 11 de Setembro o sistema de defesa aérea americana – NORAD – falhou estrondosamente! Desde o primeiro impacto às 8H46M (WTC) até à suposta queda do Voo 93, na Pensilvânia, às 10H, não houve a mínima intervenção do NORAD para impedir que voos comerciais voassem fora das suas rotas habituais. Todos os aviões voaram mais de meia hora fora da sua rota, sem comunicações, para se dirigirem aos alvos a muitos quilómetros de distância. Note-se que de Janeiro a Setembro de 2001 este organismo – NORAD – detectou 67 aviões em trajectória errada e, em média, 10 minutos depois tinham a situação corrigida. Naquele dia nada funcionou… No entanto, o militar que comandava o NORAD não foi expulso da instituição. Foi promovido na semana seguinte. 2. No Pentágono trabalham aproximadamente vinte mil pessoas, mas o avião depois de fazer uma larga espiral descendente sobre o edifício foi precisamente embater numa ala que estava desocupada… para obras. No lado oposto do edifício estavam os escritórios e os gabinetes do Comando. 3. Em Julho de 2001 o milionário Larry Silverstein tinha arrendado os 7 edifícios do WTC por 99 anos! E “por acaso” até fez um Seguro con-

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tra… terrorismo!!! Depois do 11 de Setembro exigiu uma indemnização a dobrar, porque os seus advogados alegaram que houve, não um, mas dois ataques terroristas. Um a cada torre! O senhor Larry embolsou num ápice quase 7 biliões de dólares. Para um investimento inicial de 15 milhões, nada mau! 4. Marvin Bush, irmão do presidente Bush, era dono de uma empresa de segurança. Esta empresa “por acaso” tinha a seu cargo a segurança de todos os 7 edifícios do WTC e das companhias de aviação United Airlines e American Airlines a que pertenciam os aviões dos atentados do 11 de Setembro. 5. Há testemunhos de bombeiros, polícias e outros cidadãos que estavam dentro, ou perto, das torres do WTC, que se referem a explosões dentro dos edifícios imediatamente antes da sua queda, e que foram imediatamente ignorados pelas autoridades… A corroborar estes testemunhos há fotografias que mostram explosões nas fachadas durante os desmoronamentos. 6. Porque é que depois de anunciados ao mundo os autores dos sequestros – alegadamente árabes membros da Al Qaeda e mortos durante os atentados – se veio a saber que alguns deles afinal estavam bem vivos na Arábia Saudita? E porque é que os seus nomes não constavam das listas de passageiros? As autoridades nunca desmentiram nem comentaram estes lapsos nem se deram ao trabalho de actualizar as identidades dos sequestradores. 7. Talvez para desviar as atenções dos atentados do dia 11 de Setembro surgiram nos EUA, e um pouco por todo o mundo, os “ataques de antrax”. Foi mais uma coincidência. Conclusão: O 11 de Setembro foi um ataque à América perpetrado pelo Bin Laden? Foi incompetência das autoridades americanas? Ou foi um “inside job” para reforçar o orçamento da Defesa, para restringir os direitos e as liberdades dos cidadãos, para proteger o petrodolar, para aumentar os poderes do presidente e para justificar uma invasão ao mundo árabe? Estas são perguntas legítimas e que nunca tiveram respostas conclusivas. Nestes últimos dez anos confrontei alguns americanos, e luso-americanos, com estes argumentos e, de uma maneira geral, não reagiram. Não contrapuseram argumentos válidos que anulassem estes. A reacção deles foi quase sempre esta: “O presidente (Bush) disse que foram atentados terroristas e o presidente não mente!...” Acho que alguns americanos levam longe demais o seu lema “in God we trust”… Quem quiser verificar estas e muitas outras inconsistências de todos estes acontecimentos pode consultar estes vídeos: Zero, An Investigation Into 9/11 http://video.google.com/videoplay?docid=2296490368603788739 # WTC7 http://www.encyclopedia.com/vid eo/EZ9BofDUXv0-911-coincidences-719.aspx


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notíCias

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patrão neves defende alteração do posei g A Eurodeputada Patrão Neves esteve no Parlamento das Canárias para uma reunião com parlamentares, representantes do governo regional e das associações socio-profissionais, no âmbito de uma visita da delegação da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu às Canárias. Patrão Neves sublinhou que o acordo da U.E. com o

Mercosul vai prejudicar toda a agricultura europeia, sendo o prejuizo nas Rup's um ponto percentual mais grave do que a média europeia. À margem dos trabalhos, Patrão Neves chamou a atenção para alguns dados apresentados durante a reunião, nomeadamente pelo Presidente da Coordenação de Organizações de Agricultores e Produtores

das Canárias, que afirmou que o arquipélago importa 86% dos produtos agro-alimentares que consome, o que constitui uma oportunidade a explorar, por parte dos Açores. Aliás neste contexto, Patrão Neves apresentou uma proposta ao programa POSEI de dinamização do comércio entre as RUP'S para os produtos em que cada uma das regiões é deficitária.

reestruturações na orgânica regional vão poupar 1,5 milhões de euros/ano aos cofres do estado g A reestruturação que o Governo dos Açores vai operar nos serviços dependentes das secretarias regionais da Educação e Formação e do Ambiente e do Mar representará “uma diminuição directa de encargos com pessoal dirigente” na ordem dos 1,5 milhões de euros por ano. O Executivo em reunião do Conselho de Govenro, aprovou

duas propostas de decreto regulamentar regional que “reestruturam os serviços dependentes” das secretarias regionais da Educação e Formação e do Ambiente e do Mar, procedendo, por essa via, à “diminuição do número de cargos de chefia e dos respectivos encargos financeiros”. Estas alterações traduzem-se numa “diminuição directa de

encargos com pessoal dirigente” na ordem de 1,5 milhões de euros anuais. A redução do número de dirigentes será de 23,7% na Secretaria Regional da Educação e Formação e de 39% na Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, com poupanças da ordem de meio milhão de euros e de um milhão de euros, respectivamente.

Tribuna das Ilhas

aprovado regime jurídico do sistema científico e tecnológico dos açores g Foi aprovada uma proposta de diploma que estabelece o regime jurídico do Sistema Científico e Tecnológico dos Açores (SCTA) e cria o respectivo sistema de atribuição de incentivos financeiros (PROSCIENTIA). O documento, que será agora remetido para apreciação à Assembleia Legislativa, que reúne em sessão plenária a 20 de Setembro, “disciplina o quadro normativo aplicável às entidades que se dedicam à investigação científica, difusão da cultura científica e tecnológica, desenvolvimento tecnológico e inovação e promoção das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC) na Região”. Consolidar o potencial científico e tecnológico da Região, estimular a investigação em áreas relevantes para os Açores e promover a valorização económica das actividades de I&D são alguns dos objectivos genéricos deste programa. Com esta iniciativa, o Governo quer igualmente incentivar a criação de sinergias transregionais e internacionais que favoreçam o desenvolvimento da Região e a projectem no Espaço Europeu de Investigação, qualificar os recursos humanos da ciência, promover a

cultura científica e tecnológica, contribuir para a disseminação das TIC e assegurar o acesso generalizado à Sociedade do Conhecimento. Na mesma reunião, o Executivo de Carlos César aprovou também a criação do “regime jurídico que regula o acesso a recursos naturais para fins científicos, incluindo os recursos biológicos e genéticos, seus derivados e subprodutos, o ar, a água, os minerais e o solo, bem como a transferência dos recursos naturais recolhidos e/ou acedidos e a partilha justa e equitativa dos benefícios resultantes da respectiva utilização”.

clUbe naVal da Horta inFormação Estão abertas as inscrições para as aulas de natação 2011/2012 do Clube Naval da Horta. Inscrições na Secretaria do CNH durante o horário de expediente das 09H00 às 18H00. contacto: 292 200 680

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resumo de normas ambientais aplicáveis a oficinas do ramo automóvel

ÓLEOS USADOS (diploma base: decreto-lei nº 153/2003 de 11JUl) destacam-se as segUintes inFracções: 1. Descarga de óleos usados em qualquer tipo de águas e no solo - artigo 5º, alíneas a) e b) 2. Mistura de óleos de diferentes características - artigo 5º, alínea f) 3. Inadequada armazenagem e não encaminhamento adequado dos mesmos artigo 17º, nº 1 e 6º nº 2 coimas: de 250 a 3740€ (pessoas singulares); 500 a 44800€ (pessoas colectivas).

PNEUMÁTICOS (diploma base: decreto-lei nº 111/2001 de 06abr) destacam-se as segUintes inFracções: 1. Recusa, por parte dos distribuidores em aceitar pneus usados, contra a venda de pneus do mesmo tipo e nº e não remissão daqueles para os locais previstos - artigo 9º, nº 2 2. A cobrança do serviço de recepção de pneus – artigo 9º, nº 3 coimas: de 50 a 3740€ (pessoas singulares); 500 a 44891€ (pessoas colectivas).

a policia de segurança pública (bripa) ao serviço dos cidadãos e na defesa e promoção do ambiente (parte – iii)) esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à p.s.p. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt ou através dos contactos: telefone292208510 Fax - 292208511

PROGRAMA INTEGRADO DE POLICIAMENTO DE PROXIMIDADE


opinião

Tribuna das Ilhas

09 DE SETEMBRO DE 2O11

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a urgência de uma economia centrada no Homem

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Jorge Costa Pereira

. Já há anos que muitos vinham avisando para a inevitável chegada de uma anunciada crise e para o iminente colapso das finanças públicas portuguesas. Já há anos muitas vozes vinham alertando para a trajectória dos gastos do Estado central, das Regiões e das Autarquias e para o facto desse rumo ser incomportável com a realidade económicofinanceira do País. Já há anos que se percebia que a deriva despesista que assaltou governos, autarquias, empresas públicas, institutos públicos, empresas municipais e toda a panóplia de similares que se foram criando por esse País fora, iria um dia ter um mau fim! A todos os avisos a maioria dos governantes, gestores públicos e autarcas portugueses fez ouvidos moucos, persistiu em manter um

rumo inconsciente e suicida, deixou de lado as preocupações da boa gestão e do criterioso investimento e deslumbrou-se com o dinheiro fácil e a ilusão de uma prosperidade sem fim. Ignoraram de forma ostensiva os avisos de que o rumo conduziria a um final trágico. Teimaram em gastar quando deviam ter poupado. E, com o seu exemplo, contribuíram para contagiar famílias inteiras que hoje vivem afogadas na insolvência! O resultado está aí à vista: não fosse o apoio da chamada "Troyka", Portugal estava já na bancarrota e nem dinheiro para pagar os salários dos seus funcionários tinha!

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. Estamos a pagar e vamos pagar por muitos anos a inconsciência histórica de sucessivos governantes. Mas de algum modo, somos também, todos nós, cidadãos, vítimas de uma mentalidade que interiorizámos e assumimos: a ilusão de que muitas coisas boas que tínhamos, filhas do 25 de Abril e da Revolução que nos trouxe a liberdade e a democracia, estavam garantidas, eram direitos

intocáveis, justos e irreversíveis: o emprego para a vida inteira (e quase intocável depois de se estar "no quadro"), a assistência gratuita na doença, boas reformas a 20 anos do fim da idade média de vida, etc. E como coisas boas que eram, e como estavam garantidas, perdemos, muitos de nós, o brio em as apreciar e fazer delas um bom uso: muitos deixaram de ser funcionários cumpridores e zelosos, porque sendo-o ou não, o emprego era intocável e garantido. Muitos, de plena saúde e no gozo das suas totais faculdades, se reformaram da vida activa e passaram a pensionistas. Muitos usaram de forma desregrada os serviços de saúde, ignorando os seus custos. E os exemplos poderiam multiplicar-se para mostrar a ilusão em que vivíamos de que este "Estado Social" era tão bom e justo quanto inesgotável!

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. Da ilusão de que tudo estava garantido, passou-se, nos dias de hoje, ao oposto. O mesmo Estado que era o garante do cidadão, é agora o promotor e defensor da precarieda-

de, do transitório. Ao mesmo tempo, eleva-se a iniciativa privada e os empresários a substitutos de muitas daquelas que foram até agora funções do Estado. Do Estado presente e omnipresente na vida dos cidadãos, quer-se agora um Estado quase ausente, substituído pelo dinamismo da iniciativa privada.

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. Estou convencido que será no justo equilíbrio destas duas tendências que vai certamente surgir um compromisso de futuro. Porque se é verdade que o Estado tal como o conhecemos tem de mudar e não tem meios para poder continuar a assumir junto dos cidadãos o papel e as responsabilidades que até agora tinha, também é verdade que continuam sendo ainda muitas as empresas que só pensam no lucro e em usar as pessoas como meio de enriquecimento. E são tão condenáveis os empresários cheios de vícios que exploram sem escrúpulos os seus empregados, como o são os trabalhadores que imoralmente não cumprem com empenho e zelo

os seus deveres e obrigações.

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. Por isso, urge que também em Portugal, e especialmente no nosso País nesta época de grandes dificuldades, se escutem com especial atenção e se sigam os ensinamentos do Papa Bento XVI, quando, no contexto da recente Jornada Mundial da Juventude em Madrid, lançou um apelo por uma economia "centrada no homem" e não "no lucro". Segundo o Papa, "O homem deve estar no centro da economia" e a actual crise económica “confirma o que já aconteceu nas anteriores crises”, isto é, que “a dimensão ética não é uma coisa exterior aos problemas económicos, mas uma dimensão interior e fundamental”.“A economia não funciona apenas com uma autoregulação mercantil, tem necessidade de uma razão ética, para funcionar”, e esta deve-se medir pelo “bem de todos”. Que em Portugal haja a sabedoria para entender e levar à prática estas palavras! 05.09.2011

oUtlet ou let out?

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Paulo Oliveira

o passado fim de semana, realizou-se a Feira Outlet, na tenda que estava montada na Marina da Horta, desde a Semana do Mar. Assim, e para quem quis expor, e para quem quis comprar, conciliou-se a oportunidade de escoar / fazer sair produto de outras colecções, a bom preço. Outlet significa fazer sair, escoar, dar vazão a produto ainda com boas performances de moda ou utilização, a preços muito reduzidos, pouco acima ou mesmo abaixo do preço de custo... Qual o objectivo dos comerciantes? Diminuírem os seus stocks, rodarem produto, libertarem dinheiro para as novas colecções, para além de se mostrarem, de divulgarem a sua loja, o seu produto, e aproximarem-se mais dos clientes. Qual o objectivo dos clientes? Comprarem algum artigo que, na loja, a preço normal não conseguiriam comprar, para além de descobrirem alguma “pechincha” que lhes faça bem ao ego. A Feira Outlet poderia ter corrido melhor para todos, se tivesse havido mais empenho e disponibilidade de todos os intervenientes. Parece-me que muito continua por fazer, falta fazer muito trabalho de casa, a vários níveis, e da parte de todos, para que possamos ter uma Feira Outlet que consiga, por exemplo, aproximar-se do Pico Outlet, que já se realiza nos próximos dias 23, 24 e 25 de Setembro. Aproveito a oportunidade para convidar os faialenses, promotores, parceiros, comerciantes e consumidores a visitarem a Madalena do Pico, e a des-

cobrirem as grandes diferenças.

seguinte.

LET OUT No Faial, todos, sem excepção, estão mais numa de “Let out”, do que propriamente, empenhados numa verdadeira e grandiosa Outlet. O que acontece é consequência directa dos nossos actos, e não a soma dos actos alheios, pelo que, se todos nós não dermos o máximo, o resultado ficará sempre aquém das expectativas.

COMERCIANTES dos mais variados ramos podem participar e participam nestes eventos..., o que, se por uma lado diversifica a oferta, por outro lado tráz dificuldades acrescidas na compatibilização de datas, já que os diversos ramos têm épocas altas e baixas, inícios e fins de colecção completamente diferentes. Por outro lado, as férias do pessoal, as dificuldades de horários alargados, em que os trabalhadores não têm lugar onde deixar os filhos (todas as creches fecham às 18H00?!), ou têm a vaquinha para ordenhar..., não facilitam uma cultura de empenho, motivação e modernidade que o consumidor cada vez mais exige e compara. Existem traumas do passado, de posturas incorrectas? Existem. Mas os abusos do passado não poderão impedir acções mais modernizadas, mais pró-activas, mais simpáticas e transparentes para com os novos clientes. A participação numa Feira é uma festa, e nunca uma obrigação, é uma oportunidade e não um trabalho, é uma promoção e não um sacrifício.

CCIH – A Câmara do Comércio e Indústria da Horta promove a Feira, quase por obrigação e por pressão de alguns empresários, e não por uma grande vontade própria. É verdade que tem correspondido, a conta gotas ao solicitado, mas não lidera o processo, vai a reboque de outras vontades... A promoção e divulgação do evento é escassa, e sempre em cima da hora. Também é verdade que animou o evento, a pedido, com Folclore e Filarmónicas... O curioso é que no Pico esta opção acarreta inúmeros visitantes e familiares, mas no Faial não funciona... Porquê? Talvez um profundo estudo sociológico chegasse a surpreendentes conclusões! ACIP – A Associação de Comerciantes da Ilha do Pico que promove o Pico Outlet dinamiza mais o evento (apenas uma edição em Setembro), cria união e ambiente com os empresários, promove o evento em toda a ilha, anima-o com as mesmas Filarmónicas, e a célebre “tasca” fideliza o pessoal, à volta da linguiça, da morcela e do inhame... Curiosamente, termina sempre o evento com um jantar entre todos os participantes, semeando simpatias e motivações, que colherá no ano

CONSUMIDORES Os clientes são cada vez mais exigentes, mas também cada vez mais incumpridores, quer em termos financeiros, quer em termos de fidelização, pois o que ontem era bom e barato, hoje já não presta e é caro... Por outro lado, não se pode exigir aos comerciantes que tudo tenham e tudo ofereçam, quando, na primeira oportunidade, se compra lá fora, mesmo que o preço seja o mesmo, ou até mais caro, só por repisa... E até há quem se dê ao incómodo de entrar em lojas nas quais nunca entraram, só

para dizer ao velho comerciante que... agora é que vai sofrer! Francamente, que cultura esta! Para os Picoenses, o que é feito no Pico, é que é bom! Defendem a sua terra, a preferência pelas suas lojas, pelos seus produtos, com unhas e dentes, até à exaustão, pois sabem que a sua riqueza, os seus postos de trabalho dependem dessa consciência. Para os Faialenses, o que é de fora é que é bom, seja chinês ou seja “trapalhês”, pois cá, na ilha, nada presta, e são todos uma camada de ladrões. Há excepções? Existem, felizmente! Mas nesta matéria, os Faialenses terão de crescer mais um bocadinho, e aprender a internacionalizar-se mais, senão não voltaremos a ter nenhum novo ciclo económico do qual nos possamos orgulhar. Viver da glória do passado é bom, mas não basta! O presente é demasiado importante, para que o possamos deitar fora. Aproveitemo-lo, enquanto é tempo! CMH / CMH As Câmara Municipais têm um papel fundamental na dinamização do Comércio Tradicional e dos Centros Históricos, onde o mesmo se insere. Pico e Faial são duas ilhas irmãs, infelizmente muitas vezes de costas voltadas, em vez de tirarem partido desta vizinhança, desta fronteira que nos une, numa ponte marítima, que, este ano, deu passos significativos para que possamos estar mais perto. O que vemos de diferente nestas duas Câmaras Municipais? Na Madalena todas as ruas do centro foram requalificadas, com novos pisos, com novas facilidades, desde a recolha dos resíduos ao estacionamento e iluminação. Quando se pretende

abrir uma nova porta comercial, facilita-se o licenciamento, e muitas vezes a obra anda à frente da burocracia, desde que se cumpra a lei e a regulamentação em vigor, por forma a acelerar e a acarinhar a motivação do empresário. Na Horta, consegue-se gerir a obra do Saneamento Básico há 22 anos, sem se levantar uma única pedra que seja... É caso para dizer que é “obra” bem miudinha... Se não há Saneamento, então que se façam pequenas intervenções que melhorem o Centro Histórico, que se alinde a via pública, que se criem esplanadas, áreas de estar convidativas, pequenas bolsas de estacionamento, que permitam que os faialenses se sintam atraídos e gostem do seu Centro Histórico, das suas lojas, do atendimento personalizado com os seus lojistas. Quanto a burocracia, aí nem se precisa dizer o calvário que é para um comerciante abrir uma simples porta...o desespero é tal, que o mais corrente é a oportunidade do negócio passar de moda, a inovação da ideia esvair-se por entre os dedos... Esta Câmara não existe para resolver os problemas dos outros, mas sim para se alimentar dos dificuldades alheias. Não bastam certificações de qualidade e serviços on-line... Precisam-se resultados na rua, e que toda a gente os possa ver e sentir. Quando todos assim agirem e pensarem, poderemos ter uma cidade mais viva, freguesias mais atractivas, comerciantes mais dinâmicos e consumidores com mais vontade de comprarem e preferirem aquilo que é nosso!... Contributos, para po.acp@mail.telepac.pt


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DESPORTO

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Tribuna das Ilhas

as caras do andebol do sporting da Horta 2011/2012

FILIPE DUqUE TREINADOR

g Alguns são repetentes, outros estreiam-se no escalão sénior e outros ainda vestem pela primeira vez a camisola do Sporting Clube da Horta. Depois de na passada semana termos conversado com Filipe Duque, o treinador do Horta naquela que é a competição maior do andebol nacional, damos a conhecer as caras e características daqueles que, semana após semana, dão o

corpo ao manifesto, procurando honrar o nome da equipa e do Faial. O Campeonato Nacional de Andebol arranca no próximo dia 10 de Setembro, e conta com um Sporting Club da Horta galvanizado pela forte presença de atletas formados na ilha no plantel. Dois reforços vindos do exterior: Rui Barreto, ex-belenenses e central e Diogo Rios, ex-BoaHora, pivot. mJs

yURI kOSTETSky - SCH cAPITÃO DE EQUIPA - LATERAL ESQUERDO

NUNO SILvA - SCH GUARDA-REDES

AUSTRIS TUMINSkIS - SCH LATERAL ESQUERDO

PAULO MEDEIROS- SCH PONTA DIREITA

TIAGO RODRIGUES - SCH PIVOT

BRUNO CASTRO- SCH PIVOT

RUI MADALENA cENTRAL - c.F.O. BELENENSES

JOãO OLIvEIRA- SCH PONTA ESQUERDO (JúNIOR)

HUGO SILvA- SCH cENTRAL (JúNIOR)

NELSON PINA- SCH PONTA ESQUERDO

ANDRé AZEvEDO - SCH PIVOT

FÁBIO SILvA - SCH GUARDA-REDES

DIOGO RIOS PIVOT - BOA HORA

AFONSO ALMEIDA - SCH LATERAL DIREITO

FRANCISCO MENEZES - SCH PONTA ESQUERDO

RUI ALvES - SCH PONTA DIREITA

ANDRé NUNES - SCH GUARDA-REDES (JúNIOR)


Desporto

Tribuna das Ilhas Maria José Silva Fotos: Susana Garcia g A época de 2010/2011 foi de ouro para a equipa de voleibol da Associação Desportiva e Cultural dos Bombeiros da Horta que disputou o Campeonato Nacional de Voleibol em Seniores Masculinos – II Divisão/Zona Açores. Os pupilos de Daniel Reis sagraramse vice-campeões dos Açores, titulo que deixou toda a equipa, técnicos e dirigentes satisfeita e orgulhosa. Neste momento já começaram os trabalhos de preparação da época e o plantel, totalmente preenchido pela prata da casa, está fechado. A acumular as funções de treinador e presidente do clube, Daniel Reis diz sentir-se “bastante cansado” de todo o trabalho. Falta-lhe cumprir menos de um ano de mandato na direcção, após o qual não se recandidata, conforme afirmou ao TRIBUNA DAS ILHAS. Por isso, é com preocupação que encara o que entende ser a “falta de recursos humanos” do clube, no que diz respeito a dirigentes e quadros técnicos. Para o treinador, seria importante que mais pessoas se agregassem em volta da Associação Desportiva e Cultural dos

Bombeiros Faialenses. “Esta vai ser uma época com objectivos muito diferentes da anterior porque houve muita coisa que mudou e o cená-

rio não é muito animador” – disse Daniel Reis que acrescentou que “este ano a equipa não conta com jogadores estrangeiros por restrições orçamentais.

botes baleeiros voltam ao Varadouro DR

lidades de Vela, com 15 participantes, remo masculino, com 6 participantes e remo feminino, com 4 participantes. Na prova de vela do Capelinhos da Junta de Freguesia do Capelo foi

o primeiro classificado. Em segundo ficou o Maria Armanda das Lajes do Pico e em terceiro o Senhora da Guia da Feteira. Na competição de remo masculino o pódio foi conquistado pelas tripulações do Pico. Em primeiro ficou o Maria Armanda, em segundo o Diana e em terceiro o Maria Celeste. Três botes das Lajes do Pico. Já no remo feminino ganhou o Maria Armanda, em segundo ficou o Maria Celeste, ambos das Lajes e em terceiro o Maria da Conceição do Clube Naval da Horta.

seMana Dos Baleeiros 2011

botes baleeiros g O Clube Naval da Horta participou nas regatas de botes baleeiros, disputadas no âmbito das festas das Lajes do Pico – Semana do Baleeiros 2011. A regata foi disputada nas modalidades de vela, remo masculino e feminino. O bote Senhora do Socorro, da freguesia do Salão, com o oficial Pedro Garcia, foi o grande vencedor na

modalidade de vela. Em segundo lugar ficou o São Joaquim, das Ribeiras, com o oficial José Soares. Na terceira posição classificou-se o bote da Feteira, Senhora da Guia, comandado por José Freitas. No remo masculino foi o bote das Ribeiras, Maria da Boa Viagem, com o oficial Armando Tomé o mais rápido. Em segundo lugar ficou o Maria Armanda, das Lajes do Pico, capita-

neado pelo oficial Paulo Alves. O pódio foi fechado por mais um bote picaroto, desta feita o Ester, das Lajes do Pico, com o oficial José Madruga. Nas senhoras, também as companhas do Pico tiveram supremacia. Adriana Costa comandou o grupo que, a bordo do Maria Armanda (Lajes) ganhou a prova. Em segundo ficou também um bote das Lajes, o Maria Celeste, com Sandra Azevedo como oficial. Em terceiro ficou o bote São Pedro, da Calheta do Nesquim. Foi oficial Daniela Freitas.

torneio de king já recomeçou g Reiniciou no dia 5 de Setembro o Torneio de King do Grémio Literário Artista Faialense.

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crise assombra voleibol dos bombeiros

festas Do varaDouro 2011

g Com a organização do Clube Naval da Horta e apoio da Junta de Freguesia do Capelo realizou-se domingo, 3 de Setembro, a Prova do Varadouro em botes baleeiros. A prova foi disputada nas moda-

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No reinício dos jogos, a jornada foi a 19.º e contou com 17 jogadores. A prova foi ganha por Luis

Cardoso. Em segundo lugar ficou Fernando Campos e em terceiro Manuel Campos.

A Federação Portuguesa de Voleibol alterou a sua politica de inscrição de jogadores estrangeiros em Portugal e, um passe que custava 700 euros custa agora 3000 euros” – remata. “O Clube não tem hipóteses de celebrar contratos nestas condições, nem vamos arriscar a contrair dívidas com este cenário de crise que se afigura” – reforça. O plantel da Associação Desportiva e Cultural dos Bombeiros da Horta é constituído, conforme já referimos, pela prata da casa: Daniel Reis, Luís Pimentel, Luis Cardoso, Luís Tavares, Ricardo Silva, Tiago Gonçalves, João Borba, Mário Nunes, Paulo Medeiros, Filipe Garcia, Márcio Gomes. Daniel Reis afirma que “só com o esforço dos atletas mais experientes da equipa vamos tentar fazer um bom trabalho de planeamento para a época, quer ao nível de treinos, quer jogo a jogo de forma a lutarmos pela manutenção” Reis elenca como mais directos adversários o Ribeirense, o Calheta e o Grupo Desportivo da Povoação.

Os treinos da equipa de voleibol já estão agendados para o Pavilhão Desportivo da Horta. Questionado sobre a possibilidade de adoptar o Pavilhão de Castelo Branco como “casa”, Daniel Reis diz que não é uma hipótese a descartar caso ela surja, até porque o Pavilhão da Horta está com alguns problemas, nomeadamente no que a infiltrações diz respeito. O facto de não existirem mais equipas do Faial a disputar a mesma divisão dos Bombeiros é, no entender do treinador/jogador/presidente, prejudicial pelo que os voleibolistas faialenses vão tentar, no âmbito da pré-epoca, agendar um jogo com o Ribeirense, “é imperativo ganhar ritmo competitivo antes da época começar para que não façamos má figura”. Os escalões de formação da Associação Desportiva e Cultural dos Bombeiros da Horta também vão ser reduzidos devido à falta de pessoal para treinar, “há treinadores formados mas que estão de tal forma desinteressados que vamos ter que reduzir de 5 escalões de formação para 3.”

esgrima com 2 novos árbitros da ilha do Faial g Realizou-se, no passado fim-desemana, o 1º curso de árbitros de esgrima em Santa Maria. Ao fim de 20 horas de formação cinco árbitros de Santa Maria e dois do

Faial receberam as novas insígnias. O curso foi organizado pelo Clube ANA de Santa Maria e permitirá a realização de provas oficiais na ilha de Gonçalo Velho.

pesCa Desportiva De BarCo

rosana vence prova de aniversário g Disputou-se no dia 4 de Setembro a Prova de Pesca Desportiva de Barco –Diurna Fundo, alusiva ao 64º Aniversário do Clube Naval da Horta. As espécies capturadas foram a Garoupa, Bodião, Bagre, Gaio, Besugo, Sargo, Peixão, Boca-Negra e Abrótea, sendo a mais capturada a garoupa com 44 unidades (14,140 Kg) seguindo-se o Bagre com 30 unidades (20,670 Kg).

No total foram capturadas 129 unidades com o peso acumulado de 68,950 Kg. Sagrou-se campeão da prova a embarcação Rosana de Helder Fraga que também apanhou o maior exemplar, uma abrótea de 3,640 Kg. Em segundo e terceiro lugar ficaram as embarcações Abito de Tibério e o Xark de Vicente Barreto respectivamente. DR


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opinião

Tribuna das Ilhas

retalhos Da nossa história - Cv

no centenário da república portuguesa (40) 45. goVernador rUi Vasco de Vasconcelos e sÁ Vaz

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Fernando Faria

riado por decreto de 28 de Março de 1836, o distrito da Horta existiu até 1976 quando, pela actual Constituição da República, foi extinto conjuntamente com os seus congéneres de Angra e Ponta Delgada, dando lugar à Região Autónoma dos Açores. O último governador do distrito da Horta o primeiro e único depois da Revolução de 25 de Abril de 1974 - foi o capitão-tenente Rui Vasco de Vasconcelos e Sá Vaz que, à data daquele movimento, desempenhava as funções de capitão do porto da Horta, cargo que acumularia com a de delegado da Junta de Salvação Nacional, órgão de cúpula do triunfante Movimento das Forças Armadas (MFA). À semelhança do que já antes acontecera em Portugal com a revolução liberal de 1820, com a Regeneração de 1851 e com o 28 de Maio de 1926, também o 25 de Abril de 1974 foi um movimento militar de salvação nacional que teve por fim último o derrube do regime totalitário do Estado Novo. Conseguido este, os vencedores tiveram de assumir, embora transitoriamente, o poder político. Esta circunstância viria a colocá-los em situações complicadas de que a mais imediata e perigosa foi a ruptura dos laços de união que lhes haviam permitido triunfar e a subsequente luta política e até militar que marcaram o período em que o poder andou à deriva até que emergiu, a partir do 25 de Novembro de 1975, uma corrente vitoriosa que permitiu a devolução do poder político aos civis com o gradual regresso dos militares aos quartéis, sobretudo após a promulgação da Constituição Política de 1976. São esses tempos conturbados e a frequente oscilação do poder político, que explicam o facto de o distrito da Horta ter estado sem governador durante cinco meses, período de tempo em que ocorrera a nomeação e queda do I Governo Provisório chefiado por Adelino da Palma Carlos, sendo, portanto, já o II Governo liderado por Vasco Gonçalves a nomear, em 16 de Agosto de 1974, o capitãotenente Rui Sá Vaz para a chefia do distrito da Horta. Este facto, naturalmente assinalado na imprensa açoriana, levou o vetusto matutino faialense O Telégrafo a exclamar que “finalmente, após um período que se processou desde o 25 de Abril até anteontem, o distrito da Horta volta a ter um governador, escolha que, em boa hora recaiu no Sr. capitão-tenente Rui Vasco de Vasconcelos e Sá Vaz que desde Dezembro vinha desempenhando as funções de capitão do porto da Horta” e que “desde a ‘Revolução dos Cravos’ tem vindo a exercer o cargo de delegado da Junta de Salvação Nacional” 1. A posse foi-lhe conferida, em 24 de Agosto, pelo ministro da Administração Interna, tenente-coronel Manuel da Costa Brás, a qual, pela primeira e única vez, decorreu na cidade da Horta, capital do distrito. Numa “cerimónia que teve uma assistência deveras invulgar”, o novo

governador, em discurso então proferido, confessou-se “consciente da espinhosa missão” que acabava de lhe ser atribuída e que aceitara pondo acima de comodismos pessoais o serviço do país; prometeu colocar nela todo o seu “saber e dedicação”, na certeza, porém, de que nada pedia em troca nem nada mais desejava “do que servir todos aqueles que aqui labutam intensamente”. O seu programa era o do MFA e entendia que “governar é, acima de tudo, interpretar e equacionar os problemas dos governados”, o que pressupõe que sejam auscultados e que façam ouvir a sua voz. Era imperioso ensinar e praticar a democracia, cabendo, também neste aspecto, um papel importante à imprensa do distrito “pequena no tamanho mas grande na alma e dedicação sem limites aos problemas açorianos”. O governador Sá Vaz, aproveitando a circunstância do ministro Costa Brás ser o primeiro membro do Governo a visitar o distrito depois do 25 de Abril não deixou de, embora rapidamente, “apresentar os problemas” que naquele momento julgava mais importantes. Decorridos 37 anos, é interessante recordálos: “1. A necessidade de um desenvolvimento do distrito tendo em vista diminuir a distância que o separa de um São Miguel macrocefálico. 2. Estudar com urgência o problema da saúde no distrito. 3. Aplicar urgentemente um plano portuário para o Pico, a fim de que se possa arrancar com uma agro-pecuária e rapidamente construir os acessos aos terrenos cultiváveis. 4. Desenvolver o problema sindical, de forma a que as relações entre o patronato e os trabalhadores se possam estabelecer num clima sadio de obrigações e direitos, sem o qual há o perigo de quer uns quer outros criarem tensões sociais das quais só resulta prejuízo para sociedade. 5. Desenvolver de forma eficiente e rápida as ligações marítimas e aéreas entre as ilhas, ou entre estas e o continente, de forma a corresponderem às necessidades de uma vida moderna que se não compadece com lentidões desesperantes”2. Durou 18 meses a administração do governador Sá Vaz. Foi extremamente árdua e espinhosa e, ao mesmo tempo, entusiasmante e proveitosa. Porque vivi de perto esse período – de grande descompressão política e social, com “o fim do regime autoritário, o desmantelar do Império, a supressão da censura, a emergência dos partidos políticos, a agitação laboral”3 – posso testemunhar que a acção do chefe do distrito se revelou essencial no despertar de letargias e de receios de participação de pessoas válidas e, sobretudo, na convicção com que dedicadamente estimulava as múltiplas iniciativas populares que então se desencadearam um pouco por todas as pequenas comunidades das quatro ilhas. As nomeações de comissões administrativas para a Junta Geral, Câmaras Municipais e Freguesias, a contenção de excessos desencadeados pelos extremismos que se digladiavam – e que tiveram expressão máxima no Verão Quente de 1975 – são, a par das múltiplas viagens e diligências feitas junto do poder central para que fossem resolvidas ancestrais carências e aspirações das populações, os principais resultados de uma gestão

bastante persistente e eficaz. Com uma periodicidade frequente, o governador Sá Vaz reunia a comunicação social e, por ela, dava conta da situação em que se encontravam as principais questões que interessavam às gentes das ilhas do distrito. Em 22 de Agosto de 1975, na sequência da agitação que se vivia no arquipélago e como resposta às reivindicações autonomistas e separatistas que se faziam sentir, o V Governo Provisório criou a Junta Regional dos Açores presidida pelo general comandante-chefe dos Açores, Altino Pinto de Magalhães, e que integrava seis vogais indicados pelos partidos mais votados na eleição para a Assembleia Constituinte, a qual, aos poucos, foi assumindo atribuições respeitantes a todas as ilhas açorianas o que colidia com a independência dos três distritos e, obviamente, com a actuação dos respectivos titulares. Seria, portanto, esta a razão principal que levaria o governador Sá Vaz a pedir a sua demissão em 5 de Setembro, a qual, todavia, só viria a ser concedida em Janeiro de 1976. Os órgãos de comunicação social noticiaram aquele pedido de exoneração, manifestando pesar pela saída e salientando a obra realizada. O jornal Alagoa, pertença da freguesia da Conceição da cidade da Horta, aproveitou a ocasião e dedicou a Sá Vaz o editorial intitulado “UM HOMEM!” onde, depois de recordar que “foram nos primeiros meses após o 25 de Abril de 1974 que os governados e governantes mais se deram as mãos numa entreajuda que nos fazia antever uma verdadeira reconstrução do País”, acentuava que “a Câmara aceitou iniciativas" e “sobretudo porque Rui Sá Vaz, não sendo mentor das mesmas, não só as ouviu como se irmanou num esforço total que visava a sua resolução”. Ele, “o homem governador” que “nos recebia, nos impulsionava”, “o homem que nós aceitámos, mas sobretudo o homem que se esgotou pelo nosso progresso” e o “governante aberto onde o partidarismo político não conseguiu albergar-se”4. Quando, em Janeiro de 1976, cessou as suas funções, o governador divulgou uma mensagem de despedida na imprensa local em que a certo passo, “olhando retrospectivamente” se congratulava por “constatar que muitas das carências fundamentais que obstavam a um desenvolvimento destas ilhas, infelizmente bastante atrasadas em relação a outras, foram ultrapassadas e, não julgo errar, ao afirmar que estão lançadas as bases para um progresso franco e imediato”, tendo procurado “conseguir uma melhoria de vida para todos, a qual necessariamente terá uma maior incidência nas classes mais desfavorecidas sem que para tal me tivesse subordinado a qualquer programa partidário” 5. Além do reconhecimento da grande maioria da população das quatro ilhas, também o general Altino Pinto de Magalhães, na qualidade de presidente da Junta Regional dos Açores, dirigiu, em 19 de Fevereiro de 1976, o seguinte ofício ao ministro da Administração Interna: “O Exmº. CapitãoTenente Rui Vasco de Vasconcelos e Sá Vaz deixou, recentemente, de exercer as funções de Governador do Distrito Autónomo da Horta. Por esse motivo, julgo pertinente levar ao conhecimento de V. Ex.ª que, através dos contactos de serviço que com ele fre-

quentemente mantive – de início como Comandante – Chefe das Forças Armadas dos Açores e, depois, também como Presidente da Junta Regional – tive oportunidade de receber daquele oficial a melhor colaboração e de apreciar os altos serviços por ele prestados, ao Distrito da Horta e ao País, no desempenho daquelas funções”. Natural de Folgosinho, Gouveia, na serra da Estrela, Rui Vasco de Vasconcelos e Sá Vaz frequentou o Liceu Nacional da Guarda, tendo entrado para a Escola Naval em 1955 e concluído o curso de oficial em 1959. Promovido a 2º tenente em 1960, embarcou em vários navios da Armada, tendo-se especializado em artilharia naval. Em 1964, já 1º tenente, comandou na Guiné, em permanentes acções de guerra, o navio patrulha ORION, sendo condecorado com a medalha da Cruz de Guerra (2.ª classe) por acções em combate. Frequentou o curso de Política Ultramarina no I.S.C.P.U. Em 1966 regressou ao Continente tendo sido professor e director da Escola de Artilharia Naval e frequentou um curso de especialização nos Estados Unidos da América. Em 1969, regressou novamente à Guiné em trabalhos de hidrografia, aí permanecendo até 1973, data em que foi nomeado Capitão dos Portos da Horta. Exercia estas funções quando – como já se referiu – foi nomeado governador civil do distrito da Horta, onde se manteve até Janeiro de 1976, data em que solicitou a demissão do cargo. Em 1976 foi nomeado Secretário Permanente do Conselho da Revolução onde se manteve até 1983, altura em que o mesmo foi extinto. Os serviços ali prestados foram considerados muito relevantes e, por isso, foi condecorado com a medalha militar de prata de serviços distintos. Em 1983/1984 prestou serviço no Comando Naval do Continente – divisão de informações – sendo, depois, nomeado

Comandante do Depósito NATO de Munições de Lisboa. Em 1986/1988 comandou o Grupo nº 1 de Escolas de Armada, em Vila Franca de Xira, que era a maior unidade da Marinha. Em 1987/1988 frequentou o Curso Superior Naval de Guerra e em Outubro de 1988 foi nomeado para o comando da Zona Marítima do Norte. Em 1988 no Comando da Zona Marítima do Norte, Chefe do Departamento Marítimo do Norte e Capitão dos Portos do Douro e Leixões, procedeu à abertura da navegabilidade do rio Douro no percurso entre a Régua e Barca de Alva, tendo permanecido nesta região até 1992, data em que passou à reserva activa por ter atingido o limite de idade. Em 1992 frequentou, no Porto, o curso de Defesa Nacional. Nesse mesmo ano seguiu para Macau onde desempenhou os cargos de Director do Museu Marítimo de Macau e Presidente da Comissão Territorial para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses até 1999. Em 1998 foi nomeado Administrador, por parte do Governo de Macau, para a empresa Macauport onde permaneceu até 2003, ano em que regressou a Portugal. Possui as seguintes condecorações: Cruz de Guerra de 2.ª classe; Medalha de prata dos Serviços Distintos; Medalha de Mérito Militar de 1.ª classe; Cavaleiro da Ordem de Avis; Medalhas de comportamento exemplar (ouro e prata); Medalhas de Mérito Naval (duas); Medalhas das Campanhas de África; Medalha Comemorativa do Infante D. Henrique e Medalha de Mérito Cultural de Macau. O Capitão de Mar e Guerra Rui Sá Vaz, casado com a faialense Dr.ª Maria Liliana de Azevedo Lima Sá Vaz, reside presentemente em Cascais. O Telégrafo, 18 Agosto 1974, p.1 Idem, 24 e 25 Agosto 1974, pp. 1 e 4 3 Monjardino, Álvaro – História dos Açores, vol. II, p. 388, IAc 2008 4 Alagoa, 13 Setembro 1975, pp. 1 e 4 5 correio da Horta, 12 Janeiro 1976, p.1 1 2


opinião

Tribuna das Ilhas

Voluntariado no Hospital da Horta

A

Associação de Voluntários do Hospital da Horta surgiu há cerca de 15 anos, foi uma ideia de um grupo de pessoas. Iniciou-se a actividade com a colaboração de 27 voluntários, actualmente somos 16 elementos a praticar o trabalho voluntário aos doentes do Hospital. O nosso objectivo principal é ajudar o próximo sem qualquer recompensa. A ASSOCIAÇãO DESENvOLvE AS SEGUINTES ACTIvIDADES NESTE HOSPITAL: - Orientação e encaminhamento de doentes, acompanhando-os aos locais

onde se efectuam consultas, exames, ou outros serviços do Hospital; - Distribuição de bolachas e bebidas quentes (chá, café) nos Serviços de Consulta Externa, Oncologia e Sala de Espera do Bloco Operatório; - Ajuda nas refeições de doentes incapacitados sem acompanhante familiar; - Acompanhamento de doentes que necessitam de se deslocar quer na Região, quer para o Continente; - Distribuição de roupas e calçado; - Comparticipação na compra de medicamentos; - Visitação; - Compra de diversos materiais de apoio ao doente. Para mais informações, não hesite, contacte-nos. Associação de Voluntários do Hospital da Horta Rua Príncipe Alberto do Mónaco Contacto: 966482372

a rtp açores da nossa autonomia

Alzira Silva

A

RTP Açores foi uma conquista autonómica de um dimensão porventura mais profunda e abrangente do que a maioria das pessoas terá assimilado, no deslumbre da novidade da “caixa que mudou o mundo”. E se mudou o mundo, mudou também os Açores com a marca indelével da história. Desde logo, ajudou a estancar o ímpeto separatista de 75; encarnou a unidade açoriana não apenas no conhecimento das ilhas umas das outras, mas corporizando o conceito de Região, que era até então praticamente inexistente nos Açores; mostrou imagens de um mundo desconhecido para muitos açorianos, ou seja, integrou o mundo nos Açores e ajudou a integrar os Açores no mundo quando fez de nós, das nossas catástrofes naturais bem como das nossas gentes, notícia e a levou ao continente, à Europa, às Américas e a todo o planeta com sinal de televisão. A RTP Açores proporcionou também a aceleração da evolução do pensamento nos Açores, aproximando-o – a uma velocidade bem mais acentuada primeiro e depois simultânea - das tendências dos momentos, das correntes filosóficas, das políticas em curso, das reflexões económicas, da arte contemporânea. O contrário não é, no entanto, verdadeiro. Esse terá sido – com algumas honrosas excepções – o grande défice da RTP Açores: não conseguir dar a conhecer a nossa idiossincrasia, a nossa realidade insular, a nossa produção cultural, os nossos órgãos de governo próprios – e explicar por que tudo isto tinha a sua razão de ser. Se mostrámos um pouco disto ao mundo, através da RTP Internacional, foi principal-

mente ao mundo da nossa identidade, à extensão dos Açores na diáspora, e não ao mundo que precisaria de nos conhecer em primeiro lugar: Portugal rectangular. Ou continental, se preferirmos. Pecámos por omissão. Não interessa quem nem quando nem porquê neste preciso momento. Importa, sim, reconquistar o respeito pela diferença que em tempos alcançámos, com as séries “Xailes Negros”, “O Barco e o Sonho” e outras, as co-produções com alemães, austríacos e as Mostras Atlânticas – só para dar alguns exemplos. Depois fomos sendo asfixiados, aos poucos, e a nossa acção colectiva revelou-se inconsequente – ou não teríamos chegado a ouvir o despautério do Ministro Miguel Relvas. Importa fazer uma campanha em que se demonstre que a RTP Açores é e será um forte pilar da Autonomia e qualquer redução das suas competências e/ou actividades é e será um duro golpe que se repercutirá na política autonómica e no caminho percorrido desde as primeiras campanhas autonomistas ainda no século XIX. Criou-se, indevidamente, a ideia de que a globalização nos faria a todos iguais, insulares e continentais, porque teríamos a mesma alimentação, vestiríamos as mesmas marcas, consumiríamos os mesmos produtos, incluindo os televisivos. O isolamento esbateu-se e com ele a noção das diferenças. Nada mais capcioso. Os continentais começaram a ver os ilhéus como sorvedouros de dinheiros públicos, tão próximos do centro do país e tão exigentes e reivindicativos. Esclareça-se então a opinião pública sobre a realidade insular no Continente, não contra o Continente. E informe-se o Senhor Ministro que uma emissão comandada de Lisboa é completamente diferente de uma emissão comandada dos Açores. alziraserpasilva@gmail.com

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opinião

Tribuna das Ilhas

Quem quer acabar com a rtp-açores?

N

vera Lacerda

a semana passada os açorianos foram confrontados com uma triste decisão do Governo da República: as emissões da RTPAçores passam a ser de 4 horas diárias. No dia em que escrevo estas linhas, ficámos a saber, após reunião do Secretário Regional da Presidência com o Presidente do Conselho de Administração da RTP, que afinal manter-se-á o horário de funcionamento da RTP-Açores, mas com uma concentração da produção local das 19 às 23 horas. Em que é que ficamos? Infelizmente para todos nós, os receios trazidos a público por parte do PS-Açores, na última campanha eleitoral para as legislativas nacionais, confirmaram-se. Estamos perante um ataque sério à nossa autonomia! O Ministro Miguel Relvas comunicou aos deputados, e ao País, esta fatídica decisão, numa comissão parla-

mentar da qual, por acaso, até faz parte uma deputada eleita pela nossa ilha. É lamentável a forma como o Sr. Ministro fala dos Açores, usando expressões, que apenas demonstram uma falta total de conhecimento da nossa realidade autonómica e arquipelágica. Diz o Sr. Ministro ‎"...os Açores não são mais nem menos que uma qualquer região mais desertificada do Continente”…Os Açores, Sr. Ministro, são compostos por 9 ilhas! Do Corvo a Santa Maria distam mais de 630 km, ou seja, os açorianos do Corvo estão mais longe dos açorianos de Santa Maria, que os portuenses dos algarvios. No entanto, somos todos açorianos e todos temos os mesmos direitos! A RTP-Açores é um veículo que liga as nossas ilhas. Através dela os açorianos do Corvo sentem-se mais perto dos açorianos de Santa Maria, os faialenses podem saber o que se passa na Graciosa, e por aí fora, e assim, estamos todos efectivamente mais próximos, o que ajuda a transpor a barreira física que nos separa, o imenso Mar. Mas não só os açorianos que residem nos Açores se sentem mais próxi-

opções Frederico Cardigos

E

stive, há uns meses atrás, a assistir a uma interessante palestra proferida pelo então reitor da Universidade dos Açores sobre a primeira República e a sua relação com a autonomia. Enquanto me deleitava com as suas sábias palavras, “apesar de não ser um período em que seja especialista”, como fez questão de referir, dei por mim a imaginar-me naqueles conturbados períodos e a tentar tomar as melhores opções. Seria republicano, como Manuel de Arriaga e Teófilo Braga? Ou seria monárquico, dando sequência às opções autonomistas então recentemente tomadas? Olhando para o meu próprio passado familiar, naquele período, verifico que apenas tenho membros do lado republicano, o que me deixa sem muitas opções… Voltando às palavras do Professor Doutor Avelino Menezes, reparei a certo ponto que ele disse “em termos académicos havia duas constrições naquele período: por um lado, a maioria dos candidatos que frequentava o ensino superior apenas o fazia para obter o título e os restantes também ficavam com cursos sem aplicabilidade, dado o distanciamento que os mesmos tinham em relação às necessidades ou ao mercado de trabalho.” Fiquei atordoado… Ele estava a falar da primeira República ou de hoje?! E continuou dando exemplos do que se passava naquele período: dívida pública, falta de reconhecimento ou autoridade internacional, falta de credibilidade da classe dirigente… Com grande distância temporal, de

facto, o que vivemos hoje plasma, com algum rigor, a situação na primeira República. Mais uma vez, estamos perante um cenário que nos pode levar por caminhos extremistas que, então, não soubemos evitar. Agora, para além das opções, temos o conhecimento. Com competência, dinamismo, tolerância e solidariedade teremos de saber gerir o tempo e as opções tendo especial cuidado porque é particularmente simples cair em aparentes soluções fáceis e populistas. Como dizia um poeta que muito aprecio sobre um seu personagem “ [Ele] Ficava de olho aberto / via as coisas de perto / que é uma maneira de melhor pensar / via o que estava mal / e como é natural / tentava sempre não se deixar enganar” (Sérgio Godinho in “Cuidado com as imitações”). Façamos o mesmo. O novo Reitor da Universidade dos Açores, o Professor Doutor Jorge Medeiros tem enormes virtudes, mas, pelo que conheço dele, não terá a habilidade de nos fazer sonhar com tempos, História e estórias passadas. É uma enorme virtude, que muito admiro, esta capacidade do Professor Doutor Avelino Menezes enrolar os ouvintes em palavras ricas, coloridas expressões e frases propositadamente cheias de sentido e sequência. São pessoas assim que nos educam verdadeiramente. É certo que para ser Reitor não será condição essencial, mas, nestes dois mandatos de Avelino Menezes, soube muito bem. Por me ter ensinado e por ter sido um bom Reitor da mais difícil universidade de Portugal, agradeço-lhe Professor Doutor Avelino Menezes. Que a vida lhe traga simpáticas venturas e que saibam reconhecer o seu valor, aproveitando-o para outras dignas e proveitosas empreitadas. Que as suas opções e as opções que lhe apresentarem sejam entusiasmantes para si e benéficas para todos.

mos e em contacto com a nossa realidade, como a RTP-Açores vem aproximar a nossa terra das comunidades emigrantes, cujo número é maior que os próprios açorianos que cá residem. É sabido o papel relevantíssimo que tem a nossa televisão junto da diáspora. Tanto assim é, que o Conselho Mundial das Casas dos Açores manifestou descontentamento com a decisão anunciada, considerando-a “lesiva dos interesses do povo açoriano”. E diz o Sr. Ministro que tem uma "visão dinâmica" da autonomia! Eu qualificaria a visão do Ministro de francamente redutora, por puro desconhecimento da nossa realidade! A RTP/Açores emite 8.736 horas por ano, das quais 6.734 horas são da directa responsabilidade do Centro Regional, sendo 4.680 horas da área de Programas e 2.054 horas da Informação. Programas e profissionais de grande qualidade. O que lhes acontecerá com 4 horas de programação regional? O que será de programas, muitos deles em directo, que acompanham o dia a dia do nosso Povo como "Bom dia", "Prova das 9", "O Estado da Região", "Estação de Serviço", "Águas Vivas",

"Atlântida", "Parlamento", entre tantos outros? O que será dos diversos documentários de produção regional que falam do nosso Povo, como por exemplo "Os nomes da nossa gente", "Ilhas Míticas" e "Mar à vista"? O que será dos directos que nos habituamos a ver das diferentes ilhas, como o Dia da Região, o desfile da Semana do Mar ou o Senhor Santo Cristo dos Milagres? Mas uma questão que também me preocupa é: que acontecerá aos profissionais que aí trabalham? Porque não se pode fazer ninguém acreditar que serão necessários os mesmos profissionais existentes actualmente quando serão transmitidas apenas 4 horas diárias de produção regional. O Governo da República tem certas obrigações perante as Regiões Autónomas: esta é uma delas. O contrato de concessão do serviço público de televisão prevê serviços de televisão próprios para as Regiões Autónomas. Ou o estabelecido no contrato é para esquecer? O Governo da República baseia esta sua decisão num argumento economicista: a RTP-Açores custa muito

dinheiro. Ora, segundo o Correio dos Açores "no ano passado a RTP gastou 114,2 milhões de euros em custos de grelha (mais 6% que no ano anterior), o que dava para pagar a grelha da RTP-Açores durante quase um século!" Aguardamos todos um comentário da líder do PSD-Açores, que à data em que escrevo, ainda não se pronunciou. O seu silêncio é ensurdecedor e confrangedor, uma verdadeira machadada nos desejos da maioria dos Açorianos. Mas interessa saber a posição dos deputados açorianos eleitos pelo PSDAçores à Assembleia da República. No lugar de se pronunciarem em sede de comissão parlamentar, quando a medida foi anunciada, dirigiram posteriormente um requerimento ao Governo, questionando a intenção anunciada pelo Governo. Questionando?? Deviam era indignar-se, insurgir-se, protestar e reagir para defender os Açores e os Açorianos. Foi isso que andaram a pregar em campanha eleitoral, foi para isso que foram eleitos! Não deixem acabar com a RTP-Açores! Horta, 05/09/2011

o complexo do monte da guia Parque Natural do Faial e OMA

O

Complexo do Monte da Guia insere-se na Área de Paisagem Protegida do Monte da Guia do Parque Natural do Faial. Esta área protegida de 74 ha, é constituída por cones vulcânicos, crateras, encostas, arribas, baias, enseadas, praias de calhau e areia recifes rochosos, grutas marinhas e importante património arquitectónico. Este local é, igualmente, um habitat privilegiado para a avifauna como o cagarro (Calonectris diomedea borealis), o garajau-comum (Sterna hirundo) e a garça-real (Ardea cinerea). No sopé norte do Monte da Guia e com uma magnífica panorâmica sobre a baia da Horta encontra-se a Casa do Parque que outrora foi a antiga Casa dos Vigilantes da Natureza. Este é o espaço que efectua a porta de entrada para o Parque Natural do Faial. Na Casa do Parque pode-se observar um pequeno filme que permitirá ter uma primeira aproximação à real beleza das paisagens do Parque, tendo também aqui todas as informações necessárias para a sua visitação. Os trilhos, os centros de interpretação ou simplesmente a observação da rica paisagem existente, recorrendo aos miradouros distribuídos ao longo do trajecto, são algumas das formas de percorrer o Parque e compreender a estreita relação entre a geodiversidade e a biodiversidade da ilha. Nesta área protegida pode-se encontrar, também, a Fábrica da Baleia complexo industrial que se situa na parte sudoeste da Baía Porto Pim, na encosta do Monte da Guia. Este núcleo, agora museológico, mantém-se como um dos melhores exemplares da extinta indústria baleeira açoriana, essencial para a compreensão histórica, económica e social dessa actividade.

A Fábrica da Baleia de Porto Pim começou a ser construída em 1941 e em 1942 iniciou a laboração em fase experimental. Em 1974, acompanhando o declínio mundial da indústria baleeira, a fábrica fechou as suas portas. Em 1980, foi adquirida pelo Governo Regional dos Açores e em 1984 foi classificada como Imóvel de Interesse Público. Em 2000 foi renovada e passou a centro cultural e educacional, denominado Centro do Mar. Em 2004, a Fábrica torna-se sede do Observatório do Mar dos Açores (OMA), que desde então tem vindo a dinamizar e a divulgar o espaço, desenvolvendo actividades no âmbito da divulgação científica e educação ambiental sobre o Mar dos Açores. A exposição permanente da Fábrica da Baleia de Porto Pim conta praticamente com toda a sua maquinaria original. Na fábrica segue-se o percurso do processamento integral do cachalote para obten-

ção dos subprodutos comerciais (óleo de toucinho e aproveitamentos e farinhas de carne, ossos e sangue). A Fábrica integra ainda um vasto espólio resultante da intensa actividade baleeira que se praticou no Faial no século XX, e que é propriedade da antiga armação baleeira Reis & Martins, Lda. Como exposições temporárias, o OMA apresenta no espaço a exposição “A Baleação no Faial: fase industrial (1940 – 1984)”, “Histórias que vêm do Mar” sobre arqueologia subaquática e ainda a exposição dos trabalhos que concorreram à 3ª. edição do concurso multiartes “Porto Pimtado”. Este núcleo museológico encontra-se aberto à visitação pública e o OMA organiza visitas guiadas. O Centro Virtual de Interpretação Marinha (CIMV3000), localizado no antigo Armazém das Farinhas, destina-se a todos aqueles que desejam conhecer de forma lúdico-didáctica os ecossistemas marinhos dos Açores. Neste espaço pode ainda visitar a Loja da Fábrica onde encontrará produtos temáticos ligados ao Mar dos Açores.


inforMação

Tribuna das Ilhas

AGENDA

02 DE SETEMBRO DE 2O11

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restaurante e snaCk-Bar

UTILIDADES

areeiro • Capelo • telf. 292 945 204 • tlM. 969 075 947

CINEMA

FARMÁCIAS

HOJE E AMANHã 21H30- Filme - “A Árvore da vida” no Teatro Faialense Hortaludus EvENTOS ATé 29 DE OUTUBRO DE 2011 Exposição "A REPÚBLICA E A CIêNCIA" integrada nas comemorações Regionais do I centenário da República Portuguesa na Biblioteca Pública A. R. J. J. G. Organização da Presidência do Governo - Direcção Regional da cultura ATé 30 SETEMBRO DE 2011 Das 10H00 às 18H00 - EXPOSIÇãO "HISTÓRIAS qUE vêM DO MAR" na Fábrica da Baleia - centro do Mar. Organização do cHAM, OMA e Museu da Horta Das 10H00 às 18H00 – Exposição "A Baleação no Faial - Fase Industrial 1940-1984" na Sala das Farinhas Fábrica da Baleia - centro do Mar. Organização do OMA, Reis e Martins ATé 25 DE SETEMBRO DE 2011 Das 10H00 às 18H00 - MOSTRA DOS TRABALHOS DO CONCURSO PORTO PIMTADO na Sala dos Óleos. Organização do OMA e Associação Fazendo

HOJE E AMANHã Farmácia Ayres Pinheiro 292 292 749 DE 11 A 17 SETEMBRO Farmácia correa 292 292 968 EMERGêNCIAS -FAIAL i h p o ~ m i i

Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130 Protecção civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000

EMENTA PARA DOMINGO

POLvO à REGIONAL BONITO ASSADO NO FORNO IRíO FRITO OU GRELHADO ESPETADAS DE CARNE PORCO

TRANSPORTES - FAIAL

E mEnta Variada AceitAm-se todos os d ias ReseRvAs

jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380

vENDEMOS REFEIÇÕES PARA FORA

NO SNACk

BAR SERvIMOS

REFEIÇÕES LIGEIRAS E PRATO DO DIA

Descanso semanal:

METEOROLOGIA

terça-feira

temos sempre bom peixe

Das 16H00 às 20H00 - Exposição "O IMAGINÁRIO DAS NOSSAS HISTÓRIAS" de Teresa cortez no centro de cultura e Exposições da Horta. Organização da câmara Municipal da Horta e Hortaludus em parceria com Museu Jorge Vieira

Venha almoçar ou Jantar num ambiente romântico e faça uma visita à JJ Moda e decoração Pronto a vestir

FESTA DE NOSSA SENHORA DA LUZ FLAMENGOS HOJE 19h00 – Início da recolha de oferendas 20h00 – Desfile do cortejo de oferendas (saída do centro de culto para o polivalente) 20h30 – Abertura de exposições (Polivalente da casa do Povo) 21h00 – Grupo Folclórico e Etnográfico de Pedro Miguel chamarritas 22h00 – Grupo Folclórico do Salão chamarritas 23h00 – Tuna e Grupo Juvenil dos Flamengos chamarritas 00h00 – Baile com o conjunto Turma do Rodeo

Vidente-mediUm cUrandeiro

AMANHã 15h00 – Tarde desportiva 20h00 – Abertura de exposições (Poivalente da casa do Povo) 21h00 – Grupo de cantares "Sons do Vale" 22h00 – Filarmónica Nova Artista Flamenguense 23h15 – Grupo musical JcBAND 00h30 – Baile com o conjunto Turma do Rodeo Organização: comissão de Festas e Junta de Freguesia dos Flamengos

especialista em problemas de amor telef.: 291 238 724 *telm.: 966 552 122 * Fax: 291 232 001

GRUPO CENTRAL

contacte o dr. cassama

HOJE Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Aguaceiros fracos na madrugada. Vento noroeste moderado (20/30 km/h) rodando para oeste. Mar de pequena vaga a cavado. Ondas oeste de 2 metros. AMANHã Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Vento oeste moderado (20/30 km/h) rodando para sudoeste. Mar de pequena vaga a cavado. Ondas noroeste de 2 a 3 metros.

Astrólogo espiritualista e Cientista obtém resultados rápidos. Conhecido pela sua competência, eficácia e precisão em tudo o que faz relativamente à Astrologia. Com poderes absolutos e rápidos ajuda a resolver todos os seus problemas, por mais difíceis, ele tem o poder de elucidar e como prever um futuro, recuperação imediata e definitiva do seu amor perdido, protecção, sorte e negócio. Consulta à distância por telefone e carta, etc.

DOMINGO Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Vento oeste moderado. Mar de pequena vaga a cavado. Ondas noroeste de 2 a 3 metros.

FESTA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO SALãO AMANHã E DOMINGO Na freguesia do Salão. Organização Fábrica da Igreja Paroquial do Salão e Junta de Freguesia do Salão com o apoio da câmara Municipal da Horta DOMINGO – 11 SETEMBRO 21H30 - Recital de Flauta e Piano com Adriana Ferreira na flauta transversal e Isolda crespi Rubio, no piano apresentam obras de F. Schubert, G. Ph. Telemann, J. Andersen, M. Bonis, A. Delgado e S. Prokofieff no Teatro Faialense. Organização da Direcção Regional da cultura

EDITOR: Fernando Melo CHEFE DE REDACÇãO: Maria José Silva REDACÇãO: Susana Garcia e Marla Pinheiro FOTOGRAFIA: carlos Pinheiro

estrada dr. João abel de Freitas, 38 b 9050-012 FICHA

Tribuna das Ilhas DIRECTOR: cristiano Bem

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TéCNICA

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Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à comunicação Social Privada


FUNDADO 19 DE ABRIL DE 2002

Tribuna das Ilhas SEXTA-FEIRA 4 09 DE SETEMBRO DE 2O11

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APTO – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DO TRIÂNGULO E DO GRUPO OCIDENTAL, S.A. !"# $%& '

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