Contrabando nº1 jan 2010 web

Page 1

”En el alma de la mayoría de los hombres grunhe aún, bajo y voraz, el hocico del cerdo“ Guerra Junqueiro (1850 -1923)

N.º 1

01.IANUARIUS.2010

www.contrabando.org

contrabando Director: Daniel Gil

Directores Adjuntos: Miguel el Án Ángel gel Pérez | Carlos os d’Abreu d’Abreu

revista

multilingue

VICENTE PUPARELLI

Arribes del Duero vs Douro Internacional Dos parques hermanos, dos realidades distintas Dois parques irmãos, duas realidades distintas pág.4

Parque português

sem vigilantes

Pg.10

O Parque Natural do Douro Internacional está desde Outubro sem vigilantes e com falta de meios, entre os quais viaturas, situação reconhecida pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), ao CONTRABANDO

- inclui entrevista com ICNB e directora do PNAD

La leyenda lusitana del Colmeal

Pg.16,17

Aquellas gentes finalmente cedieron…, aquella comunidad acató la sentencia judicial ante la implacable amenaza de la autoridad, asumiendo en la práctica, después del largo y desasosegado proceso, la nueva situación tantas veces rechazada en sus pensamientos… (2ª Parte)

Fala mirandesa

Pg.20,21

ua frol raiana

Ampeçou por ser lhionés, fala de ls reis i de l pobo de l reino de Lhion, mas al fin de cientos de anhos, l mirandés passou a ser ua fala raiana, cun muito de cuntrabando: biu nacer Pertual i hoije nun eisistirie sien esta nacion i las upas que le fúrun sendo dadas pul pertués, dun lhado, i pul castelhano de l outro,

Aldeia de

Maçores

Pg.32

São Martinho: Tradição vive em Maçores - Nótulas de um Património Imaterial - Maçores - Mazores - José Augusto Gouveia.

SECCIONES ALMANAQUE | CRÓNICAS DEL MUNDO | ENCONTROS | GASTRONOMIA | CIÊNCIA | MÚSICA & CINEMA | OPINIONES | CUENTOS | BIBLIOTECA | PARANORMALIA |HUMOR | TERAPIAS | NOTÍCIAS | HISTÓRIAS DEL TIEMPO

B.I.C(I) San Esteban a Barca d’Alva

Pg.18,19 Propuesta de Aprovechamiento y Reabilitación de la Línea Férrea: Objetivo básico ; Incidencia del Proyecto en el desarrollo global de las comarcas del Noroeste salmantino; Camino de Hierro, hacia una nueva cultura del desarrollo; Esquema y Ejecución... Pub


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

2

EDITORIAL VICENTE PUPARELLI

Un nuevo médio de comunicação bilingue que hoy nace para la región transfronteriça

e sustentáveis. O Parque Natural do Douro Internacional não tem sido apenas um filho órfão do Estado português, mas também o mais pobre, e que continua a sofrer dos seus medíocres orçamentos para a política ambiental de todo um território. Estado, que como se não bastasse ainda tentou, durante este último ano, impor taxas absurdas e arrasadoras para os habitantes da generalidade das suas áreas protegidas, mas que felizmente foram entretanto adiadas. Apesar das dificuldades, e porque não temos alternativa senão acreditar apenas na face caricaturista que se segue a este editorial, 2010 é, desde já um bom prenúncio, com o Ano Internacional para a Biodiversidade, pelo que aí está uma excelente oportunidade para proteger e entender a presença do homem, e melhorar assim a sua natureza. Afinal, não nos podemos esquecer, que de um lado e de outro da fronteira, somente há pouco mais de trinta anos, se iniciou uma vivência para além da pura e dura necessidade de subsistência. Tenhamos então algum optimismo.

ambos os Parques instalaram-se nas propriedades das populações, prometendo uma vez mais o sonho, sempre inacabado, do desenvolvimento e da melhoria das suas condições de vida.

el Parque Natural del Duero Internacional, ha sufrido en los últimos años una degradación desalentadora por la falta de recursos, que la ha convertido en casi inexistente como entidad responsable...

A

l margen de la redacción inicial de sus estatutos, los dos parques hermanos del Duero son hoy una realidad para las dos regiones transfronterizas, a pesar de ser vistos todavía por algunos de sus habitantes, con cierta desconfianza y a causa de ciertos obstáculos a algunos de sus hábitos ancestrales. Por imposición legal, ambos parques se instalaron en las propiedades de la población rural, prometiendo una vez más el sueño, siempre inacabado, del desarrollo y la mejora de sus condiciones de vida. Programados para proteger la biodiversidad en la cual se debe incluir a sus habitantes-,del lado español, el Parque Natural de Arribes del Duero, más joven, ha demostrado cierta capacidad para trabajar el territorio junto con sus habitantes, pero su hermano mayor, el Parque Natural del Duero Internacional, ha sufrido en los últimos años una degradación desalentadora por la falta de recursos, que la ha convertido en casi inexistente como entidad responsable de la elaboración de estrategias locales, medio ambientales y sostenibles.

El parque natural del Duero Internacional no sólo ha sido un niño huérfano del Estado portugués, sino también el más pobre, y que sigue padeciendo sus mediocres presupuestos para la política de medio ambiente en todo el territorio. Un estado que por si fuera poco trató, durante este último año, de imponer unas absurdas y asfixiantes tasas para los habitantes de la mayoría de sus áreas protegidas, pero que afortunadamente ha aplazado. A pesar de las dificultades, y porque no tenemos otra opción para ilustrar la viñeta que sigue a este editorial, 2010 es desde ya un buen comienzo, como año internacional de la biodiversidad, y supone una excelente oportunidad para proteger y comprender la presencia humana y mejorar su naturaleza. Después de todo, no debemos olvidar, que de un lado y otro de la frontera, hace poco más de 30 años, que se salió de un modo de vida de subsistencia. Démosle pues algún margen al optimismo.

O Director

O Director

Cartoon

L

onge do cumprimento dos seus estatutos iniciais, os dois parques irmãos do Douro, são hoje uma realidade para os dois povos transfronteiriços, apesar de continuarem a ser vistos por alguns dos seus habitantes, com alguma desconfiança e serem a causa de certos impedimentos às liberdades e aos hábitos ancestrais. Por imposição legal, ambos os Parques instalaram-se nas propriedades das populações, prometendo uma vez mais o sonho, sempre inacabado, do desenvolvimento e da melhoria das suas condições de vida. Programados para proteger a biodiversidade - na qual se devem incluir os seus habitantes -, do lado espanhol, o Parque Natural de Arribes del Duero, mais jovem, tem demonstrado alguma capacidade para trabalhar o território juntamente com os seus habitantes, mas já o seu irmão mais velho, o Parque Natural do Douro Internacional, tem sofrido nos últimos anos uma degradação assustadora de falta de meios para além da sua inexistência enquanto entidade responsável pelo desenvolvimento de estratégias locais, ambientais

Editorial

...este cartoon foi criado para o número um do CONTRABANDO pelo conceituado caricaturista português Rui Pimentel,


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

OPINIÃO/OPINIÓN Para onde vai o PNDI? Domingos Amaro *

J

á passaram cerca de 30 anos, desde que alguns movimentos de cidadãos começaram, timidamente, a fazer notar que as arribas do Douro deviam ser um parque natural, dado o bom estado de equilíbrio dos ecossistemas, da importância faunística e florística, dos aspectos paisagísticos e da riqueza dos patrimónios arquitectónico, histórico e cultural deste território. E foi assim que, apesar do enorme trabalho da “contra informação” e dos fantasmas que lançaram (como as cobras de duas cabeças ou os aviões vermelhos que dispersavam mosquitos), em 11 de Maio de 1998, foi publicado o Decreto Regulamentar nº 8/98, que criava o Parque Natural do Douro Internacional (PNDI). Os parques naturais são, por definição, áreas humanizadas. Aliás, um dos objectivos específicos da criação do PNDI é, promover a melhoria

da qualidade de vida das populações, em harmonia com a conservação da natureza. Por isso,

único director. Há assuntos e problemas específicos de cada área protegida que exigem tomadas de decisão imediatas e que, por isso, não se compadecem com a falta de decisores no local e na hora, muito menos a 250Km de distância. - pela carência de meios humanos em face das inúmeras competências que lhe estão cometidas – o PNDI chegou a ter 10 técnicos e 7 vigilantes da natureza. Neste momento tem 4 técnicos na área da conservação e não tem qualquer vigilante da natureza! (o que não permite evitar que se consumam muitos atentados ambientais). - pela falta de apoio à agricultura tradicional. Não pode haver áreas protegidas sem que no seu interior se desenvolvam as diversas actividades económicas, nomeadamente as actividades agrárias. Os agricultores são os pilares que sustentam o PNDI, sem eles, ou contra eles, nunca haverá uma área protegida. Poderemos dizer que todas as espécies silvestres dependem, directa, ou indirectamente, das actividades agro-pecuária e florestal. Os sistemas agrários tradicionais não são competitivos, sob o ponto de vista de produtividade, pelo que necessitam de ser compensados. Os antigos Planos Zonais iam nesse sentido, mas as actuais Intervenções Territoriais Integradas, que os substituíram, não são aliciantes, dado os compromissos que os agricultores têm de assumir. - pela legislação que tem sido produzida (ex.: port. 754/03 de 2/08 e 1245/09 de 13 /10). Não se pode manter esta área protegida exclusivamente à custa das suas populações, bem pelo contrário, o PNDI é de toda a humanidade pelo que as populações suas guardiãs, devem ser ajudadas, como, por exemplo, pela isenção de taxas, ou do pagamento de pareceres técnicos/ ambientais. Mas aqueles diplomas determinam exactamente o contrário, penalizam as populações das áreas protegidas relativamente às populações que aí não residem. Se não arrepiarmos caminho, então brevemente apenas nos restará a consolação de poder contemplar uma área protegida na outra margem do Douro!

Os agricultores são os pilares que sustentam o PNDI, sem eles, ou contra eles, nunca haverá uma área protegida.

as expectativas que se criaram foram enormes: acreditou-se que a área protegida seria uma mais valia para esta região, por ser um factor de desenvolvimento rural e local, por poder atenuar a desertificação humana e inverter o fluxo do êxodo rural, através da criação de postos de trabalho, quer directos, quer indirectos. E, inicialmente, assim aconteceu – a gestão do parque foi dotada de meios humanos, materiais e financeiros (não os necessários, mas os suficientes, para começar), para que o PNDI fosse uma realidade. O entusiasmo foi enorme, nomeadamente dos jovens técnicos e vigilantes da natureza. O parque natural ia-se paulatinamente ganhando! Os seus detractores começavam a ficar sem argumentos! Actualmente estão a recuperá-los, mas agora com fundamento! Tive o enorme privilégio de, como responsável, participar na implementação do PNDI, mas neste momento estou muito apreensivo relativamente ao futuro, quer dos aspectos da conservação da natureza, quer das questões ambientais, quer das populações que aqui residem: - pela reestruturação que o ICNB sofreu há cerca de 3 anos, que agrupou várias áreas protegidas sob a tutela de um

* Primeiro director do PNDI

3

Santuarios de papel

P

* Juan Carlos Zamarreño

ocos lugares quedan tan agrestes como estos cañones del Duero y de sus afluentes. Salvajes y a la vez domésticos, con un corazón indómito, los paisajes arribeños se instalan en el alma de quien los contempla con ganas de entenderlos o al menos de sentirlos. Las aves cruzan impunemente la frontera, y a menudo las corrientes ascendentes que las sostienen emanan a la vez de las dos laderas del valle, formando espirales ibéricas que los pájaros convierten en visibles. Pasaron de siglo estas orillas con distinta suerte de conservación de sus partes cultivadas, que han sufrido un mayor abandono en la margen española, más notable cuanto más remotas las parcelas. El Parque Natural de Arribes del Duero (PNAD) llegó a las provincias de Salamanca y de Zamora tras una década de debates y polémicas. Ya era ZEPA desde 1990, y el Plan de Ordenación de los Recursos Naturales se inició en 1992, pero no fue aprobado hasta 2001. Fuera de los valles arropados, sobre la penillanura, se extienden paisajes de dehesas y berrocales no menos valiosos, a los que acuden muchos seres vivos para alimentarse. Para comprobar esta interdependencia del parque con su entorno bastan las aves carroñeras: sin ganado no podrían sobrevivir. El parque incluye sobre todo terrenos de propiedad privada. El PNAD es sólo una de las mitades inseparables de un espacio internacional. El territorio necesita una gestión transfronteriza y un esfuerzo parejo de los dos países para su gestión. Esta realidad debería atraer una mayor inversión que reforzase los vínculos entre sus administraciones y superase las barreras burocráticas y mentales, a veces más profundas que el desfiladero de los ríos durienses. Es evidente que un espacio natural parcialmente humanizado como este necesita a la gente para continuar. Pero estos pueblos no escapan a la tendencia general de la Raya: envejecen y se vacían con diversa intensidad según la zona. Están lejos de las bolsas suculentas de votos, apenas protestan y parece que por aquí los espacios naturales protegidos fueran tan sólo un recurso turístico más. Las inversiones oficiales favorecen especialmente el uso público, pero quizá olvidan la conservación de recursos imprescindibles para que el parque siga me-

reciéndose a sí mismo: la flora, la fauna, la población local, el paisaje. En muchos espacios naturales protegidos parecen imponerse la frivolidad sobre la enjundia, la masificación sobre la calma y la improvisación sobre los planes razonables. La vigilancia y la conservación adecuadas suponen también empleo, pero quizá se podría ir más allá. Uno cree que los espacios naturales protegidos podrían ser laboratorios para el desarrollo sostenible, donde probar iniciativas exportables al resto del territorio. Pero nuestros parques, y el de Arribes no es una excepción, ocupan muy poco sitio en los presupuestos. Los medios de conservación y de gestión quedan limitados y los perjuicios para la población local llegan a pesar más en la balanza que los beneficios que, sin duda, podría aportar un espacio bien dotado, querido y asumido por la gente de dentro. Seguramente ni este ni otros espacios protegidos deberían limitarse a conservar, recuperar y enseñar con cuidado sus recursos. Si los presupuestos fueran suficientes, los parques podrían ser verdaderos dinamizadores de desarrollo sostenible, con medios humanos y técnicos para intercambiar conocimientos con la población local. Por desgracia, muchos espacios terminan siendo parques de papel y cartel, con presupuestos escuálidos para su propio funcionamiento y para incentivar el crecimiento razonable de la sociedad local. A este lado del mundo parece que nos falta creer en lo que tenemos: lo que nos otorgó la naturaleza y lo que supimos conservar e incluso mejorar en ciertos casos. ¿Es sólo, o nada menos que cuestión de dinero? Por supuesto que no, pero sin recursos económicos tampoco es posible. Hay quizá un paso más allá: conseguir que la población local sienta el parque como suyo —como obviamente es— y coopere en su mantenimiento y su mejora, tanto directa como indirectamente. La fórmula de los parques parece la menos mala de las formas de conservar los santuarios naturales. No fue un invento ni portugués ni español y se aplica en todo el mundo, pero quizá —ahora que incluso se plantean leyes para impulsar la economía sostenible— sería ya tiempo de mejorar el molde.

Seguramente ni este ni otros espacios protegidos deberían limitarse a conservar, recuperar y enseñar con cuidado sus recursos.

* Naturalista que aprendió en las arribes Pub



VICENTE SIERRA PUPARELLI


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

6

CADERNO FOTO VICENTE PUPARELLI

Arribes del Duero vs Douro Internacional

por Daniel Gil

Dos parques hermanos, dos realidades distintas Dois parques irmãos, duas realidades distintas

VICENTE PUPARELLI

P

ara este caderno sobre Miranda do Douro. Do lado esos dois parques naturais, panhol o Parque Natural de Arirmãos/fronteiriços, exis- ribes del Duero (PNAD) abrange tentes no canhão dos as comarcas de Ciudad Rodrigo, rios Douro e Águeda, quisemos Vitigudino, Abadengo e Alistecomparar a presença destas Sayago. No PNDI, neste momento duas estruturas no território, financeira e administrativamente, existem quatro técnicos supede forma a contribuir para um riores com formação em consermelhor conhecimento da rea- vação da natureza, juntamente lidade destes projectos de con- com um engenheiro florestal, um sociólogo e dois adminisservação da natureza. Os dois Parques formam no trativos. Até Outubro de 2009 seu conjunto, um dos maiores o PNDI funcionou apenas com espaços protegidos da Europa, um vigilante a meio-tempo, mês em que deixou de com uma superAté Outubro ter qualquer vigifície de 192 605 de 2009 o PNDI lante para a totalihectares. Do lado espa- funcionou apenas dade da sua área nhol, total ou par- com um vigilante numa extensão de cialmente, estão in- a meio tempo, mês 120Km. No ano que pascluídos no parque, em que deixou de sou e na totalidade 37 municípios (24 ter qualquer da época de incênde Salamanca e vigilante 13 de Zamora). Já dios, o PNDI estedo lado português, ve sem viaturas de o território do Parque Natural primeira intervenção por falta do Douro Internacional (PNDI) de verbas, reconheceu ao CONabrange 3 concelhos do distrito TRABANDO o Instituto que o de Bragança e 1 do distrito da tutela. Guarda, num total de 35 fregueA equipa do PNAD é por sua sias. vez composta por três técnicos Os concelhos (ou municípios) superiores com formação em portugueses implicados - que- conservação da natureza (incorrespondem grosso modo às cluindo a directora-conservacomarcas espanholas e as fre- dora) e um administrativo-inforguesias aos municípios - são, de mador. Não existem vigilantes Sul para Norte, os de Figueira específicos para o Parque, mas de Castelo Rodrigo, Freixo de este conta com os Agentes do Espada à Cinta, Mogadouro e Meio ambiental (4 em Salaman-

...na totalidade da época de incêndios o PNDI esteve sem viaturas de primeira intervenção por falta de verbas... PNDI DANIEL GIL

...Não existem vigilantes específicos para o Parque, mas este conta com os Agentes Medioambientais... PNAD

P

ara este cuaderno sobre En el lado español el Parque los dos parques naturales Natural de las Arribes del Due,hermanos/fronterizos, ro (PNAD) abarca las comarcas existentes en el cañón de Ciudad Rodrigo, Vitigudino, de los ríos Duero y Águeda, qui- Abadengo y Aliste-Sayago. simos comparar la presencia de En el PNDI, en este momento estas dos estructuras en el terri- existen cuatro técnicos superiotorio, financiera y administrativa- res con formación en conservamente, de forma para contribuir ción de la naturaleza, juntamena un mejor conocimiento de la te con un ingeniero forestal, un realidad de estos proyectos de sociólogo y dos administrativos. conservación de la naturaleza. Hasta Octubre de 2009 el PNDI Los dos Parques forman en funcionó apenas con un vigilansu conjunto, uno de los mayores te a media-jornada, mes en que espacios protegidos de Europa, dejó de tener vigilantes para con una superficie la totalidad de su Hasta Octubre de 192 605 hectáárea en una extende 2009 el PNDI sión de 120Km. reas. En el lado es- funcionó apenas El año pasado con un vigilante durante toda la pañol, total o parcialmente, están a media-jornada, época de incenincluidos en el parmes en que dejó dios, el PNDI estuque, 37 municipios vo sin coches de de tener (24 de Salamanca primera intervenvigilantes y 13 de Zamora). ción por falta de Y en el lado pordinero, reconoció tugués, el territorio del Parque al CONTRABANDO, el Instituto Natural del Duero Internacional que lo tutela. (PNDI) abarca 3 “concelhos” del El equipo del PNAD está a su distrito de Bragança y 1 del dis- vez compuesto por tres técnicos trito de Guarda, en total 35 “fre- superiores con formación en la guesias”. conservación de la naturaleza Los municipios portugueses (incluyendo la directora-conserimplicados - que corresponden vadora) y un administrativo-ingrosso modo a las comarcas formador. No existen vigilantes españolas y las freguesias a los específicos para el Parque, pero municípios - Sur a Norte, los de éste cuenta con Agentes MedioFigueira de Castelo Rodrigo, ambientales (4 en Salamanca y Freixo de Espada à Cinta, Mo- 5 en Zamora), que efectúan gadouro y Miranda do Douro. en el terreno su trabajo en el


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

CUADERNO Parque Natural de Arribes del Duero

Parque Natural do Douro Internacional

O PNAD fue creado en 11 de Abril de 2002 Superficie: 106 105 ha.

O PNDI foi criado a 11 de Maio de 1998 Superfície: 85 146 ha.

Objetivos

Objectivos específicos Segundo o Decreto-Lei nº 8/98, de 11 de Maio

Segun la Ley nº 5/2002, de 11 de abril

A) Valorizar e conservar o património natural e o equilíbrio ecológico, através da preservação da biodiversidade e da utilização sustentável das espécies, habitats e ecossistemas;

A) Conservar, proteger y mejorar los recursos naturales, su vegetación, flora, fauna, gea, agua y paisaje, preservando la diversidad genética y manteniendo do la dinámica y estructura de sus ecosistemas. B) Restaurar, en lo posible, los ecosistemas y valores del Parque Natural que hayan sido deteriorados. C) Garantizar la conservación de su biodiversidad y la persistencia de las especies de flora y fauna singularmente amenazadas, con especial atención a la cigüeña negra y al águila perdicera. D) Promover el desarrollo socioeconómico de las poblaciones del Parque Natural, basado en el uso sostenible de los recursos naturales, y mejorar su calidad de vida, de forma compatible con la conservación de sus recursos naturales mediante políticas activas dirigidas a incrementar la población. E) Impulsar el conocimiento y disfrute de sus valores naturales y culturales, desde los puntos de vista educativo, científico, recreativo y turístico, fomentando un uso público ordenado y dotado del más minucioso respeto a los valores que se trata de proteger. F) Fomentar la realización de programas de cooperación conjunta con la Administración portuguesa competente de manera que contribuyan al desarrollo general del espacio natural. G) Comprometer, por parte del Gobierno de la Junta de Castilla y León y con carácter anual, las inversiones suficientes en materia de depuración de aguas, gestión de residuos y desarrollo sostenible como para incrementar el nivel de rentas de los habitantes del espacio natural y sus posibilidades de desarrollo. H) Potenciar acciones que favorezcan una mayor coordinación y cooperación entre los habitantes de los municipios de Salamanca y Zamora pertenecientes al Parque Natural. I) Potenciar la identidad cultural y los valores tradicionales de los municipios del Parque Natural, estableciendo las medidas necesarias para la conservación y restauración de su patrimonio cultural, arqueológico, histórico y artístico.

B) Promover a melhoria da qualidade de vida das populações em harmonia com a conservação da natureza; C) Valorizar e salvaguardar o património arquitectónico, histórico e cultural, com integral respeito pelas actividades tradicionais, designadamente a Região Demarcada do Douro, a mais antiga região demarcada do mundo; D) Ordenar e disciplinar as actividades recreativas na região de forma a evitar a degradação dos elementos naturais, seminaturais e paisagísticos, estéticos e culturais da região.

ca e 5 em Zamora), que efectu- o SEPNA e o SEPRONA. am no terreno o seu trabalho Na zona correspondente ao no cumprimento da legislação PNDI, as equipas do SEPNA ese gestão do meio ambiente do tão localizadas apenas em Moterritório, mais vasto que o pró- gadouro e Miranda do Douro, prio parque. deslocando-se no entanto aos Segundo a directora do municípios de Freixo de EspaPNAD, Ana Martínez, “la gesti- da à Cinta e Figueira de Castelo ón del Parque no está aislada Rodrigo, este último através do de los Servicios Territoriales de SEPNA de Vilar Formoso. Medio Ambiente y las Secciones Do lado de Castela e Leão, o de Espacios Naturales de ambas SEPRONA tem sede em Zamoprovincias, de modo que tambi- ra e actua em todo o território én existe colaboraem complemento No ano de 2007, ao trabalho dos ción con otros técnicos que trabajan o investimento no Agentes do Meio PNAD foi de cerca Ambiente, em paren ellas”. O panorama em de “2, 3 millones ceria com os escriPortugal é diferen- de euros y duran- tórios da Guardia te, pois a política Civil espalhados te 2008 fue de 3 pelas províncias de definida para os millones” Parques Naturais, Zamora e Salamandesde logo previu ca. para o Parque em questão, 7 Do ponto de vista orçamental técnicos superiores e 8 vigilan- e de gestão de recursos, durante tes da natureza, objectivo nunca o ano de 2007, o investimento alcançado e cada vez mais lon- no PNAD foi de cerca “2,3 millogínquo, com a situação actual. nes de euros y durante 2008 A região, que abrange o espaço fue de 3 millones”, provenientes do PNDI e onde actualmente de várias secretarias regionais, não existem Vigilantes da Natu- revela ao CONTRABANDO a direza, não conta com qualquer rectora Ana Martínez. tipo de agentes territoriais liga“La inversión realizada en dos à fiscalização ambiental do 2009 aún no está valorada, pero território. sigue la pauta del año anterior. Tanto do lado português Para el próximo año, con una como do lado espanhol, exis- baja importante en los presutem paralelamente equipas puestos, lo comprometido hasta militarizadas, ligadas à Guarda ahora es mantener las inversioNacional Republicana (GNR) e nes básicas, que suelen rondar à Guardia Civil, respectivamente los 2 millones de euros”, refere

7

Ana Martinéz

la gestión del Parque no está aislada de los Servicios Territoriales de Medio Ambiente...” DANIEL GIL

presidência do ICNB

O ICNB solicitou à sua tutela a abertura de um processo de recrutamento externo para reforço do corpo de Vigilantes da Natureza..”

cumplimiento de la legislación al PNDI, los equipos del SEPNA y gestión del medio ambiente están localizados sólo en Model territorio, más amplio que el gadouro y en Miranda do Doupropio parque. ro, deslocándose sin embargo Según la directora del PNAD, hasta los municípios de Freixo Ana Martínez, “la gestión del de Espada à Cinta y Figueira Parque no está aislada de los de Castelo Rodrigo, este último Servicios Territoriales de Medio através del SEPNA de Vilar ForAmbiente y las Secciones de Es- moso. pacios Naturales de ambas proEn el lado de Castilla y León, vincias, de modo que también el SEPRONA tiene sede en Zaexiste colaboración con otros mora y actúa en todo el territotécnicos que trabajan en ellas”. rio en complemento al trabajo El panorama en En el año de 2007, de los Agentes del Portugal es difeMedio Ambiente, la inversión en el en parcería con los rente, pues la política definida para PNAD fué de cerca puestos de la Guar“2,3 millones de dia Civil diseminalos Parques Naturales, desde luego dos por las provineuros y durante previó para el Parcias de Zamora y 2008 fué de 3 que en cuestión, 7 Salamanca. millones” técnicos superiores Desde el punto y 8 vigilantes de la de vista presupuesnaturaleza, objetivo nunca al- tario y de gestión de recursos, canzado y cada vez más lejano, durante el año de 2007, la incon la situación actual. La regi- versión en el PNAD fue de cerca ón, que abrange el espacio del “2,3 millones de euros y durante PNDI y donde actualmente no 2008 fue de 3 millones”, proexisten Vigilantes de la Natura- venientes de varias secretarías leza, no cuenta con ningún tipo regionales, revela al CONTRAde agentes territoriales ligados BANDO la directora Ana Martía la fiscalización ambiental del nez. territorio. “La inversión realizada en Tanto del lado portugués 2009 aún no está valorada, pero como del lado español, existen sigue la pauta del año anterior. paralelamente equipos militari- Para el próximo año, con una zados, ligados a la Guarda Na- baja importante en los presucional Republicana (GNR) y a la puestos, lo comprometido hasta Guardia Civil respectivamente el ahora es mantener las inversioSEPNA y el SEPRONA. nes básicas, que suelen rondar En la zona correspondiente los 2 millones de euros”, refiere


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

8

CUADERNO

Orçamento (2009)

Presupuesto (2009)

29,5(milhões de €uros) os)

89,5(milhones de €uros)

Área protegida (2008) 775,000 ha

Áreas Protegidas (2008) 620,000 ha

Espaços Naturais

Red de Espacios Naturales

Portugal

Castilla y León

Principais\principales aves rupícolas protegidas (PNDI\PNAD)

ainda a directora do parque es- áreas protegidas do mesmo departamento (...) sejam técnipanhol. O investimento público no cos, vigilantes ou directores”. PNAD, chega na sua totalida- A actual orgânica do ICNB asde da “Consejería de Medio senta numa “interdependência Ambiente”, organismo que em entre áreas protegidas inseridas Portugal pode ser relativamente num mesmo departamento, comparado com o Instituto de que assume um papel forte na Conservação da Natureza e Bio- actividade de gestão de todas diversidade (ICNB), zona Norte. essas áreas”. O ICNB, assegura O PNDI, desde a reestrutura- ainda “todas as despesas que ção do ICNB em 2004 deixou de a sua gestão actual implicam”, contar com o cargo de director, e reconhece que “as dificuldapelo que as respostas solicitadas des do PNDI são as dificuldades do ICNB em todas pelo CONTRABANO PNDI, desde a as Áreas”, explica DO foram veiculareestruturação este Instituto. das pelo presidente Quanto aos úldo ICNB, Tito Rosa do ICNB em 2004 e pelo director do deixou de contar timos orçamentos anuais do ICNB, departamento de com o cargo de e depois da falta gestão das áreas director. de resposta a esta classificadas Norte matéria durante as do ICNB, Lagido entrevistas publicadas na pág. Domingos. Sobre o orçamento público 10 acabamos por receber da directo referente ao PNDI não parte do Instituto os seguintes foram dadas quaisquer infor- valores: No ano de 2009, o ICNB, mações do ICNB, mas pelo que temos vindo a constatar no contou com 17,8 milhões de terreno, esse orçamento será euros para despesas de funcioextraordinariamente escasso e namento e com 11,8 milhões muito abaixo do seu congénere de investimento do Programa espanhol. de Investimentos e Despesas de Para o ICNB, este “não tem Desenvolvimento da Adminisum orçamento para cada área tração Central (PIDDAC), num protegida”. Tem antes ”a despe- total de 29,52 milhões de euros, sa fixa com salários dos colabo- valor que inclui co-financiamenradores que estão associados à tos comunitários para a gestão Área”, apesar de “todo o apoio de todo o território nacional dado à área protegida por co- português. Estes dados globais, não perlaboradores sediados noutras

Ana Martinéz

lo comprometido hasta ahora es mantener las inversiones básicas, que suelen rondar los 2 mil millones de Euros”

JOÃO COSME

presidência do ICNB

interdependência entre áreas protegidas inseridas num mesmo departamento, que assume um papel forte na actividade de gestão de todas essas áreas”

además la directora del parque otras áreas protegidas del misespañol. mo departamento (...) seam técLa inversión pública en el nicos, vigilantes o directores”. La PNAD, llega en su totalidad de actual organización del ICNB se la “Consejería de Medio Am- asienta en una “interdependénbiente”, organismo que en Por- cia entre áreas protegidas insetugal puede ser relativamente ridas en un mismo departamencomparado con el Instituto de to, que asume un papel fuerte Conservação da Natureza e Bio- en la actividad de gestión de diversidad (ICNB), zona Norte. todas esas áreas”. El ICNB, aseEl PNDI, desde la reestructu- gura además “todos los gastos ración del ICNB en 2004 dejó de que su gestión actual implica”, contar con el cargo de director, y reconoce que “las dificultades por lo que las respuestas solici- del PNDI son las dificultades del tadas por el CONEl PNDI, desde la ICNB en todas las TRABANDO fueÁreas”, explica este restructuración ron dirigidas para Instituto. el presidente del del ICNB en 2004 En cuanto a los ICNB, Tito Rosa e dejó de contar con últimos presupuespara el director del tos anuales del el cargo de departamento de ICNB, y después de director. gestión de las áreen esta materia no as clasificadas Nornos haber dado reste del ICNB, Lagido Domingos. puesta a las preguntas colocaSobre el presupuesto públi- das en las entrevistas de la pág. co directo referente al PNDI no 10, acabamos por recibir por fue dada ninguna información parte del Instituto los siguientes desde el ICNB, pero por lo que valores: hemos constatado en el terreEn el año 2009, el ICNB, conno, ese presupuesto será extra- tó con 17,8 millones de euros ordinariamente escaso y mucho para gastos de Funcionamiento más bajo que el de su congéne- y con 11,8 millones de inversire español. ón del Programa de Inversión y Para el ICNB, este “no tiene Gastos de Desarrollo de la Adun presupuesto para cada área ministración Central (PIDDAC), protegida”. Tiene primero ”el por un total de 29,52 millones gasto fijo con los salarios de los de euros, valor que incluye cocolaboradores que están asocia- financiamientos comunitarios dos al Área”, a pesar de “todo el para la gestión de todo el terriapoyo dado al área protegida torio nacional portugués. por colaboradores con sede en Estos datos globales, no per-


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

CADERNO

O valor da biodiversidade 2

www.portal.icnb.pt | www.sg.maotdr.gov.p | www.europarc.org | www.jcyl.es | www.marm.es | www.portaldelmedioambiente.com | www.ec.europa.eument | www.patrimonionatural.org | www.atnatureza.org | www.arribes.net |

Cartografia cedida por Jose Ignacio Izquierdo

010 foi declarado pelas Nações Unidas para todos aqueles que pretendem observar como o ano internacional da biodiver- as espécies aqui existentes, estar em contacsidade, durante o qual serão levadas a to com a natureza ou apenas ter uns dias de cabo inúmeras iniciativas em todo o globo sossego longe da rotina das cidades. Os dados estatísticos mostram que o turiscom o intuito de informar e sobretudo agir para que seja possível parar a perda da biodi- mo de natureza constitui já cerca de 10% de todas as viagens turísticas realizadas na Euroversidade que afecta o planeta. Um dos principais objectivos desta inicia- pa e com um crescimento estimado de 7% ao tiva é realçar a importância e o valor econó- ano, tornando-o no tipo de turismo com maior mico que a conservação da biodiversidade crescimento nos próximos anos. No norte da possui, que é possível conciliar a conservação Europa e ilhas Britânicas, o turismo de natude espécies com a produção de riqueza, que reza tem sido um dos principais impulsionaé possível aproximar as populações dos seus dores da economia das zonas rurais, atraindo valores naturais e que tem no turismo de na- visitantes, dinamizando populações e criando tureza um dos maiores elos de ligação entre novos empregos. Este cenário está longe da realidade ibérica, mas num futuro a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento ...é possível con- que se pretende próximo a região ciliar a conserva- do Douro Internacional ocupa económico local. Os países mediterrânicos, ção de espécies uma posição privilegiada para ser devido à sua grande divercom a produção um destino de excelência, sendo que os valores naturais e as espésidade de habitats, são dos de riqueza cies que aqui existem ocupam um que mais espécies ameaçadas papel de destaque no que podepossuem e não é excepção a região do Douro fronteiriço que com o Par- rá ser o principal motor de desenvolvimento que Natural do Douro Internacional do lado desta região para os próximos anos. Como tal Português e o Parque Natural de Arribes del depende da cada um de nós a manutenção Duero do lado de Espanha constituem em de todo o património natural do qual irão deconjunto uma das mais extensas áreas prote- pender directa e indirectamente as próximas gidas em toda a Europa. A diversidade de pai- gerações. * Biólogo recém-formado sagens, de espécies e de tradições que aqui existem tornam-na num apetecível destino

Espaços naturais sobre um regime de protecção na zona de fronteira de Castela e Leão com Portugal

Cartografia: JOSÈ I. IZQUIERDO

* João Quadrado

mitem explicar uma eventual e euros, segundo o Orçamento correcta distribuição do orça- de Estado de 2009, dos quais, mento do ICNB em função da apenas 39,5 milhões foram gassuperfície das áreas protegidas tos com serviços na área do amde Portugal, que no caso do biente, ou seja, 0,024% de um PNDI, representa, cerca de 8% total de 161 mil milhões. do total. Já em comparação com a enÉ certo que cada área tem as tidade administrativa que tutela suas especificidades, e no caso o território do PNAD, a Junta de dos dois Parques do Douro es- Castela e Leão, o orçamento fites representam uma riqueza de nanceiro geral de 2009 para a biodiversidade de especial im- “Consejería de Medio Ambienportância na Península Ibérica. te” foi cerca de 89,5 milhões, o O CONTRABANequivalente a 0,9% ...é possível no DO sabe, que a da totalidade do entanto concluir orçamento de toda maior fatia dos cerque existe uma ca de 28 milhões a comunidade aude euros do orça- forte desigualda- tónoma e rondou mento do ICNB, de, perante dois os 10,5 mil milhões fica nos serviços de euros. territórios, em centrais (Lisboa), Recordando alpara poderem tudo semelhantes guns dados gerais: e pertencentes à Castela e Leão têm ser cumpridos os compromissos das mesma Comunida- aproximadamente convenções intera mesma área terde Europeia. nacionais e para ritorial de Portugal outros projectos continental e cerca de conservação que são geri- de quatro vezes menos populados a partir daí. Assim, torna-se ção. muito difícil fazer uma previsão Apesar de não ser totalmente de quanto dinheiro deveria ser correcto, apenas com base nesgasto pelo Estado no PNDI, mas tes dados, estabelecer a compao que é certo é que tem sido ração entre uma comunidade francamente escasso, como re- autónoma de um País com ouconhece o próprio ICNB. tro País, é possível no entanto A despesa do Estado por- concluir que existe uma forte tuguês com o Ministério do desigualdade, perante dois terAmbiente, Ordenamento do ritórios, em tudo semelhantes e Território e do Desenvolvimen- pertencentes à mesma Comunito Regional, assim se designa, dade Europeia. foi de cerca de 253 milhões de

9

El presupuesto financiero general de 2009 para la “Consejería de Medio Ambiente” fué cerca de 89,5 millones, el equivalente al 0,9% de la totalidad para toda la comunidad autónoma PNAD JOÃO COSME

Segundo o OE para 2009, apenas 39,5 milhões de euros foram gastos com serviços na área do ambiente, ou seja: 0,024% do total PNDI

miten explicar una eventual y del Estado de 2009, de los cuacorrecta distribución del presu- les, apenas 39,5 millones fueron puesto del ICNB en función de gastados en servicios en el área la superficie de las áreas protegi- del ambiente, o sea: 0,024% de das de Portugal, que en el caso un total de 161 mil millones de del PNDI, representa, cerca del euros. 8 por ciento del total. En comparación con la entiEs cierto que cada área tiene dad administrativa que tutela el sus particularidades, y en el caso territorio del PNAD, la Junta de de los dos Parques del Duero és- Castilla y León, el presupuesto fitas representan una riqueza de nanciero general de 2009 para biodiversidad de especial impor- la “Consejería de Medio Amtancia en la Península Ibérica. biente” fue cerca de 89,5 milloEl CONTRAnes, el equivalente ...es posible sin BANDO sabe, que al 0,9% de la totaliembargo concluir la mayor porción dad del presupuesque existe una de los cerca de 28 to de toda la comufuerte desigualmillones de euros nidad autónoma y del presupuesto dad, entre los dos rondó los 10,5 mil del ICNB, queda en territórios, que se millones de euros. los servicios centraRecordando presentan les (Lisboa), para algunos datos gepoder cumplir con semejantes y per- nerales: Castilla y tenecientes a la los compromisos León tiene aproxide las convencio- misma Comunidad madamente la misnes internacionama área territorial Europea. les y para otros de Portugal contiproyectos de conservación que nental y cerca de cuatro veces son gestionados a partir de ahí. menos populación. Así, es muy difícil hacer una preA pesar de no ser totalmente visión de cuanto dinero debería correcto, apenas con base en gastarse el Estado en el PNDI, estos datos, establecer la compero lo que es cierto es que ha paración entre una comunidad sido francamente escaso, como autónoma de un País con otro reconoce el propio ICNB. País, es posible sin embargo El gasto del Estado portugués concluir que existe una fuerte con el Ministerio de Ambiente, desigualdad, entre los dos terOrdenamiento del Territorio y ritorios, que se presentan semede Desarrollo Regional, así se lla- jantes y pertenecientes a la misma, fue de cerca de 253 millones ma Comunidad Europea. de euros, según el presupuesto


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

10

ENTREVISDIÁRIO DO MINHO

entrevista Lagido Domingos por Daniel Gil

Q

ue avaliação é possível ser feita da relação do PNDI com as populações locais, decorridos que estão cerca de 12 anos de existência? 12 anos de existência não é muito tempo de experiência para uma Área Protegida. É natural que as expectativas iniciais fossem superiores à realidade vivida. Mas, seguramente, o reconhecimento pela sociedade dos valores naturais em presença ao criar o PNDI permite potenciar resultados que de outro modo não existiriam. A evolução sócio-económica, relativamente rápida, que se tem verificado nestes territórios exige uma permanente adequação da estratégia de intervenção de modo a garantir que a conservação da natureza e a biodiversidade sejam um recurso interessante para estas populações. DIREITOS RESERVADOS

Quais os principais projectos para o PNDI e que medidas estão a ser tomadas para os concretizar? É prioridade para o ano 2010 promover esta Área Protegida de elevado potencial. Antes de mais, é intenção resolver o problema das instalações da sede do PNDI em Mogadouro concretizando um projecto que está a ser desenvolvido com a Câmara de Mogadouro para o efeito. É, também, nossa intenção resolver o problema da porta de Miranda do Douro que tem já financiamento garantido e que está a ser desenvolvido em articulação com a Câmara local. De igual modo será retomado um projecto antigo para a porta de Figueira de Castelo Rodrigo. Tencionamos, também, em articulação com a Câmara de Freixo de Espada à Cinta, resolver o problema de articulação dos habitantes deste concelho com o PNDI. No sentido de promover o PNDI é nossa intenção promover a visitação de grande qualidade, acompanhada por técnicos qualificados, dirigida a grupos de “opinion-makers” durante o próximo ano. Como tem sido a relação do PNDI com o vizinho “Arribes del Duero” e que projectos co-

por Daniel Gil

Q

PN Douro Internacional

(Parque Nacional da Peneda-Gerês e Parques Naturais do Douro Internacional, Montesinho, Alvão, Litoral Norte, para além da Rede Natur no Norte) muns estão em funcionamento ou pretendem vir a ser executados? Desde 1995 que se iniciaram contactos e projectos conjuntos na área do estudo, monitorização e conservação da fauna, nomeadamente em termos das grandes aves que nidificam nos afloramentos escarpados de ambas as margens do Rio Douro. É uma fauna transfronteiriça, ou internacional, que tem que se gerida em conjunto pelos dois parques. O projecto MCAR – Monitorização e Conservação de Aves Rupícolas faz este ano (2010) 15 anos e é sem duvida o projecto ibérico mais antigo em matéria de conservação da fauna. Apesar da fronteira orográfica e das dificuldades de comunicação e logísticas ambos os parques têm mobilizado todos os anos quase 20 pessoas. Em Portugal já fomos mais mas, apesar das dificuldades, o ICNB tem ainda disponíveis 2 técnicos neste projecto. Existe alguma estratégia de fusão entre os dois parques ou uma perspectiva de cooperação mais alargada? Antes de caminhar no sentido de uma estratégia de fusão dos dois parques é fundamental estreitar a cooperação entre eles. À semelhança do que vem

sendo feito noutras áreas Protegidas Transfronteiriças, tencionamos estabelecer protocolos de cooperação que se materializem em projectos conjuntos de articulação da gestão e de aperfeiçoamento do conhecimento destes territórios. Qual a dependência financeira deste Parque em relação às autarquias e privados como a EDP e que outras possibilidades existem de financiamento, comunitário, ou de parceiros no terreno? Estes territórios têm que ter uma gestão articulada entre as várias instituições intervenientes. Neste sentido, a articulação com as autarquias é essencial bem como com outras entidades públicas e privadas intervenientes. Os contactos existentes são um bom sinal de que muito se poderá fazer neste domínio. A reactivação do troço férreo entre Poçinho e Barca d’Alva – (Funte de San Estaban) é também ele estratégico para o futuro do PNDI? É estratégico por causa do impacte ambiental que um mega projecto como este possa ter. Este projecto deverá ser objecto de uma avaliação de impacte ambiental e mediante a informa-

ção obtida será decidido que tipo de intervenção e que carga este ecossistema tão sensível aguenta. Numa área em que a prioridade é a conservação da natureza temos que ter algumas cautelas em matéria de projectos de infra-estruturas. Acreditamos no ecoturismo e nos processos sustentáveis de valorização socioeconómica da área. Tem ou terá importância este Parque nas relações transfronteiriças, e no desenvolvimento socioeconómico das populações locais raianas, numa região que é considerada das mais pobres da Europa e certamente a mais pobre da Península Ibérica? A promoção deste território, de um lado e do outro da fronteira, tem de ser uma tarefa articulada. A relação informal tem sido muito boa. Falta fazer o percurso da relação mais institucional. Interessa promover a Conservação da Natureza e a Biodiversidade, mas, também, promover projectos conjuntos que tragam oportunidades económicas de que as populações possam beneficiar. Estamos muito empenhados nesta tarefa.

entrevista Tito Rosa

ue medidas está a tomar o ICNB para alterar a situação financeira e consequentemente a falta de vigilantes/condições de trabalho, e igualmente sobre as veiaturas de primeira intervenção parados à vários meses? A Presidência do ICNB reconhece

Lagido Domingos é director do departamento de gestão das áreas classificadas Norte (DGAC-N) do ICNB

que os meios disponíveis no PNDI Internacional são francamente escassos, quer por ter deixado recentemente de ter Vigilantes da Natureza nesta Área Protegida, situação que dificulta a operacionalidade do ICNB no local, quer devido às dificuldades logísticas relacionadas com o parque automóvel necessário para a deslocação dos técnicos no âmbito das suas funções. O ICNB solicitou à sua tutela a abertura de um processo de recrutamento externo para reforço do corpo de Vigilantes da Natureza, que teve resposta positiva, estando o processo em curso. Relativamente à aquisição de novas viaturas, espera-se um reforço da actual frota em 2010, suportado pelo orçamento do ICNB e também através da cedência de viaturas no âmbito

Tito Rosa é presidente do ICNB de Portugal

Instituto de Conservaçao da Natureza e Biodiversidade (ICNB) de Portugal de projectos com financiamento europeu para a vigilância de incêndios. Que avaliação geral faz o ICNB da sua presença territorial nestes últimos 10 anos, quais os desafios a que se propõe e como espera alcançar esses objectivos? Não escondendo as dificuldades e os constrangimentos inerentes a esta missão o balanço é positivo. Intervir em territórios humanizados com perspectiva de ao mesmo tempo que se contribui para a preservação de valores naturais não impedir, antes promover o desenvolvimento, exige muita ponderação, acertadas estratégias, boa articulação com as populações, as empresas e a s entidades locais de gestão do território. É assim, que

o ICNB aposta claramente, quiçá que foi passada a necessidade de delimitar e proteger áreas, espécies e habitat, em ser agente de promoção de desenvolvimento sustentável numa óptica de potenciar a diferença que advém das actividades económicas e sociais se desenvolverem em territórios de oportunidade com altos valores naturais. Interagir com os residentes, articular actuações, informar e comunicar melhor, desenvolver planos e investimentos potenciadores de riqueza são as vias para o objectivo estratégico. Como está estruturado o financiamento do ICNB, nomeadamente para os Parques Naturais e como tem sido a sua evolução em números concretos nos últi-

mos anos? O financiamento das intervenções é feito maioritariamente através do Orçamento do ICNB e marginalmente das receitas arrecadadas com algumas actividades. No orçamento conta-se o de funcionamento, despesas correntes, e o de investimento o qual alavanca fundos comunitários no quadro do QREN e outros Programas. Nos últimos dois anos o ICNB tem registado uma evolução positiva nesta matéria. Que dificuldades estão referenciadas pelo ICNB em termos de cumprimento dos estatutos e legislação dos parques naturais e que desenvolvimentos estão a ser preparados nesse sentido? Persistem algumas dificuldades. Umas inerentes ao próprio condi-


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

ENTREVISTA cionamento de algumas actividades sobretudo em áreas com maior estatuto de protecção, outras por menor informação dos cidadãos e ainda outras por manifesta prevaricação. Se nas primeiras tem havido e continuará a ser feito forte investimento para adequar melhor os condicionalismos às actividades procurando-se que se potenciem, nas segundas haverá que mobilizar melhorar a cooperação com DIREITOS RESERVADOS

as estruturas locais de cidadãos. Finalmente, a melhoria dos serviços de fiscalização e uma mais rápida instrução de processos conduzirá a melhores resultados no combate ao terceiro tipo de dificuldades apontado. Quais os principais resultados nacionais alcançados e que projectos propostos faltam ainda concretizar? As Áreas protegidas

estão hoje mais sólidas, com maior entendimento público fruto do crescimento das preocupações ambientais e de protecção da natureza por parte dos cidadãos. Que estruturas faltam melhorar ou alterar em termos organizacionais internos ou territoriais? O ICNB sofreu uma recente transformação que está ainda na fase de consolidação. Tal renovação

por Daniel Gil los mismos que han marcado la gestión del Parque hasta este momento, pues al ser un Parque muy joven aún no se han desarrollado totalmente los Planes iniciados (Plan de Uso público, Plan de Conservación, que conforman en Plan Rector de Uso y Gestión), de modo que el reto es conseguir más personal y más inversión para llevarlos a cabo.

Q

dispersão espacial era sobretudo de dispersão de gestão, encontrava-se debilitado não optimizando as potencialidades existentes quer de estrutura quer no que se refere à qualidade e experiência dos seus recursos humanos. Inverter a situação tem sido o trajecto destes tempos após reestruturação orgânica.

entrevista Ana Martínez Fernández

ue avaliação geral faz o PNAD da sua presença territorial nestes últimos 7 anos, quais os desafios e como espera alcançar esses objectivos? El Parque Natural se declaró en Junio del año 2001. En este año comienzan las inversiones ligadas a proyectos de obras que proponen los Ayuntamientos del Parque. La mayoría de ellos estaban relacionados con mejora de los núcleos urbanos (pavimentación de calles, alumbrado, abastecimiento y saneamiento de aguas…). Desde entonces, los Ayuntamientos cuentan con un dinero anual fijo al que se unen otras inversiones que realiza el Parque en obras de uso publico y turismo, conservación de hábitats y especies, etc. Ésto, sin duda, genera un pequeño motor de desarrollo en una zona secularmente olvidada, lo cual es valorado positivamente. En Diciembre de 2009 se cumplen siete años desde que se iniciara la gestión del Parque con el equipo director actual y la celebración anual de la Junta Rectora, el órgano consultivo del Parque. Tanto los Ayuntamientos como otras Administraciones con competencia en este vasto territorio, se han ido comprometiendo en actuaciones para mejorar el entorno, las infraestructuras… participando también en la conservación del Parque Natural. No existen grandes conflictos provocados por proyectos o actuaciones incompatibles con la conservación, pues la normativa que emana del Plan de Ordenación de los Recursos Naturales del Parque (PORN) se va cumpliendo con normalidad. Los objetivos futuros son

foi executada com vista a dotar o Instituto de maior capacidade de gestão, maior coerência e mais eficácia. Não sendo os resultados alcançados apenas por alterações formais de orgânica, investe-se hoje muito claramente em termos organizacionais, de maior partilha de recursos, de maior solidariedade de gestão entre Áreas Protegidas. O Instituto com o modelo anterior que, não sendo apenas de

10

Como está estruturado o financiamento do PNAD? La inversión económica que se destina al Parque Natural procede de la Consejería de Medio Ambiente, de los presupuestos que se destinan para la gestión y conservación de los Espacios Naturales. En casos puntuales en temas de conservación, se han desarrollado proyectos con una buena parte de inversión de la Unión Europea (LIFE, INTERREG, FEADER). Que dificuldades estão referenciadas pelo PNAD em termos de cumprimento dos estatutos e legislação dos parques naturais e que desenvolvimentos estão a ser preparados nesse sentido? El Parque Natural cuenta con un Plan de Ordenación de los Recursos Naturales en el que se establece una zonificación y una normativa bastante exhaustiva y completa. Este PORN ha sido y es una herramienta imprescindible y muy eficaz para gestionar. Sin embargo, dada la amplitud del territorio y el conocimiento adquirido sobre planificación de usos y conservación de recursos en estos siete años, a través de las actividades solicitadas, los proyectos desarrollados, la actualización de la normativa sobre conservación, usos del suelo, etc; hemos comprobado que es necesario revisar la información cartográfica, definir mejor la zonificación del territorio y avanzar en algún aspecto de la normativa de gestión que nos ayude a ser más eficaces. Que estruturas do PNAD faltam melhorar ou alterar em termos organizacionais? Tal como está estructurada la administración de los Espacios Naturales en la Comunidad de Castilla y León, las caracte-

rísticas y extensión de este Parque biprovincial, fronterizo además con otro Parque en otro país, obliga a un tipo de relaciones administrativas de gestión más complejas de lo habitual. Por ello, es necesario avanzar en mejorar la estructura administrativa de este Parque Natural que facilite las relaciones no solo entre las provincias de las que depende, sino también con Portugal. En ello va incluido el dotarlo con más personal y medios. Quais os principais projectos para o PNAD e que medidas estão a ser tomadas para os concretizar? Como ya se ha comentado antes, los principales proyectos se refieren a dar continuidad al desarrollo de los Planes ya iniciados, sobre todo las actuaciones referentes al Plan de Conservación del Parque, completando los inventarios de hábitats y especies, así como las medidas tomadas en cada caso. En cuanto a las Casas del Parque, se finalizará la ampliación del edificio de Sobradillo (Salamanca) para dotarlo y ponerlo en funcionamiento lo antes posible. Como tem sido a relação do PNAD com o vizinho PNDI e quais os projectos comuns? La relación con el PNDI es una relación técnica y amistosa también, pues desde el año 1993 se encuadra en una colaboración y coordinación constantes en temas de seguimiento de la fauna ligada a los cantiles rocosos y el cumplimiento de la normativa que afecta a los tramos fronterizos de los ríos en términos de conservación y gestión de ciertos recursos (navegación, actividades turísticas, gestión del agua). En estos momentos, el proyecto común de ambos Parques es seguir trabajando en su conservación a través de objetivos comunes que defendemos. Existe alguma estratégia de fusão entre os dois parques ou uma perspectiva de cooperação mais alargada? La fusión entre los dos Parques desde el punto de vista administrativo es complicada ya que se trata de dos países con estructuras de gestión diferentes y

Ana Martínez Fernández és Directora-conservadora del

Parque Natural de Arribes del Duero (Salamanca-Zamora)

muy difíciles de consensuar por la propia dinámica de los gobiernos, que tienen normativas propias e independientes. Creemos que no existe ninguna perspectiva de fusión en este sentido y que no es necesario tener un Parque único, pues tenemos la suerte de tener dos y además con la posibilidad de ser gestionados por equipos diferentes de personas, aportando puntos de vista diferentes y enriquecedores, adaptados a la realidad de cada país. Por eso, pensamos que no consiste en buscar fórmulas nuevas sino mejorar las que existen. Y todo pasa por dotar bien esos equipos que trabajan en ambos Parques, tanto desde el punto de vista humano, como material….el resto es fácil, pues perseguimos lo mismo: conservar uno de los espacios internacionales protegidos más ricos que existen. Esta es nuestra perspectiva de cooperación a largo plazo. Qual a dependência financeira deste Parque em relação aos municípios, comarcas e privados , como a Iberdrola e que outras possibilidades existem de financiamento, comunitário, ou de parceiros no terreno? El Parque es independiente económicamente, pues como se ha comentado el dinero que se invierte en su gestión procede de la Consejería de Medio Ambiente. Los Ayuntamientos desarrollan sus propios proyectos y muchas veces se complementan con los nuestros, con lo que se consigue mucho más. En el caso de IBEDROLA, desde hace dos años financia a través de la Fundación del Patrimonio Natural de Castilla y León una buena parte del desarrollo del Plan de Conservación del Águila de Bonelli (Hieraeatus fasciatus) en toda la región de Castilla y León. Dado que la mayor población de esta especie está en el Parque Natural de Arribes del Duero, la mayor parte del proyecto se desarrolla aquí y se complementa con el que lleva a cabo el Parque Natural do Douro Internacional sobre Conservación de Rupícolas. A reactivação do troço ferroviá-

rio entre Pocinho - Barca d’Alva/ La Fregeneda - La Fuente de San Esteban, é também ele estratégico para o futuro do PNAD? Conocemos esta idea desde hace tiempo, aunque no todas las vicisitudes por las que ha pasado pues se trata de un proyecto que han promovido otras instituciones. Desde el Parque Natural solo hemos informado cuando nos han pedido parecer sobra alguna actuación muy concreta relacionada con el mantenimiento de la Vía Férrea, en relación a las medidas de conservación de especies y hábitats, tal como obliga la normativa europea. Consideramos que es una estructura muy interesante, con un valor histórico y paisajístico incontestable, pero desconocemos si ya existe un proyecto completo que proponga una solución clara para la reactivación, con sus pros y contras, dado que parece un proyecto que implica a muchos responsables y antes de decidir hasta dónde se puede llegar con él, se debería realizar un buen análisis de viabilidad, tanto económica como ambiental. Que importância tem ou terá este Parque nas relações transfronteiriças, e no desenvolvimento socioeconómico das suas populações, numa região que é considerada das mais pobres da Europa e certamente a mais pobre da Península Ibérica? Creemos que tiene una gran importancia. El hecho de que existan dos Parques Naturales tan similares y siendo frontera en una buena parte de su extensión, a parte de la implicación que supone a nivel técnico, es un reto para los responsables políticos de España y Portugal, que sin duda tienen que hacer un verdadero esfuerzo para el consenso. Si se apuesta por un desarrollo socioeconómico de las poblaciones de esta frontera desde los objetivos de ambos Parques Naturales, para conservar y desarrollar este gran territorio natural, resulta una oportunidad única para promover una gestión sostenible y conjunta de Espacios Naturales en el ámbito de la Unión Europea, que sin duda redundará en beneficio de todos.


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

11

ALMANAQUE

Almanaque d’agua

DANIEL GIL

dia 30 dia 23

2010

dia 15

Janeiro

Janeiro é o primeiro mês do ano nos calendário juliano e gregoriano. É composto por 31 dias. O nome provém do latim Ianuarius, décimo-primeiro mês do calendário de Numa Pompílio, o qual era uma homenagem a Jano, deus da mitologia romana. Júlio César estabeleceu que o ano deveria começar na primeira lua nova após o solstício de inverno, que no hemisfério norte era a 21 de dezembro, a partir do ano 709 romano (45 a.C.). Nessa ocasião o início do ano ocorreu oito dias após o solstício. Posteriormente o início do ano foi alterado para onze dias após o solstício. de janus,o deus romano do começo,que tinha duas faces,uma olhando para tras, o passado e outra olhando para frente,o futuro.

dia 7

Enero

Enero (del latín ianuarius--> janeiro --> janero --> enero) es el primer mes del año en el calendario gregoriano y tiene 31 días. Toma su nombre del dios Jano, del latín Janus, representado con dos caras, el espíritu de las puertas y del principio y el final. Sin embargo, enero no siempre ha sido el primer mes del año. En realidad, el primitivo año de los romanos tenía diez meses (304 días en total) y comenzaba con Martius, dedicado al dios Marte, que pasó a ser marzo en español. La leyenda fija en 713 a. C., cuando el rey Numa Pompilio, sucesor de Rómulo, añadió los meses de enero y febrero para completar el año lunar (355 días).

1749, GARRIDO, João António - Livro de agricultura em que se trata com clareza, e distinçaõ do modo, e tempo de cultivar as terras de paõ, vinho, azeite, hortaliças, flores dos jardins, e pumares de fruta, como também da criaçaõ dos animaes domesticos, e da cassa dos bravios. Com muitos segredos, e importantes avizos, para que os homens do campo recolhaõ mais copiozo fruto do seu trabalho nas obras da agricultura. © Universidade de Coimbra. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Botânica

Horóscopo po Chino 20 p 2010 010 a año ño del Tigre (1 (14 de Febrero) 196 62, 1974, 1974, 1986, 1986, 1998) (1914, 1926, 1938, 1950, 1962,

Las horas regidas por el Tigre: de las 3 a.m. a las 5 a.m. | Puntos cardinales correspondientes al signo: Este-Nordeste | Estación y mes: Primavera - Febrero | Signo occidental: Acuario | Elemento fijo: Madera | Haste: Positivo Color: Rojo Fragancia: Mirra | Sabor: Salado | Alimento: Carne | Bebida: Licor de guinda, Vino de Oporto | Animal: Jaguar | Especia: Pimentón, Mostaza | Flor: Rosa | Árbol: Cedro | Metal: Hierro, Acero | Piedra preciosa: Amatista, Diamante | Instrumento musical: Trompeta | Día del Mes: 15 | Número: 33

Previsiones para ra el 2010 0 - - Es Este ste te ser será errá defi d de definitivamente efini fifini nitiva ivam vaame mente un año explosivo. Em Empezará de una manera estreon lágrimass en en los os ojos. os ojos. Va Va a ser ser se er un u año año ñ en continuo conttin inuo u conflicto y desacuerdo, lleno de desaspitosa y acabará con ueede u de vvenir enir e iirse rse fá áci cilm lmen nte te. El fuertee y vvigoroso igoroso año del Tigre puede también, sin tres de todo tipo. Laa suerte p puede fácilmente. vechado op araa in iinyectar inyect n taarr vidaa y vi vvitalidad, vita ita t lid da así como dad, da com mo para p ra apostar en las causas perdidas. Será pa embargo, ser aprovechado para mento o de de cam mbio fu uer erte, p pa ara ra lla a pr p essentación dee id iideas deas nuevas y sorprendentes, especialmenigualmente un momento cambio fuerte, para presentación alo lor or im imp mp peetu t oso o de d el añ ño d el ti ttigre, igre, a pesar de su ssus us as aaspectos spe p ctos ne te controvertidas. El ca calor impetuoso del año del negativos, tendrá un efecto de ión n general. g neral. Asíí como ge com omo el el intenso intensso so calor callo orr es es necesario necesa ne cessaari ce r o para paara extraer los metales preciosos de sus par limpieza y purificación grre ttambién am mbi bién puedee ssacar acar llo o mejor que ex xisste te en nues respectivas minas, el año del tigr tigre existe nuestra propia naturaleza. Tenga ño co cconsejo on on nssejo para este añ aaño ño im impr prev pr evissib blee - aag gár gá árrese bien a su sentido del humor y deje en cuenta tan sólo un pequeñ pequeño imprevisible agárrese radas enterradas o escondidas durante este año. las caras malhumoradas

Internet

www.contrabando.org

.......................envie-nos a sua agenda cultural

geral@contrabando.org

cartas al director, propuestas, etc.....................

Numerologia “Contrabando - 1/01/2010” por Paulo Cardoso

5. O Irreverente

Pertence ao Elemento FOGO – Cor: LARANJA Activo: Impulsivo, insatisfeito, inquieto, nervoso, irresponsável, irreverente, libertino, mentiroso | Passivo: Permissivo, incapaz de aprender com a experiência, receia a inovação, foge de regras e de responsabilidades | Equilibrado: Curioso, flexível, progressista, aventureiro, corajoso, gosta de viajar, versátil, criativo, bom comunicador. Tendo este Número de Vida, o propósito da sua existência tem a ver com o desenvolvimento de grande abertura mental, a expansão dos seus conhecimentos e o alargamento da sua visão da vida. Este Número de Vida representa um motor de progresso, pois traz consigo um certo espírito de rebeldia, inovação e aventura. Assim, deverá estar aberto a novas experiências, afastando-se da rotina e da monotonia. Deve cultivar a versatilidade e a flexibilidade mental e física. Não deverá acomodar-se a situações aparentemente confortáveis, pois elas serão um anestésico para o seu espírito, que poderá adormecer e não evoluir, não cumprindo assim o seu propósito de vida. A estabilidade só é importante para que possa descansar a sua mente inquieta e serenar o seu corpo, para logo em seguida partir em busca de novos rumos. Dado que esta energia de Fogo pode provocar muita impulsividade, é importante que cultive moderação e equilíbrio, evitando reagir demasiado precipitadamente. As ‘entidades’ com este Número de Vida são versáteis, inteligentes e criativas, por isso podem fazer qualquer coisa que desejem. A liberdade é absolutamente essencial para elas.


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

CALENDARIO

12

Janeiro calendário Enero

Dia 1 - 1502: Navegadores portugueses exploram a Baía da Guanabara e confundem-na com a foz de um rio, chamando-a de Rio de Janeiro, atual mente a segunda cidade mais populosa do Brasil. 1707: D. João V é coroado rei de Portugal. 1986: Portugal e Espanha Rei D. João V - O Magnânimo aderem à Comunidade Européia. Dia 2 - Em 1978, o Governo espanhol aprovava o regime autónomo do País Basco. Dia 3 - Em 1977, tomavam posse os primeiros presidentes de municípios eleitos em Portugal, em meio século. Dia 4 - Nesta data, em 1248, morria em Toledo, Sancho II de Portugal. Dia 5 - Em 1984, era determinada a verba de um milhão e 500 mil contos (cerca de 7,5 milhões de euros), para capital mínimo de abertura de um banco privado em Portugal. Dia 6 - Em 1975, Portugal estabelecia relações diplomáticas com a China.

Dia 7 - Nesta data, em 1325, morria D. Dinis e em 1355, Inês de Castro era assassinada. Dia 8 - Em 1933, era inaugurado, em Lisboa, no Campo Grande, o monumento aos Heróis da Guerra Peninsular. Dia 9 - Nesta data, em 1154, D. Afonso Henriques concedia foral à vila de Sintra. Em 1522, Adriano de Utrecht, regente de Espanha, era eleito Papa, assumindo o nome de Adriano VI. Foi o último Papa não italiano até João Paulo II. Dia 10 - Nesta data, em 1875, Antero de Quental e José Fontana fundavam o primeiro Partido Socialista Português. Dia 11 - Nesta data, em 1148, D. Afonso Henriques conquistava Óbidos aos Antero de Quental mouros. Em 1580, começavam as Cortes de Almeirim, que reconheceram o direito de Filipe II de Espanha ao trono português, como Filipe I. Dia 12 - 1759 - Sebastião José de Carvalho e Melo, Secretário de Estado do rei D. José I, manda explulsar os Jesuítas de Portugal.Dia 13 - Em 1984, os representantes de nove repúblicas de Coimbra decidiam, por unanimidade, criar o Conselho das Repúblicas, órgão representativo das casas tradicionais dos estudantes da academia. Dia 14 - Em 1834, entrava em vigor o primeiro Código Comercial Português. Em 1992, Portugal proibia o trabalho de menores de 15 anos por conta de outrém. Dia 15 - Nesta data, em 1911, saía o primeiro número do jornal República, fundado por António José de Almeida. Assassínio de Dona Inês de Castro pelo pintor Columbano Bordalo Pinheiro

Dia 16 - Em1906, começa a Conferência

de Algeciras com a finalidade de decidir o destino de Marrocos, em que participam Espanha, Franca, Alemanha e Reino Unido. Dia 17 - Nesta data, em 1471, os navegadores João de Santarém e Pedro Escobar descobriam a ilha do Príncipe. Dia 18 - Em 1509, Duarte Pacheco Pereira, chamado Aquiles Lusitano, derrotava o corsário francês Mondragon. Em 1934, os operários vidreiros da Marinha Grande Duarte Pacheco Pereira revoltavam-se, protestando contra a entrada em vigor do estatuto nacional do trabalho da ditadura de Oliveira Salazar. Dia 19 - Em 1938, na Guerra Civil de Espanha, a força aérea nacionalista, apoiada pelas forças nazis de Adolf Hitler, bombardeava Barcelona e Valência. Dia 20 - Em 1796, era criada a Biblioteca da Corte portuguesa. Dia 21 - Em 1981, começava o julgamento do assassínio do general Humberto Delgado, candidato da Oposição Democrática às Presidenciais de 1958, morto pela PIDE em Fevereiro de 1965. Dia

22

-

Nesta data, em 1581, era derrotada, nos Açores, a esquadra espanhola enviada por Filipe II para impor o domínio no arquipélago. Dia 23 - Em 1905 morria, em Lisboa, o caricaturista e ceramista Rafael Bordalo Pinheiro, criador da figura do Zé Povinho. Dia 24 - Em 1821, reuniam-se, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, as Cortes Constituintes portuguesas saídas da Revolução Liberal de Agosto de 1820. Dia 25 - Em 1989, decorria o enterro do pintor surrealista espanhol Salvador Dali, no Museu de Figueras, Espanha. Salvador Dali - EnfGeo (México), filósofo, Dia 26 - 1531 – Ocorreu um Terramoto em Lisboa que vitimou 30.000 pessoas. Dia 27 - Em1938, o General Franco, com a ajuda do exército italiano conquista Barcelona. Dia 28 - 1979 - Ingressa na Real Academia Espanhola a escritora Carmen Conde, primeira mulher a fazer parte da Instituição. Dia 29 - Em 1801, a França e a Espanha impunham um “ultimatum” a Portugal, exigindo o termo da Aliança com a Inglaterra. Dia 30 - Em 1953, Espanha ingressa na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Dia 1 - En1900, en España se aprueba un

nuevo artículo del Código Penal para combatir legalmente los nacionalismos catalán, vasco y otros que comienzan a irrumpir en la escena política española. Dia 2 - En1492, el Reino de Granada se rinde ante los Reyes Católicos, poniendo fin a la Reconquista. Dia 3 - En1874, en España, el general Pavía entra en las Cortes y pone fin a la Primera República Española. Dia 4 - En1969, en Fez (Marruecos) se firma el tratado donde España devuelve a Marruecos el territorio de Ifni. Dia 5 - En 543, en el puerto de San Francisco de Campeche (México) desembarca el fraile español Bartolomé de las Casas, quien se distinguirá como historiador y defensor incansable de los aborígenes de la Nueva España. Bartolomé de Las Casas O.P. Dia 6 - En 1937, en EE. UU., el Congreso establece el embargo de armas destinadas a ambas partes beligerantes de la Guerra Civil Española. Dia 7 - En 1936, en España, el presidente de la Segunda República, Niceto Alcalá Zamora, decreta la disolución de las Cortes y convoca elecciones para el 16 de febrero. Dia 8 - 1E 1924, un real decreto suspende en España la inmunidad parlamentaria. Dia 9 - En 681: XII Concilio de Toledo, Concilio de Obispos del Reino Visigodo celebrado en Toledo. Se inició en la Iglesia de los Santos Apóstoles el 9 de enero del año 681. Dia 10 - En1514, Aspecto exterior de la iglesia de los en España se puSantos Apóstoles hacia 1100-50, según una miniatura de la época. blica la Biblia Complutense, la primera edición multilingüe. Dia 11 - En 933, tienen lugar los llamados Sucesos de Casas Viejas, un alzamiento anarquista que tuvo una dura reacción por parte del gobierno de Azaña y de la Guardia Civil en Casas Viejas (Cádiz). Dia 12 - 1924: en España, Miguel Primo de Rivera disuelve las diputaciones provinciales, excepto las de Vascongadas y Navarra. Dia 13 - 1750: se firma el Tratado de Madrid, que anula el de Tordesillas, por el que se soluciona el problema con Portugal sobre los territorios en América. Dia 14 - En 1937, en el marco de la Guerra civil española, comienza la ofensiva de las tropas nacionales contra Málaga. Dia 15 - En

Dia 31 - Em 2005, o

filme “Mar Adentro”, de Alejandro Amenábar, era distinguido com 14 prémios Goya, troféu da Academia de Cinema de Espanha.

Fernando VI (Madrid, 23 de Setembro de 1713 Villaviciosa de Odón, 10 de Agosto de 1759) , Rei de Espanha (1746-1759). Segundo filho de Filipe V de Espanha e de sua primeira esposa Maria Luísa de Sabóia.

1936, se firma en España el pacto electoral del Frente Popular, por el que republicanos, socialistas y comunistas se unifican en un único partido que será elegido ese mismo año.

Dia 16 - En 1605, se

publica en Madrid la primera edición de El Ingenioso Hidalgo Don Quixote de La Mancha. Dia 17 - En 2002, moria el escritor gallego Camilo José Cela, 85 años, Prémio Nobel de la Literatura (1989). Dia 18 - En 1934, estalla un movimiento de carácter comunista en varias ciudades de Portugal, rápidamente sofocado por el gobierno. Dia 19 - En 1759, la corona de Portugal decreta la expulsión de los jesuitas de todas sus colonias. Dia 20 - En 1486, Cristóbal Colón se presenta en Córdoba a los Reyes Católicos y entra a su servicio. Dia 21 - En 1980, los escritores Jorge Luis Borges y Gerardo DieCristóbal Colón, en la pintura Virgo reciben ex-aequo el gen de los Navegantes por Alejo Fernández entre 1505 y 1536. Premio Cervantes . Dia 22 - En1994, en España, un centenar de académicos de español de 20 de las 22 instituciones existentes en el mundo instan en Huelva, España, a sus respectivos gobiernos a defender el idioma y cultura españoles. Dia 23 - En 1931, por acuerdo entre España y Portugal quedan abolidos los pasaportes entre ambos países. Dia 24 - En 1977, en la calle Atocha (de Madrid), durante la transición democrática, un grupo de extrema derecha asesina a cinco abogados laboralistas de CCOO. Matanza de Atocha. Dia 25 - En 1976, se celebran elecciones municipales en España después de 40 años. Dia 26 - En 1898, en la Guerra hispanoestadounidense, entra en La Habana el acorazado norteamericano Maine, cuyo hundimiento, atribuido a los españoles, sirve de pretexto para que Estados Unidos declarara la guerra a España. Dia 27 - En 1612, Felipe III otorga el primer privilegio para dar corridas en cosos cerrados, origen de las plazas de toros. Dia 28 - En 1908, en Portugal se inicia un movimiento revolucionario, que tres días después será Pintura: Maria Amaral, “La muerte es un Sueno controlado. Dia 29 - En 1919, en España, los pilotos militares Sousa y Fanjul sobrevuelan Sevilla en sus respectivos biplanos, consiguiendo mantenerse en el aire durante treinta minutos. Dia 30 - En 1938, se forma , en Burgos , el Primer Gobierno nacional de España (1938-1939), en el que Francisco Franco asume oficialmente los cargos de Jefe de Estado y de Gobierno. Dia 31 - En 1580, Felipe II invoca su derecho a la sucesión de Enrique I de Portugal y, ante la oposición de los portugueses, decide invadir el país.


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

14

CRÓNICAS DEL MUNDO

Ano Zero Universal António José Borges

A

solidariedade é a forma de dignidade humana que concretiza o ser humano. No exercício daquela o individualismo dissipa-se e a individualidade sai enriquecida, evoluindo. Logo, nesta senda, para Franz Kafka “a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana”. O espírito de fraternidade chama a si a harmonia e a união entre aqueles que vivem em proximidade ou que lutam pela mesma causa, ou seja, de uma forma geral fraternidade é o contrário de repulsão. Não basta ler. É preciso compreender. O que significa ler criticamente. Assim, o que significa ler que em Portugal 1/5 das crianças vive na pobreza, segundo dados de Setembro de 2009, e mais de 40 mil idosos passam fome? Simplesmente que não há espírito de fraternidade suficiente que colmate esta falta de dignidade e de direitos à natureza de ser humano. A frase que mais ouço sair da inconsciência dos comuns com que me cruzo nestas encruzilhadas da vida é “não tenho tempo”. Ora, como disse o

filósofo em tempos, “não há falta do Paquistão; a crise agonizante de tempo. O que há é demasia- no espaço sudanês do Darfur; as do tempo mal utilizado”. Eu vou situações de emergência médica mais longe. A falta de tempo no Myanmar – onde o ciclone para algo denota na pessoa que “Nargis” provocou mais de 130 afirma esse lamento a ausência mil mortos ou desaparecidos e do valor necessário para a con- onde a junta militar que governa cretização desse algo para que o país dificulta a ajuda às popudiz não ter tempo, uma vez que lações e ignora ainda doenças aquele não faz parte da escala como a SIDA e a tuberculose – de valores com que rege a sua e no Zimbabué, onde os preços conduta. Assim, quem não faz aumentaram tanto que as pessovoluntariado é porque não quer. as não têm dinheiro para pagarem o transporte que as pode lePonto final. var ao médico e Correlacioem Portugal 1/5 onde a crise de nando factos e ideias, acentuedas crianças vive cólera já matou mos onde e como mais de mil peso homem quase na pobreza, segun- soas e que se nunca tem didiz, falsamente, do dados de Sereitos humanos. estar controlatembro de 2009, e Com o objectivo da, enfim, onde de alertar o mun- mais de 40 mil ido- a esperança do quanto a cermédia de vida sos passam fome? tas situações, na é de 34 anos; lista das maiores são todas estas crises humanitárias de 2008, se- circunstâncias que se juntam à gundo a organização Médicos lista da desnutrição que mata 5 Sem Fronteiras, estão a violência milhões de crianças e jovens tona Somália e no Congo, onde a dos os anos e à tuberculose, que intensidade dos conflitos provo- está associada ao vírus HIV e é cou milhares de refugiados no responsável pela morte de cerca Congo e uma das piores instabili- de 2 milhões de pessoas. Este dades das últimas décadas na So- cenário relatado prova que conmália. Também a constância da vém estarmos preparados para a situação no Iraque; os confron- verdade. tos peculiares nas zonas tribais Tomando como exemplo o

CARLOS GIL

(Declaração Um) Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo 1.º «Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.» mais recente laureado com o Prémio Nobel da Paz, Barack Obama, este, três dias antes da tomada de posse como 44º Presidente dos EUA, disse “cometerei erros”. É um acto de lucidez, mas que seja esta a denominação de uma substância abstracta que esperamos sempre acompanhada da coragem subtil, camuflada de inteligência, com que abordou no recente périplo pelo sul da Ásia a questão dos direitos humanos, afirmando que os EUA respeitam cordialmente as directrizes da política chinesa, mas que isto não invalida que continuem a pautar a consciência da sua política externa na luta pela liberdade de expressão que sempre enriquece, pela liberdade de credo e todas as que, cremos, compõem a dignidade e os direitos expressos no artigo 2º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Portanto, terá sido uma representação da res-

Ibéria Distante Isabel Matos

chinesa a querer saber mais de nós e de onde vimos, para além do espírito perguntador chinês? Futebol e fado são, então, indicadores portugueses. Mas voltando ao estômago, e à sauo “país das uvas” mas na realida- dade que aí se instala, para mim de não quer dizer nada) não che- a maior surpresa entre símbolos ga. Explico que somos vizinhos nacionais na Ásia é… o pastel de Espanha e, a seguir, uso – a de nata. Reconheço ao longe contragosto dado o meu pouco as inconfundíveis mil folhas e interesse em futebol – o Cristia- consigo, sem esforço mas com no Ronaldo, só para não frustrar imaginação, sentir o cheirinho a a tentativa de canela e a água c o m u n i c a ç ã o ...à saudade que aí a crescer-me na entre o ponto embora se instala, a maior boca, de partida e o de nunca me arrischegada no vaque a efectivasurpresa entre zio silencioso do mente comprar símbolos nacionais trânsito. O outro algum, para não na Ásia é… símbolo luso que defraudar essa emociona forasdoce memória. o pastel de nata. teiros incautos O pastel de nata e incapazes de é famoso na Chiresistir ao seu triste encanto não na. Chama-se ⫁ᑼⰮ Pu shi tem aqui muito eco. Daí a minha dan ta, que significa mais ou mesurpresa ao conhecer uma chine- nos “pastel de nata de estilo porsa apaixonada pelo fado! E que tuguês”. Tem grande procura e é conhece os veteranos Figo e Rui vendido com toque requintado Costa e até sabe umas palavras em pastelarias finas; incluído no em português. O que levará uma menu permanente do Kentucky

ponsabilidade do título que de ora em diante ostenta, pois que o Nobel que lhe foi atribuído é, nas palavras de José Saramago, um “investimento” e para mim um pedido. Assim, esta crónica pode bem terminar com as palavras de Edward W. Said, ensaísta de origem palestiniana, quando disse que “precisamos de concentrarnos no lento trabalho de culturas que partilham e vivem juntas (…) O Humanismo é a última resistência”. Ora, parafraseando J. Saramago, enquanto houver um palestiniano em Gaza o holocausto continua. Uma atitude fraternal significa não só amiga ou carinhosa, mas também cordial, é claro, e certamente que não significa cruel, desalmada, fria ou malvada. Há consciências e razões que aparentam ter passado descalças à porta dos seus tomadores.

ISABEL MATOS

Futebol com canela

T

enho a teoria de que as saudades começam pelo estômago, daí o friozinho que lá se instala. Mas como reproduzir paladares caseiros noutra ponta do mundo? A comida é símbolo da identidade nacional? Que sabores, sons ou (para ser mais realista) modalidades desportivas põem Portugal no mapa? A minha conclusão não é surpreendente: o futebol destaca-se, com muitos pontos à frente. O país de origem é informação obrigatória nas conversas com gente de Pequim. Os senhores taxistas só precisam de saber para onde vamos, não necessariamente de onde vimos, mas perguntar faz parte da boa educação chinesa e, por isso, já me habituei a fornecer pistas sobre o meu país, porque⫁⪕‎, Putaoya (que traduzido à letra é

Fried Chicken (KFC); usado para publicitar novas pastelarias. Infelizmente, é servido sem canela. Em compensação, existe em variante simples, com feijão, com azeitona, com compota e, com certeza, em muitas outras. Os chineses gostam de recheios. Aqui, pensa-se que o pastel teve origem em Macau onde, afinal, consta ter sido um australiano e não um português a introduzir o produto agora tão tradicional. A tarte de ovos portuguesa contagiou Hong Kong, onde há pas-

telarias especializadas e as filas de clientes são longas e famosas. Daí chegou a Taiwan e ao continente chinês. No KFC, o número de pastéis vendidos por cliente foi limitado para evitar a revenda ao dobro do preço em bancas de rua. É o símbolo lusitano que prefiro, polvilhado com muita canela. Da próxima vez que andar de táxi, vou dizer que sou do país dos dan ta… talvez assim não tenha que falar de futebol. (artígo completo em www.contrabando.org)


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

ENCONTROS

15

Cronicas Lusitanas José Miguel Sánchez Benito

Guerra Junqueiro y Miguel de Unamuno:

Dos idiomas, un diálogo.

S

i algo tenían en común estos dos personajes, aparte de otras muchas cosas, fue su admiración por los paisajes de Las Arribes del Duero. Aunque no sería lo único. Unamuno y Guerra Junqueiro, dotados de un altísimo nivel intelectual, compartían su pasión por la poesía, su interés por la política y la religión y una curiosidad innata por todos los grandes enigmas que de siempre han preocupado al hombre. Junqueiro y Unamuno coincidieron en numerosas ocasiones, bien en Salamanca o bien en Barca d´Alva en la Quinta da Batoca propiedad del poeta portugués. Esto sin contar otras reuniones junto a otros escritores portugueses ya fuera en Oporto, Amarante, Guarda o Coimbra. Abilio Manuel Guerra Junqueiro nace en Freixo de Espada a Cinta en 1850 y además de poeta y gran aficionado al arte, desempeña importantes cargos políticos. Unamuno nace en Bilbao en 1864 y se traslada a Salamanca en 1891 donde llega a ocu-

par el cargo de Rector de la Uni- corrido inverso. Tras atravesar el versidad. Realiza su primer viaje Duero en Barca d´Alva, a bordo a las Arribes del Duero en 1894. de la vieja barcaza que allí existía Será por invitación de su amigo para este fin hasta la construccipoeta para pasar unos días en ón del puente en 1955. Tomará La Quinta da Batoca. Llegará a el mismo tren en su bonita estaciBarca d´Alva en tren, por La Fre- ón para llegar hasta Salamanca. En animada conversación, geneda, procedente de Salamanca. Es ésta la primera ocasión en pasearán por la Plaza Mayor, la Universidad o que Unamuno “El Cristo español, la calle de La visita esta zona para y quedará prole dirá Junqueiro, Compañía, decir finalmente fundamente imestá siempre en su que Salamanca presionado por es “una ciudad la grandiosidad papel trágico. El en la que se puede los paisajes Cristo portugués de ir soñando de Las Arribes a por ella sin que ambos lados de juega por los nadie te rompa la frontera. En campos con los el sueño”. Con sucesivos viajes aprovechará campesinos y me- absoluto respeto pondrán para conocer rienda con ellos,... en común sus otras zonas de puntos de vista Las Arribes y visitará otras localidades de La Raya, sobre el misticismo, el sentido que después recogerá en su li- trágico de la vida o la religión. “El bro titulado Por Tierras de Portu- Cristo español, le dirá Junqueiro, está siempre en su papel trágico. gal y España. Guerra Junqueiro visitará a El Cristo portugués juega por los Unamuno en Salamanca en va- campos con los campesinos y rias ocasiones. Haciendo el re- merienda con ellos, y sólo a cier-

Crónica do tempo Carlos Sambade

Do tempo como passaporte

que (nos) passa

lamas. Podemos supor que um gradiente nos deseja em tronco nu, na matriz das coisas e provocando degradação na qualidade sempre eterna e acarinhada asperamente por marqueses. O que trazia e o pouco que levava. A vau nas noites sem luar. Café? Panas? Esngrata figura, melhor gratificada por maltes? Pneu planificado. Em nome de que não ratificável, uma vez que o quê? Destapemos franjas ao porvir. Passatiro, não saindo pela culatra é, ainda assim, susceptível de provocar susto e porte para lá. Passaporte para cá. Europa sem fundo. Veremos se dano. ...Europa sem se expande. Veremos se se Visamos (tempo, espaço, tempo) ora quente ora fundo. Veremos aprofunda. Veremos se se frio. Quente no frio. Frio se se expande. retrai. Rios picados a cem meno quente. Frio no frio. No Veremos se se tros de alto. À cinta cantis. coração da mente que plaEscorrega. Frio que faz. neia passar a salvo, permaaprofunda...? Já não podemos ficar, Já nente e estrategicamente. não podemos sair. ParadoEvidentemente. Lisboa e xo. Montes ermos. Castanholas. Concersuas casas. Varais. Varandas. Se puder volto na sexta antes daquele tinas. Ribanceiras. Escaleiras. Para o ano vamos, nossas mães. Mesábado que sempre o há-de ser, a não ser que não possa, de momento não queira, mória. Bolsas de água. Palheiros ao renão saiba, não aja. Se não pudermos en- lento. Ventania. Uma linha. Um esboço. tão não sabemos como havemos da fa- Pena sem pena. Tudo é nosso. Quase nada o é. Por bem. zer, no lugar e no lagar, a pensar, a separar brincando rente às um dia benéficas

I

Guerra Junqueiro

Miguel de Unamuno

Abílio Manuel Guerra Junqueiro (Freixo de Espada à Cinta a 17 de Setembro de 1850 — Lisboa, 7 de Julho de 1923)

Miguel de Unamuno y Jugo (Bilbao; 29 de Septiembre de 1864 – Salamanca; 31 de Diciembre de 1936)

tas horas, cuando tiene que cumplir con los deberes de su cargo, se cuelga de la cruz”. Pero, probablemente, gran parte del tiempo lo dedicaran a hablar sobre poesía y recitar poemas. Unamuno, dotado de una memoria prodigiosa, podía pasar horas seguidas recitando poemas, entre los que destacarí-

an, como no, los de su admirado Guerra Junqueiro. La Quinta da Batoca sigue siendo testigo mudo de sus encuentros. En ella Junqueiro encontró la paz, el sosiego y un paisaje idóneo para la meditación y la inspiración literaria. Sus muros conservan todavía poemas escritos de su puño y letra, como testimonio permanente de su obra. Creo que es éste, uno de los lugares emblemáticos de la Literatura Portuguesa. Su conservvación y puesta en valor es un extraordinario homenaje al Sr. Dr. Poeta Guerra Junqueiro, como era conocido cariñosamente por sus paisanos. (artículo completo en www.contrabando.org)

~ Faladas Tradiçoes António José Quadrado

B

Pagar o vinho

elos tempos …! É sempre asPela calada da noite, a malta unida sim que gosto de me justificar, Saía sorrateira, para pregar mais uma partida …! quando rebobinando a fita Percorrendo sempre o mais curto caminho, do tempo, me lembro das saudoPorque nessa noite iria correr “vinho” …! sas tradições da minha terra natal. Chegados à porta da família honrada, No concelho de Figueira de CasteTransportando a vasilha adequada … lo Rodrigo, fazia parte da tradição, De gargantas afinadas, libertas de catarro, denunciar todo o namorico que Gritava-se em uníssono: qualquer forasteiro iniciasse com “Ao barro …! Ao barro …!” alguma nossa conterrânea. De modo perceptível e perspicaz, Era urgente conhecer o forasteiro rapaz …! Apesar de na altura não haver telemóveis nem internet, havia Porém, se estivesse desprevenido e sem dinheiro, O futuro sogro, podia ser o banqueiro …! sempre alguém mais atento para E que eu saiba, nunca houve rejeição, detectar movimentações masculiQuando o vinho era de caseira produção …! nas estranhas e incursões nocturComo era popular, todo aquele ritual …! nas na casa de moçoilas em fase de Por norma, nunca acabava mal …! namoriscar. Pagar o vinho ou pagar a patente, Passada a fase da suspeita e conPara nós era indiferente …! cretizadas as informações, bastava depois apenas controlar os acessos O que queríamos, eram satisfeitas as pretensões, Para se iniciarem as comemorações …! à residência da pretendida. Sempre com os melhores votos formulados, Estava instituído, funcionando Podiam doravante ser namorados. como uma autêntica praxe, que, Desta feita vos lembrei, quando algum rapaz de fora da loActos em que participei, calidade, iniciasse namoro na nossa Hoje, saudosas e esquecidas tradições, terra, ficava-lhe bem “pagar o viComo o são outros pregões quase iguais, nho”, ou até, de forma menos habiBelos tempos …! Que não voltam mais…! tual “pagar a patente”, sob pena de AJQ não ser socialmente aceite no nosso meio, sujeitando-se inclusivamente, caso se manifestasse avesso, sofrer (artígo completo em www.contrabando.org) penalizações e até alguns açoites....


16 Román H. Rodríguez

Historia viva de la raya La leyenda lusitana del Colmeal (2 parte) a

Un cuento real para adultos

Percepción, intrahistória, transcendencia e mito - La história de una infamia

A

quellas gentes final- aldeanos bajo la mirada atenta de formado por arte de birlibirlomente cedieron…, éstos, ya rendidos, pero todavía que en adulto y que a partir de aquella comunidad boquiabiertos e incrédulos por entonces también su vida iría a acató la sentencia lo que estaba sucediendo… No cambiar… Sólo cincuenta anos judicial ante la impla- sólo perdían su “modus vivenvi”, después, con esa madurez que cable amenaza de la autoridad, también sus propios “cobijos”… determina la experiencia y la disasumiendo en la práctica, des- Estaban siendo expulsados de su tancia, había sido capaz de medir pués del largo y desasosegado propia aldea, aquella en la que hasta que punto... proceso, la nueva situación tan- habían vivido siempre y donde Volviendo a la narración, el Sr. tas veces rechazada en sus pen- incluso reposaban los restos de Aires, levantándose rápidamensamientos… sus familiares mas queridos y de te del borde de la fuente expreLos cántaros de estos “leche- sus antepasados. só con fuerza y determinación, ros”, - haciendo un panegírico En ese día, campesinos, pro- para cualquier interlocutor que del arquetipo de “la lechera” -, no pietaria, mediadores judiciales, lo quisiera escuchar, que puestas muy repletos por aquel entonces, interesados indirectos y ejecuto- así las cosas, lo único que podían se habían roto definitivamente… res de la sentencia, protagonis- salvar en esos momentos era su El impago mantenido por tas todos de la vida, que el resto ...protagonistas estos campesinos de unas rentas escena, se vieron ya lo daban por abusivas y estentóreas, revisadas atrapados, en ter- todos de la escena, perdido…; que por los usufructuarios capricho- ritorios de la raya, necesitaban gase vieron atrapasamente de forma periódica, casi en una página nar tiempo para con criterios feudales, que asfi- más de la infamia dos, en territorios continuar procuxiaban su subsistencia cotidiana humana. “el pan y el de la raya, en una rando y les hundían en la miseria contiMienten en techo” que los llepágina más de la vara a continuar nua, se convirtió en el detonante esto los que escrijurídico en el que se había apoya- ben en internet infamia humana. viviendo…, siemdo la propietaria. sobre la denopre continuar…, El interés económico deri- minada “massacre siempre viviendo… vado de la reconversión de “sus do Colmeal”, intentando crear La impotencia de unos pocos tierras” de secano a regadío uti- una falsa “leyenda urbana” para ante los oficios de ciertos “persolizando la propia y abundante elevarla después a la categoría najes”, las instituciones y las foragua del abastecimiento del de mito histórico póst-viriático y mas de otro régimen dictatorial pueblo, constituyó su probable al olor de un nacionalismo “sui y despótico, injusto, y a veces criverdadero móvil, prácticamente géneris” interesado. En el Colme- minal, como fue el de Salazar, así velado en la causa judicial. al no hubo casas incendiadas ni como el miedo y la resignación La estrategia sin escrúpulos mucho menos muertos, aunque que produce el instinto de superseguida por su abogado…, nada sí marcaron acto de presencia las vivencia ante la presencia de cermás e nada menos que convertir metralletas y los caballos con ca- ca de treinta uniformes muy bien unas casas, unas calles, unos lu- rácter intimidatorio. pertrechados, habían marcado el gares comunes de reunión, una Sin embargo el adulto de destino de los personajes, el de iglesia y hasta un cementerio este cuento real, ya con sesenta y sus obras y también el de una comunitarios, es decir, una al- tantos años, testigo de los acon- cultura compartida. dea entera pura y dura…, en una tecimientos que nos está narranSí…, ese destino cortó de cuaparte más de la do, atrapado por jo el cordón umbilical que había finca privada que ...unas rentas abu- la emoción, nos hecho posible el establecimienya existía… Y todo susurra un poco to de una simbiosis ambiental finalmente fue le- sivas y estentóreas, a v e r g o n z a d o , perfecta y que ambos echamos gitimado por derevisadas por los cabizbajo y con de menos al ver por primera vez recho romano. expresión “El Colmeal”… Tremendamente usufructuarios ca- cierta El analfabeinfantil, que aún bello, arrebatador y sugestivo, tismo mayoritario prichosamente de se despierta mu- sí…, auténtico “nicho ecológico” predominante, forma periódica... chas veces con el y útero materno para un neonala precariedad eco de las maldi- to, pero yermo…, huérfano de vieconómica para ciones proferidas das cotidianas conscientes, como procurarse una a su alrededor y nuestro interlocutor, capaces de defensa jurídica adecuada, la ig- con la visión de muchos puños percibirlo, capaces de sufrirlo y norancia absoluta respecto a lo apretados y las lágrimas corrien- amarlo, capaces de “cantarlo” y que realmente estaba en juego do por las mejillas de su madre…, de perpetuarlo como arte. en la práctica y la falta de apoyo con un trasfondo paisajístico doAún impactados por el relainstitucional, habían jugado sus minado por el sempiterno pico to y tras nuestra despedida del bazas. de la Marofa. Sr. Aires, lo vimos alejarse en diDurante un día entero, los Aquel niño tuvo la certeza, rección al pueblo. Con “El Colejecutores fueron forzando las por la gravedad del momento, meal” al fondo y contemplando puertas de las viviendas y ex- que rotos prematuramente sus su marcha, con el pensamiento trayendo todos los enseres de los sueños y anhelos, se había trans- parado como por hechizo, lle-

gamos a distinguir delante de caminando, irreconocible ya él las idas y venidas de unos en la distancia, pero… entrañaniños jugando con unos aros bles ya todos en nuestros coy hasta pudimos escuchar sus razones. canturreos y las estridencias En la Leyenda del “Colmeapagadas de sus instrumentos al” se incorporan las respuesal batir sobre la hierba. tas proporcionadas por tres Por unos instantes las generaciones de biografías imágenes y los individuales y sonidos capta- ...la antigua farsa, colectivas que dos, y hasta la una la de los intereses traducen propia naturacultura amacreados y al abri- sada en las leza que nos rodeaba, salieron go de uno de los experiencias de nuestra pery en el carácmayores pecados ter de unos cepción transformándose en de nuestra especie, ancestros cosombras y cenimunes, ora el egoísmo. zas…, pero teníprehistóricos, amos la certeza ora celtibéride que seguían aquí… Sí…, en cos-lusitanos, ora romano-visila cima del espacio y del tiem- góticos, ora árabes, ora leonepo, en el SOY y en el ESTARÉ, ses, ora portugueses, también se habían confundido ya en europeos, que compartiendo una sola figura, la del Sr. Aires el mismo espacio físico, ape-


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010 fotos DANIEL GIL

nas modificado por el tiempo, estuvieron inmersas en circunstancias históricas distintas, mas atrapados en el tinglado de la antigua farsa, la de los intereses creados y al abrigo de uno de los mayores pecados de nuestra especie, el egoísmo. Algunos de los entonces perdedores son los que se llaman o llamaron Aires, Fernanda, Sergio, Virginia, Albino, Sara, Orminda…, las familias de los “Monteiros”, de los “Santos”, de los “Seixas”, de los “Coelhos”… y núcleos de vecinos de los actuales Bizarril, Luzelos e Milheiro y de otros pueblos figueirenses. En resumen, más de medio centenar de personas constituidas entonces en catorce familias. Sea este nuestro homenaje en su trascendencia y en su honra.

Nota de los autores (1ª y 2ª parte)

Afirman que quien olvida la historia está condenado a repetirla… Un tiempo después de los hechos narrados, un ingeniero y el abogado de la causa de la propietaria, muy conocidos por estos lares, y el entonces 1º arrendatario (administrador) compraron a la referida dueña toda la finca… ¿casualidades, sirindipias, o crudas realidades de un mundo como representación de unas pocas voluntades? … Parafraseando una vez más a Jose Maria Garcia en las ondas radiofónicas, “el tiempo dará y quitará razones”…, pero hasta entonces, la Leyenda del “Colmeal”, pueblo fantasma sin habitar del concejo portugués de Figueira de Castelo Rodrigo…, formó, está formando e formará parte, cada vez más como mito moderno, de la Historia viva de la Raya.


B.I.C. (I) 18

LA LÍN SAN ES

Bien de Interés Cultural, con la categoría de Monumento, desde el año 2.000. Una vez rebasada la línea de fuego que representaba nuestro número “0”, iniciamos con éste una serie de artículos que van a servirnos de recordatorio de las diferentes acciones populares encaminadas a promover su rehabilitación todavía reivindicada. Diez años después del cierre de

la vía (1 de enero de 1985), 1985), se acrecientan las voces que claman por la rehabilitación de todo ese patrimonio “dormido” y se consigue que, finalmente, en el año 2000, llegue la tan ansiada declaración de Bien de Interés Cultural (B.I.C.). A partir de ese momento, las acciones se diversifican y se multipli-

can y es un colectivo de profesores en su mayoría, el Colectivo “Camino de Hierrro”, el que comienza a organizar la mayor parte de las actividades que se encaminan a atraer la atención de las instituciones sobre este monumento de la ingeniería ferroviaria. Y es este mismo Colectivo(*) el

que elabora y presenta a la Diputación de Salamanca una Memoria Valorada (económica), para evitar que la vía se desmantele y pase a convertirse exclusivamente en una vía verde. Nuestro objetivo era y debe ser mucho más ambicioso, dentro de lo posible. Y así se concretó en su día:

PROPUESTA DE APROVECHAMIENTO Y REHABILITACIÓN DE LA LÍNEA FÉRREA DESDE LA FUENTE DE SAN ESTEBAN A BARCA D´ALVA Una propuesta encaminada a consolidar y potenciar actividades económicas que contribuyan al desarrollo endógeno de las comarcas del Oeste salmantino. ((y consecuentemente, de Portugal))

A) Objetivo básico

Dotar a la vía férrea de los medios necesarios para desarrollar todo el conjunto de actividades, recogidas en la propuesta global y abierta, para potenciar el turismo en torno a la vía.

B) Incidencia del Proyecto en el desarrollo global de las comarcas del Noroeste salmantino El panorama actual

de las economías del medio rural requiere asentar las actividades productivas existentes, pero también generar alternativas de diversificación. Esta necesidad es tanto más acusada en estas comarcas del Oeste salmantino, afectadas por el Proyecto que presentamos, por cuanto su declive económico ha sido más acusado y la regresión generalizada de las actividades agrarias se ha visto acentuada al hallarse alejadas de los flujos económicos y de los centros de decisión. Consideramos que el desarrollo de estas comarcas tiene que fundamentarse en la iniciativa de sus propios habitantes. No podemos defender para estas áreas una economía de precariedad y subsistencia, dependiente de subsidios y pensiones. Creemos, por el contrario, que esta iniciativa privada puede ser incentivada por actuaciones positivas que contribuyan a generar una dinámica revitalizadora e ilusionante. En este contexto, Camino de Hierro pretende contribuir a esta voluntad de que el progreso pueda generarse a partir de los recursos endógenos, con apoyo de fuerzas externas, para ser una vía de inserción del medio rural en unas estructuras que trascienden sus límites tradicionales, dentro de una dinámica que, cada vez más claramente, se encamina hacia un concepto global del mundo. Una inserción que permita un equilibrio entre tradición y modernidad y no suponga una imposición de patrones ajenos a la cultura autóctona, desligados de las necesidades internas, ni la pérdida de los rasgos que definen la propia personalidad. Esta apuesta de futuro se enmarca en la creciente sensibilización hacia el medio natural y rural, que favorece las perspectivas de viabilidad del Proyecto, y dentro de la progresiva especialización de Salamanca hacia el sector servicios, orientación que se vería potenciada y revitalizada con

C) Camino de Hierro, hacia una nueva cultura del desarrollo Camino de Hierro es un proyec-

to asentado en la tradición de la zona, que propone la reutilización de una infraestructura existente, que moviliza los recursos materiales e intelectuales de los propios habitantes y facilita su apertura a un mercado externo. Todas estas características suponen promover una nueva cultura de desarrollo, indispensable para asegurar un futuro para estas tierras. Camino de Hierro, por lo expuesto, contempla en sí mismo los rasgos de dinamismo, competitividad, innovación, identidad y desarrollo que conforman esta nueva cultura; pero, lo que es más importante, ha de contribuir forzosamente a que estos rasgos se extiendan a los nuevos proyectos que, a socaire de éste, deben ir aflorando. Camino de Hierro se concibe como “locomotora” de otras iniciativas económicas y culturales. El conjunto, Proyecto e iniciativas que vayan surgiendo, deberá contemplarse como un conglomerado al que dotar de una filosofía común y, a ser posible, de una personalidad jurídica propia que coordine todas las actuaciones. Para conseguir ese objetivo será fundamental alcanzar los necesarios niveles de calidad en todas las actividades a desarrollar en el complejo, para lo cual habrá que asegurar la aportación de unos elementos y mecanismos básicos:


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

NEA FÉRREA DE LA FUENTE DE STEBAN A BARCA D´ALVA • Crear y dotar a la vía de los elementos necesarios que transformen una simple vía en desuso en una atracción ligada al concepto Camino de Hierro, donde todas las acciones que se acometan estén a su vez entroncadas con el entorno, con la propia vía y con la sensibilidad de lo rural. • Asegurar la puesta en funcionamiento del Proyecto aglutinando los diversos estamentos que condicionen o puedan condicionar la marcha del mismo. • Trabajar para que sus fundamentos y materialización obedezcan a criterios estrictamente objetivos, asegurando que ninguno de los agentes participantes pueda ser discriminado. • Potenciar la diversificación de actividades. Generar un encuentro natural con nuevas condiciones de trabajo y nuevos rasgos de actividad que son perfectamente acoplables a la tradición. • Procurar la materialización de todas las interpretaciones reales de uso que permitan el mayor nivel de desarrollo del complejo. • Mejorar los medios de gestión, tanto en las actividades tradicionales como en las nuevas dinámicas creadas. • Potenciar la interrelación y coordinación de todos los componentes mediante una participación activa en el marco legal establecido. • Establecer dispositivos para la dotación de medios materiales y su mantenimiento. Impulsar las reformas necesarias tanto en marcos jurídicos como en estructuras crediticias que posibiliten la captación de capital. • Facilitar la complementación mutua de ciertas funciones (desplazamientos, actividades concretas sobre la vía, paseos temáticos en torno a ella, restauración, investigación, formación, etc...), animando si es necesario a la creación de servicios comunes que tengan las debidas garantías de objetividad y continuidad. • Asegurar un modelo abierto, mediante la investigación y la divulgación de las perspectivas de futuro, donde tengan cabida nuevas apuestas de explotación en consonancia con las demandas modernas pero entroncadas con los fundamentos de la cultura tradicional. • Fomentar en Camino de Hierro una cultura de la calidad, aportando innovaciones que enriquezcan y aumenten la viabilidad del Proyecto.

E) Ejecución del Proyecto Camino de

Hierro 1a FASE - Rehabilitación y conservación de la vía férrea en

el tramo comprendido entre la estación de Lumbrales y el Puente Internacional en Vega Terrón 2a FASE - Rehabilitación y conservación de la vía férrea en el tramo comprendido entre la estación de La Fuente de San Esteban y la estación de Lumbrales 3a FASE - Conexión con Portugal En próximas entregas iremos desvelando el contenido de las diferentes propuestas que, aun siendo numerosa y extensas, dejan sitio para nuevas intervenciones que posibiliten lo que todos deseamos: “Dotar a la vía férrea y a las comarcas que atraviesa, incluyendo las de los vecinos territorios portugueses, de los medios necesarios para que puedan desarrollarse todas aquellas actividades, recogidas en esta propuesta global y abierta, que mejor puedan contribuir al desarrollo integral de la zona en su conjunto”.

(*)Los autores de la Memoria Valorada y componentes del Colectivo Camino de Hierro eran: Teresa Artal Borrás, Isidro Elena García, Manuel Gutiérrez Martín, José Andrés Herrero Sánchez y yo mismo, Javier Hernández Mercedes

¡¡¡1 DE ENERO DE 2.010, 25 AÑOS !!!

D) Esquema del Proyecto Camino de Hierro D1.- MARCO JURÍDICO D2.- PROPUESTA DE APROVECHAMIENTO TURÍSTICO D2.1.- MEDIOS DE TRANSPORTE D2.2.- ESTACIONES Y EDIFICIOS D2.3.- RUTAS Y ACTIVIDADES PERMANENTES D2.4.- ACTIVIDADES PERIÓDICAS D2.5.- OTRAS PROPUESTAS

foto JAVIER H. MERCEDES

Javier Hdez. Mercedes, Diciembre 2009


20

FalaMirandesa Ua Frol Raiana

A

Pura magie, ua

fiesta pegada

U

n n de ls porblemas que se pon ne ls dies antre l Natal i l Anho Nuobo ye la ancapacidade de ir a todas las fiestas que calécen las gientes de l Praino Mirandés. L mais de las bezes todo ampeça cula fogueira de la nuite de Cunselada, cuntinando até al die de Reis ou mesmo apuis, cunsante las aldés. Fiestas de rapazes, fiestas de San Juan, fiestas de Santistéban, la bielha i carocho, l ramo, son alguns de ls nomes de fiestas que ténen an quemun séren fiestas de l solstício, an que la lhuita antre l nuobo que nace i l bielho que se muorre stá siempre persente, nua mensaig de sprança p q se renuoba a cada anho ge que

mpeçou por ser lhionés, fala de ls reis i de l pobo de l reino de Lhion, mas al fin de cientos de anhos, l mirandés passou a ser ua fala raiana, cun muito de cuntrabando: biu nacer Pertual i hoije nun eisistirie sien esta nacion i las upas que le fúrun sendo dadas pul pertués, dun lhado, i pul castelhano de l outro, anque sien nunca deixar sou ser lhionés.

zde la nuite de ls tiempos. Deixo als nuossos lheitores aqueilhes causos an que you própro pude star persente, ende ancluídas algues rializaçones culturales amportantes. Die 24 de dezembre a la nuite pude calcerme a la fogueira de Sendin, que se anchiu de giente apuis la Missa de l Galho. Anque tubira chubido, la calor anchiu l bielho Sagrado i oundeou até ao cielo al sonido de la gaita i al cumpassado matraquear de ls palos de ls Dançadores, assi se cháman ls pauliteiros nas tierras de Miranda. Die 26 fui an Dues Eigreijas que acumpanhei la lheinha de San Juan na sue peciçon solene pulas rues de la aldé, culs Dançado-

Foto: AMADEU FERREIRA

res a abrir camino al sonido de la gaita, anque la grande carrada seia agora lhebada por trator, puis que fáltan moços nuobos para aguantar cun tanto peso de lheinha por Amadeu Ferreira que habie de ser arrematada mais tarde. Na randesa; apuis, muita música, oufecinas de fin, foguetes, bino i antramoços para todo baile, passeios a pie na rota de l cuntrabanmundo que se calcie alredror de la fogueira, do i un sien fin de einicitiabas a baler bien a arder zde l die 24. Nien sequiera puli falla pena ua besita a Miranda de l Douro por tában moços de la Ounibersidade Nuoba a esta altura de l anho. tirar notas para studos de antropologie. L die 27 a la tarde fui la beç de irmos até L festibal GEADA (26-28), anque solo baia Custantin al ancuontro de ne l segundo anho, ampeça a ser un causo sério «... ne l ámbito de la Fraitas de Miranda i Aliste, que metiu cunferéncias de fiestas de eimbierno na cidade de Miranda de campanha FALAR YE subre la acumparaçon de l Douro pula bariadade de BIBIR, cun l persiden- fraitas i fraiteiros de ls dous de la raia i se falou atebidades que mos aperte de la Cámara de lhados de l feturo deste strumienpónen: seia ua palhestra Miranda a recoincer to popular. Todo ambuolsubre la fala mirandesa i la necidade de l sou ancenti- la necidade dua ans- to an muita música i sendo tamien apersentado, por bo, ne l âmbito de la camtituiçon central pa l Mário Correia, un DVD supanha FALAR YE BIBIR, cun bre las fiestas de San Juan l persidente de la Cámara mirandés ...» an Custantin. de Miranda a recoincer la Eiqui queda ua nota mui necidade dua anstituiçon rápida subre un cachico de l que se passou, central pa l mirandés que agrupe todas las tan lhargo i tan rico que nun puode caber einiciatibas, para poder dar un salto an frennua pequeinha ambora cumo esta, balente na defénsia i pormoçon de la lhéngua; do subretodo cumo cumbite a reserbar uns seia la repersentaçon de l quelóquio tradedies para ir até las tierras de Miranda ne l cional, an mirandés, «La pinga ye la culpaanho que ben. da», cun l porsor Duarte Martins a serbir de regrador als figurantes de la mocidade mi-

L Bolo de las Palavras E iduarte yá nun era capaç de se so arregressar pan pa to l anho. Agora, eilhi arrastrar para casa, mesmo eilhi al staba, stiraçado na yerba, mal bendo i poulhado. Sentado a la selombra i an- co oubindo. Solo ls delores nun parában de costado al tuoro dun frezno, adon- chubir i abaixar por el, formigueiro armado de zde moço gustaba de drumir la séstia, de subelas que se anterrában até la raíç de mal se daba de cuonta de l remenar de las l’alma. Lhembraba-se dun pastor de Palaçuobacas, fura-se la fuorça de ls braços para ar- lo que passara cul tagalhico a retouçar pula roixar las moscas que se le apegában a las ribeira de Tortulhas abaixo i le dezira que anfridas cumo semesugas. La sue Marie habie daba un mal mui grande por todos ls pobos, a puntos de se cuntar salido para San Pedro de la Silba a saber de ajuda. «Fui perciso que passá- que an Sendin la eigreija mal passaba de meio als Passáran dous dies i inda nun tornara. Bien le dixo ran cien anhos para que deimingos. Cumo staalguien eilhi tornasse, mos parqui zbiados, puoque nun fura, que alhá se habien de amanhar. Mas nun tiempo an que solo de ser que la malina nun chegue acá. a Marie palpitaba-le que De l ramon de ls frezaquel mal era defrente, quedara la lhembráncia nos colgában-se brugos a la bista de ls febres i de la fuonte de ls lhaal dindon, agarrados a de las chagas i bechocas drones, que cuntinaba a filos a mo de aranheira negras que se abrien por manar sue auga clarica i corrien-le l cuorpo al todo l cuorpo i nahun unto sien sal an casca de cumo zde l ampeço de l modo que abaixában. Marie aparecie-le decebolha assada era capaç mundo.» lantre cun ua barrilica de adundiar. d’auga, mas nien eilha se - Deixa, que nistante la achegaba nien el tenie bengo. Se nun fur, solo daran pula nuossa falta na missa de l dei- fuorças pa la agarrar, i aqueilha sede ponie-lo mingo que ben. Bien sabes que somos nós a arder an claro. Agora, Marie iba-se ambora que tenemos de ir a tener cul mundo, que yá i nun le balie, i eilhes que siempre fúrun tan nien l cura acá ben. Puode ser que l barbeiro ounidos. Bibien solicos naquel bilhar de Tortenga por alhá algue pilma que te pinte, que tuyas, apuis que l redadeiro casal se morrira i l solo home nuobo se fura a stremundiar, an dies de mie bida bi un mal assi. Eiduarte nien le respundira, tapado cul bestido culs benairos dun fraile que puli se capote na fuorça de l berano. Tenien la sega- morrira uns anhos atrás, que l trabalho mal da a meio i, se nun sanasse, iba a ser custo- se le daba. Debo de star a deleriar cul febre,

l solstício de eimbierno ne l Praino Mirandés

[02] Bilhar de Tortuyas

pensou, cumo se l pensar i todos ls sentidos se tubíran buolto an boqueiros por adonde ls delores le antrában i salien. La nuite bieno mais cedo, dixo a saludar un scuro que le nacie ne ls uolhos cumo un suonho. L deimingo apuis l cura mandou giente a Tortuyas, puis nien Eiduarte nien Marie benírun a missa. Esta, achórunla stendida ne l camino, yá meio quemida de ls lhobos. Eiduardo cuntinaba ancostado al tuoro de l frezno cumo se drumira. Lhebórun las baquitas para San Pedro i quedórun pa la eigreija, l mesmo ye dezir pa l cura. Este, na prática de l deimingo apuis, nun parou de falar de l castigo de Dius puls pecados de ls homes. Purmeiro, dezie, fui l rei de castielha que todo roubou, queimou i çtruiu na sue passaige contra esse rei D. Fernando que botaba l pobo a perder, metido cun mulhieres pecadoras i querendo reinos que nun le pertencien. Apuis fui aqueilha peste, negra an sues feridas i negra de fame, que lhebaba las aldés a barrer, animales sien duonhos i casas sien naide. Tortuyas zapareciu por castigo de Dius, arrematou l cura, i que naide se atente a ir alhá que la muorte anda puli

por Amadeu Ferreira

cumo pragas de l Eigito. De hoije an delantre passará a ser tierra de muorte, adonde ls lhadrones se han de scunder, feitos cul diabro: la fuonte que alhá quedou, deixai-la tamien pa ls lhadrones que sue auga quedou

Foto: ANTERO DE ALDA

ambenenada cun tanto pecado i malina. Al oubir, las ties apertában-se an sues capas i ls homes an sous capotes, pessinando-se i chorando de zaspero, delor i fame. Fui perciso que passáran cien anhos para que alguien eilhi tornasse, nun tiempo an que solo quedara la lhembráncia de la fuonte de ls lhadrones, que cuntinaba a manar sue auga clarica cumo zde l ampeço de l mundo.


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

....espaço dirigido pelo linguista Amadeu Ferreira

Anterbista

Fotos: DOMINGOS AMARO

cul Angenheiro Domingos Amaro, purmeiro diretor de l PNDI - Parque Natural de l Douro Anternacional

L

angenheiro Domingos Alfredo Fernandes Amaro, naciu na cidade de Miranda de l Douro ne l anho de 1953. Sue mai era natural de Angueira, cunceilho de Bumioso, aldé falante de mirandés, i sou pai de Oubariç, aldé de l cunceilho de Mogadouro. Passou até als siete anhos na cidade adonde naciu, mas las andanças de la bida lhebórun-lo a bibir l mais de la sue nineç i mocidade an Bergáncia, adonde fizo la scuola purmaira i l liceu. Bieno apuis para Lisboua, adonde se formou an angenheiro agrónomo ne l Anstituto Superior de Angenharie de la Ounibersidade Técnica de Lisboua. Çque

J

ornal Contrabando - Falamos un cachico de cumo naciu i que stória ten l Parque Natural de l Douro Anternacional (PNDI) Domingos Amaro - Las populaçones que bíben i bibírun ne ls dous lhados de l riu Douro, l mais deilhas agricultores, soubírun, al lhargo de ls seclos cumbibir cun harmonie cula natureza de que fáien parte i, mesmo cul zambolbimiento de la macanizaçon, de ls adubos i de ls pesticidas, cuntinórun a fazer ua agricultura sien dar cuonta de las tierras, sien amporcar las augas i respeitando ls animales i las arbles cun quien cumbibien todos ls dies. Por bias de l bun stado de anquelíbrio de ls eicossistemas, de la amportança destas tierras ne l que respeita als animales que acá bibien i a las arbles que eiqui se criában, de las bistas marabilhosas, de la riqueza de l património custruído, stórico i cultural, haberá arrimado a uns 30 anhos que alguns mobimientos de cidadanos ampeçórun, inda algo a miedo, a chamar la atençon pa que las arribas de l Douro habien de ser un parque natural. I fui assi que, anque tenga habido muito trabalho de la «contra anformaçon», de las pantasmas que botórun, cumo las queluobras de dues cabeças, ls abiones burmeilhos que spalhában ls moscos, ou que la admenistraçon de l parque ye que iba a decedir subre las tierras de ls agricultores, a 11 de márcio de 1998, saliu l Decreto Reglamentar nº 8/98, que criaba l Parque Natural de l Douro Anternacional (PNDI), de las arribas de l Douro, pa las populaçones daqueilhes sítios. Anton, l que ye un parque natural? Ls parques naturales son, por defeniçon, árias houmanizadas. Bendo bien, un de ls oujetibos speciales de la criaçon de l PNDI ye pormober la melhorie de la culidade de bida de las populaçones, an harmonie cula cunserbaçon de la natureza. I las pessonas aceitórun bien essa criaçon? Qual fui la reaçon de las populaçones? Las spranças que se criórun nas pessonas fúrun mui grandes: acraditou-se que aqueilha ária portegida iba a ser ua mais balie para toda esta

acabou l curso, trabalha cumo técnico de l Menistério de la Agricultura, stando antegrado na Direçon Regional de l Norte de la Agricultura. Fui deiqui que saliu para ser l purmeiro diretor de l PNDI (19989982004), porjeto a que antregou muito uito de l sou sfuorço i adonde puso muito de l sou antusiasmo, de l sou muito to o saber i de ls sous suonhos. Domingos Amaro ye un home campechano, amigo de l sou amigo, que botou raiç na tierra que l biu nacer i a que se dedica cun aquel amor que se ten a las cousas que agarramos cumo nuos-sas,

region, que iba a ser ua upa pa l zambolbimiento rural i lhocal, por ser capaç de atamar la zerteficaçon houmana i acabar cula salida de las pessonas deiqui para fuora, criando puostos de trabalho, seia diretos, seia andiretos. Las populaçones de la ária de l PNDI reagírun de modo mui diberso. Zde l’andefréncia, a l’ouposiçon çclarada i al acolhimiento antusiástico, houbo de todo! Houbo ua ou outra fraguesie que nun querie pertencer a la ária portegida i houbo outras, cumo tal Palaçuolo, que fizo ua petiçon para que la fraguesie fura antegrada ne l parque natural. Cunsante l nible de anformaçon i sclarecimiento, assi éran las reaçones. Houbo un persidente de junta de fraguesie que, na fase de çcuçon pública de l plano de ourdenamiento, mandou ua posiçon scrita dezindo que era contra l PNDI porque ne l reglamento nun era premitido poluir i solo la poluiçon ye que traie l zambolbimiento! Mas, de un modo giral, l acolhimiento fui faborable.

Las cousas corrírun cumo se speraba? Al ampeço, las cousas corrírun mui bien. La gestion de l parque tubo a la sue çposiçon ls meios houmanos, materiales i financeiros (nun quier dezir que fúran ls bastantes para ampeçar), para que l PNDI fura ua rialidade. L antusiasmo fui mui grande, percipalemnte de ls técnicos mais moços i de ls guardas de la natureza. Fazírun-se studos de cunserbaçon de la natureza, fizo-se eiducaçon ambiantal nas scuolas, custruírun-

mas tamien cun ua grande cumpeténcia i un grande saber houmano que le ben de bien coincer estas tierras i estas gientes. Sendo este númaro de l jornal Cuntrabando dedicado al PNDI, nun poderiemos deidedi xar de d falar cul angenheiro Domingos Amaro, puis ten eideias claras subre l Ama passado, l persente i l feturo desse p spácio natura. Ye cun tristeza que bei l camino que le stá a ser dado i por esso denuncia cun bigor ls males que le stan a fazer al PNDI i a las sues gientes. Ouxalá lo óuban. Al lhargo de la sue bida, i anque seia mi-

se struturas de apoio al turismo, recuperórun-se eilemientos de la arquitetura tradecional, stablecírun-se parceries cun associaçones culturales i de caça, pormobiu-se la criaçon de outras associaçones speciales (de micologie, de duonhos de palumbares tradecionales, de duonhos de burros, etc.), mas sien nunca se perder de bista l oujetibo purmeiro, quier dezir, la cunserbaçon de la natureza i de biodibersidade. Esso quier dezir que todo iba bien ancaminado? Ye berdade que, als poucos, íbamos ganhando l parque. Ls sous einemigos ampeçában a quedar sien argumientos. Mui amportante, tamien, fui l apoio a la lhaboura tradecional, puis nun puode haber árias portegidas sien que andrento deilhas mesmas se zambuolban las bárias atebidades eiquenómicas, an special de la lhaboura. Tengo dezido muita beç que ls lhabradores son ls pedamiegos que aguántan l PNDI, sien eilhes ou contra eilhes nunca há-de haber ua ária portegida. Podemos dezir que todas las speces de plantas i animales depénden, direta ou andiretamente, de las atebidades a de trabalho de l campo i florestal. La Cámaras son ls percipales ourganismos de poder na ária de l PNDI. Cumo fui la relaçon cun eilhas? Las quatro Cámaras Munecipales stában repersentadas na Comisson Diretiva por un persidente de cámara, i assi se antendie que sstában a repersentar ls antresses de las populaçones (lhembro que atualmente nun eisiste comisson a diretiba de las árias portegidas). La repersentaçon, por decison de ls persidentes, era a la beç i por un anho. Na mie bibença cumo pera ssidente de la comisson diretiba, bi que la recetibidade de las Cámaras fui aparecida a la de las populaçones: uns a fabor, outros nun pensában muito ne l assunto i outros éran çclaradamente contra, ou melhor, dezien que éran a fabor çque l PNDI nun cuntreriasse la possiblidade de cometéren todo l tipo de atentados ambiantales i de maldades contra la natureza. De ls cinco persidentes cun que trabalhei, solo un anteriorizou la mais balie que l PNDI podie ser pa l sou munecípio, inda que muita beç stubira contra las decisones de la comisson dire-

randés de ls quatro costados, l angenheiro Domingos Amaro siempre tubo un cuntato cula lhéngua mirandesa mui andeble i çtante, anque tenga benido a crecer ne ls redadeiros anhos. Anquanto diretor de l PNDI nunca se squeciu de que l parque se dezie an dues lhénguas, pormobendo las eidiçones bilhingues i mesmo la eidiçon de lhibros an mirandés ou relatibos a la sue cultura. Fui para marcar essa ourige i essa lhuita por ua lhéngua i cultura a que tamien pertence que aceitou dar-mos esta anterbista an mirandés, inda que cula nuossa ajuda na parte de la scrita.

tiba.

L PNDI cuorre al lhargo de l Douro Anternacional i todo el faç raia cun un parque aparecido que hai de l outro lhado, l Parque Natural Arribes del Duero. Que mos puodes dezir subre las relaçones antre ls dous parques naturales? Cumo yá dixe, hai quien defenda que l Parque Natural Arribes de Duero i l PNDI, yá que son un solo spácio natura, debien de tener ua gestion única, al menos cordenada, pa l bien de la cunserbaçon de la natureza i de la biodibersidade. Anquanto you stube na direçon de l PNDI, las relaçones cul parque spanhol fúrun mais personales do que anstitucionales. Cumo habie eicelientes relaçones de amisade (que yá benien de antes de la criaçon de l PNDI), siempre que habie qualquiera atuaçon fuora de la rotina, daba-se anformaçon ou pedie-se oupenion, a la direçon de la outra ária portegida. Houbo buns resultados desta colaboraçon, specialmente al nible de belar ls parques (quando inda habie begilantes ne l PNDI), al nible de la monitorizaçon de la fauna, etc.. Las poucas bezes que se tentórun relaçones anstitucionales, cumo tal, defenir las regras pa la nabegablidade nas presas que hai ne l riu, houbo siempre muita deficuldade, por bias de l grande númaro de anstituiçones que mándan nesse assunto. Neste causo cuncreto nua purmeira reunion que se realizou an Freixeno de Spada a la Cinta, stubírun persentes mais de ua dúzia de ourganismos que tenien cumpeténcias subre las presas (de Spanha ten que se cuntar cun ourganismos an drobo, ls outonómicos i ls centrales). Por isso, nun fituro que a curto prázio puoda haber ua gestion cordenada. I cun la reciente restruturaçon que sufriu l ICNB, las cousas inda piorórun. Fuste l purmeiro diretor de l Parque. Cumo bés l que se ten passados nestes últimos anhos? You

tube l grande perbileijo i la honra de haber cuntrebuído pa l zambolbimiento de l PNDI, yá que fui l repunsable pula sue gestion antre Maio de 1998 i outubre de 2004. Las leis que stan a salir déixan-me mui triste i cheno de miedo quanto al feturo de l parque natural i de las a populaçones que acá bíben, que habien de ser portegidas sobretodo pula Cunserbaçon de la Natureza i de la Biodibersidade. La mie bibença de ls quaije siete anhos cumo repunsable nun parque natural lhieba-me a quedar receloso pul feturo de la giente que ende bibe, nun solo nas árias portegidas, mas tamien nas árias classeficadas. Anton la giente que faç las leis nun sabe l que anda a fazer? Cuido que quien stubo na restruturaçon ourgánica que andubírun a fazer, çconhece por cumpleto las dinámicas de las árias portegidas. Cuidas que ye ua cousa mala cada parque nun tener acá giente cun poder para decidir l que ye perciso? Hai assuntos i porblemas que son specíficos de cada ária portegida i que eisígen decisones eimediatas i que, por isso, nun se cumpadécen cula falta de repunsables que decídan ne l sítio i na hora. Mesmo neste tiempo an que las quemunicaçones son tan rápidas, de ls telemobles, de la anternete de banda lharga, l resolber de las questiones, seia de las mais custosas seia de las que ténen solo la amportança de la lhana caprina, nun puode ser feita a duzientos ou mais quilómetros de lunjura.

B i que stás tá muii pessimista.? i i t ? Beio Nó, sou rialista. Parece-me que cun esta strutura ourgánica haberan cunseguido streformar la RNAP (Rede Nacional de Árias Protegidas) an RNAD (Rede Nacional de Árias Çprotegidas). Ouxalá you steia anganhado. Ouxalá que 1 nuos-so PNDI, an 2018 faga 20 anhos cun mais salude do que ten hoije. Anterbista feita por Amadeu Ferreira


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

22

TEMPO QUE PASSA

Almendrar

ANTERO DE ALDA

Alfredo Mendes

O linho e a neve

H

á muitos anos, De- to a enfiar a viatura pelas ruas zembro no calendá- mais esconsas da cidade do rio, era um suplício Porto. esperar a tia-bisavó Impante, a tia-bisavó, essa, na estação de São Bento. Ho- escancarava a boca graças aos ras de atraso e o fantástico trejeitos libidinosos das mulhecomboio do Douro oriundo de res da vida airada, à cata de Barca de Alva estancava atafu- sujeito amoedado ou soldado lhado de garrafões de azeite sem quartel. e vinho, cestaria tapada com «Bô-bô?! Orolha o putedo, serapilheira, ao dependuro as louvado seja Deus! Está o muntabuinhas com os endereços e do perdido. Ai mundo!...» onde viajaram mimos da horta Trazia nas vestes negras e das varas dos enchidos. de viúva o halo das fogueiras Dignos, os vindouros das inverniças amamentadas a casarribas de Vila Nova de Foz cabulho de amêndoa, mais o Côa apeavam-se com fatiota rosário benzido em Fátima enendomingada, calosas as mãos rolado na malinha de mão. Trae restos da merenda desossada zia a calma da neve no til dos e compartilhada pelo caminho. telhados da aldeia, estalactites Risonhos, posto carinhosamen- de uma felicidade indizível, e os te alombarem os bens da comi- húmidos recantos da Ladeira lança e a saudade prestes a ser dos Gamões onde eu, de menidebelada, hano, ia ao musgo via, depois, que «Bô-bô?! Orolha o para o presépio perseguir um com estrela de putedo, louvado papel-prata dos carro de praça, e lá tinha eu, seja Deus! Está o chocolates “Repor incumbênTrazia o mundo perdido. Ai gina”. cia, de convensoro da ovelha mundo!...» cer o rezingão churra, os sedo motorista rões dobando, a abarrotar a dobando hismala do “Mercedes” com talei- tórias da idade do petromax e gos de pencas, de batatas e de da escalfeta aquentar os pés na figos afagos de mel. escola primária. «Qu´é isso, ó bacano? Que Sepultada entre as mandípouta de bida, a minha», bulas do xisto e cascalho altovociferava o tripeiro, pron- duriense, foi-se a paciência be-

neditina na gare de São Bento. Compradas na mercearia da grande cidade, as pencas, as batatas e os figos surgem desenxabidas sob o efeito das estufas tão presente nas catedrais do desenfreado consumismo urbano. Mais longe no tempo, mais aconchegada na memória, a doce fraternidade da ceia na terra Natal, a espera da camioneta da carreira no largo da Amoreira, em Almendra. Minha mãe, Maria da Luz, a Mariazinha, afadigada com as toalhas bordadas, com o melhor serviço de jantar; minha avó, Sílvia Paixão, às voltas do lume bran-

do da lareira que refulgia nos cálices de velho vinho fino nos copos de pé; minha tia, Ivone, distribuindo a bacalhoada, o polvo cozido, as bolas de azeite, a aletria, o arroz-doce, os sonhos do quadro consoadeiro. As madrinhas preocupadas em colocar os sapatinhos do menino na chaminé, lembrando a tradição de se deixar a mesa posta para os mortos também virem comer. Aldeia em silêncio, rebanhos no redil. Trasladada a família para a cidade, vividas as avenidas da desalegria, nela se despediu do mundo a avó com uma serenidade de estuário. Nesse

dia, minha mãe não conseguiu lavar aquele corpo frio e soluçou, muito soluçou quando a vizinha que se ofereceu para o encargo abriu a mão direita e lhe entregou o cordão de ouro contendo o retrato do seu homem falecido em Moçambique e que Sílvia Paixão sempre trouxera ao peito, porventura escudando o coração de novos amores. No gavetão do cemitério, as ossadas enrolaram em alvos panos de linho que me lembram, ai se me lembram… a neve de Almendra daquelas noites de Natal.

Vidas de Comboio

Viagem na Linha do Douro: Porto (S. Bento) - Pocinho

Fotoreportagem

Antero de Alda

O

s primeiros troços da Linha do Douro foram mandados construir em 1867: têm cerca de 140 anos. O comboio que serve actualmente as populações das cidades-dormitório da periferia do Porto (Ermesinde, Va-

longo, Paredes e Penafiel) foi modernizado e é hoje um veículo de transporte igual aos das outras grandes metrópoles da Europa. No entanto, algumas carruagens que seguem até à estação do Pocinho (em tempos chegavam mais longe, até Barca d’Alva)


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

PENINSULARES

23 Pub

Ruedo Ibérico Emilio Rivas Calvo

~ Se habla espanol

E

s comentario de algunos es- menor divulgación, como son el bable pañoles que han visitado Portu- y el mirandés. Esta diversidad, que hay que protegal, su contrariedad al comprobar, que en lugares de afluencia ger a toda costa, igual que se protegen turística, se exhiben carteles anunciado enclaves naturales o especies botánique allí se atiende en otros idiomas, ta- cas y animales, puede ser causa en este les como francés o inglés, pongamos caso de incomunicación. Las comunipor caso, y que ninguna referencia dades de distintas hablas necesitan de haya al idioma castellano. Idéntica que- un lugar común para entenderse. Lejos ja manifiestan viajeros portugueses en queda aquella lengua inventada, con la mejor de las intenciones, por el estusus itinerancias españolas. Creo que en ningún caso tienen dioso polaco Lejzer Ludwik Zamenhof. razón. Para los ciudadanos ibéricos Me refiero al esperanto, pensado como moverse en uno u otro país es como lengua vehicular de entendimiento hacerlo por su propia casa. Cierto que universal. nos encontramos con otros paisajes y El profesor de lingüística, Jesús Tusón, señala que todo otras leguas, pero las afinidades pesan más ha descubierto que ser humano es monoque las divergencias. el gen del lengua- lingüe por naturaleza, entendiendo que el Tenemos muchos años je, (FoxP2), aquel bilingüismo es postizo de historia común a las espaldas y muchas raí- que procura nues- y habitualmente imEl políglota en ces compartidas. tra capacidad co- puesto. cambió es una opción Recientemente el Departamento de Neu- municativa, existe personal y voluntaria. este punto de visrología de la Universien todos los verte- Bajo ta clasifica a los monodad de California, con brados lingües en naturales y Daniel Geschwond a la cabeza, ha descubierto militantes, siendo estos que el gen del lenguaje, (FoxP2), aquel últimos los que se aferran a la comuque procura nuestra capacidad comu- nicación siempre en su propio idioma, nicativa, existe en todos los vertebra- sin demostrar el menor interés, ni reados, siendo que entre el nuestro y el lizar el menor esfuerzo por entender y del chimpancé, que es la más próximo, hacerse entender por los interlocutores existen mínimas diferencias, con los re- que practiquen otros idiomas. Afortunadamente entre el portusultados que a la vista, o al oído, están. A lo largo de los siglos las distintas gués y el castellano existen muchos sociedades humanas han ido desar- lugares comunes y con algo de buena rollando esta facultad hasta alcanzar voluntad y esfuerzo podemos dialogar los más de seis mil idiomas conocidos en ambas lenguas. Miguel de Unamuen el mundo. Muestra de ello son los no señalaba como barbaridad la tranueve que se hablan en la península ducción del portugués al español. La Ibérica, considerando entre ellos los de literatura portuguesa como mejor se

circulam há mais de 30 anos. A partir da estação de Pala o trajecto faz-se lado a lado com o rio e o comboio parece querer entrar nas águas do Douro. No Verão, os turistas arriscam esta viagem de cerca de 163 quilómetros,

saborea es en su propio idioma. Hagamos pues un esfuerzo común por entender a nuestros vecinos y cuando los visitemos desplegar las redes de cazar palabras, para traernos de tapadillo y en el zurrón de la memoria, media docena de ellas, que como es lógico pasaremos sin declarar

que chega a demorar 3 horas e meia, só para poderem usufruir das magníficas paisagens desta região do Vinho do Porto — Património Mundial da UNESCO. Mas a grande maioria dos utentes que circula entre as pequenas estações e apeadeiros são

operários indiferenciados, pequenos comerciantes e idosos sem meios de transporte próprio, que têm de se deslocar diariamente para o seu trabalho, visitar familiares e amigos ou fazer as suas compras nos mercados locais. Fazem «vidas de comboio».

y de contrabando. Por mi parte, encuentro muchas hermosas y precisas palabras en el idioma de Camoens, que no tengo inconveniente en incorporar a mi léxico El riesgo es pequeño, todo lo más puede ser, que hayamos de falar em alhos e responder em bugalhos.


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

24

GASTRONOMIA

Nuestros comedores Casa de Las Uces

queño hotel. Consta de 16 plazas, con seis habitaciones dobles, una de ellas adaptada para personas de movilidad reducida y una habitación cuádruple; todas ellas con baño propio. Ofrece servicios de comidas, todas ellas exclusivas y con reserva, teniendo como especialidad los arroces mediterráneos, que se alternan sin chirriar con nuestra tradicional cocina arribeña,y con unos precios en la carta que van de los 15 a los 35 euros por comensal. Su decoración es muy personal y se han aprovechado muchos elementos de desecho, reciclándolos y dándoles una utilidad, bien práctica o estética.

ARTISTA VALENCIANO

Desde que, hace exactamente dos años, la Casa de Las Uces abriera sus puertas, la comarca de Las Arribes puede presumir de haber ampliado y enriquecido su oferta gastronómica con los sabores y aromas más tradicionales de la cocina mediterránea. Este nuevo aporte a nuestro recetario ha sido posible gracias a Rafael Masiá, valenciano de toda la vida, y que hace unos años se enamoró de estas tierras rayanas y hizo sus maletas para acompañarnos desde entonces como un nuevo hijo adoptivo. Este artista valenciano- sus obras pictóricas gozan de reconocido prestigio- ha volcado también todo su saber en la casa rural y el restaurante que regenta en el pequeño municipio de Las Uces y del que nos hacemos eco en esta segunda entrega de “Nuestros Comedores”.

l

LA CASA de las Uces es una casa típica construida en piedra; restaurada y acondicionada como pe-

Está situada en la localidad de Las Uces, pequeño pueblo que antaño fue castro, del que aun se conserva un tramo de muralla; con un Foto: www.casalasuces.com paisaje sencillo, sobrio , con frecuentes afloramientos rocosos, de ambiente rural y muy tranquilo. El río Uces a su paso por el pueblo va tomando caudal y adentrándose en Las Arribes forma el espectacular Pozo de los humos en su camino hacia el río Duero.

ga

en el corazón de Las Arribes

Las Uces

rtu

La cocina mediterránea

Po

Por Miguel Ángel Pérez (texto y fotos)

Las Uces España

Una propuesta para Enero

ARROZ AL HORNO CON COSTILLA DE CERDO

Salamanca - Las Uces, Valsalabroso = A-62 y SA-315 (97,2 km) Bragança - Las Uces, Valsalabroso = CL-525 (160 km) Guarda - Las Uces, Valsalabroso = A25-A-62 (147 km) Zamora - Las Uces, Valsalabroso = CL-527 (109 km) Castelo Branco - Las Uces, Valsalabroso = A23-A62 (182 km)

PREPARACIÓN: Precalentar el horno a 250º. - Cortar el pimiento (4 tiras largas),salar, sofreír y reservar. Salar los trozos de costilla y de panceta, sofreír hasta que estén bien dorados. Bajar el fuego a mitad y añadir las habas. Al punto de estar cocinadas añadir el machado de ajo y perejil, se sofríe. Añadir el pimentón dulce, sofreír unos segundos. - Verter todo el sofrito en la cazuela de barro junto con el arroz con un poco de colorante o azafrán. - En la misma sartén se añade agua y se deja hervir, se vuelca a la cazuela de barro. Se prueba el caldo y se rectifica de sal. Poner las mitades de tomate en la cazuela. Repartir la patata por toda la cazuela se esparce un poco de sal por las patatas y añadir el pimiento que se reservó. - Introducir la cazuela en el horno, entre 20 min y 40 minutos estará hecho. (Las patatas deben quedar bien doradas). Este arroz es un plato típico Valenciano de La Ribera Alta. Es un plato consistente, y por ello, debido al clima de la zona y a la calidad en las carnes, encaja a la perfección con la cocina Salmantina. Se puede añadir alcachofa que se sofríe junto con las habas. La morcilla se puede comer con un trozo de pan ó, se deshace y se mezcla con el arroz. Se come como plato único, junto con una ensalada. Acompañar con un tinto de Las Arribes. Buen provecho.

4 personas INGREDIENTES: -Pimiento rojo -1/2 Kg. de costilla de cerdo -4 tiras de panceta cortada a trozos -2 morcillas de cebolla -250 gr. de habas tiernas -Machado de 3 dientes de ajos y perejil -1 cucharada de café rasa de pimentón dulce -2 tomates maduros partidos a la mitad -4 tazas de café de arroz -8 tazas de café de agua -1 patata cortada panadera fina -75 cl. aceite de oliva -Sal

ESPECIALIDADES

-Arroz de Señorito (pescado y marisco) -Arroz negro. -Arroz caldoso. -Paella Valenciana -Arroz al horno de verduras -Arroz al horno con pasas y garbanzos -Arroç amb fesols i naps (arroz con alubias y nabo) -Arroz al horno con costilla de cerdo -All i pebre (Guiso de anguilas) -Asado de cordero con naranja. CASA LAS UCES -Chuletón de ternera (Alojamiento y comidas) C/Río, 24, Las Uces (Salamanca) -Cabrito guisado www.casalasuces.com -Pluma ibérica e mail: casalasuces@casalasuces.com -Fideua tel. +34 923 504 206 - +34 647 507 953

Publicidade

www.contrabando.org

Portugal: (+351) 271 311 030 España: (+34) 669 826 992


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

CIÊNCIA Pablo Azón Garcés

Paranormalia

Proyecto Conciencia Global

La iniciativa científica que pretende demostrar la existencia de una mente universal

D

ías antes de que el tsunami las relaciona con uno u otro suceso, arrasara la costa asiática en dependiendo de si la variación es local 2004, los animales huyeron o global. Cuando esto sucede, hablan en desbandada de la zona, de que se ha producido una señal. Y, efectivamente, una fecha hizo demostrando que poseen una sensibilidad especial. ¿La posee también el ganar fama mundial al PCG. El 11 de hombre? Es más, ¿Existe una concien- septiembre de 2001. Cuatro horas ancia colectiva? C. G. Jung así lo creía y tes de que el primer avión se estrellara lo reflejó en su teoría del inconsciente contra las Torres Gemelas de Nueva colectivo. En esoterismo se denomina York, los ordenadores emitieron una archivo akásico al registro en el éter de gran cantidad de unos y ceros a la vez, todo el saber y el sentir de la humani- lo que a la postre ha significado el pico dad a lo largo de su historia. Ya en el más alto que se ha registrado en los campo de la ciencia teonce años que lleva en nemos la teoría del en- Horas antes de los marcha esta iniciativa. trelazamiento cuántico los promotores del atentados de las Para proyecto, esta señal no de Einstein, Podolsky y Rosen, que viene a de- Torres Gemelas los fue fruto de la casucir que, sin saber cómo ordenadores de- alidad, sino más bien ni por qué, todos los sisconfirmó su certeza de tectaron una alte- que los hombres pertemas de partículas se influyen mutuamente ración fuera de lo tenecemos a un camsin importar la distanpo de conciencia en el normal en los habi- que cia. somos capaces de En 1998 la universi- tantes de los cinco preconizar sucesos de dad de Princeton puso gran alcance, e incluso continentes en marcha el Proyechacerlo a nivel colectito Conciencia Global vo. para comprobar si de alguna manera También se detectaron señales en nuestras conciencias están conectadas los atentados del 11-M de Madrid y del y responden a los mismos estímulos 11-J en Londres. Y lo mismo ocurrió extrasensoriales. Su impulsor, el cien- con los funerales de Diana de Gales, tífico Robert Jahn, Teresa de Calcuta programó en 1979 y el papa Juan Paun ordenador para blo b II, y sigue ocurque emitiera una riendo cada año en r secuencia de ceros Nochebuena y Fin N de y unos de forma d Año, con lo que podemos deducir totalmente aleatop la importancia que ria. Frente a la mátienen los aconteciquina situó a una t mientos de índole m persona con una emotiva en la psiconsigna: concene que humana, sean trarse hasta el punnegativos o posito de que sus ondas n tivos. El otro gran cerebrales modit suceso que desafió ficaran la cadena s las de números. La la leyes de la probabilidad y colmó consecuencia fue b de la aparición masiva d unos los indicade unos en la pandores fue el tsunad mi de 2004, lo que, talla y con ello la m base científica para vvolviendo al inicio, nos confirma que poder extrapolar n la idea a escala mundial. Así, 30 años los hombres, al igual que los animales, después, más de sesenta ordenadores sí poseemos esa capacidad de anticipaen el mundo, repartidos en más de 40 ción. Tal vez la diferencia sea que no países, emiten simultáneamente la mis- sabemos interpretar nuestra señal. ma secuencia binaria que el ordenador central de Princeton, desde donde se (articulo completo en www.contrabando.org) analizan las posibles alteraciones y se

25

Maria Soares Guerra

Os experimentos Backster sobre o sentimento das plantas e as suas implicações além de sede e fome, as plantas podem sentir também medo, Para atracão, aversão, alegria, excitação, dor e carinho? … memória para reconhecer os sujeitos que se lhes causam danos, Têm ou ainda, para adivinhar a suas intenções? ... capazes no extremo, de identificar um criminoso que tivera Seriam cometido um crime na sua presença? ...

S

A resposta é sim! Isto pode de- mos de defesa: acelerando a sua respipreender-se dos trabalhos inicia- ração, movimentando partes, transpidos na década dos sessenta por rando gotas pelas suas folhas, etc. Quer se trate de medo, complacênClive Backster, um especialista norte-americano em polígrafos (detec- cia, prazer, instinto de conservação, tores de mentiras em interrogatórios sentimentos estes muito elaborados de polícia), que submeteu às plantas e categorizados na escala onto-filogéos mesmos, e descobriu que não ape- nica contra as meras respostas físiconas estas podem comunicar entre elas, químicas e fisiológicas das plantas, em ambos os casos, estacomo têm igualmente um tipo de percepção As plantas, para mos a falar de reagir a emoções e capaz de captar pensaalém de sentir, têm estímulos, sentimentos, o que os mentos e emoções em homens e outros ani- memória e podem humanos chamamos “sentir”, portanto as mais. até identificar à plantas neste sentido Desde sempre existiu posteriori quem “sentem”. uma “cultura” a volta da Backster ao utilizar o ideia partilhada de que comete um acto polígrafo em plantas e as plantas sentem, se “emocional” em diferentes situações falarmos com elas, se as criminoso experimentais, verifimimar-mos ou se lhes cou grandes alterações colocarmos determinae mudanças fixas nos das músicas (melhor a clássica que a estridente), na perspec- registos, ao efectuar queimaduras nas tiva que cresçam, mais lindas, e retribu- suas folhas, quer ao submetê-las a ouam melhores frutos, ao ponto de achar- tros perigos, chegando este investigamos que perdem a vitalidade e o brilho dor, mesmo a concluir, com a repetição com as mudanças ou mesmo, em exa- das provas, que as plantas adivinhavam gero, serem elas capazes de absorver o as suas intenções. Respondendo à 3ª pergunta inicial, sofrimento de uma pessoa até secarem este investigador, deu um passo mais e morrerem. na demonstração de que as plantas, para além de sentir, têm memória e podem até identificar à posteriori quem comete um acto “emocional” criminoso na sua presença. Para essa experiência, Backster reuniu seis voluntários com os olhos vendados, dos quais, só um arrancaria de raiz (este seria o assassino) uma das duas plantas colocadas numa sala. O criminoso cometeria o seu crime em segredo (todos tinham os olhos vendados), para que apenas a outra planta servisse de testemunha. Após esta experiência, Backster aplicou o detector de mentiras à planta testePodemos racionalmente equiparar o munha, fazendo desfilar os voluntários seu sentir com o de um animal, sobre- ante ela, e reparou que o registo do tudo com o ser humano? O “sentir físi- polígrafo mudava apenas quando se co” no caso dos animais e a elaboração aproximava o presumível culpado. Portanto, dignidade e respeito eterdas suas respostas tem de uma forma abrangente, que ver com o sistema nos para estes seres vivos que são canervoso. Apesar das plantas não pos- pazes de experimentar muitos mais suírem um ‘sistema nervoso conven- sentimentos dos que o homem imagicional’, reagem, como as bactérias, de na, inclusive desmascara-lo. muitas formas e têm os seus mecanis-


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

26

OPINIÕES E CRONIQUETAS

Do lado esquerdo Aristides Rodrigues

Ig Nobel versus Nobel

N

ão haverá muita gen- vacas cujos donos lhes atribuem te a saber que todos nomes dão mais leite. Ou o préos anos são atribuí- mio na área da Saúde Pública, dos os prémios Ig No- entregue a investigadores de bel distinguindo investigações e Chicago por terem inventado estudos científicos que podem um soutien que se pode transser classificados, no mínimo, formar, em caso de emergência, como originais. Tais prémios num par de máscaras anti-gás, são atribuídos em cada mês de uma para a mulher que o usa Outubro pela Universidade de e outra para alguém que se enHarvard, desde 1991. A partir contre próximo (ou vice-versa). Como não podia deixar de daí, a cerimónia de entrega dos prémios Ig Nobel foi ganhando ser também existe o prémio Ig notoriedade mediática e um Nobel da Paz, esse valor tão presente nos interesse cada ...por demonstrar discursos e tão vez maior da parte do públi- que as vacas cujos ausente nas intenções dos líco. É natural, donos lhes atrideres mundiais. se tivermos em conta que aí são buem nomes dão Sabendo disso (do prémio, do galardoados mais leite. Nobel e do Ig projectos e inNobel) confesvestigações que suscitam perplexidade, incredu- so que, quando tomei conhecilidade e quantas vezes uma gar- mento que Barak Obama tinha sido laureado com o prémio da galhada divertida. O curioso é que os cientistas Paz, não deixei de sorrir e coenvolvidos e embrenhados em mentar para os meus botões, pesquisas aturadas e absorven- estes gajos são lixados, não tes, raramente têm noção da ex- perderam a oportunidade de centricidade do objecto da sua gozar com a inesperada (para investigação. Por exemplo, o alguns) ineficácia do presidente prémio Ig Nobel da Biologia de dos EUA e a sua incompetência 2002 foi atribuído a uma equi- para afrontar o lobby da indúspa de biólogos do Reino Unido tria militar norte-americano. No entanto, desconfiei, já que levaram a cabo uma investigação com o hilariante título: são muitos anos a lidar com “Comportamento das avestru- esta gente. E ouvindo com mais zes para cortejar seres humanos atenção, descobri que afinal nas herdades britânicas”. Esses Obama tinha ganho, não o Ig cientistas só se aperceberam Nobel, como merecia, mas o da extravagante singularidade prémio Nobel itself. O mais interessante é que o do seu estudo ...esse valor tão recém-laureado quando o comité Ig Nobel lhes presente nos dis- Obama tinha acabado de decomunicou que tinham arreca- cursos e tão ausen- cidir o envio de dado o prémio, te nas intenções mais 50 mil solpara o não tão desejados líderes mun- dados teatro de guerra do com o seu diais. ? do Afeganistão, mais conceitutinha adiado o ado parente sueco Nobel, mas cada vez mais prometido encerramento de Guantanamo, tinha dado o beapreciado. O rol dos laureados é sem- neplácito a um golpe de estado pre interessante e curioso e nas Honduras, etc., etc. Não pode ser acedido através do site está mal, para um prémio Nobel http://www.improbable.com. A da Paz. Ah! Só por curiosidade, o prélista de estudos improváveis é extensa e deixa-nos boquiaber- mio Ig Nobel da Paz deste ano tos a cada instante. Basta dar foi para cientistas suíços que experimentalmente uma espreitadela aos distingui- testaram dos de 2009, não é necessário (!) se é melhor que nos batam viajar mais no tempo. Aí vemos na cabeça com uma garrafa de o prémio Ig Nobel na área da cerveja cheia ou com uma vaVeterinária que foi para uma zia. Ora aqui está, finalmente, equipa da Universidade de New um merecidíssimo prémio, sem Castle por demonstrar que as dúvida alguma.

Croniqueta Leandro Vale

Quando os sonhos eram possíveis

N

em sempre a memória é coisa de respeito. Mas para aqueles a quem a palavra memória possa dizer alguma coisa, será sempre bom recordar. Tempos heróicos os daquela gente a quem, na minha infância, se dava o nome de contrabandistas. E porque é que o haviam se ser? No fundo faziam parte do nosso sistema económico. Um sistema económico que, ao fim e ao cabo, talvez fosse mais limpo do que aquele que acontece nos dias de hoje. Isto porque havia mais riscos e os lucros eram menores. Isto porque os produtos que entravam nem sempre existiam nas lojas dos confins perdidos, entre penhascos, estradas que eram lamaçais onde, no Inverno, ninguém se aventurava andar. E o café, o bom café português, era, na troca, bem apreciado nas terras além fronteira. Nunca mais me esquecerei do meu amigo Raul. Mensalmente recebíamos a sua visita no pátio da escola onde a trouxa era aberta, depois das horas escolares. O meu amigo Raul nunca se esquecia de mim. Trazia sempre qualquer coisa que me fascinava os olhos. Daquelas

tais coisas que, talvez, nem apare- para me contares, de novo, as hiscessem nas cidades, quanto mais torietas, tão reais, até parecendo naquelas “berças” perdidas nas fantasiosas, que me levavam a serranias da Beira. Para a minha sonhar um dia poder, também, mãe os perfumes, as sedas, e mais ser delas herói. Mal pensava eu uma ou outra novidade que, só que, anos mais tarde, havia de tempos mais tarde, haveríamos de calcorrear esses mesmos camiver numa visita a Coimbra. Para nhos, quando, sem passaporte, o meu pai os tais tecidos para as me aventurava a conhecer as pefatiotas, que até, talvez, fossem dras dos mesmos ribeiros. Dessa portugueses, gente lendária, mas que, os porE tudo isto com o a memória que tuguesses, por deveria ser reacolhar complacen- tivada. De gente cá não vislumbravam. E tudo te do regedor, ou que deu tantas isto com o olhar felicidades a complacente do do cabo de ordens todos aqueles regedor, ou do que, sem as poque, no fundo, cabo de ordens derem ter de também eram que, no fundo, outra maneira, também eram conseguiam faclientes do Raul. clientes do Raul. zer com que as Mas o que mais festas tivessem me deslumbrava eram, entre o ainda mais brilho no tal perfume desbobinar dos produtos, saindo que entontecia as cabeças dos magicamente, da “trouxa”, as es- mancebos, nas sedas que faziam tórias que ia contando da passa- adivinhar os corpos, nos blusões gem mais ou menos arriscada, do e nas gorras que faziam do jovem tiro furtivo de um “guardia civil” um homem pronto para poder muito mais atento que o guarda mais cedo sonhar. Obrigado Raul. fiscal com o qual até bebia um Obrigado a tantos que, desse ou copo quando repousava do lado de outro nome, ajudaram este de cá. Meu querido Raul como eu país a sonhar quando os sonhos te recordo. Quanto eu não daria eram impossíveis.

Colectivos

os

Associação“Além Guadiana”

Associação “Além Guadiana” e a cultura portuguesa em Olivença

O

“Além Guadiana” é uma associação cultural formada na sua maior parte por oliventinos que partilham o interesse pela promoção da cultura portuguesa em Olivença, bem como a aproximação cultural ao mundo da lusofonia. “Além Guadiana” nasce com o desejo de preservar a peculiar identidade cultural de Olivença, fruto do seu passado, partilhado por Portugal e Espanha. Conhecida como a terra das duas culturas por ser ponto de convergência cultural de ambos os países, nas últimas décadas sofreu, porém, um forte processo de desaparição de elementos do substrato cultural português. O Além Guadiana deseja contribuir para que não se perca a sua memória portuguesa, entendendo que esta é parte imprescindível do seu rico património e da sua vincada personalidade. São diversas as atividades desenvolvidas pela associação desde a sua criação, como o programa cultural “Lusosonias” em

colaboração com a associação “Do Imaginário” de Évora; ou a celebração em Olivença da “Jornada sobre o Português Oliventino”, fórum de informação e de debate sobre a língua portuguesa no nosso concelho que contou com a presença de linguistas, de universidades de Espanha e Portugal, do Instituto Camões, do Conselho da Europa, etc. Entre as ações que estão atualmente a ser executadas, encontra-se a realização do filme Carne de Frontera / Carne de Fronteira, sobre os lusófonos em Olivença, a petição do português oliventino como Bem de Interesse Cultural e a apresentação perante as instituições locais do projeto “Calles de Olivenza / Ruas de Olivença” para a recuperação dos antigos nomes portugueses nas ruas do centro histórico. Além disso, foi apresentada à administração uma proposta integral de medidas que visam para a dinamização da língua e da cultura portuguesas em Olivença e nas suas aldeias. O nome “Além Guadiana” é uma expressão que nos fala de

uma mútua pesquisa cultural em ambas as margens do rio, uma maneira de nos aproximar da cultura portuguesa, que encontramos em Portugal e nos países da lusofonia, mas também dentro de Olivença. Pode ser sócia qualquer pessoa que desejar contribuir para preservar a identidade cultural da nossa terra. Para maior informação ficam ao seu dispor a página web www.alemguadiana. com e o blogue http://alemguadiana.blogs.sapo.pt O nome “Além Guadiana” é uma expressão que nos fala de uma mútua pesquisa cultural em ambas as margens do rio, uma maneira de nos aproximar da cultura portuguesa, que encontramos em Portugal e nos países da lusofonia, mas também dentro de Olivença. Pode ser sócia qualquer pessoa que desejar contribuir para preservar a identidade cultural da nossa terra. Para maior informação ficam ao seu dispor a página web www.alemguadiana. com e o blogue http://alemguadiana.blogs.sapo.pt

.


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

MÚSICA & CINEMA

27

Giradiscos

Só neste país

Luís Clementino

Cláudio Vieira Alves

Rock-anti-latifundiário combina com Tom Petty “Wildflowers” reforma musicalmente agrária.

H

á 35 anos, em pleno pós-25 de Abril, eram muitos os músicos que, visando alcançar metas sociais outrora negadas, reclamavam e faziam ouvir a sua voz por este País fora. Sérgio Godinho, por exemplo, aproveitava e construía “À Queima-roupa” — num dos seus discos manifestamente mais políticos — um hino-manifesto à reforma agrária, colocando e cantando “Os pontos nos is”. Mais tarde, o mesmo Godinho sobre a mesma temática, cantava que “aquilo que é mesmo reforma agrária é, para alguns, o demónio vermelho”. Passaram, já o disse?, 35 anos. Pois, e só sabemos agora, uma reforma estética de anteriores e tradicionais sonoridades passava pela crucificação do pai de todos os demónios. Passava por colocar o diabo, definitivamente, na cruz.

Capa do disco “Virou!” (Diabo na Cruz).

Este Diabo na Cruz é um projec- portuguesa. Em forma e conteúdo to liderado e produzido por Jorge diabolicamente sensual os Diabo Cruz. Antes das recentes activida- na Cruz recolhem, em “Virou!”, os des de produtor (em bandas como sons da nossa terra para os devolv“Os Golpes” e “João Só e Abando- erem mais eléctricos do que nunca. nados”) Cruz conColectivamente, tava já com uma «vendem, neste ab- vendem, neste carreira preenchiabsorvente disco, sorvente disco, um da. Aliás, recapium elegante e elegante e fresco fresco upgrade tulada a carreira do músico identififolclore — e upgrade ao folclore ao cam-se, antes dos que inclui, ainda, — e que inclui, ain- direito a odores seus dois álbuns a solo — “Sede” (em da, direito a odores de rock em plenos 2005) e “Poeira” anos zero. de rock em plenos (em 2007) —, seNo início do melhantes sonoridisco, Vitorino anos zero» dades experimenSalomé, de voz tadas, no início da envolta em perdécada, em Superego. Aqui, em cussões, avisa que as raízes mais Diabo na Cruz, as canções são da profundas da nossa árvore musiautoria de Jorge Cruz mas foi num cal estão de volta à superfície. Para experimentado colectivo que estas que se duvide, guitarras cospem foram trabalhadas e arranjadas, electricidade e parece que o interaté atingirem esta forma de aba- rompem. Mas, e ainda antes que não musical. Os músicos envolvi- o refrão seja cantado em coro, dos, e que mais parecem artesãos constata-se que as canções soam: da música, são os talentosos B Fa- ora, modernas; ora, tradicionais. E chada, Bernardo Barata, João Gil e o disco gira fazendo tudo isto, e JJoão Pinheiro. ainda mais, ao mesmo tempo. É, Os 5 elementos partiram de um provavelmente, neste equilíbrio, EP (“Dona Ligeirinha EP”), com a gerido com harmonia e mestria, rapidez com que um diabo fugiria que soa bem. Quando se dá conta, de uma cruz, para um disco com- os onze temas rapidamente se espleto e sólido que, no final deste gotaram e a audição reclama um 2009, apresenta-se como uma das repeat-à-moda-antiga. principais produções musicais e um Crucifiquem-se mais demónios disco, assumidamente, reinventivo assim. É que um festim destes não no cenário da música tradicional deve, nem pode, acabar.

N

ão é uma questão de saudosismo ou revivalismo, mas limpe o pó ao seu velho aparelho e ouça alguns destes álbuns no seu gira-discos. Este senhor Petty tem a habilidade de publicar discos intimistas mas que se destinam a toda a gente. Sem duvida graças a andar sempre atrás da sombra de Dylan e dos Byrds, ele conseguiu arrancar das palavras e das músicas algumas formulas lapidares mas delicadas. “Wildflowers” é o seu próprio mundo, um fogo alimentado de estranhas sensações, sulistas na sua rígida serenidade, salpicos de ácido e folhas de hortelã. Todo o disco se insinua e se ajusta como uma segunda pele de réptil e, como todos os grandes discos, capta vorazmente um momento para encaixar e prender aquilo que vivemos.

“It’s good to be king, if just for a while (…) /It’s good to get high and never come down/ It’s good to be king of your own little town (…) /Excuse me if i have some place in my mind/ Where i go time to time”. (“It´s good to be king”). Gravado sob pressão e durante dois anos, debaixo da influência tiranica do feiticeiro Rick Rubin, “Wildflowers”, é um grande disco. Com os Heartbre-

akers. Por uma vez não dízimos que após um primeiro disco o talento se esgotou. Nada disso, mesmo de modo bizarro, trocaríamos a discografia de Petty pelos quatro versos citados a cima, escritos com fato branco.

disso ttemos ttodo E além lé di d o resto, t as guitarras acústicas cintilantes, as descargas eléctricas, as teclas Benmont Tench, o som de uma profundidade apocalíptica. E também esse blues pegajoso, esse veneno doentio que coagula á volta dos músculos do coração,” Honey Bee” , com sabor à libertinagem do Sul, com os seus golpes de guitarra rastejante e que estala como uma garrafa que se parte. E Tom Petty, canta como um copo que se enche. Nestas condições, pensar que Tom Petty e os Heartbreakers fazem música para toscos seria um enorme erro. O cavalheiro e os seus homens tocam grande música. Ponto.

Filmax Pedro Vilas-Boas

D

urante os doze primeiros dias do passado mês de Outubro, realizou-se a 42ª edição do “Festival Internacional de Cinema Fantástico da Catalunha”, o maior festival do género na Europa e um dos maiores a nível mundial. A estação balnear mediterrânica de SITGES, que felizmente mantém as ruas estreitas e edifício típicos, é o palco ideal para uma longa maratona de Cinema, que alberga géneros tão díspares como: “terror”, “ficção científica”, “suspense”, “zombies”, “gore”… As projecções ocorrem paralelamente em três salas distintas. Ao “Auditori Meliá”, a maior de todas, estão reservadas as estreias e sessões mais importantes (abertura, surpresa e encerramento). A sala “El Retiro” fica com a repetição de algumas sessões dos dias anteriores e o decrépito “Casino Prado” é o palco ideal para lon-

gas noitadas sangrentas de “zombies”… A proximidade a Barcelona (25 minutos de comboio), uma oferta hoteleira a preços razoáveis, a possibilidade de usufruir de praia em pleno Outubro (!) e a animação nocturna (marina e ruas dos veraneantes) complementam o festival tornando-o numa experiência irresistível. No ano em que o festival assinalou o 30º aniversário da série “Alien”, o Grande Prémio do festival recaiu sobre “Moon” de Duncan Jones, filme protagonizado por Sam Rockwell e que também se desenrola integralmente numa nave especial. Destaque para: “Splice”, a nova incursão na ficção-científica de Vin-

cenzo Natali (“Cube”), “Cold Souls”, com Paul Giamatti a fazer de Woody Allen, “Thirst”, o novo filme de Park Chan-Wook (“Old boy”), “Metropia”, um novo passo no cinema animação e “Ne te retourne pas”, a incrível metamorfose de Sophie Marceau em Mónica Bellucci. O melhor filme do festival foi, sem qualquer réstia de dúvida, “Enter the Void” do polémico realizador francês Gaspar Noé (“Irreversível”). Uma viagem post mortem, incrivelmente sensorial e arrebatadora, que termina numa impressionante sequência de reencarnação… E mais não digo. Uma pequena obra-prima a não perder!

Director Daniel Gil Directores Adjuntos Carlos d’Abreu Miguel Ángel Pérez Edição. Paginação. Grafismo. Infografia. Trat. de Imagem Daniel Gil Redacção Rua de São Francisco, nº15 6440 -126 Figueira de Castelo Rodrigo (Portugal) Tel: (+351) 271311030 Revisor Carlos d’Abreu Traduções\Traducciones Alba I.García Troya, Tomi Borja Publicidad(e) Silvestre Gonzaléz Tel.:(+34) 669 826 992 Impressão\Impresión Calprint, SL. - Medina del Campo (Valladolid) Tel:0034 983812977 Depósito Legal: VA-1015-2009 Tiragem\Salida 10.000 exemplares Red(e) de Distribuición(ção) “contrabandistas culturais”

Colaboradores e colunistas este número: Alberto Estella, Alfredo Mendes, Antero da Alda, António José Quadrado, Amadeu Ferreira, António José Borges, Aristides Rodrigues, Carlos Luna, Carlos Sambade, Cláudio Alves, Cristina Gomes, Domingos Amaro, Emilio Rivas Calvo, Francisco Castro, Isabel Matos, Javier Hernández, Jesús Cabanillas Sánchez, João Cosme, João Francisco Santos, João Quadrado, Joaquín Fuentes Becerra, José Miguel Benito, Juan Carlos Zamarreño, Leandro Vale, Luís Clementino, Maria Soares Guerra, Pablo Azon Garces, Román Rodríguez, Rui Pimentel, Pedro Vilas-Boas, Telmo Ramalho, Tiago Faustino, Tomi Borja, Vicente Sierra Pupareli

Publicidade www.contrabando.org

España:

(+34) 669 826 992

Portugal:

(+351) 271 311 030

Propriedade e editor: Román o Hernández Rodríguez Inscrição nº:125762 na Entidade Reguladora da Comunicação de Portugal (ERC)


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

28

BIBLIOGRAFAR

Corazón de roble

- Viaje por el Duero desde Urbión a Oporto Autor: Ernesto Escapa Edita: Junta de Castilla y León. Colabora: Caja Duero. / 2009

U

na de las sorprendentes apreciaciones y descubrimientos de Escapa es el vuelo del abismo que sobre el Duero hace el puente de José Eugenio Ribera en Pino de Oro, cerca de donde el Nobel Saramago “echó su seráfico sermón a los peles” (?), porque el autor sostiene que es “el más bello de cuantos salvan los ríos de España”

Tren Nocturno a Lisboa Autor: Pascal Mercier Edita: El Aleph Editores

Tiene que acudir también a Unamuno para iniciar el capítulo El Refugio del último Rey Godo, en el que se da “vista a Fermoselle, encaramada sobre peñascos, cual para ver cómo se abrazan Tormes y Duero”. Entre las muchas leyendas que recoge el autor en esa zona, entre Miranda de Douro y Bemposta, está la de la princesa nórdica embaucada por un príncipe árabe refugiado en la Sierra de Mogadouro, que para evitar la melancolía y el recuerdo nostálgico de las nieves nórdicas, sembró las laderas de almendros que en febrero cuajarían de flores blancas inundando aquellos parajes… Y es en este capítulo donde es inevitable que aparezca Miguel Torga, que entre las gentes de la Raya tiene tantos devotos. Reproduce ese pasaje en que el médico escritor, contemplando los roquedales, no consigue “ver cómo un suelo así es capaz de dar pan y vino. Pero los da…” Alberto ESTELLA (artículo completo en www.contrabando.org)

2004

O verdadeiro encenador da nossa vida é o acaso

N

o es una novela actual pero si oportuna. El suizo Pascal Mercier escribió en 2004 un texto de profunda carga existencial y filosófica. Su protagonista, un erudito profesor de lenguas clásicas, decide de repente abandonar su metódica vida. Al embrujo de una palabra pronunciada en portugués y de un libro de reflexiones personales, escrito por un

SELECÇÃO por Carlos d’Abreu

A

B

LTITUDE (publicação regionalista), ano LXVIII, n.º 12 (3.ª série), dir. José Luís Lima Garcia, Número de Homenagem ao Prof. Adriano Vasco Rodrigues, Assembleia Distrital da Guarda, Guarda, 2009, 354 pp.

RIGANTIA - Revista de Cultura, vol. XXVIII-XXIX, dir. Ana Maria Afonso, Número especial dedicado ao centenário de Trindade Coelho, Assembleia Distrital de Bragança, Bragança, 2008-2009, 767 pp.

P

RAÇA VELHA – Revista Cultural da Cidade da Guarda, ano XII, n.º 26, dir. Virgílio Bento, Número dedicado aos cientistas da Guarda, Câmara Municipal da Guarda, Guarda, 2009, 364 pp.

R

evista CAMPOS MONTEIRO – História Património Cultura, n.º4, dir. Adília Fernandes, d Associação dos Antigos t Alunos e Amigos do d ex-Colégio Campos Monteiro, ed. Palimage, g Torre de Moncorvo, 2009, 408 pp.

D

A

OURO – ESTUDOS & DOCUMENTOS, ano 12, n.º 22, dir. Francisco Ribeiro da Silva, Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto / Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Porto, 2007, 373 pp. [saiu em 2009] 2009.

CTAS DAS XI JORNADAS CULTURAIS DE BALSAMÃO – Desenvolvimento e Progresso: Fronteiras e Limites (2-5.X.2008), Centro Cultural de Balsamão / Convento de Balsamão, Chacim, 2009, 243 pp.

médico lisboeta treinta años atrás, inicia su impensada catarsis con el largo viaje en tren de Berna a Lisboa. La capital portuguesa es el escenario donde,,paso a paso, intenta alcanzar el conocimiento del pensador portugués ya difunto y de si mismo. Conocimiento poliédrico que alcanza múltiples vértices. ¿Nos vemos como nos ven los demás? Y esta visión no es acaso una de las infinitas que afloran en nuestro ánimo. Las pesquisas le permiten conocer los personajes que conformaron y fueron conformados por el pensamiento trascendente del médico, siendo imbuido de modo tal que

se convierte en arqueólogo de si mismo. La pretérita trama se remonta a la dictadura de Salazar y en ella se cruzan los avatares de la resistencia, la PIDE y los indelebles caracteres de los personajes desplegados en la narración, movidos con la ciencia y el arte de un jugador de ajedrez. Las dudas e incertidumbres cercan a nuestro profesor quien en su retorno ferroviario decide de repente detenerse en Salamanca, para en la Facultad de Historia de la Universidad, encontrar la solución a la incógnita que plantea el último de los personajes. Emilio Rivas

De olhos lavados - ho matan moos

Autor: António José Borges

Editora: Lidel edições técnicas, Lda Tradução: Abé Barreto Soares Ilustrações: Piera Zürchter 2009

O

livro de olhos lavados, do nosso colunista António José Borges (com tradução para tétum de Abé Barreto Soares e ilustrações de Piera Zürchter), contém a Ibéria que (re)visita Timor, através de verbo duriense. No murmurar das águas da baía de Díli sente o poeta o povo maubere por inteiro. Sofredor, resistente, esperançoso, por entre montanhas e mar.

Olivenza/Olivença Oculta Autor: José A. González Carrillo

Edita: Diputación de Badajoz y Ayuntamento de Olivenza 2009

S

UPERIOR D’OURO, n.º n 1, dir. Arnaldo A Silva, va ed. Núcleo Musec ológico da o Fotografia F do Douro Superior (Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa), T. Moncorvo, 2009, 96 pp.

A

QVÆ FLAVIÆ (publicação semestral), n.º 40, dir. Júlio Montalvão Machado, Grupo Cultural Aqvæ Flaviæ, Chaves, 2009, 255 pp.


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

CONTOS Tomi Borja

El tesoro sonado ~

E

29

Relatos

Joaquín Fuentes Becerra al amor de la lumbre O elefante da ponte

s de todos sabido que la Raya, que llegó la noche. Cenaron, metieron cruce de civilizaciones, fue un en la cama a los hijos y cuando todos ir y venir continuo de guerras dormían, salieron silenciosos camino de y sucesiones en las que la gen- su felicidad. te, huyendo a veces precipitadamente, Anduvieron y anduvieron…;la aguja escondía sus posesiones más preciadas pequeña del reloj había dado ya tres con la esperanza de recuperarlas algún vueltas cuando el marido se detuvo y día a su vuelta. oteando atentamente el lugar, aseveró: Corren los anos cuarenta…En las ca- ¡Es aquí Antonia…, éste es el sitio! !Cava sas de los jornaleros hay muchos hijos y fuerte y mete la pala porque estará muy poco pan; la mayoría de los “agujeros” hondo! eran tapados con el contrabando y coLa emoción era tan grande que aún mienza a vislumbrarse una vez más la sudando por el esfuerzo, nunca la pala emigración. y la azada habían sido tan leves… ¡Ya toY he aquí que en alqué algo! ¡Cuidado, está Una mañana saltó aquí! gunos “saneamientos” aparecen riquezas es- radiante de la cama Con mucha paciencia condidas que mudan fueron descubriendo un gritando:¡Mujer, la vida del afortunado gran cántaro de barro que las encuentra. La soñé…, soñé con el muy bien tapado y renoticia corre de boca tesoro! ¡Gracias a matado con una cuerda en boca y todos se afaque por lo menos daba nan por encontrar la Dios! ¡Nuestra Seño- siete vueltas a su boca. “lámpara mágica” que ¡Vamos, no hay tiemra oyó mis plegalos saque de su pobrepo para abrirlo! ¡Cárgalo rias! exclamó su za. que tenemos que llemujer Pero para todo exisgar a casa antes de que ten reglas y encontrar amanezca y alguien nos un tesoro por estas stas v vea! – exclamó el Sr. tierras también lass Francisco -. tiene: “Es necesaLa Sra. Antonia no rio soñar tres nose lo pensó dos veces, ches seguidas con cargó el cántaro en su el botín y el sitio o c cabeza y toca desandar para después bususlo andado…, pero esta carlo porque es seguro guro vez ni los kgs., ni los kms. ni que está allí”. h las horas le hicieron mella. Así me lo contaron ron y así Con el alba ya habían llegado os lo voy a contar… … colocad el tesoro en la mesa a casa y colocado Casi todos los días, as, la buena de la Sra. de la cocina. Antonia repetía la misma cantinela a su ¡Animo mujer, un buena “martelada” marido: ¡Todos encuentran cuentran algo menos y vamos a contar conta las monedas! –dijo el nosotros!!Somos los más desdichados! hombre-. Ayer mismo en la obra del tío Perdigón ¡Por el peso debe ser el mayor tesohallaron un cofre lleno de monedas. ro por aquí encontrado! – respondió la ¡Qué bien nos vendrían para sacar ade- mujer con avaricia, ansiosa y con el marlante nuestros diez hijos! tillo en la mano -. El hombre, harto del sermón perUn golpe certero en la barriga y el manente, malhumorado y cansado por cántaro mostró lo que sus entrañas las largas y duras jornadas, se acostaba guardaban con tanto celo… ¡Es arena! pensando en la forma de acabar con ¡Aquí no hay nada…, sólo arena! - gritaaquel martirio. j en su afanosa búsqueda ba la mujer Una mañana saltó racca ada da vez v más pálida…, hasta y cada diante de la cama gritannque qu e ter que terminó gimiendo. do: ¡Mujer, soñé…, soñé Ja, ja, ja…, se reía el macon el tesoro! ¡Gracias d a carcajadas sentado rido a Dios! ¡Nuestra Señoe el escaño… ¡Antonia, en ra oyó mis plegarias! nun nunca más me vengas exclamó su mujer-. Al c n letanías de tesoros y co con día siguiente se repitió f nt fa fantasías! Nuestra lotería la escena con alegría es la economía. Sólo con esredoblada. ¡Una noche he fuerzo sacaremos a nuestros más, Señor, y seremos ricos! ico os! hijos ade adelante, que son nuestro -decía la esposa mientrass encenmayor “tesoro”… en nce enn “tesoro día una vela más a la Virgen de Fátima-. Y ahora…, deja de llorar y vamos a coAl tercer amanecer el Sr. Francisco gri- mer las patatas que sobraron de la cena tó para su mujer: ¡Ya es nuestro! ¡Soñé que de aquí a una hora tengo que ir a con él por tercera vez! Esta noche, sin trabajar. que nadie nos vea, vamos a buscarlo. Nunca un día tuvo tantas horas hasta

S

empre gostei de caminhar além Guadiana, junto à velha ponte manuelina da Ajuda, um lugar que sinto a estranha necessidade de reencontrar uma e outra vez. A ponte truncada, as pedras de xisto desgastadas pela passagem milenária da água procurando o mar e os juncos que beijam a beira fazem parte daquela paisagem dormida há muitos anos. Naquela tarde de Verão passeava com a minha família. Nenhuma alma mais na tranquila paragem do Guadiana. A noite estava próxima e, ao fundo, podíamos ver a silhueta da ponte com o Sol a pôr-se ao fundo. Olhávamos comprazidos aquela

à beira, as formigas que levavam sementes à sua despensa… Mas eu ainda estava a dar voltas àquela questão do elefante. Comecei a pensar que tal vez era ele que estava certo. Como era possível, depois de tantas caminhadas por aquele lugar, não ter descoberto o elefante?, depois de ter observado tantas vezes as gravuras dos pedreiros, as plantas que crescem nos muros, os pequenos detalhes da ponte, não ter reparado naquele animal tão grande mesmo no meio da calçada? Pensei então que só através dos olhos de um menino é que podemos ver as coisas evidentes que os mais velhos não percebemos ou, talvez, esquecemos a maneira de perceber.

Na procura de alguma razão, não magnifica cena quando o meu filho encontrava o sentido de um elefante fez-me uma pergunta surpreendente: “Papá, ¿qué hace aquel elefante en lo naquele lugar. Nem o Guadiana é um rio da savana africana nem Aníbal esalto del puente?”. “El elefante… ¿qué colheu rota tão estranha para a sua elefante?, perguntei-lhe com estracampanha contra Roma. Fosse como nheza. “Aquél, aquél”, contestou-me fosse, ali estava ele, com a sua presenapontando para o alto da ponte. ça indiscutível, quase insolente. ContiObservei–o de novo e foi então nuava imóvel, como se estivesse à esquando… sim!, adivinhei a sua silhuepera de algo. Olhando para Elvas, de ta recortada pelo céu laranja do encostas para Olivença. tardecer. Ali estava a pensar aquela grande figura Pensei então que queCheguei já tinha encondesenhada –quem disó através dos trado a explicação daria casualmente– pela torre derrubada da olhos de um meni- quela ponte rota: há tempo que o elefante ponte. Expliquei-lhe no é que podemos quis passar a ponte e então que não se traver as coisas evi- os arcos não puderam tava de um elefante suportar o peso do mas sim de uma velha dentes... animal, ficando assim, ruína que enganava os derrubados, para semolhos. Porém, ele, muipre. Talvez tinha a esperança, como já to seguro da sua percepção, quis-me sucedeu após outras destruições, de sacar do meu erro e replicou-me, sem ver chegar os pedreiros, instalar os anconcessão à dúvida, “Que no, papá, daimes e começar a fazer de novo os ¿no lo ves?. Respondi-lhe de maneira arcos. Mas esta vez ninguém chegou afirmativa para não defraudar a sua para devolver a vida à ponte, só os ilusão e disparei, com a minha câmara corvos e corujas a construir os ninhos fotográfica, para levar uma lembrannas feridas dela... ça daquela curiosidade. Continuámos o passeio. A conversa com o meu filho mudou para outras ..continua na próxima edição coisas: os peixes que saltavam junto


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

30

HUMOR ESPIÃO TRAFICANTE ADIVINA\ADIVINHA

Mensagem descodificada, enviada pelo Espião Traficante da Bouça, para o nosso jornal através de um “grifo-correio”.

C

Caros leitores escrevo psicologicamente saudáveis, este documento ultra com imenso tempo livre e que secreto, a mando e pedi- dependem financeiramente do do Ministro Augusto Santos do rendimento mínimo). Silva e da Ministra Carme ChaJá em Espanha, toda a gencón, com a finalidade de des- te sabe quem entrega os premascarar complôs e cabalas, sentes no dia 6 de Janeiro, Os lançadas em território Ibérico. Reis Magos. “Nuestro HermaComo o exemplo que passo a nos” apostaram na inclusão citar: social destes três reclusos, que - O trabalho Infantil em plena chegaram atrasados ao nasciépoca Natalícia. mento do Deus Menino. Estes Não me refiro a crianças que Reis de nome Baltazar, Gaspar ‘customizam’ calças de ganga, e Melchior foram apanhados na região do Vale do Ave, re- numa operação STOP levada firo-me sim ao Deus Menino! a cabo pelos guardas do Rei Como é possível haver gente Herodes, e para espantos de que acredita, muitos, inclusique existe uma Se assim é, pergun- ve dos mesmos, criança (recémforam detitos nascida) a tra- to eu (um simples por posse e trábalhar num fefico de estupeespião traficanriado santo, que pois te) quem muda a facientes, ainda por cima Baltazar tinhaé o seu… e para fralda ao menino e se enganado agravar ainda lhe põe o Halibut no “presente” mais a situação, ao sair à presno rabinho? insistem em nos sa de sua casa. fazer querer, Tal confusão que tal criança, originou-lhes trabalha durante toda a madru- um atraso de onze dias na sua gada! Se assim é, pergunto eu viagem e ainda hoje cumprem (um simples espião traficante) a pena que lhes foi imposquem muda a fralda ao meni- ta, entregarem presentes no no e lhe põe o Halibut no rabi- dia 6 de Janeiro de cada ano, nho? Sim porque não convem, ateé2012! Sim até 2012, porde todo, deixar “vestígios” em que já na altura se sabia que o casas alheias! Mas mais, ainda mundo acabaria nesse ano! E por hoje é tudo caros leitohá mais, quem foi a mente destorcida que se lembrou de pôr res, é que estou em plena arriba um senhor de idade a condu- do rio Águeda há espera que zir um trenó puxado por renas, chegue o meu amigo Barroso durante a mesma noite?! Gra- Gomes, numa canoa, com as ças ao Pai do Menino, que não prendas que o Duque de Brase lembraram de pôr o idoso a gança vai oferecer à princesa circular pelas nossas auto-estra- Letícia. Pelo que me adiantou das, porque se assim fosse, era o meu amigo (muita atenção vê-lo a entrar em contra-mão… porque isto é informação sigie desenganem-se aqueles que losa), parece-lhe pelo formaacham que as renas são fofi- to do embrulho, que são dois nhas, pois têm as hastes bem Elefantes Africanos, um Koala, e dois tigres duras, duras de Alsácia como cornos, d Lorena. acreditem no L Algo me que vos digo diz que a pois sei por d princesa vai experiênp usar as grancia própria, u des orelhas quando tend dos Elefantei ordenhar d Adoração dos Reis Magos: Faiança. Faiança tes como uma rena t Francisco de Paula e Oliveira Real Fábripara traficar ca de Louça, ao Rato / Séc. XVIII (finais) “ A b a n i c o s ” o leite para o para o calor Brasil (o Boticário pagava o li- do verão, o Koala para produtro a 30 euros)! zir papel biológico através das Mas é certo que alguém folhas de eucalipto que come. anda a distribuir prendas na Agora, o que me preocupa é madrugada do dia 24 de De- o uso que Letícia vai dar aos zembro, agora quem é? Eu Tigres de Alsácia Lorena, destenho a certeza de que não confio que os vai atiçar aos são os jovens que estão o ano jornalistas! Se assim é, pobres todo “à boa vida” (quando cito ex-colegas da princesa… “jovens à boa vida” refiro-me a já não há ex-colegas como jovens robustos, espadaúdos, antes, Enfim!

1 - Cuál es cosa, cual es ella, que va y viene sin nunca salir del lugar? 2 - Qual é o animal que come com patas? 3 - Lo que es que todos ya miraran pero nadie volverá a ver? 4 - O que é que nasce alto e morre pequeno? 5 - Lo que es que no tiene carne ni hueso pero tiene cinco dedos? 6 - O que pode dar a volta ao mundo ficando sempre num cantinho?

1 - A porta/La puerta 2 - La pata/A pata 3 - O dia de ontem/ayer 4 - La lapizera/O lápis 5 - A luva/ El guante? 6 - El sello/O selo

por Telmo Ramalho

ANEDOTA

25 anos depois do encerramento da linha Fuente de San Esteban/Barca d’Alva já só resta fazer humor com este triste acontecimento:

Um turista recém chegado à Barca d’Alva pergunta a um habitante da aldeia: Quando passou o último comboio? Este responde-lhe: Faz hoje 25 anos, deve estar a passar outro...! e o turista exclama: Também não vinha preparado para dar a volta ao Mundo!

(O documento seguinte é uma cópia de um prospecto original com precisamente 25 anos)

Los primeros contrabandistas “aviadores” de la raya ...bombardeando con café y azúcar en las Arribes del Duero.

En los años cuarenta, el contrabando, en Vilvestre, cuenta con los primeros “aviadores” de las Arribes del Duero, aqui, en plena acción, burlando así tanto a carabineros como a “guardiñas”.


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

MEDICINA ALTERNATIVA

31

Terapias naturais Francisco Castro

Yin e Yang dos Alimentos

A Dieta baseada nas cores dos alimentos Objectivo: eliminar

Quarta-feira: Misturar todas as cores possí-

Domingo: Todos alimentos de cor branca.

Quinta-feira: Predomina a cor verde. Exem-

veis. Exemplo: salada de frutas, salada de hortaliças mistas, arroz com milho, cenoura, ervilha (arroz de legumes), arroz de mariscos, etc.

toxinas e harmonizar o metabolismo

Dieta das Estações alimentos recomendados

Exemplo: pão branco (comer pão somente no domingo), lacticínios, iogurtes, natas, cremes, hortaliças e cereais brancos, nabos, cebola, couve-flor, arroz, aveia, peixes brancos, bacalhau, garoupa, pescada, chocos, etc.

Para utilizar no Inverno (aquecem o corpo)

Segunda-feira: Predomina os líquidos, cor

Nabo, Abóbora, Alho Francês, Cebola, Alho, Gengibre, Castanha, Pêssegos, Cereja, Nozes, Sardinha, Cavala, Gambas, Canela, Chá tostado, Pão, Carne de vaca ou porco, Pato, Ovos (gema), Queijo.

azul e roxo. Exemplo: água, chás, sumos e sopas. Não comer nada sólido, entretanto pode colocar na sopa, para além dos legumes, batatas e hortaliças, carnes, aves ou peixes. As cores roxo e azul poderão ser retiradas de todos os vegetais roxos, como a beringela, repolho roxo, etc.

Para utilizar no Verão (esfriam o corpo) Trigo, Cevada, Tofu, Feijão verde, Couve chinesa, Espinafre, Alface, Aipo, Pepino, Tomate, Beringela, Tangerina, Dióspiros, Pêra, Melancia, Banana, Nêsperas, Amêijoas.

Alimentos neutros (não esfriam nem aquecem o corpo, podem ser utilizados em qualquer estação) Arroz, Milho, Feijão azuki, Feijão preto, Soja, Favas, Ervilhas, Batata-doce, Batata (semilha), Inhame, Cenoura, Repolho, Cogumelos Shitake, Maçã, Uva, Figo, Limão, Sésamo.

plo: chá verde, saladas verdes, brócolos, grelos, pimento verde, feijão verde, favas, ervilhas, espinafre, agrião, repolho, cremes ou molhos verdes, pastéis ou massas verdes. Arroz de grelos, peixe cozido com legumes verdes, caldo verde, etc.

Sexta-feira: Predomina o cor-de-rosa. Exemplo: várias combinações utilizando tomate, beterraba, pimento vermelho ou rabanete podem resultar em pratos de coloração rosada. Alguns peixes e os mariscos também possuem cor rosada. Nas sobremesas principalmente dos morangos e cerejas faz-se doces rosados.

Terça-feira: Predomina a cor vermelha ou Sábado: Predomina o amarelo e o preto. castanho. Exemplo: tomates, pimento vermelho, rabanete, feijão vermelho, frutas como maçã, cereja, ameixa, morango, etc. Pratos como arroz de tomate, massas com tomate. Para quem come carne é preferível escolher a carne de coelho ou cabrito, por conter menos colesterol.

Exemplo: feijão preto, cenouras, abóboras, batatas, ovos, chocos com tinta. Para quem come carne, poderá fazê-lo aos sábados. Das sobremesas por exemplo, pode-se comer chocolate e doces a base de ovos.

Esta dieta está baseada no princípio de equilíbrio entre as energias Yin e Yang dos alimentos, e tem por objectivo restabelecer o equilíbrio e a harmonia ao nosso organismo.

LEITE DE SOJA CASEIRO Ingredientes: - 250g de soja em grãos - 800ml de água mineral - 1 panela com água a ferver - 1 panela com água bem gelada

Modo de Preparo: Quando a água estiver a ferver, ponha os grãos de soja e ferva durante 15 minutos. Passado esse tempo, escorra a água e em seguida deite a soja na água fria imediatamente. Passados uns minutos, escorra e coloque os grãos no copo do liquidificador e acrescente a água mineral. Bata 2 minutos e em seguida passe num coador ou peneira. O líquido coado é o leite de soja.

Dicas: Se você gostar do leite sem sabor, acrescente um pouco de açúcar (ou adoçante) e umas gotas de baunilha. Pode ser batido com frutas. Pode ser misturado com outros sumos. Armazenar na frigorífico no máximo 2 dias. Depois de 2 dias, a soja perde seus nutrientes.

Pub


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

32

REPORTAGE(M)

São Martinho

DANIEL GIL

Tradição vive em Maçores (Torre de Moncorvo)

Nótulas de um Património Imaterial

A

o aproximar-me de Maçores, comecei ao longe a vislumbrar o fumo emergente na ponta do aglomerado de casas. A festa que me esperava era o magusto, incluído nas festividades de São Martinho. Adivinhava a movimentação da algazarra pagã, em brincadeiras telúricas, entre lume, castanhas, vinho e fumo. Cada local tem a sua própria expressão etnográfica, miscigenada com inúmeras reminiscências religiosas e pagãs. De tal forma que em determinada altura não é mais possível discernir quais as influências que lhes deram origem. Os seus aspectos específicos reflectem-se nas tradições locais e principalmente nas romarias populares. Este fenómeno cultural designase, hoje em dia, por Património Imaterial. Infelizmente não é reconhecido pela grande maioria das pessoas

por João Francisco Santos

que nos rodeiam e escapa-se ao nos- centração das gentes, senti no ar a so quotidiano de ideia de Patrimó- azáfama da festa em plena agitação. nio. Esta ideia de património junta- A partir deste momento o volume mente com a ideia de bem cultural de sons e cheiros foi aumentando deve sugerir-nos que estamos em na medida dos meus passos e da presença de algo viragem de cada de grande valor, ...Entre o ritual da esquina até consealgo que devemos guir ver a agitação caldeira e das cas- das pessoas em reter a preocupação de conservar. O tanhas surgiu no ar dor da palha que Património Imateardia pelo chão. O o impressionante ambiente era já de rial faz parte da herança de um povo, som da gaita-de-fo- plena confusão e de uma cultura, de alegria. Pela mão uma região. Perder les e dos tambores das pessoas podia este Património verificar a cumplicié perder o conhecimento do Ho- dade que tinham com a festa, numa mem. mistura de negro que se projectava Chegado à aldeia, uma estranha também para as faces. O negro encalma fazia-se sentir na rua principal farruscava as expressões da maior e não se vislumbrava viva alma no parte dos presentes. Quando dei caminho. Assim que estacionei o por mim já estava no meio da frecarro e saí para a estrada para per- nética actividade em volta do lume, correr os últimos metros a pé até ao do fumo, do cheiro das castanhas local que adivinhava ser o da con- assadas e da jeropiga. Rapidamente

me deram para a mão um copo de jeropiga bem como também me enfarruscaram a cara de carvão e me ofereceram castanhas descascadas, indicando-me o centro do largo e a fogueira de palha onde estas assavam. O barulho da festa diluía-se no sabor da jeropiga e das castanhas e foi por esta altura que reparei na caldeira de vinho. Circulava pela mão de dois homens que a suspendiam em volta da agitação, parando aqui e acolá para uma prova ritual em que cada um se deveria debruçar e beber. Novos e velhos, rapazes e raparigas, todos se aperaltavam para poder aproveitar a oferta e em redor da caldeira desenrolava-se agora uma actividade que propiciava ao brinde. Amigos juntavam-se para beber e brindar

(artigo completo em www.contrabando.org)

em conjunto debruçando-se sobre a caldeira. Vi-me então também junto dela e feito o convite pelos meus amigos, debrucei-me para brindar e beber do mesmo vinho. Entre o ritual da caldeira e das castanhas surgiu no ar o impressionante som da gaita-de-foles e dos tambores. Este novo aspecto veio colorir definitivamente o quadro humano que se desenhava na festa. O som do gaiteiro aconchegou a alma das gentes reafirmando a tradição e a memória. Agora o magusto estava no seu auge e as pessoas no seu elemento. Trocavam-se cumprimentos de velhos amigos e memórias de tempos passados, a boa disposição imperava no largo da fogueira e a festa continuou pela noite dentro com a respectiva animação musical. DANIEL GIL


contrabando, 1 de Janeiro/Enero de 2010

LUGARES

33 FLÁVIA MACHADO

MAZORES > Maçores mo (escrito de várias formas ao longo do tempo: Mazores, Masores, Massores, Maçores), várias tentativas de explicação há, defendendo alguns a sua origem árabe: “mansor” ou “mansur”, parecendo significar o vencedor, ganhador, aquele que deus ajuda; ou “al-masora”, a amuralhada, apesar de não conhecermos vestígios de qualquer fortificação. Outros presumem que significa “testamenteiros, ou executores das mandas e testamentos”. O documento histórico conhecido mais antigo que se lhe refere, é o foral outorgado a Urros (freguesia limítrofe) e data de 1182. Aí, na delimitação do termo daquele antigo concelho, se afirma que o dito passa “per fundo do vilar de Mazores”.

O facto do topónimo se encontrar antecedido pela palavra “vilar”, poderá indiciar que a sua fundação remonte à Alta Idade Média e seja de origem germânica (instalados na Península em 409), isto é, anterior à invasão dos berberes do Norte de África (estes em 711), porquanto a designação árabe para uma povoação de pequenas dimensões, um lugarejo, é “aldeia”, precisamente sinónimo de “vilar”. Mas estas são de momento apenas meras hipóteses de trabalho.

Carlos d’Abreu

CARLOS D’ABREU

O mais antigo documento arqueológico q u conhecido deste Povo, P Po o foi por nós recolhido aquando a aq q duma prospecção arqueológica q qu eo oló lógi gica gica a de superfície, na companhia de Mário Ferreira, em 1988, na Portela do Vale de Cerejais. Trata-se de uma lâmina de machado polido pré-histórico, com cerca de 4.000 anos. Este artefacto lítico é típico do Neolítico, período durante o qual algumas sociedades humanas de caçadores-recolectores desenvolveram um modo de vida baseado na economia de produção, ou seja, descobriram os meios para controlar e desenvolver as fontes de alimento, o que permitiu a sua sedentarização. Quanto à etimologia do seu topóni-

Mazores (Salamanca)

José Augusto Gouveia

É

nome grande de cidadão probo que desde muito cedo percebeu as injustiças da ditadura, fazendo da luta contra esse regime político opressor o seu ideal de vida. Denodado militante antifascista, lutador pela Liberdade e pela Democracia, é filho de Maçores (1922)! Logo após o fim da 2.ª Guerra torna-se militante, desde a primeira hora, do MUD (Movimento de Unidade Democrática), num primeiro momento da sua secção Juvenil, e da Comissão Nacional do Movimento Nacional Democrático. Participa na preparação da candidatura e campanha de Norton de Matos à presidência da República (1948), aí começando o seu longo historial de hóspede dos cárceres da polícia política. Com a morte de Carmona (1951) e novo simulacro de eleições, empenhase na candidatura de Ruy Luís Gomes, onde é consideon rado ra “candidato inelegível”. in Em 1958 milita inten19 samente na campasa nha eleitoral, primeiro de Arlindo Vicente e depois de Humberto Delgado, após a

desistência daquele a favor deste. Participou empenhadamente nos três Congressos Republicanos de Aveiro (1957, 1969 e 1973). Em 1969 é um dos fundadores da CDE (Comissão Democrática Eleitoral) fazendo parte da sua Comissão Nacional, sendo no ano seguinte candidato à Assembleia Nacional pelo Distrito de Lisboa. Da sua lista fazia parte Jorge Sampaio, futuro Presidente da República. Aproximando-se novo período eleitoral (1973), foi preso mais uma vez, só que agora alvo de um “tratamento” tão especial por parte da PIDE que acabou abandonado no Hospital Psiquiátrico Miguel Bombarda, onde o 25 de Abril o encontrou. O choque recuperou-o. Foi eleito em assembleia popular presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Loures, Concelho ao qual prestou elevados serviços, praticamente até à sua morte (1993), exercendo simultaneamente cargos de dirigente nacional do MDP/CDE. Foi alvo de uma Homenagem Nacional, a cuja Comissão de Honra presidiu o Chefe do Estado, J. Sampaio, sendo agraciado com a Ordem da Liberdade. É Sócio Honorário da Associação Cultural e Recreativa de Maçores. Carlos d’Abreu

Maçores > MAZORES

L

a localidad portuguesa de Maçores tiene su homónima en Salamanca. Salvando la ortografía, encontramos en su extremo noroeste dos despoblados gemelos: Mazores Nuevo y Mazores Viejo. Ambos pertenecen al municipio de Villaflores y toman el nombre del río o arroyuelo que surca sus tierras. El que nos interesa es Mazores Viejo ya que el otro es creación reciente a la sombra de este. Para mayor identidad comprobamos que en el siglo XVI el lugar se denominaba Mançores, casi como su correspondiente portugués. En la actualidad se compone de una decena de casas abandonadas y distintas instalaciones ganaderas arruinadas. También dispone de una pequeña iglesia, consagrada a San Antonio, de construcción reciente. Otra identidad es que tanto el Maçores portugués como el municipio de Villaflores en el que está incluido el español, comparten el mismo patrón, “S. Martinho”. CARLOS D’ABREU

En 2008, con el “maçorano” C. d’Abreu, tuvimos ocasión de visitar este Mazores salmantino. En el caserío se mezclan viviendas de adobe con otras más actuales de piedra y ladrillo. Hay restos de un generador eléctrico y huella de un agricultor acomodado e ilustrado. A juzgar por los numerosos periódicos, revistas y publicaciones que alfombran el suelo de algunas dependencias, el poblado debió ser abandonado en los años ochenta, quizá con prisa, ya que en la alacena aun cuelgan embutidos momificados. La condición de despoblado no es nueva. Ya en 1850, con ocasión de la redacción del Diccionario Geográfico, Estadístico e Histórico compuesto por Pascual Madoz, se nos indica que este anejo de Villaflores está deshabitado. No ocurre lo mismo un siglo antes, 1754, donde el Catastro de Ensenada nos habla de algunos hacendados, ninguno es reputable como portugués. Es significativo que los dueños de las tierras eran dos, un vecino de Ciudad Rodrigo llamado Tomás Castro y el Conde de Villagonzalo, a la sazón vecino de Valencia. Estimamos que se trata de don Francisco de Paula Maldonado y Villarroel, quinto heredero del condado creado por Felipe V en 1705 y natural de Ciudad Rodrigo. Retrocediendo hasta comienzos del siglo XVII, el libro de Lugares y Aldeas del Obispado de Salamanca señala que estando el lugar desierto, un clérigo de Cantalapiedra se desplazaba para la misa dominical, mientras que de los ornamentos del culto se servía de ordinario el beneficiado de Villaflores. Emilio Rivas Calvo


34

...CARPETA ABIERTA noticias a vuelapluma

Conservar para Progresar. V Jornadas de Patrimonio

I Jornadas en Defensa de los Caminos Públicos (Martinamor y Morille – Salamanca -).

T

En la actualidad, tanto los amantes de la naturaleza como del senderismo, nos encontramos con más impedimentos en el acceso al medio natural. Cada vez más caminos públicos, vías pecuarias o cauces son atravesados por puertas o alambradas”.

uvo lugar en diciembre las V Jornadas de Patrimonio que organiza la Asociación “Ciudadanos por la Defensa del Patrimonio” en colaboración con la Universidad de Salamanca, Aula Unamuno del Edificio Histórico de la Universidad de Salamanca con intervenciones de Julio Villar, profesor titular de la Facultad de Geografía de la Universidad de Salamanca, con una ponencia denominada Conservar es Progresar, y Vicente Sánchez Pablos, con una exposición sobre La Vía de la Plata. La celebración de la quinta edición de estas jornadas coincide con el décimo aniversario de la fundación de la Asociación “Ciudadanos por la Defensa del Patrimonio”.

Siega Verde , de enhorabuena

L

as Cortes de Castilla y León han acordado conceder al yacimiento arqueológico de arte rupestre de Siega Verde la declaración de Espacio Cultural. Esto va a implicar que, a partir de ahora, tendrá un plan de gestión, donde se contemplen las medidas de conservación, mantenimiento y uso, y donde se establezcan medidas de actuación para difundir valor del yacimiento. Por otro lado, la Asociación ADECOCIR se va a encargar de difundir por los colegios de Salamanca la importancia de este yacimiento a través de charlas y proyecciones, acercando a los escolares el modo de vida de las gentes que poblaron la zona en el Paleolítico. Ya sólo falta que el yacimiento sea incluido en la lista de Patrimonio de la Humanidad el año próximo en la reunión del Comité de Patrimonio Mundial. De conseguirlo, se habría dado un paso enorme para proteger y potenciar unas muestras de arte rupestre únicas, de las que todos debemos sentirnos orgullosos y que tenemos que mimar y

Jornadas de Patrimonio Industrial Hispanoluso

E

specialistas de España y Portugal analizarán en Salamanca en el passado mes de octubre la puesta en valor y dinamización del patrimonio industrial hispanoluso que se revela como un importante atractivo turístico. Estas jornadas pretenden reflejar el panorama del patrimonio industrial en las comarcas limítrofes de las provincias de Zamora y Salamanca con Portugal, lo que abarca Arribes, El Abadengo, Campo de Argañán y El Rebollar, en España, y la Beira Alta, en Portugal.Las sesiones de trabajo contarán con la presencia de expertos nacionales y portugueses que expondrán durante tres días sus tesis sobre la idiosincrasia y el aprovechamiento del patrimonio industrial. De este modo se pretende elaborar un mapa conceptual del patrimonio industrial hispanoluso, así como una hoja de ruta a partir de unas recomendaciones que sirvan a los diversos agentes económicos, territoriales y sociales para la puesta en valor y dinaminación de este tipo de patrimonio. Las jornadas, que llevan por título “Tendiendo puentes: el patrimonio industrial en la zona transfronteriza de Castilla y León”, están promovidas por el Museo de Historia de la Automoción de Salamanca con la colaboración de la Junta de Castilla y León, el Gabinete de Iniciativas Transfronterizas y el Ayuntamiento salmantino. La elección del Museo de Historia de la Automoción de Salamanca como sede se presenta como la más idónea, ya que su edificio principal fue en su origen la antigua Fábrica de Luz, primera central eléctrica de la ciudad. Y junto a ella se encuentra el Museo Molino del Tormes, una antigua fábrica harinera movida por el río. . con \http://blogcyl.patrimoniocastillayleon.org

Así comienza el manifiesto leído en la Plaza de Rafael Farina de Martinamor, con ocasión de las I Jornadas en Defensa de los Caminos Públicos organizadas por la Asociación Trochas Viejas, -fundada para la defensa de los caminos públicos y vías pecuarias-, y el ayuntamiento de Morille, que tuvieron lugar en octubre en las localidades salmantinas de Martinamor y Morille, con el fin de defender y poner en valor los caminos tradicionales, en muchas ocasiones usurpados por particulares. En Morille, se contó con la presencia de destacados ponentes en el CEVMO (Centro de Promoción y Estudios de la Vía de la Plata y del Viaje). Intervinieron expertos en la materia como Hilario Villalvilla (geógrafo, de Ecologistas en Acción de Madrid, exponiendo lo aspectos técnicos y jurídicos de los caminos), Santiago Bayón (experto en vías pecuarias, que definió la problemática actual de las mísmas), Juan García (que planteó el proceso de recuperación que se llevó a cabo en un camino de Madrid) y José Antonio Santamaría (abogado).

Tuvo lugar una marcha reivindicativa por la Calzada de los Carboneros, vía pecuaria que une los términos municipales de Martinamor, Valdemierque y Terradillos, cortada por un particular, con el fin de ponerla en valor y dar a conocer su potencial turístico. Se concluyó la marcha en La Cuesta de San Pelayo, pequeña montaña del término municipal de Martinamor, donde los asistentes disfrutaron de una convivencia, además de intercambiar opiniones sobre el tema. Los participantes tuvieron la ocasión de conocer de primera mano las herramientas para la identificación y la recuperación de los caminos públicos tradicionales, de gran valor histórico, además de ponerse de manifiesto la falta de atención que prestan las administraciones a fin de evitar su desaparición a mano de particulares. La asistencia fue un éxito. Llegaron a Salamanca participantes de gran parte de España (Madrid, Andalucía, Castilla-La Mancha, Castilla y León…). La organización de estas jornadas confía en repetir la experiencia el próximo año, cuyo tema central será la problemática de las vías pecuarias en Salamanca y zonas limítrofes. Se puede ampliar información de estas y otras actividades en www. trochasviejas.com.

Jesús Cabanillas Sánchez

“Los túneles del paraíso”, de Luciano González Egido, gana II Premio de Novela Histórica

L

a obra ´Los túneles del paraíso´, de Luciano González Egido, ha resultado ganadora del II Premio de Novela Histórica, dotado con 24.000 euros y que convoca la Fundación Villalar-Castilla y León. El jurado escogió este libro, publicado por Tusquest en 2008, de entre seis finalistas por su calidad literaria y por recrear el periodo del siglo XIX en el que se construyeron las líneas de ferrocarril que comunican varios pueblos de Salamanca con Portugal. Este premio, que se convocó por segundo año consecutivo, pretende fomentar el onocimiento de las señas de identidad de Castilla y León y promover iniciativas culturales que ayuden a divulgar la historia de la Comunidad. Por ello, la Fundación Villalar, que preside José Manuel Fernández Santiago, ha organizado este galardón con unas bases «abiertas», puesto que pueden participar autores de cualquier nacionalidad aunque se exige que las obras hayan sido ya publicadas y que estén escritas en castellano. El también presidente de las Cortes destacó que este premio recibió 23 novelas, de las que fueron seleccionadas ´El Marqués de Santillana´, de Almu-

dena de Arteaga; ´La tierra de Dios´, de Claudia Casanova; ´El manuscrito de piedra´, de Luis García Jambrina; ´El último rabino´, de Enrique de Diego, y ´El místico Juan de la Cruz´, de Pedro Miguel Lamet. Éstas describían acontecimientos y periodos como el descubrimiento de América Latina, la reconquista de la península y la tragedia de Ribadelago. Además, Fernández Santiago sostuvo que la novela histórica ha recibido un «renovado auge» debido a la «creciente demanda». JURADO El presidente del jurado, Premio Nacional de Traducción 1987, Luis Alberto Cuenca, dio a conocer el fallo que recayó en la novela del salmantino Luciano González Egido (1928). Valoró la forma en que aborda el episodio de la historia de la Comunidad en que se puso en marcha el ferrocarril. Además, destacó que se trata de un «veterano » puesto que inició «tarde» su carrera literaria. La organización de estas jornadas confía en repetir la experiencia el próximo año, cuyo tema central será la problemática de las vías pecuarias en Salamanca y zonas limítrofes. con \www.laopiniondezamora.es

Premio de fotografía “Infanta Cristina, 2009”

J

osé Antonio Hernández Martín, de Ciudad Rodrigo, ha sido el ganador del premio de fotografía IMSERSO “Infanta Cristina”, 2009, en la modalidad de “Envejecimiento activo y satisfactorio”, por la colección de sus seis fotografías denominadas “Mujeres en el tiempo”, por su carácter innovador y su contribución a una imagen del envejecimiento femenino libre de estereotipos, así como por su calidad técnica y artística. El acto público de La Ceremonia de entrega de premios, ha estado presidido por la Ministra de Sanidad y Política Social, Dª Trinidad Jiménez, en diciembre, en la Sede Central del IMSERSO. Pub


notícias ao sabor da pena CAPA ABERTA... National Geographic ajuda internacionalização do Douro Património Mundial

A

National Geographic Society vai ajudar a internacionalizar o Douro Património Mundial no âmbito de uma parceria firmada hoje que poderá passar pela promoção da região na revista mensal da organização, com milhões de exemplares de tiragem e vários idiomas. O Douro assinalou o oitavo aniversário da classificação como Património Mundial da UNESCO com a assinatura da “Carta do Geoturismo” da National Geographic, no âmbito da conferência “Destino Douro - Turismo, Sustentabilidade e património Mundial, que decorreu no passado mês de Dezembro Vila Real. James Dion, do Centro para os Destinos Sustentáveis da National Geographic, explicou que será feito um trabalho que levará à criação de um plano de negócios de longo prazo para o desenvolvimento turístico do Douro, mantendo a autenticidade do destino. O responsável considerou o Douro como uma das regiões “mais bonitas, culturalmente ricas e autênticas do mundo, mas que ainda é relativamente desconhecida”. O objectivo é potenciar o crescimento da procura de turistas que apreciem, respeitem e divulguem as características distintivas dos sítios, estimular as empresas locais a lançar negócios que promovam essas mesmas características ou evitar a sobreocupação dos espaços e a sua degradação. As expectativas da região são aumentar até às 600 mil dormidas até 2015, quatro vezes mais do que acontece actualmente. Para este território estão ainda previstos 11 novos empreendimentos turísticos, o que corresponde a 39 milhões de euros de investimento privado

com \LUSA

Festival “GEADA” aqueceu os últimos dias do ano em Miranda do Douro

O

segundo festival de cultura tradicional de Miranda do Douro e de animação em torno das tradições locais e da língua Mirandesa, aconteceu no final do mês de Dezembro, de animação em torno das tradições locais e da língua Mirandesa. O GEADA assinalou este ano o décimo aniversário da “lhéngua”, com uma conferên sobre os “10 anos de Oficialização da Língua Mirandesa - FALAR YE BIBIR”, pelo linguista Amadeu Ferreira Os promotores do festival são os pauliteiros da cidade de Miranda do Douro e a Associação Recreativa da Juventude Mirandesa que convidam quem quiser a juntar-se à iniciativa e participar activamente nas tradições de Inverno desta zona. “BAMOS DERRETIR L CARAMBELO!” foi o lema do GEADA que proporcionou a todos dançar à volta da tradicional fogueira do galo, ao som ecoante das mais belas gaitas-de-foles, dançar pauliteiros e música tradicional mirandesa, tocar instrumentos tradicionais e descobrir a língua mirandesa”.

Na música tradicional, o Planalto Mirandês tem para mostrar grupos como “Lenga Lenga”, “Anda Camino”, “Grupo de Pauliteiros da Cidade de Miranda do Douro”, “Pauliteiricas de Miranda do Douro”, “Coro Infantil do AVE de Miranda do Douro” e os “Gaiteicom \LUSA ricos de Miranda”.

Portal CONTRABANDO 1500 vis.

O

portal da revista CONTRABANDO foi visitado desde o dia 1 de Novembro por mais de 1488 computadores diferentes, em cerca de mais de 120 países. A partir deste edição de Janeiro, o portal que foi entretanto finalizado, encontram-se disponíveis notícias para além da sua edição mensal em papel. No portal WWW.CONTRABANDO.ORG podem ser lidos igulamente alguns textos em versão integral, que não foram editados em papel na sua totalidade.

35

Associação não governamental de ambiente premiada pela EDP desenvolve projecto pioneiro

A

Associação Transumância e Natureza (ATN), organização ambientalista de Figueira de Castelo Rodrigo, vai desenvolver a partir de Janeiro um projecto pioneiro para criação e gestão sustentável na Reserva da Faia Brava, premiado pela EDP com 166 mil euros. “Trata-se de um plano de acção de dois anos, que tem como objectivo geral potenciar e conservar a biodiversidade da Reserva da Faia Brava”, espaço construído pelos sócios da ATN desde 2000, e que abraca cerca de 600 hectares adquiridos na Zona de Protecção Especial (ZPE) do Vale do Côa, disse a bióloga e responsável pelos projectos da ATN, Alice Gama. “Com base na convicção de que a sociedade civil deve ter um papel activo na salvaguarda do património ecológico e de que o projecto Reserva da Faia Brava é um factor de dinamização sócioeconómica e cultural na região”, Alice Gama explicou que se trata de um “modelo auto-sustentável de gestão da biodiversidade”. A conservação da “biodiversidade prioritária”, numa reserva que pretende “fortalecer a sua sustentabilidade económica numa estratégia de visitação” com o “levantamento cartográfico, projecto, instalação e divulgação de uma rede de percursos pedestres de pequena rota e dois observatórios de aves necrófagas”, é um dos objectivos do projecto, afirmou a bióloga.

“Nesta acção será adquirida uma viatura todoo-terreno para transporte de nove passageiros e o desenvolvimento de um Centro de Recepção ao visitante na Reserva da Faia Brava, nas Hortas de Sabóia, para a organização de eventos de educação, formação e ecoturismo”, revelou. O projecto “Reserva da Faia Brava – um lugar para a Biodiversidade” é subscrito pela Associação Transumância e Natureza (Figueira de Castelo Rodrigo), em parceria com a Universidade de Aveiro (Departamento de Biologia) e a STN - Stichting Transhumance en Natuur (Holanda). A ATN, com sede em Figueira de Castelo Rodrigo, tem paralelamente a decorrer diversas actividades dedicados à conservação do bosque autóctone, como a iniciativa de voluntariado “1 Milhão de Sementes para o Vale do Côa”. O Fundo EDP Biodiversidade foi criado em 2007 com o objectivo de financiar projectos associados à promoção e recuperação da biodiversidade, a um ritmo de meio milhão de euros por ano e até 2011.

com \LUSA Reserva da Faia Brava, Charcos Temporários e Flora Endémica Ameaçada foram os projectos vencedores da segunda edição do Fundo EDP Biodiversidade, pelos quais é distribuído o prémio, no valor global de 500 mil euros.

com \LUSA

Festival de Cinema em Trancoso mostrou ruralidade

O

festival de cinema “Olhares Sobre o Mundo Rural”, que em Dezembro em Trancoso, é considerado uma “mostra única” sobre a temática da ruralidade em Portugal, e teve na sua quarta edição como tema “Fronteira e Memória”. Pela primeira vez seleccionando dois autores espanhóis. Promovido pelo Cineclube da Guarda, este ano em parceria com a Associação Luzlinar, o certame, que decorreu no Teatro do Convento, em Trancoso, passou oito metragens em dois dias, com destaque para a antestreia do filme “Tourada”, do realizador Pedro Sena Nunes. A iniciativa nasceu em 2006, com o subtítulo “Serões de cinema” e em parceria com a Associação Aldeia, explicou António Godinho, presidente da direcção do Cineclube da Guarda, acrescentando que o pretexto para a criação do festival foi o “cruzamento dos olhares no cinema sobre a ruralidade em Portugal”. “A particularidade deste festival é ser o único

que se realiza em Portugal sobre esta temática”, salientou António Godinho, coordenador da programação nesta quarta edição, explicando que nestas mostras se têm “procurado mostrar registos documentais sobre um universo em vias de desaparição: a ruralidade”. “Espera-se com este certame dar a conhecer facetas menos conhecidas da ruralidade. Ou seja, das gentes que a habitam, da paisagem, mas também das adjacências económicas: exploração do subsolo, o contrabando, os espectáculos, etc.”, afirmou na altura o também advogado António Godinho. António Godinho quis destacar, esta primeira edição a primeira apresentação do filme ‘Tourada’, de Pedro Sena Nunes, rodado na raia sabugalense, a passagem de ‘Cordão Verde’, de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres, ou a apresentação de dois filmes de António João Saraiva, um jovem realizador natural de Trancoso”. com \LUSA

Projecto luso-galego investe 1,7 ME no rio Minho

A

Junta da Galiza e o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) vão investir, até final de 2010, 1,729 milhões de euros num projecto conjunto para a valorização do rio Minho, foi hoje divulgado. Estudos geológicos dos fundos do rio, dos caudais, da poluição, da pesca, da caça e do assoreamento são outras das acções a levar a cabo no âmbito do mesmo projecto. Destes estudos sairão propostas de legislação comum a apresentar aos governos de Portugal e Espanha.”O objectivo último é a aquisição de conhecimentos sobre o rio Minho para a adopção

de uma estratégia global e concertada de conservação”, explicou Henrique Carvalho, biologo do ICNB. O projecto foi apresentado em Santia-

go de Compostela, Espanha, no decorrer do Fórum de Conservação de Espaços Naturais Transfronteiriços, organizado pela Direcção-Geral de Conservação da Natureza da Junta da Galiza. No mesmo fórum, foi também apresentado um outro projecto conjunto da Junta da Galiza e do ICNB, para gestão dos recursos naturais do Parque Internacional luso-galaico Xurés/Gerês

com \LUSA Pub


36

...de Diciembre

ZAMORA Más de 1.800 gaiteros de España y Portugal

M

ás de 1.800 gaiteros pertenecientes a 53 bandas de España y Portugal han participado en Deciembre en la primera fase del XX Campeonato Nacional de la Liga Gallega de Bandas de Gaitas, que se ha celebrado en la localidad zamorana de Trabazos de Aliste. Según ha explicado a Efe el presidente del Aula de música de Aliste y Tras os Montes, una de las bandas participantes, Miguel Bermúdez, el objetivo de esta prueba es “fomentar la conservación de las tradiciones, que todas las bandas que ensayan y trabajan para mantener el uso de estos instrumentos

y músicas tradicionales vean un reconocimiento en su actuación”. Con una población de 900 habitantes, Trabazos de Aliste ha acogido hoy a los más de 1.800 participantes, “además de unos 3.000 asistentes como público”, según ha explicado el alcalde, Javier Faúndez. La final se celebrará, previsiblemente, a finales de julio de 2010 en Santiago de Compostela, “aunque falta la confirmación, pero la intención es que todas las bandas de gaitas de España y Portugal puedan estar en Santiago para esas fechas”, ha añadido Marcos García. /con EFE

ECOS

SALAMANCA Castilla y León, Galicia y el norte de Portugal buscan una “eurorregión”

L

as tres zonas están dispuestas a crear un colectivo con una voz única en Europa. El primer paso sería la unión de las dos comunidades de trabajo que tienen ahora los tres territorios La Junta de Castilia y León considera que la Comunidad, puede tener una voz única en las instituciones de la Unión Europea a través de la creación de una eurorregión tripartita, que sería un paso más en la cooperación transfronteriza, prioritaria para los tres

territorios, que mantienen a través de las dos comunidades de trabajo. Castilla y León y Galicia tienen constituidas comunidades de trabajo desde 1991 con la Región Norte de Portugal, si bien la comunidad gallega formalizó en 2008 esta relación bajo la fórmula de la eurorregión, mientras que la Comunidad suscribió el pasado septiembre una estrategia, en la que se engloban todos los programas en los que trabajan, con la región norte lusa,

y tiene previsto hacer lo mismo con la Región Centro. La Junta y las instituciones de las do regiones portuguesas han creado un foro que estudiará las ventajas de la Comunidad de Trabajo, la Agrupación Europea de Cooperación Territorial (AECT) o la eurorregión. Para Juan Vicente Herrera, la cooperación con Portugal, es una de las prioridades de Castilla y León en esta legislatura (2007-2011). /con La Gaceta

ZAMORA Un libro

ORTOGRAFIA El Acuerdo Ortográfico de la lengua lusa levanta incógnitas en Portugal

E

E

recopila máscaras tradicionales de España y Portugal l segundo volumen de “Máscara Ibérica” recopila más de cien mascaradas tradicionales de Asturias, Castilla y León, Extremadura y las regiones Centro y Norte de Portugal, con la intención de fomentar “las costumbres y la cultura Ibérica”, explicó el coordinador del proyecto, Hélder Ferreira. El portugués Hélder Ferreira es el presidente de la asociación Progestur, promotora de la iniciativa junto a los Ayuntamientos y Gobiernos autonómicos de las regiones participantes, y presentó deciembre en Zamo-

ra “una de las iniciativas más destacadas de Europa en este campo”. El libro ilustra con cientos de fotografías las diferentes máscaras de decenas de pueblos a un lado y otro de la raya y las acompaña de textos “elaborados por los grandes expertos en antropología de ambos países”, señaló el coordinador. Uno de ellos es Bernardo Calvo, que añadió que lo más importante de este proyecto “es la cantidad de iniciativas paralelas que han surgido, congresos y debates sobre esta tradición”.

l Acuerdo Ortográfico de la Lengua Portuguesa, que unifica las diferencias existentes entre su variante europea y brasileña, levanta incógnitas en Portugal cuando ya entro en vigor oficialmente desde dia 1 de Enero. Tras más de cinco años de trámites y una larga negociación lingüística, Portugal ratificó el acuerdo en 2008, cuatro años después que Brasil y en medio de críticas de intelectuales, libreros y académicos por las supuestas cesiones que hizo al gigante suramericano en las nuevas normas comunes. Ahora la incorporación del Acuerdo a la vida cultural y administrativa de Portugal puede ser más lenta de lo previsto y de momento no se incorporará en 2010 a los manuales y textos escolares, según anunció el Gobierno. En los medios de comunicación se ha empe-

zado un proceso propio de adaptación, según explicaron a Efe en la agencia nacional de noticias, Lusa, y en el diario portugués de mayor circulación, el popular Correio da Manha. Por lo que toca a los medios de comunicación, el periódico más leído del país, “Correio da Manha”, empezó hace seis meses a probar las nuevas normas en la columna del escritor Francisco José Viegas. Lusa, la principal agencia de noticias en idioma portugués, se considera ya preparada para las nuevas reglas y espera apenas la conclusión de algunas herramientas de edición para incorporarlas. “Ya tenemos la redacción preparada para la adhesión al nuevo acuerdo, lo único que nos falta es el corrector ortográfico, que está en preparación”, adelantó a EFE el director de la agencia, Luis Miguel Viana. . /con EFE

ESTREMADURA Libro extremeño sobre restaurantes de “La Raya” lusa

U

na guía sobre restaurantes portugueses cercanos a la frontera española de Extremadura muestra los secretos culinarios más escondidos de la región lusa del Alentejo, consideraron hoy sus autores al presentarla en Lisboa. “Restaurantes de la Raya”, elaborado por los extremeños José Ramón Alonso de la Torre y Esperanza Rubio, examina 60 restaurantes al detalle y menciona otros 200 en una obra que consta de casi 300

páginas y que está apoyada en un abundante material gráfico. Planteado como una exploración sociológica de “la Raya”, espacio fronterizo entre Portugal y España, y con un notable estilo literario, el libro narra de una manera “didáctica” la riqueza gastronómica de una de las regiones más auténticas de Portugal, según sus autores. “ Mostrar la riqueza de la zona de “la Raya” como una forma de rei-

vindicar el interior de Portugal fue una de las ideas apuntadas por Sánchez Amor, quien consideró que el libro es un “acierto”. La obra describe el menú y los platos servidos -mide su calidad y abundancia-; analiza múltiples vertientes del restaurante -desde sus camareros hasta el aspecto de los baños-, y otorga una puntuación final en función de todos esos factores. /con EFE Pub


...de Dezembro

SOCE SABUGAL “Veredas do contrabando” vão ser apro-

veitadas para fins turísticos

A

Junta de Freguesia de Fóios, no concelho do Sabugal, pretende revitalizar as antigas “veredas do contrabando” para fins turísticos, disse à Lusa o presidente da autarquia. Segundo José Manuel Campos, a antiga rota transfronteiriça utilizada pelos contrabandistas, tinha vários quilómetros de extensão e incluía “carreiros [caminhos] que atravessavam as serras” da zona raiana. Contou que as veredas utilizadas pelos portugueses que residiam próximo de Espanha deixaram de ser utilizadas “por altura do 25 de Abril”, mas até à década de 1990 “por essas veredas passou muito gado”, uma vez que a actividade só terminou com a total liberalização de pessoas e bens entre os dois países. A antiga rota transfronteiriça do contrabando começava nos Fóios e incluía, entre outras, as localidades espanholas de Valverde del Fresno e Navasfrias, adiantou. “Estou convencido que com pouco dinheiro será possível colocar umas placas nas veredas e uns painéis na aldeia, com os percursos possíveis”, admitiu, acrescentando que uma das

rotas a incluir no futuro roteiro das “veredas do contrabando” faz a ligação entre as povoações de Fóios (Portugal) e de Valverde del Fresno (Espanha), “com uma extensão de cerca de onze quilómetros”. A autarquia visa, por outro lado, “promover o turismo”, atraindo “grupos de pessoas para fazerem esses percursos” que eram utilizados durante a prática do contrabando. Recordou que “o último contrabando foi o do gado e o do tabaco”, mas durante muitos anos “as pessoas levavam umas coisas para lá [Espanha] e traziam outras para cá [Portugal]”, indicando que eram transportados artigos como café, açúcar e bebidas, entre outros. O autarca adiantou que na freguesia ainda residem muitos antigos contrabandistas, “alguns deles já com 80 e 90 anos e outros com 60 ou 70 anos”, que poderão “acompanhar os visitantes” durante os passeios pelos antigos trilhos que ligavam os dois países. O autarca tenciona candidatar o projecto das “veredas do contrabando” ao Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero/Douro. com LUSA

DOURO/DUERO

Agrupamento transfronteiriço aprovou planos de emprego e

intercâmbio estudantil

O

Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriça (AECT) Douro/Duero aprovou no mês passado, projectos de cooperação que pretendem interligar os cerca de 12 mil cidadãos que vivem nesta zona de fronteira. Assim, pretende realizar um encontro onde 400 alunos visitarão escolas de Portugal e Espanha - programa denominado“Conociéndonos” -, um intercâmbio de grupos de 25 crianças entre escolas da fronteira durante o período de Verão e um programa de teatro nas aulas. Em conjunto, para estes três programas, denominados “Juventude em Acção”, é solicitado um apoio à União Europeia no montante de 55 mil euros. O Conselho de Coordenação do AECT aprovou ainda as bases para juntar novas ideias e projectos ao Programa Ope-

rativo de Cooperação Transfronteriça Espanha-Portugal (2009-2013), e decidiu concorrer ao “Plano de Convergência Interior de Castilla y León”, cujo objectivo é eliminar progressivamente os desequilíbrios económicos e demográficos entre as províncias e territórios desta comunidade através do PROVERE (Programa de Valorização de Recursos Endógenos). Para este plano de convergência, é pedida ao Governo de Castela e Leão uma subvenção de 750 mil euros. Com estas acções, segundo o director geral da AECT Douro/Duero, José Luis Pascual, pretende-se “inculcar às crianças a ideia de não-fronteira”, disse à Lusa o também alcaide de Trabanca, que se mostra disposto a ajudar a “eliminar do subconsciente” destas populações a palavra “raia”. /com LUSA

37

PORTUGAL E ESPANHA têm um “destino comum” - Eduardo Lourenço

O

filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço afirmou que Portugal e Espanha têm um “destino comum” no contexto europeu e que sempre lutou por uma “compreensão maior” entre as duas culturas. Falando à agência Lusa na Embaixada de Espanha, à margem da sessão de entrega da Comenda da Ordem do Mérito Civil, outorgada pelo rei Juan Carlos. Eduardo Lourenço considerou a distinção como um reconhecimento pelo interesse que tem manifestado “em relação à cultura peninsular em geral e à espanhola enquanto tal”. “Sempre lutei por uma compreensão maior entre as nossas duas culturas e agora, que estamos no contexto da Europa, Portugal e Espanha têm um destino ainda mais comum”, sublinhou o pensador português, para quem a entrega da comenda “foi um momento de aproximação entre aquilo que há de melhor

em Espanha, que é a cultura deles, e aquilo que há de melhor entre nós, que é a nossa própria cultura”. Na sessão, o filósofo, que nasceu em São Pedro de Rio Seco, no Concelho de Almeida, Distrito da Guarda, aproveitou para recordar a sua infância na zona raiana. “Só aos 40 anos me apercebi de que parte do meu vocabulário era leonês, ainda que falado à portuguesa”, contou, explicando que, naquela região, “a fronteira é simbólica, não há nada que fisicamente separe os dois países”. Considerando que “não é exacto que Portugal esteja de costas viradas para Espanha”, o intelectual evocou os anos como professor universitário em França, onde se ocupou do estudo de grandes figuras da cultura espanhola. “Com o estudo dessas pessoas, vi um outro lado de nós próprios e percebi que algumas das nossas questões e

problemas encontravam respostas e soluções se conhecêssemos melhor os nossos vizinhos. Mas percebi também que podemos estar separados pelas nossas semelhanças”, assinalou o homenageado. À Lusa, Eduardo Lourenço referiu ainda que “o iberismo não precisa de ser uma ideologia, como foi em certo momento no século XIX, pois nessa altura os portugueses perceberam que isso queria dizer uma nova forma de subordinação”. “A palavra, hoje, não tem muito sentido, pois ibéricos somos nós há muito tempo, mesmo antes do aparecimento das nacionalidades que estão hoje na Península. Somos ibéricos por geografia e porque pertencemos a uma civilização que a romanidade instaurou”, reforçou. “Isso bastaria para nos tornar semelhantes, mesmo que pensássemos que éramos muito diferentes”. com \LUSA

ESTREMADURA Portugal com lugar de destaque no novo estatuto de autonomia

O

relacionamento com Portugal merece lugar de destaque no novo Estatuto de Autonomia da Extremadura (Espanha), com várias referências ao longo do articulado do documento, que já está em trâmite parlamentar. Aprovado em Setembro último pela Assembleia da Extremadura, o texto foi já avaliado no Congresso de Deputados que na quarta-feira aprovou (com 317 votos a favor e dois contra) a “tomada em consideração” do documento. Tratou-se do primeiro trâmite parlamentar antes da eventual apresentação de emendas e da análise pela Comissão Constitucional e posteriormente aprovação definitiva, como prevê a lei espanhola. Como tem acontecido nos últimos anos, a Extremadura tem vindo a projectar-se cada vez mais em Portugal, numa acção apoiada tanto pelo Governo regional como pela oposição. Além da aprovação do português como língua opcional nos currículos escolares, a Extremadura tem cimentado igualmente os laços comerciais, empresariais e de investi-

mento com Portugal, país que merece todas as prioridades no relacionamento externo desta região fronteiriça espanhola. O actual estatuto em vigor, de 1983, já reconhece os laços especiais com Portugal - prevendo esforços para “impulsionar o estreitamento dos vínculos humanos, culturais e económicos com a nação vizinha”. Essa importância é reforçada no texto de reforma agora em debate, que prevê mesmo a “criação de um órgão específico da Comunidade Autónoma encarregado das relações com Portugal e as suas entidades territoriais”. O documento reconhece logo no artigo 1 do seu primeiro capítulo, de “disposições gerais”, que considera a sua projecção para Portugal e para a Ibero-américa um dos “elementos diferenciais da Extremadura” e um dos “condicionantes históricos do seu desenvolvimento socioeconómico”. Portugal é ainda destacado no que toca às referências sobre a acção exterior da Extremadura. “Impulsionar todo o tipo

de relações com Portugal, tanto das instituições como da sociedade”, obedecendo aos princípios da “lealdade, respeito pela respectiva identidade e mutuo beneficio e solidariedade”, propõe o artigo 7. A cooperação com Portugal é detalhada no artigo 71 do texto, dedicado apenas a este tema, com o estatuto a garantir que esta região espanhola “desenvolverá e fomentará a cooperação com as instituições e a sociedade portuguesa em todos os âmbitos de interesse comum”. Para tal o texto prevê acções e programas partilhados com Portugal; uma política própria de “cooperação transfronteiriça” e a criação de organismos e serviços mistos de interesse comum”. Garante “a difusão e promoção do português e da cultura portuguesa na Extremadura, com base no princípio da reciprocidade” e a celebração de acordos, a participação em reuniões governamentais luso-espanholas. Finalmente prevê ainda o “fomento de relações económicas, comerciais e empresariais equilibradas e mutuamente benéficas”.(com LUSA)


1 de enero de 1985 - 1 de enero de 2010

25 ANIVERSARIO Del cierre de la Línea Férrea La Fuente de San Esteban -. Barca d’Alba


DANIEL GIL


Capa ficcionada da revista time para o ano de 2060 - autor: Daniel Gil


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.