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Friday, August 1st, 2014

Famoso “go-go” dos brasileiros fecha as portas em Chelsea (MA) Da Redação

U

m dos locais mais conhecidos pela maioria dos brasileiros que vivem na região de Boston, o King Arthur Motel and Lounge fechou as suas portas. O local é considerado pelas autoridades como uma

espécie de velho oeste, onde já foi palco de assassinatos, brigas entre gangues e centenas de homens que “jogaram dinheiro fora” para ver as dançarinas tirarem as roupas. A decisão de fechar o

local partiu das autoridades que querem pagar as más lembranças que o local proporcionou para centenas de famílias. Os homens aproveitavam a folga para ir ao local gastar com as mulheres que se despiam e muitos

O King Arthur foi local em que muitas brasileiras trabalharam como dançarinas

A N B T

acabaram tendo o primeiro encontro com as drogas neste local. Os proprietários prometem lutar na justiça para revogar a decisão, mas as autoridades esperam que este seja o fim de uma era de traições, crimes, tráficos de droga e exploração sexual. O King Arthur existe há 37 anos e várias brasileiras trabalharam no local como stripper e milhares de brasileiros frequentaram o local para ver as mulheres nuas. É o caso de Sophie, uma mineira da região do Vale do Aço que durante 4 anos trabalhou como dançarina no local. Ela conta que com o dinheiro que conseguiu tirando a roupa lhe proporcionou uma casa própria e uma chácara na região de Ipatinga (Minas Gerais). “O local é mau visto pelas pessoas, mas eu jamais me prostitui para conseguir o

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Ex-dançarinas relembram quando dançavam no local e contam experiências de vida meu objetivo. Apenas dançava e tirava a roupa. Em tempos áureos eu cheguei a fazer US$ 800 em um só dia”, lembra. Ela não está mais dançando e hoje mora na cidade de Medford, onde cuida de quatro crianças. Sophie pediu para omitir o se nome verdadeiro para não haver problemas com as mães das meninas que podem interpretar o seu passado de forma diferente. “Hoje eu estou muito feliz, realizada, tenho dois filhos e uma vida normal”, continua. Sophie conta algumas de suas colegas faziam m a i s d o q u e d a n ç a r. “Conheço várias que transavam por dinheiro e conheço algumas famílias que foram destruídas. Mas conheço vários casais que se formaram no King

Arthur e vivem felizes até hoje”, afirma. Outra que o Brazilian Times conseguiu encontrar f o i S u zy, u ma an tig a dançaria do local, que hoje tem 42 anos de idade. Ela dançou por cinco anos e conheceu muitos brasileiros através do local. A maior parte de sua amizade foi feita no King A r t h u r. “ Q u a n d o e u cheguei a este país, em 1994, não conhecida nada e me indicaram como opção dançar neste local. Como eu precisava de dinheiro para pagar o coiote que me trouxe, não tive escolha”, explica. A redação tentou conversar com algum representante do local para saber quantas brasileiras trabalham no local atualmente, mas não obteve sucesso.


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