Notas Ecológicas, nº 8

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ECOS DA TERRA LIVRE NOTAS ECOLÓGICAS 8, 12 de maio de 2019

1. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA ÁRVORE

BCRCAA, nº 21, 1955 As árvores vivem mais que nós. Elas dependem do ambiente para se desenvolverem e se reproduzirem livremente. A Declaração dos Direitos da Árvore foi levada pela associação ARBRES à Assembleia Nacional da França, no dia 5 de abril de 2019. Trata-se de um primeiro passo na direção de uma proposta de lei que reconheça as árvores como sujeitos de direito. À vida, sempre. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA ÁRVORE ARTIGO 1 A árvore é um ser vivo fixo que, em proporções comparáveis, ocupa dois ambientes


distintos, a atmosfera e o solo. No solo, as raízes se desenvolvem, capturam a água e minerais. Na atmosfera cresce a copa, que captura dióxido de carbono e energia solar. Devido a esta situação, a árvore desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico do planeta. ARTIGO 2 A árvore, ser vivo sensível às modificações de seu ambiente, deve ser respeitada como tal, não podendo ser reduzida a objeto. Ela tem direito ao espaço aéreo e subterrâneo, que é necessário para que ela alcance seu crescimento completo e atinja suas dimensões adultas. Nestas condições, a árvore tem o direito a sua integridade física, ar (ramos, tronco, folhagem) e subterrânea (rede de raízes). A alteração desses órgãos a enfraquece gravemente, bem como o uso de pesticidas e outras substâncias tóxicas. ARTIGO 3 A árvore é um organismo vivo cuja longevidade média excede em muito a de um ser humano. Deve ser respeitada ao longo da vida, com o direito de se desenvolver e se reproduzir livremente, do nascimento à morte natural, seja uma árvore urbana ou rural. A árvore deve ser considerada como sujeito de direito, inclusive quando as leis sobre propriedade humana estão envolvidas. ARTIGO 4. Algumas árvores consideradas notáveis pela humanidade, por sua idade, aparência ou história, merecem atenção extra. Ao se tornar um patrimônio biocultural comum, recebendo status mais elevado, a humanidade tem o dever de protegê-las como "monumentos naturais". Elas podem ser registradas em uma zona de preservação do patrimônio paisagístico, garantindo assim maior proteção por razões de ordem estética, histórica ou cultural. ARTIGO 5 Para atender às necessidades da humanidade, algumas árvores são plantadas e depois exploradas, escapando necessariamente aos critérios acima mencionados. Os métodos de exploração de árvores florestais em zonas rurais, no entanto, devem ter em conta o ciclo de vida das árvores, da renovação natural, do equilíbrio ecológico e biodiversidade. Saiba mais: DECLARATION DES DROITS DE L’ARBRE, 04/2019: https://bit.ly/2XasPMh "France proclaims trees should have rights" - LifeSite, 04/2019: https://bit.ly/2Uv7mAC Fonte: Árvore, Ser Tecnológico (https://www.facebook.com/arvoresertecnologico/)


2- CORTE DE ÁRVORES NA UNIVERSIDADE DOS AÇORES

No passado mês de abril foram cortadas 4 árvores no Jardim da Universidade dos Açores. Tão ou mais grave do que o corte é as instituições não saberem o que mandaram cortar e não terem nenhum plano para a replantação. Como podemos confiar num parecer dito técnico quando dizem que cortaram uma Juglans nigra (nogão) e a árvore era uma Carya illinoinensis (nogueira-pecã) ou quando pensam que abateram um Eucalyptus gunnii e a planta era um Eucalyptus diversicolor.


3- O ENVENENAMENTO CONTINUA “A Organização Mundial de Saúde, através da sua estrutura especializada IARC - Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro sediada em França, declarou o glifosato (junto com outros pesticidas organofosforados) como "carcinogénio provável para o ser humano", nomeadamente. Esta classificação significa que existem evidências suficientes de que o glifosato causa cancro em animais de laboratório e que existem também provas diretas para o mesmo efeito em seres humanos, embora mais limitadas.”

Fonte:

https://www.quercus.pt/comunicados/2015/marco/4228-glifosato-o-herbicidamais-vendido-em-portugal-afinal-pode-causar-cancro-em-humanos

Entretanto nas proximidades do Pinhal da Paz no final do mês passado os Serviços Florestais estavam a utilizá-lo.

Para saber mais sobre o veneno mais vendido em todo o mundo veja um vídeo aqui: https://www.rtp.pt/play/p5373/e403230/biosfera?fbclid=IwAR2vXthWCi3JXk_UuC8FOQOBkXFmJPEVCSv3Zdt1v9G7367qVK1C4G1Wlc

CAES- Coletivo Açoriano de Ecologia Social https://www.facebook.com/Terra-Livre-435187105376/


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