Teletime - 167 - Julho de 2013

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Conteúdo mais perto Para garantir a entrega de serviços de vídeo over-the-top, CDNs desempenham papel central e criam oportunidades para provedores de conteúdo e operadoras. nmedia/shutterstock.com

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infraestrutura

Bruno do Amaral bruno@convergecom.com.br

N

ão faz muito tempo, assistir a vídeos pela Internet era um luxo para poucos que conseguiam uma conexão fixa mais robusta. Ainda que iniciativas rudimentares de streaming tenham sido realizadas com tecnologias da Microsoft e Real Media, a Web era basicamente um reduto de conteúdo estático. Nos últimos cinco anos, o cenário mudou completamente: a maior oferta de banda larga proporcionou um crescimento não apenas dos chamados conteúdos over-thetop (OTT) pela Internet, com destaque para Netflix e YouTube, mas também do acesso a vídeos on-demand (VOD) providos pelas operadoras e empresas de mídia. E grande parte desta proliferação dos serviços de vídeo se deve à infraestrutura de entrega de conteúdo (CDN, ou content delivery network), que tornou possível uma experiência otimizada com o armazenamento local dos conteúdos mais acessados em determinadas áreas. 38 | t e l e t i m e | j u l h o 20 1 3 | e s p e c i a l i p t v e s e rv i ço s

Na verdade, os serviços de CDN não são restritos à entrega de vídeo. A plataforma também ajuda a distribuir conteúdo estático como imagens, páginas em HTTP de bancos e sites de e-commerce. Funciona da seguinte forma: servidores situados em locais estratégicos, como data centers e pontos de troca de tráfego (PTTs), armazenam conteúdo relevante para a região para que o usuário não precise buscá-lo em servidores internacionais. No caso do vídeo, isso permite uma performance melhor do streaming, com menos tempo de buffering. A diferença do caching (parte da CDN voltada à performance da rede), no entanto, é que as empresas podem estabelecer acordos para entrega de serviços de CDN, conectando os servidores diretamente às redes que controlam o acesso final ao usuário. É o caso do YouTube, que conta com diversas parcerias para distribuição. No Brasil, o portal do Google tem investido na infraestrutura para disponibilizar canais e vídeos regionais de grande audiência, como do grupo de comédia Porta dos Fundos, do infantil Galinha Pintadinha e do Jovem Nerd, que trata de entretenimento e tecnologia. “Nos últimos dois anos, o YouTube tem participado com (a transmissão do festival de música) o Rock in Rio, sendo pela primeira vez em mobile no último ano, e com catch-up”, explica o gerente de parcerias estratégicas de desenvolvimento da empresa, Eric Mauskopf. “Nossa estratégia é reconhecer e levar o YouTube para o mais próximo dos usuários possível, e é assim que determinamos com que parceiros


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