Movimento Vivace - n° 45 - Outubro - 2012

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Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano V - n°45 - Outubro - 2012

Novo site da Orquestra Sinfônica amplia informações e serviços

Alemão Felix Krieger rege a Sinfônica 1


Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e OHL Brasil. Sempre a caminho da arte. Em cada ato, um novo desafio. Em cada obra, uma nova conquista. É assim que a OHL Brasil se inspira na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, com determinação, arte e muito trabalho. Só assim é possível traçar caminhos seguros e chegar a destinos certos.

www.ohlbrasil.com.br 2


Palavra da Diretoria

A Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto está com a agenda cheia neste mês de outubro. Além das séries tradicionais “Concertos Internacionais” e “Juventude Tem Concerto”, haverá participação na Segunda Semana de Arte da Faculdade de Direito – USP Ribeirão Preto e 44ª Temporada de Música de Câmara. O Concerto Internacional, de 20 de outubro, apresenta o maestro alemão Felix Krieger, nome que já esteve à frente de inúmeras orquestras europeias e soma mais de 30 títulos operísticos em seu currículo. O programa traz as obras “Prelúdio à tarde de um fauno”, de Claude Debussy, e “Pássaro de fogo”, de Igor Stravinsky. As duas obras, especialmente a de Debussy, são consideradas marcos do início da música moderna. A segunda parte traz a sinfonia que Brahms levou

DULCE NEVES Vice-Presidente OSRP

15 anos para concluir – a 1ª em Dó menor, que chegou a ser comparada com a 9ª de Beethoven. O Juventude Tem Concerto também será um programa especial. Os jovens cantores do Coro Juvenil da Orquestra e dos coros dos projetos sociais – Tocando a Vida e Instituição Aparecido Savegnago – estarão no palco e vão mostrar como a Associação Musical de Ribeirão Preto, mantenedora da Sinfônica, com parceria e total apoio de empresas da região, pode colocar no palco mais nobre da cidade crianças que nunca pensaram em cantar acompanhadas de uma das mais antigas e tradicionais orquestras brasileiras. Aliás, para as empresas interessadas em aliar suas marcas e produtos à Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, os projetos sociais – Tocando a Vida e Juventude Tem Concerto, além dos coros e a própria Orquestra – são produtos que podem ser patrocinados mediante renúncia fiscal. Para saber sobre o assunto, o tributarista Aguinaldo Biffi explica detalhes da Lei Rouanet e os benefícios para as empresas no novo site que colocamos no ar. O novo endereço virtual da Orquestra agora é www.sinfonicaderibeirao.com. br, com muito mais informações e serviços para o internauta e, especificamente, para os vários públicos de interesse, como sócios, imprensa, patronos e patrocinadores, pesquisadores, agentes culturais e outros. O mês se encerra com o concerto da 44ª Temporada de Música de Câmara. Cinco maestros subirão ao palco – Reginaldo Nascimento, José Gustavo Julião de Camargo, Rubens Ricciardi, Lucas Galon e Cristina Emboaba que regerão um programa com obras de compositores que fizeram história em Ribeirão Preto. 3


Indice

Diretoria

Especial Sinfônica de Ribeirão Preto lança novo site

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Educação Tocando a Vida abre 25 vagas para Grupo Vocal no Ipiranga

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DIRETORIA EXECUTIVA Décio Agostinho Gonzalez Presidente Dulce Neves 1º Vice-Presidente Silvio Trajano Contart 2º Vice-Presidente Fábio Mesquista Ribeiro Diretor Jurídico Taís Costa Roxo da Fonseca Diretora Jurídica Adjunto Lisete Diniz Ribas Casagrande Secretário Geral Leonardo Carolo Secretário Adjunto José Mario Tamanini Diretor Financeiro Enio de Oliveira e Souza Junior Diretor Financeiro Adjunto José Arnaldo Vianna Cione Diretor Institucional/Orador CONSELHO FISCAL Afonso Reis Duarte Antonio Gilberto Pinhata Delcio Bellini Junior Larissa Moraes Di Batista Luiz Camperoni Neto Paulo Cesar Di Madeo CONSELHO DELIBERATIVO João Agnaldo Donizete Gandini Presidente José Gustavo Julião de Camargo Secretários Abranche Fuad Abdo Adriana Silva Alberto Dabori Amando Siuiti Ito Carmen Rita Cagno Demetrio Luiz Pedro Bom Dinah Pousa Godinho Mihaleff Edilberto Janes Elvira Maria Cicci Emerson Francisco M. Rodrigues Idelson Costa Cordeiro Itamar Suave Jay Martins Mil-Homens Junior José Donizete Pires Cardoso Juracy Mil-Homens Lais Maria Faccio Lucas Antonio Ribas Casagrande Luis Orlando Rotelli Rezende Maria Carolina Jurca Freitas Maria Cecilia Manzolli Raul Marmiroli Sander Luiz Uzuelle Sebastião de Almeida Prado Neto Sebastião Edson Savegnago Tamara Cristina de Carvalho Valdo Barreto Valetim Herrera Willian Natale

Arquivo Histório Os concertos da OSRP 08 As chaves do tempo 09 Circuito Musical 10 Programa Concerto Internacional 20 Programa Juventude Tem Concerto 23 Notas de Concerto 28 Programa 44ª Temporada de Música de Câmara 30

Edição anterior Ano V - n°44 - Setembro - 2012 As revistas Movimento Vivace também estão disponíveis no site da OSRP

Contato OSRP E-mails producao@osrp.org.br socios@osrp.org.br coral@osrp.org.br arquivomusical@osrp.org.br arquivohistorico@osrp.org.br

Assessoria de Imprensa blanche@textocomunicacao.com.br daniela@textocomunicacao.com.br imprensa@osrp.org.br

Redes Sociais http://www.facebook.com/sinfonica.deribeirao

https://twitter.com/#!/OSRP http://www.youtube.com/denisusov

Expediente Publicação mensal da Associação Musical de Ribeirão Preto Rua São Sebastião 1002 - Centro Tel. (16) 3610-8932 - www.sinfonicaderibeirao.com.br Presidente Décio Agostinho Gonzalez Jornalistas responsáveis Blanche Amancio - MTb 20907 blanche@textocomunicacao.com.br Daniela Antunes - MTb 25679 daniela@textocomunicacao.com.br Assistente de comunicação / diagramação Bruna Zanuto - imprensa@osrp.org.br

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Fotos Ibraim Leão, Gisele Haddad e Bruna Zanuto Pesquisa histórica Gisele Haddad Fotolito e impressão São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Tiragem: 1.500 exemplares Finalização Douglas I. Almeida Os artigos assinados não representam obrigatoriamente a opinião do veículo


Especial

Sinfônica de Ribeirão Preto lança novo site

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esde o dia 13 de setembro, está no ar o novo endereço eletrônico da OSRP: www.sinfonicaderibeirao.com.br. O site foi desenvolvido com nova tecnologia e traz informações e serviços para o público em geral, patrocinadores, imprensa, pesquisadores, pais, educadores e musicistas. “O dinamismo da Sinfônica exigiu que tivéssemos na internet um espaço muito mais abrangente e com novos serviços para todos os nossos públicos – do admirador ao patrocinador ou

pesquisador, por exemplo. O novo endereço virtual apresenta a orquestra com seus projetos, história e profissionais e vai otimizar nosso trabalho”, dizem o presidente da OSRP Décio A. Gonzalez e a vice Dulce Neves. Há dois anos, a Assessoria de Comunicação criou três blogs – um sobre os coros da orquestra, outro destinado aos sócios e um exclusivo para o Arquivo Histórico – para armazenar conteúdo. Com o novo portal, a orquestra reuniu todas as informações para quem acompanha as

novidades e a agenda de eventos. Mesmo com esta mudança o público ainda conta com o canal do YouTube (http://www.youtube.com.br/denisusov), administrado pelo spalla Denis Usov que grava e edita todas as apresentações da série Concertos Internacionais, e com a conta do microblog Twitter (https:// twitter.com/#!/OSRP). Junto com o site também foi lançada a página no Facebook (http://www.facebook.com/sinfonica. deribeirao), administrada pela Assessoria de Comunicação.

www.sinfonicaderibeirao.com.br Criação e atualização O n o v o p o r t a l fo i c o n s t r u í d o e a l i m e nta d o p e l a a s s e s s o r i a d e comunicação da Sinfônica de Ribeirão. O “esqueleto” do site foi criado pela assessora de imprensa Blanche Amancio, que pensou em cada detalhe e em todos os públicos que ele atenderia.

“A orquestra precisava de um portal que suprisse as necessidades tanto do jornalista, quanto dos patrocinadores e sócios, estudantes e pesquisadores, além dos admiradores. E tudo isso precisava de um layout e tecnologia bem planejados para facilitar a navegação dos usuários”, explica Blanche Amancio.

Já, a assistente de comunicação da OSRP Bruna Zanuto auxiliou no processo de inserção de conteúdo e na organização das informações dentro do site. “O site novo traz algumas novidades, como a possibilidade de download de wallpaper, além do playlist com gravações ao vivo de concertos da orquestra”.

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Serviços O portal Sinfônica de Ribeirão traz alguns serviços para os usuários. Um deles é a Newsletter com a agenda da Orquestra. Basta cadastrar-se para receber por e-mail. As edições da revista Movimento Vivace, veículo de divulgação oficial da OSRP, também estão disponíveis para leitura virtual. O site apresenta todos os CD’s gravados pela orquestra, com foto do álbum, ficha técnica e a possibilidade de adquirir estes produtos, através de pontos conquistados de acordo com as doações realizadas à Associação Musical, mantenedora da Orquestra Sinfônica. Assim como os portais de renomadas orquestras do mundo, o endereço eletrônico da OSRP disponibilizará fotos em alta resolução dos concertos para download e também currículos e fotos de todos os músicos. A galeria de vídeos já traz 114 gravações ao vivo de concertos realizados no Theatro

Pedro II. “O internauta pode rever os concertos que mais gostou e conhecer mais sobre música. Mas é também um serviço para escolas, pais e educadores em geral”, explica Dulce Neves. Há ainda um espaço para apresentar cada projeto – a OSRP desenvolve projetos socioeducativos em Ribeirão Preto e na região, com aulas de música, teoria, história, canto coral e instrumento para crianças e jovens de comunidades carentes. Tecnologia Este site foi desenvolvido pela HP Internet, empresa especializada em criar produtos e serviços para internet há 10 anos. O modelo fica na simplificação da gestão de ferramentas, com atendimento c e n t ra l i za d o e fo r n e c i m e n t o d e informações detalhadamente desde a criação até a implementação do site. Além de ferramentas que utilizam linguagens de programação de vanguarda e de alta qualidade, o que se reflete no tempo

Veja no site ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊

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Playlist de concertos ao vivo Newsletter Notas de concerto Cronologia Wallpaper Galeria de maestros Galeria de presidentes Revista virtual Galeria de fotos e vídeos Ficha técnica CD’s da OSRP Informações e fotos dos projetos Fotos em alta resolução Currículo e fotos dos músicos Depoimento de sócios Informações da Lei Rouanet Link para redes sociais Informações dos coros

de atendimento e na flexibilidade das soluções, a forma de trabalho da HP Internet, torna todo o processo de desenvolvimento simplificado. Aplicando conceitos de HTML5, JAVA e programação robusta, o novo site conta com recursos como plataforma de comércio eletrônico para recebimento de doações à Orquestra, MP3 Player para degustação de músicas, sistema de pontos para descontos em CDs e outros produtos, além de um sistema administrativo que, apesar de simples na utilização, oferece controle e gestão total do portal ao cliente. “O grande diferencial da HP Internet é a tranquilidade no processo de desenvolvimento, uma vez que 100% dos assuntos referentes aos mesmos, são tratados sempre com a mesma pessoa, que se encarrega em assessorar e traduzir tudo para o mundo da tecnologia, permitindo ao cliente focar apenas em resultados”, diz Leandro Falcão, diretor da HP Internet.


Educação

Tocando a Vida abre 25 vagas para Grupo Vocal no Ipiranga

Juventude Tem Concerto de dezembro de 2011

O projeto Tocando a Vida da OSRP está à procura de 25 novos talentos infanto-juvenis para o Grupo Vocal, que tem aulas semanais no Núcleo Ipiranga. As aulas de canto popular são gratuitas e acontecem todos os sábados às 10h, até o mês de dezembro. Podem participar deste projeto crianças e jovens com idade entre 7 e 18 anos. Para se inscrever basta ir até a ONG Caminhando para o Futuro (Rua Tabatinga 427, Ipiranga) onde as aulas são realizadas, durante o horário dos encontros.

O grupo já conta com 15 integrantes. “As crianças são excelentes, estão aprendendo muito rápido e cantam muito bem”, diz a regente dos coros da OSRP, Snizhana Drahan. Com o grande desempenho musical dos alunos, o projeto abre espaço para mais crianças participarem e descobrirem seu talento para o canto. Os jovens cantores que participam do Grupo Vocal estão ensaiando o repertório para o Projeto EnCantando a Vida, que terá sua estreia na próxima apresentação do Juventude Tem Concerto, dia 21/10, série mensal da Sinfônica de Ribeirão que realiza concertos gratuitos aos domingos

no Theatro Pedro II, e para a apresentação do Concerto de Natal da OSRP, também no Pedro II. O Tocando a Vida é um projeto de inclusão sociocultural que leva música erudita para crianças e jovens, oferecendo a eles a oportunidade de ultrapassarem os limites de sua própria condição social, com aulas gratuitas de canto coral e instrumentos. Este projeto foi desenvolvido pela Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, em parceria com a iniciativa privada. É credenciado a receber recursos por meio de projetos da Lei Rouanet e tem por objetivo descobrir e formar jovens talentos para a música erudita.

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Arquivo Histórico

Os concertos da OSRP

A

penas depois de março de 2008, com a criação da revista Movimento Vivace, os programas dos concertos realizados pela OSRP são nela registrados. Até então, e desde 1938, ano de fundação da Associação Musical de Ribeirão Preto, mantenedora da OSRP, os programas eram impressos de modo avulso ou em livretos. Atualmente, a OSRP conta com mais de mil e duzentos concertos oficiais realizados, além dos não-numerados, concertos particulares, destinados aos patronos, que são os vendidos ou feitos em troca de serviços. C o m at i v i d a d e s re g u l a re s , a orquestra é destinada aos seus sócios, realizando a série Concertos Internacionais no Theatro Pedro II, que traz solistas de diferentes instrumentos entre março e dezembro. Sempre foi itinerante, principalmente na região de Ribeirão Preto e ainda realiza os concertos sociais, que levam a música para hospitais, escolas, praças, asilos. Os concertos mais tradicionais são realizados próximos ao dia 19 de junho, aniversário de Ribeirão Preto; o Concerto de Natal, realizado na semana do dia de 25 de dezembro. Com essa intensa atividade, incluindo o compromisso com a qualidade musical e com a história, no instante em que investe na recuperação do seu Arquivo Histórico, a OSRP continua cumprindo sua finalidade de divulgação da música sinfônica e apresentando valores artísticos considerando seu distinto público, os sócios e toda a população. Pretendemos que, através dos concertos, a OSRP seja percebida e vivenciada por Ribeirão Preto, que tem nela parte de sua própria história. Os 100 primeiros programas de concertos oficiais da OSRP Os 100 primeiros programas dos concertos oficiais da OSRP abrangem o período entre setembro de 1938 e novembro de 1956. Essa coleção foi organizada em 1988

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por Myriam de Souza Strambi, a pedido do então presidente da OSRP, Dr. Luiz Gaetani, por ocasião das comemorações do jubileu de ouro da orquestra. Alguns programas foram doados por músicos e de outros foram feitas cópias dos originais. Todavia, neles estão impressas informações de personagens relevantes

da história musical e social da cidade de Ribeirão Preto e do Brasil, parte da história da própria OSRP e outros registros como visto nos exemplos a seguir: 1º - 22/09/1938 Primeiro concerto oficial da OSRP em homenagem ao maestro Carlos Gomes, com a presença de sua irmã Joaquina Gomes, que residia em Ribeirão Preto. 2º - 22/11/1938 Concerto em homenagem a Santa Cecília, padroeira da música e dos músicos. 5º - 29/05/1939 Comemoração do primeiro aniversário da Sociedade Musical de Ribeirão Preto, mantenedora da OSRP. 8º - 21/11/1939 Concerto em homenagem ao Dr. Álvaro Figueiredo, secretário da Educação e Saúde Pública e Dr. Dário Dias de Moura, diretor geral do Departamento

de Educação do Estado de São Paulo. 9º - 22/01/1940 Concerto em homenagem ao centenário de nascimento do Dr. Luiz Pereira Barreto. 10º - 29/03/1940 Primeira audição no Brasil da Grande Fantasia sobre o Hino Nacional Brasileiro de Gottschalk. 17º - 30/05/1941 Concerto em benefício às vítimas de inundação do Rio Grande do Sul. 18º - 25/07/1941 Concerto da OSRP sob a regência do maestro Armando Lameira, ex-aluno de Carlos Gomes. 22º - 30/03/1942 Concerto em homenagem ao maestro José Delfino Machado. 25º - 01/02/1943 Concerto dedicado à memória do cônego Dr. Francisco de Assis Barros. 26º - 05/04/1943 Concerto sob a batuta da primeira mulher a reger a OSRP, maestrina Dinorá de Carvalho. 29º - 08/10/1943 Soirée de Gala em Comemoração ao 13º aniversário de inauguração do Theatro Pedro II e de agradecimento à benemérita Companhia Cervejaria Paulista. 30º - 03/12/1943 Concerto em memória de Francisco de Biase. 40º - 08/10/1945 Concerto em homenagem ao 15º aniversário de inauguração do Theatro Pedro II. 44º - 05/07/1946 Concerto dedicado à memória do maestro Pedro Giammarusti. 50º - 08/08/1947 Comemoração do 50º concerto oficial. 51º - 10/10/1947 Concerto em homenagem ao 17º aniversário da inauguração do Theatro Pedro II. 58º - 04/02/1949 Concerto em homenagem póstuma ao Dr. Fábio de Sá Barreto. 61º - 05/08/1949 Concerto em homenagem à D. Sinhá Junqueira. 62º - 07/10/1949 Concerto em comemoração do 1º centenário de morte de Frédéric Chopin. 63º - 02/02/1949 Concerto em homenagem póstuma à Protásio Thomaz de Carvalho. 89º - 24/09/1954 Concerto dedicado à Dra.


As chaves do tempo

O

Evangelina de Carvalho Passig. 92º - 20/05/1955 Concerto em memória do maestro Ignázio Stábile. 98º - 10/08/1956 Concerto em homenagem ao 1º centenário de Ribeirão Preto. Programas de concerto O Arquivo Histórico da OSRP possui grande parte dos programas dos concertos oficiais. S o l i ci tamo s às p e ss o a s q u e possuem programas de concertos antigos, o empréstimo do material para que possamos fazer cópias e, assim, enriquecer nosso acervo. Por Gisele Laura Haddad, mestre em Música pelo Instituto de Artes da Unesp/SP. Formada em Piano Popular pelo Centro de Estudos Musicais Tom Jobim/SP. É professora no curso de Licenciatura Plena em Música da Universidade de Ribeirão Preto/ Unaerp e responsável pela pesquisa, recuperação, limpeza e organização do acervo do Arquivo Histórico da OSRP. arquivohistorico@osrp.org.br

tempo futuro e o tempo passado estão no tempo presente, segundo Eliot. Assim o tempo presente vai escrevendo a história do homem deixando seus registros na memória. Proust reencontrou o tempo perdido ao descobri-lo no sabor de uma xícara de chá. Quem não passou pelos caminhos da reconstrução do seu passado pelos caminhos abertos pelos seus sentidos? Aqueles mesmos sentidos que atraem o tempo futuro para a falsa trivialidade do presente. Quase sempre damos a ele o seu verdadeiro relevo depois de transformado no passado, ao saber que tínhamos nas mãos o imperceptível código do futuro. Pobres profetas, deixamos correr por entre os dedos os dias, as horas e os minutos e com eles as visões de um futuro que insistimos em não vê-lo através das cortinas do passado. A experiência da intertemporalidade da existência está vivamente presa nas paredes do Pedro II e nos sons da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Ali vive a alma de uma cidade e o espírito de seu povo. Numa noite presenciei a maestrina Gianella di Marco, com cinco anos, regendo a nossa extraordinária orquestra. Em outro marco histórico o adolescente Sílvio Robazzi interpretou no piano o Concerto de Grieg sob a batuta do maestro Inácio Stábile. Hélio Gori naquele palco despediuse de sua cidade, cantando o seu Agnus Dei, rumando para Milão. Pudera, o seu vizinho era o maestro Ovídio Ciciarelli, também músico da Sinfônica. Pelas chaves da memória, os sons da Orquestra Sinfônica reconstroem o passado e, com certeza, derrama as luzes do futuro sobre o presente da tão brava e leal cidade de São Sebastião de Ribeirão Preto. A Orquestra, que se renova a cada dia, tem a chave do seu tempo. Tem também a chave do nosso tempo.

Seja patrocinador da OSRP

A Lei Rouanet é um grande incentivo à cultura. A música erudita tem 100% de abatimento no IR. Seja um dos responsáveis pelas nossas notas musicais. Informe-se Ministério da Cultura www.cultura.gov.br Lei 8.313, de 23.12.1991 Lei 8.685, de 20.07.1993 Lei 11.437, de 28.12.2006 Instrução Normativa RFB n. 1.131, de 21.02.2011 Projetos culturais aprovados pelo governo www.cultura.gov.br/ bancodeprojetos

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Sérgio Roxo da Fonseca é procurador de Justiça aposentado do Ministério Público de São Paulo, professor universitário e sócio da OSRP. roxodafonseca@gmail.com

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Circuito Musical

Dia 2/9

46º Festival Música Nova Gilberto Mendes A OSRP se apresenta no 46° Festival Música Nova Gilberto Mendes, a mais antiga e importante mostra internacional de música contemporânea das Américas, no Auditório da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto-USP. Foi o primeiro concerto sinfônico realizado na sala. Este evento é uma parceria do Núcleo de Pesquisa em Performance Musical da FFCLRP-USP com o SESC de São Paulo. Desde 1962 realizado em Santos, por desejo expresso pelo OSRP mantém sua tradição deste a fundação há oito décadas na execução do repertório contemporâneo próprio Gilberto Mendes, Ribeirão Preto passa a sediar o festival a partir compositores locais, entre eles, Lucas master classes com professores e artistas de 2012. Galon, Silvia Berg, Ricciardi, além de brasileiros e estrangeiros. Este festival apresenta concertos composições do próprio Gilberto Mendes, O concerto é regido pelos maestros sinfônicos, de música de câmara e com a apresentação de duas obras suas Rubens Russomanno Ricciardi e Luciano eletroacústicos, além de cursos, palestras, nesta noite, Ponteio (1955) e Issa (2004). Camargo, e traz no programa obras de

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Dia 15/9

Concerto Internacional

Sinfônica de Ribeirão convida o maestro inglês Jonathan Brett para reger o Concerto Internacional de setembro. Brett já regeu várias orquestras e coros no Reino Unido, além de ser o primeiro maestro britânico a reger a Orquestra Filarmônica de Moscou.

Brett recebe o carinho do público e da Sinfônica de Ribeirão

Maestro Jonathan Brett

Solo da clarinetista da OSRP costa-riquenha Krista Helfenberger

O concerto conta com solo da clarinetista costa-riquenha da OSRP Krista Helfenberger. No repertório, Abertura Oberon, de Weber, Concerto para clarineta e orquestra em Lá Maior, de Mozart, e Sinfonia n° 9 – Novo Mundo, de Dvořák. A apresentação arranca um longo aplauso da plateia que faz com que o maestro retorne ao palco para o bis. No final da apresentação, Brett recebe músicos e a diretoria da OSRP no camarim para fotos e agradecimentos. Longo aplauso do público após o bis

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Dia 16/9

Juventude Tem Concerto

Jonathan Brett transmite emoção ao público

A solista Krista Helfenberger toca um trecho da música que a fez optar pelo estudo da clarineta: O Pedro e o Lobo, de Prokofiev

A série Juventude Tem Concerto da Sinfônica de Ribeirão, que foi suspensa no mês de agosto, retoma suas apresentações a partir do mês de setembro. Mesmo sem patrocínio, a diretoria da Sinfônica decidiu retomar a agenda de concertos até dezembro. O projeto está em busca de um novo patrocinador desde o mês de junho de 2012. O Juventude tem 15 anos e é um projeto credenciado junto ao Ministério da Cultura para receber recursos através

da Lei Rouanet de incentivo à cultura. A edição de setembro tem a regência do renomado maestro inglês Jonathan Brett. A orquestra apresenta o mesmo programa da noite anterior, adaptado ao público do domingo: jovens, crianças, estudantes e famílias. O concerto também apresenta solo da clarinetista costa-riquenha Krista Helfenberger, da OSRP. Participam deste concerto a Escola Prof. Roberto Zanuto Desidério, de SertãozinhoSP, que levou 40 alunos, a Escola Alfeu Luiz Gasparini (escola que acolheu o projeto Tocando a Vida da OSRP, no bairro Ipiranga), de Ribeirão Preto, que levou 17 crianças e pais, Projeto Sabiá, de Altinópolis-SP, que levou 12 pessoas, o Hospital Santa Tereza que levou 5 pessoas, sendo 3 pacientes, e a Filarmônica Sesi da ACISSP - Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços, de São Sebastião do Paraíso-MG, que levou 44 pessoas.

Orquestra se entusiasma com a última nota da Sinfonia n° 9 - Novo Mundo de Dvořák

Alunos da escola Prof. Roberto Zanuto Desidério, de Sertãozinho-SP

Plateia lotada no domingo de manhã

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Dia 21 e 22/9

17º Semana de Arte e Cultura USP

Maestro Cláudio Cruz

Dang faz solo de peça de Chopin durante o bis

O maestro Cláudio Cruz, titular da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto durante oito temporadas, esteve à frente da OSRP mais uma vez, agora como convidado. O concerto faz parte da 17ª Semana de Arte e Cultura da USP Ribeirão Preto que acontece no Espaço Cultural Capela USP, com entrada gratuita. O programa conta com os cinco concertos para piano e orquestra, de Beethoven, além da participação do solista vietnamita Dang Thai Son, que se tornou o primeiro pianista asiático a ganhar o mais prestigiado prêmio da história de grandes concursos internacionais de piano, conquistando o 1° lugar no Concurso Chopin de Varsóvia 1980. Dang, grande pianista especializado em Chopin e que já se apresentou com a OSRP em setembro de 2003, estudou ao som das bombas da guerra do Vietnã e teve de fugir com a família de Hanói, onde

Pianista Dang Thai Son

nasceu e começou a estudar piano, para Xuan Phu, uma cidadezinha nas montanhas, quando os bombardeios americanos foram intensificados. Em entrevistas ele conta que era muito difícil chegar ao local porque rodovias e ferrovias estavam destruídas pela guerra. Contou ainda que o piano em que estudava era levado por búfalos e por um barquinho a remo.

Público no Espaço Cultural Capela USP

Orquestra recebe os aplausos da plateia, junto com Dang Thai Son e o maestro Cláudio Cruz

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Oi

APRESENTA

Concertos Internacionais nº 1.242

Programa Regente convidado: Felix Krieger Claude Debussy - Prelúdio à Tarde de um Fauno Igor Stravinsky - Pássaro de Fogo Johannes Brahms - Sinfonia n° 1 em Dó menor op. 68 I – Un poco sostenuto – Allegro II – Andante sostenuto III – Um poco allegretto e grazioso IV – Adagio - Più andante – Allegro non troppo ma con brio – Più allegro

20 de outubro de 2012 | 21h Theatro Pedro II Patrocínio

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Apoio cultural


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Felix Krieger

Regente convidado

Nascido em Freiburgo (Alemanha), iniciou seus estudos de piano na Escola Superior de Música de Freiburgo e se formou em regência na Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo. Atuou por dois anos como assistente de Claudio Abbado na Filarmônica de Berlim. Em 1999, venceu o Concurso de Jovens Maestros de Fiesole (Itália). Aperfeiçoou-se ainda na classe de regência de Carlo Maria Giulini na Escola de Música de Fiesole. Após seus primeiros trabalhos como regente das óperas em Kassel e Bielefeld, atuou entre 2003 e 2006 em mais de 60 apresentações frente à Orquestra Staatskapelle na Ópera Estatal de Berlim (Unter den Linden), onde volta agora na temporada 2012/13 a atuar como regente convidado. Já regeu orquestras como Orquestra Sinfônica Estatal de Atenas, Orquestra Sinfônica Escocesa da BBC, Sinfônica de Bochum, Filarmônica de Bucareste, Sinfônica de Chicago, Orquestra Sinfônica Alemã de Berlim, Orquestra Sinfônica da Rádio de Munique, Filarmônica das Nações, Orquestra Pablo Sarasate de Pamplona, Orquestra de Câmara de Stuttgart, Bach Collegium de Stuttgart e Gächinger Kantorei, SWR/Orquestra Sinfônica de Baden-Baden e Freiburgo, bem como em montagens de óperas na Cidade do Cabo (A Cadela Astuta), Ópera Alemã de Berlim (O Lago dos Cisnes), Ópera de Oslo (Dom Quixote), Ópera Estatal de Stuttgart (João e Maria), Ópera de Chelsea/Londres (Francesca de Rimini, Caçador de Pérolas, Idomeneo). Com mais de 30 títulos operísticos em seu currículo, atua ainda como assistente do Festival de Bayreuth, sendo um profundo conhecedor da obra de Richard Wagner.

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nº 1.243 Programa Regente: Reginaldo Nascimento Participação: Coro Juvenil da OSRP, Coro da Instituição Aparecido Savegnago e Coro do Projeto Tocando a Vida - Núcleo Ipiranga e João Rossi Regente dos coros: Snizhana Drahan Solistas: Bruna Amaral, Tâmisa Lanzarin e Sofia Dragan Pianista: Saimonton Reis A. Nepomuceno - As Uyáras Solista: Bruna Amaral (orquestração Bogdan Dragan)

I. Erod - Viva la musica (arranjo Bogdan Dragan)

G. Rossini - Duetto buffo di due gatti Solistas: Tâmisa Lanzarin e Sofia Dragan Folclore brasileiro - Uirapuru M. Monte - Vilarejo D. Blando - A luz que acende olhar C. Buarque - Roda viva (orquestração Bogdan Dragan)

Igor Stravinsky - Pássaro de Fogo Introdução L’oiseau de feu et sa danse Ronde dês princesses Danse infernale Du roi Kastchei Berceuse

Entrada gratuita 21 de outubro de 2012 | 10h30 Theatro Pedro II Apoio

Realização Ministério da Cultura

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Reginaldo Nascimento Regente

©2012 Ibraim Leão

Iniciou seus estudos na Congregação Cristã no Brasil. Violinista, foi aluno na Oficina Três Rios de Nadilson Gama e Terezinha Schonrenberg. Teve aulas com Silvjie Balaz, Elina Suris e Cláudio Cruz desde 2002. Participou da Orquestra Sinfônica Juvenil do Estado de São Paulo, Orquestra de Câmara do SESC, Orquestra Sinfônica do Estado do Mato Grosso, Orquestra Sinfônica Municipal de Barretos e Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Participou de diversos festivais entre eles o de Curitiba, Prados e do Festival Internacional de Campos do Jordão em 2004 como bolsista, sob orientação dos maestros Cláudio Cruz e Roberto Minczuk. Atuou como solista frente às orquestras já citadas. Como regente foi titular da Orquestra Filarmônica Jovem de Ribeirão Preto entre 2000 e 2002, fundador da Orquestra de Câmara do Conservatório Carlos Gomes de Ribeirão Preto, foi o diretor artístico e regente na gravação do CD “Ecos de uma Vida” com obras dos compositores mineiros Alberto e Renato Frateschi de Uberaba, criador e regente da Orquestra de Câmara de Ribeirão Preto e, desde 2010, é regente-assistente da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Participou da Radom Conductors Academy na Polônia em 2011 como regente ativo e em 2012 participou do master class com Ilona Meskó e a MÀV Symphony Orchestra na Hungria também como regente ativo. Também foi regente-assistente no 42° Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Recebeu orientações do maestro japonês Zen Obara, e atualmente de Cláudio Cruz e Jonathan Brett (Inglaterra). Atualmente cursa o último ano de graduação do Departamento de Música da FFLCRP da USP, de Ribeirão Preto.

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Snizhana Drahan Regente dos coros

Snizhana Drahan é formada em Regência Coral pela Academia Nacional de Música da Ucrânia (1998). Em 1998 e 1999 foi regente e professora de Regência na Faculdade de Música da Universidade de Pedagogia (Ucrânia). Trabalhou como regente do Coral Infantil da Igreja Ortodoxa, com o qual fez turnê pela França, e como regente no Grande Coral Infantil da Fábrica de Aviões Antonov, com o qual fez turnê pela Bulgária. Desde 1999 desenvolve intenso trabalho pedagógico na área de canto e canto coral no Brasil ministrando oficinas de regência e canto na região junto com a Secretaria de Estado da Cultura e Oficina Cândido Portinari. Fundou vários grupos corais que funcionam até os dias de hoje, organizou e participou como cantora de inúmeros recitais e shows. Desde agosto de 2008, coordena a Escola de Canto Coral (ECC) da OSRP, cujos coros adulto e infantil vêm se apresentando no decorrer desses anos no Theatro Pedro II. Em 2007, concluiu o mestrado na área de Musicologia (ECA-USP) e, atualmente, está desenvolvendo a pesquisa na área de voz em nível de doutorado na USP-Ribeirão Preto.

Solistas Juvenis

Tâmisa Lanzarin

Bruna Amaral

Sofia Dragan

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Notas de Concerto

Concertos Internacionais e Juventude Tem Concerto Prélude à l’après-midi d’un Faune

Tradução: Prelúdio à tarde de um Fauno Claude Debussy (1862 – 1918) É muito difícil estabelecermos uma referência para o início da música moderna devido ao fato de que os períodos históricos, principalmente no âmbito das artes, se consolidam de maneira gradual, o que inviabiliza a afirmação precisa em relação sobre qual data, obra ou compositor serviu de ponto de partida para determinada fase. Porém, vários críticos e especialistas na área são confiantes ao afirmarem que o “Prelúdio à tarde de um Fauno”, do compositor francês Claude Debussy, composto entre 1892 e 1894, serve perfeitamente como marco da música moderna. É importante salientarmos que a ideia do moderno tem a ver com um conjunto de características estilísticas inerentes à obra que permitem a ela entrar em divergência com as práticas e modelos imediatamente anteriores, o que, aliás, é muito bem representado pelo “Prelúdio”, de Debussy. Essa obra é paradigmática em vários aspectos, como a libertação do sistema diatônico – maior e menor – que serviu de base para praticamente todas as obras ocidentais compostas a partir do século XVII, o que não quer dizer que ela seja atonal, mas que não segue tão rigorosamente as regras do sistema tonal como se fossem modelos imperativos e imutáveis. Em vários momentos, Debussy provoca uma ambiguidade em relação às regiões tonais, fazendo com que o ouvinte se surpreenda com os caminhos inesperados tomados pela música, cuja narrativa obedece a um fluxo espontâneo, como se fossem imagens que se projetam de um devaneio. Essa ideia corrobora diretamente com o enredo utilizado como inspiração da obra: um poema do escritor francês Stéphane Mallarmé (1842 – 1898) que retrata um Fauno – figura da mitologia greco-romana, um semideus meio humano, meio bode – que toca sua flauta por entre bosques no intuito de cortejar as ninfas – na mitologia grega, deusas femininas de diversas ordens naturais –, as quais o desprezam. Exausto de suas investidas sem sucesso, o Fauno então adormece e passa

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a ter sonhos com as ninfas, onde, então, consegue persuadi-las e conquistá-las. Tendo esse contexto como base, a música de Debussy faz referências diretas à figura do Fauno que, com sua flauta, emana sedução. A atmosfera onírica é conseguida através da imensa gama de cores provenientes da orquestração, ora mais sutil, ora mais vibrante, como em um quadro de Monet, que sugere uma cena de forma convincente, sem, no entanto, detalhá-la. Outro aspecto inovador, que foi de suma importância para os demais compositores do período modernista, reside na forma musical da obra. O Prelúdio possui uma forma espontânea, instintiva, quase que como em um improviso. O tema principal apresentado no início pela flauta – em alusão ao Fauno – aparece por toda a obra, em suas mais diversas variações, seja fragmentado ou em meios a ornamentos fugidios, como se o personagem surgisse vez ou outra em meio às cenas evocadas pela orquestra, atuando como elemento unificador, isto é, que garante o sentido e a coerência da peça. Com isso, temos um grande dinamismo de eventos sonoros distintos que surpreendem nossa audição de forma constante, mas sem que haja perda na identidade da obra como um todo. A sensação de espontaneidade também é proveniente das oscilações de andamentos e irregularidades rítmicas; uma forma tratada da maneira tradicional exigiria um ritmo mais regular e homogêneo para que não comprometesse a parte melódica e harmônica, porém, aqui, Debussy consegue um pleno equilíbrio entre todos esses elementos, ao mesmo tempo em que desenraiza sutil e significativamente sua obra dos padrões estabelecidos até então pela prática da tradição austro-germânica. Por esses e tantos outros quesitos, podemos dizer que o “Prelúdio à tarde de um Fauno” dá as boas-vindas para o início da música moderna.

Pássaro de Fogo Igor Stravinsky (1882 – 1971) Assim como o “Prelúdio à tarde de um Fauno” de Debussy, o “Pássaro de Fogo”

de Stravinsky também se inspira em uma história, desta vez, uma lenda russa adaptada para o balé por Michel Fokine (1880 – 1942), um respeitado bailarino e diretor de coreografia da época, com quem Stravinsky viria a trabalhar posteriormente em outras obras. O enredo da lenda conta a história de Ivan, o herói que durante um passeio noturno num bosque pertencente ao reino mágico de Katschei, “O Imortal”, encontra o pássaro de fogo, criatura de grande poderio mágico, que então comia maçãs douradas das árvores prateadas do reino. Ivan consegue aprisionar a criatura mágica, mas não hesita em libertá-la em troca de uma de suas plumas encantadas que lhe provê proteção mágica. No dia seguinte, Ivan se depara com 13 princesas que saíam do castelo da temível criatura imortal, Katschei, e se apaixona por uma delas, de nome Tsarevna. Ivan consegue adentrar no castelo, e Katschei tenta transformá-lo em pedra, porém, sem sucesso graças à proteção mágica do pássaro de fogo. Durante a batalha, a mágica do pássaro faz com que Ivan vença, o castelo desapareça e as princesas sejam libertadas, o que permite Tsarevna se casar com Ivan, o herói da história. Vemos, nessa síntese do enredo, que se trata de um típico conto de fadas, o que permite à Stravinsky evocar imagens e personagens que representem musicalmente essa história cheia de magia, fantasia e mistério. Da mesma maneira que o “Prelúdio” de Debussy, essa obra de Stravinsky também apresenta aspectos inovadores para a corrente da música moderna. Enquanto a obra de Debussy ampliava as possibilidades da forma musical, Stravinsky levava ao extremo as questões harmônicas. Isso não quer dizer que a obra de Debussy não contribuísse nesse sentido, mas com “Pássaro de Fogo” Stravinsky preparou o caminho para uma das obras mais importantes do período moderno: “A Sagração da Primavera”, de 1913, que renovou significativamente o conceito de ritmo e harmônica na música. Embora o “Pássaro de Fogo” não possua elementos tão paradigmáticos quanto “A Sagração da Primavera”, já apresenta traços


nítidos da postura que Stravinsky iria assumir em suas obras posteriores, incluindo a própria “Sagração”, como o emprego de escalas e intervalos poucos convencionais, com inserções de “notas estranhas à harmonia”, o que dá um tom lúgubre à obra, colaborando para o ambiente de manifestação das criaturas mágicas e do temível Katschei, enquanto que em passagens de caráter mais ameno, como nos momentos de carinho entre Ivan e Tsarevna, ele opta por uma instrumentação mais colorida, dignas do vocabulário de Rimsky-Korsakov (1844 - 1908), respeitado compositor russo do período nacionalista romântico de quem Stravinsky foi discípulo. Outro ponto a ser destacado nessa obra é a complexidade harmônica que possibilitou a Stravinsky experimentar combinações exóticas de timbres, com mesclas não muito convencionais de sons, onde, por diversas vezes, instrumentos diferentes compartilham da mesma linha melódica sem que a fluidez seja comprometida.

Sinfonia Nº 1 em Dó menor, Op. 68 Johannes Brahms (1833 – 1897) Pode parecer um tanto quanto curioso ao pensarmos no fato de que Brahms só ousou compor sua primeira sinfonia em meados de seus 43 anos, e que esta mesma obra demorou 15 anos para ser concluída. O motivo não estava propriamente em Brahms, mas em outro compositor cujo legado é um dos mais monumentais e geniais de toda a história da música: Ludwig van Beethoven (1770 – 1827). A pergunta que fazia com que Brahms reconsiderasse a possibilidade de se empenhar na composição de uma sinfonia era: “Como continuar com o legado sinfônico deixado por Beethoven?”, sobretudo, após a sua magistral sinfonia de número nove – a famosa Nona Sinfonia que elevou o gênero em suas mais altas possibilidades musicais, tanto em relação à forma, vocabulário harmônico, concepção rítmica e orquestração. Houve uma lacuna bastante expressiva referente à composição de sinfonias mais significativas entre o período da Nona de Beethoven e a Primeira de Brahms, pois os demais compositores também eram tomados pela mesma preocupação. Obviamente, alguns compositores não se deixaram abater por tal responsabilidade de superar ou continuar com o legado

de Beethoven, e compuseram sinfonias, mesmo que elas não agregassem nada de novo à história do repertório sinfônico. Antes de se aventurar na sua primeira sinfonia, Brahms fez uma série de experimentações temáticas em sonatas para piano, explorando ao máximo a ideia de desenvolvimento temático e variações expandidas, o que lhe forneceu um maior controle de formas de maiores amplitudes. Somente em 1876, após 15 anos de esboços e estudos sistemáticos, Brahms consagraria seu nome na tradição das sinfonias, com a sua primeira em dó menor, Op. 68. A sua estreia foi um sucesso e, como já era de se esperar, as comparações com Beethoven não demoraram a aparecer. Brahms era tradicionalista na questão das fórmulas e estruturas clássicas as quais eram constantemente mescladas com contrapontos de grande complexidade, fruto de estudos das obras dos grandes mestres do barroco tardio como J. S. Bach (1685 – 1750), tudo isso, claro, entrelaçado com uma linguagem romântica de alta densidade dramática, típica de Brahms. O compositor, pianista e maestro alemão Hans von Büllow (1830 – 1894) chegou a chamar a Sinfonia Nº 1 de Brahms de “a 10ª de Beethoven”, já que as semelhanças entre ambas eram inegáveis. Brahms não era tão rígido em relação às formas musicais, pelo contrário, constantemente experimentava possibilidades cada vez mais ousadas, e diferentemente de Beethoven, não fazia uso do Scherzo – palavra que significa “brincando” – em sua concepção sinfônica. Sua primeira sinfonia é constituída de quatro movimentos. O primeiro deles – un poco sostenuto / Allegro – é uma sonata, forma esta bastante difundida na era clássica, onde um tema principal que geralmente é apresentado no início vai se desenvolvendo ao longo do movimento e, posteriormente, é reapresentado. Possui uma introdução brilhante, acompanhada marcadamente pelo tímpano, a qual foi anexada somente após a conclusão da sinfonia. Assim que a introdução termina com frases feitas pelo oboé e o violoncelo, o tema da sonata é então apresentado. É um movimento de muita densidade sonora, com grande carga de tensões harmônicas. Da mesma maneira que Beethoven, Brahms usa um movimento lento entre seções mais movimentadas para renovar a ambiência da

obra, como acontece com o segundo movimento – Andante sostenuto – que aparece exatamente para aliviar ou dissolver todo acúmulo de tensão proveniente do primeiro movimento. Agora o caráter é lírico e contemplativo, e sua estrutura ternária, ou seja, A-B-A, onde cada letra representa uma seção diferente, com o último “A” sutilmente alterado em relação ao primeiro, e se encerra com uma coda, que nada mais é do que um prolongamento utilizado pelo compositor para encerrar o movimento. O terceiro movimento – Un poco allegreto e grazioso – possui um perfil mais suave em relação ao primeiro. Trata-se de uma forma ternária que pode ser descrita como Allegreto – Trio – e retorno ao Allegreto. O tema é apresentado logo no início pelos instrumentos de sopro, e evoca uma paisagem terna e doce como uma brisa. O Trio é levemente mais agitado e se situa na parte central do movimento, cujo tema mais gracioso e alegre é apresentado por três instrumentos – daí o nome Trio –, sendo eles a flauta, oboé e fagote. Em seguida há uma mudança notável na ambiência, saindo de uma euforia provocada pelo Trio, e voltando à sutileza do Allegreto, com qual termina o movimento. O quarto e último movimento – Adagio – Piú andante – Allegro non troppo, ma con brio – se inicia com uma introdução lenta, com um caráter bastante obscuro realçado pela orquestração mais opaca e nebulosa. Na seção em que o Piú Andante começa, somos surpreendidos por uma melodia bucólica, cujo timbre aveludado da trompa enfatiza o seu caráter pastoral, quase religioso. Na última seção, Allegro non troppo, ma con brio, podemos notar a força, impetuosidade e energia do espírito de Beethoven agindo sobre Brahms, tanto no tratamento orquestral quanto na impulsividade quase irreprimível que conduz a obra para seu final arrebatador.

Por Dario Rodrigues Silva, graduando do curso de Música, bacharel em Piano, da USP-Ribeirão. Além das atividades de intérprete-pianista, atua como pesquisador (bolsista PIBIC/CNPq) na área de performance e práticas interpretativas, com foco nas obras pós-modernas para piano do compositor brasileiro Almeida Prado.

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Compositores de Ribeirão Preto de todos os tempos 44ª Temporada de Música de Câmara

nº 1.244 Programa Regentes convidados: Rubens Ricciardi, José Gustavo, Reginaldo Nascimento, Lucas Galon e Cris Emboaba Belmácio Pousa Godinho (1892-1980) - Hymno do Commercial Football Club (1920) (orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi, a partir do arranjo de Gilberto Gagliardi)

Spartaco Rossi (1910-1993) - Canção do expedicionário (1944) Edmundo Russomanno (1893-1963) - Primavera - fantasia para clarineta e orquestra (1929) Solista: Igor Picchi Toledo (clarineta)

Ignázio Stábile (1889-1955) - Canção Mouresca Maneco Silva (1896-1964) - Maria de Lourdes - valsa (orquestração de Fernando Emboaba)

Max Bartsch (1888-1970) - Fado (orquestração de Fernando Emboaba)

José Delfino Machado - Zé da Gaita

(orquestração de Lucas Eduardo da Silva Galon)

Homero de Sá Barreto (1884-1924) - Romance (orquestração de Lucas Eduardo da Silva Galon) Solista: Jonathas Silva (violoncelo)

José Gustavo Julião de Camargo (*1961) - Velas e Vagalumes (2011) Solista: Igor Picchi Toleo (saxofone)

Lucas Eduardo da Silva Galon (*1980) - Tango Episódico (2008) Silvia Maria Pires Cabrera Berg (*1958) - Malabares (2010) Rubens Russomanno Ricciardi (*1964) - Viva Gramsci (1986)

30 de outubro de 2012 | 20h30 Theatro Pedro II Apoio

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Realização


Rubens Ricciardi Regente convidado

Professor titular do Departamento de Música da FFCLRP-USP (coordenador científico do Núcleo de Apoio à Pesquisa do Laboratório de Ciências da Performance contemplado pelo Programa de Incentivo à Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP). Formação: aluno de Olivier Toni (desde 1979). Graduado (Licenciatura) em Música pela ECA-USP de São Paulo (1982-1985) - aluno de Gilberto Mendes e Stephen Hartke (composição). Especialização em Musicologia pela Universidade Humboldt de Berlim (1987-1991), sob orientação de Günter Mayer. Títulos: Mestrado em Estética Musical sobre Hanns Eisler (1995), Doutorado em Musicologia Histórica sobre Manuel Dias de Oliveira (2000), Livre-docência em Composição e Linguagem Musical (2003) e Professor Titular em Práticas Interpretativas (Regência e Instrumento) (2006) pela USP. Áreas de atuação: Composição (poiesis musical), Musicologia (theoria musical) e Interpretação/Performance (práxis musical). Linhas de Pesquisa: 1) Filosofia da Música e 2) Música Brasileira: história, interpretação-execução, processos composicionais e editoriais. Professor de Teoria Musical e Interpretação/Performance (Orquestra). Fundador e diretor artístico do Ensemble Mentemanuque voltado à música contemporânea (desde 1993), do Madrigal Ademus (desde 2002) e da USP-Filarmônica (desde 2011, com 30 bolsas de alunos de graduação pelas pró-reitorias da USP de Cultura e Graduação). Diretor artístico do 46º Festival Música Nova Gilberto Mendes (a partir de 2012) em parceria com o SESC-SP.

José Gustavo Regente convidado

Natural de Vista Alegre do Alto - SP, o compositor e maestro José Gustavo Julião de Camargo (*1961) iniciou seus estudos musicais em 1978, em Ribeirão Preto, com Mario Nacarato e Cristina Emboaba. Como instrumentista (clarineta e clarone), atuou na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas - SP, Orquestra Jovem de Campinas e no Modern Popcorn Musical Group, de Campinas (de 1983 a 1986). Formou-se (1986) em composição e regência pela UNICAMP, onde foi aluno de composição de Almeida Prado, Damiano Cozzella e Raul do Valle, e de regência, de Benito Juarez, Moacir del Picchia e Henrique Gregori, dentre outros. Como diretor musical e arranjador do coro cênico “Bossa Nossa” de Ribeirão Preto (de 1991 a 2008) desenvolveu intensa atividade no Brasil e no exterior (Itália e Grécia), com espetáculos como Conversa de botequim (1995),bossa@usp.br (1997), 500 e tantas histórias... (2000, 2001, 2002 e 2004) e O boi caipira (2006). Já atuou como professor visitante em diversas escolas de música e conservatórios na Itália (Faenza, Ferrara, Cosenza, Perugia e Campobasso). É compositor de obras para teatro, vocal e instrumental, coral e sinfônico. Destacam-se ainda a cantata Ode a Zumbi, comandante guerreiro, para coro e orquestra; a ópera Café – em três atos, para coro e orquestra, esta última com libreto de Mário de Andrade, e, estreado recentemente, o Concerto para viola caipira e orquestra. Desde 1988, é orientador de estruturação musical da USP, Campus de Ribeirão Preto. Atua ainda como coordenador e regente do Projeto BANDUSP da Seção de Atividades Culturais da PUSP em parceria com o Nap-CIPEM (Núcleo de Pesquisa em Ciências da Performance em Música da FFCLRP-USP), maestro assistente da USP-Filarmônica e maestro da Banda Municipal de Sertãozinho - SP.

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©João Flávio de Almeida

Lucas Galon

Regente convidado O jovem compositor ribeirãopretano é graduado pela USP de Ribeirão Preto, com prêmio de honra ao mérito por ter sido o melhor aluno de sua turma (2006). Concluiu mestrado em 2010 pela ECA-USP, sob orientação de Rubens Ricciardi. Desde 2007 atua como compositor, professor e coordenador pedagógico nos projetos de educação musical da OSRP. Atualmente é professor na faculdade de música da UNAERP, e cursa o doutorado pela ECA-USP em São Paulo, sob orientação de Rodolfo Coelho de Souza. Obras suas têm sido executadas em importantes eventos, caso do recente 46ª Festival Música Nova, onde atuou também como regente.

Cristina Emboaba Regente convidada

Graduada no curso de Bacharel em Regência pela Unicamp, Universidade Estadual de Campinas - SP, teve como professores de regência Henrique Gregori, Benito Juarez e Moacir del Picchia, e professores de composição Almeida Prado, Damiano Cozzela e Raul do Vale. É mestre pelo Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes Universidade de São Paulo, sob orientação do professor Rodolfo Coelho de Souza e doutoranda em Musicologia pela mesma universidade sob a orientação do professor Rubens Ricciardi. Atuou como regente de vários grupos corais de instituições públicas e privadas de Ribeirão Preto, com alguns realizou turnês artísticas na Grécia e Itália. É regente dos corais da Universidade Estadual Paulista - UNESP nas cidades de Franca – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, e de Jaboticabal - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias desde 2003. É regente convidada do “Madrigal Ademus” do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto desde 2007, com quem vem desenvolvendo parceria com os Corais da UNESP.

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Ficha Técnica Presidente Décio Agostinho Gonzalez 1° Vice-presidente Dulce Neves 2° Vice-presidente Silvio Contart Gestora Mariangela Quartim Diretor Artístico: Rubens Ricciardi Regente-assistente Reginaldo Nascimento

TROMBONES Ricardo Pacheco°° José Maria Lopes

VIOLINOS I Denis Usov° Petar Vassilev Krastanov Anderson Oliveira Giliard Tavares Reis Anderson Castaldi Jonas Mafra Robert Edgar da Cruz Moraes

TUBA Adilson Trindade de Avila

VIOLINOS II Marcio do Santos Gomes Júnior°° Ilia Iliev Mariya Mihaylova Krastanova Eduardo Felipe C. de Oliveira José Roberto Ramella Hugo Novaes Querino VIOLAS Willian Rodrigues°° Guilherme Pereira Daniel Fernandes Mendes Adriel Vieira Damasceno** Michele da Silva Picasso** Rossini Rocha da Silva** VIOLONCELOS Jonathas da Silva°° Silvana Rangel Ladson Bruno Mendes Svetla Nikolova Ilieva Thieres Luiz Brandini Mônica Picaço** CONTRABAIXOS Marcio Pinheiro Maia°° Vinícius Porfírio Ferreira Walter de Fátima Ferreira Lincoln Reuel Mendes Renata Soares Cáceres* FLAUTAS Sérgio Francisco Cerri°° Riane Benedini OBOÉS Lucas Emanuel Pinheiro Moreira CLARINETAS Krista Helfenberger Muñoz°° Bogdan Dragan FAGOTES Lamartine Tavares°° Denise Guedes de Oliveira Carneiro TROMPAS°° Edgar Fernandes Ribeiro Carlos Oliveira Portela** Moises Henrique da Silva Alves** TROMPETES André de Souza Pinto°° Natanael Tomás da Silva

TROMBONE BAIXO Paulo Roberto Pereira Junior

TÍMPANOS Luiz Fernando Teixeira Junior°° PERCUSSÃO Kleber Felipe Tertuliano** Walison Lenon de Oliveira Souza** Carolina Raany* DEPTO. PRODUÇÃO Juliana Mengatto - assistente de produção Julia Quartim - assistente de produção José Maria Lopes - inspetor Leandro Pardinho - arquivo musical Elvis Nogueira - equipe técnica Ricardo Rosa Batista - equipe técnica DEPTO. ADMINISTRATIVO / FINANCEIRO José A. Francisco - assistente administrativo Francisco Evangelista - assistente financeiro Rosana Araujo - assistente financeiro DEPTO. DE SÓCIOS E PATRONOS Gerusa Olivia Basso ARQUIVO HISTÓRICO Gisele Haddad ASSESSORIA DE IMPRENSA Blanche Amancio Daniela Antunes Bruna Zanuto - diagramadora ° Spalla °° Chefe de naipe * Estagiário ** Trainee *** Convidado

Convidados do mês de setembro*** Alexandre Rosa – flauta (2/9) Daniel Selli – violino (2/9) Dimas C. A. da Costa – violino (2, 15 e 16/9) Eliana Sulpicio – percussão (2/9) Fabio Mai Baldo – violino (2, 15 e 16/9) Igor Picchi Toledo – clarineta (2/9) Joaquim Meira S. Neto – saxofone (2/9) Miton Fernando Bergo – violino (2/9) Nadabe Tomás da Silva – trompa (2, 15 e 16/9) Paulo Simões Filho – violino (15, 16, 21 e 22/9) Reinaldo W. dos Anjos - clarineta (15 e 16/9) Roberta Benjamim – oboé (15, 16, 21 e 22/9) Rodrigo Rangel Muller – oboé (2/9) Rodrigo Vasques Leite – violino (15 e 16/9) Saimonton Ribeiro dos Reis – teclado (2/9) Talita Capra – oboé (2/9)

Patronos e Patrocinadores Ambient Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto Astec - Contabilidade Augusto Martinez Perez Banco Ribeirão Preto S/A Brasil Salomão & Matthes S/C Advocacia Caldema Cia. Bebidas Ipiranga Colégio Brasil Construtora Said Editora Atlas S/A Estacionamento StopPark Espaço Uomo Fundação Waldemar Barnsley Pessoa Grupo WTB Hospital São Francisco Sociedade Ltda. Hotel Nacional Inn Interunion Itograss Agrícola Alta Mogiana Ltda. Jornal A Cidade Matrix Print Maurílio Biagi Filho e Vera Lucia de Amorim Biagi Maubisa Mesquita Ribeiro Advogados Molyplast Com. Imp. e Exp. Ltda. OHL Brasil Price Auditoria Proservices Informática RibeirãoShopping Riberball San Bruno’S Roticerie Doceria Santa Helena Industria de Alimentos S/A São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Savegnago Supermercado Ltda. UNISEB COC Stream Palace Hotel Usina Alta Mogiana S.A. - Açúcar e Álcool Usina Batatais S/A Açúcar e Álcool Usina Moreno Usina Santo Antonio Usina São Francisco Vila do Ipê Empreendimentos Ltda 35


Apoio

Realização

Ministério da Cultura Associação Musical de Ribeirão Preto

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