Revista Sesvesp - Ed. 110

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REVISTA

SESVESP Ano XV • Nº 110 • novembro / dezembro 2012

Adicional de Periculosidade necessita de regulamentação

VEJA TAMBÉM: Escolas de Formação discutem novas regras Agenda de Negócios na Inglaterra e Canadá Segurança Privada declara seu apoio ao Major Olímpio



EDITORIAL

Insensatez no caminho da segurança privada

N

um País amedrontado pela violência crescente, é de se esperar que todos os esforços sejam empreendidos para oferecer alguma segurança aos cidadãos, ao contrário do que ocorre hoje. A segurança privada é parte importante dessa cruzada. Não se pode descartá-la. De outro lado, o setor tem um papel importante na geração de empregos e contribui para o desenvolvimento da Nação ao cumprir com todas as obrigações impostas pela legislação.

José Adir Loiola Presidente do SESVESP

Tudo contribui para tumultuar a vida das empresas, como a irracionalidade das leis, das normas e da jurisprudência que inventam regras descabidas, como as recentes súmulas do TST”

O segmento vinha expandindo seus serviços nesse ambiente de negócios, com enorme potencial de crescimento. Então, duas medidas marcadas pelo anacronismo brasileiro ou pela pura demagogia ameaçam não só impedir o crescimento das empresas, mas garrotear a atividade e limitar a sua ação pela segurança. A primeira impõe o pagamento de um adicional de periculosidade de 30% aos trabalhadores, de uma só vez. Como se, em qualquer ramo, as empresas pudessem suportar aumento dessa natureza. Como se verá, há alternativas para atenuar a carga pesada. Outra medida que atormenta os empresários de segurança é a Súmula 444 do Tribunal Superior do Trabalho. Ao reconhecer a escala de 12 horas de trabalho por 36 de descanso (12x36), acrescentou oito palavras que só promoveram o caos: “...assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados”. Ora, nesse tipo de escala de trabalho os feriados e finais de semana já são compensados nas horas de descanso. A súmula do TST desconhece os acordos coletivos de trabalho, a própria jurisprudência que reconhecia essa tradição e, ao fim, só faz aumentar a insegurança jurídica no País. O entendimento dominante no âmbito do TST é o de que o trabalho realizado em sistema de compensação de jornada de 12x36

desobriga o empregador de remunerar em dobro domingos e feriados, uma vez que já contempla o descanso regularmente concedido. Esse regime, e está bem claro, resulta na concessão de repousos semanais superiores ao previsto em lei para a jornada normal. Tudo contribui para tumultuar a vida das empresas, como a irracionalidade das leis, das normas e da jurisprudência que inventam regras descabidas, como as recentes súmulas do TST. Isso cria passivos colossais, imprevisíveis, desestimulando o investimento e a geração de emprego. A camisa de força no nosso setor apertou ainda mais com a sanção presidencial da Lei 1033/03, que prevê o adicional de periculosidade de 30% sobre o salário do vigilante. Temos consciência de que esse benefício é um direito dos profissionais em razão dos riscos de seu trabalho. Mas, infelizmente, é um caso clássico de fazer demagogia com o bolso alheio. Os autores da proposta ignoraram o lado dramático de suas benesses, uma vez que o impacto da medida na folha de pagamento poderá resultar em demissões e fechamento de empresas. Outra consequência cruel para os contribuintes: para os governos federal, estaduais e municipais, o impacto anual será de R$ 2,326 bilhões com o aumento dos preços nos contratos dos serviços de segurança privada. Faltou bom senso para conceder o adicional de forma gradual, como vínhamos propondo. O Tribunal Superior do Trabalho precisa repensar o poder de destruição de empresas embutido em sua Súmula a respeito da jornada 12x36. E o Ministério do Trabalho, ao regulamentar a lei do adicional, também deve refletir sobre as desastrosas consequências. Afinal, nossa vocação é o trabalho a favor do País dentro dos limites impostos à segurança privada. Mas é muito difícil caminhar nessas trilhas cheias de cascas de banana jogadas ali justamente pelos três poderes da República.

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SUMÁRIO Evento

Regional de São José dos Campos 8 Delegacia reúne empresários e amigos em almoço

10

Evento

de Periculosidade necessita de 10 Adicional regulamentação

16 Laboral Sindivigilância Bauru cria Clube dos Vigilantes 18 Tecnologia Futuro Não Letal 20 Evento Escolas de Formação de Vigilantes discutem novas regras em encontro nacional

23 Representatividade SESVESP completa 25 anos de existência Notícias

26 Agenda de Negócios na Inglaterra e no Canadá

20

Notícias Segurança Privada declara seu apoio ao

27 Major Olímpio 29

Portaria Novas formas de comunicação entre as empresas de segurança privada e seus veículos Artigo

29

37 Como Evitar a Espionagem Corporativa 38

Artigo Intraempreendedorismo: como desenvolver a cultura do dono Artigo

obstáculos ao empreendedor: a volta da 39 Novos inflação e o aumento dos salários

40 Evento SESVESP realiza curso sobre Balanced Scorecard

em revista

2

Rumos da Segurança Privada no Brasil

6

Curso de Aperfeiçoamento em Gestão e Controle da Segurança Privada

Seções

Editorial........................................................ 3 Cursos........................................................... 6 SEMEESP..................................................... 24 Notícias...................................................... 25 Certificados CRS e ISO................................ 31 CEBRASSE.................................................... 36 ABSEG.......................................................... 42 Agenda........................................................ 44 Sorria.......................................................... 45 Expediente.................................................. 46


Campanha de Valorização do Vigilante Assista ao filme O Vigilante, ação central da campanha que visa valorizar esse importante profissional.

24

O filme está disponível no site do SESVESP, e no Youtube. Seus vigilantes já assistiram? Divulgue em seu site e faça parte dessa ação de reconhecimento! Conte para nós as suas ações em prol da Campanha para divulgarmos na Revista SESVESP. E-mail: aci@sesvesp.com.br E-mail: aci@sesvesp.com.br |5|

REVISTA SESVESP | JANEIRO / FEVEREIRO 2011

março/abril 2011

Revista SESVESP


As inscrições deverão ser feitas no www.sesvesp.com.br ou pelo email: decom@sesvesp.com.br

CURSOS

Programação de cursos realizados pelo Sesvesp DIA

LOCAL

HORÁRIO TEMA

INSTRUTOR FEVEREIRO

22

São Paulo

9 às 18 hs

Sistemas de Alarmes na Segurança Patrimonial

Marcy C. Verde

28

Campinas

9 às 18 hs

Sistemas de Alarmes na Segurança Patrimonial

Marcy C. Verde

MARÇO

7

São Paulo

9 às 18 hs

Como Desenvolver Segurança em Condomínio

Marcy C. Verde

15

São Paulo

9 às 18 hs

Os Passos Importantes p/Monitoramento por Vídeo

Celso Calazans

19

S.J. Campos

9 às 18 hs

Como Desenvolver Segurança em Condomínio

Marcy C. Verde

21

Santos

9 às 18 hs

Os Passos Importantes p/Monitoramento por Vídeo

Celso Calazans

26

Bauru

9 às 18 hs

Planejamento Estratégico de Segurança

Maurício de Faria

ABRIL

2 4

Bauru

9 às 18 hs

Atitude Empreendedora em Vendas Técnicas, de Serv e Segurança Ricardo Fera

São Paulo

9 às 18 hs

Barreiras Físicas na Segurança Patrimonial

Marcy C. Verde

11

São Carlos

9 às 18 hs

PNL - Programação Neurolinguística na Prática

Roberto Costa

12

Campinas

9 às 18 hs

Planejamento Estratégico de Segurança

Maurício de Faria

23

S.J.Campos

9 às 18 hs

O Poder da Equipe de Alta Performance

Ricardo Fera

23

ABC

9 às 18 hs

Dir. Preventiva - Acidentes ou Situações Evitáveis

Sérgio Berti

Visando incentivar a participação das empresas associadas nos cursos e treinamentos oferecidos pelo SESVESP, informamos que o valor da inscrição será estabelecido conforme o número de participantes da mesma empresa, na seguinte proporção: Empresas associadas (adimplentes): de 1 a 2 participantes R$ 52,90 (cada) de 3 a 4 participantes R$ 42,32 (cada) mais de 5 participantes R$ 31,74 (cada)

Associados à ABSEG: R$ 100,00 (cada)

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Empresas não associadas: R$ 158,70 (cada) Empresas fora do segmento:

R$ 317,41 (cada)

Obs.: A presente programação pode ser alterada por motivo de força maior ou adequação às necessidades do SESVESP


Programação de cursos realizados pelo Sesvesp DIA

LOCAL

HORÁRIO TEMA

INSTRUTOR JUNHO

SETEMBRO

Revista Guarulhos


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EVENTO

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Delegacia Regional de São José dos Campos reúne empresários e amigos em almoço

N

o último dia 23 de novembro passado, a Delegacia Regional de São José dos Campos realizou uma confraternização entre os empresários da região, a Diretoria do SESVESP e a Polícia Federal. A união de esforços entre empresariado, autoridades locais, Polícia Federal e clientes traz um ambiente favorável à realização de excelentes serviços. A troca de informações, de experiências e o estreitamento dos relacionamentos precisa ser incentivada e o almoço da Delegacia Regional de São José dos Campos colaborou nesse sentido.

Sidney Tinoco (Muralha), Tânia de Souza (Engeseg), José Adir Loiola (Pres. do SESVESP), Félix Maia (Del. Reg. do SESVESP em S.J. Campos), Ceneval Cabral, João Palhuca (vice-pres do SESVESP) e convidado

Félix Maia; Pres. Loiola e Gilberto Sacillotti (Segvap)

Felix Maia e associado

Pres. Loiola fala aos presentes

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25

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0

Convidados, Henrique Vicente Filho, Sérgio Guaraciaba de Oliveira (Engeseg), Tânia de Souza, e convidados

Felix Maia, Ceneval Cabral e convidados

Pres. Loiola, Felix Maia, e João Palhuca

Felix Maia, e convidados

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CONTRATE SEGURANÇA COM QUALIDADE Consulte o SESVESP O Sesvesp, órgão oficial do segmento, recomenda que sejam contratadas Empresas de Segurança que apresentem a documentação necessária para sua plena regularização junto ao Ministério da Justiça. As empresas filiadas ao Sesvesp buscam cada vez mais qualidade e responsabilidade como, por exemplo, a obtenção da Certificação CRS - Certificado de Regularidade em Segurança. O objetivo do Sesvesp é proporcionar aos associados todo o suporte necessário, oferecendo cursos e palestras, além de orientação jurídica, treinamentos e reciclagens, para que possamos oferecer ao mercado Empresas de Segurança com Qualidade.

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Atividade controlada pela Polícia Federal Tel. Delesp-SP (11) 3538-5457

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www.sesvesp.com.br janeiro / fevereiro 2012

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Primeiro Sindicato a obter a Certificação ISO 9000

Tel/Fax: (0xx11) 3858-7360


DESTAQUE

Adicional de Periculosidade necessita de regulamentação Pagamento do benefício gera um inédito embate jurídico entre entidades laborais e patronais

E

m 10 de dezembro passado, foi publicada no Diário Oficial da união, a Lei 12740/12, que altera o artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, modificando o conceito das atividades e operações consideradas perigosas. A redação anterior previa que tais atividades implicavam o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado, limitando-se a tais condições. De acordo com o novo texto, as atividades ou operações perigosas são as que apresentam risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador aos inflamáveis, explosivos ou energia elétrica, e em roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. O texto entrou em vigor na data de sua publicação, mas a falta de regulamentação impede sua aplicação. Geralmente, a regulamentação é publicada junto com a Lei, ou logo depois, o que não aconteceu, ocasionando toda a confusão no mercado. Na verdade, esse é um pleito antigo da categoria dos vigilantes, que sempre entendeu ser essa uma profissão sujeita a perigos extremos. Desde alguns anos, inclusive, Revista SESVESP

o SESVESP por deliberação própria e em consonância com seus propósitos de mitigar essa questão tem incluído em suas convenções coletivas porcentagens de 35 ao ano, a título de Risco de Vida tendo pago nos últimos cinco anos, 18% dos 30% estipulados pela recente lei restando 12% para completar a exigência legal. A questão nem mais se atém se os profissionais devem ou não receber tal benefício, e é importante ressaltar que as empresas de segurança privada não estão se negando a oferecê-lo. Para as empresas, além da questão da responsabilidade social envolvida, quanto melhores forem as condições de trabalho de seus funcionários, mais satisfeitos os clientes finais ficarão. Porém, a forma de conceder essa majoração nos custos e nos salários – de uma única vez – é a grande questão. O próprio texto da lei diz que a forma do cumprimento das obrigações previstas necessita de regulamentação. Ou seja, o benefício é, sim, devido; mas é necessário verificar de que forma isso será feito. O problema é claro: para atuarem, as empresas sofrem uma carga tributária absurda, além dos encargos trabalhistas e uma série de taxas impostas pelo próprio Governo. Sofrem pesadas

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multas caso seus profissionais cometam os mais simples deslizes como esquecer um crachá em casa, por exemplo. Se um posto for fiscalizado e o uniforme não estiver conforme o plano de segurança, lá vem multa. Enfim, a supertributação faz com que todas as empresas), tenham baixíssima lucratividade e enormes dificuldades para sobrevivência num ambiente tão instável e hostil. Essa overdose de taxas leva muitas empresas simplesmente à

ilegalidade. Com sonegação de impostos, não pagamento de todos os benefícios, não pagamento de encargos, etc. O repasse de qualquer aumento no salário-base ou concessão de um benefício extra é fonte de muitas negociações entre empresas e clientes, muitos deles a própria administração pública. O TST, através da Súmula 444, por exemplo, acaba de instituir o pagamento em dobro dos feriados, mesmo com a escala de trabalho 12x36. Antes, admitia-se


que o empregado já teria sido compensado com um horário maior de descanso (36 horas) e, portanto, o pagamento era referente a um dia comum de trabalho.

Análise da Lei Consultado sobre a Lei Nº 12.740, o Dr José Eduardo Duarte Saad, advogado, professor, ex-Assessor de Ministro do Egrégio Supremo Tribunal Federal, ex-Procurador Chefe do Ministério Público do Trabalho, em São Paulo e membro do Instituto dos Advogados de São Paulo, respondeu com o seguinte parecer: 1) A nova redação de art. 193, da CLT, que instituiu o adicional de periculosidade, produzirá efeitos para trabalhadores, que exercem suas atividades profissionais na área de segurança pessoal ou patrimonial, só após a publicação da regulamentacao aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego acerca dessa matéria. Diante dessa norma, conclui-se, sem muito esforço, que não se trata de uma lei autoexecutável (“self executing”), mas, sim, de lei não autoexecutavel (“not self executing”); 1.1) A obrigatoriedade do pagamento do adicional de periculosidade somente surgirá após o Ministério do trabalho e emprego regulamentar essa matéria em ato administrativo próprio, como estabelece o caput do art. 193, da CLT, isto é, a obrigatoriedade desse pagamento só ocorrerá após a publicação do regulamento aprovado por esse Ministério;

1.2) Esse dispositivo legal exige expressamente que a matéria será objeto de regulamentação ministerial. Embora não possa modificar a lei, tem o regulamento a missão de explicá-la e de prover sobre minúcias não abrangidas pela norma geral editada pelo Poder Legislativo. Como ato inferior à lei, o regulamento não pode contrariá-la ou ir além do que ela permite. Naquilo que violentar ou extravasar a lei, claro que está que ele é irrito e nulo, por ficar caracterizada uma situação de absoluta ilegalidade. 1.3) Por força do caput do art. 193, da CLT, o Ministério do trabalho e Emprego deverá regulamentar a matéria no sentido de indicar quais são os cargos e suas funções que, por sua natureza ou métodos de trabalhos, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a “roubo ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial”. E só após essa regulamentação, esse dispositivo legal passará a viger para os denominados trabalhadores vigilantes.

Ao centro, o Ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto. Ao lado esquerdo o Dep, Est. Major Olímpio e líderes de entidades representativas da Segurança Privada

José Adir Loiola, Pres. da ABSESP e do SESVESP; José Jacobson Neto, Pres. da ABREVIS; Jacymar Dalcamini, Pres. do SINDESP-ES; Paulo Lacerda, Dir. Executivo da ABREVIS; e Enio Back, Pres. do SINDESP-SC, entre demais líderes

2) Estabelece o § 3º do art. 193, da CLT, com a nova redação dada pela lei multicidata, que “serão descontados ou compensados do adicional (esclarecemos: adicional de periculosidade) outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo”. 2.1) Prevendo o Acordo Coletivo de Trabalho, a Convenção Coletiva de Trabalho ou a Sentença Normativa o Adicional de Risco de Vida pode ser pago ao vigilante , deve ele ser descon-

Os líderes explicaram sobre a necessidade da regulamentação da lei

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DESTAQUE

tado ou compensado do adicional de periculosidade criado por essa lei citada; 2.2) Mesmo que esses pactos coletivos de trabalho ou sentença normativa não façam a previsão do desconto ou compensação desse Adicional de Risco de Vida, é o proprio § 3º, desse art. 193, da CLT, que dá a autorização ao empregador para fazer tal desconto ou compensação dessa verba do Adicional de Periculosidade. 3) O § 1º, do art. 193, da CLT, estabeleceque o adicional de periculosdade de 30% incidirá sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações , prêmios ou participações nos lucros da empresa; 3.1) Existe a concorrente jurisprudencial cristalizada na Súmula n. 191, do Colendo TST, de que o adicional de periculosidade deve incidir apenas sobre o salário básico do empregado. Eis como está vazada essa Súmula: “ADICIONAL. PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. ...”; 3.2) Outra corrente jurisprudencial existe e que se encontra cristalizada na Súmula n.132, Colendo TST acerca da integração do adicional de periculosidade, quando pago permanentemente, no cálculo de indenizações e de horas extras. Fazendo aplicação dessa Súmula, alguns doutrinadores entender que o adicional de periculosidade, não integra o cálculo do repouso semanal remunerado. Por se tratar esse adicional de verba paga mensalmente em valor fixo, arrematam que já integra o repouso semaRevista SESVESP

nal remunerado, não havendo de falar em incidências, sob de se permitir o bis in idem (conf. Francisco Antonio de Oliveira, s/ ob “ Comentarios as Súmulas do TST” , 9ª. Edição, Editora Revista dos Tribunais); 3.3) Tendo em vista essa Súmula, entendemos que o adicional de periculosidade é calculado sobre o salário básico (Súmula n.191, do TST); e a hora extras, por sua vez, é calculada sobre o valor da hora normal, isto é , sobre o complexo salarial com todos os seus integrantes, como adicional de periculosidade, adicional noturno, etc., eis que assim dispõe o § 1º, DO ART. 59, da CLT, como se lê da Súmula n. 264, do E. TST (“ A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcela de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa”). Quer isso dizer que o cálculo dessas duas verbas tem de ser feito separadamente, de forma a não permitir a incidência de adicional sobre adicional. Merece ser consultado o livro “ Comentários à CLT”, DE Sérgio Pinto Martins, 14ª edição, eminente Desembargador do TRT/ SP, pg. 212; 3.4) Acerca da exposição eventual , permanente e intermitente à periculosidade, o Colendo TST editou a Súmula n. 364, vazada nos seguintes termos: “ Adicional de periculosidade. Exposição Eventual, Permanente e Intermitente. I – Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido , apenas quando o contato dá-se

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Representantes da parte laboral também estiveram presentes, entre eles José Boaventura dos Santos, Presidente da CNTV - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância

O Ministro do Trabalho ouviu atentamente ambos os lados e confirmou que esse dispositivo legal depende, ainda, de regulamentação

Portanto, por força do próprio texto dessa lei, antes da publicação dessa portaria, que seja considerada válida, esse adicional de periculosidade de 30% não pode ser exigível pelo vigilante


de forma eventual, assim considerado fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. II- A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, dever ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos”; 3.5) Conforme o art. 194, da CLT , o direito do trabalhador ao adicional de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, conforme o que dispor a lei e regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego. Não há que se falar, portanto, em incorporação do adicional em foco ao salário do empregado; 3.6) Exposto o trabalhador – vigilante aos riscos da insalubridade e da periculosidade concomitantemente, poderá ele optar pelo adicional respectivo que bem lhe convier. Não existe a cumulatividade do adicional de insalubridade e de periculosidade. O trabalhador deverá optar entre um e outro, conforme dispõe o 2º, do art. 193, da CLT; 3.7) A atividade insalubre se caracteriza pelo do empregado ficar exposto a agentes físicos, químicos ou biológicos acima dos limites de tolerância , que minam incessantemente a sua saúde. Já na atividade periculosa o trabalhador fica exposto a um risco acentuado de forma permanente ou intermitente que poderá, eventualmente, ocasionar-lhe um grave sinistro, mutilando-o ou até mesmo matando-o. Quer dizer, na atividade periculosa existe o risco acentuado profissional, que lhe poderá causar um infortúnio ou acidente do trabalho de for-

ma abrupta. 4) O empregado que percebe o Adicional de Risco de Vida de 15% por força de um pacto coletivo de trabalho e que percebe, além dele, o Adicional de Periculosidade por exposição a explosivo ou inflamável só terá direito de perceber um único Adicional de Periculosidade. Isso, porque, além da lei não prever a cumulatividade de adicionais de periculosidade por múltiplos fatores (inflamável + explosivo + segurança pessoal ou patrimonial + energia elétrica = 4x30%= 120%), ela autoriza que se faça o desconto ou compensação do referido Adicional de Risco de Vida; 4.1) Somos de pensamento de que, mesmo quando o trabalhador – vigilante estiver exposto a mais de um agente periculoso (= inflamável, explosivo ou energia elétrica), terá ele direito, apenas, a um adicional de periculosidade e não a dois ou três adicionais;

Luis Felipe Brandão de Mello, Secretário de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho; Celso Haddad, do MTE, e José Adir Loiola, Pres. SESVESP e ABSESP.

Pres. Loiola; Jacymar Dalcamini, Pres. do SINDESP-ES; Enio Back, Pres. do SINDESP-SC; Adelar Anderle, Dir. Executivo da ABSESP; e José Jacobson Neto, Pres. da ABREVIS

4.2) Aqui deve ser entendido o que significa o principio da legalidade para o setor privado. De fato, este princípio, que está albergado na Constituição, tem o seguinte significado para o particular: “este é livre de praticar o ato desde que não seja proibido por lei”. Já para o poder publico, o principio da legalidade tem outro significado, qual seja “ele só pode praticar aquilo que estiver previsto por lei”. 5) Como o Adicional de Periculosidade para os trabalhadores nas áreas de segurança pessoal ou de guarda patrimonial depende de regulamentação a ser feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego, não acreditamos que haja tempo suficiente para tal elaboração

Líderes de entidades representativas explicam às autoridades do MTE a necessidade da regulamentação da Lei 12.740/12

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DESTAQUE

ate o final deste ano. Logo, acreditamos que, para este ano de 2012, não haverá o pagamento do 13º salário respectivo com o acréscimo do referido adicional. 6) O Adicional de Risco de vida previsto em pacto coletivo, tendo natureza salarial ou não, deverá ser compensado ou descontado do Adicional de Periculosidade, resultando, daí, o pagamento sempre de um adicional de até 30% sobre o salário base percebido pelo trabalhador – vigilante. 7) O supervisor inspetor de Vigilância, que percebem Adicional de Risco de Vida, terão esse adicional descontando ou compensado do Adicional de Periculosidade, caso esses cargos e suas funções sejam consideradas como periculosas na regulamentação a ser editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 8) O adicional de periculosidade dos trabalhadores em áreas de segurança pessoal ou patrimonial somente poderá ser cobrado de um empregador a partir da data em que estes ou aqueles cargos e funções sejam enquadradas como periculosos na regulamentação a ser elaborada e publica pelo Ministério do Trabalho e Emprego;

8.1) Não existe possiblidade Jurídica de haver cobrança do adicional de periculosidade em foco pelo referidos trabalhadores – vigilantes relativamente aos últimos 5 ( cinco) anos antes da Lei n. 12.740/12. Isso porque o princípio da legalidade albergado no inciso II, do art. 193, da CLT, não contém um comando auto executável, como foi exposRevista SESVESP

to no item 1 supra. Trata – se de norma “not self executing” que impede a pretensão, neste momento, de qualquer trabalhador nessa área de segurança pessoal ou patrimonial. Dessa forma, a obrigatoriedade de pagamento integral do adicional de periculosidade só traz mais uma enorme confusão no mercado. E as empresas, que muitas vezes acabam caindo na ilegalidade por força da carga tributária escravizante, podem não aguentar um novo golpe. O tiro atingiria o coração das empresas. Mais uma taxa criada rouba investimentos em treinamento, assistência médica adequada e infra-estrutura (tecnologia, equipamentos, uniformes, etc). Infelizmente. Quem dera não fosse assim. Um funcionário satisfeito realiza um trabalho muito melhor. Todos sabem disso. Talvez se a política de tributos fosse reavaliada, se o Governo também investisse mais nas empresas que geram empregos e condições dignas de vida e não só no assistencialismo, também a política de benefícios e salários praticada pelas empresas pudesse ser melhorada. Ao invés disso, uma lei é assinada sem a devida análise de todos os impactos (a administração pública também não quer arcar com o aumento de preços causado pelo

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adicional de periculosidade). A medida é popular? Certamente. Eficaz? Fica a dúvida. Embates à parte, a necessidade da regulamentação já foi admitida pela Justiça e também pelos próprios trabalhadores. “A pasta ministerial deve nomear uma Comissão para regulamentar a lei, mas as entidades de trabalhadores, que antes reconheciam essa necessidade explícita na lei, preferiram exigir imediatamente o pagamento, trabalhando pela instalação de greves em várias regiões do Brasil”, critica Percival Maricato, advogado especialista no assunto e que também assessora o SESVESP e a ABREVIS. De acordo com João Palhuca, Vice-Presidente do SESVESP, se as empresas tiverem mais tempo para o porcionarem o pagamento do adicional através da regulamentação da lei por parte do Ministério do Trabalho e Emprego, poderiam ter mais fôlego para renegociar seus contratos junto a seus tomadores de servi-

ços de segurança privada, seja nas instituições públicas ou privadas. “Não há como repassar, de uma só vez, tão altos percentuais a quem contrata nossos serviços. Há que se buscar uma forma de fazê-lo em doses mais equilibradas e de menor impacto num momento tão delicado quanto este de nossa economia”. Comunicação ao mercado Para orientar suas associadas sobre como proceder quanto à exigência do pagamento do adicional de periculosidade, o SESVESP, a ABREVIS e a ABSESP apresentaram seus entendimentos, amplamente discutidos e aprovados em Assembléias, realizadas no dia 28/01/13, com a presença de diversos associados, advogados, presidentes de Entidades Patronais e representantes de outros Estados: DA LEI 12.740/12, DE 08/12/2012 - 30% DE PERICULOSIDADE A lei em questão, ao dar nova redação ao art. 193, inciso II, da CLT, criou o adicional de periculosidade de


30% aos trabalhadores vigilantes cuja atividade ou operação perigosa impliquem o risco acentuado em virtude de exposição permanente a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Eis como foi redigido pelo legislador esse dispositivo legal: “Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - .......... (“omissão);

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Mesmo que se considere legítima essa delegação de poderes do legislativo ao Poder Executivo através do Ministério do Trabalho para regulamentar esse dispositivo legal, claro está que somente poderá ser exigível o pagamento desse adicional de periculosidade pelo vigilante, caso ele venha editar uma portaria regulamentando essa matéria. Portanto, por força do próprio texto dessa lei, antes da publicação dessa portaria, que seja considerada válida, esse adicional de periculosidade de 30% não pode ser

exigível pelo vigilante. Aliás, foi o próprio Ministério do Trabalho, que confirmou que esse dispositivo legal depende, ainda, de regulamentação, confirmação essa feita em reunião realizada com todo o corpo técnico do Ministério, em Brasília juntamente com as diversas Entidades Laborais e Patronais de âmbito nacional. Dessa forma, sublinhamos que, nas negociações coletivas estaduais, os Sindicatos deverão continuar negociando o aumento gradual do ADICIONAL DE RISCO DE VIDA, que não se confunde com o adicional de periculosidade, até que seja publicada a regulamentação válida do art. 193, II, da CLT, quando deverá ha-

ver a devida compensação. Por sinal, essa compensação foi prevista, expressamente, no próprio parágrafo 3º, desse art. 193, da CLT (“§ 3º - Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo”), não há que se falar em pagamentos desta natureza. Assim, caso sua empresa seja notificada sobre greve ou sobre eventual ação de cumprimento desta Lei, solicitamos-lhes que entrem em contato com o Departamento Jurídico das entidades abaixo-assinadas para receberem orientação de como proceder com a defesa dos seus legítimos direitos.

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LABORAL

Sindivigilância Bauru cria

Clube dos Vigilantes

P

residida até 2014 pelo vigilante José Antonio de Souza Jamanta, o Sindicato dos Vigilantes de Bauru e Região, tem uma base territorial composta por 91 municípios com aproximadamente 300 trabalhadores. No final de 2011, a atual gestão entregou a seus associados mais um grande empreendimento para descanso e lazer: trata-se do clube de campo, situado a Rua Rio Dourados, quadra s/n bairro aymorés, Bauru-SP. É uma área de fácil acesso, totalmente asfaltada, com 7444m2, 14 quiosques, três piscinas, academia, salão social, quadra de futsal e vôlei, campo de futebol, sauna masculina e feminina playground, e uma aconchegante lanchonete. Para toda esta infraestrutura foram investidos em terno de três milhões de reais. “O melhor de tudo, o que nos deixa honrados é que foi tudo com recursos próprios. Até onde pesquisamos somos pioneiros no Brasil ou pelo menos no Estado de São Paulo, em ter um clube próprio com esta dimensão. Gostaríamos que isso servisse de exemplo, pois quando se trabalha sério, tudo é possível. Salientamos que a nossa sobrevivência financeira é somente associativa, ou seja, contribui com o Sindicato quem quer de livre e espontânea vontade. Revista SESVESP

Desde 2005, não cobramos taxa assistencial compulsória, cobrada mensalmente, independente do trabalhador querer ou não. Muitos têm perguntado como isso é possível, qual é o segredo, temos dado a receita a todos, cada centavo que entra nos cofres da entidade é destinado exclusivamente para ampliar os benefícios aos associados, é assim que vivemos e estamos crescendo a cada dia”, conta orgulhoso o Jamanta. Já no ano de 2009, também com recursos próprios (em torno de duzentos mil reais), foi entregue a categoria um belo rancho de pescaria ( apesar de que muitos usam para descanso), na beira do Rio Tietê, no município de Promissão, com medida de 16x100m, e com toda estrutura montada. Os bons pescadores pescam centenas de peixes de todas as espécies, já que naquela localidade o Rio é totalmente despoluído. Desde a sua fundação, em 1987, o Sindicato passou por momentos marcantes. Em 1992, a aquisição da sede própria; em 1995, aquisição do terreno do clube; em 2003, aquisição de um terreno ao lado da sede para ser usado como estacionamento;; em 2009, a aquisição do rancho de pesca e, em 2011, a entrega do clube. Veja as fotos da estrutura do clube.

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TECNOLOGIA

Futuro Não Letal

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Brasil está passando por um momento de transformações importantes, com crescimento econômico e grandes eventos que vão elevar significativamente a responsabilidade de todo o setor de segurança privada. Novas portarias normativas e a própria reforma do Código Penal prevista para este ano prometem transformar esse mercado no Brasil. Neste contexto, cresce cada vez mais a necessidade de treinamento de qualidade e utilização adequada da forca, o que passa necessariamente pela adoção de tecnologias não-letais, que ajudam a manter a ordem ao mesmo tempo que preservam a vida e a integridade física de agentes de segurança e de todos os evolvidos na situação. Nas competições da FIFA, pela primeira vez a segurança interna dos estádios será feita exclusivamente por empresas privadas. As polícias ficarão responsáveis apenas pela área externa. Nos jogos da Copa das Confederações deste ano e na Copa do Mundo de 2014, o interior dos estádios será inteiramente vigiado e controlado pelos chamados “stewards”, seguranças altamente treinados para lidar com multidões que terão de seguir padrões internacionais de interação com o público e uso progressivo da força. Para garantir a qualiRevista SESVESP

dade dos serviços privados, a Polícia Federal publicou em dezembro de 2012 uma portaria regulamentando os Cursos de Extensão em Segurança para Grandes Eventos, pré-requisito para a contratação de qualquer tipo de segurança privada nas competições de 2013, 2014 e 2016. Para Ricardo Balestreri, ex-Secretário Nacional de Segurança e presidente do Observatório do Uso Legítimo da Força, esta é uma mudança de paradigma importante. “O vigilante do estádio terá que estar bem equipado, preparado para lidar com o público com educação e usar progressivamente a força quando necessário”, afirma o especialista. Segundo ele, grandes multidões como as que freqüentam jogos de futebol precisam ser controladas com inteligência, pois mesmo indivíduos pacíficos podem se tornar violentos em determinadas situações. “Quando falamos da importância do uso dos equipamentos não letais, falamos em proteger as próprias pessoas que estão apresentando posturas agressivas ou inadequadas naquele determinado momento”, explica. “Uma multidão pode sair do controle, e o uso de gás lacrimogêneo ou armas de choque pode ser determinante para contornar uma situação adversa sem causar lesões graves a nenhum dos envolvidos”, pontua Ricardo.

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Diretor de marketing da Condor Tecnologias Não Letais, principal fornecedora desse tipo de equipamento no Brasil, Massilon Miranda lembra que os equipamentos não letais reduzem significativamente a possibilidade de lesões no público e também nos agentes, que podem agir a uma distância segura. “Aqui no Brasil o uso de armas não letais como os dispositivos elétricos incapacitantes, conhecidos como armas de choque, ainda é recente. Mas nos Estados Unidos, onde já são usadas há mais tempo, pesquisas mostraram que eles reduziram em 70% as lesões corporais sofridas por agentes da lei e em 40% as lesões de suspeitos, comprovando sua eficácia”, afirma, citando estudo do Police Executive Research Forum.

Novo Código Penal Os números produzidos pela entidade americana que avalia a atuação da polícia ganham ainda mais importância quando levamos em conta o anteprojeto de reforma do Código Penal, que deve ser votado em julho. Entre as mudanças que endurecem as punições estão o aumento da pena mínima

de três meses para um ano de prisão e uma descrição mais detalhada de situações que configuram o crime lesão corporal, que será dividido em três graus. De acordo com Ricardo Balestreri, esta é mais uma mudança que vai impulsionar o uso das tecnologias não letais no País. “Será mais interessante para o agente de segurança ter à sua disposição um spray de pimenta ou arma de choque do que utilizar um cassetete, instrumento que pode causar lesões mais graves e abrir a possibilidade da empresa e do trabalhador serem responsabilizados criminalmente”, destaca. Seja devido aos grandes eventos esportivos, seja por causa das mudanças no Código Penal ou pelo próprio crescimento econômico do País, fica uma certeza: o crescimento e qualificação do mercado de segurança privada brasileiro é uma tendência inevitável. “O mercado será modificado para melhor em todo o Brasil nos próximos anos. A segurança privada vai dar um grande salto de qualidade, sem deixar nada a desejar aos países mais desenvolvidos”, finaliza Balestreri.


Lançador não letal usado pelas forças de paz da ONU

Granadas fumígenas e lançadores 2

Spark: a primeira arma de choque brasileira

A

Spark é um dispositivo elétrico incapacitante que emite pulsos elétricos que atuam sobre o sistema neuromuscular, causando desorientação, fortes contrações musculares e queda do indivíduo, permitindo a incapacitação temporária do agressor. É o primeiro equipamento do tipo fabricado no Brasil, o único que trava após 5 segundos de utilização, além de liberar 40% menos energia que seus concorrentes estrangeiros. Mas os itens de segurança não se restringem à limitação do tempo da descarga elétrica e à menor intensidade de amperagem. A Spark possui também dispositivo de dupla ação, que evita acionamento acidental, e cartucho com trava de proteção. Ela dispara dois dardos capazes de neutralizar sem causar lesão permanente ou morte, tem alcance de 6, 8 e 10 metros, mira a laser, memória digital e porta USB para captura de dados armazenados na arma sobre seu funcionamento. O dispositivo foi concebido pela Condor Tecnologias Não-Letais com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e

do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet). A Spark possui vasta aplicabilidade no controle da lei e da ordem. No Rio de Janeiro, por exemplo, as tecnologias não letais vêm tendo destacado papel na implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas da cidade e no restabelecimento da ordem pública.

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EVENTO

Escolas de formação de vigilante discutem novas regras em encontro Portaria traz incremento na grade curricular e aumento da carga horária dos cursos

A

s escolas de formação de vigilante participaram de um encontro nacional entre os dias 22 e 24 de janeiro, para discutir a portaria nº 3.233/2012, que altera e consolida as normas aplicadas sobre a Segurança Privada. O evento foi promovido pela ABCFAV (Associação Brasileira dos Centros de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes) e contou com presenças prestigiadas como a do Dr. Clyton Eustáquio Xavier, Coordenador-Geral de Controle da Segurança Privada do DPF; Dr. Rodrigo Carnevalli, Delegado Titular da Delesp-São Paulo; José Boaventura dos Santos, Presidente da CNTV – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância; Victor Saeta de Aguiar, Presidente da FESESUL – Federação de Câmaras e Associações de Empresas de Segurança Privada dos Países do Mercosul; José Jacobson Neto, Presidente da ABREVIS – Associação Brasileira das Empresas de Vigilância e Segurança; José Adir Loiola, Presidente da ABSESP – Associação Brasileira dos Sindicatos e Entidades de Segurança Privada e do SESVESP; João Palhuca, Vice-Presidente do SESVESP; Ricardo Tadeu Corrêa, Presidente da ABSEG – Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança Revista SESVESP

Luiz Gabriel, editor da Revista SECURITY; Rodrigo de Brito Carnevalli, Titular da DELESP/SP; Ricardo Tadeu Corrêa, Pres. da ABSEG; João Palhuca, Vice-Pres do SESVESP; Cel. Francisco Lopes, Pres. da ABCFAV; Clyton Eustáquio Xavier, Coordenador-Geral de Controle da Seg. Privada; e José Jacobson Neto, Pres. da ABREVIS

Privada; Luiz Carlos Gabriel, editor da Revista SECURITY; além do Cel. Francisco Lopes, Presidente da ABCFAV. As novas regras abrem espaço para outras disciplinas nas grades curriculares do treinamento e da reciclagem do vigilante e aumenta a carga horária de 160 para 200 horas/aula. Além disso, a portaria também cria os cursos de extensão em Segurança para Grandes Eventos e em Equipamentos Não-Letais. Eventos como a Copa das Confederações, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 devem contar com a presença de vigilantes, assim como os demais que já são realizados no Brasil como Feiras, Shows, Fórmula 1, Fórmula Indy, Paradas, Espetáculos em Estádios entre outros. Atualmente, existem 216 Escolas de Cursos de Formação no País. O efetivo nacional de vigilantes é de, aproximadamente, 605 mil

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Cel. Francisco Lopes, Pres. da ABCFAV, abrindo o evento

Victor Saeta de Aguiar, Pres. da FESESUL

profissionais. “Estas modificações devem trazer mais qualidade à prestação de serviço de segurança privada, pois vão preparar melhor o profissional para as atitudes preventivas, ostensivas e proativas. Estávamos aguardando há tempos tais alterações, por isso agora o setor precisa se organizar para se adequar às novas exigências”, explica Cel. Francisco Lopes, Presidente da ABCFAV. Victor Saeta foi o primei-

ro a discursar: “na condição de presidente da Fesesul, na qual estou recém-empossado, tive oportunidade de conhecer a segurança privada de muitos países. A segurança privada brasileira é uma das melhores, não só na América Latina, mas também no mundo. O Brasil diferencia-se dos demais países pela existência de uma lei única que normatiza a segurança de todo nosso vasto país. No Brasil, temos grandes eventos que


Fotos Osíris Bernardino

estão por chegar, isso nos colocou na condição de um país visado, um país que se tornou interesse das grandes empresas multinacionais, que estão vindo ao país tentar tirar proveito do nosso segmento. Já houve pedido no Ministério da Justiça de uma consultoria que solicitou a possibilidade de trazer vigilantes estrangeiros para trabalhar no nosso país. Isso foi negado, mas ainda é um risco, uma vez que por alguma via política, essa situação possa ser aprovada de uma hora para outra. Se alguém aprovar, teremos conosco vigilantes ingleses, espanhóis, etc. Temos que lutar pelos nossos empregos, pelos empregos dos nossos funcionários”. Ricardo Tadeu Corrêa, Presidente da ABSEG, também manifestou-se: “Para a ABSEG, fazer parte desse evento, é um grande orgulho até porque é um evento ímpar, reunindo várias escolas de todas as regiões do país para discutir a melhoria da qualidade da nossa mão de obra. A ABSEG e a ABCFAV estão construindo uma parceria para que possamos realizar um programa de melhoria do corpo docente das escolas de formação. Como presidente da ABSEG e empresário do setor de formação, preocupo-me com a qualidade dos professores de nossas instituições. Por isso, a ABSEG propôs um projeto para melhoria da qualidade desses profissionais, através de um EAD, um grupo de estudos, ou outra estratégia que motive os nossos instrutores a buscarem a me-

lhoria contínua e a levarem para dentro da sala de aula”. O Presidente da ABREVIS, José Jacobson Neto, registrou: “o que as empresas esperam das escolas de formação o melhor treinamento possível. Excedam as expectativas dessas empresas e cobrem dessas empresas para que realmente elas exerçam o poder de fazer um treinamento à risca. Excluam e denunciem as empresas que queiram fazer treinamento com cargas horárias menores, burlando a legislação. As empresas de segurança esperam das escolas um treinamento de excelência e para isso nós estamos aqui nesse fórum muito importante”. João Palhuca falou pelo SESVESP: “O Brasil vive um momento especial, a economia brasileira precisa crescer, se desenvolver e a formação profissional é a pedra de torque (N.E: referência a um material lítico rico em compostos silicosos, escuro, usado para testar ligas de metais preciosos. Essa expressão refere-se à medida da qualidade). Por isso, quero deixar uma mensagem para os senhores: invistam na qualificação, invistam na qualidade dos cursos porque isso é o que o Brasil necessitará. A portaria nova já estabeleceu as regras, vamos então trabalhar para construir essa tão desejada formação e qualificação profissional”. José Boaventura dos Santos, Presidente da CNTV, declarou: “A presença do Dr. Clyton Eustáquio Xavier dá o significado da importância

Ricardo Tadeu Corrêa, Pres. da ABSEG

José Jacobson Neto Pres. da ABREVIS

João Palhuca, Vice-Presidente do SESVESP

José Boaventura dos Santos, Pres da CNTV

Luiz Carlos Gabriel, editor da Revista Security

Dr. Rodrigo Carnevalli, Titular da Delesp/SP

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EVENTO

desse momento. Estamos falando de uma Portaria consolidada, do Estatuto da Segurança Privada, de uma série de temas que são centrais para a segurança privada. Os trabalhadores aqui representados por nós têm total interesse de estar inseridos nesse debate, total interesse de discutir e aprender com esse debate e buscar, sem dúvida nenhuma, a sua parcela de contribuição para que a nossa atividade possa cada vez mais caminhar no rumo do profissionalismo, no rumo daquilo que espera a cidadania, daquilo que espera o nosso país. É uma honra, uma satisfação muito grande estar aqui e esperamos que esse encontro possa iluminar a todos nós, trabalhadores, empresários, autoridades, polícia federal a buscarmos os melhores caminhos para servir ao nosso país, para servir a cidadania”. O titular da DELESP/São Paulo, Rodrigo Brito Carnevalli, também se manifestou: “quero parabenizar a iniciativa do encontro, pois nesse momento de mudança da portaria devem surgir várias dúvidas para o empresariado. A equipe da Delesp procura colaborar com o mercado de segurança, ouvindo os anseios de vocês e repassando para a Coordenação Geral, fiscalizando as empresas no tocante à reciclagem de seus profissionais, visitando os cursos de formação, sendo rigorosos quanto ao credenciamento dos instrutores, tudo com a intenção de elevar a qualidade do preparo Revista SESVESP

dos vigilantes”. O editor da Revista SECURITY, Luiz Carlos Gabriel, também falou aos presentes: “as páginas da Revista Security estão abertas ao segmento de segurança e vigilância. Hoje, na qualidade de editor chefe da revista, me vem à memória as décadas que eu atuei do outro lado do balcão como tomador de serviços de vigilância, e concluo que mais do que nunca se faz necessária a qualidade da formação. Acabou a segurança heróica, hoje estamos vivendo um momento da qualidade da segurança e essa qualidade começa no vigilante. Contem conosco para aquilo que for importante para a categoria de segurança privada deste país”. Finalmente, talvez a fala mais esperada do dia tenha sido mesmo a do Coordenador Geral de Controle da Segurança Privada, Dr.Clyton Eustáquio Xavier: “a educação é a base de tudo. Na nossa gestão, a preocupação é melhorar essa qualificação do profissional de segurança privada é muito grande. Quando assumi a coordenação, percebi que esse controle estava muito travado e é preciso dar um refresco para as empresas, principalmente para as empresa de curso de formação. Porque possibilitando a elas uma estrutura melhor terão condições de investir mais na qualidade de seus instrutores propiciando assim uma melhor qualificação do vigilante. A Portaria 3233 publicada recentemente traz

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Dr. Clyton Eustáquio Xavier, Coordenador Geral de Controle da Segurança Privada

Associados de todo o país compareceram ao evento

essa abertura, não é o ideal que imaginamos para a segurança privada, mas já é um primeiro passo de tentar fazer esse controle de uma maneira mais inteligente. Atualmente temos os sistemas que nos ajudam a fazer esse controle mais inteligente, menos burocrático. Isso é uma tendência, a visão do órgão central é de dar essa abertura e fazer esse controle mais eficaz, destravando

um pouco os procedimentos para que as empresas possam fluir. Lógico que o controle deve haver sim, se trata de segurança, até de soberania nacional, são quase 700 mil vigilantes hoje regulares no Brasil, com a possibilidade de usarem armas de fogo, então tem que haver um controle porque essa atividade interfere na liberdade das pessoas, então estamos contribuindo para isso”.


REPRESENTATIVIDADE

SESVESP completa 25 anos de existência

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o dia 26 de janeiro passado, o SESVESP completou 25 anos de existência, como entidade que congrega e representa a categoria econômica de segurança privada, segurança eletrônica e dos cursos de formação e aperfeiçoamento de vigilantes no Estado de São Paulo, sempre evoluindo como prestador de serviços, objetivando o bom atendimento a suas associadas. Criado a partir do mesmo grupo de empresários que compunha a ABREVIS Associação Brasileira das Empresas de Vigilância e Segurança, o SESVESP sempre teve como missão apoiar e proporcionar o desenvolvimento do setor de segurança privada brasileiro, primando por sua ampliação e consolidação. Para tanto, firmou-se como interlocutor do setor junto às autoridades legislativas e fiscalizadoras, dando voz aos empresários da área e aproximando-os dos órgãos de regulação, promovendo o debate sadio das principais preocupações e problemas do mercado. Foi o primeiro Sindicato a obter o Certificado ISO 9002, pela SGS-ICS. Em 2002, a recertificação para ISO 9001:2000 e posteriormente para ISO 9001:2008. Os produtos do SESVESP que fazem parte do escopo dessa Certificação são voltados para atender, cada vez mais, às necessidades de seus clientes. Foi o pioneiro em lançar cursos para as empresas do segmento com linguagem específica e totalmente voltada à realidade do setor. O SESVESP conta com uma estrutura administrativa moderna e mantém Delegacias Regionais que visam buscar soluções para os problemas específicos das regiões onde foram instaladas. Desde sua fundação, o SESVESP vem acompanhando a evolução do mercado através de dados estatísticos para ampliar sua atuação e dessa forma cumprir com mais eficácia o seu papel de entidade representativa. Adquiriu sua sede própria em 2003, que havia sido totalmente reformada três anos antes. Como forma de contribuir socialmente, implantou cursos de alfabetização de adultos, em parceria com o CIEE Centro de Integração Escola-Empresa, em várias partes do Estado. E ampliou sua contribuição, incentivando suas associadas a contribuírem com donativos a instituições de caridade como Cruz de Malta, entre outras. Sua consciência a respeito de sua responsabilidade social ampliou-se a ponto de iniciar o patrocínio de equipes paradesportivas, incentivando a inclusão social através do esporte, e apoiando organizações de capacitação de deficientes. No âmbito social, a representatividade do SESVESP tornou-se notória, uma vez que a participação em feiras

de negócios do setor e correlatos passou a ser recorrente. Na mídia, o SESVESP é a voz do setor de segurança, sempre manifestando-se pelo mercado e esclarecendo a opinião pública sobre os malefícios da contratação irregular de segurança privada, sobre a necessidade de uma fiscalização firme do setor e sobre diversos outros assuntos como legislação, Justiça do Trabalho, carga tributária, entre outros. Atualmente, o SESVESP firma seu lugar ao lado de entidades tão reconhecidas quanto, como FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, CNS - Confederação Nacional de Serviços, ABSESP - Associação Brasileira das Entidades de Segurança Privada, CEBRASSE - Central Brasileira do Setor de Serviços, entre diversas outras co-irmãs. Muitos desafios ainda precisam ser vencidos, mas a história de sucesso do SESVESP mostra que eles paulatinamente irão ser superados. Com a participação crescente das empresas do Estado, o sindicato firma-se como organismo de desenvolvimento de um setor importante para a economia brasileira e para a sociedade. Rumo aos próximos 25 anos! novembro / dezembro 2012

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Sindicato das Empresas de Escolta do Estado de S.Paulo ESCOLTA ARMADA EM SÃO PAULO JÁ PAGA 30 % DE ADICIONAL RISCO DE VIDA

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pós várias tratativas e reuniões entre a classe laboral Sindforte e o SEMEESP, representante Patronal, foi definido que os vigilantes de Escolta Armada em São Paulo receberiam desde 01/01/2013 (30%) de Adicional Risco de Vida. Acordos na convenção coletiva do ano passado apontava para 27%, mais 2% em 01/01/2013, totalizando 29 %, porém com advento da lei 12.740 de 08/12/2.012 que instituiu a aplicação de periculosidade de 30% a todos os profissionais da Segurança Privada, representantes laborais e patronais acharam que 1%, que seria a diferença, poderia trazer mais transtorno no futuro do que se fosse concedido agora. Esta atitude veio a sublimar que não existe ramo de atividade forte sem que trabalhadores e empresários não estejam em sintonia com operação, responsabilidades e resultados. Há que se informar que apesar de pagarmos 30 % de adicional risco de vida, quando da regulamentação da referida lei pelo MTE deixando de ser “Risco de vida” e passando para “Periculosidade”, teremos novamente impacto financeiro a ser repassado ao nossos clientes; pois a Periculosidade sofre incidência de todos impostos, possivelmente influenciando inclusive o tempo de aposentadoria. Sendo assim o novo piso dos Vigilantes de Escolta Armada no Estado de São Paulo ficou assim

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desde 01/01/2013:  Piso : R$ 1.204,22  AD. Risco de Vida (30 %) : R$ 361,27  VR : R$ 12,18 O impacto econômico e financeiro a ser repassado para os clientes foi de 13,94%, considerando a jornada de trabalho de nossos funcionários na 12X36 e a Súmula 444 (Pagamento em dobro nos feriados), Adicional de Risco de vida de (30 %) ; mais (5,9553%) do INPC do IBGE apuração do ano, que foram também repassados aos funcionários, e ainda o impacto de custos da Portaria da Polícia Federal 3233/12 que aumenta a carga horária de reciclagem de 30 para 35 horas, contribuindo com custo maior por reciclagem e ausência maior do funcionário em suas atribuições. Há cerca de dez anos consecutivos o assunto Adicional Risco de Vida no segmento de Escolta Armada vem sendo tratado de forma diferenciada e creio que neste momento estamos colhendo frutos positivos e expondo nossa atividade a riscos menores. Atrevo-me a dizer que fomos no caminho certo, pois certamente as categorias que estão muito distante dos 30%, correm sérios riscos de severas consequências financeiras com advento da Lei 12.740.

LISTAGEM DE ASSOCIADOS ALPHANTARES SERVIÇOS DE SEGURANÇA LTDA. ASSEGUR VIGILÂNCIA E SEGURANÇA BLUE ANGELS SEG. PRIVADA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA BRV VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA CTS VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA EMBRASIL (EMPRESA BRASILEIRA DE SEGURANÇA LTDA) ENGEFORT SISTEMA AVANÇADO DE SEGURANÇA S/S LTDA ESQUADRA VIGILÂNCIA E SEGURANÇA ARMADA LTDA ESSE ELLE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PATRIMONIAL ETHICS SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA FAQUI SEGURANÇA E VIGILÂNCIA GLOBALSEG VIGILÂNCIA E SEGURANÇA GP GUARDA PATRIMONIAL DE SÃO PAULO MACOR SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA MANHATTAN'S SEGURANÇA PATRIMONIAL MS SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA PROEX SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA PROTEGE S.A PROTEÇÃO E TRANSPORTES DE VALORES QUALITY INTELIGÊNCIA EM SEGURANÇA LTDA SERVIS SEGURANÇA LTDA SOLDIER SEGURANÇA S/S LTDA SOUZA LIMA SEGURANÇA P ATRIMONIAL LTDA VERZANI & SANDRINI SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDA

Autair Iuga Presidente www.semeesp.com.br


NOTÍCIAS

Asis Chapter Brasil

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ASIS INTERNATIONAL, criada em 1955, é uma associação americana sem fins lucrativos, contando com mais de 37.000 associados no mundo. Dedica-se a incentivar a eficiência e a produtividade dos profissionais de segurança através do desenvolvimento de programas educacionais e atividades que apresentem os mais importantes e atuais avanços nos assuntos de segurança empresarial, além da divulgação de Standards de Segurança com as boas práticas adotadas em cada segmento específico. A ASIS International publica mensalmente a Security Management (revista especializada em segurança) e boletins (ambos sem custo para os associados). Mantém uma livraria com diversos livros sobre o tema de segurança para aquisição, sendo que os associados têm desconto. Existem três certificações a nível internacional, o CPP - Certified Protection Professional, PSP - Physical Security Professional e PSI - Professional Certified Investigator, que devem ser renovadas a cada três anos. No Brasil, temos os capítulos São Paulo e Rio de Janeiro, que promovem eventos durante todo o ano. Para associar-se a ASIS, acesse o link: https://www. asisonline.org/Membership/join/Pages/default.aspx Crie um perfil e utilize o formulário on line ou se preferir imprima o formulário e envie via fax, lembrando que deve ser utilizado cartão de crédito internacional, para o pagamento. Qualquer dúvida entre em contato no email: francisco.tranchesi@yahoo.com.br ou Nextel 7084*1498, (11) 78526355.

Francisco Tranchesi, Presidente da ASIS América Latina

CNV: nova forma e prazo de prorrogação da Validade

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o dia 21 de fevereiro passado, foi publicada a Portaria 30544/2013 da Coordenação Geral de Controle de Segurança Privada da Polícia Federal que dispõe sobre a forma e o prazo de prorrogação da validade do protocolo de requerimento de expedição da Carteira Nacional de Vigilante. A Polícia Federal expediu a Portaria para estabelecer a forma e o prazo de prorrogação da validade do protocolo de requerimento de expedição da Carteira Nacional de Vigilante – CNV, enquanto não for viável realizar essa prorrogação por meio de sistema informatizado. Assim, estabeleceu que compete às Delegacias de Controle de Segurança Privada – Delesp e às Comissões de Vistoria – CV, em suas respectivas circunscrições, decidir sobre a prorrogação do prazo de validade do protocolo de requerimento de expedição da CNV, na hipótese de o documento não ser expedido no prazo regulamentar. Os requerimentos deverão ser formulados por escrito pelas empresas contratantes, pelos sindicatos da categoria ou pelo próprio vigilante, protocolizados em qualquer unidade da Polícia Federal e dirigidos à Delesp ou CV da respectiva circunscrição a que a empresa em-

pregadora estiver instalada ou do posto de trabalho do vigilante. Poderão ser dispensados do requerimento escrito, os vigilantes que comparecerem pessoalmente à Delesp ou CV, desde que apresentem o original do protocolo de requerimento da CNV, salvo se houver algum impedimento para o deferimento da prorrogação do prazo de validade. Os sindicatos deverão requerer a prorrogação do prazo de validade dos documentos em sua área de abrangência. A prorrogação poderá ser requerida a partir de quinze dias anteriores ao vencimento do prazo de validade do protocolo de CNV, devendo também ser aceito o requerimento após o seu vencimento, acarretando neste caso a incidência da infração prevista no art. 168, VIII da Portaria nº 3.233/12-DG/DPF. Preenchidos os requisitos, a Delesp ou CV autorizará a prorrogação da validade do protocolo de requerimento de CNV, por meio da aposição de carimbo ou expedição de documento, pelo prazo de sessenta dias, prorrogáveis sucessivamente até o recebimento da CNV pelo interessado. Caberá recurso ao Delegado Regional Executivo – DREX, no prazo de dez dias, contado da ciência do indeferimento da prorrogação, o qual decidirá após manifestação da Delesp ou CV.

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NOTÍCIAS

AGENDAS DE NEGÓCIOS NA INGLATERRA E NO CANADÁ

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CEBRASSE e seus mantenedores estão organizando duas viagens de negócios, entre os dias 8 e 17 de maio, para que seus associados e empresas a eles ligados ampliem a visibilidade de seus empreendimentos, façam contatos estratégicos com órgãos de governos, empreendedores e entidades relacionados ao setor de serviços, e também conheçam produtos, conceitos e tendências que movimentam os mercados de vários países Faça parte da delegação da CEBRASSE nesse roteiro, que pode inserir seus negócios na rota da internacionalização

Em Londres, reuniões em entidades e empresas e rodadas de negócios Na capital da Inglaterra, as atividades são organizadas pela empresária brasileira Márcia Darós, radicada em Londres e designada pela Cebrasse para representar a entidade junto à Embaixada do Brasil na Inglaterra e, assim, iniciar oficialmente a programação dos empresários. De acordo com ela, mais do que preparar uma missão com visitas institucionais, técnicas e empresariais, o trabalho “pretende, além de fortalecer a imagem da Cebrasse junto a entidades britânicas, levar os membros da missão a ambientes que lhes possibilitem inforRevista SESVESP

mações acerca de oportunidades de investimentos, e também acesso e proximidade ao mercado britânico, para identificação de claros potenciais de negócios e parcerias”. A agenda terá início em Londres no dia 8 de maio (quarta-feira), indo até a sexta-feira, dia 10. Haverá visitas à Embaixada, empresas e entidades – os detalhes serão divulgados previamente, de acordo com a evolução das tratativas. Por causa da diversidade dos segmentos de atuação dos visitantes, há cuidados para que a programação abranja áreas correlatas na Inglaterra, especialmente na organização de Rodada de Negócios entre empresas brasileiras e britânicas (B2B) e nas visitas a instituições e empresas do setor de serviços. Vale ressaltar que a delegação será previamente informada acerca de características do mercado de serviços naquele país, e, após a viagem, receberá notícias de resultados das negociações e contatos iniciados. Final da semana - Para o Sábado (11/05), programação cultural livre, da manhã à noite. A mesma atividade para a manhã de Domingo (12) - quando se prevê, para o período da tarde, uma partida de futebol. Entre os dias 13 e 14, empresários participarão de evento de segurança na cidade de Birmingham. Aos que não seguirem essa programação, será possível a continuidade das agendas

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capital inglesa. A 200 km da capital britânica, empresários irão ao o maior evento de segurança da Europa Em Birmingham, a segunda cidade mais importante do Reino Unido, a edição 2013 da IFSEC International – Commercial & Government Security, megaevento mundial do setor de segurança, acontecerá de 13 a 16 de maio. A visita da delegação da Cebrasse será nos dias 13 e 14. No foco do acontecimento, agora em sua 40ª. edição: sistemas de imagens, alarmes, controles de acesso e biometria, segurança física, segurança integrada, edifícios inteligente, combate ao terrorismo e outras inovações apresentadas por 650 fabricantes, fornecedores e distribuidores de mais de cem países. A delegação em visita ao IFSEC será organizada em parceria entre a CEBRASSE e o Sindicato das Empresas de Segurança do Estado de São Paulo - SESVESP. Agenda que foca a atividade de prestação de serviços de segurança para pessoas, empresas e outras instituições, e até mesmo de países - cada vez mais necessária, frente a crescentes ondas de ameaças à integridade física de cidadãos e de bens privados e públicos. Encerradas as agendas na Inglaterra, empresários vão ao Canadá, onde conhecerão tendências do trabalho temporário e serviços

terceirizados Neste ano, durante sua Conferência Anual, a Associação de Pesquisas, Empregos e Trabalho Temporário do Canadá (Association of Canadian Search Employment & Staffing ServicesACSESS) abrigará a Conferência Internacional de Emprego e Trabalho Temporário - evento anual da Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego (CIETT). Associado à CIETT, o Sindicato das Empresas de Serviços Terceirizáveis e Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (SINDEPRESTEM), em parceria com a CEBRASSE, organiza delegação de empresários que participarão do evento, a acontecer na cidade de Toronto, nos dias 15, 16 e 17 de maio. Agenda imperdível para líderes, empreendedores e especialistas nas modalidades de trabalho temporário e serviços terceirizáveis mercados que, entre 2011 e 2012, no Brasil, faturaram R$ 74 bilhões e geraram 2,3 milhões de empregos formais (dados da Pesquisa Anual do SINDEPRESTEM, realizada com apoio da ASSERTTEM). São as modalidades de trabalho que mais se fortalecem nas economias modernas de todo o Planeta. Mais informações sobre as duas agendas internacionais estarão brevemente no site da Cebrasse (www. cebrasse.org.br)


Segurança Privada declara seu apoio ao Major Olímpio Deputado Estadual será candidato a Deputado Federal nas eleições de 2014

N

o dia de 04 de fevereiro passado, o SESVESP realizou um evento no Iate Clube de Santos, em Higienópolis, para declarar seu apoio à candidatura do Dep. Est. Major Olímpio a Deputado Federal. O Major Olímpio obteve 135.409 votos como Deputado Estadual, estando em seu segundo mandato, sempre como representante dos policiais militares e civis. “Em um almoço, o Major Olímpio declarou sua vontade de se candidatar a Deputado Federal e hoje propomos ao setor de segurança que o apoiemos para vir a ser o Deputado Federal da Segurança Privada. Afinal, precisamos de um congressista que tenha segurança privada como prioridade”, abriu o evento José Jacobson Neto, presidente da ABREVIS. “Gostaria de agradecer a todos a oportunidade de poder falar, me posicionar, e me comprometer com um setor fundamental de extrema relevância, grandes geradores de empregos no nosso Estado e no nosso País. Pela minha história de vida, eu tenho afinidade e tenho a condição no exercício de um mandato parlamentar de dar suporte ao setor, porque aprendi que a segurança privada é mais do que necessária e fundamental para um acoplamento da segurança pública, para que se possa efetiva-

mente buscar paz e tranquilidade. Dizer que quanto pior a segurança pública, melhor para a segurança privada não é verdade. Eu me proponho a ser Deputado Federal para tratar das questões relativas a segurança no nosso país que precisam ser resolvidas no plano federal. Tenho acompanhado a luta que estão travando para aprovar um legislação mais moderna para a segurança privada e outras questões como o adicional de periculosidade. Quanto ao adicional, depois de sancionada a lei é que foram verificar a impossibilidade de cumpri-la de uma vez só, já que, em uma análise rápida, a medida impacta a Previdência, e os gastos públicos. Há muito tempo, as instituições policiais tentam obter o adicional de periculosidade, mas nunca se conseguiu justamente pelo aspecto do impacto na folha de pagamento, previdenciário, e outros. Mas, então simplesmente definiram que repassando para o setor empresarial, haveria margens para se discutir ou se repassar de imediato esses valores. Tudo isso está muito errado. Serei, sim, um deputado que terá uma visão focada na segurança pública, até porque 25 anos se passaram da Constituição Cidadã e até agora não houve tempo de regulamentar o papel da Polícia no Brasil

José Jacobson Neto, Pres. da ABREVIS, e o Dep. Est. Major Olímpio

Assessor do Major Olímpio; José Adir Loiola, Pres do SESVESP; e Michel Pípolo (Grupo GPS)

Marcos Serafim (Grupo GPS), Antonio Lopes (Gocil), e Autair Iuga (Pres. do SEMEESP e Dir. da Macor)

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|27| Revista SESVESP


LEGISLAÇÃO

em relação ao texto constitucional. Também vou me dedicar, estudar, e serei com certeza estimulado pelos senhores porque não dá para pensar politicamente num campo maior dentro da segurança pública, sem incluir a segurança privada na parte da solução. Porque não

há qualquer conflito entre a atividade da segurança pública e a necessária atividade da segurança privada. Quero agradecer a todos pela presença, pelo apoio que com certeza ao longo da jornada me darão, e eu não vou decepcioná-los nesse papel. Muito obrigado!

Tatiana e João Batista Diniz (Cadiz); e Sérgio Borges (Mão Forte)

Iuga, João Palhuca (Vice-Pres do SESVESP), e Dr. Felipe Villarinho (advogado do SESVESP) Erick Christensen (Graber), José Luiz (Prosegur), Maurice Braunstein (Garantia Real)

Dr. Felipe, João Bosco (Haganá) e Franklin Kuperman (Treze Listas) Mario Batista de Oliveira (Protege), Flávio Sandrini (Verzani&Sandrini) e Antonio Morante (Proevi)

Waldemar Pellegrino (Ethics), Cesar Leonel da Silva Neto (Gocil) e Amauri Soares (Master Security)

César, Amauri, José Evaldo Vieira (Iron) e Sidney Tinoco (Muralha)

Revista SESVESP

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Franklin e Alexandre Kuperman (Treze Listas) e Washinton Cinel (Gocil)

Washington, Berardino Fanganiello, Victor Saeta de Aguiar (Pres. da FESESUL e Dir. da Pentágono)


PORTARIA

Novas formas de comunicação entre as empresas de segurança privada e seus veículos

A

Coordenação Geral de Controle da Segurança Privada publicou, em 31 de janeiro passado, a Portaria 30.491, que dispõe sobre as normas relacionadas à forma de emprego dos meios de comunicação entre as empresas de segurança privada e seus veículos, e entre os vigilantes que atuam na atividade de transporte de valores. Com base em entendimentos de especialistas na área de segurança privada e em telecomunicações, concluiu-se que a radiocomunicação é mais eficiente do que a telefonia celular convencional, por garantir maior segurança às operações e permitir uma forma de comunicação mais rápida, direta, segura e que, em certas circunstâncias, independe de sinal de cobertura de operadora. Entretanto, o sistema de telefonia pode ser admitido em situações excepcionais, como forma de viabilizar a comunicação ininterrupta quando não há possibilidade de utilização plena do sistema de radiocomunicação. Além de viabilizar a operacionalidade das empresas, a alternativa do uso da telefonia, nesses casos, seguramente dará mais proteção à integridade física e à vida dos vigilantes, os quais terão condições de manter comunicação permanente com as bases operacionais durante toda a operação, onde quer

que o veículo esteja em território nacional. Para os casos da atividade de transporte de valores, deverá haver duas formas de comunicação que se complementam, sendo a primeira a comunicação por rádio ou equivalente, entre o veículo e a sede ou filial da empresa, e segunda a comunicação entre os vigilantes da guarnição em suas movimentações fora do veículo especial ou comum. O momento mais crítico da operação de transporte de valores é justamente quando os profissionais saem do veículo para realizar os deslocamentos nos estabelecimentos comerciais e financeiros e que, nesses casos, o melhor sistema a garantir maior eficiência, visando a proteção da vida dos profissionais e a segurança dos bens e valores é o de comunicação por rádio em modo direto, conhecido por ponto-a-ponto - “aperte para falar” - PTT - “push to talk”. Nesses casos, não é aceitável que os vigilantes saiam do veículo utilizando apenas aparelhos que dependam de cobertura de operadoras de telefonia celular ou radiocomunicação, pois esse tipo de operação de alto risco requer comunicação rápida, direta, compartilhada entre os vigilantes e que funcione mesmo sem qualquer tipo de sinal ou cobertura de operadoras ou de sistemas SLME ou SLMP. As empresas de segurança privada, principalmente as

que atuam no ramo de transporte de valores, devem ser estruturadas e arcar com os custos de equipamentos e de tecnologias que garantam cada vez mais proteção às pessoas, ao patrimônio e à circulação segura da moeda nacional, por se tratar de uma área sensível e estratégica de atuação, a fim de minimizar o máximo possível a prática da criminalidade violenta. Por fim, existe uma recomendação da ANATEL de que os requerimentos de Autorizações e dos licenciamentos das estações, sejam feitos pelas empresas com

pelo menos quatro meses de antecedência ao início do prazo de vigência das exigências descritas na Portaria. Sendo assim, a Coordenação Geral de Controle da Segurança Privada determinou, através da Portaria, que as empresas especializadas em segurança privada e as possuidoras de serviço orgânico, deverão dispor de equipamentos que permitam a comunicação ininterrupta entre os veículos e a sede da empresa em cada Unidade da Federação em que estiver autorizada. Os veículos deverão conter sistema de

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PORTARIA

radiocomunicação que envolva Serviço Limitado Móvel Especializado - SLME ou Serviço Limitado Móvel Privado SLMP, com funcionamento em toda região metropolitana das cidades onde a empresa possua matriz e filiais. O Serviço Móvel Pessoal - SMP poderá ser usado em substituição ao SLME ou SLMP, desde que esteja em pleno funcionamento um programa aplicativo que, por meio de rede de dados 3G/4G, permita a comunicação com as mesmas características dos sistemas de radiocomunicação. No caso de uso do programa aplicativo, quando da utilização do SMP em substituição ao SLME ou SLMP, a empresa deverá apresentar previamente à Delegacia de Controle de Segurança Privada Delesp ou Comissão de Vistoria - CV: I - cópia do instrumento contratual firmado entre a empresa especializada ou possuidora de serviço orgânico e a prestadora do serviço de comunica-

ção, em que constem expressamente as funcionalidades do aplicativo contratado; II - especificações técnicas detalhadas expedidas pela prestadora do serviço contratado, que demonstrem as funcionalidades do aplicativo por ela desenvolvido; e III - comprovante de regularidade do aplicativo e suas funcionalidades perante a ANATEL, caso necessário. Nas localidades de prestação de serviços de segurança privada diversas da região metropolitana onde a empresa possua matriz e filiais, a empresa poderá utilizar ainda sistema alternativo - Serviço Móvel Pessoal (SMP) ou Serviço Móvel Global por Satélite (SMGS), para fins de cumprir a exigência da ininterrupção da comunicação. As empresas especializadas ou possuidoras de serviço orgânico, autorizadas a realizar a atividade de

CONTRATE SEGURANÇA COM QUALIDADE

transporte de valores, deverão utilizar, além dos sistemas definidos nos artigos anteriores, sistema de comunicação em modo direto, conhecido por ponto-aponto, sendo que cada vigilante da guarnição, inclusive o motorista, deverá usar uma estação consistente em aparelho dotado de botão de acionamento do tipo “aperte para falar” - PTT “push to talk”, para se comunicar simultaneamente com o veículo especial ou comum e os demais integrantes da guarnição, independentemente de sinal de cobertura de rede, durante os deslocamentos externos desses profissionais nas operações realizadas. Os sistemas de comunicação acima descritos serão obrigatórios e passaram a ser exigidos no prazo de seis meses a contar da publicação da Portaria no Diário Oficial da União.

Consulte o SESVESP O Sesvesp, órgão oficial do segmento, recomenda que sejam contratadas Empresas de Segurança que apresentem a documentação necessária para sua plena regularização junto ao Ministério da Justiça. As empresas filiadas ao Sesvesp buscam cada vez mais qualidade e responsabilidade como, por exemplo, a obtenção da Certificação CRS - Certificado de Regularidade em Segurança. O objetivo do Sesvesp é proporcionar aos associados todo o suporte necessário, oferecendo cursos e palestras, além de orientação jurídica, treinamentos e reciclagens, para que possamos oferecer ao mercado Empresas de Segurança com Qualidade.

NÃO CORRA RISCOS. CONTRATE SEGURANÇA COM SEGURANÇA.

Atividade controlada pela Polícia Federal Tel. Delesp-SP (11) 3538-5457

Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica, Serviços de Escolta e Cursos de Formação do Estado de São Paulo

www.sesvesp.com.br Revista SESVESP

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Primeiro Sindicato a obter a Certificação ISO 9000

Tel/Fax: (0xx11) 3858-7360


CERTIFICAÇÕES

Confira as Certificações CRS Empresa

100

95

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25

5

0

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75

25

Ethics Segurança Protege Proteção e Transp. de Valores Belfort Segurança de Bens e Valores Escolta Segurança Haganá Segurança Escola Paulista de Formação V.Mave Iron Valinhos Cadiz Segurança e Vigilância Master Security Segurança Madri Serviços de Segurança Suporte Segurança Fort Knox Evik Vanguarda Segurança Graber Segurança Nacional - Segurança Engefort Sistema de Segurança Verzani & Sandrini Segurança Generall In Protection Vigilância Segurança e Vigilância Sudeste GP - Guarda Patrimonial Quality Serviços de Segurança e Vig Colt Security Power Segurança IGS Segurança Pro Security Segurança Patrimonial Starseg Padrão Segurança Adarga Serv Segurança e Vigilância Impacto Segurança Macor Segurança World Segurança Infratec Segurança Scorpions Centro de Formação GPS Predial Sistemas de Segurança Liberdade Segurança e Vigilância Blue Angels Segurança Privada Engeseg Vigilância Autodefesa Segurança Patrimonial Proseg Segurança e Vigilância Seculum Vigilância e Segurança Suhai Segurança e Vigilância Loyal Vigilância Valmac Vigilância Labor - Segurança Prever Vigilância e Segurança

Cidade

Nº CRS

Jundiaí São Paulo São Paulo São Caetano do Sul São Paulo Campinas São Paulo Valinhos São Paulo São Paulo Campinas São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Barueri São Paulo São Carlos Santo André São Paulo Franca Indaiatuba Campinas Paulínia São Paulo São Paulo São Paulo São Bernardo do Campo Mogi das Cruzes São Caetano do Sul São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São José dos Campos Marília Lins Lorena São Paulo Embu das Artes Osasco Salto São Paulo

S-001 S-003 S-005 S-006 S-007 S-008 S-009 S-010 S-012 S-013 S-015 S-023 S-025 S-029 S-036 S-038 S-039 S-041 S-043 S-044 S-045 S-047 S-050 S-053 S-055 S-057 S-061 S-067 S-068 S-069 S-070 S-072 S-076 S-078 S-080 S-081 S-083 S-086 S-089 S-098 S-106 S-108 S-109 S-113 S-116 S-119 S-122

Validade

10/6/2013 25/10/2013 1/8/2013 18/7/2013 16/5/2013 13/2/2014 3/9/2013 13/8/2013 29/1/2014 30/7/2013 18/12/2013 29/1/2014 26/12/2013 30/8/2013 26/12/2013 28/1/2014 26/12/2013 24/7/2013 18/6/2013 10/12/2013 18/12/2013 16/4/2013 6/12/2013 12/4/2013 23/4/2013 23/4/2013 17/9/2013 22/11/2013 23/1/2014 18/12/2013 8/5/2013 17/1/2014 11/9/2013 3/9/2013 15/8/2013 16/12/2013 9/4/2013 24/7/2013 19/9/2013 23/4/2013 18/6/2013 25/7/2013 7/11/2013 20/6/2013 3/6/2013 25/10/2013 26/6/2013

5

0

novembro / dezembro 2012

|31| Revista SESVESP


CERTIFICAÇÕES Empresa

Proguarda Vigilância e Segurança Ltda Uniseg Vigilância Patrimonial Noventa Graus Segurança Embrasil Empresa Brasileira Faqui Segurança e Vigilância Yamam Segurança Patrimonial Ltda. Brasforce Segurança Privada Base Baixada Santista Segurança Schimitd Segurança Aster Sistemas de Segurança SMA Segurança Privada Renowa Vigilância e Segurança Patrimonial Prevenir Segurança Patrimonial ESIV Vigilância e Segurança Monte Cristo Vig e Segurança Única Sorocaba Vig e Seg Patrimonial

Dados atualizados em 23/02/2013

Cidade

São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Santos Diadema São Paulo Sorocaba Diadema São Caetano do Sul São Paulo Sorocaba Sorocaba

Nº CRS

S-125 S-127 S-128 S-129 S-131 S-136 S-138 S-139 S-140 S-143 S-144 S-149 S-150 S-156 S-158 P-1021

Validade

25/9/2013 15/5/2013 7/10/2013 13/11/2013 29/1/2014 7/11/2013 18/6/2013 18/7/2013 18/7/2013 25/9/2013 20/12/2013 24/7/2013 3/9/2013 13/2/2014 14/1/2014 21/1/2014

Confira as Certificações ISO A tabela abaixo mostra as empresas certificadas ISO no Brasil * Os dados da tabela abaixo só serão atualizados mediante o envio de cópia do certificado, devidamente protocolada, para o Departamento de Assessoria de Comunicação Interna do SESVESP. E-mail: aci@sesvesp.com.br Tel: (11) 3858-7360 rm 218. Assim, a Revista SESVESP isenta-se de qualquer divulgação desatualizada, uma vez que as cópias dos certificados já foram solicitadas para as empresas que constam desta tabela.

Segurança Privada

Certificadora

Certificado

Aster Sistemas de Segurança BSI 9001:2008 Belfort Germanischer Lloyd 9001:2000 Centurion Dnv 9001:2008 Dinâmica Segurança Bureau Veritas 9001:2000 Embrasil Bureau Veritas 9001:2008 Empresa Nacional de Segurança Fundação Vanzolini 9001:2000 Engeseg Brtüv 9001:2008 Escolta Brtüv 9001:2008 Focus Segurança e Vigilância ABS 9001:2008 Fort Knox Sistemas de Segurança Bureau Veritas 9001:2008 GP - Guarda Patrimonial Brtüv 9001:2008 GP - Guarda Patrimonial Brtüv 14001:2004 Graber Abs 9001:2000 Graber ABS 14001:2004 Graber ABS OHSAS 18001 Grupo Engefort DQS do Brasil 9001:2008 Grupo Engefort DQS do Brasil 14001:2004 Iron Segurança Especializada Germanischer Lloyd 9001:2008 Limger DNV 9001:2000

Revista SESVESP

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maio/junho 2011

|33| Revista SESVESP


CERTIFICAÇÕES

Dados atualizados em 23/02/2013

Confira as Certificações ISO

Segurança Privada

Certificadora

Certificado

Liserve Vigilãncia e Transporte de Valores Bureau Veritas 9001:2008 Master Security Bureau Veritas 9001:2000 Nordeste Segurança Eletrônica Bureau Veritas 9001:2008 Ondrepsb Dnv 9001:2000 Padrão Sgs 9001:2000 Pollus Brtüv 9001:2000 Power Germanischer Lloyd 9001:2008 Preserve Segurança e Transporte De Valores BurEau Veritas 9001:2008 Proforte S/A - Transporte de Valores Bureau Veritas 9001:2008 Proguarda Vigilância e Segurança ICQ Brasil 9001:2008 Protege S/A Bureau Veritas 9001:2008 Protege Segurança Eletrônica Bureau Veritas 9001:2008 Quality Segurança e Vigilância Abnt 9001:2008 Rrj Sas Certificadora 9001:2000 Servi Bureau Veritas 9001:2000 Souza Lima Bureau Veritas 9001:2008 Suhai Dnv 9001:2000 Suporte SGS 9001:2008 Transegur Vigilância e Segurança Bureau Veritas 9001:2008 Transegur Vigilância e Segurança Bureau Veritas 14001:2004 Transegur Vigilância e Segurança Bureau Veritas OHSAS 18001:2007 Treze Listas Bureau Veritas 9001:2000 Valmac Brtüv 9001:2008 Vanguarda Fundação Vanzolini 9001:2000 Verzani & Sandrini Bureau Veritas 9001:2008 Verzani & Sandrini Bureau Veritas 14001:2004 Verzani & Sandrini. Bureau Veritas OHSAS 18001:2007 Vise Bureau Veritas 9001:2000 Visel Bureau Veritas 9001:2000 Vigserv Dnv 9001:2000

Cursos De Formação Academia Engeseg Emforvigil Figueira de Almeida FiGueira de Almeida Provig

Cursos de Formação Certificadora Brtüv Bureau Veritas DQS do Brasil DQS do Brasil Bureau Veritas

Certificado 9001:2008 9001:2000 9001:2008 14001:2004 9001:2000

Sindicatos Sindicato

Certificadora Certificado

Sesvesp Brtüv Sindesp-GO ABNT Sindesp-BA ABNT Sindesp-PA BRTÜV Revista SESVESP

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9001:2008 9001:2008 9001:2008 9001:2008


JA&C

SEGURANÇA

www.unifardas.com.br

PARCERIA

AGILIDADE


MAIO DE 2013 – AGENDAS DE NEGÓCIOS NA INGLATERRA E NO CANADÁ

Empresários na rota da globalização de seus negócios Conheça novos produtos, conceitos e tendências que movimentam o mercado de vários países, amplie a visibilidade de sua empresa e faça contatos estratégicos em ambientes de negócios diversificados e de grande público. Faça parte da delegação da CEBRASSE nestes dois megaeventos consecutivos, e coloque sua empresa na rota da internacionalização

Bringing together the entire security buying chain

E

m Birmingham, a segunda cidade mais importante do Reino Unido, a edição 2013 desse megaevento mundial do setor de segurança será visitada pela delegação da Cebrasse nos dias 13 e 14 de maio. Sistemas de imagens, alarmes, controles de acesso e biometria, segurança física, segurança integrada, edifícios inteligente, combate ao terrorismo e outras inovações de 650 fabricantes, fornecedores e distribuidores

de mais de 100 países, serão foco das atenções no Centro Nacional de Exposições da Birmigham –NEC. Começa em Londres, entre os dias 8 e 10 de maio, a agenda de nossos empresários na Inglaterra. Serão visitas e reuniões junto a entidades e empresas locais do setor de serviços, para que conheçam oportunidades de investimentos e acesso ao mercado britânico, identificando claros potenciais de negócios e parcerias.

CIETT

Conferência Mundial do Emprego 2013

E

ntre 15 e 17 de maio, a Associação de Pesquisas de Emprego e Mão de Obra do Canadá será anfitriã do evento anual da Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego CIETT 2013 - da qual o SINDEPRESTEM é membro. Na cidade de Toronto, a Conferência Mundial do Emprego 2013 e a Conferência Anual da entidade focarão tendências de desenvolvimento do mercado de trabalho temporário e serviços terceirizáveis em todo o Planeta. Agenda imperdível para líderes, empreendedores e especialistas nas modalidades de trabalho temporário e serviços terceirizáveis - mercados que, entre 2011 e 2012, no Brasil, faturaram R$ 74 bilhões e geraram 2,3 milhões de empregos formais (dados da Pesquisa Anual do SINDEPRESTEM). São as modalidades de trabalho que mais se fortalecem nas economias modernas de todo o Planeta. informações: (11) 3251.0669 ou institucional@cebrasse.org.br

CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS – CEBRASSE — Av. Paulista, 726 - 7ºAndar Cj. 710 Bela vista — São Paulo - SP — CEP 01310-100 — Tel.: (11) 3251-0669 / Fax: (11) 3253-1864 — www.cebrasse.org.br


MERCADO

Como evitar a espionagem corporativa *Laurent Serafini sócio-diretor da Velours International no Brasil

Na França, uma pesquisa revelou que metade das pequenas e médias empresas vítimas de roubo de informações pediu falência dois ou três anos depois do ocorrido.”

A

espionagem corporativa existe praticamente desde que existe economia. No entanto, com o advento da internet, essa prática se potencializou trazendo sérios perigos às empresas. A atividade consiste em colher dados empresariais sigilosos de maneira ilícita e usá-los ou até mesmo vendê-los de modo a prejudicar a empresa que, com segurança e atenção às minúcias pouco valorizadas, pode reduzir este sério risco. Se pegarmos o caso de uma startup - ou seja, uma empresa que está nascendo e, portanto, lutando para conquistar seu espaço e crescimento - ou de uma empresa de médio porte que esteja lançando um serviço ou produto inédito, um roubo de informações pode custar sua consolidação ou até seu futuro. Na França, uma pesquisa revelou que metade das pequenas e médias empresas vítimas de roubo de informações pediu falência dois ou três anos depois do ocorrido. Porém, como o roubo de dados está diretamente ligado ao nome e à imagem das empresas, dificilmente é admitido, dificultando a mensuração dos dados e o possível melhoramento do setor. As empresas envolvidas preferem não externar

o ocorrido para preservarem sua imagem e evitar que se tornem ainda mais vulneráveis. Para que a companhia possa se proteger da espionagem corporativa, o primeiro passo é admitir o risco e ter consciência de que todas as empresas estão suscetíveis a isso, indiferente do ramo de atividade ou do porte. O pensamento não deve ser de “se a crise acontecer”, mas sim “quando a crise acontecer”, ou seja, é reconhecer a fragilidade e antever as ações a serem tomadas na crise. Efetuar uma auditoria, mapeando os riscos (operacionais, financeiros, sociais, jurídicos, ambientais, de fraude e de imagem) e identificando as vulnerabilidades, é crucial para que se iniciem os planos gerais de segurança, com as ações cabíveis, além da conscientização, capacitação e treinamento dos colaboradores. Implantar uma rotina de trabalho e um comportamento seguro dos colaboradores pode evitar que informações sigilosas sejam disseminadas para fora da empresa. Afinal, tão importante quanto possuir um sistema de segurança adaptado contra os ataques de hackers ou crackers, é o fato das empresas estarem atentas para minúcias como a falta de preparo ou

de atenção de seus colaboradores, que podem transmitir as informações, mesmo que involuntariamente, por meio de um simples telefonema. Por fim, criar programas de motivação e identificação do funcionário com a empresa também é uma medida preventiva contra a espionagem. Na pior das hipóteses, um trabalhador descontente pode até vir a praticar, ele mesmo, a espionagem, copiando e enviando por e-mail um arquivo, salvando em pen-drives ou FTP (Protocolo de Transferência de Arquivos) e, posteriormente, vendendo a informação ou a usando em proveito próprio em ato de revanchismo contra a companhia. Em uma época em que os cargos estão cada vez mais flexíveis e a permanência em uma mesma empresa cada vez menor, o colaborador costuma ser menos comprometido e, assim, dá menos valor e importância ao sigilo. Portanto, compete aos líderes estarem atentos às atividades mais corriqueiras para que não possam se tornar uma arma contra a própria empresa.

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ARTIGOS

Intraempreendedorismo: Desenvolvendo a cultura de dono

Tom Coelho Educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países.

Todo empreendedor precisa de duas coisas: acordar de manhã com desejo pelo desafio e terminar o dia com reconhecimento pelo que foi feito.” (Luiz Fernando Furlan)

Revista SESVESP

O

conceito de intraempreendedorismo, também denominado empreendedorismo corporativo, foi apresentado em 1985 por Gifford Pinchot III, em sua obra homônima cujo subtítulo dizia: “Por que você não precisa deixar a empresa para tornar-se um empreendedor”. De fato, a interpretação do empreendedor como sendo dono do próprio negócio está ultrapassada. A visão coerente remete ao executivo capaz de agir como se fosse um dos principais gestores de uma organização. Veja dez requisitos para promover o intraempreendedorismo em sua corporação. 1. Espírito empreendedor. Significa desenvolver cultura de dono e perseguir o resultado. Uma empresa privada deve ter como propósito fundamental ser lucrativa e rentável – evidentemente não a qualquer preço. Uma empresa pública, por sua vez, deve postular a excelência no atendimento à população e a boa gestão dos recursos. 2. Visão sistêmica. Combater a feudalização no ambiente profissional. Os diversos departamentos ou setores de uma companhia não são mundos isolados e dissociados. Por isso, deve-se estimular o trabalho em equipe com visão holística. A frase “Isso não é da minha área” representa a heresia máxima a ser superada.

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3. Valores alinhados. Os princípios que guiam o processo decisório e balizam o comportamento representam o caráter, a essência e o destino de uma organização. Assim, valores pessoais e corporativos devem estar em sintonia, definindo o perfil de quem pode e deve vestir a camisa da empresa. 4. Metas e planejamento. Os objetivos devem ser explícitos e compartilhados e o planejamento deve ser tática, operacional e estrategicamente definido horizontalmente, e não “de cima para baixo”.

5. Excelência. Dar um basta na mediocridade. O possível não é admissível quando o melhor é esperado. O intraempreendedor não tem sua agenda ditada pelo relógio ou pelo calendário, não se esquiva ou transfere responsabilidades, não realiza ou delega tarefas apenas para ver-se livre. 6. Comprometimento. Remuneração adequada e atrelada a resultados, programa de benefícios, plano de carreira, treinamento e desenvolvimento são apenas pré-requisitos básicos a serem oferecidos aos colaboradores. A desejada retenção de talentos demanda aspectos intangíveis como reconhecimento, valorização, clima organizacional estimulante, espaço para a realização de sonhos pessoais e celebração de conquistas. 7. Comunicação. Estabe-

lecer parâmetros para uma comunicação aberta, abrangente e objetiva, isenta de ambiguidades, onde opiniões são ouvidas, debatidas sem censura e acolhidas por consenso. 8. Marketing. Difundir a compreensão básica de que o marketing não é atribuição de alguns, mas responsabilidade de todos e a construção de uma marca é um processo paulatino para gerar vínculo cognitivo e emocional com o consumidor. 9. Inovação. Em um mundo comoditizado, onde produtos, serviços e pessoas são tão semelhantes, a perenidade exige adaptação contínua, inovação constante e diferenciação permanente. 10. Qualidade de vida. O desequilíbrio entre vida pessoal e profissional é a maior fonte de ansiedade e angústia dos trabalhadores da atualidade. Proporcionar meios para conciliar suas “Sete Vidas” (física, afetiva, profissional, cultural, social, material e espiritual) é o melhor instrumento para sua fidelização. As tarefas e as metas não podem ser um fardo; o ambiente e as pessoas não podem ser desagradáveis. Assim, a paixão verdadeira pelo trabalho deve ser o combustível a motivar empreendedores e intraempreendedores em sua jornada diária em busca de edificar grandes realizações e deixar um legado autêntico e inspirador.


Novos obstáculos ao empreendedor brasileiro: a volta da inflação e o aumento de salário

Diogo Schroeder Horn Empresário e associado do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)

Com um mercado dinâmico e a possibilidade de haver uma onda inflacionária, junto ao aumento de salários da mão de obra e a grande rotatividade de pessoas dentro das empresas, torna o dia a dia dos empresários brasileiros mais desafiador”

O

povo brasileiro é reconhecido no mundo inteiro como um dos mais empreendedores. O “jeitinho brasileiro” somado a criatividade e a necessidade do sustento próprio com a possibilidade de bons ganhos no médio e longo prazo, faz com que milhares de pessoas sonhem e concretizem o seu próprio negócio. Muitas empresas são criadas diariamente no País, sejam elas informais, de pequeno ou médio porte ou até mesmo grandes corporações envolvendo muito capital. Este movimento é muito importante para a nossa economia, pois o fato de empregar pessoas é uma das atividades mais saudáveis para o desenvolvimento de uma sociedade. Porém, o empreendedor brasileiro já nasce como um herói. A adversidade já aparece antes mesmo do negócio nascer. O tempo tomado para a abertura de empresas no país é muito alto devido à extensa burocracia da nossa atual legislação. Caso o negócio exija a contratação de funcionários, aparece então mais um desafio ao empreendedor: achar mão de obra qualificada em uma economia de pleno emprego com alto índice de rotatividade. O pleno emprego é muito

bom para nossa economia, mas o seu efeito negativo é o famoso “pipocar” dos novos trabalhadores. São comuns os casos em que vezes, funcionários mudam de emprego por uma pequena quantia superior em seus salários e não dão a chance de construir uma carreira sólida na empresa que recém iniciaram. Neste caso o empreendedor perde muito tempo e recursos com uma alta disponibilidade de horas de treinamento em suas empresas. O mercado segue em constante transformação, o que é muito positivo para o ambiente produtivo dos negócios. Novas ideias, cenários e tendências compõem um clima muito fértil para o surgimento de novos produtos e serviços. Agora, quando estas transformações acontecem em função de uma má gestão do estado com atitudes políticas mal pensadas, isso é muito ruim. Uma situação péssima para nós empreendedores é a volta da inflação. Medidas que o governo tomou como valorização da moeda tornando o dólar mais caro, aumento dos gastos públicos, estímulo demasiado ao crédito e uma redução acentuada da Selic estimularam bastante o aumento dos índices de inflação, que estão na casa dos 6% nos últimos 12 meses. O aumento dos preços

é muito visível no nosso dia a dia. Para quem vai ao supermercado mensalmente é nítida esta evolução dos preços, seja no aumento do leite, do pão, material de limpeza e de produtos importados. O fato é que este aumento reflete em toda cadeia produtiva. Para novos empreendedores este é um cenário novo. Precificar seus serviços e produtos já é uma tarefa árdua. Agora, corrigir seus valores perante aos novos clientes, tendo entrado recentemente no mercado, isso sim exige uma habilidade empresarial nata, e poucos conseguem fazer isso com grande proeza. Em meio a um ambiente desafiador em que o novo empreendedor brasileiro vive, três características são fundamentais para ter sucesso em frente a este cenário: ter disciplina estratégica, bom raciocínio matemático e uma boa gestão de pessoas. Falar eu sei que é fácil, mas se na prática conseguirmos tocar nossas empresas com estes lemas em mentes, teremos boas chances de perdurarmos com nossas empresas, mesmo com cenários adversos e com constantes mudanças.

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EVENTO

SESVESP realiza curso sobre Balanced Scorecard

N

os dias 24 e 25 de outubro passado, o SESVESP realizou, em sua sede, o curso Gestão Estratégica com o Uso do BSC - Balanced Scoredcard. O curso foi orientado a atender profissionais que participem ou irão participar de projetos de construção do Balanced Scorecard e àqueles que buscam um melhor entendimento da abordagem para utilização no dia a dia da Gestão Estratégica. O curso foi ministrado por Fábio Fontanela Moreira, sócio-diretor da 3GEN Gestão Estratégica, especialista em execução de estratégias, e Roberto Campos de Lima, Sócio-Diretor da 3GEN Gestão Estratégica, Roberto vem trabalhando como consultor de empresas desde o ano 2000, atuando em organizações privadas, públicas e do terceiro setor no Brasil, América do Sul e Europa. O curso abrangeu os seguintes tópicos: Módulo 1: Estratégia e os seis vetores da execução

- O que é estratégia; - Os seis vetores da execução; - O Balanced Scorecard; - O projeto de construção do BSC; Módulo 2: Construção do Mapa Estratégico

- Mapa Estratégico; - Objetivos estratégicos; - Perspectivas;

Revista SESVESP

Os participantes do curso e o especialista em Gestão Estratégica, Roberto Campos de Lima

- Relações de causa e efeito; - Proposta de valor;

Projetos - GEP; - PMO - Project Management Office;

- Conectando a estratégia com os processos organizacionais (FCS);

Módulo 3: Definição de Indicadores

Módulo 6: Fase de Formulação: Desdobramento e Alinhamento da Estratégia

Módulo 7: Comunicação

- Indicadores de desempenho estratégico; - Diferença entre indicador de resultado e indicador de esforço; - Operacionalização de indicadores;

- Alinhamento da operação à estratégia; - Modelos de desdobramento; - Desdobramento para equipes e indivíduos;

- Processo de comunicação da Gestão Estratégica; - Plano de comunicação; Módulo 8: Definição do Modelo de Gestão

- Gestão Estratégica; - Modelo de Gestão.

Módulo 4: Definição de Metas

- Definição de metas; - Estabelecimento de metas de longo prazo; - Metas de longo prazo e de curto prazo; Módulo 5: Definição de Projetos Estratégicos

- Conceito de projetos e de projetos estratégicos; - Seleção e priorização de projetos estratégicos; - Gestão Estratégica de

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João Palhuca elogiando o curso e seus participantes



ABSEG

Palavra da Diretora Regional Nordeste 2012 foi um ano de conquistas para ABSEG: novos associados fortaleceram nossa entidade, mais profissionais com a certificação ASE, o sucesso do COBRASE e outros eventos com público expressivo, realização da 1ª edição do Prêmio ABSEG, novo site, presença em vários eventos importantes para o segmento, ótimas dis-

cussões e troca de conhecimentos na rede, enfim, tivemos grandes motivos para comemorar... e comemoramos! 2013 não será diferente, esse ano vamos continuar desenvolvendo trabalhos com respeito e elevar o nome da ABSEG no cenário da segurança no Brasil, dando ênfase a valorização do

profissional. Venha fazer parte dessa família como associado, o crescimento e fortalecimento da ABSEG depende da sua participação. Um grande abraço a todos! Cristiane Santana, ASE Diretora Regional Nordeste

Cristiane Santana, ASE Diretora Regional Nordeste

ABSEG em Fortaleza/CE ‘O Cenário da Segurança nos Grandes Eventos Esportivos’ foi o tema do 5º Encontro dos Profissionais de Segurança realizado no dia 07/12/2012 em Fortaleza/CE. O evento, organizado pela ABSEG e apoiado pela Security Training Center e Bolsa de Responsabilidade Social (BRS), reuniu profissionais de segurança pública e privada de diversos setores. Os participantes foram privilegiados com palestras de alto nível ministradas pelos Drs. Andrade Júnior e Adelar Anderle, os quais abordaram o contexto da segurança pública e priva-

da, respectivamente. Durante as exposições muitos assuntos foram desmistificados, haja vista que embora Fortaleza seja cidade-sede das Copas das Confederações (2013) e do Mundo de Futebol (2014) poucas pessoas tinham conhecimento da estrutura e do aparato que existe nos bastidores de eventos desse porte. Saulo Pessôa, Diretor Estadual da ABSEG em Pernambuco, esteve presente e ficou bastante satisfeito com os conteúdos apresentados. “Sem dúvidas se tratou de evento enriquecedor

COBRASE 2013 O ano será marcado por varias campanhas de atuação da ABSEG, escrevendo a nossa história de sucesso promovendo e ofertando benefícios diferenciados aos nossos associados. O fortalecimento da networking será presente e ativa.Uma das oportunidades oferecidas é o COBRASE XXV. Em breve toda programação!

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Saulo Pessôa, Dr. Andrade Júnior, Cristiane Santana e Dr. Adelar Anderle.

e esclarecedor e que, acima de tudo, comprova que a integração segurança pública e privada já é uma realidade”, ressalta Saulo, revelando que pretende promover algo similar em seu Estado. Para Cristiane Santana,

Diretora Regional Nordeste, o Encontro atingiu seu objetivo, vez que promoveu a interação entre os profissionais, agregando conhecimento específico para o novo cenário que se avizinha.


ABSEG encerra mais um ano celebrando suas conquistas! Por Sérgio Almeida, Diretor e Organizador dos Encontros SP “Durante a confraternização da ABSEG em São Paulo, o presidente, Ricardo Tadeu, agradeceu e homenageou, com a entrega de uma placa de reconhecimento, os profissionais Ricardo Coelho, Igor Pipolo, Tatiana Diniz, Marcos Nascimento e Tarcísio Neves, pela dedicação e trabalho com que sempre conduziram a entidade. Em seu discurso, o presidente ressaltou sua alegria em assumir a nova gestão da associação e a importância da participação ativa dos associados e de cada membro da diretoria em prol do seu crescimento e fortalecimento”. Ficamos extremamente felizes em compartilhar esses resultados com nossos associados e parceiros que participaram das confraternizações da ABSEG ocorridas em São Paulo/SP (27/11), Fortaleza/CE (07/12), Aracaju/SE (14/12) e Salvador/BA (15/12). Nosso muito obrigado pelo incentivo! Vamos em frente!

Encontro de São Paulo

Homenageados em São Paulo: Igor Pípolo, Helio Ferraz, João Batista de Moraes, Tatiana Diniz e Eytan Magal

Encontro da Bahia

II Seminário de Segurança Privada do Vale do Paraíba O II Seminário de Seguran-

Rio de Janeiro, o qual discorreu

ça Privada do Vale do Paraí-

com toda a propriedade sobre

ba, coordenado pelo vigilante,

a aplicação da inteligência no

José Luiz R.Costa, foi realizada

competitivo contexto empre-

na Faculdade Dom Bosco, em

sarial. Uma vez que a região

Resende, RJ. O evento, contou

do Vale do Paraíba apresenta

com a participação do nosso

uma expressiva concentração

companheiro e associado Carlos

de empresas e indústrias di-

Alberto Caruso, que abordou

versas, a participação de pro-

o desenvolvimento pessoal e

fissionais da segurança privada

profissional na área de segu-

ao evento ainda pode e deve

rança, bem como a palestra do

aumentar nas próximas edi-

Coronel Romeu Antônio Fer-

ções do Seminário. Afirmou

reira, especialista em inteli-

Vinicius Cavalcante, Diretor

gência e ex-Subsecretário de

da ABSEG que esteve presente

Segurança Pública do Estado do

no Seminário.

Encontro de Sergipe

Encontro do Ceará

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AGENDA

Feiras & Eventos

Março de 2013 a Agosto de 2013

05 E 06 DE MARÇO DE 2013

14 A 16 DE MAIO DE 2013

SECURITY SHOW

MAGNUM SHOW

Local: Balneário Camboriu - SC Organização: Sindesp-SC e ABESE Informações: www.securityshow.com.br

Feira Internacional de Armas, Munições, Cutelaria e Acessórios

9 A 12 DE ABRIL DE 2013

LAAD 2013 Local: Riocentro - RJ Organização: Clarion Events Ltd. Informações: www.laadexpo.com.br 10 A 12 DE ABRIL DE 2013

CARDS PAYMENT & IDENTIFICATION 2013 Local: Transamérica Expo Center - SP Organização: BTS Informa Informações: www.cards-expo.com.br

Local: Centro de Exposições Imigrantes Organização: Grupo Cipa Informações: www.cipanet.com.br 14 A 16 DE MAIO DE 2013

BLINTECH III Feira Internacional de Tecnologia de Blindagens Local: Centro de Exposições Imigrantes Organização: Grupo Cipa Informações: www.cipanet.com.br 22 A 23 DE MAIO DE 2013

16 A 18 DE ABRIL DE 2013

ISC BRASIL Feira e Conferência Intl de Segurança Local: Expo Center Norte Organização: Reed Ehxibition Alcântara Machado Informações: www.iscexpo.com.br 17 A 19 DE ABRIL DE 2013

EVENTO BUSINESS SHOW 2013 Local: Centro de Convenções Frei Caneca Organização: EBS Feiras e Editora Informações: www.feiraebs.com.br 12 A 14 DE JUNHO DE 2013

CIAB FEBRABAN 2013

IX FESP Fórum Empresarial de Segurança Privada

Local: Transamérica Expo Center - SP Organização: FEBRABAN- Fed. Brasileira dos Bancos Informações: www.ciab.com.br

Local: Campos do Jordão - SP Organização: SESVESP Informações: www.sesvesp.com.br

13 A 15 DE AGOSTO DE 2013

06 A 09 DE MAIO DE 2013

APAS 2013 Local: Expo Center Norte - SP Organização: APAS- Associação Paulista de Supermercados Informações: www.feiraapas.com.br 14 A 16 DE MAIO DE 2013

EXPOSEC Feira Internacional de Segurança Local: Centro de Exposições Imigrantes Organização: Grupo Cipa Informações: www.cipanet.com.br 14 A 16 DE MAIO DE 2013

HIGIEXPO 2013 Local: Expo Center Norte - SP Organização: ABRALIMP Informações: www.higiexpo.com.br 14 A 16 DE AGOSTO DE 2013

EXPO PROTEÇÃO 2013 Local: Expo Center Norte - SP Organização: Proteção Eventos Informações: www.protecaoeventos.com.br 19 A 21 DE AGOSTO DE 2013

EXPO.LOGÍSTICA RIO 2013 Local: Royal Tulip - RJ Organização: ILOS- Inst. de Logística e Supply Chain Informações: www.expologistica.com.br

FOR CITY

21 A 23 DE AGOSTO DE 2013

Feira Brasileira dos Fornecedores Municipais

BRASEG

Local: Centro de Exposições Imigrantes Organização: Grupo Cipa Informações: www.cipanet.com.br

Feira Brasileira de Segurança e Proteção

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Local: ExpoMinas - Belo Horizonte - MG Organização: Grupo Cipa Informações: www.cipanet.com.br


SORRIA

Enquanto isso, na farmácia...

TRABALHO OU PRAZER O presidente de uma Grande empresa, sentado em sua enorme sala sem absolutamente nada para fazer, começa a pensar sobre o que é trabalho e o que é lazer em seu dia.

Numa pequena cidade do interior, uma mulher entra em uma farmácia e fala ao farmacêutico: - Por favor, quero comprar arsênico. - Mas... Não posso vender isso ASSIM! Qual é a finalidade? - Matar meu marido!!! - Pra este fim...? Piorou... Não posso vender!!! A mulher abre a bolsa e tira uma fotografia do marido, transando com a mulher do farmacêutico! - Ah bom!... COM RECEITA É OUTRA COISA!!!

Após uma enorme lista de diversões, ele chegou na hora em que transa com sua esposa, com a qual já está casado há 15 anos. Sem conseguir concluir ao certo se transar com sua esposa é trabalho ou prazer, ele chama o vice-presidente em sua sala. Um pouco menos desocupado, o vice para de ler as reportagens sobre a empresa que haviam sido publicadas no jornal e vai até a sala do Presidente que lhe pergunta: - Transar com minha esposa é trabalho ou prazer? O vice pensa alguns segundos e incerto da resposta pede duas horas para responder. Volta para sua sala, chama o diretor geral da empresa e faz a mesma pergunta: - Quando o presidente dorme com a mulher dele, é trabalho ou prazer? O vice dá ao diretor geral o prazo de uma hora para responder. Imediatamente o diretor geral, mesmo sem nada para fazer, delega a função ao diretor jurídico que passa a pergunta para o advogado sênior e assim vai até chegar ao advogado júnior. Assim como o resto da empresa, o advogado júnior fica na dúvida e vai até a mesa de seu estagiário: - Você tem cinco minutos para descobrir se quando o presidente transa com a mulher dele é trabalho ou prazer. O estagiário, então, sem parar de digitar com a mão direita e separar uma pilha de documentos com a mão esquerda, olha para o advogado júnior por cima das milhares de pastas que estão em sua mesa e responde: - É prazer. Espantado com a rapidez e confiança da resposta do estagiário, o advogado júnior pergunta: - Mas como você tem tanta segurança em sua resposta? Ainda sem parar de trabalhar, o estagiário responde: - Por que se fosse trabalho era eu quem ia fazer!

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Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica, Serviços de Escolta e Cursos de Formação do Estado de São Paulo

Presidente 1º Vice Pres. Executivo 2º Vice Pres. Executivo REVISTA SESVESP Órgão Oficial do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, SegurançaEletrônica,Serviçosde Escolta e Cursos de Formação do Estado de São Paulo R. Bernardino Fanganiello, 691 CEP 02512-000 São Paulo/SP Fone/Fax: 11 3858-7360 aci@sesvesp.com.br Editora e jornalista responsável Lilian Ferracini – MTB 27029 Fotografia Lilian Ferracini João Rubens Shinkado Revisão CN Editorial e Serviços Ltda. Diagramação Ferracini Comunicação e Serviços Ltda. Projeto Gráfico WE2 Design

Publicação Bimestral NOVEMBRO / DEZEMBRO 2012 A redação da Revista Sesvesp

José Adir Loiola João Eliezer Palhuca Autair Iuga

Nacional Evik Macor

Francisco Lopes Waldemar Pellegrino Jr. Carlos Eduardo Escobal Antonio Dias Felipe Amauri de Oliveira Soares Sérgio Luiz Barbosa Sérgio João Laganá Pinto Clober Toledo José Evaldo Vieira Washington Umberto Cinel João Batista Diniz Jr. Berardino Antonio Fanganiello Sidney Tinoco Victor Saeta de Aguiar José Jacobson Neto Frederico M. J. de Almeida Lindolpho Valentim Cunha Jr. Alfredo Vieira Ibiapina Neto Clodomir Ramos Marcondes

Ideal Ethics Prosegur Power Master Security Mão Forte Impacto Centurion Iron Gocil Cadiz GP Muralha Pentágono GP Scorpions Essencial Embrasil Power

Antonio Salvador Morante Marcelo Baptista de Oliveira Flávio Sandrini Baptista Marco dos Santos Suhai Odiva Oliveira Sene James Silva de Azevedo Carlins Ferraz dos Santos João Bosco Suzano Giantaglia Luiz Fernando Bazeggio

Proevi Protege Verzani & Sandrini Suhai Vanguarda Escolta V.Mave Haganá Suporte

José Adir Loiola João Eliezer Palhuca Maurice Braunstein Mário G. Baptista de Oliveira

Nacional Evik Garantia Real Provig

Manoel Santalla Montoto Mirian Bazote João José A. de Almeida Félix Maia Deuci Fátima Soares Erasmo Aparecido Prioste

Comando Port Engefort Engeseg Escola Paulista Security

DIRETORIA

Cursos de Formação Segurança Eletrônica Escoltas Administrativo Financeiro Assuntos Jurídicos Relações de Mercado Social Pequenas Empresas Marketing Institucional InterSindical Patrimonial Suplente Suplente Suplente Suplente Suplente Suplente CONSELHO FISCAL

Presidente Titular Titular Titular Titular Suplente Suplente Suplente Suplente DELEGADOS

Federativo Titular Federativo Titular Federativo Suplente Federativo Suplente

não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em matérias assinadas por

DELEGACIAS REGIONAIS

colaboradores

Santos ABC São Carlos São José dos Campos Campinas Bauru

Revista SESVESP

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Foto ilustrativa

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