VIDA BRASIL TEXAS, EDIÇÃO DE SETEMBRO 2019, CELEBRAMOS O ANIVERSÁRIO DE 27 ANOS DO NOSSO JORNAL

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Ano- Edição 27 - Edição Março2019 - 2019Texas: Houston - Dallas - SãoRio Paulo: Campinas e ValinhosMexico: Guadalajara. Ano 27 Setembro - USA: Houston - Dallas - Brasil: de Janeiro, Campinas, Valinhos - México: Guadalajara.

Nesta Edição Nesta Edição -------------------Brazil-Texas Chamber of Notícias Commerce – BRATECC –

incentiva a vinda de negócios brasileiros paramovimento o Texas Carnaval: cresce

Valor de produção agrícola de 2018 bate recorde, com R$ 343,5 bilhões Fonte - Agência Brasil

em estradas e rodoviárias de São Paulo

A BRATECC – Brazil-Texas Chamber of Commerce, juntamente com a AMCHAM - American Chamber of Commerce for Brazil, está mais uma vez promovendo e incentivando a expansão de negócios brasileiros no estado do Texas. Pg.3

Festa da Independência

O feriado prolongado de Carnaval prevê que 2,5 milhões de veículos deixem a Grande São Paulo com destino ao interior e litoral paulistas, de acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). O trânsito deve se intensificar a partir das 11h de hoje (1º). Pg. 6

Janeiro registra criação de 34,3 mil empregos formais

7 de setembro 1992 - Nasceu o nosso Jornal Vida Brasil Texas, começamos a celebrar hoje 27 anos na luta. Abaixo, alguns dos nossos A criação de empregosde com carteira assie patrocinadores semJornal eles seria continuar o nosso trabalhohoje, impresso e hoje em dia Digital,nossa em todo o Texas, 7eternos de setembro deo1992 - Nasceu Vida impossível Brasil Texas, começamos a celebrar 27 anos na luta, servindo comunidade. nada iniciou ofiéis ano amigos com segundo melhor o nosso nível para o mês alguns em seis anos. Segundoamigos, considerado um dos mais antigos de todas as comunidades brasileiras de todo Estados Unidos. Vejam abaixo, dos nossos eternos e fiéis patrocinadores, sem eles seria impossível continuar nosso trabalho impresso no Texas. dados divulgados pelo Cadastro Geral de Estamos entre os mais antigos Jornais da comunidades brasileira nos Estados Unidos. Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, 34.313 postos formais de trabalho foram criados no último mês. Pg. 6 Publicada prorrogação de crédito a produtores rurais de Brumadinho

Notícias

Fernanda Noronha

Is a Brazilian singer-song special guests celebrate the 12th Brazilian Carnaval

w.CosmeticSmiles.com

O Diário Oficial da União traz hoje (1º) a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que prorroga operações de crédito para produtores rurais de Brumadinho, em Minas Gerais.De acordo com a resolução, os produtores rurais e os agricultores familiares de regiões atingidas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, ficarão seis meses sem pagar parcelas do crédito rural.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na última quarta-feira (27) a prorrogação do vencimento das operações para o início de julho. Com a medida, as parcelas que vencem entre janeiro e julho poderão ser pagas até 1º de julho. Segundo o Ministério da Economia, o adiamento tem como objetivo evitar a inadimplência dos produtores afetados pela tragédia de Brumadinho.

Houston Texas

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Fernando Alvares

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Editorial

Jornal Vida Brasil Texas – 27 anos de muita luta.

Editor Sergio Lima Diretor de Arte e Diagramação Sergio Lima Colaboradores Claudio Teixeira Valter Aleixo Osvaldo Tetaze Mario Araujo Maria Luiza Rosalen

Sergio Lima começou há vinte e sete anos uma luta solitária. A luta de informar, integrar, agregar e construir. Seu jornal, que hoje completa 27 anos, é o retrato da perseverança e dedicação. Um caminho que ele caminhou quase só e sempre contou com o que ele tem de melhor: determinação. Hoje, minha homenagem ao Jornal Vida Brasil Texas, vem ao encontro do que o Brasil precisa mais: liberdade de imprensa e democracia. Irmãs gêmeas que precisam caminhar juntas. Na era dos ´´Fake News´´, da notícia distribuída por mídia social sem responsabilidade, o trabalho do Sergio Lima aparece na contra corrente. Sempre preciso, sempre rigoroso e sempre educado no trato da informação. Outro dia um amigo me contou uma boa: - Ariel, você sabe qual é o único dia do ano que as pessoas desconfiam das notícias que saem na internet? - Não sei. - Dia primeiro de abril. O dia da mentira. No tempo atual todo o dia tem que ser primeiro de abril. Todo o dia é dia de desconfiar da informação na internet. As ações, como as do Sergio Lima que há vinte sete anos se obriga a levar a correta e isenta informação para seus leitores, me fazem acreditar que não importa o governo, não importa o partido, não importa a pessoa. No Brasil de hoje o que realmente importa é a informação de qualidade (com liberdade) e democracia (com eleições honestas, livres e periódicas). Essas são as bússolas que levaram o Brasil no rumo certo. Parabéns Sergio. Parabéns leitores do Jornal Vida Brasil Texas. Texto - Ariel Seleme

vidabrasil@hotmal. com

19- 991754473

Vice Consul do Brasil em Honduras Escritor e colaborador do Vida Brasil Texas vários anos.


Brazil-Texas Chamber of Commerce – BRATECC – incentiva a vinda de negócios brasileiros para o Texas A BRATECC – Brazil-Texas Chamber of Commerce, juntamente com a AMCHAM - American Chamber of Commerce for Brazil, está mais uma vez promovendo e incentivando a expansão de negócios brasileiros no estado do Texas. Seu novo projeto, o TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE 2ª Edição é uma publicação que busca apresentar o estado do Texas como opção número 1 para o empresariado brasileiro para internacionalização de suas empresas e abertura de novos negócios.

Os eventos acontecem em todas regiões do Brasil e atendem a nichos específicos como Energia, Agricultura, Saúde, Compliance, Logística, etc. O TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE apresenta os pontos fortes do Texas e mostra porque o Lone Star State deve ser escolhido pelo empresariado brasileiro, e suas familias como destino de seus investimentos empresariais e, por que não, para a continuação de sua Educação Superior e carreira. Além disso, o Guia é um ótimo meio de divulgação para empresas brasileiras já instaladas no Texas e que buscam ser reconhecidas institucionalmente pela Comunidade Brasileira. Empresas, instituições de Ensino, profissionais, brasileiros ou americanos que prestam serviços diversos à Comunidade Brasileira no Texas, também têm a chance de beneficiar-se grandemente do patrocínio e publicidade na publicação. A Rice University e o Porto de Houston já garantiram seu lugar na publicação!

O TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE integra o projeto How To Do Business In the US, da AMCHAM, e visa apresentar regiões, estados e cidades americanas que estão abertas e incentivam a vinda de negócios brasileiros para a Terra do Tio Sam. A 1ª Edição do TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE foi lançada em 2016 no Brasil e nos EUA. O projeto conta com o paoio do Consulado do Brasil em Houston e do Texas Economic Development Corporation. Dados demográficos, econômicos, financeiros e de incentivos fiscais são apresentados no GUIA, que é distribuido em mais de 250 eventos anuais da AMCHAM no Brasil, junto ao público de empresários brasileiros que já opera no exterior ou está em fase de preparação de expansão de ses negócios.

A 2ª Edição do TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE será lançada em Dezembro de 2019 em Houston, Texas. Quer saber mais sobre o O TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE 2ª Edição e as Oportunidades de Patrocínio? Entre em contato através do e-mail texashighlightsbusinessguide@braziltexas. org

Notícias Bombeiros israelenses ajudarão a combater incêndios na Amazônia

Onze bombeiros recém-chegados de Israel vão auxiliar as equipes de brigadistas e militares brasileiros que estão combatendo incêndios na Amazônia. Os israelenses chegaram hoje (5) a Brasília e foram recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

O grupo permanecerá no país até o próximo dia 11. "Os israelenses trazem novas experiências e novas tecnologias. Eles são importantes para trocarmos informações. São bem-vindos para reforçar a nossa equipe", afirmou o Subchefe de Operações, vice-almirante Ralph Dias da Silveira Costa. Ainda segundo o Ministério da Defesa, cerca de 100 militares do 2° Batalhão de Infantaria de Selva, sediado em Belém (PA), estão sendo deslocados para atuar no combate a incêndios e outros crimes ambientais, na região da Serra do Cachimbo, no sul do Pará. Metade deste efetivo partiu na tarde de hoje, em uma aeronave C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB), com destino ao Campo de Provas Brigadeiro Veloso, uma base aérea militar localizada em Novo Progresso (PA), próximo a Serra do Cachimbo. O restante do grupo viaja amanhã (06).

Segundo o Ministério da Defesa, antes de seguir viagem para Porto Velho (RO), o grupo participou de uma primeira reunião no Centro de Operações Conjuntas, montado no prédio do ministério. A partir de amanhã (6), os israelenses participarão da Operação Verde Brasil, iniciativa que reúne representantes de vários órgãos de Estado para tentar apagar os incêndios que atingem a Amazônia Legal (região composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). A Força Aérea Brasileira (FAB) emprega, a partir de hoje (24/08), duas aeronaves C-130 Hércules no combate aos focos de incêndio na Amazônia, partindo de Porto Velho (RO). A Força Aérea Brasileira (FAB) emprega aeronaves C-130 Hércules no combate a focos de incêndio na Amazônia - Divulgação FAB. De acordo com o ministério, os 11 bombeiros israelenses atuarão em áreas a serem definidas pelos responsáveis pela operação.

Os militares do Comando Conjunto Norte também prestaram apoio logístico ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e à Força Nacional para que garimpos ilegais de cassiterita fossem desativados, impedindo a exploração de minério na unidade de preservação ambiental Flora de Altamira, também no Estado do Pará. Todo o maquinário apreendido foi inutilizado.

Fonte - Agência Brasil


O feriado prolongado de Carnaval prevê que 2,5 milhões de veículos deixem a Grande São Paulo com destino ao interior e litoral paulistas, de acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). O trânsito deve se intensificar a partir das 11h de hoje (1º). Pg. 6

Janeiro registra criação de 34,3 mil empregos formais

A criação de empregos com carteira assinada iniciou o ano com o segundo melhor nível para o mês em seis anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, 34.313 postos formais de trabalho foram criados no último mês. Pg. 6

Fernanda Noronha

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Houston Texas

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O Diário Oficial resolução do Co (CMN) que pror para produtores Minas Gerais.D os produtores r miliares de reg mento da barra em Brumadinho de Belo Horizon pagar parcelas


www.CosmeticSmiles.com Dra. Leticia Freire Perezous recebeu seu diploma de Cirurgiã-Dentista em 1992, pela Faculdade de Odontologia da PUC-RS, em Porto Alegre/RS, Brasil. Logo depois, ela realizou um curso de Extensão, na especialidade de Endodontia, na Faculdade de Odontologia da ULBRA – Universidade Luterana do Brasil, em Canoas/ RS, Brasil. Devido à sua determinação de aprimorar ainda mais seus conhecimentos dentro da Odontologia, realizou o curso de Especialização em Prótese, concomitante ao Mestrado em Ciência pela Faculdade de Odontologia da Universidade do Texas, em Houston, EUA, certificando-se a atuar plenamente dentro desta especialidade. Foi convidada a atuar como Professora Assistente Clínica, no Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia da Universidade do Texas, o que foi concretizado com sucesso. Dra. Perezous recebeu diversas honrarias e prêmios por seu excelente ensino clínico e trabalhos de pesquisa. Escreveu uma série de artigos, que foram publicados em periódicos americanos de odontologia. Em Outubro de 2004, foi selecionada pelo Colégio Americano de Prótese Dentária, como vencedora do John J. Sharry Research Award, o prêmio de pesquisa de prótese de maior prestígio no país. Também é membro ativo do Colégio Americano de Prótese Dentária, da Associação Americana de Educação Dental, da Associação Americana de Pesquisa Dental, da Associação Americana de Odontologia, da Associação de Odontologia do Texas e da Sociedade de Odontologia da Grande Houston. Dra. Perezous tem praticado odontologia de qualidade excepcional por mais de 20 anos. Atualmente, ela trabalha no seu consultório particular, chamado Cosmetic Smiles e tem um compromisso como Professora Adjunta no Departamento de Prótese e Dentística Restauradora da Faculdade de Odontologia, em Houston, na Universidade do Texas. Dra. Perezous e a equipe de competentes profissionais, que atuam na Cosmetic Smiles, tem o objetivo de fornecer assistência odontológica de alta qualidade com a mais moderna tecnologia disponível atualmente. Dentro da Cosmetic Smiles cada pessoa encontrará o tratamento odontológico adequado ao seu caso, realizado de forma cortês e atenciosa para todos os membros de sua família. É notório o comprometimento de todos os seus profissionais com a excelência, porque existe uma grande preocupação com cada paciente, a parte mais importante dentro deste processo.

Dr. Leticia Perezous for your dental check up 713-781-4100


Geral Operação da Polícia Federal combate corrupção nos Correios

A Policia Federal deflagrou hoje (6) a Operação Postal Off para desarticular uma organização criminosa que atuava junto à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Segundo o órgão, o grupo praticava fraudes que estavam causando prejuízos à empresa “de forma habitual e permanente". De acordo com a PF, a investigação começou em novembro de 2018, em Santa Catarina, e mostrou que a atuação do grupo se estendia aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com a “participação ativa de funcionários dos Correios”. A polícia informou que cargas postais de seus clientes eram distribuídas no fluxo postal sem faturamento ou com faturamento muito inferior ao devido. Um dos modos de atuação dos criminosos era identificar clientes dos Correios e levá-los a romper seus contratos com a empresa. Os clientes então passariam a ter as encomendas postadas por meio de contratos mantidos entre as empresas do grupo criminoso e os Correios. Segundo a PF, ao longo da investigação também foram apuradas solicitações e pagamentos de vantagens indevidas envolvendo empresários, funcionários públicos e agentes políticos, “configurando indícios dos crimes de corrupção passiva e concussão”. Uma avaliação preliminar indicou que a atuação do grupo causou um prejuízo de R$ 13 milhões, segundo a PF. O valor se refere às postagens ilícitas já identificadas, sem a inclusão dos danos diários provocados pelo grupo investigado. A PF informou ainda que cerca de 110 policiais federais estão cumprindo 9 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro; dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Tamboré, Cotia, Bauru e São Caetano, no estado de São Paulo; além de um mandado de prisão temporária e um de busca em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal de Florianópolis de Santa Catarina. Bloqueios Para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados aos Correios, a Justiça determinou os bloqueios de contas bancárias e o arresto de bens móveis e imóveis, incluídos carros de luxo e duas embarcações, sendo uma delas um iate avaliado em R$ 3 milhões. “Com as medidas, espera-se que seja efetivado o bloqueio de R$ 40 milhões dos investigados”, afirmou a PF. De acordo com a PF, os investigados poderão ser indiciados nos autos do inquérito policial instaurado para a apuração dos fatos, pela prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, concussão, estelionato, crimes tributários, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Correios Por meio de nota, os Correios informaram que estão colaborando "plenamente" com as autoridades e que a empresa permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos. "Os Correios reafirmam o seu compromisso com a ética, a integridade e a transparência", diz o comunicado.

Petrobras divulga início de fase vinculante para venda de camposterrestres do Polo Recôncavo A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 03/07/2019, informa o início da fase vinculante referente à venda da totalidade de suas participações em 14 concessões de exploração e produção terrestres, localizadas no estado da Bahia, denominadas conjuntamente de Polo Recôncavo. Os habilitados para essa fase receberão carta-convite com instruções detalhadas sobre o processo de desinvestimento, incluindo orientações para a realização de due diligence e para o envio das propostas vinculantes. A presente divulgação está em consonância com a Sistemática para Desinvestimentos da Petrobras, que atende às disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018. Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os nossos acionistas. Sobre o Polo Recôncavo O Polo Recôncavo compreende 14 concessões terrestres: campos de Aratu, Cambacica, Candeias, Cexis, Dom João, Dom João Mar, Guanambi, Ilha de Bimbarra, Mapele, Massui, Pariri, São Domingos, Socorro e Socorro Extensão, que estão localizadas no Estado da Bahia, nos municípios de Candeias, Salvador, Santo Amaro, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé e Simões Filho. A Petrobras é operadora com 100% de participação nessas concessões, com exceção de Cambacica e Guanambi, em que possui participação majoritária de 75% e 80%, respectivamente. A produção total média, em 2018, foi de cerca de 2,8 mil bpd de óleo e 588 mil m3/dia de gás.

Ação de provedores dificulta identificação de criminosos cibernéticos

A demora de alguns provedores de conexão a internet em atualizar seus sistemas de

identificação de usuários da rede mundial de computadores tem dificultado o trabalho de policiais encarregados de investigar crimes cibernéticos. A afirmação é do coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Alessandro Barreto Segundo Barreto, o problema decorre, principalmente, da resistência de algumas empresas em fazer os investimentos necessários para migrarem da tecnologia IPv4 para o IPv6 - protocolo de internet (do inglês Internet Protocol, ou IP) lançado em 2012, como uma resposta à ameaça de saturação dos “endereços” numéricos que identificam cada computador, servidor, celular, tablet ou dispositivo conectado à rede. Criado no início da década de 1980, o IPv4 opera com “endereços” de 32 bits, suportando cerca de 4,30 bilhões de IPs em todo o mundo. As combinações numéricas que identificam um IP permitem a conexão dos equipamentos em rede. Ou seja, para realizar uma pesquisa, enviar um e-mail ou acessar as redes sociais, o internauta tem que necessariamente utilizar um equipamento com um número de IP autenticado. Ocorre que, conforme a internet se popularizou, o número de endereços ainda disponíveis no protocolo IPv4 foi diminuindo rapidamente, motivando a Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (do inglês, Icann ) a lançar o IPv6, que usa 128 bits, possibilitando um número infinitamente maior de combinações numéricas. De acordo com Barreto, com a saturação do antigo protocolo, provedores que ainda não migraram para o IPv6 passaram a atribuir um mesmo IP a mais de um internauta. “Alguns provedores, por várias questões, não querem fazer a migração. Então, eles pegam um endereço de IP e compartilham [entre vários clientes]. Já pegamos um único IP sendo usado por 1.020 aparelhos. Como vamos chegar à conexão?”, questionou Barreto, ao explicar como isso dificulta o trabalho dos investigadores. “É como se tivéssemos uma autopista com mil veículos, todos da mesma cor e com uma mesma placa. [Por isso] alguns abusadores e exploradores sexuais deixaram de ser identificados”, ressaltou o coordenador, sustentando que a 5ª fase da Operação Luz na Infância, deflagrada esta manhã (4) para investigar a suspeita de crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes, também foi prejudicada por essa questão. “Isso não afeta só crime de abuso e exploração sexual infantil. Afeta fraudes eletrônicas, crimes eleitorais, o que quer que seja que exija a identificação do responsável. Asseguro a todos vocês que os números de hoje poderiam ser maiores. Poderíamos ter mais operações de busca e apreensão sendo feitas neste momento”, comentou Barreto sobre os 105 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos em 14 estados, no Distrito Federal, e em outros seis países: Chile, El Salvador, Equador, Panamá e Paraguai, além dos Estados Unidos, onde um investigado foi detido, no estado do Michigan. Até as 13h, o ministério confirmava a prisão de 31 pessoas, incluindo o suspeito detido em território norte-americano. Se todos os provedores migrarem para o protocolo IPv6, o número de IP disponíveis aumentará, e o sistema suportará muito além dos cerca de 4,30 bilhões de endereços. Com isso, será mais fácil distinguir os equipamentos conectados à rede. “Isso minimizará os problemas e conseguiremos identificar mais abusadores e outros criminosos [cibernéticos]. Alguns provedores já estão se adequando, mas há alguns provedores gigantescos que aplicam a metodologia [IPv4] e que não querem migrar para o IPv6”, acrescentou Barreto. “Então, vou usar este espaço para pedir encarecidamente [às empresas]: migrem para a versão 6 do protocolo.” Questionado sobre o que mais o governo pode fazer além de pedir às empresas que atualizem seus sistemas, Barreto revelou, sem citar nomes, que um provedor já foi multado durante uma fase anterior da Operação Luz na Infância por ter dificultado investigações. “No Brasil, o Marco Civil da Internet estabelece que os provedores de conexão têm que fornecer informações que nos permitam individualizar a autoria e a materialidade de delitos. A legislação é clara quanto a isso.” Procurado pela Agência Brasil, o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e do Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) informou que as empresas concluíram em 2017 a migração das redes para o protocolo IPv6, de acordo com as ações definidas em conjunto com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo o sindicato, além disso, é necessário que todos os conteúdos e dispositivos utilizados pelos usuários adotem o IPV6. De acordo o SindiTelebrasil, nos Estados Unidos, a taxa de adoção é de 37,63% e, no Brasil, de 27,7%. O sindicato destacou que, enquanto a migração não é concluída, “as redes de telecomunicações devem manter o suporte ao IPV4 para que os usuários possam acessar todos os conteúdos e aplicações disponíveis. Como o recurso de numeração do IPV4 é escasso, com esgotamento total previsto para janeiro de 2020, há necessidade de compartilhamento de endereços para que o acesso à Internet funcione. Esse procedimento é uma exigência das entidades que fornecem os endereços, tanto em nível mundial quanto em nível nacional”.

Fonte - Agência Brasil


Dr. Alexandre Almeida Um Dentista negro, exemplo espetacular para todos

Dr. Alexandre Almeida é Cirurgião-Dentista em Passos, MG – Brasil – Possui graduação em odontologia pela UEMG-Lavras, 1998 – Atua como clínico geral. Faz parte do iDent, desde Novembro de 2013. A minha história não se difere muito da essência das histórias da maioria das pessoas negras , em um contexto de dificuldades que naquele momento, na minha primeira infância, mais que agora, me conduzia a um dado lugar no mundo normalmente destinado às vidas negras com condições extremamente limitadas que talvez se simbolizem da melhor forma nas condições de trabalho dadas às nossas famílias.

Sou Alexandre de Almeida, filho do senhor Antônio Benedito de Almeida, conhecido como Tonicão, e da Sueli Almeida. Neste primeiro momento, estes dois se tornam para mim os meus primeiros sinais e exemplos de para aonde eu tocaria minha caminhada depois. Costumo frisar sempre como os meus genitores tiveram papel decisivo na minha formação intelectual, mesmo sem que eles tivessem tido ao longo de suas vidas a oportunidade de acesso integral à educação formal . Destaco isso por ter tido neles, na minha família, suporte e equilíbrio necessários para vislumbrar outras possibilidades para a vida, ou para mudar o destino tradicionalmente reservado a pessoas do nosso grupo social. Minha mãe Sueli era cozinheira, trabalhava em uma creche que atendia, como é até hoje, crianças de famílias de baixa renda, de um mesmo recorte social que o nosso. Das muitas coisas transmitidas por ela, estava a firmeza para buscar justiça diante de controvérsias e coragem para encarar os desajustes que se apresentaria a cada momento, como parte do processo natural de todos.

Já meu pai, Tonicão, externava em tudo a inconformidade com os problemas que nos afligiam e ao mesmo tempo apresentava uma exemplar inteligência, maturidade para lidar com o que nos deparávamos em cada dia. Astuto e perspicaz para transformar a própria realidade ainda quando empoderamento não era pauta comum. Foi assim, por exemplo, quando ao perceber que meu avô estava sendo explorado por ser patrões, se articulou com os irmãos para então perceberem que o rompimento daquele círculo de servidão era critério fundamental para que ele, seus irmãos, assim como para mim e meus irmãos a posteriores, enxergássemos outras possibilidades para além do sub-emprego, daquela situação que era um filme de cenas repetidas de tristes capítulos da nossa história de perseguição, exploração e morte de negros e pobres. Um fato real e comum para aquele momento era que os trabalhadores trocassem seu trabalho, o esforço de dias sob sol e chuva, por alimentos somente, sem a devida e justa remuneração, uma escravidão moderna, velada. Aos 22 anos, meu pai trabalhando como cortador de cana-de açúcar em uma usina que até hoje é a principal empresa de Passos, no sul de Minas, de onde sou natural, inquieto por buscar um novo momento, não titubeou em buscar formas para aumentar o ganho, melhorar a renda. Começou então a vender pães com manteiga no canavial onde já labutava todos os dias. Foi do corte de cana e da venda dos pães para seus companheiros “boias frias” da lavoura que foi possível ele adquirir uma casa própria , inclusive no único lugar do Bairro São Francisco onde havia asfalto na rua. Atitudes como essa do meu pai não se deram de forma isolada e talvez por este comportamento, de buscar o novo, o melhor, o conhecimento estar tão presente, absorvi isso para ser uma condição também para minha vida e as escolhas que eu pudesse fazer. Na infância, tive dois momentos em que acompanhando meu pai fomos morar na colônia de casas que existia na usina de açúcar em que ele trabalhava. Era comum que trabalhadores da usina morassem naquela vila ao redor do engenho, ficava também às margens do Rio Grande. Meu pai se tornou mecânico industrial, aprendeu pela observação, pelo talento para aprender que lhe era peculiar. O primeiro momento como moradores da vila na usina se deu quando eu tinha cerca de 5 anos, depois aos 11 uma segunda mudança para lá.Confesso

que da segunda vez eu não me via muito satisfeito, já que na cidade eu já estava querendo buscar trabalho, meu dinheiro, um rumo próprio.

Na colônia, na zona rural, eu me depararia novamente com situações como por enfrentar mais de uma hora e meia de ônibus para chegar à escola. Há uma percepção que sempre tive em relação ao meu pai, a de que ele estava constantemente preocupado com as possíveis e bem prováveis dificuldades que eu iria enfrentar ao longo da vida. O que era totalmente compreensível. Havia nele um receio sobre o nosso futuro, mas ao mesmo tempo nunca se ausentou ou nos transmitiu algo menos que coragem, cabeça erguida. Um pouco antes, por volta dos meus 8 anos, além da escola, fui para a rua, de porta em porta, ser engraxate. Comecei inclusive engraxando sapatos no bairro de classe média onde hoje eu resido. Não apenas, fui também nessa época a ajudante de reformas de sofás, ajudante em uma fábrica de ladrilhos, vendi algodão doce. Uma lembrança muito presente é de quando meu pai se sentava à mesa conosco para nos ensinar cálculos e noções que nos ajudavam nas nossas pequenas finanças. Eu guardava aquilo que eu ganhava por alimentar o sonho de ter uma Mobilete. Mas tinha um porém, já era quase que natural de que parte do pouco que ganhava deveria ajudar também nas despesas da casa, da nossa família, isso na adolescência. Na época da morada na usina, na segunda vez, a gente vendia bananas, pegava um carrinho de mão e ia rodar. Nossa mãe preparava um pudim feito com amido de milho, gelatina e refresco em pó, a gente vendia também. Aos domingos íamos para o campo de futebol, lá vendíamos pão com carne que meu pai preparava, na verdade era pão com um cheiro de carne, pouca, era o possível. Nessa história toda de criatividade para fazer o nosso sustento algo importante era o senso de justiça de meus pais, especialmente para nos dar o que era fruto da nossa dedicação no trabalho. No ambiente em que vivíamos , na comunidade usina, este espirito era muito presente, bem como a partilha, a coletividade. No retorno à cidade, fomos morar na nossa casa comprada lá atrás pelo meu pai, a mesma da venda de pães no canavial, mas na real na casa dos fundos, já que a casa principal, que ocupava a frente do terreno nós alugamos. Atrás, nossa morada se fazia por algumas características bem simbólicas, uma casa feita de blocos de cimento, as trancas das portas eram pedaços de madeira, banheiro não tinha, a privada era no quintal, telhas de amianto e banho de bacia.


Em um dado momento da caminhada, minha mãe foi acometida por um quadro de depressão, se internou para o tratamento da doença e por isso fomos morar com minha avó paterna, em Ribeirão Preto, SP. Mais um momento especial, a situação inicialmente dramática pela condição de minha mãe, se tornou um marco para a minha relação com minha avó. Descobrimos uma afetividade e parceria até então inéditos nas nossas vivências. Ela era analfabeta, coisa que descobri recentemente, mas como principal atitude ao me acolher em sua casa, arrumou um amigo que me auxiliara no aprendizado, na educação. Em um novo retorno para Passos, passamos por mais um tempo difícil agravado pela demissão do meu pai. Eu estava no ensino fundamental. Com cerca de 14 anos, comecei a compreender que eu estava prestes a viver uma nova guinada que novamente se colocava no meu caminho pelas vias do conhecimento. Não poderia ser diferente, em uma visita à biblioteca ao ver uma senhora lendo “Navio Negreiro” de Castro Alves tomei gosto pela obra que me proporcionou outras dimensões sobre quem eu era de fato. Posso dizer que este foi o meu despertar mais significativo para a realidade, para compreender meu papel e espaço na sociedade. Não só isso, e tão importante quanto, tomei gosto pela leitura, antes minha familiaridade com os livros se limitava à “Coleção Vaga Lume”. Este despertar para o meu papel enquanto jovem negro me direcionou para outros espaços até então estranhos para a minha realidade. Neste momento, também tive o privilégio de conhecer e me tornar amigo de Dércio Andrade, uma grande liderança negra da história do município, reconhecido por suas lutas populares e pela liderança na organização do povo trabalhador. Era 1987. Por convicção escolhi inclusive me abdicar da juventude que a maioria de outros da minha idade estavam vivendo. Me descobrir e me aceitar enquanto negro me fez estabelecer a defesa dos direitos sociais como prioridade, passei a compreender que não haveria outro possível para a liberdade de fato, bem como para os meus iguais. Muita coisa mudou, desde minhas compreensões até mesmo as pessoas que normalmente conviviam comigo. Passei a ter amigos mais velhos que eu e ampliar a minha voz que naquela hora já contava com um certo acúmulo de vivências a partir da ótica da negritude consciente e de tudo que minha família viveu e testemunhou da história. Neste período, passei a também a trabalhar em uma marcenaria, serviço pesado, doenças respiratórias agravadas pelo pó de madeira, nada estranho para o correr da vida. Também uma nova escola, desta vez no meu bairro de origem. Nós , aqueles e aquelas que acreditavam na possibilidade de transformação social, intensificamos nossas intervenções e passamos a ocupar espaços públicos para transmitir o que tínhamos como mensagem. mais do que nunca isso se concretizava como uma tarefa e missão. No meu trabalho seguinte, em uma gráfica, assim como na ocupação anterior, tive a parceria e ajuda de muitas pessoas que contribuíram, por exemplo no caso da gráfica, para que eu aprofundasse meus conhecimentos, fosse me incentivando o hábito de ler ou até mesmo para ter noções básicas de educação e civilidade que ainda não haviam me alcançado. Sorte só acontece com trabalho, mas acredito que eu nasci predestinado a esse caminho e as muitas pessoas que fizeram parte disso não estiveram comigo por acaso. Repito por ser importante, talvez meu destino poderia ser a margem da sociedade, assim diziam aos nossos.

Em uma noite de muita chuva, cheguei todo molhado na faculdade e era o único por ali. Ao me encontrar com

Especialmente durante meu trabalho na gráfica fui intensamente motivado por meus companheiros. Além do

apreço pela leitura que já vinha sendo construído, tomei gosto por escrever poemas, me informar e por música, esta última outra ferramenta poderosa de transformação e formação cultural. Neste mesmo espaço de trabalho, fui convidado por um professor para participar de um processo seletivo e concorrer a uma vaga em um colégio de disciplina militar, isso por volta dos 15 anos. Não sei de onde, mas me veio o desejo de estudar processamento de dados, para isso deixei o super concorrido colégio militar para diariamente fazer um trajeto de bicicleta e ônibus para chegar a Itaú de Minas, cidade vizinha a minha, onde havia uma escola que oferecia o curso. Vários perrengues, um deles um tanto inusitado, um dia em que cheguei atrasado para a aula pulei o muro para entrar no prédio e fui surpreendido pela vice diretora que foi até a sala para que eu me retirasse, por ter infringido as regras. De imediato, a vice diretora foi contestada pelo professor que ministrava a aula, o docente argumentou que eu deveria permanecer lá, já que eu era, segundo ele, quem mais evoluía bem em sua disciplina. Me arrependi das últimas mudanças, retornei a Passos para então estudar no colégio estadual mais antídoto da cidade. Ao chegar na instituição, uma das primeiras coisas que me intrigaram foi a ausência do tema vestibular entre os alunos e professores, lá foi este o meu primeiro questionamento sobre o por que de este sonho, da universidade, não estar sendo alimentado entre os estudantes pobres da rede pública como era comum em colégios particulares e no militar por onde passei. Nesta mesma faixa etária, comecei a dar aulas particulares de física, química e matemática. Trabalhava e no intervalo estudava. Já fazia tempo que estava bem nítido no meu horizonte os possíveis resultados para aquela trajetória. Chegou a idade do serviço militar, fui prestar e a experiência foi mais uma para marcar positivamente o período, eternizado em letras de um poema escrito por mim e até hoje muito presente na memória, um trecho diz assim: “feliz o bom filho que podes contente ao beijo inocente a pobre mãe abraçar”, eu falava então sobre a importância das coisas da vida, das lutas e do afeto necessário para estar de pé, sempre. Esse foi um período intenso, me saltaram aos olhos muitos sonhos e o desejo de lutar, mais uma vez parecia ter chegado a hora de fazer escolhas, de buscar novos resultados. Após algumas poucas aventuras, pela primeira vez eu estava namorando sério, com a Lucelena, hoje minha esposa. Na cabeça várias dúvidas, sem muito saber concretamente o que viria. Neste mesmo tempo comecei a estudar matemática na Fundação de Ensino Superior de Passos, isso me remete também a um episódio que foi um impulso para uma nova fase fundamental.

um professor do curso, que eu já havia tido o prazer de conhece-lo no colégio, me questionou sobre o que eu fazia ali naquela situação, junto à pergunta ele me fez uma verdadeira exortação sobre minhas buscas e possibilidade, me disse sobre como eu podia mais, muito mais. Nesse momento, além da faculdade, eu era funcionário de um frigorífico de frangos. Outra vez mudei tudo e parti rumo a Ribeirão Preto, SP. Fiz um concurso de vagas em um renomado cursinho pré-vestibular e consegui entrar. Quando tudo parecia caminhar para calmaria, eu com 18 anos, recém mudado para outra cidade, recebo a notícia de que minha namorada, com 19, estava grávida do meu primeiro filho, Alexandre Junior. Ela e eu conversamos e combinamos de que eu assumiria os cuidados do bebê, mas não casaríamos.Aí meu pai me chamou para uma conversa e fazendo jus ao seu carácter de sempre me falou sobre minhas responsabilidades reais, que não era apenas cuidar do meu filho, mas que ali estava nascendo uma família. Voltei para Passos e já na busca por trabalho, ao ir fazer uma doação de sangue na Santa Casa de Misericórdia, vi anunciada uma vaga para técnico de nutrição, me candidatei ao posto. O detalhe disso é que eu não era técnico de nutrição, meu conhecimento do tema era limitado ao que aprendi em uns livros que um primo havia ganhado e compartilha o uso comigo. Sabia o básico mesmo, fui chamado e aproveitei da experiência adquirida no frigorífico, como almoxarife, para organizar o setor em que eu atuava no hospital. Comecei a transitar em várias alas de serviço por lá, portaria, cozinha e maqueiro, por exemplo. Na sequência, trabalhei como garçom em um dos setores do hospital e neste momento comecei a observar que algumas reivindicações eram muito presentes e comuns entre os trabalhadores. Havia a necessidade de um refeitório, plano de saúde, entre outras pautas. Isso me chamou a atenção para a contribuição que eu poderia dar visto que eu chagava àquele momento com um histórico de participação em causas coletivas e sociais.Em um dia específico, em meio ao dia a dia do hospital, fui questionado por oferecer comida a uma família que pedia o que comer. Na ocasião, eu estava como porteiro , fui até a cozinha e peguei marmitas que lá estavam, limpas, bem armazenadas, mas que seriam descartadas já que a reutilização era proibida no ambiente. Talvez naquele momento o corpo hospitalar tenha me percebido de outra maneira, até mesmo como uma liderança para iniciativas naquele espaço, bem como no que dizia respeito à organização dos trabalhadores e no questionamento sobre como uma instituição de “misericórdia” se baseava apenas no serviço pago pelos planos ou pelo estado sem humanidade nas relações entre a instituição e as pessoas que buscam socorro. A partir de fatos como este, da nossa organização, estabelecemos importantes parcerias com sindicatos, confederações, e avançamos nas conquistas, como o horário de amamentação para as mulheres com filhos recém-nascidos. Além do trabalho, da rotina de militância, eu saia do hospital após o expediente e ia para a biblioteca municipal, estudar, estudar.


Foi por aqui, nesse tempo, que eu me casei, no civil, igreja, com festa. Fomos morar na casa dos fundos dos meus pais. Foi aqui também que prestei vestibular para a UNIFENAS, em Alfenas, MG. Fiquei três meses por lá, minha morada consegui um dia pegando carona, moraria então na casa da mãe do meu parceiro de carona , onde nos conhecemos no trevo da cidade de Alterosa/ MG juntos pedindo carona com destino a Passos. Depois disso, ou durante esse período, consegui ajuda de um grupo de amigos do dentista que cuidava dos dentes do meu pai, eram R$50 de cada um dos quatro, já fazia toda a diferença. Contra a vontade da maioria das pessoas próximas, decide buscar novamente, fui para Belo Horizonte tentar vaga em mais um cursinho. Consegui passar e uma bolsa de 85% que viu 100% depois da minha insistência. O almoço de todos os dias na capital era no restaurante popular, naquela época custava R$1, e ainda com a triste escolha de comer ou no almoço ou no jantar. Em troca da estadia na casa de uma tia em Campinas, ganhei de amigos uma contribuição para que eu pudesse prestar vestibular para odontologia em Lavras, MG. Nos três dias de provas, dormi escondido na hospedagem de amigos, eles entraram com minha mala como se fosse deles e depois eu entrava como visita e dormia por lá. Para a volta para minha cidade consegui carona. Sem muita esperança de passar no vestibular, fui para Sertãozinho, SP, onde meu pai se encontrava, para procurar emprego. Passei em um processo seletivo das Lojas Americanas, mas juntamente com esta notícia eu soube que eu havia sim passado no vestibular de odontologia na UEMG, em Lavras. Passei mas ainda faltava ânimo, a situação era de aperto. Incentivado pela minha avó, fui. Ao voltar da inscrição na universidade, tive a surpresa de saber que minha esposa estava grávida do nosso segundo filho, o Túlio. Nessa hora entendi porque ela não queria que eu fizesse a matrícula. Apesar de tudo, a coragem que nunca me faltou. A preocupação dos meus pais quando eu era criança era de que eu tivesse o sustento, o trabalho, a carteira assina, isso já estava bom. Mas eu poderia mais. Por que não um dentista negro? Por que não negros médicos, engenheiros, cientistas? Inicialmente, no começo da universidade, passei 15 dias “morando” na rodoviária e onde eu fosse, inclusive para a sala de aula, minha mala me acompanhava, ali estava tudo o que eu tinha comigo, não conhecia ninguém. A mala chamava a atenção das pessoas, o que fez com que um dia os proprietários de uma pensão me perguntassem porque eu a carregava sempre. Ouviram minha história e a partir daí comecei a prestar serviços de limpeza e organização na pensão em troca de pouso. Ainda não dava, fui então trabalhar em um bar nas noites e madrugas, cenário desgastante para quem precisa depois se manter firme para estudar durante o dia. Fui convidado por amigos para morar em um porão que estava desocupado e me abrigaria, por lá fiquei um tempo.

Em um grupo de mais de 400 alunos, eu era um dos únicos dois negros. Novamente a história me levava a compreender o meu lugar e o meu propósito enquanto homem negro com capacidade e preparo para intervir nos mais diversos espaços. Desde o primeiro ano, uma das minhas principais tarefas, além de conhecimento, era também adquirir equipamentos, essenciais para a profissão. Consegui o que era possível ser reutilizado, doação de colegas. Procurei a reitoria, falei sobre minhas condições e não me dei por satisfeito até que me providenciaram ajuda, um estojo de instrumentos. Antes não seria possível pra mim continuar, eles disseram. Comecei também a vender sanduicheiras, meias, camisetas personalizadas com os nomes de cursos da universidades, moletons, o que ajudava a melhorar meus rendimentos. As pessoas costumavam me questionar de onde vinha a força, a resistência, o carácter, e a única coisa que me vinha á cabeça eram minhas raízes. Meu histórico de militância, essa bagagem, me levaram a ser presidente do Diretório Central dos Estudantes da UEMG Lavras. Além de melhorias na estrutura para os estudantes, realizamos os primeiros jogos universitários. Quando já se aproximava do fim do curso, eu já tinha conseguido juntar equipamentos necessários para um consultório mínimo, tudo a partir das doações, dos objetos de segunda mão. Com o dinheiro dos bicos pude também comprar a metade de um terreno em Passos. Sentia já um sinal de mudanças na situação. Apesar de um início de estabilidade, o péssimo fato do falecimento do meu pai poucos meses antes da formatura. Mais tarde, no fim do ano, comprei alguns convites para a formatura, mas no dia da festa, o número de pessoas da minha família que foram para a celebração era maior do que eu tinha de convites. Eu não sabia o que fazer, meus amigos liberam o apartamento para que eu ficasse a vontade com minha família, mas o principal não tinha. Quando eu menos esperava, fui surpreendido por um amigo, proprietário de hotel, que comprou vários convites para a sua família, já que sua filha também se formava, mas ninguém compareceria ao evento.. Ganhei, 20 convites, a salvação da nossa noite, de um momento mais que especial para nós. Mas concluir o curso não bastava, até porque assim como nós negros já saímos atrás na corrida, a chegada também não igual para todos. A primeira oportunidade surge em Brasília, fui com a cara e a disposição. Fui chamado para ir até a clínica com a oportunidade anunciada, mas ao chegar, e quando o responsável me viu negro, disse que já tinha preenchido a vaga. Racismo. Agradeci, repudiei aquele comportamento e segui. Voltei para Passos, encontro um dentista que estava se desafazendo de seu consultório e me fez a proposta de assumir o espaço. Fui a Lavras buscar o que eu havia conseguido de equipamentos, consegui um sofá usado e comecei. O consultório começou a render, as coisas começaram a andar e comprei minha primeira casa, de Cohab, mas ainda com receio de nos mudarmos pra lá devido às várias responsabilidades que também viriam. Minha esposa já não aguentava mais morar nos fundos da mãe e um dia antes mesmo de eu chegar do trabalho ela já havia juntado as coisas e se mudado para a casa, mesmo sem a estrutura que a gente precisava. Comprei o primeiro carro, um Del Rey, montamos uma mini padaria, mercearia, rendeu.

O momento que eu achei que nunca chegaria acabou chegando, eu já entendia que a partir daquele momento eu conseguiria ampliar as conquistar e finalmente começar a viver uma nova vida em que eu pudesse ter e oferecer para minha família as coisas que nos foram negadas ou suprimidas durante a vida inteira. A casa que moramos hoje em dia, no bairro onde eu frequentava como engraxate, é um desses frutos. Mas é claro, nossa ascensão , nossas aquisições também custaram e custam a rejeição de uma sociedade que não suporta negros em todos os espaços, consumindo alimentação com qualidade, se vestindo bem e assim por diante, rejeição inclusive por parte de pessoas também negras Em Passos, me tornei presidente de uma creche que virou referência por passar de apenas um espaço onde crianças e rejeitos materiais eram deixados, para então se tornar um espaço humanizado e que oferecia dignidade para crianças expostas a situação de risco e vulnerabilidade social. Também após esse retorno, me consolidei como uma liderança. Junto com algumas outras pessoas, fundamos um curso pré-vestibular comunitário, um núcleo de estudos e um grupo de apoio mútuo, para a formação de jovens tendo a cidadania como principio. Meu principal desejo era que aqueles jovens, negros, pobres, periféricos, começassem a se formar em conteúdo e gradativamente ocupassem espaços de trabalho e crescimento. A caminhada, as vivências acumularam reconhecimento que me fizeram posteriormente, nas eleições municipais de 2004, o vereador mais votado do município de pessoas que em sua maioria tem histórias que se encontram com a minha pela identidade . No meu caso, me tornei uma exceção vitoriosa, nada por acaso. Fosse nos meus sonhos de criança, fosse na minha identificação enquanto negro, fosse nos exemplos tidos dentro de casa, talvez eu nunca imaginaria ser merecedor de um caminho assim, difícil, mas iluminado. homenagens as personalidades que trabalham ou militam na inclusão social, evento realizado pelo NEAB (núcleo de estudos afrobrasileiro) * Na fotografia se encontra o primeiro Marcio (integrante do projeto grupo SETAselecionando talentos afro’. oficial de justiça de Minas gerais) * Segundo – Alexandre de Almeida * Terceira – Raimunda representando sr. Dito Caetano da escola de Samba Malandro é o gato * Quarta – Dirce Andrade professora e enfermeira * Quinta – Lazara secretária executiva da usina açucareira do Grupo Itaiquara * Sexto – Télo ex jogador de futebol do clube Esportivo.Muito mais do que merecimento, essa história trata de resultados que só foram possíveis por em momento algum eu tirar os pés do chão e me desconectar do que sou, das raízes, e do motivo de ser. A gente é para o que nasce, não tenho dúvidas que, além de ser direito, protagonizar a história se tornou um compromisso irrecusável, pela minha vida, da minha família, dos meus, e dos que virão vendo na minha caminhada um exemplo de resistência em um mundo que deveria ser de todos.


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Amando Queiroga

Amando Queiroga Real Estate Agent-Realm Professionals Bio Amando Queiroga has been a very successful Realtor in Texas for 30 years! He specializes in relocation and expatriate services in the energy sector in the greater Houston area. His affiliation is with Ream Real Estate Professionals in Cinco Ranch La Centerra in the heart of Katy and other offices conveniently located in the Energy Corridor, Sugar Land, Galleria and the Northwest side of town near FM 249, His experience in the residential market extends to the foreclosures, short sales and new homes listings,leasing and resale market. His Commercial Real Estate experience is with the global energy industry with clients from all parts of the world handling commercial leases, subleases, buyouts and renegotiation of existing lease terms as well as purchase acquisitions. Amando is a Christian man; his faith in Jesus is everything to him! He is married and have four children. He is fluent in Portuguese, Spanish and English. Amando Queiroga, Residential and Commercial-Relocation Specialist Realm Realtors for the greater Houston, with offices in Tomball , Sugar Land, Energy Corridor, Galleria and Katy-Cinco Ranch -La Centerra 24044 Cinco Village Center, suite 150. Katy, TX 77494 Direct: 281-770-3596. email: amandotx@hotmail.com fax: 281-598-5381



Foto origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Celebração do San Patrick’s Day no Jack & Ginger’s Pub (Irish Bar) Dia 17 de março As meninas brasileiras Camila Machado, Simonne Gori,Claudia Lima,Gica,Fernanda e Marcela não deixaram por menos, lindas, elegantes e charmosas celebraram em grande estilo o San Patrick’s Day. O local o Jack & Ginger’s Pub (Irish Bar) no centro da cidade de Houston, Texas. Com muita alegria e descontração deliciaram se com drinks da melhor qualidade, música diferenciada e ambiente aconchegante.

Simonne,Claudia,Gica,Fernanda e Marcela. No fundo os meninos brasileiros



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