6º Anuário Seafood Brasil | 6th Seafood Brasil Yearbook

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#35 - 2020 ISSN 2319-0450

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Um anuário interativo e muito mais informativo!

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6º Anuário Seafood Brasil marca uma nova fase nesta publicação que se tornou uma fonte de consulta de dados estatísticos, de opiniões mercadológicas e de fornecedores de toda a cadeia produtiva de pescado. Todos os dados disponíveis nesta edição podem ser acessados de maneira interativa e atualizada no site www.paineldopescado.com.br, uma parceria da start-up de tecnologia informativa Jubart e a Seafood Brasil. Confira!

Estatísticas Uma compilação das estatísticas mais recentes, segundo as fontes disponíveis no Brasil, nas seguintes frentes: conjuntura; produção; indústria, comércio e consumo. Para capturar os efeitos da Covid-19, esta edição adotou como padrão a comparação periódica entre janeiro a agosto de 2019 com o mesmo período de 2020, exceto quando os dados disponíveis não o permitiam.

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Guia de Fornecedores Uma lista com contatos e descrição de produtos e serviços prestados por alguns dos principais fornecedores da cadeia produtiva de pescado, em três categorias: • Produção aquícola e pesqueira • Indústria frigorífica • Comércio e distribuição de pescado

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A publicação se divide em três partes: Artigos Textos assinados por personalidades e especialistas do ramo, que contam como anda o mercado em três frentes: conjuntura; produção e processamento; comércio e consumo.

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Aproveite a leitura e faça muitos negócios!

Índice Índice

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06 Artigos

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Estatísticas

84 Guia de Fornecedores

Expediente Redação redacao@seafoodbrasil.com.br Publishers: Julio Torre e Ricardo Torres Editor: Ricardo Torres Repórter: Fabi Fonseca Diagramação: Emerson Freire Adm/Fin/Distribuição: Helio Torres Crédito da foto de Capa: Zhu Jiamin/Pixabay

Comercial comercial@seafoodbrasil.com.br Tiago Oliveira Bueno Impressão Maxi Gráfica e Editora A Seafood Brasil é uma publicação da Seafood Brasil Editora Ltda. ME CNPJ 18.554.556/0001-95

Sede – Brasil R. Serranos, 232 São Paulo - SP - CEP 04147-030 Tel.: (+55 11) 2361-6000

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Escritório comercial na Argentina Av. Boedo, 646. Piso 6. Oficina C (1218) Buenos Aires julio@seafoodbrasil.com.br

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Conjuntura

Balanços e estratégias para o setor em tempos de pandemia

Avanços da Secretaria de Aquicultura e Pesca SAP/Mapa Por Jorge Seif Jr.*

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om o convite para apresentar as ações da Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) neste importante anuário vieram junto as reflexões sobre o momento em que o mundo está passando. Diante desse cenário pandêmico, tivemos que realinhar as velas, redirecionar o barco e, no meio da tempestade, surgiram possibilidades até então impensadas. O que inicialmente veio como uma preocupação frente às metas da SAP rapidamente foi superado, mostrando a força do ser humano, a importância e o significativo trabalho do servidor público responsável, que arregaçou as mangas e trabalhou para que o País não parasse. No ordenamento e desenvolvimento da aquicultura, seguimos avançando na desburocratização, com a constante realização de tratativas com diversos órgãos públicos, visando

simplificar o licenciamento ambiental, dar isenção de PIS e COFINS na ração, bem como facilitar o acesso ao crédito e às demais políticas. Foram realizados dois workshops do ordenamento do panga e dos peixes ornamentais. Houve a transformação da solicitação de cessão de águas da União em processo digital, reduzindo assim prazo para a entrega das cessões. A SAP articulou junto ao Congresso Nacional a edição da Lei 14.011/2020, que dispensou de licitação as águas da União com finalidade de aquicultura. Com a publicação de normas e a participação dos aquicultores que estão enviando os relatórios anuais de produção da aquicultura em águas da União, estamos atualizando o desenho da atividade no País. Como exemplo, citamos o recém-publicado Boletim da Maricultura. Em paralelo, parques aquícolas ociosos ou que nunca foram ocupados estão sendo

cancelados, liberando a capacidade de suporte para as áreas aquícolas de demanda espontânea. A pesca e seu monitoramento também tiveram avanços. Nesses 20 meses houve inúmeras reuniões com a participação do órgão e entidades externas, nas quais todos tiveram a oportunidade de colaborar. Elas culminaram em normas de ordenamento e desenvolvimento da atividade, como o edital de seleção de embarcações de pesca, visando à emissão da autorização de atividade pesqueira na modalidade de permissionamento de pesca de sombra ou cardume associado. Foram revisitadas as normas de ordenamento da lagosta e o ordenamento de espécies ornamentais trazendo-o para um modelo positivista e foram editadas normas que visam à certificação das embarcações através do controle higiênico-sanitário, de forma a melhorar a qualidade do produto e retomar as exportações à União Europeia.


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Conjuntura

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Instituímos ainda um Grupo de Trabalho para reestruturar e reformular o Programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel. Foram definidas as espécies e a área de operação da autorização de pesca complementar para período de defeso do camarão rosa, sete-barbas e branco. Normatizamos também a proibição da captura, o transporte, o beneficiamento, a industrialização, a comercialização de qualquer indivíduo da espécie Ucides cordatus [caranguejo-uçá], a atividade de pesca da piramutaba, a atividade de pesca amadora do lambari e da piracatinga. Além do ordenamento, ações paralelas também aconteceram, como o programa de desenvolvimento da pesca manejada sustentável do pirarucu na Amazônia. A execução do Projeto Manejo Sustentável da Fauna Acompanhante na Pesca de Arrasto na América Latina e Caribe (REBYC II-LAC); o cumprimento de toda a agenda da International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas (ICCAT) e a reativação e coordenação do comitê Aquipesca junto à Secretaria da

Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM). Para se alcançar os objetivos finalísticos da pasta, ações administrativas também são necessárias: demos destaque à digitalização de aproximadamente 1.800.000 páginas de documentos, desenvolvimento de novos sistemas informatizados para registro de pescador amador, autorização para competição de pesca amadora, mapa de bordo digital para tainha e para as modalidades de cerco/armadilha/cardume associado/vara e isca viva.

chegará, mas seguimos confiantes no trajeto rumo a um porto seguro com a regulamentação do uso sustentável dos recursos pesqueiros no País, trazendo segurança jurídica aos pescadores, aquicultores, empresários, gerando emprego e renda e contribuindo para a ordem e progresso do nosso Brasil.

De modo a viabilizar a concessão e o pleno funcionamento dos Terminais Pesqueiros Públicos, a SAP avança na revisão do decreto de criação e gestão dos mesmos e qualificou oito terminais no Programa de Parceria de Investimentos (PPI) que serão concedidos à iniciativa privada. São eles: Cabedelo (PB), Manaus (AM), Belém (PA), de Natal (RN), Aracaju (SE), Vitória (ES) e os de Santos e de Cananéia (SP). Sabemos que ainda há muito a ser feito e o destino final nunca

*Secretário de Aquicultura e Pesca do Mapa


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Conjuntura

A FAO e o setor de pescado Por Audun Lem, John Ryder e Marcio Castro de Souza*

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m outubro de 1945, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) foi criada para elevar o nível de nutrição e os padrões de vida da população mundial, garantindo melhorias na eficiência da produção e distribuição de alimentos e produtos agrícolas.

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Para atender a esse objetivo, a FAO implementa e promove um amplo conjunto de ações, em nível nacional e internacional, contribuindo para a pesquisa científica, tecnológica, social e econômica, com foco em nutrição, alimentação, agricultura, incluindo pesca e aquicultura, associada à melhoria do processamento, comercialização e distribuição de produtos alimentícios. A FAO também concentra esforços em combinar essas ações com assistência técnica e capacitação, promovendo melhorias na educação, administração e políticas, difusão do conhecimento público e abordagens pragmáticas da ciência. A Divisão de Pesca da FAO tem uma abordagem holística para a pesca e a aquicultura em toda a cadeia de valor, cobrindo efetivamente o pescado desde a rede até o prato. A Divisão ocupa-se da gestão e conservação dos recursos pesqueiros; da promoção do uso adequado de tecnologias, infraestrutura, equipamentos e práticas; da coleta, validação, análise e disseminação de estatísticas confiáveis e atualizadas; da melhor utilização do produto pós-

colheita; do desenvolvimento e gestão da aquicultura marinha, costeira e interior; da governança; e da troca de informações entre Organismos ou Acordos Regionais de Pesca (ORPs). O trabalho da Divisão de Pesca da FAO é orientado pelas recomendações feitas pelos países no Comitê de Pesca da FAO (COFI), criado em 1965. Nas sessões do COFI, realizadas a cada dois anos, os países discutem uma

multiplicidade de aspectos de caráter internacional. Além disso, dois subcomitês também se reúnem a cada dois anos servindo como fora de discussão técnica para questões de aquicultura e comércio pesqueiro visando subsidiar as decisões do COFI. 2020 é um ano notável para a pesca e a aquicultura na FAO. Vinte e cinco anos atrás, em 1995, durante uma sessão do COFI, os países

FAO Aquaculture photo library / A. Stankus


A FAO também desempenha um papel único no fornecimento de informações confiáveis, periódicas e atualizadas para o setor de pesca e aquicultura. Desde 1994, a FAO publica a cada dois anos o Relatório da Situação Mundial da Pesca e Aquicultura (SOFIA), nossa publicação-chefe que se tornou uma referência mundial sobre a situação e as tendências da produção

pesqueira e aquícola global e regional, comércio, utilização dos estoques, entre outros aspectos. Esse relatório contém informações básicas para apoiar governos e o setor privado a entender melhor o setor de pesca e aquicultura como um todo, facilitando políticas e decisões empresariais. Apesar de ser uma publicação multifacetada e abrangente, algumas importantes mensagens estão incorporadas na edição de 2020 do SOFIA: - Agora, mais do que nunca, o pescado e os produtos da pesca são essenciais no combate à fome e à pobreza; - A intensificação da sustentabilidade, a existência de estruturas adequadas e cadeias de valor inovadoras são essenciais para um maior crescimento do setor; - A gestão pesqueira eficaz é o único caminho para a sustentabilidade – na realidade, a gestão é a melhor e mais viável medida de conservação existente; - O desenvolvimento de cadeias de valor sustentáveis é essen-

cial para melhorar o acesso a mercados e aumentar o comércio global de pescado e produtos pesqueiros; e - Esforços devem ser concentrados para aumentar a sustentabilidade social na pesca e na aquicultura. O pescado é uma das commodities mais comercializadas internacionalmente em todo o mundo, com a marca de US$ 145 bilhões em 2017. A atual pandemia está afetando o setor da pesca e da aquicultura em diferentes estágios da cadeia de valor em todo o mundo. Qualquer impacto deixou de ser restrito ao país ou região em que ocorram. Para a superação dos problemas conjunturais, é fundamental ações coordenadas envolvendo setor privado, governo e organismos internacionais, para suplantar desafios e permitir a avaliação de novas oportunidades e reavaliação de mercados. A FAO está pronta para continuar sua cooperação com os países, a academia, institutos de pesquisa e o setor privado, em especial no acesso à informação e ações de capacitação.

* Audun Lem é Vice-Diretor da Divisão de Pesca da FAO; John Ryder é Chefe do Setor de Produtos, Comércio e Marketing da Pesca e Marcio Castro de Souza é Coordenador da GLOBEFISH e Secretário do Subcomitê de Comércio Pesqueiro da FAO (COFI:FT)

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aprovaram um dos instrumentos mais abrangentes existentes na área de pesca e aquicultura, que cobre os três pilares da sustentabilidade em todas as fases das cadeias de valor – o Código de Conduta da FAO para a Pesca Responsável (CCRF). O Código de Conduta foi um instrumento revolucionário à frente de seu tempo, fornecendo princípios e ações práticas para todos os participantes das cadeias de valor da pesca e da aquicultura, independentemente de seu tamanho e posição, a fim de facilitar a compreensão e implementação de medidas econômicas, sociais e ambientalmente sustentáveis que podem de fato influenciar positivamente o setor e aumentar suas vantagens comparativas.


Conjuntura

Sustentabilidade na gestão da pesca marinha: quanto podemos ser otimistas? Por Ademilson Zamboni*

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de mapas de bordo online, iniciativas que abrem uma porta para aprimorar o monitoramento da pesca, acesso e uso de dados e até para a rastreabilidade.

mundial da pesca e da aquicultura (Sofia), faz o mundo lembrar deste fato do qual não devemos nos orgulhar. Também não foi dada até aqui uma solução para os Comitês Permanentes de Gestão da Pesca, que seguem extintos. A experiência nos mostra que normas feitas sem consulta nem transparência têm poucas chances de darem certo. No que trata de acesso a dados públicos, o conteúdo da página da SAP na internet segue crescendo, o que é um bom sinal. Mas ainda faltam ali informações essenciais como registros de pescadores e embarcações em atividade no País. Vimos também tentativas de revisar a problemática IN 10/2011. Os resultados ainda não saíram. Sairá algo?

Em outras áreas, contudo, não tivemos avanços perceptíveis. O Brasil passou mais um ano exposto internacionalmente quanto à sua incapacidade de realizar estatísticas sobre a pesca. A cada dois anos, o relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre a situação

Divulgação/Oceana

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o último ano, vimos alguns avanços na promoção da gestão pesqueira com base científica. Pode-se destacar três fatos positivos que vêm ao encontro do que a Oceana advoga como passos para internalizar uma cultura de gestão para a pesca sustentável: a manutenção das cotas na pesca da tainha e a nova avaliação de estoque, desta vez feita pelo governo – algo inédito –; a divulgação dos mapas de bordo da safra de 2019 do pargo e a implementação de sistema

O defeso da sardinha na safra 2020 também foi alterado e reportado como “um avanço histórico”. Mas basta olhar para as melhores práticas de outros países para ver que não há avanço aí. Enquanto a gestão da maior pescaria brasileira não for baseada em análises do volume de peixe disponível, continuaremos pescando no escuro, o que é ruim para o ambiente e para a economia.


Também devemos olhar com atenção as espécies listadas na Portaria 445/2014. Após longas discussões, migramos para um modelo onde a conservação das espécies está inserida dentro de planos de gestão pesqueira – o que não quer dizer muito – se suas medidas não forem implementadas. Aqui há riscos não apenas ambientais, mas também de retrocesso na forma como a gestão pesqueira lida com as espécies desta portaria. É fundamental que tenhamos cotas para alguns recursos, como, por exemplo, o pargo.

Todo balanço, anuário, retrospectiva, enfim, são ótimas motivações para reavaliar estratégias e objetivos. Quando se trata de equilibrar conservação e produção, eles devem ser ainda mais ambiciosos, criativos e refletir o interesse público e percepções radiais do que acontece no mundo. Na pesca não é diferente. E é isso que a Oceana espera para que possamos pescar para sempre.

*Diretor geral da Oceana Brasil

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Por falar em cotas, setor produtivo (artesanal e industrial) e sociedade civil mandaram um recado claro: precisa-

mos de limites de captura para a lagosta. A solicitação foi entregue à SAP por todas as representações da pesca artesanal, sindicatos e empresas exportadoras. A situação da lagosta é delicada e não há tempo a perder.

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A TILÁPIA PERFEITA


Produção e Processamento As tendências e desafios da aquicultura, pesca e indústria

Inteligência territorial estratégica na aquicultura Por Alexandre Aires de Freitas e Marta Eichemberger Ummus*

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Embrapa Pesca e Aquicultura, em parceria com a Embrapa Territorial, está desenvolvendo um Sistema de Inteligência Territorial Estratégica para Aquicultura no Brasil (SITE Aquicultura), adotando ferramentas e conceitos de análise espacial e propondo indicadores socioeconômicos que atendem à necessidade premente

de planejamento e monitoramento das cadeias produtivas da aquicultura. O projeto possui três diferentes financiadores (Fundo Amazônia, BNDES/MAPA e SEBRAE) e é coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura. Contando com diversos parceiros (tanto nas esferas federais quanto estaduais), tem como objetivo

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Protótipo do aplicativo para celular desenvolvido no âmbito do projeto SITE Aquicultura com lançamento previsto para 2021

principal mapear, validar e analisar dados e informações geográficas sobre a aquicultura, organizá-las num Sistema de Informações Geográficas (SIGs) e disponibilizá-las por meio de um Geoweb e um aplicativo para celular. Os SIGs podem auxiliar a definição, de forma rápida e acertada, e em tempo oportuno, a tomada de decisão de agentes públicos e privados das cadeias produtivas relacionadas à aquicultura, bem como as possíveis necessidades de realinhamento diante dos novos rumos do mercado e na formulação de políticas públicas. A construção do sistema envolve 5 principais etapas: levantamento de dados, padronização e validação, cruzamento das informações, elaboração de indicadores técnicos e análises estratégicas e a consolidação e divulgação dos produtos finais. Atualmente, encontra-se na etapa de validação dos dados levantados e cruzamento de informações. A perspectiva é a obtenção de um diagnóstico preciso sobre quais são as variáveis que influenciam de maneira direta o desenvolvimento da atividade aquícola em determinadas regiões em detrimento de outras e, a partir daí, prospectar potenciais cenários de desenvolvimento por meio de análises espaciais. Essas


análises permitirão também identificar prováveis demandas tecnológicas e poderão orientar as ações de pesquisa e transferência de tecnologias voltadas para o setor.

a Embrapa e a sociedade, permitirá o entendimento da configuração geográfica da aquicultura brasileira e suas dinâmicas de crescimento, em uma abordagem espacial inédita, contribuindo para o planejamento estratégico do setor, elabo-

ração de políticas públicas e definição de investimentos públicos e privados. Mais informações sobre o projeto podem ser acessadas em http://bit.ly/ SITE_Embrapa

Dessa forma, estão sendo reunidos e validados dados e informações espaciais sobre a aquicultura no Brasil, os quais em breve deverão ser disponibilizados à sociedade, tais como as alíquotas de ICMS praticadas sobre a comercialização do pescado nos Estados do Brasil, a localização das instituições de pesquisa em aquicultura, as fábricas de ração, as unidades de beneficiamento de pescado, os laboratórios de produção de formas jovens, polos produtivos, centros consumidores de pescado, entre outros aspectos da governança da cadeia de valor da aquicultura. Cada informação espacial estará relacionada a uma tabela de atributos sobre a estrutura abordada. * Alexandre Aires de Freitas é Chefe Geral da Embrapa Pesca e Aquicultura

* Marta Eichemberger Ummus é coordenadora do projeto SITE Aquicultura

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Acreditamos que a construção conjunta desse sistema, numa parceria entre


Produção e Processamento

Reação do setor de peixes de cultivo à Covid-19 Por Francisco Medeiros*

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oi durante a Quaresma, tradicional período do aumento de consumo de peixes, que o setor de piscicultura se deparou com a nova realidade imposta pela pandemia da Covid-19. Nos preparamos para um cenário de dificuldades e tomamos como medida emergencial a manutenção do abastecimento de insumos para a produção, indústria de processamento e pontos de comercialização ao consumidor. E, claro, todas as medidas de biossegurança para os trabalhadores no campo e na indústria. Fomos à luta e ainda estamos em nossas trincheiras combatendo a crise.

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A produção de tambaqui ocorre principalmente em Rondônia e

Mato Grosso e o consumo está principalmente em Manaus, Belém e Santarém, com distâncias da produção ao consumo que superam 4 mil km. A característica de produção anual faz com que o produtor programe o povoamento para atender à demanda de mercado em diversos períodos do ano e, durante a Quaresma, a oferta cresce no mínimo 50% em relação aos demais meses. Com o decreto de calamidade decorrente do vírus, muitos compradores da região Norte suspenderam os pedidos de compra de peixes para atender principalmente à Semana Santa, já que os órgãos de defesa sanitária sinalizavam a proibição da comercialização

em feiras e mercados livres na região. A decisão levou à redução drástica das vendas no período, com desânimo e perdas para o setor produtivo. No início da Semana Santa, foi constatado que a quantidade de peixes disponível nos pontos de venda não seria suficiente para atender à demanda. Grande parte dos compradores não conseguiu se reabastecer adequadamente, em função do prazo e da falta de estoque nos frigoríficos. Resultado: houve falta de peixe para o consumidor e sobra de peixe no viveiro dos produtores. Com a tilápia, a história foi diferente. Apesar da perda


Diferente dos anos anteriores, não foi observada queda no consumo após a Semana Santa, resultando no efeito “green light” para os investimentos previstos anteriormente. Observamos empresas investindo na produção e em indústria de processamento, além de aquisições. O setor se preparava para incrementar as exportações, principalmente para o mercado norte-americano, e assim continuou, mesmo com a queda da oferta de transporte aéreo para os Estados Unidos. Dessa forma, tivemos incremento superior a 30% nas exportações no primeiro semestre de 2020, ainda aquém do aumento de aproximadamente 100% previsto anteriormente.

Em parceria com a Embrapa Pesca e Aquicultura, criamos um informativo trimestral das exportações de peixes de cultivo para sinalizar a evolução e oportunidades, motivando as empresas a incluir a exportação em seus negócios. Desde 2017, o comércio com a União Europeia está suspenso. Acreditamos que, com o retorno, podemos criar uma nova rota de exportação, principalmente de filé de tilápia fresco, produto com menor concorrência nesse mercado, devido à logística e à qualidade de nosso produto. O segundo semestre vem com preços bons para o produtor, pois a população está consumindo mais peixe de cultivo no período de quarentena e, principalmente, aprendendo a preparar o peixe o maior desafio de nosso setor. Esse incremento do consumo teve a campanha @comamaispeixe como percursora. A divulgação televisiva e nas redes sociais foi outro ponto alto: muitos cozinheiros e chefs, além de pessoas que gostam de peixes, estão apresentando alternativas de preparo, vinculando à saúde e ao bem-estar.

Estamos nos adaptando ao novo normal, mantendo o negócio e confiantes de crescimento até o fim do ano. Quanto a 2021, aprendemos muito até agora e estaremos bem mais capacitados para ocupar espaços maiores no prato do consumidor brasileiro e internacional.

*presidente-executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR)

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inicial nas vendas para bares e restaurantes, a manutenção nas redes de supermercados permitiu o comércio regular dos produtores e o funcionamento total dos frigoríficos. Não foi observada perda no valor pago ao produtor e, a médio prazo, aumentou a confiança em fazer o repovoamento dos viveiros que foram esvaziados com a comercialização.


Produção e Processamento

A pesca e a pandemia Por Alexandre Guerra Espogeiro*

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Covid-19 pegou o planeta de surpresa e revelou o que sabemos há séculos: existe um mundo invisível aos nossos olhos e nele temos amigos e inimigos. No caso do vírus atual, trata-se de um inimigo cheio de truques, que deve ser combatido com todas as armas ao nosso alcance e o máximo de inteligência possível. É uma questão de sobrevivência e um momento precioso para baixarmos a nossa bola e exercer um pouco de humildade: nós não temos poder absoluto sobre a natureza.

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Pode parecer uma comparação absurda, mas já temos bastante experiência em ser tratados como um tipo de vírus. Há três ou quatro décadas a pesca comercial brasileira vem sendo atacada como uma ameaça aos peixes, ao mar, ao meio ambiente. Para muita gente boa nós não passamos de um vírus que deve ser extinto, ou, se possível, inviabilizado. Contra essa tendência, como representante da terceira geração de armadores que ocupa e defende com seu trabalho o mar territorial brasileiro, tenho defendido a visibilidade da pesca. Nós estamos no radar, não somos invisíveis. Nossos barcos existem, não somos fantasmas. Temos endereço certo. Basta pesquisar. Mas quem pesquisa? É fato: não existe pesquisa confiável sobre nós, sobre nossa atividade, sobre nosso desempenho, sobre a importância da frota pesqueira para a ocupação da Amazônia Azul. A pesca sustentável está no nosso horizonte. Está mais do que na hora de o setor pesqueiro buscar alternativas

ecológicas. O nosso futuro se decide agora. De acordo com o relatório semestral das Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) sobre o mercado global de alimentos, Food Outlook, o consumo de proteína animal está em queda. No caso do pescado, a produção deve cair em 2020 no mesmo ritmo das demais proteínas, com redução de consumo de 2,4% no resultado anual. A análise dos preços entre janeiro e maio de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostra como o pescado definitivamente foi o mais afetado pela crise da Covid-19 entre as proteínas animais: aves, bovinos, suínos e ovinos tiveram preço global reajustado para cima em 4,5%, enquanto o valor do pescado comercializado em todo o planeta caiu 8,3%.

Por exemplo: entre tantos outros impasses e empecilhos, precisamos resolver de uma vez por todas se o Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite (Preps) é uma ferramenta para salvaguardar a vida no mar, coletar informações ou simplesmente uma algema ou estratagema para punir a atividade pesqueira, fazendo com que ela produza provas contra si mesma. Quando um barco sai do cais, ninguém sabe ao certo o que vai acontecer. A pesca está sempre ligada ao imponderável, à sorte e ao azar, ao perde e ganha. Nesse sentido, a pesca pode ser comparada a qualquer jogo. O importante é que esse jogo se realize seguindo regras básicas, claras, transparentes. Sem regras não tem jogo, nem pesca. Só problemas.

Por aqui, acredito que a pesca tem reagido do mesmo modo que a pandemia: está com altos e baixos, teve um primeiro impacto negativo, depois um grande aquecimento nas vendas e, agora, continua oscilando, sempre em busca de um equilíbrio entre perdas e ganhos. Quanto ao mercado externo, acredito que os cuidados maiores têm que ser com as indústrias inspecionadas pelo Mapa. No âmbito das embarcações, precisamos investir na qualificação da mão de obra. De nada adianta cumprir diversas exigências para as embarcações se a mão de obra não for qualificada. Nesses tempos “pandemômicos” de vida online é urgente fazer o dever de casa. O dever do mar.

*presidente do Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura (Conepe) e do Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Saperj)


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Produção e Processamento

Aplicações e perspectivas do monitoramento pesqueiro no Brasil Por Antônio Olinto Ávila da Silva*

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necessidade do desenvolvimento dos agronegócios, onde se insere a atividade pesqueira, em bases sustentáveis tem recebido grande atenção em todo o mundo e, de forma urgente, no Brasil. As questões sobre a sustentabilidade socioambiental vêm se colocando como pressuposto e meta de negócios no “novo normal” em construção. O Brasil já referenda documentos internacionais, como a Agenda 2030, com seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que ressaltam a importância do monitoramento e da gestão do uso do recursos vivos aquáticos. O País coleciona experiências na

execução de monitoramentos, pesquisa e gestão pesqueira. Um exemplo atual é a execução dos projetos no âmbito do Edital “Ordenamento da Pesca Marinha Brasileira” do CNPq/MPA. O monitoramento pesqueiro tradicionalmente visava gerar dados para a avaliação dos estoques e estabelecimento de limites de esforço ou captura, e era visto apenas como restritivo. Com a intensificação do uso dos ambientes aquáticos por outras atividades percebeu-se que as informações amparam a pesca ao indicar suas áreas de operação e seu grau de vulnerabilidade frente

aos outros usos, ao subsidiar a resolução de conflitos e ao propiciar o aprimoramento da legislação com ajustes locais que beneficiam os pescadores. O registro dos dados pesqueiros é condição para a indicação de consumo e certificação de pescarias, assim como para a promoção do papel da pesca na segurança alimentar e na geração de emprego e renda, muitas vezes em comunidades vulneráveis economicamente. A organização de dados pesqueiros no Brasil foi iniciada na década de 1940 e nos anos 60 já eram produzidos relatórios com dados georreferenciados.


A gestão pesqueira baseada em dados e realizada de forma participativa apresenta-se como a forma mais apropriada para equilibrar o atendimento às demandas da cadeia do pescado com a necessária conservação dos ambientes aquáticos e de seus recursos vivos. A edição 2020 do documento O Estado Mundial da Pesca e da Aquicultura, da FAO, foca nas questões de sustentabilidade e traz registros de aumento da produção onde os estoques foram recuperados. Mesmo com a falta de um sistema estruturado, o Brasil dispõe de experiência e, com restrições, dos dados necessários à gestão. Em 2018 foram identificados 15 projetos de monitoramento da pesca profissional em ambientes marinhos e 10 em áreas continentais1, grande parte desses associados a exigências de

licenciamento ambiental e baseados na cessão voluntária de dados por pescadores. A necessária consolidação de uma base nacional de dados pesqueiros depende muito de arranjos institucionais, em especial entre os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura e Pecuária que têm atribuições na conservação dos ambientes e recursos aquáticos e no desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira - aspectos esses indissociáveis. Esta ação tem o potencial de alavancar as políticas públicas para a recuperação de estoques e para o estímulo à pesca em bases sustentáveis, beneficiando e valorizando todos os elos da cadeia do pescado. A diversidade e fragmentação de nossa atividade pesqueira também torna necessário um olhar regionalizado, em particular à pesca artesanal e de subsistência, que pode ser suprido por instituições locais. Alguns Estados têm legislado de forma concorrente sobre a pesca e a conservação em suas áreas costeiras e, portanto, podem contribuir e serem beneficiados pelo monitoramento. Uma atenção especial deve ser dada ao compartilhamento de dados

que deverá ser feito de forma a não ferir a política de dados de cada instituição, a legislação sobre o tratamento de informações e a confiança do setor produtivo.

*Diretor Técnico do Laboratório de Estatística Pesqueira do Instituto de Pesca/APTA/SAA/SP

1. Mendonça, J.T.; Campanha, P.M.G.C.; Machado, I.C. & Silva, M.H.C. (2018). Emprego de métodos participativos, qualitativos e mistos na pesquisa voltada para a gestão pesqueira no Brasil. A prática na Investigação Qualitativa: exemplos de estudos. Volume 2 (2): 53-88.

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Os anuários pesqueiros nacionais estão disponíveis até 2011, sendo que as informações sobre as descargas por espécie e Estado são registradas apenas até 2007. O Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura de São Paulo foi a única instituição que manteve o monitoramento pesqueiro de forma ininterrupta nas últimas seis décadas.


Produção e Processamento

Desafios e perspectivas do camarão cultivado no Brasil Por Itamar Rocha*

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m novembro de 2019, as projeções de produção de camarão cultivado para 2020 foram estipuladas em 120 mil toneladas, mas diante dos efeitos adversos da Covid-19, ainda no mês de abril, a mesma foi reavaliada para 90 mil toneladas. Em um primeiro momento, pela política de distanciamento social, com o fechamento de hotéis, restaurantes, barzinhos e feiras livres, tanto o setor industrial (produtos congelados) como, especialmente, o artesanal (produtos frescos), foram duramente afetados. Os preços no final de abril baixaram a níveis insustentáveis:

R$ 10/kg na porteira da fazenda para o camarão in natura de 10 gramas.

da Covid-19, descobriram o caminho da sustentabilidade.

Na oportunidade, a saída encontrada para os grandes produtores, que participam com 45% da produção, foi o processamento, congelamento e estocagem de seus camarões, para aguardar oportunidades de vendas no mercado institucional, enquanto para os micros, pequenos e médios produtores, sem o apoio financeiro esperado, dificultados pela falta de regularização e licenciamento ambiental, a saída encontrada foi a venda direta, praticamente de porta em porta e, de repente, mesmo diante

Notadamente, o setor iniciou no crucial momento da pandemia uma campanha de informações sobre os benefícios com o consumo de um produto nobre, com elevado viés social e gastronômico, comercializado a preços competitivos. O atrativo especial é a destacada importância nutricional, no contexto do fortalecimento imunológico dos seus apreciadores. Graças à força e ao dinamismo das mídias digitais, que contaram com o decisivo apoio da ABCC e a

DECLÍNIO, EVOLUÇÃO E EXPECTATIVA DA PRODUÇÃO DE CAMARÃO MARINHO CULTIVADO DO BRASIL: DADOS REAIS DE 2003 A 2019 E PROJEÇÕES PARA 2020 A 2022

Dados reais (2003 - 2019)

Dados projetados (2020-2022)

250,000

200,000

200,000

150,000

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 22

150,000 100,000

120,000 90,190 60,000

65,000

2016

2017

77,000

90,000

50,000 0

2003 Fonte: ABCC/Consultor Itamar Rocha

2018

2019

2020

2021

2022


Além disso, a ABCC estruturou um departamento de mídias digitais, em operação na sede, em Natal (RN), que vem interagindo com os associados, consumidores e influenciadores digitais, tanto na preparação como na divulgação de materiais promocionais, incluindo a divulgação dos produtos elaborados e disponibilizados pelos seus associados, sócios efetivos (produtores) ou contribuintes (apoiadores da ABCC). Essas ações mostram importância e pertinência quando se tem presente que as iniciativas de exportações, por parte dos grandes produtores, mostraram-se muito tímidas e, diante da confirmação do real crescimento (33,33%) da produção projetada para 2020, não há a menor dúvida de que o mercado interno será o destino mais seguro para o escoamento da produção

brasileira de camarão cultivado em 2020. Considerando o pífio consumo per capita (0,43 kg/habitante) de camarão cultivado do Brasil em 2019, não resta outra alternativa, aliás, de curtíssimo prazo, que não seja o incentivo do consumo interno de camarão. Por isso, o lúcido entendimento da diretoria da ABCC será envidar todo esforço e atenção para esclarecer e informar aos potenciais consumidores brasileiros, que de uma maneira geral desconhecem, tanto os aspectos básicos da preparação dos pratos, como especialmente, dos benefícios nutricionais do consumo do camarão, especialmente no tocante à redução de ataques cardíacos e a inibição do Alzheimer.

promoção e de interiorização do consumo de camarão na própria região Nordeste, capitaneadas pelos produtores, com decisiva participação da ABCC, foi possível, sem contar ainda com apoios financeiros oficiais, mudar aquele sombrio cenário do mês de abril. Sem reduzir as densidades de estocagem ou a produção, os preçosreferência para camarão in natura com peso médio de 10 gramas saíram de R$ 10/kg para R$ 20/kg em agosto. Ou seja, um impressionante incremento de 100% em plena pandemia.

Dessa forma, diante da recuperação de preços e crescimento da produção de camarão marinho cultivado do Brasil neste ano, temos bem presente a importância das redes de barzinhos, barracas de praia, restaurantes típicos, praças de alimentações, vendas em condomínios e as atuais iniciativas dos produtores via vendas diretas por app e outras formas de deliveries. Estas ferramentas precisam ser incentivadas e ampliadas, como forma de consolidar as ações de disseminação e de aumento do consumo deste nobre produto no Brasil. Como resultado das ações de

* Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarões (ABCC)

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 23

edição digital da revista de junho de 2020, os associados receberam importantes orientações, tanto no tocante à correta classificação dos camarões disponibilizados ao mercado consumidor, desde os produtos in natura como processados: inteiro, sem cabeça e na forma de filé, incluindo receitas práticas de preparações de pratos especiais, o que contribuiu para consolidar a retomada do crescimento setorial ainda no primeiro semestre de 2020.


Produção e Processamento

Avanço com união Por Eduardo Lobo e Christiano Lobo*

C

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 24

om a publicação do Decreto nº 10.468, de 18 de agosto de 2020, um ano que já era singular para toda humanidade se perpetuou também para o setor de pescados com algo a mais. Demandas que poderiam ser chamadas, por que não, de históricas, foram consagradas em um regulamento com inovações que nos colocam em um caminho de harmonização com normas e regras internacionais e que passa a reconhecer as indústrias de pescados nacionais como maduras o suficiente para em seus processos de autocontrole oferecerem segurança e inocuidade alimentares aos seus clientes. Desde a publicação, esperada há algum tempo, foi possível reconhecer uma verdadeira mudança sobre o olhar aplicado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) em relação ao nosso setor. Questões que se confundem com a própria história da Abipesca foram solucionadas após anos de diálogo e transformações. Há 5 anos, quando nascia a associação, lutávamos para demonstrar ao Mapa que a isonomia, princípio administrativo basilar das relações entre administrado e a administração, era a chave para um setor mais forte e pujante e, portanto, mais apto a oferecer melhores e mais produtos a consumidores de todo o mundo. Rastreabilidade, inocuidade, autocontrole, foram questões que sempre permearam o debate promovido pela Abipesca com seus interlocutores governamentais. A grande redução nos índices de fraude por trocas de espécies desde

2015, a publicação dos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Peixe Congelado, Camarão e Lagosta, bem como o surgimento de uma Câmara Setorial forte integrando cada vez mais as relações e a união do Mapa ao setor produtivo industrial, consolidam esses avanços com o novo RIISPOA. As mudanças derivadas das alterações trazidas pelo Decreto, muitas corrigindo problemáticas de longo debate, imputam às indústrias brasileiras, pela adoção do autocontrole em diversas temáticas de controvérsia, a responsabilidade conferida por quem atribui a essas mesmas indústrias a capacidade de zelar pela saúde pública mesmo sem o monitoramento presencial constante do Estado em suas instalações.

desta guinada, aumenta muito. Mas signatários que somos do Serviço de Inspeção Federal (SIF), temos certeza do sucesso dessa união e que, ao lado de toda a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), teremos o apoio técnico e a orientação propositiva que nos conduzirão a ter produtos saudáveis e cada vez mais desejado por todo o planeta azul. Diante de tantos desafios, alguns ora superados, a Abipesca renova sua esperança de dias melhores para todos e na certeza de que os caminhos escolhidos foram acertados. Parabéns ao setor, parabéns ao Ministério da Agricultura e a todos aqueles que têm feito parte desta história.

Rastreabilidade de locais de desembarque com garantias privadas de condições higiênico-sanitárias; destinação industrial de produtos não conformes e passíveis de tratamento; harmonização internacional com a adoção do Codex Alimentarius para lacunas regulatórias nacionais; entre outras mudanças, demonstram que o Ministério da Agricultura vê hoje um setor muito mais capaz de prezar através da manutenção de seus ativos intangíveis, marca, de consumidores de todo o globo que optam por consumir produtos brasileiros e de alta qualidade. Nossa responsabilidade para com o futuro do País, que se propõe a ser o maior provedor de proteína animal do mundo, transformando os pescados através de nossas indústrias de beneficiamento em locomotiva

*Eduardo (foto) é presidente e Christiano é diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca)


2021 e a conquista de novos e antigos mercados

N

Por Jorge Neves Filho*

Nossa reentrada no mercado europeu, por exemplo, é algo pelo qual estamos lutando há anos. O Sindipi inclusive, sediou entre os dias 15 a 19 de julho de 2019, um workshop de capacitação promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), através da Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU). Mas é preciso fazer um grande adendo: não foi por falta de qualidade em nossos produtos ou operações que saímos deste mercado. Pelo contrário, temos muito orgulho da forma com que toda a cadeia produtiva pesqueira garante a qualidade de nossos produtos.

A questão é que, mais uma vez, fomos usados de moeda de troca - o que também não é nenhuma novidade: entre todas as cadeias produtivas do Brasil, proteicas ou não, a pesca sempre foi o “patinho feio”. Um estigma que não aceitamos e que cada vez mais estamos refutando, tanto nacional quanto internacionalmente.

pois sei da competência e motivação de toda a equipe Sindipi. No mais desejo a todos os nossos irmãos que integram o Povo das Águas um 2021 brilhante e cheio de conquistas e reitero mais uma vez que o Sindipi está sempre de portas abertas para auxiliar e contribuir com o crescimento de todos. Um forte abraço!

A prova disso é que estamos conquistando também outros importantes mercados, como o chinês. Enquanto instituição representativa, tanto das indústrias quanto dos armadores de pesca, da região reconhecida como o maior e mais organizado polo pesqueiro do País, o Sindipi vem trabalhando para auxiliar seus associados neste processo de crescimento. Contamos não só com projetos da nossa coordenadoria técnica, atualmente composta por três oceanógrafos, mas também, de nossa assessoria técnica das indústrias, que conta com dois engenheiros de alimentos, ambos com vasta experiência nos processos pesqueiros. Embora ainda não possa dar mais detalhes sobre esses projetos, posso garantir que serão um sucesso,

*Presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi)

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 25

ão há como negar que 2020 tem sido um ano cheio de desafios, mas infelizmente - ou felizmente - quem é do Povo das Águas já está mais do que habituado a enfrentar a força de tempestades e marés contrárias. Assim, mesmo com a pandemia de Covid-19 e todas as suas implicações, nós do Sindipi nos sentimos confiantes e positivos em relação ao próximo ano.


Produção e Processamento

Covid-19 não afeta agenda regulatória Por Thamires Quinhões*

O

setor de pescado possuía uma expectativa muito positiva para 2020. Após seguidas retrações, a economia estava numa onda positiva de crescimento e esperava-se um aumento das vendas durante o ano, especialmente na Quaresma. Todavia, com a chegada do novo coronavírus no Brasil, esse cenário mudou drasticamente. As medidas adotadas pelos Estados para combater a Covid-19 tiveram um forte impacto na economia, pois foram baseadas no fechamento do comércio e serviços considerados não essenciais e na redução da circulação de pessoas.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 26

Com relação ao comércio de pescado, a proibição de funcionamento de bares e restaurantes afetou diretamente a cadeia, pois grande parte das vendas são direcionadas ao food service. A insegurança trazida pelo risco real de inadimplência levou as empresas a manterem seus estoques e alterarem suas políticas de venda. De acordo com os dados do Comex Stat, as importações de pescado de janeiro a julho de 2020 foram 20,3% menores em volume, o que representou uma redução de 31,46% do dispêndio em dólar, se comparado com o mesmo período de 2019. Outro fator que desacelerou as importações foi o câmbio. A desvalorização do real frente o dólar e a volatilidade da moeda foram agravadas pela instabilidade trazida pela pandemia e por questões internacionais, como a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

As exportações, por sua vez, registraram alta de 11,91% em volume, sendo exportadas 24,7 mil toneladas no acumulado de 2020 (janeiro a julho). Os principais parceiros comerciais do Brasil no período foram: Estados Unidos (33,2%), China (13%), Equador (11,7%), Peru (5,9%) e Guatemala (4,2%). O aumento do custo operacional, advindo dos critérios estabelecidos pelos órgãos públicos para o funcionamento das empresas durante a pandemia, aliado ao clima de incerteza – gerado pelas diferentes posturas adotadas pelos governos na esfera federal, estadual e municipal – dificulta a retomada, cuja expectativa é que ocorra de maneira mais satisfatória no final de 2020, quiçá com uma vacina já em utilização. No que se refere aos assuntos de interesse do setor, destaca-se a publicação da Agenda Regulatória da Secretaria de Defesa Agropecuária 2020-2021, publicada no Diário Oficial em 10 de agosto de 2020 por meio da Portaria MAPA Nº 227, de 7 de agosto de 2020. A Abrapes participou ativamente do processo de elaboração da agenda, que inclui, dentre outros, os seguintes temas: incerteza da medição associada a resultados laboratoriais; atuação de médicos veterinários na inspeção de produtos de origem animal; Programa de Vigilância e Defesa Agropecuária em Fronteiras Internacionais; Programa Nacional de Controle HigiênicoSanitário de Moluscos Bivalves (PNCMB) (revisão da INI MPA/MAPA nº 07/2012, Portaria MPA nº 204/2012 e Portaria MPA nº 175/2013); agroindústria

de pequeno porte de pescado; e aplicação de sanções administrativas. À luz do exposto, muitos são os desafios para que o setor se recupere das turbulências causadas pela Covid-19. O isolamento social trouxe uma transformação do comportamento dos consumidores, que têm preferido realizar suas compras pela internet ao mesmo tempo em que estão em busca de preços competitivos. Nesse sentido, é fundamental que as empresas estejam prontas para o que tem sido chamado de “novo normal”. Além disso, a facilitação do acesso a crédito e o retorno da segurança na retomada da economia são essenciais para a criação de um ambiente de negócios favorável, que possibilite o investimento e o desenvolvimento da cadeia.

*diretora-executiva da Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (Abrapes)


Orgulhosos do nosso hoki sustentável

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SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 27

Proud of our sustainable hoki


Comércio e Consumo A visão de quem exporta, promove ou comercializa

A reinvenção do food service Por Cristiano Melles*

segmento já tinham registrado queda de 60%, uma baixa motivada principalmente pelo fechamento de bares e restaurantes.

O impacto da paralisação gerou um efeito em cascata, alcançando outros setores relacionados à alimentação fora do lar, como o aquícola. Somente no Estado de São Paulo, de acordo com o relatório de impactos econômicos da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, em abril, as vendas do

Acompanhando a situação, a ANR fez um trabalho forte junto às esferas governamentais a fim de minimizar os impactos da crise. Pleiteamos um apoio maior do poder público, solicitando mais acesso às linhas de crédito, procurando alternativas para desonerar a folha de pagamento e manter empregos, além de uma diminuição momentânea de tributos e impostos. Embora importante, o apoio recebido ficou, de certo modo, aquém do desejado. Ideal seria, pela relevância do food service na economia, soluções específicas para o setor, como incentivos oficiais para que a população volte aos bares e restaurantes, como no Reino Unidos, ou um pacote de ajuda direta ao segmento, como nos Estados Unidos.

Divulgação/Arquivo Restaurante Viena

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 28

A

pós lenta recuperação da economia no Brasil nos últimos anos, o food service foi surpreendido pelo novo coronavírus. Em virtude do isolamento social imposto em grande parte do País – e do mundo – para controlar a pandemia, os estabelecimentos se viram obrigados a fechar as portas e esperar. Por aqui, na maioria dos municípios, foram mais de 100 dias de ansiedade e aflição. Salões desativados e a possibilidade de funcionar unicamente com delivery, drive-thru ou take-away.

Segundo levantamentos da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), cerca de 30% dos estabelecimentos encerraram definitivamente as operações e mais de 1 milhão de postos de trabalho foram perdidos. Para um setor que emprega direta e indiretamente mais de 6 milhões de brasileiros e é porta de entrada para o mercado de trabalho, a perda foi impactante.

A entidade também reuniu especialistas para desenvolver conteúdos, incluindo guias e webinars, com indicação de boas práticas, esclarecimentos sobre legislação, protocolos para reabertura, entre outros temas. Abordamos não só os desafios do presente como as transformações necessárias para o

futuro. No pós-pandemia, a demanda será por tecnologias que acelerem a interação à distância e que levem para dentro do lar o que antes era ofertado fora dele. Caminhamos para a era contactless e enfrentamos o desafio de reconquistar os consumidores. A alimentação fora do lar precisa, agora, ser multicanal e criativa. A pandemia vai passar e os acelerados estudos por vacinas atestam isso. Em breve estaremos prontos para um novo começo. Uma retomada que se inicia tímida e com algumas adversidades, mas que possibilita enxergar um caminho de melhora. As projeções apontam para uma boa recuperação em 2021 em toda a cadeia do food service. Estamos caminhando para desenvolver e oferecer novas experiências aos consumidores e reforçar o protagonismo do setor na economia brasileira.

*presidente da Associação Nacional de Restaurantes (ANR)


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 29


Comércio e Consumo

Pescados nos supermercados: é possível ir além Por Marcio Milan*

R

econhecidamente, os supermercados são o principal canal de abastecimento das famílias brasileiras. Diariamente, cerca de 28 milhões de consumidores recorrem aos quase 90 mil estabelecimentos que integram o autosserviço nacional para buscarem bens de consumo dos mais diversos gêneros, sendo a maior parte deles alimentos perecíveis e não perecíveis. Estes itens respondem pela maior parte das vendas dos supermercados.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 30

De acordo com o Ranking Abras 2020, considerando a soma da mercearia seca e de todas as seções de perecíveis oferecidas pelas lojas, como refrigerados, FLV, padaria, peixaria, açougue e comida pronta, as vendas de alimentos representaram, no ano passado, exatos 60% do faturamento bruto do setor supermercadista, que no período foi de R$ 378,3 bilhões. Apenas para pontuar, a referida cifra é 6,4% maior do que a receita registrada em 2018 e corresponde a 5,2% do Produto Interno Bruto nacional. Com relação aos pescados, este é um mercado de grande relevância para o setor supermercadista. Em 2019, essa seção movimentou, nas lojas de autosserviço, R$ 7,9 bilhões, o equivalente ao faturamento da terceira maior empresa supermercadista listada no Ranking Abras. Percentualmente, essa participação foi de 2,1% sobre a receita do setor, fatia 1,4 ponto percentual

superior ao resultado do ano anterior. É muito importante considerar também o volume movimentado no segmento de cash & carry, popularmente conhecido como atacarejo, pois a receita gerada pelo segmento atacadista não está inclusa no resultado do autosserviço, que agrega os estabelecimentos nos formatos de vizinhança, supermercado e hipermercado. De acordo com projeção da Nielsen, as lojas de atacarejo – onde os pescados congelados têm aderência – movimentaram R$ 110,8 bilhões no ano passado. Sobre a participação da seção de peixaria no resultado dos supermercados, é possível observar que ainda há muito espaço para este segmento avançar. E, no varejo, espaço é sinônimo de oportunidade. O momento é favorável, porque os pescados estão associados a uma alimentação saudável e a busca por saudabilidade não é uma “nuvem passageira”, mas um movimento que está em curso há muito anos e que vem se acentuando. Um caminho para ampliar essa participação, especialmente no período de pós-pandemia, passa pela maior presença dos fornecedores de pescados nos pontos de venda. Os consumidores brasileiros gostam e respondem muito bem às ativações nas lojas, como promoções, descontos, festivais de vendas, degustações, brindes, ações de cross merchandising e pontos

extras, por exemplo. Este pacote de iniciativas, que sempre devem ser muito bem comunicadas, é muito efetivo para despertar curiosidade, incentivar a experimentação e estimular as vendas. Portanto, apostem em parcerias com o varejo. Outra forma de os fornecedores estarem mais envolvidos com os supermercados é por meio da capacitação da mão de obra dos estabelecimentos. Colaboradores mais bem informados e preparados têm muito mais condições de prestar um melhor atendimento aos clientes e de zelar pela exposição dos produtos. A Abras, que tem como um de seus pilares a educação, preza muito por esse tipo de parceria voltada à promoção do conhecimento. A entidade, inclusive, disponibiliza a todos os profissionais do setor supermercadista um curso sobre peixaria, disponível gratuitamente em sua plataforma de ensino Escola Nacional de Supermercados (ENS). O foco deste conteúdo é, justamente, ampliar a qualidade dos produtos desta seção. Vale acrescentar também o quesito inovação. O consumidor brasileiro é bastante sensível e interessado por novidades, especialmente quando elas entregam o benefício da praticidade. Cortes de preparo rápido e de fácil conservação têm espaço garantido na lista de compras dos clientes dos supermercados. Temos observado a crescente


As vendas online aumentaram exponencialmente neste período de pandemia do convid-19, por causa da necessidade de isolamento e distanciamento social. O e-commerce conquistou diversos clientes neste período e é esperado que, passada essa crise, o hábito de comprar pela internet se mantenha na rotina de muitas pessoas. Por fim, outro ponto a compartilhar com o setor de pescados é o conceito de

multicanalidade. Cada formato de loja tem um perfil e uma missão e os fornecedores devem ter pleno conhecimento destas variações. E voltando às mudanças geradas pela pandemia, o pequeno varejo passou a ser mais procurado pelos consumidores, justamente pelo interesse em se evitar aglomerações. Segundo dados da Kantar, mais de dois milhões de lares passaram a comprar em pequenos supermercados no primeiro trimestre. Vale a indústria de pescados ficar atenta a esse movimento e se ele se manterá quando tudo voltar ao normal.

*Superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 31

presença dos pescados congelados e isso deve continuar, até porque é algo que favorece as vendas por e-commerce, um processo que cresce a cada dia.


Comércio e Consumo

Que tal ver o lado bom (e selvagem?) da pandemia? Por Carolina Nascimento*

A

credito que seja um tanto quanto óbvio dizer que é um desafio escrever um artigo em um momento repleto de tanta incerteza. Então, resolvi olhar o lado bom e prestar mais atenção nas oportunidades que surgiram em meio à pandemia da Covid-19.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 32

2019 foi um ano muito interessante para as aventuras da indústria pesqueira do Alasca no Brasil e na América do Sul. Foi quando expandimos nosso programa para os outros países da região e as exportações ultrapassaram 11.500 toneladas e US$ 24 milhões. Falando apenas de Brasil, as exportações também cresceram (+45%), chegando a quase 2.500 toneladas exportadas diretamente ao País, com valor acima dos US$ 8 milhões. Ainda são números muito tímidos, se considerarmos o potencial daqui e de toda a região, entretanto, um mercado, para nós, em crescimento – ponto número 1 para o nosso otimismo, antes mesmo de se pensar em qualquer crise sanitária. 2020 e a pandemia trouxeram uma dinâmica diferente ao mercado, muito positiva para os peixes selvagens, naturais, sustentáveis e, sobretudo, congelados da última fronteira americana. A pandemia nos trouxe um consumidor que foi obrigado a ficar mais em casa, que precisa cozinhar mais, mas ir menos vezes ao supermercado, e que consequentemente necessita de soluções práticas – chegou a vez do congelado! Este consumidor, preocupado com sua saúde, também

é muito mais interessado em produtos naturais, que tenham bons valores nutricionais e que contribuam para dietas saudáveis. Também é mais interessado em origem, em procedência e passa mais tempo online, aberto a aprender mais sobre isso. Por outro lado, esse também é um consumidor que precisa desesperadamente aprender mais sobre pescados, sobre preparos, que precisa não ter medo de preparar peixe em casa. A pergunta é: como nós, peixeiros, estamos respondendo a essas oportunidades? Está aí um belo dever de casa a ser feito. Este é um consumidor que veio para ficar. Claro que não vivemos em uma bolha e sabemos que junto das oportunidades estão os desafios econômicos, mas vou deixar apenas um parênteses neste artigo sobre a desvalorização do Real: convenhamos, adoramos falar exaustivamente sobre as dificuldades, mas todos sabemos que quase metade do mercado de pescado no Brasil é composto por produtos importados, e assim continuará - o pescado importado vai sim continuar entrando no País e é inevitável que os preços ao consumidor subam. A pergunta é: como vamos lidar com isso? O dever de casa que mencionei deve ser mais do que nunca bem feito – como vamos, diante dos já conhecidos desafios, realmente aproveitar as oportunidades que surgiram e posicionar a proteína do pescado frente a outras proteínas, em geral oferecidas a preços mais baixos e as quais o consumidor não tem medo de

cozinhar em casa? É um bom exercício a ser feito. Para atender a essa aquecida demanda, não só no Brasil, mas global, a indústria do Alasca se preparou para seguir operando em meio à pandemia. Empresas desenvolveram verdadeiros planos de guerra e investiram milhões e milhões de dólares implementando novos protocolos operacionais, mantendo todos os funcionários da linha de produção em quarentena em quartos de hotel antes de embarcarem em barcos-fábrica ou se deslocarem para cidades remotas no Alasca, operando com número reduzido de funcionários e conduzindo testagem massiva em suas operações. Tudo para assegurar a saúde dos trabalhadores, seguir processando os peixes capturados nesta temporada e garantir a distribuição de produtos seguros ao mercado. Mesmo com todo o planejamento e rápidas (e bem-sucedidas) ações de contingência quando casos de Covid-19 foram detectados, algo que não podemos controlar aconteceu: a corrida das cinco espécies de salmão selvagem no Alasca nesta safra foi tímida, principalmente a de maior importância comercial no Brasil, o keta (ou chum), que ficou 70% abaixo do volume projetado de captura antes da temporada. Coho e King também tiveram corridas abaixo do esperado, 68% e 40% respectivamente aquém das projeções. Pink e Sockeye ficaram bem próximos ao esperado, mas devemos lembrar que estamos em um ano par e,


Apesar dos pesares, os números discretos de captura neste ano não nos preocupam – possivelmente veremos queda nos volumes totais que serão importados pelo Brasil em 2020, entretanto sabemos que este é apenas (mais) um ano no desafiador mercado brasileiro. Os exportadores do Alasca estão comprometidos com a manutenção do mercado até então desenvolvido no Brasil e, por sua vez, os importadores brasileiros têm preparado seus estoques para este novo ano. Trabalhar com peixe selvagem requer planejamento, para então poder encontrar certa margem de manobra quando a safra não acontece como

esperado. O que garantimos é que não faltará produto para atendermos à crescente demanda por peixes selvagens, naturais e sustentáveis. O lado bom de se trabalhar com uma indústria com capacidade de adaptação mesmo nos momentos de maior adversidade, como a do Alasca, é que sempre aprendemos a encontrar oportunidades em momentos desafiadores como este. Se a oferta de salmão selvagem está limitada, não nos faltará polaca (verdadeira) do Alasca, nem bacalhau, nem a busca por novos modelos de negócios para trazer sempre produtos novos, de alta qualidade ao mercado brasileiro e, agora, sul-americano. Vamos comer (e saber vender) mais peixe, pessoal. É a proteína mais saudável e com a menor marca de carbono do mundo. Este é o futuro - e o futuro é agora.

* Representante para a América do Sul do Alaska Seafood Marketing Institute

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 33

em tais anos, a corrida do salmão pink geralmente tem menor volume. Ao todo, até a semana 12 de produção (última de agosto de 2020), foram capturados mais de 107 milhões de salmões selvagens no Alasca, equivalente a 81% do volume projetado antes da safra.


Comércio e Consumo

Fortalecer alianças estratégicas em prol do crescimento Por Carlos D. Liberman*

O

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 34

ano de 2020 é marcado pela pandemia de Covid-19, que colocou a economia mundial em crise e afetou gravemente todas as atividades produtivas e, principalmente, as vinculadas ao comércio internacional. Claro que isso se refletiu no intercâmbio de produtos pesqueiros entre Brasil e Argentina, que caiu drasticamente durante os meses de abril e maio. Atualmente, apesar de a situação ainda não ter sido superada, os primeiros sinais de reativação começam a ser vistos.

Divulgação/Pixabay

Nesse contexto, é de extrema importância valorizar o tradicional elo que une os setores pesqueiros do Brasil e da Argentina. O intercâmbio comercial sustentado ao longo do tempo permitiu a geração de uma aliança estratégica que hoje, mais do que nunca, é a chave para potencializar as oportunidades dos dois países no novo cenário internacional. Nesse sentido, queremos reafirmar e destacar o compromisso do setor pesqueiro argentino, que tem conseguido garantir a continuidade da atividade, sustentando

sua estrutura de extração e beneficiamento. Embora as estatísticas mostrem o impacto da pandemia, níveis de produção muito satisfatórios foram alcançados. Acreditamos que isso nos posiciona de maneira muito favorável frente aos novos desafios que o setor enfrenta. A abundância de recursos pesqueiros argentinos e a qualidade de seus produtos naturais e silvestres, cada vez mais reconhecidos internacionalmente, nos permitem projetar que, superados os momentos mais críticos da situação sanitária, voltaremos a notar as tendên-


Particularmente no que diz respeito à merluza (Merluccius hubbsi) - cujos filés são o produto pesqueiro argentino que o Brasil mais importa - durante os meses de janeiro, fevereiro e março, observou-se um crescimento significativo dos volumes em relação ao mesmo período do ano anterior. Estamos confiantes de que atingiremos rapidamente níveis semelhantes aos daqueles meses, já que a merluza argentina está instalada no mercado brasileiro pelas qualidades que a diferenciam como um produto silvestre, de excelente qualidade nutricional, que, ao mesmo tempo, tem a capacidade de atender a uma grande demanda. Conhecemos a preferência dos consumidores pelo acesso a alimentos naturais e saudáveis e sabemos que nossos produtos atendem aos mais elevados padrões do mercado internacional. Nesse sentido, também mantemos expectativas importantes quanto à entrada efetiva do camarão argentino (Pleoticus muelleri) no mercado brasileiro. As autoridades dos Ministérios da Agricultura de ambos os países pactuaram as condições sanitárias para a entrada segura de nossos camarões no Brasil, com base em uma rigorosa análise de risco que deixou clara a segurança e a qualidade de nosso

produto, reconhecidas mundialmente. Infelizmente, uma disposição judicial injustificada e sem argumentos bloqueou este acordo oficial. Este assunto ocupa um lugar central em nossa agenda bilateral e pretendemos chegar a uma resolução positiva no curto prazo, pois sabemos que existe uma demanda muito importante de um setor de mercado que reconhece e valoriza as características únicas do nosso camarão selvagem, radicalmente distinto de espécies de cultivo, e ansiosa para acessar nosso produto. A variedade de produtos silvestres que o nosso estoque pesqueiro oferece nos permite estar otimistas com esta nova etapa. Embora tenha havido uma diminuição relativa dos desembarques durante o segundo trimestre do ano, devido ao impacto da pandemia, pudemos observar um crescimento na produção de espécies altamente valorizadas como a merluza negra (Dissostichus eleginoides), a polaca (Micromesistius australis) e a vieira (Zygochlamys patagonica). O recorde, sem dúvida, foi batido pela lula (Illex argentinus), que fechou uma excelente temporada, com um volume superior a 154 mil toneladas, o que representa cerca de 65% a mais do que foi desembarcado no mesmo período de 2019.

O nosso país, sob o signo distintivo “Mar Argentino, Silvestre e Austral”, possui uma gama de produtos única e que o distingue num mundo cada vez mais consciente da necessidade de produzir alimentos de qualidade de forma sustentável. Acreditamos que esta é uma vantagem fundamental para continuar fortalecendo o vínculo comercial que une nossos países, em um contexto em que o abastecimento e a circulação de alimentos desempenham um papel fundamental.

*Subsecretário de pesca e aquicultura da República Argentina e presidente do Conselho Federal Pesqueiro

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 35

cias crescentes que se observaram nos primeiros meses do ano.


Comércio e Consumo

Salmão: a caminho de 2021 Por Arturo Clement *

E

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 36

ste primeiro semestre foi muito difícil para a exportação de salmão chileno para o Brasil. Os meses mais complicados foram abril e maio, quando as exportações (em volume) marcaram os picos mais baixos do ano em relação ao mesmo período de 2019. O mês de maio resultou em uma redução de 45% em relação a maio do ano passado. No acumulado, o volume de janeiro a junho caiu 13% em relação ao mesmo período de 2019, então ainda estamos observando uma queda significativa nas exportações. As receitas com essas exportações apresentam queda ainda mais acentuada, de 34%.

Dado que 70% da venda de salmão do Chile ocorre no canal food service, isso explica em grande parte a retração da demanda. Esperamos que nos próximos meses comecemos a observar pequenas melhorias à medida que a atividade econômica no Brasil comece a voltar a uma “nova normalidade”. Sabemos que durante a segunda quinzena de junho e julho ocorreram as principais reaberturas de atividades econômicas, como shopping centers, restaurantes e outros; portanto, espera-se uma ligeira recuperação da demanda. É muito difícil fazer uma previsão para os próximos meses, pois dependem principalmente dos efeitos da “volta à normalidade” das atividades econômicas, paralelamente ao efeito da pandemia sobre a

população e sua recuperação ou não. Na medida em que as atividades econômicas sejam efetivamente retomadas e os consumidores possam retomar suas atividades e empregos, recuperando assim seu poder de consumo, pode-se imaginar uma lenta recuperação que levará, pelo menos, a segunda metade do ano para se tornar visível. Tudo isso a ponto de não haver surto ou segunda onda da pandemia que obrigue o fechamento das atividades econômicas. Os canais online e de delivery de restaurantes são os que mais cresceram nesses meses, dada a necessidade de compras em casa e o fechamento presencial de restaurantes. Isso teve um efeito positivo sobre a demanda nas categorias de alimentos. A recente abertura de restaurantes tem sido feita de forma muito cautelosa, visto que 100% dos restaurantes não o fizeram, pelo que o seu efeito na procura de alimentos ainda não se tornou visível. Por sua vez, o canal de supermercados cresceu significativamente. Alguns números falam de um crescimento de 30% nos meses entre março e julho, em que ocorreram principalmente nas categorias de alimentos e produtos de limpeza. As tendências e hábitos de consumo que têm gerado esse efeito são o preparo dos alimentos em casa e a crescente preocupação em manter os espaços

internos limpos e desinfetados devido a possíveis infecções. Nesse contexto, a campanha do salmão chileno teve que se ajustar para se adaptar a essas mudanças. Como exemplo, pode-se citar que foram suspensas as ações presenciais em supermercados e realizadas ações da marca no apoio à entrega de alguns restaurantes em São Paulo. A campanha já estava planejada 100% em meio digital e em redes sociais, portanto, na maior parte, segue o padrão planejado. Esperamos poder retomar as atividades presenciais suspensas até 2021.

*CEO da Associação da Indústria de Salmão do Chile (SalmonChile)


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 37


Comércio e Consumo

Equador ao Brasil: efeitos da pandemia Por Edgar Novoa Villavicencio*

O

ano de 2019 foi excelente para as exportações de pesca e aquicultura do Equador. Foram exportados ao mundo US$ 5,473 bilhões dos dois setores. Já para o Brasil, o Equador exportou US$ 28 milhões em pesca e US$ 2,4 milhões de aquicultura, graças à abertura do mercado de camarão. Com relação às exportações de aquicultura do Equador ao Brasil, o ano de 2020 teve um início muito promissor. Entre janeiro e março foram exportados US$ 1,3 milhão de camarão ao mercado brasileiro. Esse ativo movimento comercial foi reforçado com a sentença emitida pelo Juiz Federal Cristiano Miranda de Santana, em abril 2020, que indeferiu a Ação Civil Pública contra a abertura das importações do camarão do Equador.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 38

Esta sentença corrobora os argumentos da decisão do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de dezembro de 2018, que abriu o mercado de importação de camarão, ressaltando que não existem riscos do camarão equatoriano à flora e fauna brasileiras. Além disso, a sentença indica também que a falta de produto no mercado brasileiro aumenta o valor do camarão comercializado no Brasil, prejudicando assim o consumidor final. As decisões do sistema judiciário brasileiro apoiam os critérios técnicos do Ministério de Agricultura e Abastecimento (Mapa) e, com base neles, o governo do Equador mantém a sua posição de ofertar um produto de ótima qualidade sem prejudicar a produção nacional brasileira. Contudo, atualmente nos vemos confrontados a outro problema que não afeta somente a relação comercial Equador – Brasil, mas o mundo inteiro:

os efeitos do Covid-19 no comércio internacional. No mercado brasileiro, a demanda tem se contraído como resultado natural da pandemia e o valor do dólar disparou em relação ao real nos últimos meses, dificultando assim o ingresso de produtos importados. As exportações de aquicultura do Equador ao Brasil se estancaram no mês de março e a partir do mês de abril até junho não se registraram ingressos de crustáceos do Equador. Mas as exportações gerais do crustáceo para o mundo até junho não foram afetadas pela pandemia. Até o mês de junho 2020, estas contabilizaram um total de US$ 1,988 milhão, o que reflete um leve crescimento com relação ao mesmo período do ano 2019 quando somaram US$ 1,847 milhão. O Equador exporta camarão de altíssima qualidade. A pandemia tem levantado novos desafios, aos quais as empresas cultivadoras têm respondido de forma rápida e eficiente, mediante a aplicação de estritos protocolos de biossegurança. Com relação às exportações de pesca do Equador ao Brasil, estas têm sofrido fortemente os efeitos da contração econômica durante a pandemia. De janeiro a junho de 2019, o Equador exportou ao Brasil US$ 17,4 milhões de diferentes produtos de pesca, enquanto de janeiro a junho de 2020 o valor chegou somente a US$ 6,38 milhões. Contudo, essa contração tem sido leve a nível das exportações do Equador ao mundo: de janeiro a junho passaram de US$ 804 milhões em 2019 a US$ 742 milhões em 2020. O setor pesqueiro equatoriano implementou também de forma rápida os padrões mais elevados de biossegurança para garantir a produção de produtos inócuos e de altíssima qualidade.

O Escritório Comercial do Equador em São Paulo, Pro Equador, mantém as atividades de promoção comercial de forma ativa. Acreditamos que podemos encontrar oportunidades em neste tempo adverso. Neste sentido, conseguimos que várias empresas brasileiras do ramo da importação de pescados e aquicultura participassem da Ecuador Food Fair, I Virtual Edition, que aconteceu no mês de junho. Neste evento, houve um intercâmbio interessante entre empresários brasileiros e equatorianos e estamos na espera da concretização de algumas exportações. As bases contudo, as bases do intercâmbio Equador Brasil em pesca e aquicultura são de longa data e suficientemente sólidas para conseguir afrontar de forma exitosa uma retomada. Por outro lado, o setor exportador de pesca e aquicultura equatoriano tem mostrado em várias ocasiões a sua resiliência para afrontar momentos adversos, e sair deles fortalecido.

*Conselheiro comercial do Equador no Brasil


Bacalhau: câmbio e logística restringem retomada

A

Por Øystein Valanes*

Entre os consumidores brasileiros de bacalhau da Noruega, entendemos que o interesse no produto é tão grande como antes. O que restringe as vendas é a logística por causa da pandemia. O comprador mais importante de bacalhau fica em casa para evitar contágio e a família não se reúne. Esta situação influencia nas vendas tanto do Gadus morhua como das espécies mais econômicas, como o saithe. A incerteza sobre o futuro, particularmente sobre o emprego, influencia na decisão de compra dos consumidores, que preferem economizar, e compram produtos mais baratos fabricados no Brasil.

Para o setor norueguês de bacalhau o Brasil é um dos mercados mais importantes do mundo. No ano passado o Brasil foi o segundo mercado, maior em volume e valor, depois de Portugal e antes da República Dominicana. Apesar das exportações da Noruega ao Brasil até julho terem sofrido uma caída considerável, vemos que o foco das redes de supermercados é tão forte como antes para seguir na promoção e venda do bacalhau da Noruega. A produção norueguesa sem interrupção, seguindo regulamentos rigorosos que foram continuamente ajustados conforme os desafios da pandemia, asseguram o fornecimento e a qualidade do produto. Como sempre o preço vai ser decisivo para as exportações de bacalhau da Noruega ao mundo e ao Brasil. O fator crítico é a evolução do câmbio, tanto o real em relação ao dólar americano, como a coroa norueguesa em relação ao dólar. A evolução da pandemia e as ações das autoridades para limitar as consequências, são fundamentais para a evolução do câmbio. Por quanto tempo teremos que praticar o isolamento social e ficar em quarentena? Quando estará disponível uma vacina?

Em nível específico para o setor de pescado acontecerá um evento que vai impactar no mercado global. A decisão do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM) em outubro sobre as cotas para o ano que vem influenciará tanto nos preços deste ano como para o ano de 2021. Um potencial aumento em 20% na quota do Gadus morhua vai, sem dúvida, causar movimento no mercado global.

*Diretor para o Brasil do Conselho Norueguês da Pesca

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 39

exportação de bacalhau da Noruega ao Brasil até julho foi 33% menor em volume e valor que no mesmo período do ano passado. A causa principal é o enfraquecimento do real comparado com o dólar americano. Já no período entre janeiro e fevereiro o real caiu 12%. Desde 1º de março até o dia 23 de agosto, o real perdeu mais 25% do seu valor. O enfraquecimento do real tem como explicação principal o gerenciamento da pandemia, mais do que o fechamento do varejo e a redução no preço do petróleo.


Estatísticas

Conjuntura Os números gerais que afetaram a trajetória do setor entre 2019 e 2020

N

estatístico que a doença e suas implicações provocaram no pescado, dos fundamentos macroeconômicos à inflação no varejo.

ão foi só a lógica dos negócios, da convivência e dos compromissos sociais que foi profundamente alterada com a pandemia de Covid-19. Neste anuário, o leitor verá em números o impacto

VARIAÇÃO CAMBIAL DO REAL X DÓLAR E EURO 2019 - 2020 (JAN/19 A AGO/20) Euro

A principal perna do tripé macroeconômico de impacto no segmento é o câmbio, que afeta severamente as importações. Um grande importador de pescado como o Brasil assistiu ao dólar se valorizar 32,5% até maio e o euro disparar 30,8%. Se negociar em ano de pandemia já estava difícil, a desvalorização recorde do real tornou tudo mais complexo. Como a equipe econômica já adiantou, nada indica que devemos sair do patamar de R$ 5,00 para o dólar neste e no ano que vem.

Dólar

8,000

6,000

5,770 5,384

4,280

4,000

4,219

3,748

4,341

3,716

4,380

3,840

4,367 4,243 4,466 4,010 3,997 3,867 3,780

4,474

3,899

4,540

4,516

4,120

4,587

4,086

4,149

4,571 4,116

4,592 4,134

4,740 3,341

5,308

6,430

6,137

6,061

5,620 5,839 5,190

5,298

5,438

4,864

2,000

2019

Fonte: X-Rates.com

210,5 190,3 173,6

167,1

163,7

109,2

119,5

119,1 108,4

114,2

116,9

111,1

105,1

112,4

112,9

Janeiro

111,3

Março

117,3

111,5

Fevereiro

120

Dezembro

145

Janeiro

115,1

2019 Fonte: ÍNDICE DE INCERTEZA DA ECONOMIA BRASIL (IEE-Br) da Fundação Getulio Vargas

2020

Julho

Junho

Maio

Abril

M\arço

Fevereiro

Novembro

Outubro

Setembro

Agosto

Julho

Junho

Maio

95

Abril

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 40

195

170

Agosto

Julho

Junho

Maio

Abril

M\arço

Fevereiro

Janeiro

Dezembro

2020

ÍNDICE DE INCERTEZA DA ECONOMIA BRASIL FGV | PONTOS 220

Novembro

Outubro

Setembro

Agosto

Julho

Junho

Maio

Abril

Março

Fevereiro

Janeiro

0

Com pequenas oscilações marginais, a confiança dos empresários na economia brasileira se mantinha perto da base 100 até fevereiro. O pessimismo dobrou em abril a partir das notícias que antecipavam o estrago que o vírus poderia causar, mas a reação de alguns segmentos e a compreensão de como conviver com a pandemia aos poucos provocou uma reação positiva - embora não na mesma proporção da queda.


PIB TRIMESTRAL X SETORES X CONSUMO X BALANÇA COMERCIAL

IPCA - SÉRIE HISTÓRICA 2019/2020 Variável Mensal (%)

Acumulado no ano (%)

Acumulado em 12 meses (%)

janeiro 2019

0,32

0,32

3,78

fevereiro 2019

0,43

0,75

3,89

março 2019

0,75

1,51

4,58

abril 2019

0,57

2,09

4,94

maio 2019

0,13

2,22

4,66

junho 2019

0,01

2,23

3,37

julho 2019

0,19

2,42

3,22

agosto 2019

0,11

2,54

3,43

setembro 2019

-0,04

2,49

2,89

outubro 2019

0,1

2,6

2,54

novembro 2019

0,51

3,12

3,27

dezembro 2019

1,15

4,31

4,31

janeiro 2020

0,21

0,21

4,19

fevereiro 2020

0,25

0,46

4,01

março 2020

0,07

0,53

3,3

abril 2020

-0,31

0,22

2,4

maio 2020

-0,38

-0,16

1,88

junho 2020

0,26

0,1

2,13

julho 2020

0,36

0,46

2,31

agosto 2020

0,24

0,70

2,44

Variação em volume em relação ao mesmo trimestre do ano anterior - % Fonte: Sistema de Contas Nacionais Trimestrais - SCNT | IBGE AGROPECUÁRIA

INDÚSTRIA

COMÉRCIO

PIB

CONSUMO DAS FAMÍLIAS

EXPORTAÇÃO

IMPORTAÇÃO

5.00 0,90

-0.00

1,40 1,30

2,10 0,40

-1,60

1,90

1,20 0,50

-2,20 -4,40

-5.00

-5,10

-10.00

1o tri 2019

2o tri 2019

3o tri 2019

4o tri 2020

1o tri 2020

2o tri 2020

Poucos gráficos são mais nítidos do que a evolução do PIB Trimestral calculado pelo IBGE. Para tornar ainda mais claro o cenário, cruzamos as informações das principais atividades econômicas com os dados da balança comercial durante seis trimestres, desde janeiro de 2019. Como de praxe, a agropecuária se manteve no azul principalmente em razão das exportações, mas não foi capaz de fazer frente à queda generalizada. A indústria (-12,7%) caiu praticamente o mesmo que havia crescido nos três trimestres anteriores, revertendo a recuperação que começava a trilhar e colaborando com a queda acentuada das importações (-14,9%). O consumo das famílias, que também dava sinais alentadores, despencou 13,5% e levou consigo o comércio (-14,1%). Com isso, a soma de todas as riquezas produzidas pelo Brasil despencou -11,4%, depois de um primeiro trimestre já negativo. A análise do 3º trimestre de 2020 já deve trazer as consequências do aumento das exportações e do consumo das famílias na inflação medida pelo IPCA/IBGE, já que até agosto a alta do preço dos alimentos ainda não havia pressionado o indicador.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 41

Mês


Estatísticas Conjuntura

POPULAÇÃO X DESEMPREGO (MILHARES) | 2019 A 2020

15244 10727

12791 7976

8266

11844

12850

17381

18009 11632

8333

12166

17633 12054

12515

17531 12766

11986

8511

5,000

Indústria

8655

10,000

Agricultura

11667

Comércio

13387

15,000

8422

Desocupadas

17542

20,000

0

Força de trabalho total

1º trimestre

2º trimestre

3º trimestre

4º trimestre

1º trimestre

2º trimestre

2019

2019

2019

2019

2020

2020

105.250

106.108

106.315

106.184

105.073

96.138

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral

A pandemia ceifou vidas e levou milhões de pessoas ao desemprego. A força de trabalho total ocupada passou de 105 milhões de pessoas nos primeiros três meses do ano para 96 milhões no segundo trimestre. O aumento do desemprego e perda de renda do trabalhador, com a flexibilização dos contratos de trabalho, foi amenizado com o auxílio emergencial determinado pelo governo federal, após pressão do Congresso. O programa atende a cerca de 60 milhões de pessoas e foi destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados. Estendido até o fim do ano em valor menor (de R$ 600 passou para R$ 300), deve se converter em outro programa de renda básica ainda a ser discutido pelo governo após o fim dos planos para o Renda Brasil.

PREÇOS DA SOJA E MILHO BRASIL | SACA DE 60 KG Soja (R$)

Milho (R$)

150

132,8

36,09

36,72

38,7

41,97

Agosto

Setembro

Outubro

48,35

50,19

48,53

50,79

59,6

Agosto

Janeiro

38,85

60,14

Julho

Dezembro

38,56

53,25

Junho

51,16

Maio

48,62

115,32

Abril

47,88

85,33

107,51

89,86

M\arço

87,9

Fevereiro

90,06

77,29

Julho

81,8

87,38

Junho

33,63

82,58

86,76

Maio

38,43

74,36

Abril

42,33

77,71

Março

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 42

0

39,33

Fevereiro

50

77,36

Janeiro

77,08

88,52

Novembro

101,21 100

103,58

119,12

Os aquicultores ficaram apreensivos no segundo trimestre com o preço da ração após altas do milho e soja, principais insumos - em meados de agosto havia relatos de ração 40% mais cara. As exportações de soja e milho atingiram 2º maior volume para agosto e a preocupação dos produtores de proteína animal com o custo da ração cresce. As vendas externas de soja em agosto ficaram em 6,2 milhões de toneladas, uma alta de 24,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já os exportadores de milho embarcaram 6,485 milhões de toneladas em agosto, recuo de 11,4%.


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SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 43

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Estatísticas

Produção A aquicultura e a pesca em números

A

Piscicultura (PeixeBR). O peixe aquícola mais popular do Brasil alcançou 432.149 toneladas, ou seja, 57% de toda a piscicultura nacional. Enquanto os nativos se mantiveram estáveis, as “outras espécies” (como carpas, truta e panga) saltaram 8,72% em 2019, indo de

piscicultura brasileira cresceu 4,9% em 2019 com 758.006 toneladas produzidas, com a tilápia permanecendo como a principal espécie, conforme dados do Anuário 2020 da Associação Brasileira da

34.370 toneladas para 37.927 toneladas. Ainda há uma defasagem grande entre os dados da PeixeBR e os do IBGE – 143,2 mil toneladas em 2018 – o que dificulta a obtenção de uma fotografia mais clara sobre o momento atual da aquicultura brasileira.

PRODUÇÃO DA AQUICULTURA NO BRASIL - MIL TON. | 2017 X 2018 E 2019 | IBGE X PEIXEBR 2017 IBGE

Estado

PEIXEBR

IBGE

TON

Var. %

TON

Var. %

TON

Acre

3.899

-27,25%

8.000

13,96%

Alagoas

11.648

24,30%

3.500

23,67%

754

6,18%

1.000

53,85%

Amazonas

7.574

-6,88%

28.000

1,82%

Bahia

18.168

-6,44%

27.500

7,84%

Ceará

22.087

-37,73%

7.000

-41,67%

24.197

820

-57,13%

1.500

-42,75%

334

Espírito Santo

3.751

-19,68%

12.000

11,11%

4.073

Goiás

16.503

-1,06%

33.000

-2,94%

Maranhão

27.979

15,39%

26.500

9,73%

Mato Grosso

36.609

-14,81%

62.000

3,51%

Mato Grosso do Sul

18.041

1,60%

25.500

5,59%

Minas Gerais

31.327

57,42%

29.000

Pará

12.269

-7,66%

20.000

Paraíba

4.993

-5,95%

Paraná

98.201

Pernambuco

22.792

Piauí

10.402

7,39%

Rio de Janeiro

1.490

26,04%

Rio Grande do Norte

17.607

Rio Grande do Sul Rondônia

PEIXEBR

2019

20191

PEIXEBR

VOLUME TON (Mil) X GRUPOS DE ESPÉCIES (PEIXEBR) TIlápia

Nativo

Carpas e trutas

15,01%

64

4.336

-

-14,38%

5398

2.602

-

84

1.016

-

152,33%

-

20.596

-

86,31%

23.398

5.202

-

2.000

-91,73%

2000

-

-

1.500

349,75%

1.259

241

-

14.230

249,37%

13.756

474

-

-7,18%

29.500

89,87%

17.641

11.744

115

47,36%

45.000

62,46%

4019

38.511

2.470

45,40%

3.100

46.280

20

114,53%

25.300

4.500

-

36.350

1.350

900

383

25.005

112

-39,40%

2.975

52

73

154.200

26,94%

146.212

4.194

3.794

25.500

11,89%

25.421

61

18

19.890

51,52%

7544

9.217

3.129

4.700

273,67%

3.852

678

170

4,78%

3.200

-85,56%

1.733

95

1.372

23.000

4,55%

25.000

75,49%

6.828

1.868

16.304

72.800

-5,45%

68.800

37,10%

0

68.800

-

15,35%

17.100

6,88%

18.400

70,09%

-

18.400

-

-15,53%

45.700

2,70%

50.200

12,95%

38.559

3.092

8.549

73.200

5,32%

69.800

35,20%

64.900

4.200

700

-20,20%

3.550

-46,21%

3.690

-15,60%

1.338

2.151

201

-1,51%

14.600

0,69%

13.300

17,00%

35

13.265

-

5,87%

722.560

4,46%

758.006

30,86%

432.149

287.930

37.927

Var. %

TON

8.500

6,25%

4.400

8.250

135,71%

8.000

9,24%

1.030

3,00%

1.100

33,60%

8.162

7,77%

15.270

-45,46%

20.596

15.351

-15,51%

30.460

10,76%

28.600

9,55%

4.900

-30,00%

-59,33%

1.500

0,00%

8,59%

13.190

9,92%

15.537

-5,85%

30.630

27.699

-1,00%

39.050

33.975

-7,20%

54.510

-12,08%

49.400

13.891

-23,00%

25.850

1,37%

29.800

26,09%

35.429

13,10%

33.150

14,31%

38.600

8,95%

4,82%

13.631

11,10%

23.720

18,60%

25.500

87,08%

3.000

20,00%

5.116

2,47%

2.930

-2,33%

3.100

9,82%

112.000

19,66%

121.479

23,70%

129.900

15,98%

-0,69%

17.000

40,50%

22.789

-0,01%

23.470

38,06%

18.000

5,88%

13.127

26,20%

19.310

7,28%

4.800

3,67%

1.258

-15,60%

4.580

-4,58%

-4,62%

2.300

-8,00%

22.165

25,89%

2.410

13.741

-0,70%

22.000

10,00%

14.246

3,67%

39.884

7,27%

77.000

3,01%

50.181

25,82%

Roraima

9.379

-4,60%

16.000

8,84%

10.818

Santa Catarina

52.618

4,19%

44.500

14,60%

44.445

São Paulo

47.608

47,52%

69.500

6,27%

51.628

8,44%

Sergipe

5.479

3,06%

6.600

8,20%

4.372

Tocantins

11.542

7,61%

14.500

-4,61%

11.367

TOTAL

547.162

-4,20%

691.700

7,99%

579.262

Amapá

Distrito Federal

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 44

2018

Var. %

TON

3.826

-1,88%

9.344

-19,78%

823

¹Até o fechamento desta edição, os dados mais recentes da Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE eram relativos a 2018

Var. %


PRODUÇÃO DA AQUICULTURA E PESCA 2010 - 2019 | MPA, IBGE, PEIXEBR, ABCC E OUTROS* Pesca Marinha

Piscicultura

Maricultura (camarões + moluscos - piscicultura marinha)

Dados do boletim estatístico MPA (até 2013) PeixeBR De 2014 a 2018: ABCC e IBGE/PPM.2019: ABCC e estimativa ostras e mexilhões Estimativa do consultor Wilson Santos (wsconsul58@gmail.com) 2014: Média aritmética dos 5 últimos anos. 2015 a 2018: Variação anual FAO/SOFIA aplicada à média de 2014 722.560

750.000 578.800 552.620

583.563 536.455

530.679

526.732

500.000 394.340 350.647

384.781

638.000

640.510

566.611

545.625

758.006

691.700 566.611

587.596

392.493 474.000

250.000

0

85.059

87.824

98.729

84.029

2010

2011

2012

2013

107.083

97.064

2014

2015

80.829

85.941

91.232

2016

2017

2018

105.000

2019

*Até 2013: boletim estatístico do MPA. Demais anos: acompanhe detalhamento acima

Pescados com qualidade

Matéria-prima da melhor procedência, ótimas práticas de fabricação, instalações que respeitam a legislação e equipamentos de congelamento ultrarrápido são alguns dos fatores que garantem o padrão de qualidade Natubrás. São camarões, lulas, mexilhões, polvos e cortes nobres de peixes, em embalagens práticas e seguras ao consumidor.

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SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 45

do Exija cedor e n r fo seu alidade a qu dutos pro dos ás ubr a N t

O sabor que faz a diferença


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 46


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 47


Estatísticas

Produção - Aquicultura

PRODUÇÃO DA AQUICULTURA NACIONAL (TON.) | PPM/IBGE 2014 A 2018 2014

2015

2016

2017

2018

PRODUÇÃO IBGE X REGIÃO 2018

180.169.795

66.606.753

63.736.305

Sudeste Sul Centro-Oeste

0

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

15,95%

Nordeste 63.864.451

90.047.170

11%

Norte 72.344.736

165.162.040

145.997.955

138.438.416

17,06% 24,89%

92.388.119

88.128.978

61.800.742

54.679.869

50.000.000

84.331.322

126.152.483

144.159.298

143.245.570

156.875.461

152.994.389 104.805.763

109.597.089

100.000.000

98.808.294

147.778.570

139.212.662

150.000.000

134.443.540

200.000.000

31,10%

Centro-Oeste

PRODUÇÃO DA PISCICULTURA NACIONAL (MIL T.) | PEIXEBR 2015 A 2019 2015

2016

2017

2018

2019

PRODUÇÃO PEIXEBR X REGIÃO 2019

229.400

250000

20,07%

198.600

133.500 120.670

18,33% 122.000 112.490 110.200

178.500 134.800 152.430

127.330

115.300 124.120

101.500 103.830

100000

134.330 138.980

116.600 104.680 400

153.020

152.096

164.500

150000

151.600 158.900

200000

Norte Nordeste Sudeste

50000

Sul Centro-Oeste

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 48

0

Norte

Nordeste

Sudeste

14,54% 16,80%

Sul

30,26%

Centro-Oeste

Segundo o levantamento feito pela PeixeBR (gráfico acima), o Paraná permaneceu em 2019 com a liderança da produção nacional de peixes de cultivo em 2019 com 154.200 toneladas. Já São Paulo foi outra vez o segundo colocado, com 69.800 toneladas. O Estado não esteve tão bem na atividade no ano passado se comparado a 2018, quando produziu 73.200 toneladas e assumiu a vice-liderança do ranking. Com outro ano em queda, Rondônia produziu 68.800 toneladas em 2019 e continua com a terceira colocação. Vale lembrar que a região já vem de uma queda de 5,5% em 2018, ao registrar 72.800 toneladas de peixes de cultivo no geral. Na análise regional, nota-se claramente a perda gradual de participação da Região Norte no volume total da piscicultura e a consolidação da Região Sul como líder brasileira. Desenho similar tem o gráfico do IBGE (primeiro gráfico da página), embora este também inclua camarões e moluscos não contemplados pela PeixeBR. Os crustáceos inflam os dados da Região Nordeste na compreensão dos dados e elevam a participação nordestina a 24,89% da aquicultura nacional em 2018 (últimos dados disponíveis na Pesquisa Pecuária Municipal).


PRODUÇÃO DA AQUICULTURA POR TIPO DE PESCADO TON. | (IBGE PPM 2019) Volume (KG) Ranking volume

Pescado

1 2

Receita (R$ mil)

Preço médio (R$/KG)

2017

2018

Var. % 2017>2018

2017

2018

Var. % 2017>2018

2017

2018

Var. % 2017>2018

Tilápia

281.235.218

311.540.268

10,78%

1.571.486

1.754.379

11,64%

R$ 5,59

R$ 5,63

0,78%

Tambaqui

108.286.018

102.554.429

-5,29%

727.735

715.460

-1,69%

R$ 6,72

R$ 6,98

3,81%

3

Camarão

41.078.069

45.759.888

11,40%

889.451

1.104.737

24,20%

R$ 21,65

R$ 24,14

11,50%

4

Tambacu, tambatinga

42.074.282

40.958.987

-2,65%

275.190

273.188

-0,73%

R$ 6,54

R$ 6,67

1,98%

5

Carpa

18.866.572

17.949.521

-4,86%

132.287

137.800

4,17%

R$ 7,01

R$ 7,68

9,49%

6

Ostras, vieiras e mexilhões

20.941.404

14.231.870

-32,04%

83.214

59.879

-28,04%

R$ 3,97

R$ 4,21

5,88%

7

Pacu e patinga

13.365.791

11.570.466

-13,43%

102.033

92.335

-9,50%

R$ 7,63

R$ 7,98

4,54%

8

Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim

14.529.707

11.504.958

-20,82%

144.072

121.325

-15,79%

R$ 9,92

R$ 10,55

6,35%

9

Matrinxã

3.220.910

3.603.499

11,88%

27.540

31.951

16,02%

R$ 8,55

R$ 8,87

3,70%

10

Jatuarana, piabanha e piracanjuba

4.258.775

3.592.214

-15,65%

33.045

29.286

-11,38%

R$ 7,76

R$ 8,15

5,07%

11

Piau, piapara, piauçu, piava

3.801.411

3.080.441

-18,97%

30.726

26.931

-12,35%

R$ 8,08

R$ 8,74

8,16%

12

Curimatã, curimbatá

3.276.228

3.033.881

-7,40%

26.194

24.463

-6,61%

R$ 8,00

R$ 8,06

0,85%

13

Outros peixes

2.578.931

2.733.312

5,99%

17.165

19.227

12,01%

R$ 6,66

R$ 7,03

5,69%

14

Truta

2.049.193

2.135.619

4,22%

30.832

32.064

4,00%

R$ 15,05

R$ 15,01

-0,21%

15

Pirarucu

1.259.282

1.838.569

46,00%

16.735

23.639

41,25%

R$ 13,29

R$ 12,86

-3,25%

16

Pirapitinga

1.891.946

1.747.536

-7,63%

14.344

13.337

-7,02%

R$ 7,58

R$ 7,63

0,66%

17

Traíra e trairão

752.893

692.028

-8,08%

5.967

5.770

-3,30%

R$ 7,93

R$ 8,34

5,20%

18

Lambari

548.880

595.607

8,51%

4.547

5.191

14,16%

R$ 8,28

R$ 8,72

5,21%

19

Tucunaré

76.139

80.594

5,85%

800

773

-3,38%

R$ 10,51

R$ 9,59

-8,72%

20

Dourado

59.799

58.124

-2,80%

886

930

4,97%

R$ 14,82

R$ 16,00

7,99%

564.151.448

579.261.811

2,68%

4.134.249

4.472.665

8,19%

R$ 7,33

R$ 7,72

5,36%

TOTAL

PRODUÇÃO DA AQUICULTURA POR TIPO DE FORMA JOVEM | (IBGE PPM 2016) Ranking volume

Receita (R$ mil)

Preço médio (R$/Milheiros)

Pescado

2017

2018

Var. % 2017>2018

2017

2018

Var. % 2017>2018

2017

2018

Var. % 2017>2018

1

Larvas e pós-larvas de camarão

10.886.847,00

12.115.278,00

10,14%

119.278

140.361

17,68%

R$ 10,96

R$ 11,59

5,74%

2

Alevinos

1.102.868,00

1.259.171,00

12,41%

225.340

279.766

24,15%

R$ 204,32

R$ 222,18

8,04%

3

Sementes de moluscos

67.625,00

45.973,00

-47,10%

1.882

1.589

-15,57%

R$ 27,83

R$ 34,56

19,48%

13.818.206

12.158.300

-13,65%

386.908

356.621

-7,83%

R$ 28,00

R$ 29,33

4,76%

TOTAL

O preço médio de primeira venda do produtor aquícola teve aumento em 2018, segundo os últimos dados disponíveis da Pesquisa Pecuária Municipal, do IBGE, tanto no caso da engorda quanto nas formas jovens. Os peixes gordos renderam um faturamento total de R$ 4,47 bilhões, um incremento de 8,19%. O camarão seguiu como o produto mais valorizado, com preço médio de R$ 24,14, uma valorização de 11,5%, seguida pela truta e dourado. Já a tilápia tem um dos preços mais baixos de primeira venda (R$ 5,63), praticamente estável em relação ao ano anterior. As formas jovens de peixes, pós-larvas e sementes de moluscos renderam R$ 356 milhões, uma queda de 7,83% na receita. Os laboratórios venderam menos, mas venderam melhor: alta de 4,76% nos preços.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 49

Milheiros


Estatísticas

Produção - Aquicultura

5 MAIORES VOLUMES PRODUZIDOS EM 2018 | IBGE PPM R$ 25,00

60,1

% R$ 10,00

R$ 5,00

R$ 10,55

19,8

R$ 16,00

R$ 15,00

%

R$ 12,86

R$ 20,00

8,8%

R$ 15,01

3,5%

R$ 24,14

7,9

%

5 ESPÉCIES COM MELHOR PREÇO MÉDIO EM 2018 | IBGE PPM

R$ 0,00

Tilápia

Tambacu, tambatinga

Camarão

Pirarucu

Tambaqui

Carpa

Dourado

Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim

Camarão

Truta

PRODUÇÃO DE RAÇÕES PARA AQUICULTURA (MILHÕES TON.) | 2015 - 2020

PRODUÇÃO DE RAÇÕES (MILHÕES DE TON. | 2014-2020)

Fonte: Boletim Informativo Sindirações Peixes

Camarões

Outras espécies aquícolas

1,500 1,160

1,000

0,835 0,830

0,840 0,831

0,910 0,832

0,850

1,220

0,837

1,310

0,830

0,500

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 50

0,105

0

2015

0,085

2016

0,087

2017

0,074

2018

0,081

2019*

0,084

2020**

A produção de rações para piscicultura é um excelente termômetro para mensurar a evolução da atividade. O gráfico acima deixa claro como a linha da piscicultura se descola da venda para camarões e demais espécies aquícolas, a partir de 2017, e mantém ritmo similar nos anos subsequentes. *Dado carente de revisão **Estimativa

2014

2014

2014

37,000

15,200

8,020

2015

Var. %

2015

Var. %

2015

Var. %

38,000

2,70%

15,800

3,95%

8,000

-0,25%

2016

Var. %

2016

Var. %

2016

Var. %

37,800

-0,53%

16,400

3,80%

8,200

2,50% Var. %

2017

Var. %

2017

Var. %

2017

38,500

1,82%

16,500

0,61%

8,500

3,53%

2018

Var. %

2018

Var. %

2018

Var. %

38,500

0,00%

16,800

1,79%

8,600

1,16%

2019*

Var. %

2019*

Var. %

2019*

Var. %

39,100

3,02%

17,100

5,08%

8,900

24,56%

2020**

2020**

2020**

41,20

18,60

11,80


PREÇO MÉDIO MENSAL DA TILÁPIA COMERCIALIZADA NA CEAGESP 2013 A 2020 (R$/KG) | LEVANTAMENTO: EMBRAPA PESCA E AQUICULTURA R$ 7,00

R$ 6,44

R$ 6,50

R$ 6,27

R$ 6,00

R$ 5,76 R$ 5,99

R$ 5,42

R$ 5,50

R$ 5,31

Esta série traz oito anos de preços médios na Ceagesp do peixe mais criado no Brasil, compilados pela Embrapa Pesca e Aquicultura. A análise mostra o ano de 2017 como o pico de preços, com o kg da tilápia sendo vendido ao comprador a R$ 6,44. Comparando o preço da porteira da PPM com a venda na Ceagesp, o maior entreposto de alimentos da América Latina, notamos que a margem de faturamento dos atacadistas foi de 15,21% em 2017 e 6,39% em 2018. Não temos dados médios anuais do preço no varejo, mas considerando um patamar frequentemente encontrado nos supermercados de R$ 15, o valor é 239% mais alto que a média cobrada pelos atacadistas até agosto de 2020 pelo peixe inteiro.

R$ 5,00

R$ 4,68

R$ 4,60

R$ 4,50 2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 51

2013


Estatísticas

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Produção - Aquicultura

CAMARÃO Litopenaeus vannamei

Produção em 2017 E 2018 (kg) IBGE | 2019 ABCC (ton.)

Produção de camarão (ton.), receita ao produtor (R$ mil) e preço médio (R$/kg) Fonte: IBGE PPM 2018 1100000 1000000 900000 800000 700000 600000 500000 400000 300000 200000 10000 0

Receita (Mil R$)

Volume (ton.)

R$ 910.475 R$ 793.658

R$ 765.088

ESTADO

Preço médio (R$/kg)

R$ 889.018

R$ 1.104.737

R$ 889.451

R$ 24,14

R$ 21,65 R$ 17,05 R$ 12,91

R$ 30,00

Alagoas

-

-

Bahia

2.086.743

1.724.342

-17,37%

Ceará

11.857.417

13.044.686

10,01%

100

3.850

3750,00%

13.625

15.082

10,69%

-

-

-

286.288

345.893

20,82%

Mato Grosso

-

-

-

Mato Grosso do Sul

-

-

-

Minas Gerais

-

-

-

50.000

60.000

20,00%

Paraíba

2.598.580

2.733.769

5,20%

Paraná

120.000

120.023

0,02%

Pernambuco

2.198.648

2.203.105

0,20%

Piauí

2.722.964

2.318.000

-14,87%

52.127

41.078

45.760

R$ 10,00

2013

2014

2015

2016

2017

2018

R$ 5,00

Distrito Federal Espírito Santo Goiás

Exportações de camarão - kg, US$ e preço médio | 2019-2020

Maranhão

Preço médio (US$/kg)

$ 30,00 $26,42

600000

$ 17,82 $ 16,8 $ 17,2 $ 17,38 $ 15,15 $ 17,16

Pará

$ 20,00

$ 15,61 $ 14,89 $ 12,57

$ 14,01

$ 13,16

200000

$ 7,78

US$

KG

300000

$ 16,6

$ 10,00

$ 5,73

100000 0 -100000

12.100

6.280

-48,10%

15.434.477

19.764.230

28,05%

Rio Grande do Sul

-

-

-

Rondônia

-

-

0,00%

Rio de Janeiro

$ 0,00

Rio Grande do Norte

BRASIL: 8º maior produtor de camarão vannamei do mundo em 2018 (FAO), 10º (FAO + IBGE) e 8º (FAO + ABCC) País

FAO + ABCC 2018

China

1.760.341

FAO 2018

País

FAO + IBGE 2018

China

1.760.341

1

China

1.760.341

2

Indonesia

708.680

2

Indonesia

708.680

2

Indonésia

708.680

3

Índia

622.000

3

Índia

622.000

3

Índia

622.000

São Paulo

4

Equador

510.000

4

Equador

510.000

4

Equador

510.000

Sergipe

5

Vietnã

475.000

5

Vietnã

475.000

5

Vietnã

475.000

6

Tailândia

347.258

6

Tailândia

347.258

6

Tailândia

347.258

7

México

157.934

7

México

157.934

7

México

157.934

8

Brasil

62.000

8

Arábia Saudita

56.100

8

Brasil

77.000

9

Arábia Saudita

56.100

9

Irã

47.859

9

Arábia Saudita

56.100

10

Irã

47.859

10

Brasil

45.760

10

Irã

47.859

-

-

0,00%

284.000

78.830

-72,24%

Roraima

País 1

1

-

-

-

70.521

$ 20,67 $ 18,48 500000 $ 16,56 $ 16,7 $ 14,97 400000

-30,59%

-

65.028

700000

435.459

Amazonas

R$ 15,00

Volume (kg)

-

627.400

Amapá

64.678

Receita (US$)

-

R$ 20,00

R$ 12,20

800000

2018

-

R$ 25,00

R$ 11,83

Fonte: COMEXSTAT | Tecnologia Jubart

Var.

2017

Acre

Santa Catarina

-

-

-

2.785.727

2.906.339

4,33%

-

-

-

41.078.069

45.759.888

11,40%

Tocantins TOTAL IBGE

TOTAL ABCC

2017

2018

Var.

2019

Var.

65.000

77.000

18,46%

90.000

16,88%

PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE E DESTINO DO CAMARÃO CULTIVADO NO BRASIL - 1997 A 2019 | ABCC

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 52

100.000

90.190

75.000

70.000 60.128

50.000

25.000

0

40.000 7.250 6.850 4.320 1.678 400

15.000 12.750 5.200 2.885 2.250

1998

1999

25.000 15.038 9.962 6.250 4.000

21.274 18.726 8.500 4.706

2000

2001

Área (ha)

75.904 65.000

65.000

65.000

70.000

65.000

73.399

57.004 41.947

37.800 22.328 11.016

20.190 14.284

18.900 16.598

5.458

6.314

2002

2003

Produção (ton.)

60.063 34.902 30.098

75.000

69.571

75.000

85.000

85.000

84.388

84.723

90.000 77.000

76.000 75.923

69.463

60.000 59.486

59.272

49.485

23.053 15.000

15.200

17.000 15.515

4.573

4.333

4.276

2004

2005

2006

22.000

23.000

25.000

27.500

65.000

89.795

76.833

73.399

30.000

30.000

30.000

19.715

18.500

18.500

19.847

21.000

3.824

9.937 3.551

5.728 3.514

4.054 1.601

3.505 108

3.571 0

3.864 612

3.696 277

3.040 77

2.182 514

2.167

2.567 167

3.000 205

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

Produtividade (kg/ha/ano)

Mercado interno (ton.)

Exportações (ton.)


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 53


Estatísticas

Produção - Aquicultura

NATIVOS

Tambaqui e híbridos, pintados/surubins e pirarucu Produção em 2018 e 2019 (Ton.)| PeixeBR ESTADO

2018

2019

Var. %

Acre

8.300

4.336

-47,76%

Alagoas

1.500

2.602

73,47%

950

1.016

6,95%

15.270

20.596

0,00%

5.800

5.202

-10,31%

-

0,00%

Amapá Amazonas Bahia Ceará

241

-

340

474

39,41%

Goiás

12.300

11.744

-4,52%

Maranhão

35.200

38.511

9,41%

Mato Grosso

52.000

46.280

-11,00%

5.300

4.500

-15,09%

550

1.350

145,45%

Distrito Federal Espírito Santo

Evolução do preço ao produtor em Rondônia* | 2019 a 2020

Mato Grosso do Sul

Fonte: Emater/RO - Pesquisa Semanal de Preços | Médias da última semana do mês Tambaqui

Minas Gerais

R$ 12,00

R$ 10,69

R$ 9,78

R$ 9,89

R$ 10,00

R$ 10,09 R$ 9,61

R$ 9,68

R$ 10,15

R$ 9,76

R$ 9,53

R$ 9,33 R$ 9,08

22.600

25.005

10,64%

Paraíba

30

52

73,33%

Paraná

3.400

4.194

23,35%

400

61

-84,75%

9.300

9.217

-0,89%

500

678

35,60%

Pará

Pirarucu

R$ 10,33

Pernambuco R$ 9,57

R$ 9,38

R$ 9,14 R$ 9,11

R$ 9,26

Piauí R$ 8,99

R$ 8,93

Rio de Janeiro

70

95

35,71%

1.700

1.868

9,88%

Rondônia

72.800

68.800

0,00%

Roraima

17.100

18.400

0,00%

Santa Catarina

2.200

3.092

40,55%

São Paulo

3.300

4.200

27,27%

Sergipe

2.500

2.151

-13,96%

14.500

13.265

-8,52%

287.910

287.930

0,01%

Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul

R$ 8,00

R$ 5,93

R$ 6,00

R$ 5,64

R$ 5,73 R$ 5,35

R$ 5,88 R$ 5,58

R$ 5,43

R$ 5,78

R$ 5,86 R$ 6,04

R$ 6,06

R$ 6,83

R$ 6,50

R$ 6,20 R$ 5,87

R$ 5,79

R$ 6,04 R$ 6,10

R$ 6,12

R$ 5,56

Tocantins

R$ 4,00

TOTAL

Exportações de peixes nativos - kg, US$ e preço médio | 2019-2020 Fonte: COMEXSTAT | Tecnologia Jubart 80000

Tambaquis e híbridos (KG)

Pintados e surubins (KG)

Tambaquis e híbridos (US$)

Pirarucu (KG)

Pirarucu (KG)

Pintados e surubins (US$)

$1,54

40000

$3,65 0

$2,75

202

$3,03

sto

20 il 20 Abr

0 202 rço Ma

020 erei

ro 2

0 Fev

019

202 eiro Jan

019

ro 2 emb Dez

ro 2 emb

201

9 Nov

ubro Out

019 ro 2

9

emb Set

19

201 sto Ago

o 20 Julh

019 ho 2

019 io 2 Ma

19 il 20 Abr

9 201 rço

$2,72

20

$2,17

Ago

$2,86

o 20

$2,06 $3,15

$1,56

Julh

$3,08

$2,92

020

$3,04

$1,85

ho 2

$2,98 $1,94

Jun

$2,01

$1,90

020

$1,89

$9,20

Ma

erei

ro 2

9

019

$11,28

$3,29 $6,21

$1,55 $1,54

io 2

$2,15

Fev

201 eiro

0

$2,68

$3,11 $2,90

Jun

$3,20

$1,52 $1,70

Ma

$1,97 20000

Jan

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 54

60000


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 55


Estatísticas

Produção - Aquicultura Crédito: Benchmark Genetics

TILÁPIA

Oreochromis niloticus Produção em 2018 e 2019 (Ton.)| PeixeBR

Preço médio anual da tilápia (Ceagesp e Embrapa)

2013 a 2020 (R$/Kg) | Levantamento varejo: Informativo Mercado da Tilápia, Embrapa Pesca e Aquicultura, 2014 a 2017 Inteiro Varejo Embrapa

Filé Varejo Embrapa

R$ 40,00 R$ 27,15

R$ 30,00

2019

Var.

200

64

-68,00%

6.600

5.398

-18,21%

80

84

5,00%

-

0,00%

Bahia

24.600

23.398

-4,89%

Ceará

4.900

2000

-59,18%

Acre

R$ 36,58

R$ 35,94

2018

ESTADO

Inteiro Atacado Ceagesp

Alagoas

R$ 30,02

Amapá Amazonas

R$ 20,00 R$ 10,00

R$ 4,68

R$ 12,24

R$ 12,41

R$ 4,60

R$ 5,42

2014

R$ 13,62

R$ 15,52

R$ 5,76

R$ 6,44

R$ 5,39

2016

R$ 6,27

R$ 5,31

2018

2020

Exportações de tilápia - KG, US$ e preço médio | 2019-2020 Fonte: COMEXSTAT | Tecnologia Jubart

Receita (US$)

700000

$7,34

KG

$5,95 $5,44

$5,34 $4,78

300000

$ 8,00 $6,84

600000

400000

Preço médio (US$/kg)

$7,35

$7,17

500000

Volume (KG)

$5,38

$5,05

$4,94

$4,47

$4,30

$5,38

$ 6,00

$5,34

$5,07

$4,79 $3,81

200000

$3,65

US$

800000

$3,66

$ 4,00

100000 0 -100000

jan/19

jan/20

$ 2,00

BRASIL: 9º maior produtor de tilápia do mundo em 2018 (FAO e FAO + IBGE) e 8º (FAO + PEIXE BR) País

FAO 2018

1

China

1.624.547

2

Indonésia

3

Egito

4

Taiwan

5

México

6 7

FAO + ABCC 2018

China

1.624.547

1.259

-16,07%

11.800

13.756

16,58%

Goiás

18.200

17.641

-3,07%

Maranhão

3.500

4019

14,83%

Mato Grosso

2.500

3.100

24,00%

Mato Grosso do Sul

20.500

25.300

23,41%

Minas Gerais

31.500

36.350

15,40%

Pará

1.000

383

-61,70%

Paraíba

2.900

2.975

2,59%

Paraná

18,87%

123.000

146.212

Pernambuco

23.000

25.421

10,53%

Piauí

10.000

7544

-24,56%

Rio de Janeiro

3.700

3.852

4,11%

Rio Grande do Norte

2.300

1.733

-24,65%

Rio Grande do Sul

4.100

6.828

66,54%

0

0,00%

País

FAO + IBGE 2018

1

China

1.624.547

1.222.741

2

Indonésia

1.222.741

2

Indonésia

1.222.741

1.051.444

3

Egito

1.051.444

3

Egito

1.051.444

626.332

4

Taiwan

626.332

4

Taiwan

626.332

527.481

5

México

527.481

5

México

527.481

Myanmar

445.113

6

Myanmar

445.113

6

Myanmar

445.113

Peru

428.948

7

Peru

428.948

7

Peru

428.948

Sergipe Tocantins

1

País

1.500

Espírito Santo

Distrito Federal

8

Bangladesh

344.784

8

Bangladesh

344.784

8

Brasil

400.280

9

Brasil

317.080

9

Brasil

311.540

9

Bangladesh

344.784

10

Filipinas

277.006

10

Filipinas

277.006

10

Filipinas

277.006

Rondônia

-

0,00%

Santa Catarina

33.800

38.559

14,08%

São Paulo

69.500

64.900

-6,62%

1.000

1.338

33,80%

100

35

-65,00%

400.280

432.149

7,96%

Roraima

TOTAL

Evolução trimestral do preço da tilápia na Ceagesp - 2013 a 2020 | R$/kg Compilação: Embrapa Pesca e Aquicultura | Em destaque: 2019 e 2020

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 56

1o trimestre

2o trimestre

3o trimestre

4o trimestre

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 (só 1o tri) R$ 4,00

R$ 5,00

R$ 6,00

R$ 7,00


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 57


Estatísticas Produção - Pesca

DESEMBARQUES DE PESCADO 2019-2020 (TON.) PR (Até mar/20), SC (Até fev/20), SP (Até mai/20) e RJ (Até dez/19) | Sistema ProPesqWeb

Paraná

Santa Catarina

Rio de Janeiro

São Paulo

20.000

15.000

10.000

5.000

2019

RJ Cerco traineira

aio

PR, RJ, SC e SP | Sistema ProPesqWeb

SC Vara e isca-viva

SC Redes de Emalhe

SC Arrasto de parelha

SC Arrasto duplo

RJ Puçá

20.000,0

32.911,0

30.000,0

M

5 MAIORES DESEMBARQUES X ARTE DE PESCA ARTESANAL 2019 (TON.)

PR, RJ, SC e SP | Sistema ProPesqWeb

SC Redes de Emalhe

ril

2020

5 MAIORES DESEMBARQUES X ARTE DE PESCA INDUSTRIAL 2019 (TON.) SC Cerco traineira

Ab

ço ar M

re ve Fe

Ja

ne

iro

iro

ro mb De

mb ve No

ze

ro

o br Ou

tu

ro Se

te

mb

to os Ag

lho Ju

Ju

M

nh

o

aio

ril

M

ve Fe

Ja

Ab

ço ar

iro re

ne

iro

0

27.103,0

RJ Cerco traineira

SC Outros

21,084,0

15.000,0

20.000,0

10.000,0 9.128,2

10.000,0 7.820,5

7.246,3

8.782,8

5.000,0

5.075,7

5.628,5

0,0

PRINCIPAIS ESPÉCIES DESCARREGADAS NO SUL E SUDESTE EM 2019 (TON.)

DESEMBARQUES X ESCALA DA PESCARIA 2019 (TON.) PR, RJ, SC e SP | Sistema ProPesqWeb

PR, RJ, SC e SP | Sistema ProPesqWeb

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 58

4,8% 5,7% Tainha

Camarão-sete-barbas

8.864 22.569

9,9%

11.232

Corvina

7,49%

25.441,2

Rio de Janeiro

6,1%

18.325 13.663 15.230 8,3%

Industrial

2.699,2 70,2

Paraná

Sardinha-verdadeira

Sardinha-bandeira

Artesanal

12,2%

10.553

Bonito-listrado Sardinha-boca-torta

3.359,1

0,0

36.206,1 44.757,6

Santa Catarina

63.015,1 6.862,8 8.584,9

São Paulo 0,0

20.000,0

40.000,0

60.000,0


TOP 30 MUNICÍPIOS X DESEMBARQUES X MODALIDADE | 2019

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DO SEGURO-DEFESO (R$)

PR, RJ, SC e SP | Sistema ProPesqWeb

Fonte: Portal Transparência Brasil

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

UF SC SC RJ RJ RJ SC SP SC SC RJ RJ SC SC SC SC RJ SC SP SC RJ RJ SC PR SC SC SP RJ SC SP SP

Município Itajaí Navegantes São Gonçalo Niterói Cabo Frio Outros Santos/Guarujá Florianópolis Laguna São Francisco de Itabapoana Angra dos Reis Governador Celso Ramos Passo de Torres Bombinhas Penha Campos dos Goytacazes Balneário Camboriú Cananéia São Francisco do Sul São João da Barra Macaé Imbituba Guaratuba Jaguaruna Balneário Barra do Sul Iguape Paraty Palhoça Ubatuba São Sebastião

Artesanal 299,4 1.088,3 6.171,3 1.625,0 1.521,8 9.931,5 1.899,4 7.676,6 5.660,1 5.252,3 2.126,2 3.523,0 3.329,0 2.278,2 2.202,0 2.185,5 1.826,8 652,3 1.777,6 1.059,3 1.291,3 1.410,1 1.324,4 1.348,7 1.291,7 1.228,7 1.171,2 1.114,7 978,0 793,0

Industrial 40.852,0 21.385,2 12.996,4 9.859,8 9.224,3 9,3 7.337,1 766,4 2.901,7

2,2

1.168,1 699,2 458,1 70,2

41,8 31,7

6,7%

Total (t) 41.151,4 22.473,5 19.167,7 11.484,9 10.746,1 9.940,8 9.236,6 7.676,6 6.426,6 5.252,3 5.027,9 3.523,0 3.329,0 2.278,2 2.204,2 2.185,5 1.826,8 1.820,3 1.777,6 1.758,5 1.749,5 1.410,1 1.394,5 1.348,7 1.291,7 1.228,7 1.213,0 1.114,7 1.009,7 793,0

2,1%

2,9%

Centro-Oeste Sudeste Sul Nordeste

42,9%

Norte

45,3%

BENEFICIÁRIOS DO SEGURO-DEFESO E R$/BENEFICIÁRIO Fonte: Portal Transparência Brasil

Beneficiários

R$/Beneficiário

400.000

R$ 4.000,00

300.000

R$ 3.000,00

200.000

R$ 2.000,00

100.000

R$ 1.000,00

Os dados sintetizados nestas duas páginas com a fonte “Sistema ProPesqWeb” foram, em pequena parte, extraídas do sistema e, em grande parte, consolidados por Francyne C. S. Vieira (Rio de Janeiro - FIPERJ), Antônio Olinto Ávila da Silva (São Paulo - Instituto de Pesca), Jocemar Tomasino Mendonça (Paraná - Instituto de Pesca/Fundepag) e Roberto Wahrlich (Santa Catarina - Univali). Eles indicam que os valores para 2019 são provisórios, sujeitos a correções à medida que novas informações forem obtidas.

0

9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0 0 0 /1 /1 /1 /1 /1 /1 /1 /1 /1 /1 /1 /1 /2 /2 /2 /2 n. v. r. r. i. n. l. o. t. t. v. z. n. v. r. r. ja fe ma ab ma ju ju ag se ou no de ja fe ma ab

R$ 0,00

Fonte: Portal Transparência Brasil

jan./19 fev./19 mar./19 abr./19 mai./19 jun./19 jul./19 ago./19 set./19 out./19 nov./19 dez./19 jan./20 fev./20 mar./20 abr./20 0,00

É notável a expansão dos pagamentos de segurodefeso em 2020 nesta compilação das informações pela Seafood Brasil. A Medida Provisória nº 908, de 28 de novembro de 2019, instituiu o auxílio emergencial financeiro para pescadores afetados pelas manchas de óleo que atingiram o litoral de vários Estados. Ela valia até março, mas foi prorrogada por outros 60 dias. A primeira parcela, de R$ 998, foi paga em dezembro. Esse benefício se somou ao valor pago durante os defesos e atingiu o pico em março, com uma soma de recursos próxima a R$ 600 milhões apenas naquele mês.

142.392.648,06 263.872.765,21 322.083.201,93 340.801.685,60 394.594.858,23 219.612.280,67 130.690.305,38 120.127.828,00 86.572.069,46 49.743.218,51 49.140.904,95 140.747.751,65 451.700.476,68 459.758.807,09 404.655.719,27 200.000.000,00

400.000.000,00

594.202.876,15 600.000.000,00

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 59

PAGAMENTO DE SEGURO-DEFESO (R$) 2019-2020


Estatísticas

Comex As vendas e compras externas de pescado

A

anuários anteriores, resolvemos neste ano estender o intervalo temporal ao período de janeiro a agosto de 2019 e compará-lo ao mesmo período de 2020, para capturar melhor os impactos da pandemia.

balança comercial de um país relevante no comércio mundial de pescado (principalmente na importação) como o Brasil traz diversos elementos que permitem uma análise sobre o apetite pelos alimentos aquáticos em tempos de Covid-19. Diferentemente dos

start-up especializada em mineração e análise de dados que conta com a participação da Seafood Brasil. Para ver estas e muitas outras estatísticas de pescado de forma interativa e atualizada, acesse www.paineldopescado.com.br

Os dados deste ano foram obtidos a partir da tecnologia Jubart, uma

BALANÇA COMERCIAL (2019 - 2020) EXPORTAÇÕES Var. 2019 x 2020

01/2020 a 08/2020

01/2019 a 08/2019 US$

KG

US$/kg

US$

KG

US$/kg

US$

KG

173.996.592

28.453.074

$6,12

152.581.723

31.091.591

$4,91

-12,3%

9,3%

IMPORTAÇÕES Var. 2019 x 2020

01/2020 a 08/2020

01/2019 a 08/2019 US$

KG

US$/kg

US$

KG

US$/kg

US$

KG

859.348.522

223.807.184

$3,84

583.646.978

179.586.009

$3,25

-32,1%

-19,8%

BALANÇA COMERCIAL 01/2020 a 08/2020

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 60

01/2019 a 08/2019

Var. Saldo

EXPORTAÇÕES

IMPORTAÇÕES

SALDO

EXPORTAÇÕES

IMPORTAÇÕES

SALDO

RECEITA (US$)

173.996.592

859.348.522

-685.351.930

152.581.723

583.646.978

-431.065.255

-37,1%

VOLUME (KG)

28.453.074

223.807.184

-195.354.110

31.091.591

179.586.009

-148.494.418

-24,0%

A pandemia marca claramente o retorno do Brasil ao jogo internacional da comercialização de pescado, ainda que de forma tímida. A comparação do período em análise explicita que as exportações cresceram 9,3%, beneficiadas pela desvalorização do real e crescimento da participação em mercados de nicho, como filés de tilápia nos EUA, e a retomada de volumes de produtos com os quais já temos histórico de presença, como lagosta, pargo e subprodutos. Vale mencionar também a retomada de vendas externas de camarão a partir das indústrias do Nordeste. Já no caso das importações o cenário se inverte. Apesar de o segundo semestre já apontar uma leve recuperação das compras externas com a retomada de atividades paralisadas pela pandemia, o golpe do período foi grande: queda de 19,8% no volume e de 32,1% no dispêndio, motivada principalmente pela redução nos preços do salmão chileno e pela compra de produtos substitutos de categorias nobres, como bacalhaus, com preço médio mais baixo. Com isso, o déficit do pescado apurou uma queda significativa, de 24%, mas ainda estamos quase US$ 890 milhões distantes do superávit alcançado em meados da década de 2000.


Estatísticas

Comex - Exportação

BALANÇA COMERCIAL DE PESCADO | 1997 A 2020*

EVOLUÇÃO DO PREÇO MÉDIO US$/KG

*Até agosto. Fonte:ComexStat | Tecnologia: Jubart

*Até agosto. Fonte:ComexStat | Tecnologia: Jubart

Exportações (US$)

Importações (US$)

Saldo

Preço médio expo

Preço médio impo

$80,00

$1.500.000.000 $1.009.938.231

$66,25

$1.000.000.000

$60,00

$500.000.000

$37,54

$120.691.911

$40,00

$0

-$889.246.326

2000

2005

2010

2015

$5,99 $2,06 2020

$0,00

$2,81 2000

2005

2010

$3,25 2015

2020

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 61

-$1.000.000.000 0

$20,31

$20,00

-$500.000.000


Estatísticas

Comex - Exportação BALANÇA COMERCIAL DO PESCADO | 2019 A 2020* *Até agosto. Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

Expo - US$

Impo - US$

Balança comercial

Câmbio (US$ 1-R$)

8,00

200.000.000 144.675.426

126.693.245 77.211.780

100.000.000

5,31

38.881.455

18.246.419 3,75 0

5,62

6,00

5,44

5,19

44.074.212

38.009.241

3,78

32.181.956 -27.432.428

-42.054.337

4,00

-79.450.766 -115.253.433

-126.361.626

-100.000.000

2,00

0,00 to os Ag

lho Ju

o nh Ju

aio M

ril Ab

ço ar M

iro re ve

iro Fe

ne

ro

Ja

mb ze

ro De

No

ve

mb

o br tu

ro

Ou

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os

to

Se

Ag

lho Ju

o nh Ju

aio M

ril Ab

ço ar M

iro re ve

Fe

Ja

ne

iro

-200.000.000

O “recorte Covid-19” da balança comercial do pescado mostra como a pandemia aproximou os extremos (exportação e importação). O cruzamento com a evolução do câmbio em dólares evidencia como este é um fator determinante para ambos os cenários, mas não há dúvidas de que a responsabilidade pela diminuição do déficit é quase exclusivamente da queda nas importações. Apesar de abril marcar oficialmente o período de entressafra nas compras sazonais de pescado do exterior, a pandemia transformou a diminuição em um tombo de um precipício. Fevereiro já despontava como um mês mais fraco que em 2019, mas qualquer reação foi impedida pelo colapso mundial das economias globais a partir de março. Agosto ensaia um retorno tímido do Brasil às compras e uma estabilização do esforço inicial da pandemia para buscar mercados internos. A verdade é que falta peixe no mercado nacional e poucos estão dispostos a correr o risco de deixar clientes desabastecidos para iniciar um projeto consistente de presença internacional que exige volumes ainda indisponíveis.

OS 10 MAIORES DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES (US$) | JANEIRO A AGOSTO 2019-2020

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 62

Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

Preço Médio 2019

2020 - US$

2020 - kg

8.698.081

$9,08

$74.902.209

10.176.881

$7,36

500.979

$36,27

$18.669.051

805.145

$23,19

#

Países

2019 - US$

2019 - kg

1

Estados Unidos

$78.958.378

2

Hong Kong

$18.171.071

Preço Médio 2020

3

China

$18.730.204

3.901.020

$4,80

$15.623.004

3.491.854

$4,47

4

Coreia do Sul

$5.049.666

1.245.554

$4,05

$4.354.165

1.136.291

$3,83

5

Equador

$4.347.441

2.434.698

$1,79

$3.703.101

3.030.098

$1,22

6

Argentina

$4.342.789

1.176.812

$3,69

$3.494.076

1.151.234

$3,04

7

Austrália

$2.734.169

79.863

$34,24

$3.262.702

97.475

$33,47

8

Peru

$2.470.035

627.923

$3,93

$3.211.455

1.530.649

$2,10

9

Taiwan

$9.412.478

604.672

$15,57

$3.105.826

304.020

$10,22

10

Guatemala

$2.441.686

1.074.215

$2,27

$2.142.362

1.054.939

$2,03

O Brasil compensou a perda de participação no mercado chinês de janeiro a agosto deste ano com incremento das exportações aos Estados Unidos (+17%), correspondentes a 1,47 mil toneladas. A desvalorização do real também ajudou a aumentar a participação de Hong Kong, enquanto negócios pontuais no mercado de conservas aceleraram as vendas para Equador e Peru. Os países que mais cresceram, porém, estão à margem dos principais volumes e receitas, mostrando que alguns exportadores brasileiros aproveitaram oportunidades antes pouco exploradas no continente africano, como Egito, Togo, Costa do Marfim, Nigéria e Libéria. São patamares baixos, porém, sinalizando que a fase é de envio de amostras e de poucos contêineres.


PAÍSES COM MAIOR CRESCIMENTO (%) EM US$ | JANEIRO A AGOSTO 2019-2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

Países 1

Egito

2

Bulgária

3

Togo

4

Líbia

5

Costa do Marfim

2019 - US$

2020 - US$

Var % US$

2019 - kg

2020 - kg

Var % kg

$722

$328.215

45359,14%

104

364.455

350337,50%

$23

$5.464

23656,52%

10

418

4080,00%

$883

$137.578

15480,75%

137

131.165

95640,88%

$134

$1.608

1100,00%

30

313

943,33%

$32.557

$314.454

865,86%

28.054

331.869

1082,96%

6

Nigéria

$40.880

$283.670

593,91%

28.000

292.070

943,11%

7

Espanha

$13.537

$56.981

320,93%

54

24.318

44933,33%

8

Noruega

$125.450

$439.705

250,50%

15.839

66.391

319,16%

9

Indonésia

$325.367

$1.049.195

222,47%

171.798

800.073

365,71%

10

Bélgica

$2.960

$9.294

213,99%

434

1.362

213,82%

PAÍSES COM MAIOR CRESCIMENTO (%) EM KG | JANEIRO A AGOSTO 2019-2020 2019 - kg

2020 - kg

Var % kg

2019 - US$

2020 - US$

Var % US$

1

Egito

Rótulos de Linha

104

364.455

350337,50%

$722,00

$328.215,00

45359,14%

2

Togo

137

131.165

95640,88%

$883,00

$137.578,00

15480,75%

3

Espanha

54

24.318

44933,33%

$13.537,00

$56.981,00

320,93%

4

Bulgária

5

África do Sul

6

Costa do Marfim

7

Líbia

8

Nigéria

9

Libéria

10

Indonésia

10

418

4080,00%

$23,00

$5.464,00

23656,52%

127

2.305

1714,96%

$8.125,00

$2.424,00

-70,17%

28.054

331.869

1082,96%

$32.557,00

$314.454,00

865,86%

30

313

943,33%

$134,00

$1.608,00

1100,00%

28.000

292.070

943,11%

$40.880,00

$283.670,00

593,91%

50.541

253.191

400,96%

$254.890,00

$460.560,00

80,69%

171.798

800.073

365,71%

$325.367,00

$1.049.195,00

222,47%

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 63

Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart


Estatísticas

Comex - Exportação HISTÓRICO - EXPORTAÇÕES DE PESCADO JAN A AGO | 1997 A 2020

MÊS A MÊS - EXPORTAÇÕES DE PESCADO | 2019 A 2020

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

Receita (US$)

300000000

Volume (Ton)

Volume (kg)

500000000

$250.335.499

38.881.455

400000000 $173.996.592

200000000 $80.097.344 100000000

300000000

28.453.074 2005

2010

2015

100000000

2020

2.603.808

11.439.813 4.430.693

2.681.616

Ja ne Fe iro ve re iro M ar ço Ab ril M aio Ju nh o Ju lh Ag o o Se sto te mb Ou ro tu No bro ve De mbr ze o mb Ja ro ne Fe iro ve re iro M ar ço Ab ril M aio Ju nh o Ju lho Ag os to

2000

13.262.461

200000000

64.439.238

21.184.268 0

Receita (US$)

VOLUME (KG) - CATEGORIAS MAIS EXPORTADAS EM 2020

RECEITA (US$) - CATEGORIAS MAIS EXPORTADAS EM 2020

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

1,7%

1,9%

Peixes Congelados

3,7%

Peixes Congelados

Peixes Frescos

4,4%

Peixes Frescos 11,8%

Conservas

6,9%

Crustáceos

Conservas Crustáceos

4,9%

Filés de Peixes

41,3%

Peixes Secos e/ou Salgados

11,4%

Moluscos

71,7%

Filés de Peixes Peixes Secos e/ou Salgados Moluscos

22,9%

Peixes Vivos

Peixes Vivos

Outros Invertebrados

Outros Invertebrados

4,7%

12,3%

PREÇO MÉDIO DOS GRUPOS DE PRODUTOS | JANEIRO A AGOSTO 2019 X 2020 Os recortes acima e ao lado exemplificam como a observação dos dados do comércio exterior trazem não só um retrato do que aconteceu durante a pandemia, mas as oportunidades exploradas e que oferecem maior potencial aos exportadores. O Brasil aposta fortemente em peixes congelados (71% do volume total exportado e 41,3% da receita), mercado de commodities extremamente disputado no exterior, mas explora pouco as categorias mais rentáveis (US$/kg), como peixes vivos, secos, crustáceos e moluscos.

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

US$/kg 2020

US$/kg 2019

$75,00 $50,00 $25,00

os

s

lad

rva sC

on

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se ixe Pe

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Pe

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os és Fil

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sc

ios

os ec sS ixe

Pe

ixe

sv

ivo

s

$0,00 Pe

Preço médio

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 64

$100,00


Comida saudável e natural todos os dias Escritório de vendas Irala 3898-Mar del Plata - Buenos Aires- Argentina Tel: (54-223) 489 5459 / 5488- E-mail: ventas@congeladosartico.com Siga-nos no Instagram @congelados.artico

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 65

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Estatísticas

Comex - Exportação RECEITA (US$) - OS 10 PRODUTOS MAIS RENTÁVEIS EM 2020 | JANEIRO A AGOSTO 2019X2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

Preço Médio 2020

2019 - US$

2019 - kg

9.425.777

$4,30

39.474.451

8.251.629

$4,78

1.221.911

$27,56

44.141.237

1.471.760

$29,99

9.175.843

$2,48

30.138.350

8.303.011

$3,63

680.265

$25,01

16.879.796

483.611

$34,90

14.678.948

2.350.328

$6,25

13.712.015

2.223.929

$6,17

6.500.516

3.524.689

$1,84

5.439.406

2.591.445

$2,10

Tilápias

4.380.555

951.588

$4,60

3.414.492

589.152

$5,80

Ovas

3.564.808

323.343

$11,03

9.356.442

609.267

$15,36

9

Tubarões e Raias

3.485.936

727.783

$4,79

3.724.687

838.407

$4,44

10

Cavalinhas

1.389.777

1.273.218

$1,09

121.319

29.037

$4,18

#

Produto

2020 - US$

2020 - kg

1

Outros

40.532.342

2

Lagostas

33.675.670

3

Atuns e Afins

22.713.050

4

Subprodutos

17.012.576

5

Pargos

6

Corvinas

7 8

Preço Médio 2019

VOLUME (KG) - OS 10 PRODUTOS MAIS EXPORTADOS EM 2020 | JANEIRO A AGOSTO 2019X2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

Produto

2020 - US$

2020 - kg

Preço Médio 2020

2019 - US$

2019 - kg

Preço Médio 2019

1

Outros

40.532.342

9.425.777

$4,30

39.474.451

8.251.629

$4,78

2

Lagostas

33.675.670

1.221.911

$27,56

44.141.237

1.471.760

$29,99

3

Atuns e Afins

22.713.050

9.175.843

$2,48

30.138.350

8.303.011

$3,63

4

Subprodutos

17.012.576

680.265

$25,01

16.879.796

483.611

$34,90

5

Pargos

14.678.948

2.350.328

$6,25

13.712.015

2.223.929

$6,17

6

Corvinas

6.500.516

3.524.689

$1,84

5.439.406

2.591.445

$2,10

7

Tilápias

4.380.555

951.588

$4,60

3.414.492

589.152

$5,80

8

Ovas

3.564.808

323.343

$11,03

9.356.442

609.267

$15,36

9

Tubarões e Raias

3.485.936

727.783

$4,79

3.724.687

838.407

$4,44

10

Cavalinhas

1.389.777

1.273.218

$1,09

121.319

29.037

$4,18

OS 10 PRODUTOS COM MAIOR CRESCIMENTO EM 2020 (US$) | JANEIRO A AGOSTO 2019X2020

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 66

Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

#

Produto

2020 - kg

Var. % kg 2020

2019 - US$

2019 - kg

1

Tambaquis

2020 - US$ Var. % US$ 2020 $275.676

1636%

170.758

2280%

$15.884

7.174

2

Cavalinhas

$1.389.777

1046%

1.273.218

4285%

$121.319

29.037

3

Seco e salgado

$376.165

162%

56.557

252%

$143.603

16.083

4

Ostras

$802

161%

108

575%

$307

16

5

Polvos

$50.633

151%

5.129

280%

$20.133

1.351

6

Curimatãs

$339.256

75%

329.559

130%

$194.330

143.578

7

Mexilhões

$38.908

34%

5.838

71%

$29.047

3.424

8

Tilápias

$4.380.555

28%

951.588

62%

$3.414.492

589.152

9

Corvinas

$6.500.516

20%

3.524.689

36%

$5.439.406

2.591.445

10

Pargos

$14.678.948

7%

2.350.328

6%

$13.712.015

2.223.929


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 67


EUA - UFs DO PESCADO EXPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020

Estatísticas

SÃO PAULO 4,3% SANTA CATARINA 4,8%

Comex - Exportação

RIO GRANDE DO SUL 1,9% RIO GRANDE DO NORTE 9,1% RIO DE JANEIRO 1,7%

A DEMANDA DAS 5 MAIORES ORIGENS DAS EXPORTAÇÕES (PRODUTOS EM US$) | JANEIRO A AGOSTO 2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

DESTINO

74.902.209

Outros

25.289.506

Lagostas

22.005.410

Pargos

12.791.575

Atuns e Afins

8.164.079

Tilápias

3.988.717

Corvinas

1.860.697

Ovas

385.837

Cavalinhas

168.385

Subprodutos Camarões Subprodutos

16.147.504 1.628.406

Tubarões e Raias

631.783

Pargos

130.471

Lagostas

34.569

Camarões

30.913

Salmões e Trutas

16.602

Atuns e Afins

13.354

Sépias e Lulas

9.544

China

MATO GROSSO DO SUL 5,0% PARÁ 22,5%

PARAÍBA 0,8%

HONG KONG - UFs DO PESCADO EXPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020 SANTA CATARINA 3,8%

AMAZONAS 0,5%

PARÁ 93,8%

CHINA - UFs DO PESCADO EXPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020 AMAZONAS 0,5% SÃO PAULO 15,7%

PARÁ 8,9% RIO GRANDE DO SUL 2,2%

SANTA CATARINA 72,5%

6.250 5.690.655

Outros

5.667.068

Corvinas

2.507.367

Ovas

1.139.412

EQUADOR - UFs DO PESCADO EXPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020 NÃO DECLARADA 4,4%

600.662

Camarões

5.332

Merluzas

4.203

Sardinhas e Sardinelas

1.505

Salmões e Trutas

1.035

Pargos

1.000

Coreia do Sul

4.354.165

Tubarões e Raias

2.778.437

Outros

1.567.725

Tilápias

ESPÍRITO SANTO 2,5%

15.623.004

Lagostas

Subprodutos

CEARÁ 28,3%

78.592 18.669.051

Sardinhas e Sardinelas

PERNAMBUCO 4,1%%

BAHIA 12,4%

92.533

Hong Kong Outros

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 68

Total Geral

Estados Unidos

PIAUÍ 1,9%

AMAZONAS 0,3%

1.704

Atuns e Afins

856

Salmões e Trutas

794

Sépias e Lulas

793

Camarões

738

Cavalinhas

685

Lagostas

638

Sardinhas e Sardinelas

466

Equador

3.703.101

Atuns e Afins

3.703.101

RIO GRANDE DO NORTE 1,1% SÃO PAULO 50,0%

RORAIMA 36,2% SANTA CATARINA 7,9%

COREIA DO SUL - UFs DO PESCADO EXPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020 BAHIA 15,6%

SÃO PAULO 50,0%

RIO GRANDE DO NORTE 34,4%

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart


ABRAPES CONTRA A COVID-19 A Associação Brasileira de Fomento ao Pescado - ABRAPES informa que todas as suas empresas associadas estão cientes das orientações dos governos federal, estadual e municipal e estão adotando as medidas preventivas cabíveis para combater o coronavírus. Trabalhamos constantemente para evitar o desabastecimento e garantir a disponibilidade de pescado nos pontos de venda nestes dias tão difíceis que atravessamos. Ressaltamos a importância do consumo de peixe, proteína rica em vitaminas e sais minerais, para o fortalecimento da imunidade. Seguiremos fazendo a nossa parte, com muita força e foco no combate à COVID-19!

ABRAPES AGAINST THE COVID-19 The Brazilian Association for the Fish and Seafood Promotion – ABRAPES informs that all its associated companies are aware of the federal, state and municipal governments’ guidelines and are adopting the appropriate preventive measures in order to avoid coronavirus spread. We are constantly working to avoid shortages and to guarantee the availability of fish and seafood at points of sale in these difficult days we are going through. We emphasize the importance of fish consumption, a protein rich in vitamins and minerals, to strengthen immunity.

+55 11 5105 8269

contato@abrapes.org

@abrapespescado

www.abrapes.org

@abrapesoficial

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 69

We will keep doing our part, with great strength and focus on fighting COVID-19!


Estatísticas

Comex - Importação HISTÓRICO - IMPORTAÇÕES DE PESCADO JAN A AGO | 1997 A 2020

MÊS A MÊS - IMPORTAÇÕES DE PESCADO | 2019 A 2020

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

Receita (US$)

Volume (kg)

1250000

Volume (kg)

$1.009.938.231

1000000

126.608.825

1250000

$747.385.619

1000000

$583.646.978

$424.788.881

287.027.650

$132.188.529 98.179.012

250000 2000

2005

2010

500000

179.586.009

2015

78.171.344

750000 39.783.366

77.211.780

35.631.891

41.638.995 17.963.709

2020

Ja ne Fe iro ve re iro M ar ço Ab ril M aio Ju nh o Ju lho Ag o Se sto te mb Ou ro tu No bro ve De mbr ze o mb Ja ro ne Fe iro ve re iro M ar ço Ab ril M aio Ju nh o Ju lho Ag os to

500000 $308.590.199

0

1500000 127.174.991

$880.610.899

750000

Receita (US$)

2019

VOLUME (KG) - CATEGORIAS MAIS IMPORTADAS EM 2020

2019

RECEITA (US$) - CATEGORIAS MAIS IMPORTADAS EM 2020

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

2,3

%

Peixes Congelados

Peixes Vivos

Peixes Frescos

4,2%

Filés de Peixes

9,5%

16,0

%

Peixes Secos e/ou Salgados

34,5%

Peixes Secos e/ou Salgados

3,7

%

20,7%

Conservas

Peixes Congelados Outros Invertebrados

Moluscos

Moluscos

Crustáceos

21,2%

Peixes Frescos

Filés de Peixes

2,9%

Peixes Vivos

Crustáceos

16,5%

Outros Invertebrados

39,7%

Conservas

28,2

%

PREÇO MÉDIO DOS GRUPOS DE PRODUTOS | JANEIRO A AGOSTO 2019 X 2020 O perfil de importações é muito mais variado em termos de grupos de produtos do que os despachos que o Brasil faz ao exterior. Ao lado e acima podemos observar como 2020 foi, até agosto, um ano para repensar algumas categorias e melhorar a distribuição das participações. Ainda assim, permanecem no topo da preferência nacional os peixes congelados e o peixe fresco - este último tem grande penetração tanto em volume (28,2%) quanto em receita (39,7%), basicamente em função do salmão trazido via terrestre do Chile.

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart

US$/kg 2019

$15,00 $10,00 $5,00

os lad

va

ge

er

sC

on

ns Co

Pe de

s

ixe

os és Fil

olu

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Pe

ixe Pe

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br

ad

os

$0,00

Ou

Preço médio

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 70

US$/kg 2020


AS 10 MAIORES ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES (US$) | JANEIRO A AGOSTO 2019-2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

#

Países

2019 - US$

1

Chile

$408.069.379

2

China

$72.571.598

Preço Médio 2019

2020 - US$

2020 - kg

Preço Médio 2020

63.478.763

$6,43

$266.305.688

57.961.386

$4,59

19.814.412

$3,66

$57.350.274

13.715.380

$4,18

2019 - kg

3

Noruega

$71.966.962

13.132.009

$5,48

$51.135.018

9.657.514

$5,29

4

Argentina

$64.234.617

21.402.540

$3,00

$47.710.074

17.618.972

$2,71

5

Portugal

$54.578.517

8.135.678

$6,71

$45.025.595

6.677.641

$6,74

6

Vietnã

$48.163.573

15.040.720

$3,20

$31.334.705

13.659.971

$2,29

7

Marrocos

$41.273.958

42.618.389

$0,97

$27.191.286

29.474.526

$0,92

8

Equador

$23.099.571

7.307.315

$3,16

$13.167.612

4.281.128

$3,08

9

Taiwan (Formosa)

$10.957.431

4.962.611

$2,21

$8.143.421

4.002.863

$2,03

10

Peru

$13.922.525

4.922.842

$2,83

$7.367.063

2.321.431

$3,17

2020 - kg

Var % kg

PAÍSES COM MAIOR CRESCIMENTO (%) EM US$ | JANEIRO A AGOSTO 2019-2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

Países

2019 - US$

2020 - US$

Var % US$

2019 - kg

1

Austrália

$14.026

$20.064

43%

1.540

1.273

-17%

2

Cingapura

$346.315

$458.024

32%

113.204

391.239

246%

3

Omã

$5.562.171

$6.269.590

13%

8.633.860

9.789.000

13%

4

Colômbia

$1.436

$1.543

7%

140

58

-59%

5

Índia

$158.046

$168.004

6%

68.550

18.500

-73%

6

Itália

$182.014

$175.704

-3%

7.805

7.592

-3%

7

El Salvador

$1.638.241

$1.410.412

-14%

574.729

629.237

9%

8

Djibuti

$5.475

$4.707

-14%

421

188

-55%

9

Portugal

$54.578.517

$45.025.595

-18%

8.135.678

6.677.641

-18%

10

China

$72.571.598

$57.350.274

-21%

19.814.412

13.715.380

-31%

2020 - US$

Var % US$

PAÍSES COM MAIOR CRESCIMENTO (%) EM KG | JANEIRO A AGOSTO 2019-2020 Rótulos de Linha

2019 - kg

2020 - kg

Var % kg

2019 - US$

113.204

391.239

246%

$346.315,00

$458.024,00

32%

37.879

57.016

51%

$452.993,00

$140.476,00

-69%

8.633.860

9.789.000

13%

$5.562.171,00

$6.269.590,00

13%

1

Cingapura

2

Japão

3

Omã

4

El Salvador

574.729

629.237

9%

$1.638.241,00

$1.410.412,00

-14%

5

Itália

7.805

7.592

-3%

$182.014,00

$175.704,00

-3%

6

Chile

63.478.763

57.961.386

-9%

$408.069.379,00 $266.305.688,00

-35%

7

Vietnã

15.040.720

13.659.971

-9%

8

Austrália

1.540

1.273

-17%

$14.026,00

$20.064,00

43%

9

Argentina

21.402.540

17.618.972

-18%

$64.234.617,00

$47.710.074,00

-26%

10

Portugal

8.135.678

6.677.641

-18%

$54.578.517,00

$45.025.595,00

-18%

$48.163.573,00

$31.334.705,00

-35%

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 71

Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart


Estatísticas

Comex - Importação DISPÊNDIO (US$) - OS 10 MAIORES GASTOS COM PRODUTOS EM 2020 | JANEIRO A AGOSTO 2019X2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

#

Produto

2020 - US$

2020 - kg

Preço Médio 2020

2019 - US$

2019 - kg

Preço Médio 2019

1

Salmões e Trutas

264.661.714

57.386.262

$4,61

405.775.940

62.712.841

$6,47

2

Bacalhaus

98.594.062

14.905.437

$6,61

134.704.182

21.094.266

$6,39

3

Outros

75.136.497

24.281.515

$3,09

95.344.327

27.320.738

$3,49

4

Merluzas

46.062.622

16.134.966

$2,85

71.711.700

22.926.550

$3,13

5

Sardinhas e Sardinelas

34.927.955

41.295.686

$0,85

47.549.917

51.948.356

$0,92

6

Atuns e Afins

14.730.437

5.251.642

$2,80

25.960.457

7.589.694

$3,42

7

Sépias e Lulas

14.114.113

3.909.478

$3,61

16.231.397

4.414.790

$3,68

8

Tubarões e Raias

13.123.459

8.018.276

$1,64

24.681.747

11.364.180

$2,17

9

Polaca-do-Alasca

11.077.320

3.446.828

$3,21

26.000.957

8.210.865

$3,17

10

Curimatãs

2.434.166

2.039.500

$1,19

2.796.555

2.151.900

$1,30

VOLUME (KG) - OS 10 PRODUTOS MAIS IMPORTADOS EM 2020 | JANEIRO A AGOSTO 2019X2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

#

Produto

2020 - US$

2020 - kg

Preço Médio 2020

2019 - US$

2019 - kg

Preço Médio 2019

1

Salmões e Trutas

264.661.714

57.386.262

$4,61

405.775.940

62.712.841

$6,47

2

Sardinhas e Sardinelas

34.927.955

41.295.686

$0,85

47.549.917

51.948.356

$0,92

3

Outros

75.136.497

24.281.515

$3,09

95.344.327

27.320.738

$3,49

4

Merluzas

46.062.622

16.134.966

$2,85

71.711.700

22.926.550

$3,13

5

Bacalhaus

98.594.062

14.905.437

$6,61

134.704.182

21.094.266

$6,39

6

Tubarões e Raias

13.123.459

8.018.276

$1,64

24.681.747

11.364.180

$2,17

7

Atuns e Afins

14.730.437

5.251.642

$2,80

25.960.457

7.589.694

$3,42

8

Sépias e Lulas

14.114.113

3.909.478

$3,61

16.231.397

4.414.790

$3,68

9

Polaca-do-Alasca

11.077.320

3.446.828

$3,21

26.000.957

8.210.865

$3,17

10

Curimatãs

2.434.166

2.039.500

$1,19

2.796.555

2.151.900

$1,30

OS 10 PRODUTOS COM MAIOR CRESCIMENTO EM 2020 (US$) | JANEIRO A AGOSTO 2019X2020

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 72

Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

#

Produto

2020 - US$ Var. % US$ 2020

2020 - kg

Var. % kg 2020

2019 - US$

2019 - kg

1

Polvos

$2.255.277

172%

278.523

302%

$829.136

69.221

2

Camarões

$2.068.686

161%

224.040

182%

$792.401

79.368

3

Mexilhões

$793.629

-5%

282.326

-18%

$834.681

344.000

4

Corvinas

$1.201.631

-12%

801.325

4%

$1.364.389

773.680

5

Curimatãs

$2.434.166

-13%

2.039.500

-5%

$2.796.555

2.151.900

6

Sépias e Lulas

$14.114.113

-13%

3.909.478

-11%

$16.231.397

4.414.790

7

Outros

$75.136.497

-21%

24.281.515

-11%

$95.344.327

27.320.738

8

Sardinhas e Sardinelas

$34.927.955

-27%

41.295.686

-21%

$47.549.917

51.948.356

9

Vieiras e Abalones

$739.977

-27%

40.112

-2%

$1.007.792

41.010

10

Bacalhaus

$98.594.062

-27%

14.905.437

-29%

$134.704.182

21.094.266


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 73


CHILE - UFs DO PESCADO IMPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020 MINAS GERAIS 3,4%

Estatísticas

PERNAMBUCO 1,3%

Comex - Importação SÃO PAULO 53,1%

RIO DE JANEIRO 8,3% RIO GRANDE DO SUL 4,4% SANTA CATARINA 28,2%

A OFERTA DAS 5 MAIORES ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES (PRODUTOS EM US$) | JANEIRO A AGOSTO 2020 Fonte: Comexstat | Tecnologia: Jubart

ORIGEM/DESTINO

Total Geral

Chile

266.305.688

Salmões e Trutas

262.756.811

Outros

790.075

Merluzas

488.270

Sépias e Lulas

107.500

Polvos

72.842

Cavalinhas

55.257

Vieiras e Abalones

50.986

Subprodutos

92.533 57.350.274

Outros

23.179.915

Bacalhaus

11.976.398

Polaca-do-Alasca

9.576.599

Sépias e Lulas

5.730.669

Merluzas

5.326.117

Tubarões e Raias

557.011

Polvos

542.880

Salmões e Trutas

460.685

Sardinhas e Sardinelas

PERNAMBUCO 7,4% SÃO PAULO 61,8%

RIO DE JANEIRO 6,2% RIO GRANDE DO SUL 0,6% SANTA CATARINA 13,3%

NORUEGA - UFs DO PESCADO IMPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020 SERGIPE 1,0%

ALAGOAS 3,5% BAHIA 1,9% MINAS GERAIS 6,3% PARAÍBA 0,5%

SÃO PAULO 62,7%

PERNAMBUCO 14,4% RIO DE JANEIRO 7,6% RIO GRANDE DO SUL 0,4% SANTA CATARINA 0,9%

6.250

51.135.018

Bacalhaus

50.160.332

Outros

797.609

Salmões e Trutas

167.316 9.761

Argentina

47.710.074

Merluzas

38.860.210

Outros

4.015.523

Sépias e Lulas

2.670.541

Curimatãs

1.136.676

Corvinas

704.153

Cavalinhas

180.728

Tubarões e Raias

142.243

Portugal

45.025.595

Bacalhaus

35.344.694

Outros

4.659.697

Tubarões e Raias

3.141.503

Polvos

1.178.153

Polaca-do-Alasca

403.612

Sardinhas e Sardinelas

158.587

Atuns e Afins

86.008

Sépias e Lulas

50.145

Cavalinhas

MINAS GERAIS 4,4%

9.544

Noruega

Subprodutos

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 74

78.592

China

Sépias e Lulas

ALAGOAS 3,0%

1.983.947

Mexilhões

Camarões

CHINA - UFs DO PESCADO IMPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020

3.196

ARGENTINA - UFs DO PESCADO IMPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020 MINAS GERAIS 5,5% SÃO PAULO 54,9%

PARAÍBA 1,6% PARANÁ 3,6% PERNAMBUCO 4,5% RIO DE JANEIRO 3,0%

SANTA CATARINA 17,9%

RIO GRANDE DO NORTE 3,9% RIO GRANDE DO SUL 2,6%

PORTUGAL - UFs DO PESCADO IMPORTADO | JANEIRO A AGOSTO 2020

SERGIPE 0,1%

ALAGOAS 1,0% MINAS GERAIS 5,2% PERNAMBUCO 3,8%

SÃO PAULO 71,1%

RIO DE JANEIRO 8,0% SANTA CATARINA 7,1%

Fonte: ComexStat | Tecnologia: Jubart


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 75


Estatísticas

Indústria, Comércio e Consumo Indústria e comércio: a ponta da cadeia

A

venda de pescado em 2020 é uma surpresa. Faltou peixe na Semana Santa, faltou na Semana do Pescado e pode faltar também no Natal. O grande varejo se mostra de certa forma atônito com os dois dígitos de vendas em um período pandêmico com os piores prognósticos e está sem estoque. Os fornecedores, por outro lado, não esperavam uma demanda tão aquecida e tampouco têm grande volume estocado. Como já relatamos nas edições anteriores deste ano, a Covid-19 forçou a flexibilização do paladar, busca por imunidade, preço e

conveniência. Outras proteínas animais subiram em maiores patamares, enquanto o pescado se manteve com preço praticamente estável (alta acumulada no ano de 4,49% em agosto). Tudo isso colaborou com as vendas e manteve o setor de pé, apesar de o food service, a antiga porta de entrada do consumo de pescado no País, despencar. Em paralelo, o consumidor redescobriu o e-commerce de alimentos, em uma tendência irreversível. Nesta edição trazemos dados especiais da mais recente edição da Pesquisa de

Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, atualizada às vésperas da impressão deste anuário. Confira em primeira mão a evolução da aquisição domiciliar de pescado per capita nos últimos anos. Pela indisponibilidade de dados confiáveis da oferta de pescado da pesca marinha e continental, optamos por não fazer a nossa tradicional tabela de consumo e disponibilidade per capita. Esperamos que a SAP/Mapa consiga retomar os boletins estatísticos com dados fiéis à realidade para subsidiar estas e muitas outras análises.

MAIORES ALTAS DOS ITENS DE PESCADO EM 2020 | VARIAÇÃO ACUMULADA EM % NO ANO - IPCA/IBGE

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 76

janeiro

fevereiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto 39,99

1

Tainha

2,5

7,09

11,28

44,57

42,74

40,81

40,56

2

Filhote

24,76

18,31

18,21

20,1

18,8

19,25

18,83

19

3

Pintado

0,04

1,83

1,08

4,9

6,28

7,21

10,36

14,02

4

Corvina

9,24

6,97

9,68

10,87

10,3

10,36

9,88

10,69

5

Pescada

6,3

10,82

11,05

13,12

11,5

10,98

10,14

9,46

6

Curimatã

1,25

2,26

5,26

3,45

7,01

7,01

9,39

9,39

7

Palombeta

-0,23

-5,3

0,78

8,79

8,76

10,12

7,96

7,96

8

Cavala

3,17

5,71

4,78

4,15

5,2

4,53

10,33

7,62

9

Peroá

9,4

3,72

4,38

8,39

7,07

7,48

4,97

6,71

10

Caranguejo

5,06

4,6

3,86

6,61

6,61

6,61

6,61

6,61

11

Merluza

1,27

1,2

2,81

3,12

4,1

6,76

5,7

5,6

12

Anchova

2,51

2,91

4,9

5,03

5,14

4,64

4,07

5,01

13

Sardinha em conserva

1,77

0,76

0,9

3,17

3,77

4,36

5

4,82

14

Pescados

3,39

3,43

4,34

5,47

4,93

4,92

4,52

4,49

15

Salmão

-1,87

1,6

3,01

6,69

5,71

5,06

4,73

4,42

16

Dourada

11,74

3,38

-2,6

1,49

4,53

5

4,66

4,13

17

Tilápia

1,72

2,44

5,35

4,35

4,49

4,23

3,89

4,01

18

Atum em conserva

0

-0,24

-0,04

1,38

2,48

2,85

3,9

3,26

19

Aruanã

-0,45

-0,71

0,74

1,57

1,06

2,69

1,84

0,73

20

Camarão

2,2

0,62

-0,09

0,37

-0,07

-0,12

-0,35

-0,09

21

Cação

4,61

3,63

0,96

-0,58

-0,83

-0,41

-0,97

-1,14

22

Tambaqui

-0,68

-2

-0,72

1,6

-1,33

-1,27

-1,1

-1,91

23

Castanha

2,47

4,52

0,18

0,3

0,41

-0,07

-2,97

-2,1

24

Serra

-3,03

-0,18

-0,56

0,26

-1,61

2,01

-3,09

-2,99

25

Sardinha

0,59

0,31

-0,28

-5

-4,61

-7,72

-7,4

-5,43


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 77


Estatísticas

Comércio e Consumo - Varejo INFLAÇÃO ACUMULADA DO SETOR X OUTROS SETORES DE ALIMENTAÇÃO | JAN A AGO 2020 Variação acumulada no ano - IPCA/IBGE

Alimentacão e bebidas

Carnes

Pescado

Carnes e peixes industrializados

Aves e ovos

10 5,47

5 3,39

4,93

4,92

4,34

3,43

4,52

4,49

0

-5

-10 janeiro 2020

março 2020

maio 2020

julho 2020

10 ESTADOS COM MAIOR POTENCIAL DE AQUISIÇÃO DOMICILIAR PARA O PESCADO FRESCO EM 2020 Fonte: IPC MAPS 2020 - Ranking Pescado Brasil

PIAUÍ 3,3% MINAS GERAIS 4,4%

PARÁ 19,4%

PERNAMBUCO 6,2% CEARÁ 7,4%

MARANHÃO 15,2%

BAHIA 7,5% RIO DE JANEIRO 8,9%

SÃO PAULO 14,6%

AMAZONAS 13,0%

O potencial de consumo de pescado fresco por toda a população brasileira em 2020 é de R$ 6,8 bilhões, segundo revela recorte específico da pesquisa IPC Maps feita com exclusividade para a Seafood Brasil pelo responsável pelo estudo, Marcos Pazzini. A tabela ao lado, adaptada pela nossa equipe, traz o ranking dos Estados que mais devem consumir pescado neste ano. Os consumidores do Pará terão o maior gasto com pescado fresco do País - R$ 1 bilhão -, cifra que corresponde a 7,7% dos gastos totais com alimentação no Estado. Já o Maranhão, em segundo lugar nos gastos totais, terá a maior participação do pescado nos gastos com alimentação - 9,3%, seguido por Amazonas (9,2%) e Amapá (8,2%). São Paulo é o terceiro Estado com maior potencial de consumo de peixe fresco do País, segundo a pesquisa, com projeção de R$ 772 milhões - um gasto muito pequeno com pescado diante do total de dispêndio da população com alimentação (R$ 96 bilhões), o maior do País. Abaixo, a comparação do consumo domiciliar em kg per capita de distintas proteínas animais, de acordo com a POF 2017-2018.

CONSUMO DOMICILIAR DE PROTEÍNAS ANIMAIS NO BRASIL | KG PER CAPITA Fonte: IBGE/Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 Norte

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 78

20,00 18,59

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

19,33 17,12

15,00 13,83

10,00

10,79 9,25

5,00

10,25

11,37

8,64 5,26

4,91 3,71 3,42 2,81

0,00

Aves e ovos

7,88

7,54

Carne bovina

Carne suína

4,27 1,08 1,07 1,51 Pescado


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 79


Estatísticas

Comércio e Consumo - Varejo CONSUMO DOMICILIAR DE PESCADO NO BRASIL | KG PER CAPITA Fonte: IBGE/Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

10,00 9,38

8,00

6,00 4,84

4,00 3,41

2,97

2,00

2,23 0,14

0,00

1,73

1,50

0,57

Pescados de água doce

1,23

1,48

1,06

0,28

Pescados de água salgada

CONSUMO DOMICILIAR DE PESCADO DE ÁGUA DOCE NO BRASIL - TOP 10 PRODUTOS | KG PER CAPITA

0,35

0,47

Pescados não especificados

CONSUMO DOMICILIAR DE PESCADO DE ÁGUA SALGADA NO BRASIL - TOP 10 PRODUTOS | KG PER CAPITA

Fonte: IBGE/Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018

Fonte: IBGE/Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018

Outros pescados salgados 4,2%

Traíra fresca 3,8% Tucunaré fresco 3,8% Surubim fresco 4,9% Mapará fresco 5,0% Lambari fresco 5,0% Curimatã fresco 7,8% Jaraqui fresco 8,1% Acari fresco 8,6%

Outros pescados em filé congelado 6,9%

Tambaqui fresco 37,4%

Camarão fresco 17%

Bagre fresco 5,4% Tainha fresca 6,1% Sardinha fresca 9,7%

Tilápia fresca 15,7%

Sardinha em conserva 17,5%

Corvina fresca 9,2%

Pescada fresca 11,5%

Outros pescados em filé fresco 12,6%

EVOLUÇÃO DO CONSUMO DOMICILIAR DE PESCADO NO BRASIL | KG PER CAPITA Fonte: IBGE/Pesquisa de Orçamentos Familiares 1990, 1995-1996, 2002-2003 E 2008-2009 E 2017-2018 Pescados de água salgada

Pescados de água doce

Pescados não especificados*

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 80

4,00

3,18 2,76

2,72

3,00

2,12 1,82

1,91 1,57

2,00

2,37

1,20 1,00

0,00

0,68

0,63

1990

*Categoria não era auferida antes da POF 2002-2003

1995

0,64

2000

0,56

2005

2010

2015


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 81


Estatísticas

Comércio e Consumo - Indústria PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL DO PESCADO | 2019 A 2020 Fonte: IBGE (Produção Física - Base: igual período do ano anterior = 100) (Número-índice) Acumulado no ano

Mensal

130

15,94%

120

16,95%

6,38%

-1,64

%

110

-1,11%

-2,06% 18,40%

100

-20,54%

14,84

%

-12,04

%

90 80

-8,82% jan 2019

fev 2019

mar 2019 abr 2019 mai 2019

jun 2019

jul 2019

ago 2019

set 2019

out 2019

nov 2019

dez 2019

jan 2020

PRODUÇÃO DAS UNIDADES INDUSTRIAIS DE PESCADO (MIL R$) - 2014 A 2018*

8000000

R$ 60.000,00

205

199

6000000

219

216

195

4000000

R$ 20.000,00

2000000

2015

2016

jun 2020

jul 2020

2017

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produto

Fígados ou ovas 2,4%

Filés e outras carnes 2,4%

Conservas de crustáceos e moluscos 2,4% Secos, salgados ou defumados 4,2% Conservas 19,2%

0

R$ 0,00 2014

mar 2020 abr 2020 mai 2020

INDÚSTRIAS DE PESCADO NO BRASIL CONFORME A ESPECIALIDADE | 2018

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal | *Únicos dados disponíveis

R$ 40.000,00

fev 2020

Moluscos 2,4%

Peixes inteiros congelados 4,2%

2018

PRODUTOS COM MAIOR FATURAMENTO (MIL R$) | 2018 Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produto Valor das vendas (Mil Reais)

Valor da produção (Mil Reais)

Perda por estoque ou processamento

-6,52%

5000000

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 82

4000000 3000000 2000000

-3,40%

-6,09% -9,39%

1000000 -0,52%

-0,00%

-10,70%

-2,47%

Serviços relacionados a conservas

Secos, salgados ou defumados

Preparações e conservas de crustáceos e moluscos

-4,61%

-23,29%

0 -1000000 Filés e outras carnes

Preservação e fabricação

Moluscos

Peixes inteiros congelados

Preparações e conservas de peixes

Crustáceos congelados

Fígados ou ovas


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 83


Guia de Fornecedores Os principais fornecedores da cadeia produtiva

U

ma prestação de serviços e, ao mesmo tempo, uma ponte para a realização de negócios. Esta é a missão deste Guia de Fornecedores, cujos dados foram fornecidos pelas empresas que adquiriram estes espaços ou que anunciaram em algum momento dos sete anos de existência da nossa publicação. Munido das

informações de mercado fornecidas nas páginas anteriores, vá em busca de seu parceiro, seja aqui ou seja em nosso guia online (www.seafoodbrasil.com.br/fornecedores) - que inclui os fornecedores VIP. A Seafood Brasil lhe deseja excelentes negócios.

Como usar este Guia de Fornecedores? Este Guia de Fornecedores do 6º Anuário Seafood Brasil reúne algumas das principais empresas fornecedoras de produtos e serviços da cadeia produtiva do pescado no Brasil e no exterior. Veja em qual categoria abaixo você se enquadra e boa consulta! • Se você busca produtos e serviços para criação de peixes, crustáceos ou moluscos, procure pelos fornecedores com este ícone

• Se você é da

indústria de transformação de pescado, procure pelos fornecedores com este ícone

• Se você é do varejo ou food service e procura por peixes, crustáceos e moluscos ou outros serviços, busque os fornecedores com este ícone

layout industrial, registro em órgãos de inspeção, consultoria em pescado.

ACQUASYSTEM BRASIL

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 84

Local: Acaraú - CE Contatos: acquasystem@ acquasystembrasil.com.br; +55 (88) 3661 4393 http://www.acquasystembrasil.com.br Produtos e serviços: Fabricação e manutenção de sistema de bombeamento flutuante para captação de água, caiques, submarinos, berçários em fibra, sopradores, aeradores, caixas para despesca e produtos em fibra em geral.

• Se você busca serviços e relações institucionais, procure pelos fornecedores com este ícone

http://www.akso.com.br Produtos e serviços: Instrumentos de medição: medidores de pH, EC, OD, amônia, nitrito, nitrato, cloro, salinidade, ozônio, dataloggers de temperatura e/ ou umidade, termômetros, turbidímetros, colorímetro etc.

ALFATUN

Local: Manta - Equador Contatos: alfonso@alfatun.com; +593 99122-4596 http://www.alfatun.com Produtos e serviços: Peixes e camarão.

AGROINOVA

Local: São Paulo - SP Contatos: atendimento@agroinova.com. br; +55 (19) 99767-2149 http://agroinova.com.br/ Produtos e serviços: Softwares de gestão para o gerenciamento, execução e administração das atividades de campo (manejo, classificação e biometria) e rotinas de negócio (controle de estoque, financeiro, compra e venda).

ADSUMUS ASSESSORIA

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@adsumus.org; +55 (11) 99768-0979 http://www.adsumus.org Produtos e serviços: Assessoria para indústria e comércio de alimentos de origem animal, treinamentos de funcionários, realização e adequação de

• Se você busca produtos e serviços para pesca de peixes, crustáceos ou moluscos, procure pelos fornecedores com este ícone

AKSO

Local: São Leopoldo - RS Contatos: vendas@akso.com.br; +55 (51) 3406-1717

ALASKA SEAFOOD MARKETING INSTITUTE

Local: São Paulo - SP Contatos: cnascimento@alaskaseafood. org; +55 (11) 2579-0431 https://www.alaskaseafood.com.br Produtos e serviços: Peixes selvagens, naturais e sustentáveis do Alasca: cinco espécies de salmão selvagem, genuína polaca do Alasca, bacalhau fresco, peixes planos, black cod, halibut, ikura etc. Agência governamental.

ALIMENTOS YEDA

Local: Caucaia - CE Contatos: info@alimentosyeda.com; +55 (85) 99680-5639 http://www.alimentosyeda.com/ Produtos e serviços: Pescado congelado e surimi.


Aquicultura

http://ammcopharma.com.br/ Produtos e serviços: Com vasta experiência em aquacultura, distribui e comercializa produtos que levam desenvolvimento e os melhores resultados aos seus clientes.

Local: Caucaia - CE Contatos: contato@alliplus.com; +55 (85) 99680-5639 http://alliplus.com Produtos e serviços: Óleos essenciais, ácidos orgânicos e aditivos para a indústria pesqueira.

Local: Cascavel - PR Contatos: comercial@aquabit.com.br; +55 (45) 99106-4745 https://aquabit.com.br/ Produtos e serviços: Aplicativo e versão web para a gestão da piscicultura e carcinicultura: controle do Manejo, Desempenho Zootécnico, Programa Alimentar, Vendas e Financeiro.

AMMCO PHARMA

Local: Piracicaba - SP Contatos: contato@ammcopharma.com. br; +55 (19) 2105-9462

AQUATEC

Local: Canguaretama - RN Contatos: aquatec@aquatec.com.br; +55 (84) 3241-5200 http://www.aquatec.com.br Produtos e serviços: Produção, venda e distribuição de pós-larvas de camarão L. vannamei nas linhagens SpeedLine AQUA e POND

AQUACHILE

Local: Rancagua - Chile Contatos: info@aquachile.com; +56 72 330703 https://www.aquachile.com/ Produtos e serviços: Principal produtor de proteínas animais do Chile, incluindo salmão em diferentes apresentações com a marca Aquachile.

ANUTEC BRAZIL

Local: Santos - SP Contatos: contato@altamar.com.br; +55 (13) 3877-3610 https://altamar.com.br Produtos e serviços: Sistemas de recirculação, depuração de moluscos, motobombas, filtros mecânicos, biológicos, desinfecção de água por UV-C e ozônio, aquecedores, projeto de instalações, serviço técnico especializado.

Institucional

Produtos e serviços: Pós-larvas de camarão, náuplios e camarão cinza congelado.

Local: São Paulo - SP Contatos: p.pezutto@koelnmesse.com.br; +55 (11) 3874-0030 https://www.anufoodbrazil.com.br/ Produtos e serviços: Evento de alimentos e bebidas.

Local: Paita - Peru Contatos: sales02@altamarfoods.com; +55 (41) 99941-8222 https://www.altamarfoods.com/ Produtos e serviços: Lula congelada (anéis, botões, tentáculos, outros), dourado (Mahi mahi), vieiras e camarão argentino.

ALTAMAR SISTEMAS AQUÁTICOS

Pesca

AQUABIT

ANUFOOD BRAZIL

ALTAMAR FOODS

Comercialização

Local: São Paulo - SP Contatos: p.pezutto@koelnmesse.com.br; +55 (11) 3874-0030 http://www.anutecbrazil.com.br Produtos e serviços: Evento de tecnologias para o processamento de alimentos e bebidas.

AQUABEL DO BRASIL

Local: Rolândia - PR Contatos: vendas@aquabel.com.br; +55 (43) 3255-1555 http://www.aquabel.com.br Produtos e serviços: Alevinos e juvenis de tilápia selecionados com alto valor genético.

AQUACULTURE STEWARDSHIP COUNCIL (ASC)

Local: Salvador - BA Contatos: info@asc-aqua.org; +55 (71) 9 9917-9679 https://www.asc-aqua.org/ Produtos e serviços: Programa de certificação de melhores práticas que pode fornecer acesso a novos mercados, em particular a exportação, já que a certificação ASC tem valor no mercado internacional.

AQUASUL CAMARÃO MARINHO

Local: Natal - RN Contatos: aquasul@aquasul.com.br; +55 (84) 3201-4374 http://www.aquasul.com.br

AQUAWIRE

Local: Orlândia - SP Contatos: contato@aquawire.com.br; +55 (16) 9 9716-2040 | (65) 99977-6400 https://www.facebook.com/aquawire/ Produtos e serviços: Fio para tanquesrede que cria um óxido natural de proteção na superfície que é seguro para os peixes e impede o desenvolvimento do mexilhão dourado e outros organismos aquáticos.

AQUISHOW BRASIL

Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: aquishow@aquishowbrasil. com.br; +55 (17) 98113-3967 https://www.aquishowbrasil.com.br/ Produtos e serviços: Feira de negócios especializada em tecnologia para a aquicultura e soluções de comercialização, networking e conhecimentos.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 85

ALLIPLUS

Indústria


Guia de Fornecedores Produtos e serviços: Toda a linha de bacalhau e derivados.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FOMENTO AO PESCADO (ABRAPES) ASCR SOCIEDADE DE ADVOGADOS

Local: São Paulo - SP Contatos: atendimento@ascr.adv.br; +55 (11) 3171-0120 http://www.ascr.adv.br Produtos e serviços: Especializado em Direito Empresarial com todas as matérias que permeiam a gestão empresarial, tais como Direito Tributário, Civel, trabalhista, criminal tributário, contratos e negócios.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE PESCADOS (ABIPESCA)

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@abipesca.com.br; +55 (11) 2738-0069 https://www.abipesca.com.br Produtos e serviços: Contribuir para o fortalecimento das indústrias de pescado por meio do aprimoramento de políticas públicas, da promoção das boas práticas industriais e comerciais e defesa de ações nocivas ao setor.

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@abrapes.org; +55 (11) 5105-8269 http://www.abrapes.org Produtos e serviços: Associação criada em 2016 para coordenar e defender os interesses de seus membros em órgãos públicos e privados, fomentar o consumo de pescado no Brasil e empenhar-se na abertura de novos mercados.

ASSOCIAÇÃO DE PISCICULTORES EM ÁGUAS PAULISTAS E DA UNIÃO (PEIXESP) Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: peixesp@peixesp.com.br; +55 (17) 99616-6638 http://peixesp.com.br/ Produtos e serviços: Representação institucional e organização do setor.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 86

Local: Natal - RN Contatos: abccam@abccam.com.br; +55 (84) 3231-6291 / 99612-7575 https://abccam.com.br/ Produtos e serviços: Associação sem fins lucrativos que representa os carcinicultores em todo o Brasil.

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: info@atlantisseafoodsrl.com.ar Fax: +54 223 4896508 ; +54 223 4801826 http://www.atlantisseafoodsrl.com.ar/ Produtos e serviços: Merluza, abadejo, corvina, cavala etc. Filés com ou sem pele, peixe inteiro, HG, filés congelados, IQF, IWF, hambúrgueres e outros cortes de peixe pré-fritos.

BAITAFRIO ARMAZÉM LOGÍSTICO

AV09 COMÉRCIO EXTERIOR

BELGO BEKAERT ARAMES

Local: Balneário Camboriú - SC Contatos: av09@av09.com.br; +55 (47) 3367-9009 http://www.av09.com.br Produtos e serviços: Importação de pescados internacionais, distribuição em todo território nacional e frota própria.

ARMAZÉM LOGÍSTICO

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@baitafrio.com.br; +55 (11) 2917-1222 http://www.baitafrio.com.br Produtos e serviços: Armazenagem de produtos frigorificados.

Local: Contagem - MG Contatos: belgobekaert@belgobekaert.com. br; 0800-727-2000 https://www.belgobekaert.com.br Produtos e serviços: Arame para tanques-rede.

BEM BRASIL ALIMENTOS AYAMO FOODS

ATAK SISTEMAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARÃO (ABCC)

ATLANTIS SEAFOOD

Local: Maringá - PR Contatos: comercial@atak.com.br; +55 (44) 2101-5657 https://atak.com.br/ Produtos e serviços: Sofwares integrado para gestão e controle de produção, chão de fábrica até financeiro. Software para automação de planilhas do controle de qualidade.

Local: Itajaí - SC Contatos: sales@ayamofoods.com; +55 (47) 3349-4606 http://www.ayamofoods.com Produtos e serviços: Exportação e Importação de pescado inteiro para o atacado e varejo.

Local: Araxá - MG Contatos: sac@bembrasil.ind.br; +55 (34) 3669-9000 http://www.bembrasil.ind.br Produtos e serviços: Peixe congelado e filé de tilápia.

BETTCHER DO BRASIL

BACALHAU RIBERALVES

Local: Sao Paulo - SP Contatos: riberalves@riberalves.com.br; +55 (11) 3798-4861 http://bacalhauriberalves.pt

Local: São Paulo - SP Contatos: vendas@bettcher.com.br; +55 (11) 4083-2510 http://www.bettcher.com.br/ Produtos e serviços: Equipamentos para beneficiamento de cortes e aumento de rendimentos no abate e na desossa.


Aquicultura

Local: Manta - Equador Contatos: infor@bilbosa.com; +59 3 052578696 https://www.bilbo-sa.com/ Produtos e serviços: Camarão em diferentes apresentações, pescado (atum, escolar, mahi mahi) e espécies pelágicas.

BIOFISH AQUICULTURA

BIO PESCADOS DA AMAZÔNIA LTDA

Local: Iranduba - AM Contatos: comercial@ biopescadosdaamazonia.com.br; +55 (92) 99232-6950

Local: Porto Velho - RO Contatos: contato@biofish.com.br; +55 (69) 3221-2021 http://www.biofish.com.br/ Produtos e serviços: Desenvolvimento de projetos aquícolas, produção de alevinos e pós-larvas, assessoria em licenciamento ambiental, consultoria e engenharia.

Comercialização

Pesca

Institucional

Produtos e serviços: Indústria e comércio de pescado e frutos do mar.

BOM FUTURO

Local: Cuiabá - MT Contatos: piscicultura@bomfuturo.com. br; +55 (65) 3645-8000 https://www.bomfuturo.com.br Produtos e serviços: Tambaqui, tambatinga, pintado da amazônia, piauçu e tilápia.

BOM PEIXE

Local: Piracicaba - SP Contatos: comercial@bompeixe.com.br; +55 3429-6600 https://www.bompeixe.com.br

BOM PORTO (BRASCOD)

Local: Barueri - SP Contatos: sergio.karagulian@brascod. com.br; +55 (11) 3173-2950 http://www.bacalhaubomporto.com.br Produtos e serviços: Indústria de bacalhau situada no Brasil, onde atendemos o mercado com as opções que mais forem convenientes, trabalhando o conceito de marca e estabelecendo o branding Bacalhau é BomPORTO.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 87

BILBO S.A.

https://biopescadosdaamazonia.com.br/ home-1/ Produtos e serviços: Peixes amazônicos nativos e de cativeiro.

Indústria


Guia de Fornecedores

brazilian fish BOMAR PESCADOS

Local: Ceará - CE Contatos: marketing@bomarpescados. com.br; +55 (85) 3270-6562 http://www.bomarpescados.com.br/ Produtos e serviços: Camarão, tilápia, salmão, bacalhau, pescado em geral.

BRAZILIAN FISH

Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: sac@grupoambaramaral.com. br; +55 (17) 3631-9100 http://brazilianfishbr.com.br Produtos e serviços: Filés de tilápia e outros cortes, pratos prontos à base de tilápia e aperitivos: bolinho, trouxinha, enroladinho com provolone, tilápia recheada e pururuca de tilápia Brazilian Fish.

BRANCO MÁQUINAS

Local: Blumenau - SC Contatos: comercial@brancomaquinas. com.br; +55 (47) 3330-0433; 3237-0359 http://www.brancomaquinas.com.br Produtos e serviços: Fabricantes de equipamentos para beneficiamento do pescado.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 88

BRASPEIXE

Local: Paulo Afonso - BA Contatos: braspeixe@braspeixe.com.br; +55 (75) 3282-4716 http://www.braspeixe.com.br Produtos e serviços: Tanque-rede PEAD, telas aço inox 304L, tampas e comedouros.

Local: Palotina - PR Contatos: comercial@cvale.com.br; +55 (44) 3649-8181 https://www.cvale.com.br/ Produtos e serviços: Tilápia em diversas apresentações.

CAMANOR

BRØDRENE SPERRE

Local: Ellingsøy - Noruega Contatos: info@sperrefish.com; +47 70 10 27 00 https://sperrefish.com/ Produtos e serviços: Peixes pelágicos congelados e peixes salgados e secos, como bacalhau.

Local: Natal - RN Contatos: comercial@camanor.com.br; +55 (84) 4008-0448 http://www.camanor.com.br Produtos e serviços: Camarão congelado e filé de tilápia congelado.

CHARLIE TANGO

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: comex@charlietango-sa.com; +54 (11) 4342-0605 http://www.charlietango.com.ar/ Produtos e serviços: Camarão, lula illex, corvina, truta marinha, linguado, Flounder, merluza negra, garoupa, abrótea e king crab.

CLEARWATER SEAFOODS

Local: Curitiba - PR Contatos: brasil@clearwater.ca; +55 (41) 99101- 8384 https://www.clearwater.ca Produtos e serviços: Frutos do mar selvagens e sustentáveis: vieira canadense gigante, lagosta canadense e Hokkigai, capturados nas águas do Atlântico Norte, com qualidade premium e disponibilidade durante todo o ano.

CÂMARA NACIONAL DA AQUACULTURA DO EQUADOR

BRASMO

Local: Chapecó - SC Contatos: comercial@brasmo.com.br; +55 (49) 3330 6200 http://www.brasmo.com.br Produtos e serviços: EPI’s descartáveis: aventais, mangotes e luvas. Utensílios para manipulação de alimentos e higienização: escovas, raspadores, espátulas, vassouras, baldes. Detectáveis: corpos de prova, canetas e lacres.

C.VALE - COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL

BRUSINOX

Local: Brusque - SC Contatos: brusinox@brusinox.com.br; +55 (47) 3351-0567 http://www.brusinox.com.br Produtos e serviços: Linhas completas para o beneficiamento de camarão, peixes de cultivo, amazônicos e oceânicos, da recepção ao congelamento, com software de gestão da produção. Equipamentos para cozimento e defumação.

Local: Guayaquil - Equador Contatos: cna@cna-ecuador.com; +59 3 (4) 268-3017 https://www.cna-ecuador.com/ Produtos e serviços: Fomento ao comércio internacional do camarão do Equador e da produção de forma sustentável, com respeito ao meio ambiente.

COLETIVO NACIONAL DA PESCA E AQUICULTURA - CONEPE

Local: Brasília - DF Contatos: conepe@conepe.org.br; +55 (61) 3323-5831 http://www.conepe.org.br/ Produtos e serviços: O Conepe é uma sociedade civil sem fins lucrativos, que agrega entidades representativas do setor pesqueiro e aquícola do Brasil, como sindicatos de armadores e indústrias processadoras de pescados.

CERMAQ

Local: Puerto Montt Contatos: matias.cirano@cermaq.com; +56 (65) 2563276 http://www.cermaq.com Produtos e serviços: Salmão Atlântico e coho nas apresentações: inteiro fresco, inteiro congelado e HG (sem-cabeça) congelado.

COMUNICA + PESCADO

Local: São Paulo - SP Contatos: comunicamaispescado@ agenciadz7.com.br;


Aquicultura

Indústria

COSTA SUL PESCADOS

Local: Osasco - SP Contatos: sac.brasil@danfoss.com; +55 (11) 2135-5400 https://www.danfoss.com/pt-br/ Produtos e serviços: Válvulas e componentes para sistemas de refrigeração.

ESCAMA FORTE

Local: Parnamirim - RN Contatos: atendimento@escamaforte. com.br; +55 84 9657-4771 http://www.escamaforte.com.br Produtos e serviços: Probióticos, biorremediadores, aeradores, sopradores, mangueiras de aeração, difusores, equipamentos de medição, kits de análise de água, aditivos, suplementos, medicamentos, alimentos especiais etc

Local: Navegantes - SC Contatos: costasul@costasul.com.br; +55 (47) 2103-3000 http://www.costasul.com.br Produtos e serviços: Pescado e frutos do mar congelados.

ESCRITORIO COMERCIAL DO PERU NO BRASIL

DAFONTE AQUICULTURA

Local: Recife - PE Contatos: contato@dafonteaquicultura. com.br; +55 81 97121-4141 http://www.dafonteaquicultura.com.br Produtos e serviços: Tilápia fresca, filé de tilápia fresca e congelada, posta de tilápia fresca e congelada.

Institucional

Local: São Paulo - SP Contatos: psanchez@escritoriodoperu. com.br; +55 (11) 4507-7230 Produtos e serviços: Peixes congelados e frutos do mar do Peru.

FAZENDA ÁGUAS PRETAS

Local: Canavieiras - BA Contatos: contato@aguaspretas.com.br; +55 (11) 97233-1440 http://www.aguaspretas.com.br Produtos e serviços: Pirarucu inteiro retirado dos tanques na hora do embarque. Atendemos todo o Brasil.

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@fiat.com.br; 0800707-1000 https://www.fiat.com.br Produtos e serviços: Veículos.

FCALHAO

Local: Cuiabá - MT Contatos: financeiro@fcalhao.com.br; +55 (65) 99995-2395; +35 1 912 981 652 https://casadopeixemt.com.br/ Produtos e serviços: Desenvolvimento e aprovação de projetos industriais nas cadeias de pescado, bovinos, suínos, rações, despojos e bebidas. Certificação federal (SIF) e demais âmbitos. Habilitações para exportação.

FEIRA DE PEIXES NATIVOS

Local: Cuiabá - MT Contatos: valeria.pires@mt.sebrae.com. br; +55 (65) 3648-1200 https://www.mt.sebrae.com.br/ Produtos e serviços: Feira e seminário dedicados à produção de peixes nativos brasileiros.

EXPOMEAT

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@rofereventos.com.br; +55 (11) 2730-0522 http://www.expomeat.com.br/ Produtos e serviços: Feira Internacional de processamento e industrialização de aves, bovinos, ovinos, suínos e pescados.

FIAT

FIDER PESCADOS/M.CASSAB

Local: Rifaina - SP Contatos: rafaela.pinho@mcassab.com. br; +55 (16) 3135-9124 http://www.fiderpescados.com.br Produtos e serviços: Especialistas na produção de tilápia (filés frescos, congelados e seus derivados).

FISHER PISCICULTURA

Local: Riolândia - SP Contatos: contato@fisherpiscicultura. com.br; +55 (17) 98100-4232 http://www.fisherpiscicultura.com.br Produtos e serviços: Tilápia viva ou resfriada.

FISHTAG

FEIRA NACIONAL DO CAMARÃO - FENACAM Local: Natal - RN Contatos: fenacam@fenacam.com.br; +55 (84) 3231-6291

Local: Barueri - SP Contatos: contato@fishtag.co; +55 (11) 97264-0011 https://www.fishtag.co Produtos e serviços: Conexão direta do produtor de pescado com os consumidores.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 89

DANFOSS DO BRASIL

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: ventas@congeladosartico.com; +54 223 489 5459 http://congeladosartico.com.ar/pt/ Produtos e serviços: Exportadora de empanados a base de pescado, como medalhões, hambúrgueres e filés de merluza, anéis de lula, entre outros produtos processados.

Pesca

http://www.fenacam.com.br Produtos e serviços: Congresso e feira de exposição de produtos para a aquicultura.

https://solucoes.agenciadz7.com.br/ comunicamaispescado Produtos e serviços: Serviços de marketing e conteúdo especializado em pescado para ampliar a visibilidade de empresas e entidades.

CONGELADOS ARTICO

Comercialização


Guia de Fornecedores

FISPAL FOOD SERVICE

Local: São Paulo - SP Contatos: fispalfoodservice@informa. com; +55 (11) 4632-0200 https://www.fispalfoodservice.com.br/pt/ home.html Produtos e serviços: Feira especializada em alimentação fora do lar que acontece em São Paulo, no Expo Center Norte.

de terceirização logística de alimentos refrigerados e congelados. Entregamos cargas desde 10 kg a 2 toneladas por entrega. Entregamos na Grande São Paulo, outros Estados sob demanda.

GOLDEN FOODS ALIMENTOS

FRUMAR

Local: São Leopoldo - RS Contatos: contato@frumar.com.br; +55 (51) 3037-6969 http://www.frumar.com.br Produtos e serviços: Salmão fresco, camarão, frutos do mar, atum, bacalhau e peixes de todos os continentes, além da linha de insumos para culinária oriental.

Local: Rio de Janeiro - RJ Contatos: sac@goldenfoods.com.br; +55 (21) 3550-0760 https://goldenfoods.com.br/ Produtos e serviços: Filé de alabote dente curvo, filé de polaca, lombo e posta de cação, filé de panga com ou sem gordura, filé de salmão, anel de lula congelado, filé de merluza, tubo de lula congelado, bacalhau seco salgado, postas de bacalhau dessalgadas e congeladas, ent

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@grupo5bs.com.br; +55 (11) 5505-3795 https://www.grupo5bs.com.br/ Produtos e serviços: Força comercial, inteligência logística, trade-mkt e P&D.

Local: Itajaí - SC Contatos: comercial@forsafe.com.br; +55 (47) 3248-1185 http://forsafe.com.br Produtos e serviços: Balsas salvavidas para embarcações pesqueiras e materiais de salvatagem.

GELONESE

Local: Rio de Janeiro - RJ Contatos: info@frescatto.com; +55 (21) 3527-9393 http://www.frescattocompany.com Produtos e serviços: Soluções em pescado personalizadas para o seu negócio. Mais de 40 espécies e 300 itens, combinando cortes e embalagens. Atendemos food service e autosserviço, com 5 filiais: RJ, SP, PE, MG e DF.

Local: Foz do Iguaçu - PR Contatos: gelonese@brturbo.com.br; +55 (45) 3528-7475 https://www.facebook.com/ geloneseoficial/ Produtos e serviços: Peixes: traíra sem espinhos, traíra inteira, curimba, piapara, bagre, pati, dourado, filé de merluza. Serviço de reinspeção e armazenagem de pescado.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 90

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@geneseas.com.br; +55 (11) 3123-2101 http://www.geneseas.com.br Produtos e serviços: Pescado em geral (tilápia, camarões e outros frutos do mar). Local: São Paulo - SP Contatos: contato@frezze.com.br; +55 (11) 3666-3385 https://www.frezze.com.br Produtos e serviços: Uma startup

GOLFO DORADO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

Local: Itajaí - SC Contatos: atendimento@golfodorado. com; +55 (47) 98898-5335 https://www.golfodorado.com Produtos e serviços: Peixes congelados.

GRUPO AMBAR AMARAL

GOMES DA COSTA

GENESEAS AQUACULTURA

FREZZE

Local: Portoviejo - Equador Contatos: info@gondi.com.ec; +593 5292 2554 http://www.grupogondi.com/ Produtos e serviços: Pescado resfriado, congelado e conservas.

GRUPO 5

FORSAFE

FRESCATTO COMPANY

GONDI

Local: São Paulo - SP Contatos: sac@gomesdacosta.com.br; 0800 704 1954 https://gomesdacosta.com.br/ Produtos e serviços: Pescado (atum e sardinha), alimentos em conserva e azeite.

Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: sac@grupoambaramaral.com. br; +55 (17) 3631-9100 http://www.grupoambaramaral.com.br/ Produtos e serviços: Um dos maiores grupos no ramo de criação de tilápia, com a cadeia verticalizada. Possui piscicultura, produção de alevinos, frigorifico de peixe e indústria de ração.

GRUPO VERAZ

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: info@grupoveraz.com.ar; +54 223 4894624 http://grupoveraz.com.ar/


Aquicultura

Produtos e serviços: Empresa dedicada à captura, produção e comercialização de produtos do mar argentino, principalmente camarão vermelho (Pleoticus muelleri).

Produtos e serviços: Soluções de integração e automação de processos administrativos, comerciais, industriais e logísticos. Criadora do Fish Control, software de gerenciamento de pisciculturas em todo o Brasil.

Pesca

Institucional

em Europa e Ásia e mais de 100 Dipoas aprovados.

KARAM’S MAR

Local: Indaiatuba - SP Contatos: karamsmar@karamsmar.com; +55 (19) 3935-9725 http://www.karamsmar.com Produtos e serviços: Peixes, camarão e frutos do mar.

INAK/ECIL

Local: São Paulo - SP Contatos: ecil@ecil-trading.com.br; +55 (11) 3202-6363 http://www.br-ecil.com/ Produtos e serviços: Embalados da marca Inak para clientes do varejo (merluza, polaca, mapará, cação, kani e imitação de patas de caranguejo).

Local: Foz do Iguaçu - PR Contatos: executiva@ internationalfishcongress.com.br; +55 (48) 9998-0492 http://www.internationalfishcongress. com.br Produtos e serviços: Congresso e exposição em evento realizado no Maestra Grand Convention Center Recanto Cataratas Therma & Resort.

JC LACERDA HP EMBALAGENS

Local: Cotia - SP Contatos: hpembalagens@ hpembalagens.com.br; +55 (11) 4612-5088 http://www.hpembalagens.com.br Produtos e serviços: Embalagens e bandejas plásticas.

Comercialização

INTERNATIONAL FISH CONGRESS & FISH EXPO BRASIL

HAARSLEV INDUSTRIES

Local: Curitiba - PR Contatos: br-comercial@haarslev.com; +55 (41) 3086-8200 https://haarslev.com/ Produtos e serviços: Equipamentos para o processamento de subprodutos de pescado.

Indústria

INDÚSTRIA DE RAÇÕES PATENSE

Local: Tanguá - RJ Contatos: patense@patense.com.br; +55 (34) 3818-1800 http://www.patense.com.br Produtos e serviços: Farinhas de peixe (sardinha) com a partir de 60% de proteína de alta digestibilidade e óleo de sardinha, rico em ômegas.

JC LACERDA SEAFOOD Local: Recife - PE Contatos: comerciallacerdajc@gmail.com +55 (81) 99730-4262 https://www.facebook.com/jclacerdaseafood/ Produtos e serviços: Importação e exportação

KOMDELLI

Local: Tijucas - SC Contatos: comercial@komdelli.com.br; +55 (48) 3641-2603 http://www.komdelli.com.br Produtos e serviços: Principalmente salmão (fresco e congelado) e tilápia. Também oferece terceirização de serviço.

LARVI AQUICULTURA

Local: Macau - RN Contatos: +55 (84) 3521-8151 Produtos e serviços: Pós-larvas de camarão Litopenaeus vannamei, Macrobrachium rosenbergii e ostra Crassostrea brasiliana.

IBERCONSA ARGENTINA

Local: Puerto Madryn - Argentina Contatos: iberconsa@iberconsa.com.ar; +54 280 4453088 https://iberconsa.es/ Produtos e serviços: Captura, processamento e distribuição de produtos do mar.

INTERATLANTIC

IDEALSIS

Local: Buritama - SP Contatos: contato@idealsis.com.br; (18) 3691-1764 http://www.idealsis.com.br/

Local: Vigo - Espanha Contatos: info@interatlantic.es; +34 986 44 32 10 http://www.interatlantic.es Produtos e serviços: Produtor de anéis, tentáculos e derivados de lula no Peru, importador e exportador de pescado congelado com escritórios

Local: Itarema - CE Contatos: luiz.tondo@jcpescados.com.br; +55 (88) 3667-1110 http://www.jcpescados.com.br Produtos e serviços: Exportação e importação. Camarão, robalo, pescada amarela e cambucu, salmão, tilápia, badejo (sirigado), pargo, espada, atum, panga, peixes inteiros, postas e filés. Insumos para culinária japonesa.

LERØY SEAFOOD

Local: Bergen - Noruega Contatos: post@leroyseafood.com; +47 55213669 https://www.leroyseafood.com/en/ Produtos e serviços: Cortes e preparações com salmão, truta, peixes brancos, bacalhau fresco, pelágicos, crustáceos e moluscos.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 91

JC PESCADOS


Guia de Fornecedores

LEX EXPERTS

Local: Itajaí - SC Contatos: contato@lexbr.net; +55 (47) 98856-2714 https://lexbr.net/ Produtos e serviços: Serviços de consultoria.

MANSO AQUICULTURA

Local: Cuiabá - MT Contatos: francisco@mansoaquicultura. com.br; +55 (65) 2128-9700 http://www.youtube.com/user/ MansoAquicultura Produtos e serviços: Tanques-rede de grande volume.

MAQUIPLAST LIZARD

Local: Mogi das Cruzes - SP Contatos: sales@lizard-int.com.br; +55 (11) 94245-6920 http://www.lizard-int.com.br/ Produtos e serviços: Agente de carga multimodal, focado em exportação e importação de cargas refrigeradas, cargas dry e cargas projeto.

Local: Jandira - SP Contatos: vendas@maquiplast.com.br; +55 (11) 4619-9696 http://www.maquiplast.com.br Produtos e serviços: Embalagens plásticas flexíveis, filmes para empacotadoras automáticas e termoformadoras e embalagens stand-up pouch.

selvagem e austral” é uma referência nos mercados pesqueiros internacionais, um sinônimo de qualidade que acompanha as empresas pesqueiras argentinas ao redor do mundo.

http://www.marineequipment.com.br/ Produtos e serviços: Serviços de consultoria em aquicultura industrial; tanques-rede, bombas para despesca e transferência, contadores, scanners, classificadores, entre outros equipamentos.

MARINE EQUIPMENT - PESCA MARBELIZE

Local: Manabí - Equador Contatos: info@marbelize.com; +59 3 5 2389000 | +59 3 5 2389001 http://marbelize.com/es/ Produtos e serviços: Atum e conservas diversas em latas, pouches e vidro, bem como hambúrgueres, sticks e outros produtos de valor agregado.

Local: Florianópolis - SC Contatos: contato@marineequipment. com.br; +55 (48) 3206-8922 http://www.marineequipment.com.br/ Produtos e serviços: Cabos especiais, boias e máquinas, gruas hidráulicas marítimas, entre outros.

MARIS LABORATÓRIO MARDI

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: mardi@mardi.com.ar; +54 223 489-7100 http://www.mardi.com.ar/ Produtos e serviços: Filé de merluza interfolhado, IQF e empanados de merluza.

Local: Aracati - CE Contatos: contato@marispescados.com. br; +55 (88) 3446-2565 http://marispescados.com.br/ Produtos e serviços: Pós-larvas de camarão Litopenaeus vannamei bem formadas e livres de patógenos.

LM PESCADOS

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 92

Local: Santos - SP Contatos: marcel@lmimport.com.br; +55 (13) 3261-3060 http://www.lmpescados.com.br/ Produtos e serviços: Importadora e distribuidora de pescado.

MAR & RIO PESCADOS

Local: São José do Rio Preto - SP Contatos: contato@mareriopescados. com.br; +55 (17) 3513-1000 http://www.mareriopescados.com.br Produtos e serviços: Pescado, frutos do mar, vinhos, produtos orientais. Entregas em todo Brasil.

MARIS PESCADOS MAREL

Local: Piracicaba - SP Contatos: sales.br@marel.com; +55 (19) 3414-9000 http://www.marel.com/brazil Produtos e serviços: Sistemas, equipamentos e software para o processamento de pescados.

Dark Blue CMYK: 100c + 74m + Pantone: 654 RGB: 0r + 43g + 83b

Local: Aracati - CE Red Contatos: contato@marispescados.com. CMYK: 0c + 100m + 1 br; +55 (88) 3446-2565 Pantone: 485 RGB: 206r + 23g + 30 http://marispescados.com.br/ Produtos e serviços: Camarão, peixe e lagosta processados e congelados em embalagens de 200g a 2kg para o varejo e food service.

LOCALFRIO

Local: São Paulo - SP Contatos: faleconosco@localfrio.com.br; +55 (11) 3049-6570 http://www.localfrio.com.br/ Produtos e serviços: Armazenagem e transporte.

MAR ARGENTINO

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: marargentino@cfp.gob.ar; +54 (11) 4361-5830 http://marargentino.gob.ar/ Produtos e serviços: “Mar Argentino,

MARINE EQUIPMENT AQUICULTURA

Local: Florianópolis - SC Contatos: contato@marineequipment. com.br; +55 (48) 3206-8922

MAYEKAWA DO BRASIL

Local: Arujá - SP Contatos: comercial@mayekawa.com.br; +55 (11) 4654-8063 http://www.mayekawa.com.br Produtos e serviços: Compressor


Aquicultura

parafuso, compressor alternativo, compressor semi-hermético, serviços de assistência técnica.

MULTIVAC DO BRASIL

MQ PACK

Local: Santo André - SP Contatos: vendas@mqpack.com; +55 (11) 4991-4241 http://www.mqpack.com/ Produtos e serviços: Balanças múltiplos cabeçotes, empacotamento e classificadora.

Local: Rio de Janeiro - RJ Contatos: contato@mcrio.com.br; +55 (21) 3297-8822 http://www.mcrio.com.br Produtos e serviços: Pescados em filés, postas, eviscerados, frescos e congelados.

Local: Valinhos - SP Contatos: vendas@br.multivac.com; +55 (19) 3795-0818 https://br.multivac.com Produtos e serviços: Máquinas a vácuo, seladora de bandejas, termoformadoras, flowpack, etiquetadoras, checkweighers, balança multicabeçote, sistemas e automação.

Local: São Paulo - SP Contatos: rodrigo.zanolo@merck.com; +55 (43) 99166-0295 https://www.msd-saude-animal.com.br/ Produtos e serviços: Produtos veterinários: vacinas injetáveis; desinfetantes e antimicrobianos orais.

Local: Belo Horizonte - MG Contatos: contato@myleus.com; +55 (31) 3234-1842 http://myleus.com/ Produtos e serviços: Análises de laboratório (teste de DNA em pescado), software de gestão da qualidade, programas de monitoramento de autenticidade de pescado.

Institucional

Produtos e serviços: Ampla linha de pescado fresco e congelado de cultivo e de pesca extrativa.

NEWSAN S.A.

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: atencion.usuarios@newsan. com.ar; +54 911 50011020 http://www.newsan.com.ar/ Produtos e serviços: Merluza (filés e HGT), lula (inteira e aneis), camarão (inteiro, caudas e descascado, merluza hoki (filés), brótola (HGT) e abadejo (HGT).

NINEFISH SEAFOOD

Local: Balneário Camboriú - SC Contatos: contato@ninefish.com.br; +55 (47) 3367-9009 https://www.ninefish.com.br Produtos e serviços: Pescado internacional embalado para consumidores finais.

MERCOAGRO

MULTIFOODS

Local: São Paulo - SP Contatos: comercial@multifoods.com.br; +55 (11) 3646-6700 http://www.multifoods.com.br Produtos e serviços: Peixes, moluscos e crustáceos.

MIAKI REVESTIMENTOS

Local: Guararema - SP Contatos: vendas@miaki.com.br; +55 (11) 2164-4300 https://www.miaki.com.br Produtos e serviços: Revestimentos monolíticos de alto desempenho, excelente resistência química, térmica, mecânica e a abrasão, fácil limpeza, impermeável, não prolifera bactérias. Atendemos todo o território nacional.

Pesca

MYLEUS FOOD SAFETY MSD SAÚDE ANIMAL

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@rofereventos.com.br; +55 (11) 2730-0522 https://www.mercoagro.com.br/ Produtos e serviços: Feira Internacional de negócios, processamento e industrialização da carne.

Comercialização

NATUBRÁS PESCADOS

Local: Balneário Piçarras - SC Contatos: natubras@natubras.com.br; +55 (47) 3347-4800 http://www.natubras.com.br Produtos e serviços: Camarões, peixes e frutos do mar

NORDSEE COMERCIAL IMPORTADORA E EXPORTADORA Local: São Paulo - SP Contatos: nordsee@nordsee.com.br; +55 (11) 3742-1903 http://www.nordsee.com.br Produtos e serviços: Pescados e frutos do mar.

MULTIPESCA

Local: Marechal Cândido Rondon - PR Contatos: multipesca.rondon@gmail. com; +55 (45) 3254-3913 http://multipesca.com/ Produtos e serviços: Projetos aquícolas completos, tanques elevados PEAD para bioflocos, aquaponia e recirculação.

NEW FISH

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@newfish.com.br; +55 (11) 2674-2876 http://www.newfish.com.br/

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 93

MC RIO / ACQUA VIVA

Indústria


Guia de Fornecedores

NORIBÉRICA

camarão congelado inteiro, cauda e produtos de valor agregado crus ou cozidos em várias apresentações de embalagem. Cultivo convencional ou orgânico.

Local: Pontevedra - Espanha Contatos: info@noriberica.com; +34 986 447 489 https://noriberica.com Produtos e serviços: Pesca, elabora e distribui pescado e frutos do mar ultracongelados, como bacalhau, merluza, espada, atum, lula e polvo.

OPERGEL | OCEANI

NORONHA PESCADOS

Local: Recife - PE Contatos: guiblanke@noronhapescados. com.br; +55 (81) 2138-9100 http://www.noronhapescados.com.br Produtos e serviços: Peixes, crustáceos e moluscos em geral para food service, distribuidores e varejo.

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@opergel.com.br; +55 (11) 3021-8988 https://opergel.com.br/ Produtos e serviços: Salmão, bacalhau, filés de peixes, frutos do mar, carnes argentinas, azeitonas, conservas, castanhas e frutas secas para todo o Brasil.

peixes nativos, como tambaqui, pirarucu e pintado da Amazônia.

PATAGONIA MUSSEL Local: Castro - Chile Contatos: patagoniamussel@ amichile.com +56 65 263 0071 http://www.patagoniamussel.cl/ Produtos e serviços: Campanha de promoção dos mexilhões chilenos.

PEIXES MEGG’S

Local: São João da Boa Vista - SP Contatos: peixesmeggs@peixesmeggs. com.br; +55 (19) 3622-3010 http://www.peixesmeggs.com.br/ Produtos e serviços: Comércio de pescado de água doce e salgada para o atacado, varejo e compras públicas.

PAVAX

Local: Barueri - SP Contatos: contato@pavax.com.br; +55 (11) 4789-9100 http://www.pavax.com.br Produtos e serviços: UV, embaladoras, termoformadoras, seladoras, HPP e tratamento de água.

PESCANOVA BRASIL LTDA

Local: Recife - PE Contatos: comercial@pescanovabrasil. com.br; +55 (87) 98835-1606 https://www.nuevapescanova.com/ Produtos e serviços: Soluções de produto para food service e varejo.

ORQUÍDEA - TONDO S.A

Local: Caxias do Sul - RS Contatos: comercial@orquidea.com.br; +55 (54) 3026-7500 http://www.orquidea.com.br Produtos e serviços: Farinha Panko, farinha de rosca, farinha de trigo, massas e biscoitos.

NUTRAFOODS

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 94

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@nutrafoods.net.br; +55 (11) 3660-4700 http://www.nutrafoods.net.br/ Produtos e serviços: Tilápia, merluza, polaca, panga, linguado, abadejo, camarão, lula e mexilhão em pacotes de 200g, 400g, 800g e a granel.

OMARSA

Local: Durán - Equador Contatos: sales@omarsa.com.ec; +59 34 3713035 https://www.omarsa.com.ec/ Produtos e serviços: Produtos de

PAMPA FISH S.A.

PCC CONGELADOS Y FRESCOS Local: Guayaquil - Equador Contatos: sales@pcc.com.ec; +59 3 4 2838943 https://www.pcc.com.ec/ Produtos e serviços: Ampla linha de pescado do Equador, como camarão vannamei, peixes selvagens e lulas.

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: ventas@pampafish.com; +54 0223 483-3001 http://www.pampafish.com Produtos e serviços: Filé de peixe congelado, peixe eviscerado congelado.

PESCIRO

Local: Vigo - Espanha Contatos: pesciro@pesciro.com; +34 986 43 66 25 http://www.pesciro.com/ Produtos e serviços: Importação e exportação de pescado congelado. No Brasil trabalha com cação, salmão, panga, polaca do Alasca, lula, entre outros.

PEIXES DA AMAZÔNIA

Local: Sen. Guiomard - AC Contatos: ; +55 (68) 3222-8992 http://bit.ly/peixes_amazonia Produtos e serviços: Produção, industrialização e comercialização de


Aquicultura

PESQUERA SANTA ELENA

Local: Puerto Deseado - Argentina Contatos: pesel@datamarkets.com.ar; +54 297 487-0951 http://pesquerasantaelena.com Produtos e serviços: Kani kama.

Indústria

Pesca

Institucional

PREVEMAX

Local: Videira - SC Contatos: marketing@prevemax.com.br; +55 (49) 3531-3300 http://www.prevemax.com.br Produtos e serviços: Aventais, capas, batas, toucas, luvas, calçados de segurança, EPI’s em geral

PRO ECUADOR

Local: São Paulo - SP Contatos: ocesaopaulo@produccion.gob. ec; +55 (11) 2769-1999 https://www.proecuador.gob.ec/ Produtos e serviços: Facilitamos os contatos e negócios com empresas exportadoras de pesca e aquacultura do Equador.

PHIBRO SAÚDE ANIMAL INTERNACIONAL

Local: Guarulhos - SP Contatos: phibro.sac@pahc.com; 0800722-8011/(11) 2185-4400 https://www.pahc.com/brasil/ Produtos e serviços: Antimicrobianos de uso veterinário e especialidades nutricionais.

Comercialização

QUATRO MARES

Local: Itajaí - SC Contatos: contato@quatromares.com.br; +55 (47) 3246-0376 http://www.quatromares.com.br/ Produtos e serviços: Frutos do mar e pescado congelado em postas, filés, espalmados, eviscerados e inteiros de alto padrão de qualidade; com distribuição para todo Brasil.

PREVET

Local: Jaboticabal - SP Contatos: contato@prevet.com.br; +55 (16) 3202 6298 | 3202 6610 http://www.prevet.com.br/ Produtos e serviços: Serviços de monitoramento sanitário, análises e estudos microbiológicos e histopatológicos, análise de água, serviços relacionados a saúde animal e pesquisa e desenvolvimento.

PRODUMAR

Local: Natal - RN Contatos: produmar@produmar.ind.br; +55 (84) 4006-2000 http://www.produmar.ind.br Produtos e serviços: Venda de atum, meka, peixes costeiros, lagosta e camarão. Nosso porto tem capacidade para o desembarque diário dos barcos pesqueiros e industria de beneficiamento, congelamento e estocagem de produtos.

RAGUIFE IND. COMERCIO DE RAÇOES LTDA Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: sac.raguife@ grupoambaramaral.com.br; +55 (17) 3631-4347 http://www.raguife.com.br Produtos e serviços: Indústria especializada em nutrição animal.

PLANTFORT ESTUFAS AGRÍCOLAS

PRILABSA BR

Local: Natal - RN Contatos: prilabsa@prilabsabr.com.br; +55 (84) 3207-7773 http://prilabsa.com Produtos e serviços: A completa solução para o desenvolvimento da indústria aquícola. Servindo as Américas há mais de 25 anos.

PRODUMAR S.A.C.

Local: Lima - Peru Contatos: info@produmar.com; +51 1 4750340 https://www.produmar.com/es/ Produtos e serviços: Lula, polvo, merluza gahi e vieiras.

POTIPORÃ/SAMARIA CAMARÕES Local: Pendências - RN Contatos: fredyromano@potipora.com.br; +55 (84) 3522-2059 https://www.facebook.com/ camaraopotipora/ Produtos e serviços: Camarão congelado.

PRIME SEAFOOD

Local: São Paulo - SP Contatos: contato@prime.trd.br; +55 (11) 2738-0069 http://www.primeseafood.com.br Produtos e serviços: Lombo de bacalhau dessalgado congelado, bacalhau desfiado dessalgado congelado, lombos de dourado congelado e cauda de lagosta congelada.

PROJEPESCA CONSULTORIA

Local: Brasília - DF Contatos: abraao@projepesca.com.br; +55 (61) 99355-3849 http://www.projepesca.com.br Produtos e serviços: Consultoria em relações governamentais e planejamento estratégico de comércio exterior.

ROVEMA AGRONEGÓCIO FAZENDA RIO MADEIRA

Local: Porto Velho - RO Contatos: administrativo@ rovemaagronegocio.com.br; +55 (69) 3216-9614 http://www.rovemaagronegocio.com.br Produtos e serviços: Produção e comercialização de tambaqui e pintado com capacidade produtiva de 800 toneladas/ano. Técnicas de criação para garantir qualidade e melhor sabor.

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 95

Local: São Carlos - SP Contatos: plantfort@plantfort.com.br; +55 (16) 3368-2011 https://plantfort.ind.br/ Produtos e serviços: Estufas e seus componentes para ambientes protegidos, estrutura, plásticos, lonas e telas.


Guia de Fornecedores

SEAFRIGO DO BRASIL RUIVO CONSULTORIA

Local: Balneário Camboriú - SC Contatos: uruivo@gmail.com; +55 47 99609-5858 https://www.ruivoconsultoria.com/ Produtos e serviços: Elaboração de projetos frigoríficos, planos de negócios, estudo de viabilidade técnica e econômica, auditorias da qualidade e defesas técnicas.

SAN ARAWA

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: infoc@sanarawa.com; +54 (11) 5032-4971 http://www.sanarawa.com. Produtos e serviços: Companhia pesqueira especializada na pesca e processamento de hoki, polaca e surimi em apresentações variadas, com base em Ushuaia, na Terra do Fogo.

SÃO RAFAEL CÂMARAS FRIGORÍFICAS

Local: Arujá - SP Contatos: contato@saorafael.com.br; +55 (11) 4652-7900 http://saorafael.com.br/ Produtos e serviços: Soluções para cadeia do frio (câmara frigorífica).

Local: Santos - SP Contatos: d.ojea@seafrigo.com; +55 (13) 3228-5010 http://www.seafrigo.com Produtos e serviços: Agenciamento de transportes internacionais de cargas (marítimos e aéreos) especializado em produtos alimentícios.

SIAM CANADIAN SOUTH AMERICA SABORES DA COSTA ALIMENTOS LTDA

Local: Fortaleza - CE Contatos: atendimento@saboresdacosta. com.br; (85) 3017-2528 http://www.saboresdacosta.com.br Produtos e serviços: Larvas de camarão, camarão congelado, orgânico e convencional

SANTA HELENA FISH FARM

Local: Bebedouro - SP Contatos: henrique@shfish.com.br; +55 (17) 99149-1145 http://www.shfish.com.br Produtos e serviços: Tilápia para frigorífico.

SATEL DESPACHOS

Local: Santos - SP Contatos: satel@sateldespachos.com.br; +55 ‘(13) 3228-5000 http://www.sateldespachos.com.br Produtos e serviços: Despachos aduaneiros.

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: info@siamcanadian.com; +66 2 185-3311 https://www.siamcanadian.com/ Produtos e serviços: Todos os tipos de peixes e frutos do mar.

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FRIO E PESCA DO CEARÁ (SINDFRIO)

SEAFOOD SHOW LATIN AMERICA

SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 96

ASOCIACIÓN SALMONCHILE

Local: Puerto Montt - Chile Contatos: puertomontt@salmonchile.cl; 56 65 2256 666 http://www.salmonchile.cl Produtos e serviços: Exportadores de salmão Atlântico, Salmão coho e truta salmonada.

SANTA PRISCILA

Local: Guayaquil - Equador Contatos: sales@santa-priscila.com; +59 3 4 600 5231 https://www.santa-priscila.com Produtos e serviços: Produz e exporta camarão equatoriano (Litopenaeus vannamei).

Local: São Paulo - SP Contatos: seafoodshow@francal.com.br; +55 (11) 2226-3100 https://seafoodshow.com.br/ Produtos e serviços: Evento comercial de experiências e conteúdo para a indústria e o mercado de pescado nacional e internacional criado pela Seafood Brasil e Francal, com foco na América Latina.

Local: Fortaleza - CE Contatos: sindfrio@sfiec.org.br; +55 (85) 3224-8227 https://www.sindfrio.com.br/ Produtos e serviços: Representação institucional da indústria de pescado do Ceará, com foco na promoção de exportações e articulação empresarial.


Aquicultura

SOLIMENO SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PESCA DE SÃO PAULO (SIPESP) Local: São Paulo - SP Contatos: sipesp@sipesp.com.br; +55 (11) 2812-7505 http://www.fiesp.com.br/sipesp Produtos e serviços: Representação institucional da indústria da pesca e aquicultura junto ao setor público e privado, promoção de eventos, reuniões e articulação.

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: solimeno@solimenosa.com.ar; +54 223 480 1554/9607 – 480 2092 http://www.solimenosa.com.ar/ Produtos e serviços: Pescado congelado, processado e empanado.

SPRING GENETICS

SÓ PESCA BRASIL

Local: Cerquilho - SP Contatos: contato@sopescabrasil.com. br; +55 (15) 3384-2343 https://www.sopescabrasil.com.br Produtos e serviços: Peixes congelados, filés de peixes e camarões.

Local: Fortaleza - CE Contatos: brazil@spring-genetics.com; +55 (85) 99749-3375; (16) 99614-1528 http://spring-genetics.com/pt/ Produtos e serviços: Plantéis de reprodutores geneticamente melhorados e alevinos revertidos.

Indústria

Comercialização

Pesca

Institucional

TECNOCARNE

TREVISAN

Local: São Paulo - SP Contatos: atendimento.tecnocarne@ informa.com; +55 (11) 4632-0200 https://www.tecnocarne.com.br Produtos e serviços: Feira especializada em tecnologia de processamento de produtos cárneos.

Local: Palotina - PR Contatos: trevisan@trevisan.ind.br; +55 (44) 3649-1754 http://www.trevisan.ind.br Produtos e serviços: Aeradores, caixas para transporte de peixes e camarões vivos, incubadoras, alimentadores e tratadores de ração.

TILABRAS

TRIDENT SEAFOODS

Local: Selvíria - MS Contatos: contact@tilabras.com.br; +55 (11) 2667-0232 http://tilabras.com.br/pt/ Produtos e serviços: Tilápia fresca para atacado e frigoríficos. Projeto de verticalização (incubatório, produção de ração, engorda e processamento) em implantação.

Local: São Paulo - SP Contatos: meiger@tridentseafoods.com; +55 (11) 98609-6904 http://www.tridentseafoods.com Produtos e serviços: Pescado do Alasca (EUA), polaca do Alasca, salmão selvagem (chum, pink e sockeye), cod, black cod, halibut, ikura e surimi de polaca.

SUPREME DO BRASIL PESCADOS

Local: Guimarães - Portugal Contatos: soguima@soguima.com; +35 1 253 470 070 http://www.soguima.com Produtos e serviços: Bacalhau dessalgado congelado, bacalhau desfiado, polaca desfiado, polvo ao natural e cozido, sardinha, cação, bolinhos com bacalhau, pré-cozidos a base de peixe e de carne, pré-cozidos vegan.

TRUTAS NR TIME SEAFOOD

TARG LOGÍSTICA

Local: Osasco - SP Contatos: contato@targlogistica.com.br; +55 (11) 3647-9444 Não tem Produtos e serviços: Entregas em SP capital, SP interior e RJ.

Local: Dalian - China Contatos: eraice@163.com; +86 411 84803142 http://www.timeseafood.com/ Produtos e serviços: Algas marinhas para culinária oriental, saladas de polvo, saladas de lula, ouriço do mar temperado, entre outros.

Local: São Paulo - SP Contatos: info@trutasnr.com.br; +55 (11) 5543-3860 http://www.trutasnr.com.br/ Produtos e serviços: Truta, filés e produtos devidos. SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 97

SOGUIMA

Local: Santa Clara do Oeste - SP Contatos: supremedobrasil@gmail.com; +55 (17) 99776-8005 http://www.supremedobrasilpescados. com.br Produtos e serviços: Filé de tilápia.


Guia de Fornecedores

http://vinhhoan.com/ Produtos e serviços: Pangasius sem adição de químicos em diferentes apresentações.

TSAE CONSULTORIA

Local: Blumenau - SC Contatos: atendimento@tsaeconsultoria. com.br; +55 (47) 99224-8189 http://tsaeconsultoria.com.br/ Produtos e serviços: Prestamos assessoria técnica para a implantação, orientação, revisão e treinamentos nas seguintes áreas: HACCP,BPFs,PPHOs,PACs, rotulagem, importação/exportação de pescado e outras espécies.

UNIVERSE FROZEN FOODS

Local: Pirassununga - SP Contatos: elton@universeffoods.com.br; +55 (19) 9530-1131 http://www.universeffoods.com.br Produtos e serviços: Pescado congelado, produtos orientais e vegetais.

VIVENDA DO CAMARÃO

URUSSANGA ULTRAFISH

Local: Zaragoza - Espanha Contatos: contacto@ultrafish.eu; +34 976473071 https://ultrafish.eu/ Produtos e serviços: Projeto de aprimoramento e inovação tecnológica do processamento de pescado a partir da Europa para o mundo.

WORKSHOP DE SANIDADE EM PISCICULTURA

Local: Blumenau - SC Contatos: vendas@ embalagensurussanga.com.br; +55 (47) 3339-4401 https://www.embalagensurussanga. com.br/ Produtos e serviços: Embalagens secundárias.

Local: Cotia - SP Contatos: sav@vivendadocamarao.com. br; +55 (11) 4613-2600; 4613-2640 https://www.vivendadocamarao.com.br Produtos e serviços: Camarões in natura, linha de peixes, além de receitas especiais na linha de pratos prontos congelados.

ZALTANA PESCADOS

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SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 98

UNIDADE LABORATORIAL DE TECNOLOGIA DO PESCADO

Local: Santos - SP Contatos: effurlan@pesca.sp.gov.br; +55 (13) 3261-2653 https://www.pesca.sp.gov.br/instituto/ eventos/simcope Produtos e serviços: O Simpósio de Controle da Qualidade do Pescado é o principal evento nacional dedicado ao debate e à atualização na área e ocorre a cada dois anos.

Local: São Paulo - SP Contatos: feiras@francal.com.br; +55 (11) 2226-3100 https://seafoodshow.com.br/ vendaseupeixe Produtos e serviços: Workshop de capacitação para venda de pescado, seguido de uma rodada de negócios com compradores de todo o Brasil e do exterior.

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Local: Valinhos - SP Contatos: ejordao@wenger.com; +55 (19) 98171-6666 http://www.wenger.com Produtos e serviços: Linha de extrusão completa (extrusora, secador, sistema de recobrimento e resfriador). Local: Ho Chi Minh - Vietnã Contatos: info@vinhhoan.com; +84 838 364 849

Local: Ariquemes - RO Contatos: contato@zaltanapescados.com. br; +55 (69) 3516-7802 http://www.zaltana.com.br Produtos e serviços: A Zaltana é uma empresa dedicada ao processamento de cortes dos peixes tambaqui, pintado, pirarucu e tambatinga.

Local: Massaranduba - SC Contatos: weemac@weemac.com.br; +55 (47) 3379-8025 https://www.weemac.com.br/ Produtos e serviços: Aeradores, alimentadores e esteiras de despesca.

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Local: Jaboticabal - SP Contatos: danielanomura@gmail.com; +55 (16) 99609-0002 https://bit.ly/sanidade_piscicultura Produtos e serviços: Workshop, conhecimento e networking.

Local: Ariquemes - RO Contatos: contato@zaltanapescados.com. br; +55 (69) 3516-7801 http://www.zaltana.com.br Produtos e serviços: Produção de rações para peixes e linha pet.


SEAFOOD BRASIL #35 • ANUÁRIO 2020 • 99


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