Seafood Brasil #30 | 5th Yearbook / 5º Anuário de Produtos, Serviços e Conteúdo

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#30 - 2019 ISSN 2319-0450

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Como usar este anuário?

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5º Anuário Seafood Brasil foi criado para ser uma fonte de consulta de dados estatísticos, de opiniões mercadológicas e de fornecedores de toda a cadeia produtiva de pescado. Ele é válido para o período de julho de 2018 a agosto de 2019.

juntura; produção (aquicultura e pesca); comércio exterior; comércio e consu­mo. O período a que o dado se refere estará sempre indicado, já que a maior parte das informações se refere a 2018, mas algumas englobam o período até julho de 2019, enquanto outras abordam anos anteriores.

A publicação se divide em três partes:

Guia de Fornecedores Uma lista com contatos e descrição de produtos e serviços prestados por alguns dos principais fornecedores da cadeia produtiva de pescado, em cinco categorias: • Aquicultura • Pesca • Indústria • Comercialização (varejo, atacado, food service e distribuidores) • Institucional Aproveite a leitura e faça muitos negócios!

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Artigos Textos assinados por personalidades e especialistas do ramo, que contam como anda o mercado em três frentes: conjuntura; produção e processamento; comércio e consumo.

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Estatísticas Uma compilação das estatísticas mais recentes, segundo as fontes disponíveis no Brasil, nas seguintes frentes: con-

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Índice Índice

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06 Artigos

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Estatísticas

80 Guia de Fornecedores

Expediente Redação redacao@seafoodbrasil.com.br Publishers: Julio Torre e Ricardo Torres Editor: Ricardo Torres Repórter: Fabi Fonseca Diagramação: Emerson Freire Adm/Fin/Distribuição: Helio Torres Crédito da foto de Capa: Spring Genetics. Agradecimentos à empresa pela autorização da foto na capa deste anuário.

Comercial comercial@seafoodbrasil.com.br Tiago Oliveira Bueno Impressão Maxi Gráfica e Editora A Seafood Brasil é uma publicação da Seafood Brasil Editora Ltda. ME CNPJ 18.554.556/0001-95

Sede – Brasil R. Serranos, 232 São Paulo - SP - CEP 04147-030 Tel.: (+55 11) 2361-6000 Escritório comercial na Argentina Av. Boedo, 646. Piso 6. Oficina C (1218) Buenos Aires julio@seafoodbrasil.com.br

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Conjuntura

Opiniões sobre os caminhos gerais pelos quais deve percorrer o setor no futuro breve

Horizonte de perspectivas Por Jorge Seif Jr.*

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o nascimento da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP/PR), lá em 2003, até o seu atual desenho institucional, esta é a primeira vez que a pasta conta com um gestor vindo do setor pesqueiro. Desde que topamos e iniciamos, em janeiro de 2019, o desafio para gerir as políticas públicas da aquicultura e da pesca, várias foram as adversidades enfrentadas. Na última década, as diferentes mudanças de estrutura administrativa que afetaram a organização administração federal no tema aquicultura e pesca – extinção do Ministério da Pesca e Aquicultura e a alocação de suas competências, com reduzidíssima estrutura, em diferentes órgãos – deixaram feridas que levam tempo para cicatrizarem. Porém, não havia tempo e nem espaço para lamentações. A retomada se iniciou do mesmo modo quando mudamos de nossas residências. Fomos para uma nova casa, arrumamos e carregamos as caixas, deixando para trás o que não mais

era necessário e não contribuía para a desejável harmonia do ambiente de trabalho. Nesse exercício diário, digitalizamos mais de um milhão e quinhentas mil folhas de documentos, respondemos em torno de mil demandas judiciais, elaboramos diagnósticos e iniciamos a modernização de sistemas que clamavam por isso. Em sua atuação finalística, a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP/ MAPA) exerce competência primordial em quatro grandes eixos: ordenamento, desenvolvimento, registro e monitoramento das atividades aquícola e pesqueira, formulando as diretrizes da ação governamental para a política nacional da aquicultura e da pesca, disciplinada pela Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009. Com efeito, orientado por estas diretrizes, desde que assumimos esta valorosa missão encontram-se em pleno vapor, na nossa casa, as seguintes ações:

• NA AQUICULTURA: elaboração de projetos de gestão de ordenamento, novas tecnologias e incentivos às vilas produtivas rurais, visando um trabalho mais estratégico e com menor uso do dinheiro público; realização do I Workshop Nacional de Ordenamento do Cultivo do Pangasius, direcionando as ações voltadas à regularização, organização e fortalecimento da cadeia produtiva desta espécie no Brasil; licitações de 72 áreas aquícolas, em que foram arrematadas 31 áreas com um potencial de produção aproximado de 118.413,3 toneladas/ano, gerando mais de 300 empregos diretos; inserção dos preços de referência no Manual de Crédito Rural (MCR) para pescado de aquicultura, beneficiando o acesso ao crédito mais facilitado por meio do Plano Safra, ação para desburocratização da cessão de águas públicas da união para fins de aquicultura, por meio da revisão do Decreto 4895/2003; • NA PESCA: descentralização das reuniões dos Comitês Permanentes de Gestão (CPGs), que passaram a ser realizadas nas regiões-alvo das pescarias em


• REGISTRO E MONITORAMENTO: desenvolvimento de sistema eletrônico próprio para o monitoramento da safra de tainha, já em funcionamento na safra 2019; modernização – em andamento – do Sistema de Registro Geral da Atividade Pesqueira (SisRGP), do sistema

de Mapas de Bordo e do sistema do Programa Nacional de Registro de Embarcações Pesqueiras por Satélite (PREPS), proporcionando confiabilidade dos dados relacionados à pesca brasileira; padronização do procedimento de cancelamento de licenças de pescador profissional artesanal no SisRGP e solicitação de cancelamento do seguro-defeso; elaboração de procedimentos para a realização do recadastramento dos pescadores profissionais artesanais no SisRGP, que dará mais segurança às ações da SAP e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); e, em ação conjunta com o INSS, já houve solicitações de cancelamento voluntário de recebimento do seguro-defeso, totalizando uma economia aproximada de R$ 5 milhões. O cenário aqui colocado deixa evidente que, não obstante os resultados ora apresentados, os desafios ainda são imensos para o pleno desenvolvimento

*Secretário de Aquicultura e Pesca (SAP/Mapa) do nosso setor. Dessa forma, conclamamos a todos para, com conhecimento de cada qual, contribua para o desenvolvimento e ordenamento da aquicultura e da pesca no País.

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pauta, com ampliação de participantes nas discussões, entregando à sociedade brasileira as normativas de Pelágicos Sul e Sudeste, com a publicação das Instruções Normativas MAPA nº 8 e nº 9, de maio de 2019; elaboração de versão final de normativos de pesca e comercialização da lagosta; levantamento de embarcações interessadas em regulamentar a frota de cardume associado para atuns e afins; nas bacias do Norte, o encaminhamento para revisão da Instrução Normativa MMA nº 06, de 2004, e a apresentação de propostas de manejo sustentável e os casos de sucesso com os acordos de pesca.


Conjuntura

Sustentabilidade do pescado no Brasil, América Latina e mais... Por Laurent Viguie*

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Aquaculture Stewardship Council (ASC) foi criado pela World Wildlife Fund (WWF) e iniciou a certificação de viveiros em 2012.

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O ASC é amplamente reconhecido mundialmente como sendo o mais robusto programa de certificação baseado na ciência da aquicultura. O ASC possui padrões para 14 espécies, incluindo tilápias, camarão, salmão e bivalves. Esses padrões baseiam-se em 7 princípios fundamentais, como a alimentação sustentável (ração), a saúde animal, o cumprimento das leis locais e a responsabilidade social. Em operação no Brasil desde 2014, o ASC possui 8 fazendas de tilápias aqui certificadas através de 3 empresas: Geneseas, Netuno e BrasFish e uma série de processadores (frigoríficos) certificados na cadeia de custódia, incluindo Noronha Pescados em Recife e Damm em São Paulo. A demanda por produtos ASC no Brasil tem sido impulsionada no mercado pela Swift, varejista sediada em São Paulo e pioneira da sustentabilidade. A Swift oferece salmão chileno ASC certificado e tilápia brasileira ASC para seus clientes e está trabalhando para adicionar mais espécies, como pangasius e mexilhões.


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Conjuntura

É muito importante que os produtos da aquicultura brasileira estejam disponíveis no mercado europeu novamente, pois isso incentivará as melhores práticas aquícolas para as espécies nativas brasileiras. Para as pescarias, os problemas são mais complexos. Ocorreram problemas com as estruturas de gestão da pesca no Brasil e levará algum tempo para que as soluções sejam encontradas. No momento, nenhuma pesca brasileira é certificada pelo Marine Stewardship Council (MSC), mas esperamos que isso mude no futuro.

Nas próximas semanas, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) começará a trabalhar com a tilápia ASC certificada em seus balcões de peixes frescos. O GPA se tornará a primeira cadeia de supermercados nacional a ter uma política de sustentabilidade de pescado com a certificadora.

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O ASC tem mais de 1000 viveiros certificados em todo o mundo. A América Latina é a terceira região mais importante depois da Ásia e da Europa, com mais de 200 viveiros certificados: 134 estão no Chile (salmão e bivalves); 30 viveiros de camarão no Equador, e o México tem tilápia, camarão, bivalves e bijupirá certificados. A demanda por produtos ASC certificados cresceu muito rapidamente nos principais mercados: Europa, EUA, Ásia e Japão. O ASC agora tem mais de 19.000 produtos de varejo com o logotipo no pacote. Os varejistas brasileiros buscam mais produtos certificados pelo ASC

com o camarão brasileiro como prioridade. O logótipo ASC num pacote de peixe congelado ou num balcão de peixe fresco garante que o produto tenha sido cultivado de forma responsável, sustentável, com o mínimo de impacto ambiental, sem produtos químicos e com condições de trabalho e remuneração justa para os que trabalham em viveiros.

A boa notícia é que a sustentabilidade do pescado tornouse importante na mídia brasileira e mais chefs e restaurantes, como o restaurante italiano de Jamie Oliver, em São Paulo, compram pescado de origem sustentável. É importante que os consumidores sigam este movimento para incentivar os piscicultores a cultivar mais responsavelmente e os pescadores a pescar de forma mais sustentável.

O desafio da certificação no Brasil À medida que mais cadeias de supermercados brasileiras iniciam políticas de sustentabilidade de pescado, é evidente que a oferta se tornará um problema. Mais tilápia brasileira ASC certificada será solicitada, bem como camarão brasileiro, truta e pangasius. Espécies nativas brasileiras, como tambaqui e pirarucu, estão se tornando cada vez mais populares e são produtos muito bons. O ASC começará a certificar espécies nativas brasileiras em 2021.

*Diretor da Aquaculture Stewardship Council Brasil


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Conjuntura

Acordo Mercosul e União Europeia: história finalmente feita! Por Fernanda Lemos e Jogi Humberto Oshiai*

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os anos 90, Ernesto Fraga Araújo, na época ainda um simples segundo-secretário da Missão do Brasil junto às Comunidades Europeias, participou dos estudos que levariam as negociações do futuro acordo Mercosul-UE, concluído em 28 de junho de 2019, em Bruxelas, após 20 anos com ele já na função de Chanceler.

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Parabéns ao referido Chanceler, extensivos a ministra Tereza Cristina, governo Bolsonaro e a todos amigos e colegas, especialmente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do setor privado, que durante mais de dois decênios condividiram conosco esforços que o grande público nunca terá conhecimento. Nosso maior respeito a todos eles que lutaram incansavelmente durante mais de 20 anos pelos interesses do Brasil. Na vitória do multilateralismo, nós dos agronegócios, especialmente do setor de proteínas animais, lutamos intensamente para obter cotas a altura das nossas produções e exportações que acabaram refletindo nas que foram publicadas em 1 de julho, no texto do acordo disponibilizado ao público (99 mil toneladas de carne bovina, 180 mil toneladas para aves e 25 mil toneladas para suínos). Embora estas não tenham sido preenchidas, as nossas expectativas iniciais quanto ao acordo é que este proporcionará a constituição de uma

das maiores áreas de livre comércio do mundo devido a sua importância econômica e abrangência social, aproximadamente 780 milhões de consumidores deverão ser beneficiados diretamente. Isso se deve porque ambos os blocos representam 25% do PIB mundial e o acordo abrange três pilares essenciais: diálogo político, cooperação e livre comércio. Portanto, um mercado que estará aberto às exportações inclusive a nossa pesca, piscicultura e carcinicultura, ainda que sem o benefício de cotas, desde que tenhamos condições de atender as exigências, especialmente as sanitárias da UE - isso não acontece com o setor brasileiro de suínos, que não pode ainda se beneficiar da cota prevista no acordo por não ter o nosso País habilitação para exportar este produto in natura ao bloco europeu. Segundo as estimativas do Ministério da Economia, o acordo Mercosul-UE representará um incremento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção. A participação do agronegócio neste incremento é altamente esperada, em especial por produtos diferenciados e não apenas commodities agrícolas, o que pode fazer com que nossas perspectivas alcancem valores destacados e ainda nossos

produtos sejam reposicionados no mercado global. Entendemos que existe uma grande oportunidade para as indústrias de processamento trabalharem questões de qualidade e marca para posicionar os produtos brasileiros na UE. Isso demandará um investimento interno grande cujo retorno será enorme dentro das fronteiras da UE e também em outros países que seguem seus paradigmas. Como nós temos batido na tecla há anos, temos de organizar as cadeias produtivas do nosso setor para no mínimo dobrar ou triplicar essa perspectiva no agronegócio brasileiro. A ministra Tereza Cristina, nossa representante na pesca e piscicultura, também deve nos apoiar para superar os obstáculos do nosso setor como fez para resolver os conflitos existentes para carnes de bovino, frango, suíno, etanol e açúcar, assim como a conquista que conseguiu inclusive para a nossa hortifruticultura. Temos conhecimento da processualística para terminar o texto final do Acordo assim como a aprovação dele em todos os parlamentos europeus e dos países do Mercosul. Negligenciar a existência de divergências em todos os países da UE e do Mercosul seria ingenuidade nossa, especialmente do lobby forte dos agricultores europeus contra o nosso interesse. A UE é o segundo parceiro comercial do Mercosul - o Brasil


registrou, em 2018, comércio de US$ 76 bilhões com a UE e superávit de US$ 7 bilhões. O nosso País exportou mais de US$ 42 bilhões, aproximadamente 18% do total - devemos ter a consciência de que governo e setor privado devem agir de forma ainda mais organizada e integrada para atender o lema “from farm to fork” -, para ter os futuros benefícios do Acordo que podem ser suspendidos em nome de barreiras não tarifárias fantasiadas de exigências sanitárias.

*sócios da Lemos Oshiai Consultoria e Assessoria

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E para o nosso setor e o Brasil irem para a frente manifestamos nosso desejo de aprovar as reformas necessárias para construir uma nova imagem do País e poder competir de igual para igual neste novo mercado gigantesco que é o da União Europeia.


Produção e Processamento As tendências e desafios da aquicultura, pesca e indústria

Inovação: um caminho trilhado na Embrapa Por Alexandre Freitas*

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contexto da tecnologia e da inovação no Brasil, no qual a Embrapa está inserida, mostra que o nosso País, embora tenha uma destacada produção científica, naufraga no quesito inovação. Além do baixo investimento em P&D (1,27% do PIB), temos uma pequena participação do setor privado (menos de 50%) quando comparada com outros países (em torno de 70%).

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A Embrapa se assemelha ao cenário brasileiro quanto à produção científica, obtendo um aumento de 300% no número de artigos publicados nos últimos 12 anos, mas uma participação ainda tímida na dimensão inovação, como pode ser constatado no Scimago Institutions Ranking 2018. O Balanço Social, elaborado pela empresa desde 1997, mostra que as tecnologias desenvolvidas têm gerado considerável retorno para a sociedade brasileira. Em 2018, para cada real investido na Embrapa, retornaram R$12,16 para a sociedade. No entanto, quando avaliamos o esforço em torno da inovação aberta e na parceria com setor produtivo, observamos que essa condição representava apenas 5,9% dos projetos em execução no ano de 2018. Com o objetivo de mudar esse cenário, a Embrapa vem passando por uma reformulação. Estamos mudando nossa lógica de atuação, antes embasada em modelos de

produção e oferta, para um processo mais dinâmico, que vincula a agenda corporativa da empresa às demandas do setor produtivo, com o objetivo de aumentar o impacto das nossas pesquisas e entregar mais valor para a sociedade. Os projetos agora deixam de atender às linhas de pesquisa e passam a focar em soluções para os desafios de inovação. Essas soluções, ou “ativos de inovação”, são tecnologias desenvolvidos pela Embrapa, isoladamente ou em conjunto com parceiros. Após estudos e consultas aos stakeholders, foram definidos os seguintes desafios de inovação para a aquicultura nacional: • adequar os programas de nutrição e de alimentação de tilápia, tambaqui, pirarucu e bijupirá; • aprimorar o diagnóstico a campo das principais enfermidades de organismos aquáticos de produção comercial; • diminuir a incidência de monogenoides, Streptococcus, Francisella sp. e TiLV em tilápia, acantocéfalos em peixes redondos (tambaqui e seus híbridos), neobenedenia em bijupirá e mancha branca mionecrose infecciosa e vibrioses em camarão; • eliminar a contaminação por Salmonella no tambaqui cultivado e em seus híbridos, da produção à indústria;

• melhorar a qualidade da carne de tambaqui e seus híbridos, tilápia e camarão marinho pelo controle das contaminações químicas, biológicas e ambientais nas unidades de processamento; • sanar os entraves associados à reprodução de pirarucu e camarão-da-Amazônia (Macrobrachium amazonicum) na região Norte do país; • viabilizar a adoção de plataforma digital para tomada de decisão quanto ao manejo sustentável de sistemas aquícolas em reservatórios; • viabilizar a automação da cadeia aquícola nos processos de gestão, manejo da produção, despesca e unidades de processamento; • viabilizar a produção regular de alevinos de alta qualidade de peixes da região amazônica de interesse para a piscicultura; • viabilizar sistemas de produção de camarões, algas e peixes das espécies tainha, tilápia e tambaqui em águas salobra e doce na região Nordeste do país; • viabilizar sistemas de produção de ostras, camarão marinho (Litopenaeus vannamei) e peixes das espécies bijupirá, tainha, robalo e carapeba orientados pela demanda de mercado e pela viabilidade econômica.


No caso das propriedades enquadradas como micro e pequenas empresas, com faturamento de até

R$3.600.000,00 conforme a Lei das Micro e Pequenas Empresas, a contrapartida financeira mínima do parceiro será de 10% e, para as empresas com faturamento superior, a contrapartida mínima será de 33%. A meta é que até 2022 os projetos de inovação aberta com o setor produtivo representem 40% de nossa agenda. Já iniciamos conversas com empresas do setor aquícola brasileiro interessadas nesse novo formato. Acreditamos que essa iniciativa tornará nosso relacionamento ainda mais próximo, criando uma nova cultura de inovação na aquicultura nacional. A inovação aberta é o nosso caminho!

*chefe geral Embrapa Pesca e Aquicultura

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O fortalecimento da prática de co-criação permitirá o desenvolvimento e o financiamento de soluções por meio de parceria formalizada entre a Embrapa e o parceiro comprometido com a adoção dos ativos de inovação a serem gerados. Teremos, assim, uma maior participação do setor produtivo na decisão sobre “o que” pesquisar e no financiamento de PD&I. No entanto, estão resguardadas as iniciativas de pesquisa e desenvolvimento para atender às demandas da aquicultura familiar, em que manteremos 100% de subvenção financeira da Embrapa.


Produção e Processamento

A segunda fase da piscicultura no Brasil Por Francisco Medeiros*

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correria do dia-a-dia às vezes não nos permite analisar a velocidade que estamos imprimindo no nosso negócio de piscicultura. Uma coisa é certa: nos últimos anos estamos indo rápido, aliás, muito rápido. Detalhar todos os aspectos ligados a essa mudança talvez não consigamos, mas com um pouco de conversa talvez explique melhor. Como em um jogo de videogame, a evolução se dá por fases. E sempre a primeira fase é a mais difícil, pois necessitamos conhecer todos os recursos existentes para seguir em frente sem morrer, sem sair do negócio. Depois de algum tempo jogando, conseguimos

passar para a segunda fase e, nesse momento, parece que já estamos especialistas no jogo. Para nosso desespero, porém, aparecem novos desafios e a luta continua. No entanto, temos a satisfação de já ter ultrapassado a primeira fase e sempre que recomeçamos o jogo rapidamente estamos na segunda. O interessante de tudo isso é que chegamos à segunda fase na piscicultura no Brasil e, mais especificamente, da tilapicultura. Nesta segunda fase, temos de descobrir novos produtos e estratégias para oferecer ao mercado; temos novos clientes a conquistar, pessoas que não acessavam nosso peixe, mas agora

já mostramos para eles que temos excelentes produtos, seja em qualidade e em preço. Mas não conseguimos passar para a segunda fase somente com o esforço braçal do produtor. Adquirimos armas importantes em toda a cadeia produtiva, como na ração, na qual a indústria investe em novos equipamentos, em matérias-primas mais nobres que proporcionam melhor desempenho zootécnico e melhor qualidade de água. Na ação específica de arraçoamento, novos procedimentos de manejo e equipamentos trouxeram novos recordes de produtividade. O segmento de aditivos e de sanidade proporcionam mais bem-estar e proteção a esses peixes que retornam com maiores ganhos e menores perdas.

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A genética melhora em todos os aspectos os resultados na produção. Para se fazer o manejo do dia, contamos com equipamentos, tais como selecionadoras e bombas de despesca, que antes faziam parte somente de fotos quando visitávamos a [feira] Aquasur, no Chile. Na indústria de processamento, observamos e chegada de equipamentos que estavam somente no nosso imaginário, como plantas frigoríficas automatizadas, do processamento até a embalagem. Estamos na segunda fase. Temos gama de novas ‘armas’, de novos ‘brinquedos’, mas nossos desafios estão


Continuamos apaixonados pela atividade, mas a vitória agora necessita muito mais do que paixão. Necessita-

mos de gestão, estratégia e um monte de outras palavrinhas que já fazem parte do cotidiano de outras setores do agronegócio brasileiro. Sejam todos bem-vindos à segunda fase, lembrando que o negócio não termina nesta fase: é mais uma com novas oportunidades, desafiando a habilidade de nosso empresário da cadeia produtiva da piscicultura. Essa fase nos prepara para a terceira, que ainda chegará nesta década. Vamos lutar para estarmos todos lá na próxima passagem de fase. Até lá, bom jogo a todos.

*presidente-executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR)

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cada dia maiores desde a regulação da cadeia produtiva até o consumidor final. Aliás, conquistar o consumidor é nosso prêmio. Porém, antes de encantá-lo com um pedaço de peixe em seu prato, temos de conhecer melhor o jogo, aprender com outras cadeias de proteína animal que já passaram por essa fase, aprender com os erros delas, pois muitos integrantes da cadeia produtiva, quando se deparam com um game-over, não conseguem retornar ao jogo.


Produção e Processamento

Ainda pouca evolução mensurável Por Alexandre Espogeiro*

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qui estamos novamente no Anuário Seafood Brasil. Incrível revisar nosso texto de 2018 e perceber o quanto o tempo passa e pontos apresentados naquela edição não foram resolvidos. Propomos retomar quatro pontos elencados na edição 2018 desta mesma publicação:

1. Atuns

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A pescaria de atuns por meio da agregação de cardumes sob as embarcações, pescaria de sombra ou cardume associado, foi regulamentada em 2018 pela Portaria 59-A. Até agora não estão definidos os critérios para acesso a estas autorizações e, portanto, ninguém produz atuns de forma regulamentada nesta proposta. Embarcações e tripulações desta pescaria, realizada em águas fora das 100 milhas náuticas, devem, pelas normas de navegação, ter nível de capacitação de comando e tripulações que não são observados na maioria dos casos, assim como de características de construção e equipamentos de salvatagem. Não evoluímos neste ponto e mais uma vez precisaremos de justificativas para apresentar à ICCAT. A comissão está sob pressão, pois não conseguiu aprovar em 2018 medidas de redução de capturas para a albacora bandolim (BET), contrariando aconselhamento técnico-científico. Este ano prepara análise e trará, certamente, sugestões

semelhantes à albacora lage (YFT), complicando ainda mais as pretensões nacionais de desenvolvimento, pois onde pretendemos expansão de direitos sem sustentação documental e técnica firme, os recursos biológicos demandam redução de capturas, num conflitante cenário. Este ano tivemos crises comerciais, onde grandes quantidades desembarcadas não encontravam compradores ou preço que justificassem a operação, cargas foram descartadas. Há um evidente descompasso entre oferta e demanda, e a organização desta cadeia produtiva evidentemente está vinculada à gestão governamental, a limitação de volumes e seu alinhamento com a capacidade de processamento, de número de embarcações, ao controle dos desembarques.

2. Exportações de pescado para a União Europeia Em março deste ano enviamos a 3ª Proposta de Plano de Ações em atendimento às não conformidades apontadas na auditoria de 2017, para apreciação da DG Sante. No entanto, não tivemos o aceite e a situação continua igual: não há programação de retomada de visitas ou de habilitação de estabelecimentos processadores de pescado para o mercado europeu. E está definido, deve o Brasil implantar os controles e protocolos que atendam a legislação europeia para então

procurarmos o reestabelecimento comercial nos pescados. Em 2017 foi criada no Mapa a Câmara Setorial da Produção e Indústria do Pescado. Conseguimos a aceitação e o estabelecimento, em março de 2019, de um Grupo de Trabalho dedicado ao tema União Européia, e deste GT, esperava-se uma sintonia governamental e setorial que construísse uma versão equilibrada de um Plano de Ações que pudesse ser aceita pela Autoridade Sanitária Europeia (DG Sante). Infelizmente o Plano acabou sendo enviado sem o devido consenso, e, em resposta recebida no final de junho, soubemos que o processo precisará ser retomado. Em recente workshop realizado em Itajaí (SC), entre 15 a 19 de julho, importante parte do programa fez referência ao atendimento de normas sanitárias daquele mercado. Destaque aos pontos a serem observados nos HACCPs dos estabelecimentos exportadores; às normas e controles a serem observados por embarcações fresqueiras ou congeladoras e nos pontos de desembarque. Isto, somado à recente notícia de formalização do acordo comercial Mercosul-UE, nos traz expectativas positivas em relação ao tema, mas igualmente entendemos que expectativas não geram renda ou empregos, não trazem segurança ou sustentabilidade ao negócio. É preciso um foco objetivo, técnico e uma sustentação política e diplomática eficiente para que esta situação seja revertida.


A cada ano uma grande insegurança jurídica ronda esta atividade e o que é uma riqueza natural e um processo biológico extraordinário se torna uma batalha em tribunais. Prevalece a radicalização e a participação sempre impositiva e inibidora do Ministério Público Federal, prevalece a emoção por cima de regras e autorizações e se arriscam na atividade mesmo sob vigilância de satélites.

Neste 2019 mostra com grande evidência a dependência de fenômenos ambientais-oceanográficos como gatilhos orientadores de migração e amadurecimento gonadal. Neste inverno diferente, somente em um julho já bem avançado vimos de fato cardumes grandes sendo reportados em migrações à nordeste e fica claro que a gestão de recursos deve, necessariamente, estar atrelada à natureza e não presa a calendários,

latitudes, distâncias e profundidades fixas. Mais uma vez comprovase a grande interdependência e a necessidade de pesquisas isentas que levem ao aprofundamento de conhecimento, ao prevalecer da razão e da ciência sobre o emocional que domina esta e outras pescarias Brasil afora. Temos em curso algumas ações judiciais e talvez a que mereça maior

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3. Safra de tainha


Produção e Processamento

destaque seja a ação de Improbidade Administrativa movida pelo MPF RS contra o secretário da Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Jr., e importante parte de sua equipe. Temos um secretário oriundo da pesca, foi criado neste meio, com predomínio da pesca das traineiras em Santa Catarina, igualmente tem um vínculo emocional muito forte com a atividade e o recurso tainha. Defendeu e achou argumentos para garantir uma cota de aproximadamente 1500 toneladas para a safra 2019 das traineiras industriais, mas ainda individualizaram esta cota em inicialmente previstas 30 embarcações. Ora, a armação, investimentos e o risco envolvido nesta pescaria dificilmente se justificariam se razoavelmente comparados à 50 toneladas de tainha por barco, isto num mercado complexo herdado de 2018, com ova e carcaça em estoque. Mas igualmente se viu a corrida, a aventura e certamente importantes recursos financeiros foram e ainda serão gastos em ações, em defesas, em viagens e no pagamento de multas.

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Entender que recursos aplicados em ciência e conhecimento, ano a ano, com método e dedicação, trarão subsídio à gestão eficiente, equilíbrio ao mercado e principalmente, benefícios capazes de sustentar a atividade de forma econômica, social e ambientalmente duradouras. Priorizar estes investimentos sobre os aplicados em ações judiciais é um movimento desejável.

4. Portaria 445 Segue a insegurança. Após um louvável esforço que conseguiu colocar em ambiente de harmonia, órgãos de governo, entidades setoriais artesanais e industriais, ONGs e entidades acadêmicas, o Grupo de Trabalho GT 445-MMA, o MPF- RS impetrou mais uma Ação Civil Pública, com pedido de antecipação de tutela, que questiona todo o processo e reconsideração dos

excessos e não ponderações da portaria de 2014. Isso ocorre após a publicação de algumas normas sob domínio ambiental e normas então compartilhadas SAP-MMA, com base em Planos de Recuperação trabalhados neste GT, bem às vésperas do recesso judicial de fim do ano, na passagem de 2018 para 2019, Numa rara oportunidade em que diálogo e equilíbrio pareciam ter brotado e onde as discussões foram desenvolvidas sem polarização e sob respeito institucional e pessoal, muito restando a ser feito, outra vez apareceu a judicialização, inibindo um movimento colaborativo e todos os benefícios a ele atrelados. Desde 2016, após assumir postura institucional de não judicializar e baseada em ciência e responsabilidade representativa de longo prazo , desta vez pedimos para entrar na briga, e, nesta ação movida pelo MPF-RS contra o MMA e o ICMBio, entramos como réus acessórios ou terceira parte interessada, sustentando argumentos favoráveis ao caminho trilhado, ao respeito aos atores envolvidos, aos recursos expendidos e principalmente, ao importante marco que o trabalho representa. Nosso ingresso na ação foi acatado pelo Judiciário, mesmo sob tentativa de impedimento do MPF e a liminar não foi concedida; as pescarias que estão acontecendo com base nos desdobramentos da Portaria 73 são decorrência desta interpretação, sem absolutamente nenhum relaxamento ao apregoado nas portarias de liberação das espécies e aos Planos de Recuperação a elas vinculados. A processo segue seu rito, o Judiciário tece suas considerações. Mas o trabalho do Grupo de Trabalho foi interrompido, nenhuma reunião aconteceu neste 2019. Encerrando o paralelo entre o presente e a situação levantada por este Conepe na edição 2018

do Anuário, precisamos alertar a sociedade sobre os desdobramentos do decreto presidencial que extinguiu os Comitês Permanente de Gestão. Os quatro pontos aqui elencados têm extrema dependência do restabelecimento, dentro de regras e representatividade autêntica, de ferramentas de interlocução entre reguladores e regulados, em suas variadas faces e com o envolvimento de agentes isentos da ciência e de entidades colaboradoras. A situação de momentânea inexistência desta interlocução formalmente institucionalizada é indesejada e não pode ser relevada. O caminho para o progresso dos assuntos até aqui retomados e tantos outros que rondam a SAP/MAPA, precisa estar envolto pela representatividade, pelo entendimento e pelo respeito à diversidade biológica, cultural e econômica, características e inerentes ao processo democrático que defendemos. Todos os agentes envolvidos nesta cadeia produtiva, do mais simples pescador ao consumidor mais refinado, devem este respeito e reverencia à natureza e a sua capacidade de suporte, sob este conceito teremos sucesso e um futuro pesqueiro para gerações que nos seguirem.

*Presidente do Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura (Conepe)


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 21


Produção e Processamento

O sonho que pode virar pesadelo

C

Por Eduardo Lobo Naslavsky*

ertas opiniões nem sempre agradam, mas a experiência e a vontade de juntos fazermos um setor forte às vezes nos levam a refletir e pensar sobre o futuro de maneira cautelosa. Ao nosso ver, a maioria esmagadora dos produtores de peixes cultivados com ênfase em tilápia, está sendo incentivada à produção desenfreada sem atender a critérios básicos de qualquer atividade. Ainda não sabem ou não fazem a conta do preço mínimo de venda; ainda não sabem e muitas vezes não planejam onde será processado seu pescado. Cada vez mais um produtor poderá prejudicar o outro numa corrida de superprodução, onde não há planejamento geográfico de industrialização e escoamento.

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Não precisamos ir longe, nem inventar a roda. Todo pecuarista sabe o preço que a indústria pagará no boi vivo e para qual frigorífico irá vender. Na avicultura e na suinocultura esta máxima também se repete. A inclusão do financiamento à produção de peixes no Plano Safra deve ter uma atenção especial por parte de toda a cadeia. Imaginem milhares de pequenos e médios produtores, incentivados a captar dívidas a juros

subsidiados, colocando peixe na água sem ainda uma cadeia organizada, sem a desoneração da produção consolidada, sem o planejamento de escoamento ratificado para a indústria e sem fazer a conta da viabilidade econômica considerando o preço mínimo possível. A realidade é que vender peixe vivo na porta dos cultivos é coisa cada vez mais do passado e seu preço há muito deixou de ser R$ 7,00 ou R$ 6,00 ou R$ 5,00 por quilo. Na prática, precisamos desonerar a produção e a industrialização, como, por exemplo, tornar possível a aquisição de ração com redução de impostos e a importação de máquinas e equipamentos com isenção tarifária. A redução de carga tributária ou a supressão de alguns tributos proporcionarão uma resposta positiva do setor, compensando a eventual perda de receita com encargos com um volume de produção, processamento e vendas mais expressivos. Em complemento, ainda é necessário realizar o estudo da viabilidade econômica de trás para frente: preço de venda de filés para volumes grandes => custo industrial => rendimento => preço possível a ser remunerado o produtor.

A indústria desempenha papel estratégico no setor produtivo assumindo grande responsabilidade na cadeia, seja adquirindo regularmente matéria-prima do produtor ou seja assegurando inocuidade e saúde alimentar aos produtos. Ao contrário do que está se apresentando, o fomento à produção de pescado nacional deveria ter seu escalonamento dimensionado pela indústria, por estar integrada em tempo real com a demanda de mercado e conectada diretamente com a comercialização e distribuição. O amadurecimento e a solidificação de um setor produtivo começa com a verdade e a realidade sendo expostas imediatamente para quem está prestes a investir num sonho que pode virar pesadelo.

*presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca)


Unir e fortalecer o povo das águas

U

Por Jorge Neves*

Para isso, estamos trabalhando em todas as frentes: políticas, científicas e sociais. Apoiando projetos e pesquisas, realizando parcerias, promovendo eventos e campanhas. Tudo com o objetivo de fomentar a cadeia produtiva pesqueira, que além de produzir alimentos saudáveis, emprega milhares de pessoas na nossa região, considerada o maior polo pesqueiro do País.

trabalhadores da cadeia produtiva, que envolve desde a construção da embarcação até a venda do pescado, esse número chega a 34.956 pessoas. O que por fim totaliza cerca de 80 mil pessoas que dependem indiretamente do setor pesqueiro, lembrando novamente que estamos considerando apenas os armadores e empresas associadas ao Sindipi. Esses números falam expressivamente sobre a enorme responsabilidade que temos enquanto empresários e representantes do setor. Responsabilidade esta que levo em consideração a cada tomada de decisão à frente do Sindipi, pois sei que cada ação plantada hoje é uma semente que será colhida pelas futuras gerações. Nosso papel, é fazer o melhor para essas gerações tenham tanto orgulho, como nós temos, em dizer que somos o povo das águas.

Em um levantamento feito recentemente pela Coordenadoria Técnica do Sindipi, concluímos que somente nas embarcações associadas à nossa entidade temos cerca de 3.884 pescadores empregados. Já nas indústrias de processamento associadas, são 7.207 trabalhadores. Ou seja, mais de 11 mil empregos diretos são gerados na nossa região, somente pelas empresas e armadores ligados ao Sindipi. Em uma prospecção mais ampla, se considerarmos que cada um desses trabalhadores tem, em média, uma família formada por 4 pessoas, o número de pessoas que indiretamente vivem da pesca chega a 44.364. Se considerarmos o universo de todos os

*Presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 23

nir e fortalecer o Povo das Águas: essa é a missão do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) para os anos de 2019 e 2020. Quando falo em povo das águas, me refiro a todas as modalidades de pesca e aquicultura, em todas as regiões do Brasil, pois é somente com essa união que poderemos um dia alcançar o patamar de excelência e reconhecimento que o setor tanto necessita e merece.


Produção e Processamento

Carcinicultura: desafios, oportunidades e perspectivas Por Itamar Paiva Rocha*

E

m 2003, o Brasil produziu e exportou, respectivamente, 90.190 t e 58.045 t de camarão cultivado, volumes superiores aos números reportados pelo Equador (78.500 t / 58.011 t). Inclusive ocupou a liderança mundial de produtividade setorial (6.083 kg/ha/ano) e o 1º lugar das importações de camarão pequeno/ médio dos EUA naquele ano, bem como o 1º lugar das importações de camarão tropical da UE em 2004. No entanto, em 2018, sua produção foi reduzida para 77.000 t, sem nenhu-

ma exportação, enquanto o Equador (255.370 km2 e 600 km de costa), elevou sua produção/exportações de camarão cultivado, para 508.900 t / US$ 3,235 bilhões, de um valor global de importações setorial de US$ 25 bilhões/ano. O que chama a atenção para esse exponencial desempenho do camarão cultivado do Equador é o fato de que esse montante foi superior às exportações de todo o conjunto do agronegócio de 13 Estados (AP, RO, AC, AM, PI, CE,RN, PB, PE, AL,SE, DF e RJ) do Brasil (US$ 2,795

bilhões), com 2.369.311 km2 e 2.979 km de costa, bem como o fato de que as perdas financeiras da carcinicultura brasileira no período de 2004 a 2018, comparativamente com o desempenho do Equador, foram da ordem de US$ 12,0 bilhões. Notadamente, quando se tem presente que diante da real queda de produção da China e Tailândia, em decorrência dos efeitos negativos da EMS e EHP (vibrioses), associado ao crescente apetite dos chineses por camarões, a China, visando uma maior

HISTÓRICO E PROJEÇÃO DA CARCINICULTURA BRASILEIRA ATÉ 2022 Consolidado

Estimado

250,000

200,000

200,000

150,000

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 24

150,000 100,000

120,000 90,190 60,000

65,000

2016

2017

77,000

90,000

50,000 0

2003 Fonte: ABCC/Consultor Itamar Rocha

2018

2019

2020

2021

2022


Na oportunidade, se destaca ainda que a Índia, que havia produzido 113.240 t de camarão cultivado em 2003, um pouco superior à produção do Brasil (90.190 t) atingiu um volume de 670.000 t, com exportações de 617.000 t / US$ 3,4 bilhões em 2018, passando a ocupar o 1º lugar das exportações setorial, seguida de perto pelo Vietnã e Equador, com US$ 3,3 e US$ 3,2 bilhões. Por isso, diante desses números e tendo presente o significativo avanço tecnológico da carcinicultura brasileira, dos últimos anos, mesmo diante das equivocadas e intempestivas iniciativas de liberação das importações de camarão do Equador, inclusive na contramão dos pareceres técnicos de dezenas de doutores especialistas em sanidade, bem como da PGR, há uma firme decisão setorial de aumentar a produção de camarão cultivado.

Na verdade, o Ministro Dias Toffoli, no recesso de final de ano (27/12/18), sem analisar o mérito e desconsiderando os preceitos jurídicos da IN 02/2018, revogou a abalizada decisão da Ministra Carmen Lúcia (STF) de manter a suspensão das importações de filé de camarão cultivado do Equador, condicionadas à realização de uma contemporânea Análise de Risco de Importação (ARI) e autorizou as suas importações, sem prévia ARI. Nesse contexto, na certeza de vencer mais essa querela jurídica, o foco principal do setor carcinicultor brasileiro, no contexto do retorno às exportações, será, sem dúvida, o mercado da China e da Coreia do Sul. Isso, tendo presente que o Brasil tem condições de produzir e atender às crescentes e insatisfeitas demandas das bases consumidoras chinesas, por camarões inteiros nas classificações pequeno (100-120) e médio (80-100), diferentemente do Equador, principal fornecedor de camarão cultivado da China, com camarões nas classificações (50-60 / 40-50), atendendo consumidores das classes médias e altas. Em 2019, depois de vários anos sem financiamentos, os carcinicultores brasileiros passaram a contar com o apoio financeiro do BNB/FNE e do BB/BNDES para investimento tanto nas adequações técnicas como para novos empreendimentos, visando o

*assessor especial da ABCC

imediato incremento da produtividade e da produção setorial, tendo presente o retorno do camarão brasileiro ao promissor e expressivo mercado (US$ 25 bilhões/ano) internacional. Claro que, ao se levar em conta que a base da pirâmide produtiva da carcinicultura marinha brasileira é formada por micros e pequenos empreendimentos (75%), seguidos por médios (20%) e grandes (5%) produtores, o desafio presente será a organização da rede de assistência técnica e capacitação setorial, o que passa necessariamente, pela seleção e fortalecimento de empresas âncoras, a exemplo do vitorioso sistema operacional utilizado pelos setores da avicultura e suinocultura brasileiros.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 25

competitividade das importações, reduziu o imposto de importação de camarões de 5% para 2% em 2017. Como resultado, as suas importações de camarão cresceram de tal ordem que já ameaçam a liderança dos EUA e da própria União Europeia (28 países), com projeções de atingir 800.000 t em 2019, tendo com destaque, o fato de os chineses (2,4 bilhões de habitantes) já assumiram a liderança mundial de consumo per capita (2,6 kg) de camarão marinho.


Produção e Processamento

O pescado no novo governo Por Thamires Quinhões*

C

om a eleição de Jair Bolsonaro, um clima de euforia tomou conta de parte do Brasil e com a classe empresarial não foi diferente. O momento político favorável se alinhou à postura voltada ao liberalismo na economia, inédita no País, onde se ressalta a importância da abertura econômica para ampliar a participação dos produtos brasileiros no comércio mundial. Além disso, o avanço positivo da Reforma da Previdência no Congresso Nacional renova o fôlego para que a economia cresça em 2019, uma vez que a sua aprovação trará a segurança necessária para o aumento dos investimentos, internos e externos, e para o retorno das contratações e, consequentemente, do consumo.

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Ainda do ponto de vista político, destaca-se o trabalho que a Abrapes e outras entidades do setor têm realizado com vistas à sensibilização de parlamentares aos gargalos da cadeia do pescado, angariando apoio para a criação de políticas públicas que fomentem o crescimento e elevem o setor a um lugar de destaque dentro do agronegócio do País. Com relação ao Ministério da Agricultura (Mapa), as recentes missões da Ministra Tereza Cristina trouxeram avanços nas negociações em andamento com a China e com a União Europeia. Com relação à missão à China, a Abrapes pode se fazer presente e podemos afirmar que foi estabelecido um diálogo bilateral intenso. Como resultado, a autoridade chinesa encaminhou ao Mapa respostas às notificações recebidas relativas às empresas chinesas – etapa importante para a recuperação do prelisting (habilitação por indicação da autoridade sanitária, sem a necessidade de missão), o que beneficiará também as exportações brasileiras. No que tange à União Europeia, ressalta-se a assinatura do Acordo Mer-

cosul-União Europeia, que estabelece desgravação imediata para a maioria dos produtos pesqueiros. O acordo necessita ser aprovado pelo Parlamento dos países membros para entrar em vigor. Este ano está sendo marcado pela elaboração de novos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQ), como o RTIQ de peixe salgado, publicado em janeiro, e os RTIQs de camarão e de lagosta, que devem ser publicados em breve. Com a publicação de Regulamentos Técnicos a aprovação de registros de produtos passa a ser automática. Um outro assunto de grande importância para o setor é a aprovação de uma lista de aditivos e coadjuvantes de tecnologia para pescado. Sobre esse tema, no final de junho terminou o período de Consulta Pública estabelecido pela Anvisa. A Abrapes encaminhou em conjunto com os demais membros da Câmara Setorial da Produção e Indústria de Pescado uma única contribuição. A publicação da lista, considerando o exposto pelas entidades em apreço, representará um grande avanço para a cadeia.

pescado. O desenvolvimento de manuais e de treinamentos para a padronização de ações são medidas que necessitam ser tomadas para minimizar esse problema e aumentar a segurança jurídica – essencial para os empresários desenvolverem os seus negócios com o devido amparo. Convém sublinhar também a importância da antiga Semana do Peixe, agora Semana do Pescado para o setor. Neste ano, com uma proposta inovadora, a campanha se inicia com força total. Essa iniciativa é extremamente eficaz em aprofundar o diálogo da cadeia com o consumidor e deve ser a cada ano mais fortalecida para que tenhamos êxito no aumento do consumo. À luz do exposto, este é um ano de construção de um crescimento sustentável e duradouro. É preciso usufruir dessa oportunidade de ter a alta gestão do governo a nosso favor e alavancar a cadeia, por meio da implantação de políticas de fomento e de medidas desburocratizantes, que simplifiquem processos e impulsionem o setor.

Ademais, a liberação das importações de camarão da Argentina em junho último significou o término de uma barreira não tarifária vigente desde 2013 e contribui para a melhoria da imagem do Brasil perante os seus parceiros comerciais – dado que o impedimento do comércio por questões comerciais causa danos às relações bilaterais, além de ir de encontro com o disposto pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Por outro lado, os estabelecimentos ainda sofrem com a falta de isonomia nos procedimentos de fiscalização e de inspeção, ocorrendo diferenças de interpretação das normas atinentes a

* Diretora-executiva da Associação Brasileira de Fomento ao Pescado


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 27


Comércio e Consumo A visão de quem exporta, promove ou comercializa

Comunicação é chave para vender mais peixe nos supermercados Por Marcio Milan*

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 28

A

seção de peixaria é muito relevante para o autosserviço brasileiro, tendo movimentado R$ 2,5 bilhões nas lojas do setor no ano passado, de acordo com o mais recente Ranking Abras/SuperHiper, divulgado em maio. E a boa notícia é que o canal supermercado tem potencial para ampliar sua participação nas vendas de pescado e, consequentemente, contribuir com o aumento do consumo per capita no País.

oportunidades para o setor de pescado, afinal, uma dessas escolhas é por proteínas mais acessíveis e estas estão disponíveis nas peixarias dos supermercados.

Podemos, diante dessa perspectiva, listar três fatores que se traduzem em oportunidades para o setor de pescado e para os supermercados. Um deles é a crescente preocupação dos brasileiros com a saúde. Nunca a palavra “saudabilidade” foi tão pronunciada, ouvida, escrita e lida no Brasil, e é fato que este movimento está apenas começando e deve ser muito bem explorado.

A comunicação possui várias vertentes e, quando falamos deste tema, diversas são as possibilidades e caminhos. Fato é que o consumidor ainda tem dificuldades de escolher seu peixe, por falta de hábito ou de conhecimento. Assim, varejo e fornecedores devem se unir no sentido de compartilhar mais informações com o shopper, que é o responsável pelo ato da compra, principalmente em relação aos benefícios e origem dos produtos.

Ele, a propósito, está associado a um segundo fator, que é o amadurecimento da população. Em 11 anos, o Brasil já será um país predominantemente de idosos, fato que tende a estimular ainda mais o consumo de alimentos mais saudáveis, como é o caso dos peixes. Outra questão diz respeito à relação entre o cenário econômico e o comportamento do consumidor, que segue cauteloso nos pontos de venda. Apesar de estarmos no processo de retomada da economia, o brasileiro segue fazendo escolhas e isso pode se traduzir em

Para que supermercados e o setor de pescado capitalizem essas e outras oportunidades é preciso aprimorar uma importante e indispensável ferramenta: a comunicação. Essa é a chave para que o autosserviço venda mais peixe e ajude no aumento do consumo desta importante proteína.

Informar é educar e isso é fundamental para a sustentabilidade de qualquer cadeia produtiva. Portanto, é preciso falar de peixe, seja por meio de materiais informativos, sinalizações nas lojas, ações promocionais nos pontos de venda, destaques nos tabloides, campanhas especiais, comunicação visual, dentre outras iniciativas que reforcem, constantemente, todos os benefícios envolvidos no consumo de peixe.

Como já mencionei, também é necessário informar ao consumidor a origem do peixe que ele compra. Nesta seara, a rastreabilidade também é uma vertente da comunicação — certamente a mais complexa, desafiadora e necessária. Afinal, o consumidor tem direito à informação sobre a origem dos alimentos que consome e essa é uma demanda crescente em nossa sociedade, tanto que outras cadeias produtivas, como as de vegetais frescos, estão com um padrão de comunicação mais avançado neste sentido por causa de recentes normativas que entraram em vigor. Essa é uma questão que deve ser tratada como prioridade pela indústria de pescado. Em resumo, a informação é chave para comunicar, educar e gerar mais transparência à cadeia produtiva de peixes, o que se refletirá no consumo e na geração de riquezas para este setor e para o varejo.

*superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)


A nova realidade do food service no País e o papel do pescado

A

Por Cristiano Melles*

Com o setor estagnado, empresários e gestores precisaram apostar na criatividade e nas novidades para se adequar, inovar, atrair clientes e manter as receitas. Junto ao já conturbado cenário do País, outro ponto de atenção para a alimentação fora do lar foi a transformação dos hábitos de consumo dos brasileiros. Grande parte da população busca hoje opções mais saudáveis nas dietas. Foi neste contexto em que o pescado, que já tinha um importante destaque no segmento, ganhou ainda mais atenção. A busca dos consumidores por opções mais saudáveis impulsionou a adesão dos food services a esses

produtos. Até então classificados como opções para um público de maior poder aquisitivo, os restaurantes começaram a encontrar formas mais simples de inserir os itens no cardápio, agregando valor aos pratos, sem precisar mexer nos preços. O aumento da procura fomentou a produção, que tem crescido na casa dos dois dígitos ano a ano desde 2014, cenário que tende a se manter. Dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontam um crescimento no consumo total de pescado de 33% até 2030, apenas na América Latina e Caribe. Esse crescimento também trouxe à luz a questão do pescado no País, com importantes iniciativas para melhorar cada vez mais os processos dessa cadeia – da água à mesa dos brasileiros. À parte da criatividade com a mão na massa, o ambiente de negócios também começa a dar sinais de uma melhora positiva em relação à economia e à política. A MP 881, conhecida como MP da Liberdade Econômica, é uma conquista importante para desonerar o setor e colocá-lo de volta aos trilhos do crescimento. Outro ponto importante para o setor é a reforma da Previdência, que certamente irá injetar mais ânimo no segmento.

Ainda assim, é cedo para previsões numéricas. Mas já é possível afirmar que haverá uma melhora em relação aos últimos quatro anos. A ANR, que vem trabalhando fortemente junto às principais esferas políticas, acredita em um futuro positivo, com uma retomada gradual de todo o segmento. A entidade acredita também que exemplos como o da piscicultura serão importantes para contribuir com a elevação dessas receitas. O país mudou, os consumidores têm novas expectativas e para a alimentação fora do lar não restam alternativas se não se adequar a essas novas realidades de maneira inovadora e proativa. E o pescado é fundamental para navegar neste novo oceano.

*presidente da Associação Nacional de Restaurantes (ANR)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 29

alimentação fora do lar sempre foi um segmento fundamental para a economia brasileira. O setor, que movimenta bilhões de reais todos os anos, também é um dos que mais emprega no país, representando cerca de 6 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos. Mas o cenário positivo que vinha acompanhando o food service há quase uma década foi diretamente impactado pela recessão econômica que o Brasil enfrentou nos últimos anos. O aumento do desemprego também alterou a dinâmica do consumo, representando um ponto de atenção de todo o mercado.


Comércio e Consumo

Oferta argentina de origem selvagem: camarão e merluza Por Karina Solá*

O

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 30

Brasil é um dos principais aliados comerciais da Argentina e, em termos de produtos pesqueiros, a ligação entre os dois países continua amadurecendo e se aprofundando. Nesse sentido, um passo muito importante foi a recente decisão judicial suspendendo a medida cautelar que, desde outubro de 2013, proibia a exportação de camarão e camarão para o Brasil. O acórdão do Tribunal de Primeira Instância é de grande relevância, pois se baseia no trabalho científico realizado de forma colaborativa entre os dois países, demonstrando que as importações de camarão e camarão da Argentina não representam risco efetivo para o Brasil.

Esse fato gera expectativas pois permite incentivar uma nova oportunidade de crescimento para o vínculo comercial. A oferta de camarões argentinos (Pleoticus muelleri), reconhecida internacionalmente por ser de origem selvagem, 100% natural e capaz de abastecer mercados grandes e exigentes como Espanha, China, Itália, Estados Unidos e Japão, permitiria acompanhar o aumento da demanda e preferência dos consumidores brasileiros pelos produtos do mar argentino. A Argentina é um dos principais mercados de origem dos produtos da pesca que entram no Brasil. Em 2018, apesar de uma queda nas vendas de filés de merluza, nosso país teve uma participação próxima a 77% do total de

importações correspondentes a esse item. Desta forma, os filés comuns de merluza (Merluccius hubbsi) são o produto mais relevante que a Argentina oferece ao Brasil e o mercado brasileiro tem sido historicamente seu principal comprador. No ano passado, após o crescimento de 50% alcançado em 2017 pelas exportações dessa espécie para o Brasil, as vendas foram reduzidas em 15% em dólares e 18% em volume. Embora esta diminuição possa ser parcialmente explicada por uma diminuição nos desembarques gerados pela orientação da frota para a captura de outras espécies, um fator relevante são as dificuldades associadas à implementação dos regulamentos que estabeleceram novos parâmetros físico-químicos para entrada de peixe congelado para o mercado brasileiro. Esta medida atualmente se apresenta como um desafio para a agenda bilateral relativa ao comércio de produtos da pesca. Devemos continuar a trabalhar em conjunto entre o setor privado, organizações de pesquisa, instituições de saúde e áreas governamentais de ambos os países, para realizar mecanismos de controle baseados em padrões que reflitam fielmente as condições de segurança dos produtos capturados no setor. mar e a qualidade pela qual são reconhecidos mundialmente. O mercado brasileiro e os consumidores encontram na Argentina produtos de oferta de pesca que atendem a


A Argentina possui uma área de pesca de grande riqueza em peixes brancos, moluscos e crustáceos. Sua extensa plataforma continental e sua localização ao sul favorecem a preservação da pureza de suas águas e um ecossistema com alta biomassa na maioria de suas espécies. Para além destas qualidades naturais e plenamente

consciente da grande riqueza deste mar e do valor dos seus produtos da pesca, a política de pescas argentina centrou-se numa gestão orientada para a administração sustentável dos recursos, com vista a minimizar os efeitos que a atividade pesqueira pode ter sobre os outros componentes do meio ambiente, tornando seu desenvolvimento máximo compatível com o uso racional dos recursos vivos e sua conservação a longo prazo. Este conjunto de condições define a identidade da pesca argentina e são aquelas que o Conselho Federal Pesqueiro (CFP) procura destacar através do lema “Mar Argentino, selvagem e austral” que acompanha a oferta exportável de produtos pesqueiros nacionais.

*Coordenadora institucional do Conselho Federal Pesqueiro

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 31

diferentes exigências. Por um lado, a qualidade e frescor, garantidas pela origem selvagem das espécies do nosso mar e pelas suas condições de captura e produção. Por outro lado, a possibilidade de adquiri-los facilmente e a preços competitivos, o que faz do peixe argentino uma opção acessível e saudável.


Comércio e Consumo

Salmão chileno no Brasil: recuperação e posicionamento Por Arturo Clement *

O

Chile é o segundo maior produtor de salmão do mundo (28%) e o principal produtor do Hemisfério Sul. A Noruega, maior produtora mundial (54%), aloca suas exportações para o mercado local e para a Europa, continente que responde por 90% de suas exportações. O Chile, ao contrário, exporta produtos para mais de 100 destinos em todo o mundo, com foco nos mercados do Japão, EUA e Brasil, sendo caracterizado por outros produtores por oferecer uma parte importante de sua produção em apresentações de múltiplos valores agregados.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 32

Os EUA, Japão e Brasil lideram os três destinos de exportação de salmão do Chile para o mundo, representando juntos 63% (ano de 2018), dos quais as exportações para o Brasil representam 15% do total exportado. As exportações para o Brasil aumentaram 92% no período total da campanha do salmão chileno neste mercado entre os anos de 2011 a 2018. No ano passado, o volume exportado teve uma queda de 8%, dada a contração geral da economia no Brasil (2 anos de recessão durante o último projeto de campanha e instabilidade política marcaram os últimos anos). Depois de quase oito anos de implementação de campanhas no

Brasil, a marca chilena Salmon de Chile conquistou um importante valor para a indústria, com a marca de 47% de lembrança hoje entre seus consumidores-alvo. Essa experiência nesse mercado levou a indústria a começar a construir marcas em outros mercados, como os Estados Unidos e, no futuro próximo, na China. E, precisamente, dados os bons resultados da marca no Brasil, o setor de salmão chileno tem uma firme convicção sobre a necessidade de continuar com a campanha e solicitar sua renovação por mais dois anos ao ProChile, que co-financia a campanha.

Em outro aspecto, a indústria está trabalhando duro para continuar a dar valor ao salmão chileno, a partir do compromisso com a sustentabilidade. Como uma indústria, estamos preocupados com a mudança climática e seus efeitos ambientais e sociais, e é por isso que estamos disponíveis para discutir e avançar com soluções realistas nesta área, é claro, começaremos a medir e reduzir nossa pegada de carbono, que é a menor de indústrias de proteína animal.

Temos a convicção de que o mercado brasileiro recuperará sua força econômica e que sua classe emergente retornará para recuperar o poder de consumo que tinha antes da crise, para voltar a retomar os hábitos de consumo anteriormente adquiridos. Um crescimento do PIB de 2,1% já está projetado para o ano de 2019 e de 2,3% para o ano de 2020. O potencial de recuperação da classe média uma década após a criação do termo “nova classe média” já está começando visualizar com um crescimento entre 2017 e 2018, passando de 50% para 51% da população e somando mais de 2 milhões de pessoas.

* presidente do SalmonChile


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 33


Comércio e Consumo

Equador: uma pequena grande potência

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Por Danilo Albán*

linha costeira do Equador é de apenas 640 quilômetros, porém, o mar pacífico equatoriano é demasiadamente rico em espécies e o setor pesqueiro e aquícola é um dos mais pujantes da economia nacional. Em 2018 foi o setor que teve as maiores exportações não petroleiras. No ano passado, o Equador exportou US$ 4,892 bilhões em produtos da pesca e aquicultura só o petróleo superou esta cifra.

tações, fazendo com que o produto se encontre nas prateleiras de vários varejistas.

Ao longo das últimas duas décadas o Equador tem se consolidado como um importante fornecedor a nível mundial de atum, camarão e peixes brancos, frescos ou congelados.

Atualmente, as técnicas e os processos de aquicultura aplicadas no Equador são uma referência internacional e o camarão equatoriano é reconhecido como da mais alta qualidade do mundo, não somente pelo seu sabor, textura e tamanho, mas também pelas suas características nutricionais e rastreabilidade. Este conceito envolve a cadeia toda desde a reprodução das larvas até o consumo, assegurando um produto final de alta qualidade e livre de antibióticos.

A indústria pesqueira de atum é uma das mais tradicionais e bem consolidadas do setor, com uma capacidade de produção de 500 mil toneladas por ano, principalmente das espécies skipjack, yellowfin e bigeye. Equador é o segundo maior exportador de atum em conserva em nível mundial; no ano 2018 vendeu ao exterior um total de 236.652 toneladas e US$ 1,151 bilhões deste produto, principalmente para Espanha, Colômbia e Estados Unidos. Mesmo que o Brasil não seja um dos maiores parceiros comerciais do atum em conserva, o intercâmbio dele é bastante dinâmico e representa um mercado de oferta e demanda bem consolidado. No ano passado, Equador exportou para o Brasil US$ 29 milhões em diferentes apresen-

Já o setor aquícola representa uma história emblemática de sucesso para o Equador; após superar a crise da doença da mancha branca que afetou os cultivos na final da década dos 90, o setor do camarão se recuperou e retornou com maior força e tem se posicionado como o mais importante nas exportações do país.

exportações de merluza têm aumentado para o mercado brasileiro, que atualmente constitui um dos principais destinos deste produto, junto a Rússia e Estados Unidos. Entre janeiro e maio de 2019, foram exportadas mais de US$ 4 milhões de merluza para o Brasil, um importante crescimento com relação a 2018. Este peixe equatoriano reconhecido por um alto valor proteico também é pescado respeitando regras de sustentabilidade internacionais. O escritório comercial da ProEcuador é uma instituição do governo do Equador com sede em São Paulo que fornece informação direta para os importadores brasileiros sobre as empresas equatorianas habilitadas para exportar ao Brasil produtos do mar, ou seja, empresas certificadas que possuem registro no Dipoa e, portanto, aprovadas pelo Mapa.

Atualmente, Equador é o segundo maior exportador do camarão do mundo, no ano 2018 foram exportadas 506.160 toneladas e US$ 3,248 bilhões do crustáceo. O mercado para a importação de camarão equatoriano foi recentemente aberto no Brasil e o produto está ingressando normalmente aos portos brasileiros. A pesca de peixes brancos abrange principalmente o dourado do mar, a merluza, peixe-espada. Em 2018, o setor exportou 84.173 toneladas e US$ 310 milhões, seja nas modalidades fresca ou congelada. As

*Diretor do ProEcuador em São Paulo


Alasca: o caminho compartilhado entre pesquisa e captura Por Michael Kohan*

Então, o que o modelo de gestão sustentável realmente contém? Bem, a história desempenha um papel importante na forma como o Alasca desenvolveu seu modelo de sustentabilidade. Como o pescado capturado foi reconhecido como criticamente importante para o crescimento do Estado recém-adotado em 1959, o Alasca citou autoridade constitucional para o gerenciamento de recursos renováveis ​​que pertencem ao Estado. Especificamente, “peixe… deve ser utilizado, desenvolvido e mantido no princípio do rendimento sustentável…” Exclusivo na Constituição do Alasca, o princípio do rendimento sustentável é um conceito de gestão segundo o qual o número de peixes que podem ser extraídos em determinadas condições ambientais não reduzirão a base dos estoques pesqueiros, criando um sistema de recursos naturais auto-renovável. Nas águas do Estado, o Departamento de Pesca e Caça do Alasca (ADFG) administra a pesca com a função de equilibrar as necessidades de subsistência, pesca esportiva e colheitas comerciais, bem como conduzir avaliações de habitat para conservar ambientes saudáveis ​​para os recursos pesqueiros. A gestão dos peixes, crustáceos e moluscos colhidos nas águas do Estado

é um processo público conduzido pelos diferentes grupos de usuários no Alasca. As comunidades no Alasca elegem comitês consultivos regionais para transmitir a voz do público em questões para o Board of Fish, um painel de assessores de recursos eleito pelo governo. Em 1976, a Lei de Conservação e Gestão da Pesca Magnuson Stevens (MSA) foi adotada pelo governo dos EUA. A MSA criou os conselhos regionais de gestão de pescas e as pescarias federais do Alasca são geridos pelo Conselho de Gestão das Pescas do Pacífico Norte (NPFMC). Este conselho desenvolve planos de manejo pesqueiro e objetivos de pesquisa para frutos do mar do Alasca extraídos pelo governo federal. Os biólogos da Administração Oceanográfica e Atmosférica Nacional (NOAA) conduzem pesquisas e projetos regionais de pesquisa para gerar avaliações de estoques e relatórios de avaliação da pesca para fornecer a melhor ciência disponível ao comitê científico e estatístico que apóia, no final das contas, os tomadores de decisão no NPFMC em relação às decisões de cota de captura.

ram em modelos para estimar a dinâmica da população e dos ecossistemas. Um conjunto crítico de dados nesses modelos são os dados de séries temporais que monitoram a bacia para mudanças no clima e no ecossistema em escala local ao longo do tempo, sem excluir dados de conhecimento sociocultural, econômico e tradicional. O investimento das agências estaduais e federais em pesquisa para coletar dados é uma prioridade para apoiar a conservação e o gerenciamento dos recursos marinhos do Alasca. Então, o que o modelo de gestão sustentável realmente contém? Como se pode ver, é um sistema abrangente e colaborativo com uma estrutura adaptável a mudanças nos problemas das partes interessadas, bem como na dinâmica do ecossistema. É crítico para as práticas de manejo sustentável da pesca no Alasca o apoio à pesquisa em andamento para obter a melhor ciência disponível que apoie a tomada de decisões políticas para conservar os recursos de frutos do mar do Alasca para as próximas gerações.

O processo do conselho é transparente, permitindo que o público, incluindo pescadores, membros da comunidade e outros grupos de usuários, testifique e expresse suas preocupações sobre certas decisões de alocação e cota. Não só as pescarias federais são monitoradas durante a temporada, todas as espécies que são coletadas na captura, incluindo as espécies não-alvo, são contabilizadas por cientistas a bordo que são observadores terceirizados relatando dados para a NOAA. E, finalmente, para abordar a necessidade de estratégias e pesquisas em torno de um ambiente marinho em mudança, os cientistas combinam dados de múltiplas plataformas e os incorpo-

*diretora técnica do Alaska Seafood Marketing Institute

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 35

O

Alasca tem a indústria de pesca comercial mais produtiva dos Estados Unidos, produzindo mais volume de captura do que todos os outros Estados juntos e considerada um modelo para o manejo sustentável. Os esforços dos biólogos, gerentes e formuladores de políticas da região ajudam a garantir estoques saudáveis e ​​ pescarias produtivas para os pescadores do Alasca e para as empresas que dependem de suas capturas.


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 36


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 37


Estatísticas

Conjuntura

Os números gerais que afetaram a trajetória do setor entre 2018 e 2019

À

flor da pele. É assim que se comporta a economia mundial no atual contexto da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. Enquanto a gestão Trump - com a qual o presidente Jair Bolsonaro demonstra ter um alinhamento automático - aprofunda sanções comerciais contra os chineses e uma política de sobretaxas, o governo comandado por Xi Jinping não deixa por menos: desvalorizou sua moeda em níveis inéditos para tornar mais competitivas as exportações e cortou importações de commodities norteamericanas. O reflexo da queda

de braço é um temor mundial de desaceleração global: os analistas já vislumbram um crescimento mundial nesta década que representará 1/3 do que o mundo cresceu na década passada. A guerra comercial, no entanto, também abre oportunidades a potências agrícolas como o Brasil, que são naturalmente alçadas à condição de fornecedores substitutos dos EUA em diversos segmentos. No âmbito doméstico, nem a galinha voa. O termo dado pelos economistas para uma rápida reação da economia seguida de uma queda brusca não se

aplica ao que ocorre agora. Com um Parlamento focado na aprovação das reformas como plataforma política, cada vez mais desconectado do Executivo e sua agenda diversionista, o Brasil ainda assiste ao PIB patinando em meio à instabilidade política. O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu paciência com os resultados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, uma espécie de “prévia” do PIB, que recuou 0,13% no segundo trimestre. Até para quem votou na mudança para o paradigma liberal, no entanto, paciência tem limite.

Euro

4.000

3.823

4.515 3.912

4,776 4.334 4.099

3.769

4.287 3.772

4.423 3.889

4.280 3.748

4.219 3.716

4.341

4.380

3.840

4.474

3.899

3.997

Maio

4.470

Dólar

Abril

5.000

4.367 3.867

3.000

2018

2019

2.000

1.000

Junho

M\arço

Fevereiro

Janeiro

Dezembro

Novembro

Outrubro

Setembro

0

Agosto

A análise ainda não capta os reflexos da desvalorização cambial do yuan, na China, e da eleição na Argentina, cujas primárias apontavam favoritismo do candidato Alberto Fernández, apoiado pela ex-presidente e agora candidata a vice, Cristina Kirchner. Em meados de agosto, o dólar voltou a bater R$ 4,00, o que não acontecia desde setembro de 2018, período pré-eleitoral. A eleição de Jair Bolsonaro e a aprovação da Reforma da Previdência trouxeram certa trégua, que no segundo semestre de 2019 já parece se distanciar novamente.

Julho

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 38

VARIAÇÃO CAMBIAL 2018 - 2019 (JULHO - JUNHO)


Período de vigência

ÍNDICE DE INCERTEZA DA ECONOMIA BRASIL FGV | PONTOS 130 125 121.5 120 115

119.1

114.2 110.3

111.7

113

111.5

111.3

110

2018

105

119.5

109.2

Junho

Maio

Abril

M\arço

Fevereiro

Janeiro

Dezembro

Novembro

Outrubro

Setembro

95

Agosto

Tx. ao ano %

6.0 6.5 6.5 6.5 6.5 6.5 6.5 6.5 6.5

6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4

Fonte: Banco Central

2019

100

Julho

Meta % ao ano

O Banco Central surpreendeu o mercado financeiro e inaugurou uma nova trajetória de queda dos juros básicos da economia (Selic) na esteira da aprovação da Reforma da Previdência. Há um ano estagnada em 6,5%, a meta caiu para 6% na mais recente reunião do Comitê de Política Monetária e deve estimular a captação de empréstimos junto aos bancos, favorecendo a expansão programada do setor. No gráfico ao lado, chama a atenção a escalada do índice de incerteza da economia medido pela FGV no início do ano, que se deveu ao temor de que as reformas não seriam aprovadas no ritmo que se esperava após as Eleições Gerais de 2018.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 39

115.7

117.3

01/08/2019 - 21/06/2019 - 31/07/2019 09/05/2019 - 20/06/2019 21/03/2019 - 08/05/2019 07/02/2019 - 20/03/2019 13/12/2018 - 06/02/2019 01/11/2018 - 12/12/2018 20/09/2018 - 31/10/2018 02/08/2018 - 19/09/2018

Taxa SELIC


Estatísticas

Conjuntura PIB TRIMESTRE X TRIMESTRE (%) | 2017 A 2019 A agropecuária perdeu o ímpeto de salvar a economia brasileira ao longo de 2017, chegando ao seu pior desempenho do PIB trimestral em Jan-Mar de 2018. Depois de reagir levemente em 2018, caiu 0,5% já nos primeiros três meses de 2019 por conta da quebra na colheita da soja. A indústria ainda sonha com dias melhores e oscila entre o Zero e o desempenho negativo, enquanto os serviços mostram ligeira recuperação.

20.00

15.00

PIB a preços de mercado Agropecuária

10.00

Indústria

5.00

Serviços

0 -5.00 Jan-Mar

Abr-Jun

Jul-Set

Out-Dez

Jan-Mar

Abr-Jun

Jul-Set

Out-Dez

Jan-Mar

INFLAÇÃO MEDIDA PELO IPCA (%) | SÉRIE HISTÓRICA: 2018 - 2019 (JUL A JUN) Ano

2018

2019

Mês Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun

No mês No ano Acum. 12 meses 0.33 2.94 4.48 -0.09 2.85 4.19 0.48 3.34 4.53 0.45 3.81 4.56 -0.21 3.59 4.05 0.15 3.75 3.75 0.32 0.32 3.78 0.43 0.75 3.89 0.75 1.51 4.58 0.57 2.09 4.94 0.13 2.22 4.66 0.01 2.23 3.37

Se a economia não gira e os juros permanecem quase intocados, não há grandes movimentos no âmbito da oferta e da demanda. Embora haja exceções motivadas por quebra de safra, os preços em geral permanecem estáveis e a inflação controlada no patamar de 4% no acumulado de 12 meses. Alimentos e combustíveis mostram tendência de queda, o que deve manter o cenário de calmaria no IPCA. Por outro lado, a falta de lubrificante na roda da economia ainda penaliza a geração de postos de trabalho. Junho de 2019 registrou 13 milhões de desempregados (12,3% da força de trabalho total), depois de chegar em março à maior taxa desde março de 2018.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

POPULAÇÃO X DESEMPREGO (MILHARES) | 2017 A 2019 20,000

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 40

Desocupadas Ocupadas Agricultura Indústria

15,000 10,000 5,000 0

1º trimestre

2017 Força de trabalho total

102.684

2º trimestre 2015 3º trimestre

4º trimestre

1º trimestre

2017

2017

2017

2018

103.298

103.859

104.037

103.907

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral

2º trimestre 2016 3º trimestre

4º trimestre

2018

2018

2018

103.864

104.783

104.888

1º trimestre 2017

2019

105.250


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 41


Estatísticas

Produção A aquicultura e a pesca em números

A

trajetória de ascensão da piscicultura parece irrefreável, apesar de um cenário político-econômico tão adverso. A continuar neste ritmo, a produção em cativeiro pode chegar

bem próximo das 800 mil toneladas - o que posicionaria o Brasil como a 11ª potência mundial do segmento. Não podemos fazer qualquer macroanálise sobre a pesca marinha e continental, já que não há dados oficiais consolidados

desde 2013, mas a julgar pela tendência de estagnação das capturas e pela informalidade, podemos imaginar que estamos próximos a 1,6 milhão de toneladas de pescado produzido em território nacional no ano passado.

PRODUÇÃO DE PESCADO NO BRASIL ATÉ 2018*

Pesca Continental

Pesca Marinha

Aquicultura Continental

Aquicultura Marinha

800.000 691.700 638.000 585.672

578.800

583.563 536.455

600.000

530.679

526.732

552.620

722.560

640.510 552.620

552.620

239.646

239.646

80.829

85.941

552.620

552.620 394.340 400.000

337.353 239.492

248.911

350.647

384.781

392.492

234.719

236.551

238.555

87.824

98.729

84.029

239.646

239.646

239.646

200.000 78.296

85.059

107.092

107.092

77.000

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 42

0

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

Pesca Continental

239.492

248.911

234.719

236.551

238.555

239.646

239.646

239.646

239.646

239.646

Pesca Marinha

585.672

536.455

530.679

583.563

526.732

552.620

552.620

552.620

552.620

552.620

Aquicultura Continental

337.353

394.340

350.647

384.781

392.493

578.800

638.000

640.510

691.700

722.560

Aquicultura Marinha

78.296

85.059

87.824

98.729

84.029

107.092

97.064

80.829

85.941

77.000

1.240.813,2

1.264.764,9

1.203.869,2

1.303.624,1

1.241.807,7

1.478.157,7

1.527.329,6

1.513.604,5

1.569.907,3

1.591.825,9

TOTAL GERAL

*Os últimos dados oficiais sobre a produção pesqueira e aquícola nacional foram divulgados em 2013. Desde então fazemos uma projeção baseada em: a) estagnação da produção pesqueira nacional (dados em vermelho); b) projeção da aquicultura continental com dados da PeixeBR (grifados em amarelo) e c) projeção da aquicultura marinha com dados da ABCC (camarão) e PPM/IBGE (ostras e mexilhões) (grifados em amarelo). Para 2018, no caso da aquicultura marinha, consideramos apenas os dados da carcinicultura fornecidos pela ABCC.

Após mais um ano sem dados das capturas consolidados oficialmente, seguimos com três fontes principais para a piscicultura (IBGE e PeixeBR) e para a carcinicultura (IBGE e ABCC). A piscicultura nacional, puxada pela crescente popularização da tilápia em número cada vez maior de pólos produtivos, chegou a 722,5 mil toneladas, um recorde histórico. Em 10 anos, a produção mais que dobrou, mas o desempenho trouxe problemas de excesso de oferta. O mercado já não absorve tanto peixe, o que desestimula alguns novos entrantes e diminui os povoamentos - sugestão de aumento de preços em um futuro breve. Já a carcinicultura parece ter encontrado um novo rumo pós-mancha branca e a projeção de produção da ABCC é uma escalada quase em ângulo reto, embora o ânimo dos produtores tenha arrefecido com a reabertura do mercado nacional ao crustáceo importado.


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 43


Estatísticas

Produção - Aquicultura PRODUÇÃO DA AQUICULTURA NACIONAL | 2013 A 2017 - IBGE 2013

Norte

73.017

2014

139.213

2015

2016

147.779

140.967

2017

PRODUÇÃO IBGE X REGIÃO 2017

85.301

15,59% Nordeste

Sudeste

140.750

50.297

54.680

152.994

61.801

156.875

88.129

131.994

141.153

25,80%

84.176

Norte Nordeste

Sul

107.447

126.152

138.438

146.222

Sudeste

164.560

Sul Centro-Oeste

105.010

90.047

72.345

63.840

Centro-Oeste

71.973

200.000

400.000

13,15% 15,38%

600.000

30,08%

800.000

PRODUÇÃO DA PISCICULTURA NACIONAL | 2014 A 2018 - PEIXEBR 2014

Norte

Nordeste

Sudeste

2015

123.500

2016

151.600

2017

158.900

2018

164.500

PRODUÇÃO PEIXEBR X REGIÃO 2018

153.020

21,18% 113.500

90.000

116.600

101.500

104.680

103.830

111.400

115.300

134.330

18,59%

124.120

Norte Nordeste

Sul

123.000

134.800

152.430

178.500

Sudeste

198.600

Sul Centro-Oeste

128.800

133.500

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 44

200.000

O Paraná não sai da dianteira do balanço da PeixeBR para 2018, que coloca (assim como o IBGE), a Região Sul na liderança nacional. Puxados pelas cooperativas, os paranaenses apuraram crescimento de 16% na atividade, segundo o anuário da Associação Brasileira da Piscicultura 2019 (PeixeBR). O pólo paranaense saltou de 112.000 toneladas para 129.900 toneladas em 2018. No Sudeste, São Paulo também foi destaque no período com 73.200 toneladas produzidas. O crescimento de 5,3% o colocou na segunda colocação do ranking. Já Rondônia caiu 5,5% e ficou na terceira posição com 72.800 toneladas no geral, mas com uma produção

120.670

122.000

400.000

Centro-Oeste

112.490

600.000

total de peixes nativos, segue líder no segmento. Para a associação, a queda aconteceu porque o Estado teve que enfrentar problemas ambientais, mercadológicos e sanitários em 2018. O Mato Grosso caiu 12,08% e fechou o ano passado com 54.510 toneladas no quarto lugar. Logo atrás vem Santa Catarina com 45.700 toneladas. Na lista dos 10 maiores produtores de peixes de cultivo do País, o Maranhão chamou a atenção com evolução de 47,4%, saltando para a sexta posição ao atingir 39.050 toneladas, das quais 35.200 toneladas de peixes nativos, no ano de 2017 o total produzido foi de 26.500 toneladas.

15,57% 17,18% 27,49%

800.000

Os dados da PeixeBR sinalizam uma retomada, já que a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM 2018), com dados de 2017, havia capturado um cenário negativo para a produção. O volume total da produção aquícola (peixes, moluscos e crustáceos) naquele período havia caído 5,67% em 2017 ante o ano anterior. O desempenho negativo foi puxado por uma queda acentuada da carcinicultura, que saiu de 52,1 mil toneladas produzidas em 2016 para 40,9 mil toneladas no ano passado. O volume de produção nacional da piscicultura caiu 2,6% em 2017 ante o ano anterior, para 485,2 mil toneladas, motivada em grande parte pela forte diminuição da produção na Região Norte, que deixou de liderar o ranking no estudo do IBGE.


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 45


Estatísticas

Produção - Aquicultura

Apesar de possuírem metologias diferentes, o acompanhamento das pesquisas PPM/IBGE e da PeixeBR são o retrato mais fiel que temos da produção nacional da piscicultura. Na maior parte do País os dados do IBGE estão aquém do levantamento da PeixeBR, mas há exceções, como os casos de Alagoas, Pernambuco e Minas Gerais, cujo volume é superior ao levantado pela entidade. Há casos de muita diferença, como Amazonas: o IBGE registrou apenas 7.570 toneladas, enquanto a PeixeBR calculou 28 mil toneladas.

Mas é possível perceber que o desempenho dos Estados segundo a PeixeBR segue a mesma lógica do ano anterior. No levantamento dos demais Estados, o Pará cresceu 18,6% com 23.720 toneladas que deixaram o Estado na 11ª colocação, também entre os líderes na produção de peixes nativos. Fechando o ano de 2018 bem na atividade, Pernambuco cresceu 38% ao produzir 23.470 toneladas. E o Rio Grande do Sul também encerrou o ano passado com um saldo positivo, teve 23.000 toneladas produzidas, que correspondem a um salto de 4,5%.

Os dados da PPM são sempre divulgados em setembro, o que inviabiliza a comparação de 2018 para este anuário.

O Piauí também teve melhora de produção, com uma evolução de 7,3%: fechou 2018 com 19.310 toneladas produzidas. Roraima também elevou os números: foram 17.100 toneladas em 2018 contra 16.000 toneladas de 2017, um salto de 6,88%. O Amazonas apresentou um dos piores resultados do ano passado. De acordo com a PeixeBR o Estado teve que enfrentar diversos problemas, especialmente sanitários, e caiu 45,5% indo da oitava para a 16ª posição com 15.270 toneladas produzidas em 2018.

PRODUÇÃO DA PISCICULTURA NO BRASIL | 2016 X 2017 E 2018 | IBGE X PEIXEBR 2016 IBGE

20181

PEIXEBR

IBGE

PEIXEBR

PEIXEBR

VOLUME TON (Mil) X GRUPOS DE ESPÉCIES (PEIXEBR)

TON

Var. %

TON (Mil)

Var. %

TON (Mil)

Var. %

TON (Mil)

Var. %

TON (Mil)

Var. %

TIlápia

Nativo

Acre

4.417.533

12,42%

7.020

17,00%

3.899.082

-27,25%

8.000

13,96%

8.500

6,25%

200

8.300

Alagoas

4.745.487

33,54%

2.830

4,81%

11.647.736

24,30%

3.500

23,67%

8.250

135,71%

6600

1.500

685.854

27,69%

650

8,33%

753.684

6,18%

1.000

53,85%

1.030

3,00%

80

950

Estado

Amapá

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 46

2018

2017

Amazonas

12.199.182

0,48%

27.500

10,00%

7.573.943

-6,88%

28.000

1,82%

15.270

-45,46%

Bahia

13.573.867

12,33%

25.500

2,00%

18.168.013

-6,44%

27.500

7,84%

30.460

10,76%

24.600

Ceará

42.802.348

-23,13%

12.000

-57,14%

22.086.824

-37,73%

7.000

-41,67%

4.900

-30,00%

4.900

Distrito Federal

1.065.964

-1,32%

2.620

4,80%

820.164

-57,13%

1.500

-42,75%

1.500

0,00%

1.500

Espírito Santo

5.362.701

-16,10%

10.800

-10,00%

3.750.928

-19,68%

12.000

11,11%

13.190

9,92%

Goiás

15.471.502

-27,67%

34.000

0,00%

16.502.562

-1,06%

33.000

-2,94%

30.630

Maranhão

24.587.629

16,69%

24.150

5,00%

27.978.876

15,39%

26.500

9,73%

39.050

Mato Grosso

40.411.720

-22,16%

59.900

-19,05%

36.609.433

-14,81%

62.000

3,51%

54.510

Mato Grosso do Sul

6.891.245

36,71%

24.150

5,00%

18.040.523

1,60%

25.500

5,59%

25.850

Minas Gerais

32.811.486

17,02%

23.000

-8,00%

31.326.786

57,42%

29.000

26,09%

Pará

13.010.915

17,42%

19.080

6,00%

12.269.365

-7,66%

20.000

Paraíba

3.024.370

50,34%

2.500

127,27%

4.992.557

-5,95%

3.000

Paraná

76.216.321

20,79%

93.600

17,00%

98.201.110

9,82%

112.000

Pernambuco

8.825.438

39,25%

12.100

10,00%

22.792.324

-0,69%

17.000

Piauí

11.947.318

6,62%

17.000

6,25%

10.401.557

7,39%

18.000

Rio de Janeiro

1.494.939

1,84%

4.630

2,89%

1.490.277

26,04%

4.800

Rio Grande do Norte

17.046.415

4,85%

2.500

-24,24%

17.606.509

-4,62%

2.300

Rio Grande do Sul

14.689.248

-2,68%

20.000

2,56%

13.740.876

-0,70%

22.000

10,00%

Rondônia

90.636.090

12,62%

74.750

15,00%

39.883.742

7,27%

77.000

3,01%

Roraima

10.473.270

-22,42%

14.700

-30,00%

9.378.795

-4,60%

16.000

Santa Catarina

55.316.497

5,41%

38.830

10,00%

52.617.545

4,19%

São Paulo

48.459.852

19,69%

65.400

9,00%

47.607.572

47,52%

Sergipe

5.441.485

-34,37%

6.100

-6,15%

5.479.026

3,06%

6.600

Tocantins

9.544.222

-7,74%

15.200

-5,00%

11.542.055

7,61%

14.500

571.152.898

-1,05%

640.510

0,39%

547.161.864

-4,20%

691.700

7,99%

TOTAL

¹Até o fechamento desta edição, os dados mais recentes da Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE eram relativos a 2017

Carpas e trutas

150

15.270 5.800

60

11.800

340

1.050

-7,18%

18.200

12.300

130

47,36%

3.500

35.200

350

-12,08%

2.500

52.000

10

1,37%

20.500

5.300

50

33.150

14,31%

31.500

550

1.100

4,82%

23.720

18,60%

1.000

22.600

120

20,00%

2.930

-2,33%

2.900

30

19,66%

129.900

15,98%

123.000

3.400

3.500

40,50%

23.470

38,06%

23.000

400

70

5,88%

19.310

7,28%

10.000

9.300

10

3,67%

4.580

-4,58%

3.700

500

380

-8,00%

2.410

4,78%

2.300

70

40

23.000

4,55%

4.100

1.700

17.200

72.800

-5,45%

72.800

8,84%

17.100

6,88%

17.100

44.500

14,60%

45.700

2,70%

33.800

2.200

9.700

69.500

6,27%

73.200

5,32%

69.500

3.300

400

8,20%

3.550

-46,21%

1.000

2.500

50

-4,61%

14.600

0,69%

100

14.500

722.560

4,46%

400.280

287.910

34.370


5 ESPÉCIES MAIS PRODUZIDAS EM 2017 | IBGE PPM

8,6%

5 ESPÉCIES MAIS VALORIZADAS EM 2017 | IBGE PPM

4,4%

14,4%

8,9%

29,7%

15,2

%

59,5% 18,6%

20,6%

20,2%

Tilápia

Tambacu, tambatinga

Camarão

Pirarucu

Tambaqui

Ostras, vieiras e mexilhões

Truta

Tucunaré

do Exija cedor forne seu alidade a qu dutos pro dos ás ubr Nat

Dourado

Pescados com qualidade

Matéria-prima da melhor procedência, ótimas práticas de fabricação, instalações que respeitam a legislação e equipamentos de congelamento ultrarrápido são alguns dos fatores que garantem o padrão de qualidade Natubrás. São camarões, lulas, mexilhões, polvos e cortes nobres de peixes, em embalagens práticas e seguras ao consumidor.

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Fone: (47) 3347-4800 | Balneário Piçarras – SC

Um empr a respe esa que ita o mei ambi ente o

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 47

Camarão

O sabor que faz a diferença


Estatísticas

Produção - Aquicultura

PRODUÇÃO DA AQUICULTURA POR TIPO DE PESCADO | (IBGE PPM 2017) Volume (KG)

Ranking volume

Pescado

1

Receita (R$ milhões)

2016

2017

Var. % 2016>2017

Tilápia

238.924.167

283.249.263

18,55%

2

Tambaqui

132.616.187

88.512.985

3

Tambacu, tambatinga

44.953.272

4

Camarão

5

Preço médio (R$/KG) Var. % 2016>2017

2016

2017

Var. % 2016>2017

18,37%

R$ 5,58

R$ 5,57

-0,16%

608.594.000

-28,66%

R$ 6,43

R$ 6,88

6,88%

328.183.000

284.197.000

-13,40%

R$ 7,30

R$ 6,72

-7,97%

-21,40%

888.933.000

887.786.000

-0,13%

R$ 17,06

R$ 21,67

27,06%

20.941.404

0,54%

68.480.000

83.214.000

21,52%

R$ 3,29

R$ 3,97

20,86%

20.336.754

18.874.829

-7,19%

139.103.000

132.340.000

-4,86%

R$ 6,84

R$ 7,01

2,51%

15.860.113

13.427.627

-15,34%

167.037.000

135.854.000

-18,67%

R$ 10,53

R$ 10,12

-3,93%

Pacu e patinga

13.084.744

13.154.260

0,53%

101.474.000

100.165.000

-1,29%

R$ 7,76

R$ 7,61

-1,81%

Pirarucu

8.637.473

4.189.748

-51,49%

91.034.000

46.422.000

-49,01%

R$ 10,54

R$ 11,08

5,13%

10

Piau, piapara, piauçu, piava

2.747.251

3.929.871

43,05%

22.249.000

31.525.000

41,69%

R$ 8,10

R$ 8,02

-0,95%

11

Matrinxã

4.466.980

3.342.377

-25,18%

37.328.000

29.027.000

-22,24%

R$ 8,36

R$ 8,68

3,93%

12

Curimatã, curimbatá

2.664.979

3.284.928

23,26%

21.128.000

26.276.000

24,37%

R$ 7,93

R$ 8,00

0,89%

13

Jatuarana, piabanha e piracanjuba

6.076.014

2.820.549

-53,58%

46.865.000

21.686.000

-53,73%

R$ 7,71

R$ 7,69

-0,32%

14

Outros peixes

2.902.920

2.773.824

-4,45%

19.129.000

18.489.000

-3,35%

R$ 6,59

R$ 6,67

1,15%

15

Truta

1.690.630

2.049.193

21,21%

19.129.000

30.832.000

61,18%

R$ 11,31

R$ 15,05

32,98%

16

Pirapitinga

2.099.685

1.891.946

-9,89%

15.124.000

14.344.000

-5,16%

R$ 7,20

R$ 7,58

5,26%

17

Traíra e trairão

806.365

762.630

-5,42%

6.690.000

6.060.000

-9,42%

R$ 8,30

R$ 7,95

-4,22%

18

Lambari

234.711

554.091

136,07%

1.933.000

4.605.000

138,23%

R$ 8,24

R$ 8,31

0,91%

19

Tucunaré

39.880

77.139

93,43%

361.000

810.000

124,38%

R$ 9,05

R$ 10,50

16,00%

20

Dourado

63.394

59.929

-5,47%

862.000

886.000

2,78%

R$ 13,60

R$ 14,78

8,73%

571.152.898

547.161.864

-4,20%

4.162.155.000

4.042.140.000

-2,88%

R$ 7,29

R$ 7,39

1,37%

2016

2017

1.333.998.000

1.579.028.000

-33,26%

853.115.000

42.298.500

-5,91%

52.118.709

40.966.771

Ostras, vieiras e mexilhões

20.828.670

6

Carpa

7

Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim

8 9

TOTAL

PRODUÇÃO DA AQUICULTURA POR TIPO DE FORMA JOVEM | (IBGE PPM 2017) Milheiros Ranking volume

Preço médio (R$/Milheiros)

Pescado

2016

2017

Larvas e pós-larvas de camarão

12.611.705,00

10.889.847,00

-15,81%

115.263.000

119.539.000

3,71%

R$ 9,14

R$ 10,98

20,11%

2

Alevinos

1.139.799,00

1.200.828,00

5,08%

269.809.000

235.200.000

-12,83%

R$ 236,72

R$ 195,86

-20,86%

3

Sementes de moluscos

66.702,00

67.625,00

1,36%

1.836.000

1.882.000

2,51%

R$ 27,53

R$ 27,83

1,09%

13.818.206

12.158.300

-13,65%

386.908.000

356.621.000

-7,83%

R$ 28,00

R$ 29,33

4,76%

1

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 48

Receita (RS$ milhões) Var. % 2016>2017

TOTAL

2016

2017

Var. % 2016>2017

2016

2017

Var. % 2016>2017

A tilápia há tempos é a estrela da piscicultura nacional e neste retrato de 2017 o aumento de 18,55% ilustra bem claramente o desempenho. O balanço mostra ainda um descenso importante do tambaqui (-33,26%), parte da categoria de peixes nativos que, segundo a PeixeBR, também caiu em 2018 (4,76%). O articulista da Seafood Brasil e professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Ricardo Ribeiro, ainda faz uma análise sobre a presença preponderante de carpas e tilápias nas propriedades em todas as regiões do Brasil. “Isso nos remete à função que estas espécies estão cumprindo na Agricultura Familiar, estão vinculadas à Segurança Alimentar do País, pois são uma importante fonte de proteína de excelente qualidade para populações, que em muitos casos são vulneráveis do ponto de vista alimentar.” No âmbito das formas jovens, chama a atenção o fraco desempenho das vendas de pós-larvas, o que denota uma diminuição no ritmo de povoamento apesar da retomada pós-mancha branca. E também é digno de nota o aumento de produção de alevinos com consequente queda de preço, um indicativo de maior eficiência, escala de produção e também de um mercado ligeiramente saturado.


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 49


Estatísticas

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS DA AQUICULTURA | 2017 | IBGE

Produção - Aquicultura

Peixes

Camarões

Ostras/vieiras

41.845

2.192

272

339

Quantidade vendida (Toneladas)

398.995

33.692

2.720

5.901

Produtividade (ton/propriedade)

9,535

15,370

10,000

17,407

# de Propriedades

PEIXE

OSTRAS/VIEIRAS

CAMARÃO

MEXILHÕES

UF

Rondônia

Acre

Amazonas

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 50

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

Mexilhões

#Propriedades Volume (ton.)

UF

#Propriedades Volume (ton.)

Peixes

1.628

31.219

Peixes

6.873

23.430

Camarões

-

-

Camarões

6

608

Ostras/vieiras

-

-

Ostras/vieiras

3

7

Mexilhões

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

1.646

3.120

Peixes

1.970

9.153

Camarões

-

-

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

Peixes

999

Maranhão

Camarões

23

2.655

Ostras/vieiras

1

X

-

Mexilhões

-

-

5.832

Peixes

602

6.520 11.778

Camarões

-

-

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

513

25.648

Camarões

-

-

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

2.993

8.569

Camarões

510

517

Ostras/vieiras

22

102

Mexilhões

1

X

Peixes

157

608

Camarões

46

18

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

574

6.152

Camarões

-

-

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Piauí

Ceará

O Censo Agropecuário 2017, divulgado pelo IBGE, capturou pela primeira vez o número de propriedades dedicadas à aquicultura. Aqui separamos os categoria de produto aquícola e por Estado. A PeixeBR avaliou que a tilápia está presente em quase todos os Estados brasileiros, embora em alguns - especialmente do Norte - não haja comercialização. A liberação para a produção da espécie em tanques-rede em Tocantins e no Mato Grosso deve acelerar este desempenho em 2018.

Rio Grande do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Camarões

587

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

190

2.135

Camarões

248

10.819

Ostras/vieiras

9

385

Mexilhões

-

-

Peixes

294

1.648

Camarões

95

1.931

Ostras/vieiras

1

X

Mexilhões

-

-

Peixes

507

21.586 1.562

Camarões

155

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

547

6.656

Camarões

11

279

Ostras/vieiras

6

33

Mexilhões

-

-


Sergipe

Bahia

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

Paraná

#Propriedades Volume (ton.)

UF

#Propriedades Volume (ton.)

Peixes

514

1.822

Peixes

3.932

21.876

Camarões

325

1.736

Camarões

13

258

Ostras/vieiras

1

X

Mexilhões

-

-

Santa Catarina

Ostras/vieiras

100

1.927

Mexilhões

306

5.845

Peixes

1.492

16.967

Peixes

4.603

6.538

Camarões

133

1.441

Camarões

3

X

Ostras/vieiras

26

21

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Mexilhões

-

5.579

Peixes

2.637

28.729

Camarões

3

9

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

572

3.801

Camarões

18

20

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

2

X

Peixes

372

1.158

Camarões

3

16

Ostras/vieiras

10

50

Rio Grande do Sul

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Peixes

348

Camarões

-

-

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

1.621

26.620

Camarões

-

-

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

Peixes

1.528

13.144

Camarões

-

-

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

6

18

Mexilhões

-

-

Peixes

1.190

47.479

Peixes

187

820 X

Camarões

7

5

Ostras/vieiras

10

76

Mexilhões

24

37 72.187

Peixes

3.356

Camarões

5

32

Ostras/vieiras

83

115

Mexilhões

-

-

Distrito Federal

Camarões

1

Ostras/vieiras

-

-

Mexilhões

-

-

O número de propriedades dedicadas à atividade no Paraná impressiona pela eficiência: 3.356 propriedades respondem pela liderança da piscicultura nacional com 72 mil toneladas, enquanto a vizinha Santa Catarina não ultrapassa 22 mil toneladas apesar de contar com 3.932 propriedades.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 51

UF


Estatísticas

Produção - Aquicultura PRODUÇÃO DE RAÇÕES (MILHÕES DE TONS | 2015-2019)

2014

2014

2014

37,000

15,200

8,020

2015

Var. %

2015

Var. %

2015

38,000

2,70%

15,800

3,95%

8,000

Var. % -0,25%

2016

Var. %

2016

Var. %

2016

Var. %

37,800

-0,53%

16,400

3,80%

8,200

2,50% Var. %

2017*

Var. %

2017*

Var. %

2017*

38,500

1,82%

16,500

0,61%

8,500

3,53%

2018*

Var. %

2018*

Var. %

2018*

Var. %

0,00%

16,800

1,79%

8,600

38,500

Produzir ração para peixes, camarões e outras espécies aquícolas ainda não é um negócio tão expressivo quanto as demais proteínas. A disparidade é tremenda quando analisamos os dados do Sindirações: o peso da aquicultura no volume comercializado de ração corresponde à metade do peso do segmento pet. As taxas de crescimento, porém, foram as mais expressivas entre todos os itens desde 2015, o que torna o segmento a menina dos olhos dos fabricantes de ração.

1,16%

2019

2019

2019

39,100

17,100

8,900

PRODUÇÃO DE RAÇÕES PARA AQUICULTURA (MIL TON.) | 2015 - 2019

Total

Peixes

Camarões

Outras espécies aquícolas

2,500

2014

2014

2014

0,600

2,492

0,100

2015

Var. %

2015

Var. %

2015

0,580

-3,33%

2,440

-2,09%

0,105

5,00%

2016

Var. %

2016

Var. %

2016

Var. %

0,580

0,00%

2,500

2,46%

0,085

-19,05%

2017*

Var. %

2017*

Var. %

Var. %

2017*

Var. %

0,579

-0,17%

2,580

3,10%

0,087

2,30%

2018*

Var. %

2018*

Var. %

2017*

Var. %

0,585

1,03%

2,650

2,64%

0,074

-17,57%

2019

2019

2015

0,588

2,760

0,081

OUTROS

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 52

2,000

2014

2014

2014

0,831

65,00

Var. %

2015

Var. %

2015

Var. %

0,835

10,74%

0,830

-0,12%

66,59

2,45%

2016

Var. %

2016

Var. %

2016

Var. %

0,840

0,60%

0,831

0,12%

67,24

1,0%

2017*

Var. %

2017*

Var. %

2017*

Var. %

0,910

7,69%

0,832

0,12%

68,49

1,9%

2018*

Var. %

2018*

Var. %

2018*

Var. %

1,160

21,55%

0,850

2,12%

69,22

1,1%

2019

2019

2019

0,851

70,54

2,084

2,092

1,160

1,160

1,829

1,000

0,910

0,830

0,830

0,830

0,830

0,832

0,850

0,851

0,105

0,085

0,087

0,074

0,081

2015

2016

2017

2018

2019

0,500 0

PARTICIPAÇÃO DA NUTRIÇÃO AQUÍCOLA X TOTAL (MIL TON.) | 2019*

0,081 (0,1%)

2015

1,160

1,756

1,500

TOTAL

0,754

*Estimativas Sindirações | Previsão Sindirações

1,770

0,851 (1,2%)

1,160 (1,6%)

Peixes Camarões Outras espécies aquícolas Total 70,540 (97,1%)


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 53


Estatísticas

TAMBAQUI E HIBRIDOS

Produção - Aquicultura

TILÁPIA

Volume (ton.) # de propriedades

Oreochromis niloticus

Acre Alagoas

# de propriedades

76,838

834

6792,568

1152

Amapá

54,563

97

-

165

Bahia

13501,92

4282

Ceará

10204,119

1098

Amazonas

Distrito Federal

Híbridos # de propriedades

Híbridos Vol. (ton.)

2.435

1.530

131

261

Alagoas

634

3.959

15

-

Amapá

138

439

48

157

Amazonas

1.678

5.632

17

-

Bahia

2.478

876

81

1.286

Ceará

147

12

11

-

97

21

7

6

Distrito Federal Espírito Santo

830

26

11

3

Goiás

2.354

1.557

469

2.156

Maranhão

6.078

10.501

2274

9.783

Mato Grosso

3.002

3.354

3231

22.730

184

110

67

261

738,063

351

Espírito Santo

3662,242

4923

Goiás

9519,578

2960

Maranhão

2755,143

2683

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

397,734

694

Minas Gerais

2.964

349

114

64

Mato Grosso do Sul

15767,9

492

Pará

8.243

7.885

1426

2.737

28963,177

15622

Paraíba

104

16

16

-

233,26

3089

Paraná

982

2

55

155

Paraíba

2338,171

617

Pernambuco

353

35

12

-

Paraná

91720,618

24590

2.450

4.841

98

674

Pernambuco

20529,661

1339

Rio de Janeiro

611

14

20

62

Piauí

1978,994

849

46

20

2

-

Rio de Janeiro

1167,546

1880

Rio Grande do Norte

Rio Grande do Norte

2122,919

348

Rio Grande do Sul

50

-

13

-

6.064

30.412

120

35

917

9.036

1

-

Minas Gerais Pará

Rio Grande do Sul

3086,11

11947

Rondônia

-

1279

Roraima

-

189

Santa Catarina

24155,419

24716

São Paulo

42643,095

2929

818,645

796

20,98

151

Sergipe Tocantins

Piauí

Rondônia Roraima Santa Catarina

Volume (ton.) e receita ao produtor (R$ mil) | IBGE PPM 2017 Receita (RS mil)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 54

Tambaqui Vol. (ton.)

Acre

Volume (ton.) # de propriedades Volume (ton.)

Tambaqui # de propriedades

2

16

33

259

54

58

234

Sergipe

802

1.672

21

4

Tocantins

986

6.157

165

1.657

Volume (ton.) e receita ao produtor (R$ mil) | IBGE PPM 2017 Receita (RS mil)

Volume (mil ton.) 1.579.028

1750000

1250000

1.207.189

1.009.484

1.179.167

1250000

Volume (mil ton.) 1.149.573

1.335.024

1500000

250000

92

São Paulo

892.791

250000 772.205

969.187

750000

766.251

750000 500000

500000 250000

169.306

199.948

218.799

238.924

2013

2014

2015

2016

283.249

2017

250000

149.182

179.899

2013

2014

176.073

177.569

130.811

2015

2016

2017


CAMARÃO Litopenaeus vannamei

Volume (ton.) # de propriedades Acre

-

-

Paraíba

2.599

119

627

24

Paraná

120

12

Amapá

-

50

Pernambuco

2.199

180

Amazonas

-

1

Piauí

2.723

33

Bahia

2.087

197

Rio de Janeiro

12

15

Ceará

11.857

660

Rio Grande do Norte

15.434

266

Alagoas

Distrito Federal

0

1

14

41

0

-

175

23

-

2

Espírito Santo Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul

-

1

Minas Gerais

0

10

50

789

Pará

Rio Grande do Sul

-

6

Rondônia

-

-

Roraima

-

1

284

17

-

12

Santa Catarina São Paulo Sergipe

2.786

375

-

-

Tocantins

Volume (ton.) e receita ao produtor (R$ mil) | IBGE PPM 2017 Receita (RS mil) 1000000

Volume (mil ton.) 910.475

888.933

765.088

793.658

64.678

65.028

70.521

52.119

2013

2014

2015

2016

887.776

800000 600000 400000 200000

40.967

2017

PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE E DESTINO DO CAMARÃO CULTIVADO NO BRASIL - 1997 A 2018 | ABCC 90.190

75.000

70.000 60.128

50.000

25.000

0

40.000

6.850 4.320 1.678 1.678 400

15.000 12.750 5.200 2.885 2.250

1998

1999

25.000 15.038 9.962 6.250 4.000

21.274 18726 8.500 4.706

2000

2001

Área (ha)

85.000 75.904 65.000

65.000

65.000

34.902 30.098

49.485

70.000

65.000

41.947

69.571

85.000

76.833

76.000

75.000

60.000

73.399

57.004

37.800

75.000

60.063

59.272

18.500

19.847

22.000

23.000

25.000

18.500

21.000

27.000

19.715

65.000

30.000 30.000

22.328 11.016

20.190 14.284

18.900 16.598

23.053 15.000

15.200

17.000 15.515

5.458

6.314

4.573

4.333

4.276

3.824

3.551 9.937

3.514 5.728

4.054 1.601

3.505 108

3.571 0

3.864 612

3.696 277

3.040 77

2.182 514

2.167

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017 2018

Produção (ton)

Produtividade (KG/ha/ano)

Mercado interno (ton)

2.567 167

Exportações (ton)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 55

100.000


Estatísticas Produção - Pesca

DESEMBARQUES DE PESCADO EM 2018 (TON) | SP, PR E SC | SISTEMA PROPESQWEB 10401,9 9404,3

7417,1 6391,6

6244,8

6352,6

5511,2

4881,9

3252,4

3048,5

2931,6

2614,3 1530,9 1101,8

957,9

885,5

320,9

245,4

92,8

108,0

103,5

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

733,6

1884,1

2673,8

2010,7

1884,6

1450,3

1124,7

752,0

438,2

JUN

Paraná

205,8

172,3

139,9

187,3

221,7

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

São Paulo

221,7

DEZ

Santa Catarina

O sistema ProPesqWeb continua a ser a fonte mais confiável sobre a indústria pesqueira brasileira e a metodologia usada pelas três entidades do convênio (Instituto de Pesca/SP, Univali/SC e Fundepag/PR) deveria ser replicada a todo o País de forma a uniformizar as estatísticas pesqueiras. Enquanto isso não acontece, seguimos com a análise dos três Estados monitorados, ainda que a pesca extrativa em São Paulo e Paraná seja praticamente irrisória. O desempenho paulista chama a atenção em junho de 2018, quando atingiu o pico para o ano com a safra da tainha acompanhada de camarão sete-barbas, porco e corvina. Já no mês de agosto o salto vertiginoso de Santa Catarina após o término da safra da tainha se deu por conta da sardinha-verdadeira que reapareceu com 3,2 mil toneladas e a sardinha-lage com 1,9 mil toneladas, a corvina com 1,9 mil toneladas e a palombeta com 1,4 mil toneladas só naquele mês.

AS 5 ESPÉCIES MAIS CAPTURADAS EM SC

AS 5 ESPÉCIES MAIS CAPTURADAS EM PR

AS 5 ESPÉCIES MAIS CAPTURADAS EM SP

7,1%

8,4%

13,3%

9,8

%

28,1

%

25,7%

17,1% 10,6%

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 56

54,0%

19,8%

26,7%

15,9%

18,5% 20,1%

25,0%

Sardinha-verdadeira

Corvina

Camarão-sete-barbas

Berbigão

Camarão-sete-barbas

Tainha

Sardinha-lage

Bonito-listrado

Camarão Santana

Tainha

Corvina

Sardinha-verdadeira

Mistura

Camarão-legítimo

Porco


ATUNS E AFINS

CAPTURAS DE ATUNS E AFINS (TON) | SÉRIE HISTÓRICA BRASIL (SCRS/ICCAT 2019) 55.000

53.553

52.157

51.513 50.062

48.157

50.000

54.451 50.958

25.000 38.317

40.000 35.000 2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: SCRS/ICCAT 2019

* De acordo com os dados apresentados pelo governo brasileiro na última reunião do ICCAT, em novembro passado, as capturas de atuns e afins atingiram o nível mais alto da recente série histórica iniciada em 2010. DESEMBARQUE DE ATUNS (DIFERENTES ESPÉCIES) NO BRASIL (TON.) EM 2017 (PROJEÇÃO 2018) São Paulo

Santa Catarina

Paraná

2017

122,44

6423,21

7,82

2018

93,92

9152,78

0,63

Ceará

Rio Grande do Norte

2017

12.000

11.000

2018

18.000

7.816

12.000

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 57

A explosão da captura pela modalidade de pesca de sombra no CE e RN levou o volume para perto de 55 mil toneladas em 2017 - últimos dados consolidados. Estimativas preliminares e informais dão conta de que 2018 certamente teve desempenho superior, o que acelerou a necessidade de a SAP implantar um programa de recadastramento de todas as embarcações que atuam nesta modalidade, com limite para 200 embarcações no Nordeste e 50 no Sul/Sudeste.


Estatísticas Produção - Pesca

SARDINHA

CAPTURAS DE SARDINHA-VERDADEIRA | SÉRIE HISTÓRICA BRASIL (TON.) 125.000

99.471

100.000 75.000 50.000

53.421 39.846 22.053

25.000 0

98.658

99.104

83.784

1

200

2

200

74.630

54.201

62.134

55.939

42.652

86.542

75.015

45.000

25.265

3

200

18.554

4

200

5

200

6

200

7

200

8

200

9

200

0

201

1

201

2

201

3

201

4

201

5

201

6

201

7

201

10.579

8

201

O levantamento do consultor Wilson Santos ilustra mais uma vez o colapso da captura de sardinha no País. Até o defeso, em junho de 2019, as capturas seguiram em baixa, enquanto as importações subiram fortemente (mais detalhes na área Comex deste anuário). “Com quatro anos de capturas reduzidas e forte importação, vejo situação dos armadores da pesca deste recurso muito difícil. As características do produto importado (mais de 80% da sardinha já vem eviscerada, sem cabeça e cauda) são totalmente diferentes do produto interno onde somente sardinha inteira é ofertada para a indústria de conservas.”

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 58

Segundo Santos, a indústria se readequou a esta oferta e vai precisar se readaptar em grandes volumes de sardinha nacional. “Entretanto, somente com o retorno de grande oferta de sardinha local, é que o setor vai identificar a dimensão da nova realidade. Como exemplo: no RJ atualmente existe apenas uma indústria trabalhando exclusivamente com sardinha eviscerada. O que vai ocorrer quando retornarem as capturas de sardinha no Estado?”, questiona o consultor.

DESEMBARQUE DE SARDINHAS (DIFERENTES ESPÉCIES) EM SP, PR E SC EM 2018 São Paulo

Santa Catarina

1647,55

20170,33

Paraná 7,44

7,441

20.170,334


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 59


Estatísticas

Comex As vendas e compras externas de pescado

A

s exportações brasileiras de pescado fecharam o período entre julho de 2018 e junho de 2019 com um volume de 39.511 toneladas (incluindo conservas), com divisas da ordem de US$ 261 milhões. A comparação com 2017 mostra uma redução de 3,35% do volume, mas aumento de 6,14% no valor - reflexo de uma valorização de 9,82% no preço médio ante o período anterior, para US$ 6,603,24/tonelada. Já as importações em 2018 tiveram uma redução de 11,10% no volume, no

patamar de 357,6 mil toneladas, com dispêndio de U$ 1,331 bilhões - redução de 3,17% em valor quando comparado com 2017. Mesmo com a crise, o preço médio das importações em 2018 ficou em US$ 3,723/tonelada, aumento de 8,92%.

As análises sobre o comércio exterior do 5º anuário Seafood Brasil são fruto de uma parceria com a Projepesca Consultoria e o serviço de big data Jubarte - uma ferramenta que captura, tabula e cria gráficos sobre todos os itens da balança comercial brasileira com Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Nos últimos 10 anos, o Brasil manteve estabilidade no volume de exportação em 37 mil toneladas (+/4.000). Na média da última década, as importações equivalem a 10x o que exportamos – 349 mil toneladas e um dispêndio 5x maior de U$1,222 bilhões.

BALANÇA COMERCIAL (2018 - 2019)

07/2018 a 06/2019 us$ kilos Pescado (Seção 03) Conservas e preparações (Cap. 1604) TOTAL

Pescado (Seção 03)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 60

TOTAL

Balança Comercial

% 2018 x 2019 us$ kilos

250.660.988

36.811.380

228.405.829

32.614.307

9,7%

10.440.045

2.700.056

11.276.964

2.810.787

-7,4%

-3,9%

261.101.033

39.511.436

239.682.793

35.425.094

8,9%

11,5%

07/2018 a 06/2019 us$ kilos Conservas e preparações (Cap. 1604)

Exportações 07/2017 a 06/2018 us$ kilos

Importações 07/2017 a 06/2018 us$ kilos

12,9%

% 2018 x 2019 us$ kilos

1.265.250.723

339.465.792

1.267.244.014

349.732.575

-0,2%

-2,9%

66.526.323

18.174.032

64.397.349

18.402.488

3,3%

-1,2%

1.331.777.046

357.639.824

1.331.641.363

368.135.063

0,0%

-2,9%

07/2017 a 06/2018

07/2018 a 06/2019 Exportações

Importações

Déficit

Exportações

Importações

Déficit

RECEITA (US$)

261.101.033

1.331.777.046

-1.070.676.013

239.682.793

1.331.641.363

-1.091.958.570

VOLUME (KG)

39.511.436

357.639.824

-318.128.388

35.425.094

368.135.063

-332.709.969

DÉFICIT RECEITA (US$) VOLUME (KG) Fonte: SECEX/Mdic

2018>2019

2017>2018

%

-1.070.676.013

-1.091.958.570

-2,0%

-318.128.388

-332.709.969

-4,6%


Estatísticas

Comex - Exportação

PREÇO MÉDIO (US$/TON.)

$2.000.000.000

$7.000

$1.500.000.000

$6.000

$1.000.000.000

$5.000

$500.000.000

Balança Comercial Exportações

$0 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019

Importações

Valor (U$)

$4.000

Importações

-$500.000.000

$2.000

-$1.000.000.000

$1.000

2018 2019

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2010 2011

2009

2008

2006 2007

2005

2004

2003

2002

2001

2000

1999

$0

Anos

1998

Anos

CDs em São Paulo - SP e Itajai - SC (11) 3202-6363 |

pescados@ecil-trading.com.br

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 61

-$1.500.000.000

Exportações

$3.000

1997

Valor (U$)

HISTÓRICO DE COMÉRCIO

www.br-ecil.com


Estatísticas

Comex - Exportação

EXPORTAÇÕES DE PESCADO (CAP. 03) | 2018 A 2019 40000

35.581 29.478

30000

23.990

30.146 27.079

21.116 20000

16.370

17.267

17.532 14.674

14.381

12.229

10000

2.457

JUL/18

4.116

AGO/18

2.652 SET/18

4.326

3.990

OUT/18

NOV/18

5.217

3.217

DEZ/18

JAN/19

VOLUME (TON)

3.909

FEV/19

3.187

2.845

2.337

2.569

MAR/19

ABR/19

MAI/19

JUN/19

RECEITA (MIL US$)

OS 10 MAIORES DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES (CAPÍTULO 03)

2019 (até julho)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 62

Países

2018 (jan a dez)

Receita (US$)

Volume (KG)

Receita (US$)

Var. 2017>2018

Volume (KG)

Var. 2017>2018

1

Estados Unidos

61.764.796

7.182.577

137.758.809

27,45%

15.279.261

24,71%

2

Hong Kong

15.120.613

411.428

19.644.277

13,83%

709.642

12,25%

3

China

12.304.038

2.912.266

24.041.279

141,62%

4.210.918

123,21%

4

Taiwan (Formosa)

5.488.905

397.139

15.486.626

44,30%

707.939

26,97%

5

Coreia do Sul

4.536.917

1.109.639

6.884.266

-71,71%

1.745.977

-72,66%

6

Equador

4.316.837

2.429.700

6.701.425

-%

3.567.589

-%

7

Japão

2.822.378

128.754

4.988.396

-8,34%

229.042

-85,24%

8

Guiana

2.278.966

629.411

2.016.628

-67,97%

603.368

87,84%

9

Peru

2.216.467

559.143

2.401.187

-69,98%

711.452

141,54%

10

Guatemala

2.039.345

899.190

4.972.719

135,14%

2.079.320

137,77%

TOTAL 10 MAIS

112.889.262

16.659.247

224.895.612

17,00%

29.844.508

20,56%

TOTAL GERAL

128.471.215

21.979.267

250.683.612

7,29%

36.319.819

-4,05%

Com o embargo europeu a China se tornou o pote de ouro no fim do arco-íris para os exportadores de lagosta e outros produtos de alto padrão, como a bottarga - um aumento de 141% no balanço de todo o ano de 2018 ante 2017, sem contar seus territórios associados (Hong Kong e Taiwan), para o qual despachamos subprodutos para reprocessamento local. Já a Coreia do Sul despencou 71%, enquanto o Equador passou a integrar o Top 10 com 1,7 mil toneladas de bonitoslistrado majoritariamente. Os Estados Unidos continuam a ser o principal cliente, principalmente com lagostas congeladas, espadarte (meka), albacora-bandolim (bigeye, no qual somos líderes locais) e albacora-bandolim. Apesar de crescentes, as exportações de filé de tilápia ainda representaram apenas 1,7% da pauta exportadora total aos norte-americanos nos primeiros sete meses de 2019.


OS 10 PRODUTOS MAIS RENTÁVEIS EM 2018 | RECEITA (US$) Caudas de lagostas congeladas Pargo congelado

4,4%

Outros peixes inteiros congelados Cabeças, caudas e bexigas natatórias Lagostas inteiras congeladas Bottarga Outros peixes frescos congelados Abrótea e outros peixes da família bregmacerotidae, gadidae etc Espadarte (meka) fresco

4,1%

4,7%

10

6,8

%

7,9

%

8,9

%

27,6%

As lagostas congeladas (caudas e inteiras) continuaram a salvar a pauta de exportação brasileira em 2018 com quase 40% das divisas obtidas. Como o desempenho já era esperado, o que mais chama a atenção entre os 10 itens é o pargo, cuja exportação começou em 2012 e 6 anos depois já passou a representar 15,4% da pauta.

PRODUTOS MAIS RENTÁVEIS

15,4% 9,0%

11,2%

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 63

Pescadas congeladas


Estatísticas

Comex - Exportação

EXPORTAÇÕES EM VOLUME E RECEITA EM 2018 POR ESTADO

BA 3%

PE % ES 1 3%

MS 2%

Outros 5%

ESTADO

PA 25,4%

RS 19%

EXPORTAÇÕES

EM VOLUME POR ESTADO

CE 18% SC 12%

RN 8%

Receita 2018 (US$)

Variação

PA

62.958.639

53.882.525

16,80%

CE

62.441.316

54.675.431

14,20%

SP

25.468.960

11.167.242

128,10%

RN

22.391.628

17.456.134

28,30%

SC

21.043.577

17.734.210

18,70%

RS

14.843.662

23.221.001

-36,10%

BA

10.786.415

20.454.395

-47,30%

ES

8.917.786

10.735.859

-16,90%

PE

4.813.430

4.421.832

8,90%

MS

4.516.000

4.869.037

-7,30%

12.479.575

15.028.280

-17,00%

250.660.988

233.645.946

7,30%

Outros

SP 6%

Receita 2017 (US$)

Total

VARIAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES - 2017/2018 140,0% 120,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0% -20,0% -40,0% -60,0%

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 64

-80,0%

PA

CE

SP

RN

SC

Crescimento em Volume

RS

BA

ES

PE

MS

OUTROS

Crescimento em Valor

O desempenho dos Estados em 2018 mostra claramente que há um esforço concentrado no Pará e no Ceará por conta da pesca do pargo e dos atuns, respectivamente. Esta última pescaria, aliás, segue a tendência de ascensão em 2019. Segundo a análise do consultor Wilson Santos, no 1° semestre de 2019 as albacoras bandolim e lage, além do bonito-listrado, representaram 20% em valor do total exportado de pescado pelo Brasil e 30% em quantidade. “Anualizando o resultado do 1° semestre, projeta-se fechar o ano com crescimento acima de 25 % tanto em valor como nas quantidades comprando-se com real de 2018.” De volta à análise de 2018, São Paulo teve alta de 128,1% ante a receita obtida em 2017, desempenho impressionante creditado à operação com caudas de lagosta aos Estados Unidos. Já o Rio Grande do Sul diminuiu pela metade o faturamento com bonito-listrado e a Bahia deu lugar aos paulistas nas exportações de cauda de lagosta congelada.


Estatísticas

Comex - Importação

10 ANOS DE IMPORTAÇÕES DE PESCADO (CAP.03) (2019 ATÉ JULHO) Dispêndio (Mil US$) e Volume (Ton) 1.500.000

1.332.820 1.190.683

1.250.000

1.435.806 1.317.607

1.158.483

1.109.578

1.265.251

1.099.360

956.596 1.000.000 750.000

749.307

688.642

500.000

230.174

264.002

2009

2010

323.819

340.706

383.383

373.633

306.306

335.402

2015

2016

383.652

339.466 194.767

250.000

2011

2012

2013

2014

DISPÊNDIO (MIL US$)

2017

2018

2019

VOLUME (TON)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 65

O pescado importado segue com alto nível de faturamento apesar da instabilidade político-econômica-social dos últimos anos. Só nos primeiros sete meses de 2019 já gastamos mais com pescado importado que o ano todo de 2009. A análise do dispêndio, muito relacionado à volatilidade do câmbio, mascara os volumes importados. O ano de 2017, em pleno governo Temer e o escândalo da JBS, foi o melhor da década em termos de volume, superando 2013 com 383,6 mil toneladas. As tensões advindas da greve dos caminhoneiros, da falta de retomada da economia e das eleições ceifaram a tendência de recuperação iniciada em 2016, e 2019 não dá indícios de que será muito melhor. Até julho o volume importado (194,7 mil toneladas) era muito similar a 2018 (199,5 mil toneladas) e 2015 (192,4 mil toneladas).


Estatísticas

Comex - Importação

IMPORTAÇÕES DE PESCADO (CAP. 03) | 2018 A 2019 150000

138.082

130000

117.101

118.419

116.955

134.116

121.280 109.341

110000

89.577 90000

85.140

92.378 77.811

73.832

80.280

70000

50000

23.206

23.360

23.497

JUL/18

AGO/18

SET/18

27.278

30.235

35.521

33.768

37.679

32.859

28.427

22.545

30000

18.883

20.606

JUN/19

JUL/19

10000 OUT/18

NOV/18

DEZ/18

JAN/19

VOLUME (TON)

FEV/19

MAR/19

ABR/19

MAI/19

DISPÊNDIO (MIL US$)

AS 10 MAIORES ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES (CAPÍTULO 03)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 66

2019 (jan a jul) #

Países

1

Chile

2 3

Dispêndio (US$)

2018 (jan a dez)

Volume (KG) Dispêndio (US$)

Var. 2018>2017

Volume (KG)

Var. 2018>2017

-0,83%

88.778.398

6,83%

361.335.767

55.350.971

584.546.911

Noruega

69.871.777

12.822.259

117.881.537

-2,43%

20.517.355

-8,94%

China

67.110.411

17.875.672

137.351.668

-16,03%

39.027.839

-20,37%

4

Argentina

57.227.281

19.192.038

89.357.821

-15,15%

30.034.605

-21,69%

5

Portugal

46.627.009

6.796.843

83.013.989

1,86%

12.167.804

-10,31%

6

Vietnã

44.191.018

13.676.865

85.618.781

-15,74%

28.723.189

-37,65%

7

Marrocos

38.366.968

39.490.793

69.411.677

24,96%

70.202.206

15,95%

8

Peru

11.518.452

4.048.696

14.851.774

-16,11%

4.474.074

-52,61%

9

Taiwan (Formosa)

10.066.825

4.570.371

14.724.117

17,18%

6.674.681

-10,63%

10

Uruguai

8.987.795

3.885.263

19.409.378

12,32%

8.289.257

-4,10%

TOTAL 10 MAIS

715.303.303

177.709.771

1.216.167.653

-3,89%

308.889.408

-8,81%

TOTAL GERAL

749.307.331

194.766.876

1.265.250.723

-3,97%

339.465.792

-11,52%

O segmento dos filés brancos já não é o mesmo. Se em 2015 a disputa estava acirrada entre a polaca processada na China, o panga do Vietnã e a merluza da Argentina, em 2018 o cenário foi outro. Os vietnamitas tiveram o pior desempenho (-37,65%) no volume em 2018, apenas melhor do que o Peru (-52,61%) entre os 10 maiores exportadores. A Argentina também não foi exceção, com vendas 15% menores e uma queda de 21,6% no volume com a quebra de matéria-prima ocasionada pelo foco nos camarões vermelhos - que no balanço de 2019 já devem figurar nas planilhas de importação. Do lado dos competidores que estão sorrindo, o Chile expandiu o volume no ano passado para 88,7 mil toneladas de salmonídeos e mexilhões e já mostra o melhor desempenho dos últimos 5 anos. O Marrocos se consolidou como o salvador da pátria da indústria de conservas, depois do colapso das sardinhas nacionais, com 70 mil toneladas, o segundo maior volume importado em 2018 e apenas abaixo do Chile novamente nos primeiros 7 meses de 2019. A julgar por este primeiro semestre estendido (39,4 mil toneladas), o país norte-africano deve fechar o ano com o maior volume vendido ao Brasil desde que começou o sistema harmonizado, em 1997.


Importadores, exportadores, indústrias, distribuidores, tradings e varejistas estão unidos para atingir este objetivo.

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SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 67

A ABRAPES foi criada em 2016 para aprofundar as relações entre os entes privados e públicos, de forma a costurar soluções para o aumento da comercialização e do consumo de pescado.


Estatísticas

Comex - Importação ESPÉCIES SALMÕES E TRUTAS

80.000

60.000

58.135 50.544

46.414

Mês

43.303

56.332

55.317

52.693

44.827

45.121

35.620

40.000

20.000

0

56.238 49.491

7.020

6.682

5.814

jul/18

ago/18

set/18

9.226

out/18

7.251

nov/18

8.021

9.047

8.484

6.864

8.253

7.428

6.858

dez/18

jan/19

fev/19

mar/19

abr/19

mai/19

jun/19

Volume (ton.)

Dispêndio (US$)

MERLUZA 20000

18.066,86 14.806,78

15.148,45

15.476,79

15.296,52

15000

12.417,52

11.746,62 8.980,93

9.449,40

9.735,30

Mês

10000

5000

0

3.034

3.111

3.269

jul/18

ago/18

set/18

3.867

out/18

4.857

nov/18

4.928

dez/18

4.963

4.849

jan/19

fev/19

Volume (ton.)

PANGA

9.862,55

8.865,18

3.153

2.844

mai/19

jun/19

5.705 4.032

mar/19

abr/19

Dispêndio (US$)

12500,00 9141,91

10000,00

8726,44

8102,10

10012,48

8615,23

8162,98

Mês

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 68

7500,00

5000,00

2500,00

0

4460,46

5259,22

1389,80

1626,32

jul/18

ago/18

5198,81

3671,74

1205,92

2801,46

2713,63

2756,84

2808,44

3036,38

4571,20 3351,00

2549,45

1643,40

1355,07 1087,85

set/18

out/18

nov/18

dez/18 Volume (ton.)

jan/19

fev/19

Dispêndio (US$)

mar/19

abr/19

mai/19

jun/19


SARDINHA

15000 12.714

14000

11.857,06

13000 12000 11000 Mês

9000 8000

9.140 8.307,75

8.336

10000

7.320 7.048 6.751,30

11.052 10.056,09

7.779

8.351,71

6.690

6.960,44

7000

4.404

6000

4305,22

5.439

6.230,29

6.899,50 5.578 5.050,74

5.056,61

5000 4000

jul/18

ago/18

set/18

out/18

nov/18

dez/18

jan/19

Volume (ton.)

BACALHAU

fev/19

mar/19

abr/19

4.914 4.676,46

mai/19

jun/19

8.114,73

4.442,57 738

Dispêndio (US$)

50000 41.939,90 40000

35.362,23 28.949,39 21.434,17

10.792,57 10000

0

18.143,43

18.462,23 17.361,31

20000 10.028,64

6.719

7.043,59 1.104

1.1511

1.501

jul/18

ago/18

set/18

2.949

4.315

2.750

2.744

4.969

out/18

nov/18

dez/18

jan/19

fev/19

Volume (ton.)

3.000

mar/19

abr/19

1.156

mai/19

jun/19

Dispêndio (US$)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 69

Mês

30000


Estatísticas

Comércio e Consumo Consumo, varejo e food service: a ponta da cadeia

A

disponibilidade de pescado per capita no Brasil chegou ao melhor patamar em 2018, segundo o exercício que fazemos com os dados disponíveis atualmente e a premissa da manutenção dos estoques pesqueiros. Em torno de 18% do pescado consumido

no Brasil vem do exterior, enquanto a produção nacional representou 83% da disponibilidade nacional de peixes, crustáceos e moluscos. Dentro desta oferta nacional, 50,5% se deve à aquicultura, 34,2% à captura marinha e 15,2% à pesca continental. Importante notar que o cálculo até 2014 segue a

metodologia de consumo aparente preconizado pela FAO, enquanto, enquanto o restante se deve ao monitoramento feito pela Seafood Brasil com base em dados da aquicultura fornecidos pela PeixeBR, IBGE e ABCC (grifados em amarelo).

DISPONIBILIDADE PER CAPITA DE PESCADO NO BRASIL | 2008-2018 Ano

População **

Produção Nacional (Kg)

Exportação Vivo (Kg)

Importação Vivo (Kg)

Total

Kg/Hab/Ano

2008

189.612.814

1.156.364.000

60.202.490

474.060.279

1.570.221.789

8,28

2009

191.480.630

1.240.813.500

48.974.754

524.292.357

1.716.131.103

8,96

2010

190.747.855

1.264.764.913

42.349.267

636.590.994

1.859.006.640

9,75

2011

192.379.287

1.203.869.200

60.400.502

806.707.065

1.950.175.763

10,14

2012

193.946.886

1.303.624.100

60.968.483

818.303.504

2.060.959.120

10,63

2013

201.032.714

1.241.807.729

50.233.656

969.380.812

2.160.954.885

10,75

2014

202.768.562

1.339.033.773

32.177.939

401.836.420

1.708.692.254

8,42

2015

204.450.649

1.353.185.125

34.733.909

329.361.888

1.647.813.104

8,05

2016

206.081.432

1.356.016.499

39.669.389

354.309.811

1.670.656.921

8,1

2017

207.660.929

1.460.947.200

37.852.943

383.652.195

1.806.746.452

8,7

2018

208.494.900

1.568.517.200

39.511.436

357.639.824

1.886.645.588

9,04

PRODUÇÃO (TON)

2014*

2015*

2016*

2017*

2018

Pesca Continental

239.492

239.492

239.492

239.492

239.492

Pesca Marinha

536.455

536.455

536.455

536.455

536.455

Aquicultura

563.087

577.238

580.069

685.000

792.570

1.339.033, 773

1.353.185, 125

1.356.016, 499

1.460.947, 200

1.568.517, 200

2014*

2015*

2016*

2017*

2018

Exportações

32.177.939,0

34.733.909,0

39.669.389,0

37.852.943,0

39.511.436,0

Importações

401.836.420,0

329.361.888,0

354.309.811,0

383.652.195,0

357.639.824,0

Pesca

775.947

775.947

Aquicultura

685.000

792.570

Importações

383.652,2

357.639,8

TOTAL GERAL

1.844.599

1.926.157

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 70

TOTAL GERAL COMEX


EVOLUÇÃO DO CONSUMO APARENTE (2008 A 2013) E DISPONIBILIDADE PER CAPITA (2014-2019) 2.500.000.000

9,75

2.000.000.000

8,28

10,14

10,63

10,75

8,96

8,42

8,7 8,05

8,1

2015

2016

9,94

1.500.000.000

1.000.000.000

500.000.000

0

2008

2009

2010

Kg/Hab/Ano

2011

2012

Importação (Kg)

2013

2014

2017

2018

Produção Nacional (Kg)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 71

O gráfico indica claramente o peso do produto importado no consumo de pescado. Na análise da última década, nota-se que em 2013 a ascensão o volume comprado de outros países levou o consumo ao topo histórico. No ano seguinte, porém, a crise bateou na porta e derrubou o desempenho do consumo com a redução das importações. Já em 2016, porém, houve uma nova recuperação do consumo e no ano passado a disponibilidade per capita já se aproxima dos 10 kg per capita novamente.


Estatísticas

Comércio e Consumo - Varejo INFLAÇÃO MÉDIA MENSAL DAS ESPÉCIES AUFERIDAS PELO IBGE julho 2018

agosto 2018

setembro 2018

outubro 2018

novembro 2018 dezembro 2018

janeiro 2019

fevereiro 2019

março 2019

abril 2019

maio 2019

junho 2019

Pescado

-0,49

-0,92

0,3

1,42

0,55

0,45

1,59

0,1

0,73

1,27

-1,16

-2,19

Anchova

-15,06

-11,28

9,68

12,21

-9,45

-1,86

14,02

-8,45

7,43

5,84

-2,96

-1,35

Badejo

-0,96

-0,87

5,77

1,37

1,03

-2,93

0,25

-1,18

2,42

1,53

-2,91

1,77

Corvina

3,34

-1,81

-1,68

0,22

-0,12

4,56

1,55

-2,45

-0,17

3,85

-7,57

7,03

Ccavalinha

-2,35

-3,18

1,27

-2,35

3,68

1,83

3,4

0,23

-2,59

-1,21

3,01

-3,55

Pescadinha

-1,58

0,52

3,19

3,28

-2,43

2,63

6,43

-3,02

1,13

2,74

-4,57

-4,5

Tainha

-0,67

-0,81

-0,97

-0,75

1,89

0,48

2,37

-6,28

4,19

0

-1,73

-2,19

Sardinha

-2,05

-0,02

0,49

1,55

7,27

0,85

-5,11

5,13

-3,2

1,02

1,67

2,12

Camarão

-1,65

0,35

0,03

1,39

0,31

0,9

0,89

-0,75

0,34

-0,54

-0,84

-1,65

Vermelho

3,75

2,66

1,47

-4,16

2,5

-0,45

5,64

-3,81

-4,99

2,33

-4,73

1,6

Cavala

-2,55

1,77

-2,37

3,01

-3,56

1,41

-0,75

-0,16

2,6

4,03

-2,59

1,66

Pacu

-6,92

-2,17

8,79

-4,21

4,46

-0,11

0,25

0,05

-1,24

-3,82

2,42

-3,9

Dourado

2,4

1,26

2,51

5,89

-5,28

-2,59

-0,93

7,69

2,38

-4,53

-6,89

-4,82

Cação

-1,03

-1,12

3,26

0,51

-0,54

-0,77

2,54

-2,42

1,1

3,2

-4,49

-3,13

Merluza

-1,32

0,15

3,3

-1,06

-0,92

1,66

0,2

1,45

-0,09

0,02

3,6

-7,89

Serra

0,54

1,97

4,8

2,11

-3,48

1,36

-0,01

-1,61

4,59

0,34

-4,15

3,48

Pescada

-2,66

-0,67

0,5

1,73

2,21

-2,42

4,66

0,8

3,07

2,24

-1,28

-7,73

5,8

-13,21

1,5

2,19

0

-3,12

7,35

-4,73

3,44

-2,12

-0,34

-2,37

Castanha

-2,31

-5,85

2,18

3,51

-2,57

-0,07

3,89

-6,92

6,35

3,58

-3,72

-0,79

Piau

-2,08

-0,43

-2,78

-1,1

-1,14

6,9

3,23

3,75

0,42

1,17

-2,01

-1,34

Surubim

-0,88

-1,42

-1,34

0,97

4,08

-0,45

4,95

1,41

0,42

0,94

-2,01

-1,34

Sururu

-0,8

-2,84

0,07

-0,8

-3,66

-0,39

0,64

-6,57

7,66

1,47

2,04

-5,76

Curimatã

2,26

0,47

-4,78

-3

4,99

-0,39

-4,31

2,27

9,74

1,04

-1,24

3,59

Salmão

6,04

-4,54

-1,25

6,38

-7,85

5,58

-4,36

5,56

0,73

-1,7

-1,95

-0,6

Tilápia

-1,51

-4,46

4,12

-5,68

-0,66

1,87

-1,55

-2,3

3,49

1,89

0,8

-0,09

Tucunaré

-0,07

-3,15

-0,55

3,81

1,32

-2,25

3,59

2,25

3,5

0,2

-3,35

-6,43

Tambaqui

6,98

-3,76

-5,78

5,28

-1,3

5,64

1,54

-0,13

-3,01

1,37

-2,92

5,5

Dourada

8,03

-1,51

-2,43

2,47

0,14

-2,31

0,57

4,78

0,03

-1,22

-4,86

-5,25

Peroá

0,55

-4,55

-0,4

6,3

-1,3

-4,52

-6,12

2,16

4,69

1,85

-2,59

1,56

Pintado

-6,09

4,48

0,24

-4,51

1,57

7,57

-4,33

6,45

0,81

-3,53

3,17

-3,62

Mandi

-0,88

-1,42

-1,34

0,97

4,08

-0,45

4,95

1,41

0,42

1,17

-2,01

-1,34

Caranguejo

Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

INFLAÇÃO MENSAL DO SETOR X OUTROS SETORES DE ALIMENTAÇÃO | JUL/18 A JUN/19

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 72

0,3

1 0

1,59

1,42

2

0,55

-0,49 -0,49

0,45

0,1

-0,49 -0,92

-1,16

-1

-2,19

-2 -3 julho 2018

setembro 2018

Alimentacão e bebidas

novembro 2018

Carnes

janeiro 2019

Pescado

Carnes e peixes industrializados

março 2019

Aves e ovos

maio 2019


CONSUMO PER CAPITA CONFORME A ORIGEM EM 2018*

O QUE MAIS VENDE (KG)? | PESQUISA INDUSTRIAL ANUAL IBGE 2017

O QUE MAIS RENDE (R$)? | PESQUISA INDUSTRIAL ANUAL IBGE 2017

8,1%

4,9% 20,8% 19,6% 42,1

21,6%

%

1,9%

66,7%

53,5

%

0,4% 16,1%

11,7%

37,1%

Pesca - 3,74 Importações - 1,85 Aquicultura - 3,30

* Projeção com base em dados do IBGE, PeixeBR, ABCC e MDIC. Dados da pesca repetem anos anteriores

2,6%

Crustáceos congelados - 22.677

Crustáceos congelados - $ 462.914

Filés e porções de peixes frescos, refrigerados ou congelados - 90.668 Moluscos refrigerados, congelados, secos ou salgados - 9.026 Peixes congelados, exceto filés e outras carnes de peixes - 74.584 Peixes, filés e outras carnes de peixes, secos, salgados ou defumados - 18.028 Preparações e conservas de peixes, exceto pratos prontos congelados - 248.541

Filés e porções de peixes frescos, refrigerados ou congelados - $ 1.235.116 Moluscos refrigerados, congelados, secos ou salgados - $ 22.848 Peixes congelados, exceto filés e outras carnes de peixes - $ 666.578 Peixes, filés e outras carnes de peixes, secos, salgados ou defumados - $ 148.453 Preparações e conservas de peixes, exceto pratos prontos congelados - $ 3.182.315

*As preparações de pescado conforme o volume vendido (Ton)

As preparações de pescado conforme o faturamento (mil R$)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 73

3,9%


Estatísticas

Comércio e Consumo - Varejo O COMPORTAMENTO DO VAREJO | 2018 X 2017 ABRAS Fatura Nominal (R$ bi)

No de lojas

No de check-outs

Área de vendas (m2 milhões)

No de funcionários

2017

2018

Var. %

2017

2018

Var. %

2017

2018

Var. %

2017

2018

Var. %

2017

2018

Var. %

Autosserviço

353,2

355,7

0,71%

89.368

89.673

0,34%

223.715

227.634

1,75%

21,9

22,2

1,37%

1.822.236

1.853.122

1,69%

Supermercados

327,4

330,4

0,92%

38.082

38.277

0,51%

174.943

177.917

1,70%

16,8

17,0

1,19%

1.677.192

1.700.123

1,37%

500 maiores empresas

277,9

267

-3,92%

8.200

7.868

-4,05%

76.431

73.147

-4,30%

11,3

10,2

-9,73%

691.841

656.186

-5,15%

300 maiores empresas

271,5

261,1

-3,83%

7.768

7.490

-3,58%

73.467

70.517

-4,02%

10,9

9,8

-10,09%

670.726

637.621

-4,94%

20 maiores

187,5

175,6

-6,35%

5.385

5.056

-6,11%

44.242

40.609

-8,21%

7,6

6,4

-15,79%

402.108

367.451

-8,62%

280 outras

84,0

85,5

1,79%

2.383

2.434

2,14%

29.225

29,908

-99,90%

3,3

3,4

3,03%

268.618

270.170

0,58%

Fonte: Ranking Abras/SuperHiper

O ano passado frustrou ligeiramente a previsão da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). No começo do ano passado, a entidade projetou 3,00% de crescimento nas vendas, e em julho revisou esta perspectiva para 2,53%, por conta da greve dos caminhoneiros e o bolso curto dos consumidores. Ainda assim, o resultado foi positivo ao setor supermercadista, que registrou 2,07% de crescimento real na comparação com 2017, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade. O Carrefour se consolida na liderança em termos de faturamento, com crescimento expressivo de 13,5%. A maior alta no faturamento, no entanto, ficou com a rede catarinense Angeloni (+21,7%).

TOP 20 VAREJO

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 74

# em 2019

# em 2018

RAZÃO SOCIAL

1

1

CARREFOUR COM IND LTDA

2

2

GPA

3

3

WALMART BRASIL LTDA

4

4

CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA

NOME POPULAR

SEDE

FATURAMENTO BRUTO EM 2018 (R$)

% DO TOP 20 TOTAL

FATURAMENTO BRUTO EM 2017

FATURAMENTO 2018 x 2017

Carrefour

SP

56.343.000.000

28,3%

49.653.000.000

13,5%

Grupo Pão de Açúcar

SP

53.615.965.136

27,6%

48.439.791.828

10,7%

Walmart

SP

não divulgado

-

28.187.051.659

-%

GBarbosa | Prezunic

SE

8.512.818.624

4,9%

8.535.696.719

-0,3%

Super Muffato

PR

6.917.158.156

3,4%

6.012.523.152

15,0%

#

#

125.388.941.916

71,42%

140.828.063.358

-10,96%

5

5

IRMÃOS MUFFATO & CIA LTDA

#

#

TOTAL 5 MAIORES

6

6

SDB COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA

Supermercados Comper

SP

6.270.686.120

3,3%

5.770.156.270

8,7%

7

7

SUPERMERCADOS BH COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA

Supermercados BH

MG

6.004.254.104

3,1%

5.474.026.917

9,7%

8

8

COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA

Zaffari

RS

5.300.000.000

3,0%

5.200.000.000

1,9%

9

10

DMA DISTRIBUIDORA S/A

Supermercados EPA

MG

3.682.231.619

1,9%

3.371.899.566

9,2%

10

9

SONDA SUPERMERCADOS EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO AS

Rede Sonda

SP

3.402.195.983

1,9%

3.356.067.550

1,4%

#

#

TOTAL 10 MAIORES

#

#

150.048.309.742

85,46%

164.000.213.661

-8,51%

11

11

SAVEGNAGO SUPERMERCADOS LTDA

Savegnago

SP

3.107.952.793

1,7%

2.923.410.549

6,3%

12

12

LIDER COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA

Grupo Líder

PA

3.039.701.133

1,6%

2.730.887.111

11,3%

Mart Minas

MG

2.770.462.582

1,5%

2.626.396.877

5,5%

Angeloni

SC

2.711.219.166

1,3%

2.226.910.505

21,7%

Spani Atacadista

SP

2.489.656.280

1,3%

2.209.532.732

12,7%

13

14

MART MINAS DISTRIBUIÇÃO LTDA

14

13

A ANGELONI CIA LTDA

15

17

COMERCIAL ZARAGOZA IMP EXP LTDA

16

16

SUPERMERCADO BAHAMAS S/A

17

19

MULTIFORMATO DISTRIBUIDORA S/A

18

20

COMPANHIA SULAMERICANA DE DISTRIBUIÇÃO

19

15

COOP - COOPERATIVA DE CONSUMO

20

18

AM/PM COMESTÍVEIS LTDA TOTAL 20 MAIORES

Fonte: Ranking Abras/SuperHiper 2018 | Elaboração: SEAFOOD BRASIL

Bahamas

MG

2.398.159.460

1,2%

2.194.184.601

9,3%

Super Nosso

MG

2.300.165.372

1,2%

2.157.638.740

6,6%

Cidade Canção/Amigão

PR

2.280.852.000

1,2%

2.147.834.034

6,2%

Coop

SP

2.277.066.033

1,2%

2.143.908.694

6,2%

AM/PM

RJ

2.152.830.266

1,2%

2.115.090.083

1,8%

175.576.374.827

100,00%

187.476.007.587

-6,35%


PARTICIPAÇÃO DA SEÇÃO PEIXARIA NO FATURAMENTO NOS SUPERMERCADOS BRASILEIROS | R$ BILHÕES 1000

200,1

224,3

242,9

1,94

2,53

3,08

0,97%

1,13%

294,9

315,8

4,36

4,51

4,61

1,60%

1,53%

1,46%

272,2

338,7

353,2

355,7

2,71

2,83

2,49

0,80%

0,80%

0,70%

2016

2017

2018

100

10

1

0,1

0,01

2010

2011

1,27%

2012 Faturamento total

2013

2014

2015

Participação da peixaria

Faturamento peixaria

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 75

O movimento de desprestígio das peixarias prossegue no recorte do faturamento total dos supermercados. O segmento faturou R$ 2,49 bilhões, que perto da receita total do varejo (R$ 355,7 bilhões) representou apenas 0,7% do total. Importante notar que os dados não contemplam o peixe congelado, categoria para a qual a Abras não tem um monitoramento específico.


Estatísticas

Comércio e Consumo - Varejo

INFLAÇÃO MENSAL FORA DO LAR 2018 A 2019 | IPCA IBGE 0,09

1

0,5

0,79

0,58

0,72 0,32

0,39

0,29

0,23

0,19

0,49 0,02 0,01

0,64 0,61

0,33

-0,04

0,08

-0,22

0,1 -0,25

0,41 0,15

0,03

0,02

-0,26

0,22

-0

-0,5

-1 julho 2018

outubro 2018

janeiro 2019 Alimentação fora do lar

abril 2019

julho 2019

Almoço ou jantar

O orçamento das famílias continua muito restrito e o segmento da alimentação fora do lar se vê impedido de reajustar preços no mesmo patamar da inflação geral. Só o almoço e jantar ficaram mais caros neste primeiro semestre, mas na análise anual notamos que a média do custo de comer fora ficou apenas 0,5% mais caro.

FOODSERVICE BRASILEIRO NO 1O TRIMESTRE DE 2019

TOTAL NO 1O TRIMERSTRE 2019

Total gasto pelo consumidor

+5%

Trafego (visitas)

+4%

Ticket médio por pessoa

+1%

R$ 52 BI

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 76

VARIAÇÃO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR

3,6 BI R$ 15 BI

Fonte: Instituto Food Service Brasil


Estatísticas

Comércio e Consumo - Varejo

s úteis - 1 o trime

13

%

stre

de

9%

R$ 13 é o ticket médio por pessoa de uma visita em um dia útil, e esse número é 20% menor que nos finais de semana

19

12%

%

o feg

dia no s

20

tr á

VISÃO GERAL DAS VISITAS EM DIAS ÚTEIS

17

%

Café da manhã Lanche da manhã

50%

Das visitas em dias úteis são individuais

Almoço

25%

25%

50%

Das visitas em dias úteis realizadas fora do local (para viagem e delivery)

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 77

Fonte: Instituto Food Service Brasil


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 78


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 79


Guia de Fornecedores Os principais fornecedores da cadeia produtiva

U

ma prestação de serviços e, ao mesmo tempo, uma ponte para a realização de negócios. Esta é a missão deste Guia de Fornecedores, cujos dados foram fornecidos pelas empresas que adquiriram estes espaços ou que anunciaram em algum momento dos seis anos de existência da nossa publicação. Este guia não se pretende uma referência completa de todas as empresas que compõem a cadeia produtiva

do pescado no Brasil e exterior, mas certamente abriga as companhias mais representativas, da produção em cativeiro ou na pesca extrativa, passando pelo processamento até a comercialização no varejo e food service. Munido das informações de mercado fornecidas nas páginas anteriores, vá em busca de seu parceiro. A Seafood Brasil lhe deseja excelentes negócios.

Como usar este Guia de Fornecedores? Este Guia de Fornecedores do 5º Anuário Seafood Brasil reúne algumas das principais empresas fornecedoras de produtos e serviços da cadeia produtiva do pescado no Brasil e no exterior.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 80

Veja em qual categoria abaixo você se enquadra e boa consulta!

• Se você busca produtos e serviços para criação de peixes, crustáceos ou moluscos, procure pelos fornecedores com este ícone • Se você busca pro­dutos e serviços para pesca de peixes, crustáceos ou moluscos, procure pelos fornecedores com este ícone

• Se você é da

indústria de transformação de pescado, procure pelos fornecedores com este ícone

• Se você é do varejo ou food service e procura por peixes, crustáceos e moluscos ou outros serviços, busque os fornecedores com este ícone • Se você busca serviços e relações institucionais, procure pelos fornecedores com este ícone


SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 81


Guia de Fornecedores

ACO DRENAGEM Local: Jacareí - SP Contatos: aco@acodrenagem.com.br +55 (12) 3878-4686 http://www.acodrenagem.com.br/ Produtos e serviços: Soluções em drenagem higiênica (canais e ralos de aço inoxidável), gestão de águas residuais, tubos com sistema ponta e bolsa, sistemas de pré-tratamento de gordura, entre outros.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 82

ACQUA VIVA Local: Rio de Janeiro - RJ Contatos: contato@mcrio.com.br +55 (21) 3297-8822 http://www.mcrio.com.br Produtos e serviços: Pescados em filés, postas, eviscerados, frescos e congelados.

ACQUASYSTEM BRASIL Local: Acaraú - CE Contatos: acquasystem@ acquasystembrasil.com.br +55 (88) 3661 4393 http://www.acquasystembrasil.com. br Produtos e serviços: Fabricação e manutenção de sistema de bombeamento flutuante para captação de água, caiques, submarinos, berçários em fibra, sopradores, aeradores, caixas para despesca e produtos em fibra em geral.

ADSUMUS ASSESSORIA Local: São Paulo - SP Contatos: contato@adsumus.org +55 (11) 97464-7461 http://www.adsumus.org Produtos e serviços: Assessoria para indústria e comércio de alimentos de origem animal, treinamentos de funcionários, realização e adequação de layout industrial, registro em órgãos de inspeção, consultoria em pescado.

AGROINOVA Local: São Paulo - SP Contatos: atendimento@agroinova. com.br +55 (19) 99767-2149 http://agroinova.com.br/ Produtos e serviços: Softwares de gestão para o gerenciamento, execução e administração das atividades de campo (manejo, classificação e biometria) e rotinas de negócio (controle de estoque, financeiro, compra e venda).

AKSO Local: São Leopoldo - RS Contatos: vendas@akso.com.br +55 (51) 3406-1717 http://www.akso.com.br Produtos e serviços: Instrumentos de medição: medidores de pH, EC, OD, amônia, nitrito, nitrato, cloro, salinidade, ozônio, dataloggers de temperatura e/ou umidade, termômetros, turbidímetros, colorímetro etc.

ALASKA SEAFOOD MARKETING INSTITUTE Local: São Paulo - SP Contatos: cnascimento@ alaskaseafood.org +55 (11) 2579-0431 https://www.alaskaseafood.com.br Produtos e serviços: Peixes selvagens, naturais e sustentáveis do Alasca: cinco espécies de salmão selvagem, genuína polaca do Alasca, bacalhau fresco, peixes planos, black cod, halibut, ikura etc. Agência governamental.

ALFATUN Local: Manta - Equador Contatos: alfonso@alfatun.com +593 99122-4596 http://www.alfatun.com Produtos e serviços: Peixes e camarão.

ALIMENTOS YEDA Local: Caucaia - CE Contatos: info@alimentosyeda. com +55 (85) 99680-5639 http://www.alimentosyeda.com/ Produtos e serviços: Pescado congelado e surimi.

ALLIPLUS Local: Caucaia - CE Contatos: contato@alliplus.com +55 (85) 99680-5639 http://alliplus.com Produtos e serviços: Óleos essenciais, ácidos orgânicos e aditivos para a indústria pesqueira.

ALTAMAR SISTEMAS AQUÁTICOS Local: Santos - SP Contatos: contato@altamar.com.br +55 (13) 3877-3610 https://altamar.com.br Produtos e serviços: Sistemas de recirculação, depuração de moluscos, motobombas, filtros mecânicos, biológicos, desinfecção de água por UV-C e ozônio, aquecedores, projeto de instalações, serviço técnico especializado.

AMMCO PHARMA Local: Piracicaba - SP Contatos: contato@ammcopharma. com.br +55 (19) 2105-9462 http://ammcopharma.com.br/ Produtos e serviços: Com vasta experiência em aquacultura, distribui e comercializa produtos que levam desenvolvimento e os melhores resultados aos seus clientes.


ANUTEC BRAZIL Local: São Paulo - SP Contatos: p.pezutto@koelnmesse. com.br +55 (11) 3874-0030 http://www.anutecbrazil.com.br Produtos e serviços: Evento de tecnologias para o processamento de alimentos e bebidas

AQUACHILE Local: Rancagua - Chile Contatos: info@aquachile.com +56 72 330703 https://www.aquachile.com/ Produtos e serviços: Principal produtor de proteínas animais do Chile, incluindo salmão em diferentes apresentações com a marca Aquachile.

AQUAFEED NUTRIÇÃO ANIMAL Local: Aparecida do Taboado - MS Contatos: lucas.piva@aquafeed. com.br +55 (67) 3565-7335 http://www.aquaqualy.com.br Produtos e serviços: Programa nutricional completo para tilápias

AQUATEC Local: Canguaretama - RN Contatos: aquatec@aquatec. com.br +55 (84) 3241-5200 http://www.aquatec.com.br Produtos e serviços: Produção, venda e distribuição de pós-larvas de camarão L. vannamei nas linhagens SpeedLine AQUA e POND

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 83

ANUFOOD BRAZIL Local: São Paulo - SP Contatos: p.pezutto@koelnmesse. com.br +55 (11) 3874-0030 https://www.anufoodbrazil.com.br/ Produtos e serviços: Evento de alimentos e bebidas

AQUACULTURE STEWARDSHIP COUNCIL (ASC) Local: Salvador - BA Contatos: info@asc-aqua.org +55 (71) 9 9917-9679 https://www.asc-aqua.org/ Produtos e serviços: Programa de certificação de melhores práticas que pode fornecer acesso a novos mercados, em particular a exportação, já que a certificação ASC tem valor no mercado internacional.


Guia de Fornecedores

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 84

AQUAWIRE Local: Orlândia - SP Contatos: contato@aquawire.com.br +55 (16) 9 9716-2040 (65) 99977-6400 https://www.facebook.com/aquawire/ Produtos e serviços: Fio para tanques-rede que cria um óxido natural de proteção na superfície que é seguro para os peixes e impede o desenvolvimento do mexilhão dourado e outros organismos aquáticos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE PESCADOS (ABIPESCA) Local: São Paulo - SP Contatos: contato@abipesca.com.br +55 (11) 2738-0069 https://www.abipesca.com.br Produtos e serviços: Contribuir para o fortalecimento das indústrias de pescado por meio do aprimoramento de políticas públicas, da promoção das boas práticas industriais e comerciais e defesa de ações nocivas ao setor.

AQUISHOW BRASIL Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: aquishow@ aquishowbrasil.com.br +55 (17) 98113-3967 https://www.aquishowbrasil.com.br/ Produtos e serviços: Feira de negócios especializada em tecnologia para a aquicultura e soluções de comercialização, networking e conhecimentos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARÃO (ABCC) Local: Natal - RN Contatos: abccam@abccam.com.br +55 (84) 3231-6291 / 99612-7575 https://abccam.com.br/ Produtos e serviços: Associação sem fins lucrativos que representa os carcinicultores em todo o Brasil.

ASCR SOCIEDADE DE ADVOGADOS Local: São Paulo - SP Contatos: atendimento@ascr.adv.br +55 (11) 3171-0120 http://www.ascr.adv.br Produtos e serviços: Especializado em Direito Empresarial com todas as matérias que permeiam a gestão empresarial, tais como Direito Tributário, Civel, trabalhista, criminal tributário, contratos e negócios.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FOMENTO AO PESCADO (ABRAPES) Local: São Paulo - SP Contatos: contato@abrapes.org +55 (11) 5105-8269 http://www.abrapes.org Produtos e serviços: Associação criada em 2016 para coordenar e defender os interesses de seus membros em órgãos públicos e privados, fomentar o consumo de pescado no Brasil e empenhar-se na abertura de novos mercados.

ASSOCIAÇÃO DE PISCICULTORES EM ÁGUAS PAULISTAS E DA UNIÃO (PEIXESP) Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: peixesp@peixesp.com.br +55 (17) 99616-6638 http://peixesp.com.br/ Produtos e serviços: Representação institucional e organização do setor.

ATAK SISTEMAS Local: Maringá - PR Contatos: comercial@atak.com.br +55 (44) 2101-5657 https://atak.com.br/ Produtos e serviços: Sofwares integrado para gestão e controle de produção, chão de fábrica até financeiro. Software para automação de planilhas do controle de qualidade.

ATLANTIS SEAFOOD Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: info@atlantisseafoodsrl. com.ar +54 223 4801826 http://www.atlantisseafoodsrl. com.ar/ Produtos e serviços: Merluza, abadejo, corvina, cavala etc. Filés com ou sem pele, peixe inteiro, HG, filés congelados, IQF, IWF, hambúrgueres e outros cortes de peixe pré-fritos.

AV09 COMÉRCIO EXTERIOR Local: Balneário Camboriú - SC Contatos: av09@av09.com.br +55 (47) 3367-9009 http://www.av09.com.br Produtos e serviços: Importação de pescados internacionais, distribuição em todo território nacional e frota própria.

AYAMO FOODS Local: Itajaí - SC Contatos: sales@ayamofoods.com +55 (47) 3349-4606 http://www.ayamofoods.com Produtos e serviços: Exportação e Importação de pescado inteiro para o atacado e varejo.

ARMAZÉM LOGÍSTICO

BAITAFRIO ARMAZÉM LOGÍSTICO Local: São Paulo - SP Contatos: contato@baitafrio.com.br +55 (11) 2917-1222 http://www.baitafrio.com.br Produtos e serviços: Armazenagem de produtos frigorificados.

BELGO BEKAERT ARAMES Local: Contagem - MG Contatos: belgobekaert@ belgobekaert.com.br 0800-727-2000 https://www.belgobekaert.com.br Produtos e serviços: Arame para tanques-rede.


Aquicultura

BEM BRASIL ALIMENTOS Local: Araxá - MG Contatos: juliana@bembrasil.ind.br +55 (34) 3669-9000 http://www.bembrasil.ind.br Produtos e serviços: Peixe congelado filé de tilápia.

BETTCHER DO BRASIL Local: São Paulo - SP Contatos: vendas@bettcher.com.br +55 (11) 4083-2510 http://www.bettcher.com.br/

BIOFISH AQUICULTURA Local: Porto Velho - RO Contatos: contato@biofish.com.br +55 (69) 3221-2021 http://www.biofish.com.br/ Produtos e serviços: Desenvolvimento de projetos aquícolas, produção de alevinos e póslarvas, assessoria em licenciamento ambiental, consultoria e engenharia.

Comercialização

Pesca

Institucional

https://www.bompeixe.com.br Produtos e serviços: Indústria e comércio de pescado e frutos do mar. BOM FUTURO Local: Cuiabá - MT Contatos: piscicultura@bomfuturo. com.br +55 (65) 3645-8000 https://www.bomfuturo.com.br Produtos e serviços: Tambaqui, tambatinga, pintado da amazônia, piauçu e tilápia.

BOM PEIXE Local: Piracicaba - SP Contatos: comercial@bompeixe. com.br +55 19 3429-6600

BOM PORTO (BRASCOD) Local: Barueri - SP Contatos: sergio.karagulian@ brascod.com.br +55 (11) 3173-2950 http://www.bacalhaubomporto.com.br Produtos e serviços: Indústria de bacalhau situada no Brasil, onde atendemos o mercado com as opções que mais forem convenientes, trabalhando o conceito de marca e estabelecendo o branding Bacalhau é BomPORTO.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 85

Produtos e serviços: Equipamentos para beneficiamento de cortes e aumento de rendimentos no abate e na desossa.

Indústria


Guia de Fornecedores Produtos e serviços: Fomento ao comércio internacional do camarão do Equador e da produção de forma sustentável, com respeito ao meio ambiente. BOMAR PESCADOS Local: Ceará - CE Contatos: marketing@ bomarpescados.com.br +55 (85) 3270-6562 http://www.bomarpescados.com.br/ Produtos e serviços: Camarão, tilápia, salmão, bacalhau, pescado em geral.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 86

BRANCO MÁQUINAS Local: Blumenau - SC Contatos: comercial@ brancomaquinas.com.br +55 (47) 3330-0433; 3237-0359 http://www.brancomaquinas.com.br Produtos e serviços: Fabricantes de equipamentos para beneficiamento do pescado.

BRASMO Local: Chapecó - SC Contatos: comercial@brasmo.com.br +55 (49) 3330-6200 http://www.brasmo.com.br Produtos e serviços: EPI’s descartáveis: aventais, mangotes e luvas. Utensílios para manipulação de alimentos e higienização: escovas, raspadores, espátulas, vassouras, baldes. Detectáveis: corpos de prova, canetas e lacres.

BRASPEIXE Local: Paulo Afonso - BA Contatos: braspeixe@braspeixe. com.br +55 (75) 3282-4716 http://www.braspeixe.com.br Produtos e serviços: Tanque-rede PEAD, telas aço inox 304L, tampas e comedouros.

BRUSINOX Local: Brusque - SC Contatos: brusinox@brusinox.com.br +55 (47) 3351-0567 http://www.brusinox.com.br/ Produtos e serviços: Novidade: software de gestão em tempo real com medição de produtividade, rendimento e qualidade (Indústria 4.0). Primeira empresa do Brasil a desenvolver e fabricar essa tecnologia.

CERMAQ CHILE Local: Puerto Montt - Chile Contatos: matias.cirano@cermaq.com +56 (65) 2563276 http://www.cermaq.com Produtos e serviços: Salmão Atlântico e coho nas apresentações: inteiro fresco, inteiro congelado e HG (sem-cabeça) congelado

brazilian fish BRAZILIAN FISH Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: sac@grupoambaramaral. com.br +55 (17) 3631-9100 http://brazilianfishbr.com.br Produtos e serviços: Filés de tilápia e outros cortes, pratos prontos à base de tilápia e aperitivos: bolinho, trouxinha, enroladinho com provolone, tilápia recheada e pururuca de tilápia Brazilian Fish.

C. VALE Local: Palotina - PR Contatos: comercial@cvale.com.br +55 (44) 3649-8181 https://www.cvale.com.br/ Produtos e serviços: Tilápia em diversas apresentações.

CAMANOR Local: Natal - RN Contatos: comercial@camanor. com.br +55 (84) 4008-0448 http://www.camanor.com.br Produtos e serviços: Camarão congelado e filé de tilápia congelado. BRØDRENE SPERRE Local: Ellingsøy - Noruega Contatos: info@sperref​ish.com +47 70 10 27 00 https://sperrefish.com/ Produtos e serviços: Peixes pelágicos congelados e peixes salgados e secos, como bacalhau.

CÂMARA NACIONAL DA AQUACULTURA DO EQUADOR Local: Guayaquil - Equador Contatos: cna@cna-ecuador.com +59 3 (4) 268-3017 https://www.cna-ecuador.com/

CHARLIE TANGO Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: comex@charlietango-sa.com +54 (11) 4342-0605 http://www.charlietango.com.ar/ Produtos e serviços: Camarão, lula illex, corvina, truta marinha, linguado, , Flounder, merluza negra, garoupa, abrótea e king crab.

CLEARWATER SEAFOODS Local: Curitiba - PR Contatos: brasil@clearwater.ca +55 (41) 99101- 8384 https://www.clearwater.ca Produtos e serviços: Frutos do mar selvagens e sustentáveis: vieira canadense gigante, lagosta canadense e Hokkigai, capturados nas águas do Atlântico Norte, com qualidade premium e disponibilidade durante todo o ano.


COLETIVO NACIONAL DA PESCA E AQUICULTURA (CONEPE) Local: Brasília - DF Contatos: conepe@conepe.org.br +55 (61) 3323-5831 http://www.conepe.org.br/ Produtos e serviços: Entidade representativa do setor pesqueiro nacional, agregando sindicatos de armadores e indústrias processadoras de pescado.

CONGELADOS ARTICO Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: ventas@congeladosartico. com +54 223 489 5459 http://congeladosartico.com.ar/pt/ Produtos e serviços: Exportadora de empanados a base de pescado, como medalhões, hambúrgueres e filés de merluza, anéis de lula, entre outros produtos processados.

COSTA SUL PESCADOS Local: Navegantes - SC Contatos: costasul@costasul.com.br +55 (47) 2103-3000 http://www.costasul.com.br Produtos e serviços: Pescado e frutos do mar congelados.

Indústria

Produtos e serviços: Probióticos, aditivos, aparelhos para medição de parâmetros de qualidade de água, kits para análises de água, desinfetantes, promotores de crescimento, dietas iniciais, aeradores, compressores etc. DANFOSS DO BRASIL Local: Osasco - SP Contatos: sac.brasil@danfoss.com +55 (11) 2135-5400 https://www.danfoss.com/pt-br/ Produtos e serviços: Válvulas e componentes para sistemas de refrigeração.

EMPACADORA BILBO Local: Equador Contatos: infor@bilbosa.com +59 3 052578696 https://www.bilbo-sa.com/ Produtos e serviços: Camarão em diferentes apresentações, pescado (atum, escolar, mahi mahi) e espécies pelágicas.

ENTERPRISE FEIRAS E EVENTOS Local: São Paulo - SP Contatos: contato@rofereventos. com.br +55 (11) 2730-0522 http://rofereventos.com.br Produtos e serviços: Coorganizadora de feiras como Mercoagro e Expomeat.

ESCAMA FORTE Local: Botucatu - SP Contatos: atendimento@ escamaforte.com.br +55 (14) 3354-1809 https://escamaforte.com.br/

ESCRITÓRIO COMERCIAL DO PERU NO BRASIL Local: São Paulo - SP Contatos: psanchez@ escritoriodoperu.com.br +55 (11) 4507-7230 http://www.escritoriodoperu.com.br Produtos e serviços: Peixes congelados e frutos do mar do Peru.

EXPOMEAT Local: São Paulo - SP Contatos: contato@rofereventos. com.br +55 (11) 2730-0522 http://www.expomeat.com.br Produtos e serviços: Feira Internacional de Processamento e Industrialização de Aves, Bovinos, Ovinos, Suínos e Pescados.

FAZENDA ÁGUAS PRETAS Local: Canavieiras - BA Contatos: contato@aguaspretas. com.br +55 (11) 97233-1440 http://www.aguaspretas.com.br Produtos e serviços: Pirarucu inteiro retirado dos tanques na hora do embarque. Atendemos todo o Brasil.

Comercialização

Pesca

Institucional

FCALHAO Local: Cuiabá - MT Contatos: financeiro@fcalhao. com.br +55 (65) 99995-2395; +35 1 912 981 652 https://casadopeixemt.com.br/ Produtos e serviços: Desenvolvimento e aprovação de projetos industriais nas cadeias de pescado, bovinos, suínos, rações, despojos e bebidas. Certificação federal (SIF) e demais âmbitos. Habilitações para exportação.

FEIRA DE PEIXES NATIVOS Local: Cuiabá - MT Contatos: valeria.pires@mt.sebrae. com.br +55 (65) 3648-1200 https://www.mt.sebrae.com.br/ Produtos e serviços: Feira e seminário dedicados à produção de peixes nativos brasileiros.

FENACAM’19 Local: Natal - RN Contatos: fenacam@fenacam. com.br +55 (84) 3231-6291 http://www.fenacam.com.br Produtos e serviços: Congresso e feira de negócios dedicados ao cultivo de camarão.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 87

Aquicultura


Guia de Fornecedores https://fisherpiscicultura.com.br/ Produtos e serviços: Sistema Fisher de produção de tilápias, tanque-rede de grande volume TRGV Fisher

FENAPIS Local: Jaboticabal - SP Contatos: posgrad.fcav@unesp.br +55 (16) 3209-7477 https://www.caunesp.unesp.br/ Produtos e serviços: Feira de produtos e serviços para aquicultura e Workshop de Sanidade em Piscicultura.

FISPAL FOOD SERVICE Local: São Paulo - SP Contatos: fispalfoodservice@ informa.com +55 (11) 4632-0200 https://www.fispalfoodservice.com. br/pt/home.html Produtos e serviços: Feira especializada em alimentação fora do lar que acontece em São Paulo, no Expo Center Norte.

FIAT Local: São Paulo - SP Contatos: contato@fiat.com.br 0800-707-1000 https://www.fiat.com.br Produtos e serviços: Veículos.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 88

FISH TAG Local: João Pessoa - PB Contatos: cesar@fishtag.co +55 (83) 9 9957-8000 https://www.fishtag.co/ Produtos e serviços: Aplicativo e market-place de pescado focado em rastreabilidade e sustentabilidade.

FISHER PISCICULTURA ÁGUA VERMELHA Local: Riolândia - SP Contatos: contato@fisherpisicultura. com.br +55 (17) 99605-6363

FORSAFE Local: Itajaí - SC Contatos: comercial@forsafe.com.br +55 (47) 3248-1185 http://forsafe.com.br Produtos e serviços: Balsas salvavidas para embarcações pesqueiras e materiais de salvatagem.

FRANCAL FEIRAS Local: São Paulo - SP Contatos: feiras@francal.com.br +55 (11) 2226-3100 https://www.francal.com.br/ Produtos e serviços: Organizadora da Seafood Show Latin America, Venda Seu Peixe, Asian Food Show, entre outros.

FRESCATTO COMPANY Local: Rio de Janeiro - RJ Contatos: info@frescatto.com +55 (21) 3527-9393 http://www.frescattocompany. com Produtos e serviços: Soluções em pescado personalizadas para o seu negócio. Mais de 40 espécies e 300 itens, combinando cortes e embalagens. Atendemos food service e autosserviço, com 5 filiais: RJ, SP, PE, MG e DF.

GELONESE Local: Foz do Iguaçu - PR Contatos: gelonese@brturbo.com.br +55 (45) 3528-7475 https://www.facebook.com/geloneseoficial/ Produtos e serviços: Peixes: traíra sem espinhos, traíra inteira, curimba, piapara, bagre, pati, dourado, filé de merluza. Serviço de reinspeção e armazenagem de pescado.

FREZZE Local: São Paulo - SP Contatos: contato@frezze.com.br +55 (11) 3666-3385 https://www.frezze.com.br Produtos e serviços: Uma startup de terceirização logística de alimentos refrigerados e congelados​. Entregamos cargas desde 10 kg a 2 toneladas por entrega. Entregamos na Grande São Paulo, outros Estados sob demanda.

GENESEAS Local: São Paulo - SP Contatos: contato@geneseas. com.br +55 (11) 3123-2101 http://www.geneseas.com.br Produtos e serviços: Pescado em geral (tilápia, camarões e outros frutos do mar).

FRUMAR Local: São Leopoldo - RS Contatos: contato@frumar. com.br +55 (51) 3037-6969 http://www.frumar.com.br Produtos e serviços: Salmão fresco, camarão, frutos do mar, atum, bacalhau e peixes de todos os continentes, além da linha de insumos para culinária oriental.

GOLDEN FOODS ALIMENTOS Local: Rio de Janeiro - RJ Contatos: sac@goldenfoods.com.br +55 (21) 3550-0760 https://goldenfoods.com.br/ Produtos e serviços: Filé de alabote dente curvo, filé de polaca, lombo e posta de cação, filé de panga com ou sem gordura, filé de salmão, anel de lula congelado, filé de merluza, tubo de lula congelado, bacalhau seco salgado, postas de bacalhau dessalgadas e congeladas, ent


Indústria

https://www.grupo5bs.com.br/ Produtos e serviços: Força comercial, inteligência logística, trademkt e P&D.

GOLFO DORADO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Local: Itajaí - SC Contatos: atendimento@ golfodorado.com +55 (47) 98898-5335 https://www.golfodorado.com Produtos e serviços: Peixes congelados.

GONDI Local: Portoviejo - Equador Contatos: info@gondi.com.ec +593 5292 2554 http://www.grupogondi.com/ Produtos e serviços: Pescado resfriado, congelado e conservas.

GRUPO 5 Local: São Paulo - SP Contatos: contato@grupo5bs.com.br +55 (11) 5505-3795

GRUPO AMBAR AMARAL Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: sac@grupoambaramaral. com.br +55 (17) 3631-9100 http://www.grupoambaramaral.com. br/ Produtos e serviços: Um dos maiores grupos no ramo de criação de tilápia, com a cadeia verticalizada.

Comercialização

Pesca

Institucional

Possui piscicultura, produção de alevinos, frigorifico de peixe e indústria de ração.

HAARSLEV INDUSTRIES Local: Curitiba - PR Contatos: br-comercial@haarslev. com +55 (41) 3086-8200 https://haarslev.com/ Produtos e serviços: Equipamentos para o tratamento do subprodutos de pescado.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 89

Aquicultura


Guia de Fornecedores

HP EMBALAGENS Local: Cotia - SP Contatos: hpembalagens@ hpembalagens.com.br +55 (11) 4617-8677 http://www.hpembalagens.com.br/ Produtos e serviços: Embalagens termoformadas plásticas.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 90

IBERCONSA ARGENTINA Local: Puerto Madryn - Argentina Contatos: iberconsa@iberconsa. com.ar +54 280 4453088 https://iberconsa.es/ Produtos e serviços: Captura, processamento e distribuição de produtos do mar.

IMPERIAL DISTRIBUIDORA Local: Contagem - MG Contatos: contato@ imperialdistribuidora.com.br +55 (31) 3328-4650 http://www.imperialdistribuidora. com.br Produtos e serviços: Há mais de 10 anos de mercado comercializando pescados nacionais e importados, peixes inteiros, postas e filés de alto padrão de qualidade. Atendemos atacados, distribuidores,supermercados e food service.

INAK (ECIL) Local: São Paulo - SP Contatos: ecil@ecil-trading.com.br +55 (11) 3202-6363 http://www.br-ecil.com/ Produtos e serviços: Embalados da marca Inak para clientes do varejo (merluza, polaca, mapará, cação, kani e imitação de patas de caranguejo).

INDÚSTRIA DE RAÇÕES PATENSE Local: Tanguá - RJ Contatos: patense@patense.com.br +55 (34) 3818-1800 http://www.patense.com.br Produtos e serviços: Farinhas de peixe (sardinha) com a partir de 60% de proteína de alta digestibilidade e óleo de sardinha, rico em ômegas.

INTERATLANTIC Local: Vigo - Espanha Contatos: info@interatlantic.es +34 986 44 32 10 http://www.interatlantic.es Produtos e serviços: Produtor de anéis, tentáculos e derivados de lula no Peru, importador e exportador de pescado congelado com escritórios em Europa e Ásia e mais de 100 Dipoas aprovados.

INTERNATIONAL FISH CONGRESS & FISH EXPO BRASIL Local: Foz do Iguaçu - PR Contatos: executiva@ internationalfishcongress.com.br +55 (48) 9998-0492 http://www.internationalfishcongress.com.br Produtos e serviços: International Fish Congress e Fish Expo Brasil será realizado no Maestra Grand Convention Center - Recanto Cataratas Thermar & Resort, em Foz do Iguaçu (PR), de 17 a 19 de setembro de 2019.

ITAUEIRA AGROPECUÁRIA Local: São Paulo - SP Contatos: joseroberto@itaueira.com +55 (11) 3644-7880; 99185-6878 http://www.itaueira.com.br/portugues/ Produtos e serviços: Itaueira Agropecuária aumenta a família de alimentos Rei com o lançamento do Camarão Rei, conhecido como Camarão-branco do Pacífico. O manejo é sustentável e acompanhado por técnicos capacitados.

JC LACERDA JC LACERDA SEAFOOD Local: Recife - PE Contatos: comerciallacerdajc@gmail.com +55 (81) 99730-4262 https://www.facebook.com/jclacerdaseafood/ Produtos e serviços: Importação e exportação

KARAM’S MAR Local: Indaiatuba - SP Contatos: karamsmar@ karamsmar.com +55 (19) 3935-9725 http://www.karamsmar.com Produtos e serviços: Peixes, camarão e frutos do mar.

KOELNMESSE Local: São Paulo - SP Contatos: p.pezutto@ koelnmesse.com.br +55 (11) 3874-0030 http://www.koelnmesse.com.br/ Produtos e serviços: Organizadora de eventos

KOMDELLI Local: Tijucas - SC Contatos: comercial@komdelli. com.br +55 (48) 3641-2603 http://www.komdelli.com.br Produtos e serviços: Principalmente salmão (fresco e congelado) e tilápia. Também oferece terceirização de serviço.


Aquicultura

Indústria

Comercialização

Pesca

Institucional

Produtos e serviços: Importadora e distribuidora de pescado.

LAGOSTÃO PESCADOS Local: São Paulo - SP Contatos: vendas@lagostao.com +55 (11) 3719-5522 http://www.lagostao.com.br Produtos e serviços: Distribuição de peixes e frutos do mar congelados de alta qualidade.

LERØY SEAFOOD Local: Bergen - Noruega Contatos: post@leroyseafood.com +47 55213669 https://www.leroyseafood.com/en/ Produtos e serviços: Cortes e preparações com salmão, truta, peixes brancos, bacalhau fresco, pelágicos, crustáceos e moluscos.

LM PESCADOS Local: Santos - SP Contatos: marcel@lmimport.com.br +55 (13) 3261-3060 http://www.lmpescados.com.br/

LOCALFRIO Local: São Paulo - SP Contatos: faleconosco@localfrio. com.br +55 (11) 3049-6570 http://www.localfrio.com.br/ Produtos e serviços: Armazenagem e transporte.

M. CASSAB FOODS | FIDER Local: São Paulo - SP Contatos: anna.cabral@mcassab. com.br +55 (11) 2162-7765 https://www.fiderpescados.com.br/ Produtos e serviços: A Fider Pescados produz alimentos a partir da tilápia.

MAQUIPLAST Local: Jandira - SP Contatos: vendas@maquiplast. com.br +55 (11) 4619-9696 http://www.maquiplast.com.br Produtos e serviços: Embalagens plásticas flexíveis, filmes para empacotadoras automáticas e termoformadoras e embalagens stand-up pouch.

MARDI Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: mardi@mardi.com.ar +54 223 489-7100 http://www.mardi.com.ar/ Produtos e serviços: Filé de merluza interfolhado, IQF e empanados de merluza. MAR & RIO PESCADOS Local: São José do Rio Preto - SP Contatos: contato@ mareriopescados.com.br +55 (17) 3513-1000 http://www.mareriopescados.com.br Produtos e serviços: Pescado, frutos do mar, vinhos, produtos orientais. Entregas em todo Brasil.

MAR ARGENTINO

MANSO AQUICULTURA Local: Cuiabá - MT Contatos: francisco@ mansoaquicultura.com.br +55 (65) 2128-9700 http://www.youtube.com/user/MansoAquicultura Produtos e serviços: Tanques-rede de grande volume.

MARBELIZE Local: Manabí - Equador Contatos: info@marbelize.com +59 3 5 2389000 | +59 3 5 2389001 http://marbelize.com/es/ Produtos e serviços: Atum e conservas diversas em latas, pouches e vidro, bem como hambúrgueres, sticks e outros produtos de valor agregado.

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: marargentino@cfp.gob.ar +54 (11) 4361-5830 http://marargentino.gob.ar/ Produtos e serviços: “Mar Argentino, selvagem e austral” é uma referência nos mercados pesqueiros internacionais, um sinônimo de qualidade que acompanha as empresas pesqueiras argentinas ao redor do mundo.

MAREL Local: Piracicaba - SP Contatos: sales.br@marel.com +55 (19) 3414-9000 http://www.marel.com/brazil Produtos e serviços: Sistemas, equipamentos e software para o processamento de pescados.

MARINE EQUIPMENT Local: Florianópolis - SC Contatos: contato@marineequipment. com.br +55 (48) 3206-8922 http://www.marineequipment.com.br/ Produtos e serviços: Serviços de consultoria em aquicultura industrial, tanques-rede, bombas para despesca e transferência, contadores, scanners, classificadores, entre outros equipamentos. Para a pesca, cabos especiais, boias, máquinas, gruas hidráulicas marítimas, entre outros.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 91

LABORATÓRIO VITAFORT Local: Ribeirão Preto - SP Contatos: adeir@vitafort.com.br +55 (16) 3878-3533 http://www.vitafort.com.br Produtos e serviços: Probióticos para pescado, nutrição animal de peixes camarões e rãs BAC3 ACQUA SE TR.


Guia de Fornecedores Produtos e serviços: Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne. MARIS PESCADOS Local: Aracati - CE Contatos: contato@marispescados. com.br +55 (88) 3446-2565 http://marispescados.com.br/ Produtos e serviços: Camarão, peixe e lagosta processados e congelados em embalagens de 200g a 2kg para o varejo e food service.

MARIS PÓS-LARVAS Local: Aracati - CE Contatos: contato@marispescados. com.br +55 (88) 3446-2565 http://marispescados.com.br/ Produtos e serviços: Pós-larvas de camarão Litopenaeus vannamei bem formadas e livres de patógenos.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 92

MAYEKAWA DO BRASIL Local: Arujá - SP Contatos: comercial@mayekawa. com.br +55 (11) 4654-8063 http://www.mayekawa.com.br Produtos e serviços: Compressor parafuso, compressor alternativo, compressor semi-hermético, serviços de assistência técnica.

MERCOAGRO Local: Chapecó - SC Contatos: contato@rofereventos. com.br +55 (11) 2730-0522 https://mercoagro.com.br/

MIAKI REVESTIMENTOS Local: Guararema - SP Contatos: vendas@miaki.com.br +55 (11) 2164-4300 http://www.miaki.com.br Produtos e serviços: Revestimentos monolíticos, com excelente resistência química, térmica, mecânica e a abrasão, fácil limpeza, impermeáveis, não proliferam bactérias. Atendemos todo o território nacional e Paraguai.

MQ PACK Local: Santo André - SP Contatos: vendas@mqpack.com +55 (11) 4991-4241 http://www.mqpack.com/ Produtos e serviços: Balanças múltiplos cabeçotes, empacotamento e classificadora.

MSD SAÚDE ANIMAL Local: São Paulo - SP Contatos: rodrigo.zanolo@merck. com +55 (43) 99166-0295 https://www.msd-saude-animal. com.br/ Produtos e serviços: Produtos veterinários: vacinas injetáveis; desinfetantes e antimicrobianos orais.

MULTIPESCA Local: Marechal Cândido Rondon - PR Contatos: multipesca.rondon@ gmail.com +55 (45) 3254-3913 http://multipesca.com/ Produtos e serviços: Projetos aquícolas completos, tanques elevados PEAD para bioflocos, aquaponia e recirculação.

MULTIVAC DO BRASIL Local: Valinhos - SP Contatos: vendas@br.multivac.com +55 (19) 3795-0818 https://br.multivac.com Produtos e serviços: Máquinas a vácuo, seladora de bandejas, termoformadoras, flowpack, etiquetadoras, checkweighers, balança multicabeçote, sistemas e automação.

MYLEUS FOOD SAFETY Local: Belo Horizonte - MG Contatos: contato@myleus.com +55 (31) 3234-1842 http://myleus.com/ Produtos e serviços: Análises de laboratório (teste de DNA em pescado), software de gestão da qualidade, programas de monitoramento de autenticidade de pescado.

NATUBRÁS PESCADOS Local: Balneário Piçarras - SC Contatos: natubras@natubras. com.br +55 (47) 3347-4800 http://www.natubras.com.br Produtos e serviços: Camarões, peixes e frutos do mar

NEW FISH Local: São Paulo - SP Contatos: contato@newfish. com.br +55 (11) 2674-2876 http://www.newfish.com.br/ Produtos e serviços: Ampla linha de pescado fresco e congelado de cultivo e de pesca extrativa.

NEWSAN S.A. Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: atencion.usuarios@ newsan.com.ar +54 911 50011020 http://www.newsan.com.ar/ Produtos e serviços: Merluza (filés e HGT), lula (inteira e aneis), camarão (inteiro, caudas e descascado, merluza hoki (filés), brótola (HGT) e abadejo (HGT).


NINEFISH SEAFOOD Local: Balneário Camboriú - SC Contatos: contato@ninefish.com.br +55 (47) 3367-9009 https://www.ninefish.com.br Produtos e serviços: Pescado internacional embalado para consumidores finais.

NORIBÉRICA Local: Pontevedra - Espanha Contatos: info@noriberica.com +34 986 447 489 https://noriberica.com Produtos e serviços: Pesca, elabora e distribui pescado e frutos do mar ultracongelados, como bacalhau, merluza, espada, atum, lula e polvo.

NORONHA PESCADOS Local: Recife - PE Contatos: guiblanke@ noronhapescados.com.br +55 (81) 2138-9100 http://www.noronhapescados.com.br Produtos e serviços: Peixes, crustáceos e moluscos em geral para food service, distribuidores e varejo.

NUTRAFOODS Local: São Paulo - SP Contatos: contato@nutrafoods.net.br +55 (11) 3660-4700 http://www.nutrafoods.net.br/ Produtos e serviços: Tilápia, merluza, polaca, panga, linguado, abadejo, camarão, lula e mexilhão em pacotes de 200g, 400g, 800g e a granel.

OMARSA Local: Durán - Equador Contatos: sales@omarsa.com.ec +59 34 3713035 https://www.omarsa.com.ec/ Produtos e serviços: Produtos de camarão congelado inteiro, cauda e produtos de valor agregado crus ou cozidos em várias apresentações de embalagem. Cultivo convencional ou orgânico.

OPERGEL | OCEANI Local: São Paulo - SP Contatos: contato@opergel.com.br +55 (11) 3021-8988 https://opergel.com.br/ Produtos e serviços: Salmão, bacalhau, filés de peixes, frutos do mar, carnes argentinas, azeitonas, conservas, castanhas e frutas secas para todo o Brasil.

Indústria

ORQUÍDEA ALIMENTOS Local: Caxias do Sul - RS Contatos: marketing@orquidea. com.br +55 (54) 3026-7531 http://www.orquidea.com.br Produtos e serviços: Farinhas e misturas (farinha de trigo, panko, rosca).

PAMPA FISH S.A. Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: ventas@pampafish.com +54 0223 483-3001 http://www.pampafish.com Produtos e serviços: Filé de peixe congelado, peixe eviscerado congelado.

PATAGONIA MUSSEL Local: Castro - Chile Contatos: patagoniamussel@ amichile.com +56 65 263 0071 http://www.patagoniamussel.cl/ Produtos e serviços: Campanha de promoção dos mexilhões chilenos.

Comercialização

Pesca

Institucional

PEIXES MEGG’S Local: São João da Boa Vista - SP Contatos: peixesmeggs@ peixesmeggs.com.br +55 (19) 3622-3010 http://www.peixesmeggs.com.br/ Produtos e serviços: Comércio de pescado de água doce e salgada para o atacado, varejo e compras públicas.

PESCADOS QUATRO MARES Local: Itajaí - SC Contatos: contato@quatromares. com.br +55 (47) 3246-0376 http://www.quatromares.com.br/ Produtos e serviços: Frutos do mar e pescado congelado em postas, filés, espalmados, eviscerados e inteiros de alto padrão de qualidade; com distribuição para todo Brasil.

PESCIRO Local: Vigo - Espanha Contatos: pesciro@pesciro.com +34 986 43 66 25 http://www.pesciro.com/ Produtos e serviços: Importação e exportação de pescado congelado. No Brasil trabalha com cação, salmão, panga, polaca do Alasca, lula, entre outros.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 93

Aquicultura


Guia de Fornecedores

PESQUERA VERAZ Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: info@grupoveraz.com.ar +54 223 4894624 http://grupoveraz.com.ar/ Produtos e serviços: Empresa dedicada à captura, produção e comercialização de produtos do mar argentino, principalmente camarão vermelho (Pleoticus muelleri).

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 94

PHIBRO SAÚDE ANIMAL INTERNACIONAL Local: Campinas - SP Contatos: phibro.sac@pahc.com 0800-722-8011 https://www.pahc.com/brasil/ Produtos e serviços: Produção e comercialização de produtos agropecuários, veterinários, aditivos, melhoradores de desempenho e vacinas.

PISCICULTURA AQUABEL Local: Rolândia - PR Contatos: vendas@aquabel.com.br +55 (43) 3255-1555 http://www.aquabel.com.br Produtos e serviços: Alevinos e juvenis de tilápia, com unidades em PR, SP, MS, MG, GO, PE e TO.

PLANTFORT ESTUFAS AGRÍCOLAS Local: São Carlos - SP Contatos: plantfort@plantfort.com. br +55 (16) 3368-2011 https://plantfort.ind.br/ Produtos e serviços: Estufas e seus componentes para ambientes protegidos, estrutura, plásticos, lonas e telas.

PREVEMAX Local: Videira - SC Contatos: marketing@prevemax. com.br +55 (49) 3531-3300 http://www.prevemax.com.br Produtos e serviços: Aventais, capas, batas, toucas, luvas, calçados de segurança, EPI’s em geral

PREVET Local: Jaboticabal - SP Contatos: contato@prevet.com.br +55 (16) 3202 6298 | 3202 6610 http://www.prevet.com.br/ Produtos e serviços: Serviços de monitoramento sanitário, análises e estudos microbiológicos e histopatológicos, análise de água, serviços relacionados a saúde animal e pesquisa e desenvolvimento.

PRILABSA BR Local: Natal - RN Contatos: prilabsa@prilabsabr.com. br +55 (84) 3207-7773 http://prilabsa.com Produtos e serviços: A completa solução para o desenvolvimento da indústria aquícola. Servindo as Américas há mais de 25 anos.

PRIME SEAFOOD Local: São Paulo - SP Contatos: contato@prime.trd.br +55 (11) 2738-0069 http://www.primeseafood.com.br Produtos e serviços: Lombo de bacalhau dessalgado congelado, bacalhau desfiado dessalgado congelado, lombos de dourado congelado e cauda de lagosta congelada.

PRO ECUADOR Local: São Paulo - SP Contatos: ocesaopaulo@produccion. gob.ec +55 (11) 2769-1999 https://www.proecuador.gob.ec Produtos e serviços: Filés de peixes congelados, camarão congelado, atum e sardinha em lata.

PRODUMAR Local: Natal - RN Contatos: produmar@produmar. ind.br +55 (84) 4006-2000 http://www.produmar.ind.br

Produtos e serviços: Venda de atum, meka, peixes costeiros, lagosta e camarão. Nosso porto tem capacidade para o desembarque diário dos barcos pesqueiros e industria de beneficiamento, congelamento e estocagem de produtos.

PRODUMAR S.A.C. Local: Lima - Peru Contatos: info@produmar.com +51 1 4750340 https://www.produmar.com/es/ Produtos e serviços: Lula, polvo, merluza gahi e vieiras.

PROJEPESCA CONSULTORIA Local: Brasília - DF Contatos: abraao@projepesca.com.br +55 (61) 99355-3849 http://www.projepesca.com.br Produtos e serviços: Consultoria em relações governamentais.

RAGUIFE Local: Santa Fé do Sul - SP Contatos: sac.raguife@ grupoambaramaral.com.br +55 (17) 3631-4347 http://www.raguife.com.br Produtos e serviços: Indústria especializada em nutrição de peixes.

REGISTRO IN Local: São Paulo - SP Contatos: vanessa@registroin.com.br +55 (11) 96450-0234 http://www.registroin.com.br/


Produtos e serviços: Registro de produtos no Dipoa, adequação de produtos e rótulos à legislação brasileira. Deixe seu produto pronto para ser exportado ao Brasil. Product Register at DIPOA.

RIBERALVES BRASIL Local: São Paulo - SP Contatos: riberalves@riberalves. com.br +55 (11) 3798-4861 http://www.riberalves.com.br Produtos e serviços: Cortes de bacalhau dessalgado e congelado. Bacalhau seco e salgado. Bolinhos de bacalhau.

ROFER FEIRAS E EVENTOS Local: São Paulo - SP Contatos: contato@rofereventos. com.br +55 (11) 2730-0522 http://www.rofereventos.com.br Produtos e serviços: Organizadora de feiras setoriais para a indústria de processamento de alimentos, tais como Expomeat, Mercoagro e Forlac.

RUIVO CONSULTORIA INDUSTRIAL Local: Balneário Camboriú - SC Contatos: uruivo@gmail.com +55 47 99609-5858 https://www.ruivoconsultoria.com/ Produtos e serviços: Elaboração de projetos frigoríficos, planos de negócios, estudo de viabilidade técnica e econômica, auditorias da qualidade e defesas técnicas.

SAMARIA CAMARÕES Local: Pendências - RN Contatos: fredyromano@potipora.com.br +55 (84) 3522-2059 https://www.facebook.com/camaraopotipora/ Produtos e serviços: Camarão congelado.

SANTA PRISCILA Local: Guayaquil - Equador Contatos: sales@santa-priscila.com +59 3 4 600 5231 https://www.santa-priscila.com Produtos e serviços: Produz e exporta camarão equatoriano (Litopenaeus vannamei).

SÃO RAFAEL CÂMARAS FRIGORÍFICAS Local: Arujá - SP Contatos: contato@saorafael.com.br +55 (11) 4652-7900 http://saorafael.com.br/ Produtos e serviços: Soluções para cadeia do frio (câmara frigorífica).

SANTA ELENA Local: Puerto Deseado - Argentina Contatos: pesel@datamarkets.com.ar +54 297 487-0951 http://pesquerasantaelena.com Produtos e serviços: Kani kama. SATEL DESPACHOS Local: Santos - SP Contatos: satel@sateldespachos. com.br +55 (13) 3228-5000 http://www.sateldespachos.com.br Produtos e serviços: Despachos aduaneiros.

FAZE NDA R IO M ADE IR A

ROVEMA AGRONEGÓCIOS FAZENDA RIO MADEIRA Local: Porto Velho - RO Contatos: supervisao@ rovemaagronegocio.com.br +55 (69) 3216-9614 http://www.rovemaagronegocio. com.br/ Produtos e serviços: Capacidade produtiva: 800 tolenadas/ano. Técnicas de criação para garantir qualidade e melhor sabor. Vendas de tambaqui e pintado.

Indústria

SANTA HELENA FISH FARM Local: Bebedouro - SP Contatos: henrique@shfish.com.br +55 (17) 99149-1145 http://www.shfish.com.br Produtos e serviços: Tilápia para frigorífico.

Comercialização

Pesca

Institucional

SEAFOOD SHOW LATIN AMERICA Local: São Paulo - SP Contatos: seafoodshow@francal. com.br +55 (11) 2226-3100 https://seafoodshow.com.br/ Produtos e serviços: Evento comercial de experiências e conteúdo para a indústria e o mercado de pescado nacional e internacional criado pela Francal e Seafood Brasil, com foco na América Latina.

SEAFRIGO DO BRASIL Local: Santos - SP Contatos: d.ojea@seafrigo.com +55 (13) 3228-5010 http://www.seafrigo.com Produtos e serviços: Agenciamento de transportes internacionais de cargas (marítimos e aéreos) especializado em produtos alimentícios.

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FRIO E PESCA DO CEARÁ (SINDFRIO) Local: Fortaleza - CE Contatos: sindfrio@sfiec.org.br +55 (85) 3224-8227 https://www.sindfrio.com.br/ Produtos e serviços: Representação institucional da indústria de pescado do Ceará, com foco na promoção de exportações e articulação empresarial.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 95

Aquicultura


Guia de Fornecedores

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PESCA DE SÃO PAULO (SIPESP) Local: São Paulo - SP Contatos: sipesp@sipesp.com.br +55 (11) 2812-7505 http://www.fiesp.com.br/sipesp Produtos e serviços: Representação institucional da indústria da pesca e aquicultura junto ao setor público e privado, promoção de eventos, reuniões e articulação.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 96

SÓ PESCA Local: Cerquilho - SP Contatos: contato@sopescabrasil. com.br +55 (15) 3384-2343 http://sopesca.com.br/ Produtos e serviços: Peixe congelado, filés de peixes, costelas de tambaqui, merluza, postas e tilápia.

SOGUIMA Local: Guimarães - Portugal Contatos: soguima@soguima.com +35 1 253 470 070 http://www.soguima.com Produtos e serviços: Bacalhau dessalgado congelado, bacalhau desfiado, polaca desfiado, polvo ao natural e cozido, sardinha, cação, bolinhos com bacalhau, pré-cozidos a base de peixe e de carne, pré-cozidos vegan.

SOLIMENO Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: solimeno@solimenosa. com.ar +54 223 480 1554/9607 – 480 2092 http://www.solimenosa.com.ar/ Produtos e serviços: Pescado congelado, processado e empanado.

SPRING GENETICS Local: Fortaleza - CE Contatos: brazil@spring-genetics.com +55 (85) 99749-3375; (16) 99614-1528 http://spring-genetics.com/pt/ Produtos e serviços: Plantéis de reprodutores geneticamente melhorados e alevinos revertidos.

TECNOCARNE Local: São Paulo - SP Contatos: atendimento.tecnocarne@ informa.com +55 (11) 4632-0200 https://www.tecnocarne.com.br Produtos e serviços: Feira especializada em tecnologia de processamento de produtos cárneos.

TREVISAN Local: Palotina - PR Contatos: trevisan@trevisan.ind.br +55 (44) 3649-1754 http://www.trevisan.ind.br Produtos e serviços: Aeradores, caixas para transporte de peixes e camarões vivos, incubadoras, alimentadores e tratadores de ração.

TERRA NOVA TRADING Local: São Paulo - SP Contatos: tnfoods@tnova.com.br +55 (11) 3811-3811 http://www.tnova.com.br Produtos e serviços: Fundada em 1994, a Terra Nova Trading é especialista na gestão de importação e exportação. No segmento de pescado importamos para terceiros oferecendo soluções financeiras, logísticas e tributárias.

TRIDENT SEAFOODS Local: São Paulo - SP Contatos: meiger@tridentseafoods. com +55 (11) 98609-6904 http://www.tridentseafoods.com Produtos e serviços: Pescado do Alasca (EUA), polaca do Alasca, salmão selvagem (chum, pink e sockeye), cod, black cod, halibut, ikura e surimi de polaca.

SUPREME DO BRASIL PESCADOS Local: Santa Clara do Oeste - SP Contatos: supremedobrasil@gmail.com +55 (17) 99776-8005 http://www.supremedobrasilpescados.com.br Produtos e serviços: Filé de tilápia.

TARG LOGÍSTICA LTDA. Local: Osasco - SP Contatos: contato@targlogistica.com.br +55 (11) 3647-9444 Produtos e serviços: Entregas em SP capital, SP interior e RJ.

TIME SEAFOOD Local: Dalian - China Contatos: eraice@163.com +86 411 84803142 http://www.timeseafood.com/ Produtos e serviços: Algas marinhas para culinária oriental, saladas de polvo, saladas de lula, ouriço do mar temperado, entre outros.

TRUTAS NR Local: São Paulo - SP Contatos: info@trutasnr.com.br +55 (11) 5543-3860 http://www.trutasnr.com.br/ Produtos e serviços: Truta, filés e produtos devidos.


Indústria

Comercialização

Pesca

Institucional

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Aquicultura


Guia de Fornecedores

o principal evento nacional dedicado ao debate e à atualização na área e sua 9a. edição ocorrerá de 9 a 11 de setembro de 2020, em Santos (SP). TSAE CONSULTORIA Local: Blumenau - SC Contatos: atendimento@ tsaeconsultoria.com.br +55 (47) 99124-8189 http://tsaeconsultoria.com.br/ Produtos e serviços: Prestamos assessoria técnica para a implantação, orientação, revisão e treinamentos nas seguintes áreas:(HACCP,BPFs,PPHOs,PACs), rotulagem, importação/exportação de pescado e outras espécies.

SEAFOOD BRASIL #30 • ANUÁRIO 2019 • 98

ULTRAFISH Local: Zaragoza - Espanha Contatos: contacto@ultrafish.eu +34 976473071 https://ultrafish.eu/ Produtos e serviços: Projeto de aprimoramento e inovação tecnológica do processamento de pescado a partir da Europa para o mundo.

UNIDADE LABORATORIAL DE TECNOLOGIA DO PESCADO Local: Santos - SP Contatos: effurlan@pesca.sp.gov.br +55 (13) 3261-2653 https://www.pesca.sp.gov.br/instituto/eventos/simcope Produtos e serviços: O Simpósio de Controle da Qualidade do Pescado é

UNIVERSE FROZEN FOODS Local: Pirassununga - SP Contatos: elton@universeffoods. com.br +55 (19) 9530-1131 http://www.universeffoods.com.br Produtos e serviços: Pescado congelado, produtos orientais e vegetais.

URUSSANGA Local: Blumenau - SC Contatos: vendas@ embalagensurussanga.com.br +55 (47) 3339-4401 https://www.embalagensurussanga. com.br/ Produtos e serviços: Embalagens secundárias.

VINH HOAN Local: Ho Chi Minh - Vietnã Contatos: info@vinhhoan.com +84 838 364 849 http://vinhhoan.com/

Produtos e serviços: Pangasius sem adição de químicos em diferentes apresentações.

VIVENDA DO CAMARÃO Local: Cotia - SP Contatos: sav@vivendadocamarao. com.br +55 (11) 4613-2600; 4613-2640 https://www.vivendadocamarao. com.br Produtos e serviços: Camarões in natura, linha de peixes, além de receitas especiais na linha de pratos prontos congelados.

WEEMAC MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Local: Massaranduba - SC Contatos: weemac@weemac.com.br +55 (47) 3379-8025 https://www.weemac.com.br/ Produtos e serviços: Aeradores, alimentadores e esteiras de despesca.

WENGER MFG Local: Valinhos - SP Contatos: ejordao@wenger.com +55 (19) 98171-6666 http://www.wenger.com

Produtos e serviços: Linha de extrusão completa (extrusora, secador, sistema de recobrimento e resfriador).

ZALTANA PESCADOS Local: Ariquemes - RO Contatos: contato@ zaltanapescados.com.br +55 (69) 3516-7802 http://www.zaltana.com.br Produtos e serviços: A Zaltana é uma empresa dedicada ao processamento de cortes dos peixes tambaqui, pintado, pirarucu e tambatinga.

ZALTANA RAÇÕES Local: Ariquemes - RO Contatos: contato@ zaltanapescados.com.br +55 (69) 3516-7801 http://www.zaltana.com.br Produtos e serviços: Produção de rações para peixes e linha pet.


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