Número de Março de 2012

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ANO LETIVO 2011/2012 - ANO XXV - Nยบ2

A G R U PA M E N T O V E R T I C A L D E L A M E G O

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EDITORIAL

Índice

As Bibliotecas pautam-se pela diferença e criam espaços e ambientes onde se promove uma cultura de cooperação, partilha e participação ativa. É importante entender que as Bibliotecas cumprem objetivos semelhantes àqueles com que todo o Agrupamento se empenha e que o sucesso educativo depende em muito do contributo destas. A convicção de que as aprendizagens resultam do desenvolvimento de práticas de cooperação, que conduzem à apropriação de conhecimentos multidisciplinares, levou a equipa das Bibliotecas do Agrupamento a promover a 6ª edição da Semana da Leitura, que cumpriu, este ano, o seu maior objetivo: Cooperação e Solidariedade. As atividades promovidas e dinamizadas de forma integrada e cooperante com todas as estruturas do Agrupamento, cumpriram uma das muitas missões das Bibliotecas: a de formação cultural e pessoal. As Bibliotecas ganharam outro sentido e envolvendo as comunidades educativa e local, acentuou-se o valor motivacional pelo livro e pela leitura, pela partilha de experiências e saberes, através da promoção de atividades de verdadeiro estímulo ao prazer de ler, atividades culturais com impacto na projeção do agrupamento e nos gostos culturais e competências dos alunos. Concluída a Semana da Leitura, realça-se a maisvalia que as Bibliotecas, atualmente, trazem à prática letiva, assim como à formação e aprendizagem dos nossos alunos. Realça-se, ainda, a valorização, no Agrupamento, do papel das Bibliotecas Escolares, o incremento do seu uso e a sua inclusão nos projetos em desenvolvimento, colocando-as ao serviço da promoção da leitura e das literacias.

Editorial....................................................................2 Desporto Escolar.................................................3 à 7 Carnaval............................................................8 à 11 Pimpim tem medo do escuro..................................11 Projeto Comenius...........................................12 à 16 Projeto Conetando Mundos....................................17 Jogo do 24 / Olimpíadas da matemática….....18 à 20 Bibliotecas Escolares..............................................21 Semana da Leitura 2012.................................22 e 23 Dálogos Entre Cultura e Educação na Escola..24 e 25 Escritores no Agrupamento............................26 à 29 Concursos...............................................................29 112 – Número Internacional de Emergência..........30 A Banda veio à Escola............................................30 Sopa de Letras........................................................30 Diálogo com semente.............................................31 Contos e outos textos......................................32 à 42 Palestra UTAD.......................................................42 Provérbios e acróstico............................................43 Concerto didático...................................................44 G.A.L.A. no Teatro Ribeiro Conceição..................45 Natal...............................................................46 à 48

A Coordenadora das Bibliotecas Escolares Ana Paula Sousa

FICHA TÉCNICA Propriedade Agrupamento Vertical de Lamego Sede Rua de Fafel 5100-143 Lamego Tel.:254 612 023 Email: osaltarico@gmail.com Coordenação e Conselho Editorial Comunidade Educativa do Agrupamento Vertical de Lamego Composição, montagem e paginação António Meireles / Adriano Guerra Periodicidade Trimestral - Janeiro-Fevereiro-Março 2012 - Ano XXV nº2 Impressão Tipografia Minerva - Lamego

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DESPORTO ESCOLAR EB 2,3 de Lamego sempre em GRANDE No presente ano letivo de 2011/2012, a exemplo dos anos anteriores, a escola EB 2,3 de Lamego continua a cativar muitos jovens atletas para a prática desportiva. No início do mês de Março, o balanço dos resultados desportivos é bastante positivo. 1- Atividade Interna Corta Mato - No dia 1 de Fevereiro, decorreu nas instalações do NaturWaterParK em Vila Real, o Corta-Mato Regional Escolar, com a participação de 40 escolas, este ano englobando as escolas do distrito de Vila Real e escolas do Douro Sul. A Escola EB 2.3 de Lamego esteve presente com 5 equipas e brilhou e de que maneira, com os seus jovens atletas no Corta-Mato Regional. A escola fez-se acompanhar com alguns dos seus docentes e o diretor Carlos Rei, incentivando os seus atletas. Os alunos da escola E.B. 2,3 de Lamego tiveram um desempenho notável, conquistando dois troféus. Terceiro lugar por equipas, no escalão infantil A feminino (nascidas em 2001), percurso de mil metros, constituída pelas atletas; Daniela Maravilha, Beatriz Alves e Filipa Almeida do 5º2, Sandra Pinto e Mª Manuel Guerra do 5º4 e Ana Barreto do 5º6. Terceiro lugar por equipas, no escalão de Infantil A masculino (nascidos em 2001), percurso de mil metros, constituída pelos atletas; Bruno Pereira e Diogo Pereira do 5º2, Pedro Seixas e João Batista do 5º3, Lucas Medeiros do 5º4 e Rúben Paulo do 5º7. Grande destaque para as posições obtidas individualmente, com subida ao pódio de dois alunos. Edgar Oliveira, do 8º3, campeão na prova de 2500 metros, dominou a prova desde o início, com passagem pela meta com o tempo de 07:49. Pedro Seixas, do 5º3, vice-campeão na prova de 1000 metros, com o tempo 03:39. Projeto Mega - No dia 5 de Março decorrerá na cidade de Vila Real, na pista de atletismo da universidade da UTAD, a Fase CLDE Vila Real e Douro, estando presentes 24 atletas da escola da EB 2,3 de Lamego. Compal Basket 3x3 – Realizou-se de 6 a 10 de Fevereiro, no pavilhão desportivo da escola EB 2,3 de Lamego o VI Torneio Compal Air Basket 3X3, para ambos os sexos. Estiveram presentes, 17 equipas totalizando 68 alunos, que realizaram um total 31 encontros. No dia 20 de Março, decorrerá na escola Latino Coelho, a Fase Regional Douro Sul, com a participação de 4 equipas da escola da EB 2,3 de Lamego, vencedoras do Torneio da Escola: equipa infantil feminina constituída pelas atletas do 5º6 Beatriz Lázaro, Carolina Gomes, Margarida Neves e Samanta Fonseca; equipa infantil masculina constituída pelos atletas do 7º 2 António Paiva, André Gonçalves, António Medeiros; equipa iniciada feminina constituída pelas atletas do 8º1 3

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Marta Santos, Sofia Silva, Carolina Roque e Diana Monteiro e a equipa iniciada masculina constituída pelos atletas 9º2 Diogo Teixeira, Miguel Costa, João Gregório e José Santos. 2- Atividade Externa Natação Adaptada – O grupo/equipa misto já realizou dois encontros, um na piscina municipal de Lamego e outro na piscina municipal de Armamar. Futsal – A equipa infantil masculina, lidera no grupo G com duas vitórias e um empate. Voleibol – A equipa Infantil feminina, realizou dois encontros, contabilizando uma vitória e uma derrota. A equipa Iniciada feminina, realizou igualmente dois encontros, obtendo uma vitória e uma derrota. Ténis de Mesa – Esperam-se no final do ano excelentes conquistas. Encontram-se na presente data, numa fase importante e decisiva os oito grupos/equipas de Ténis de Mesa da EB 2,3 de Lamego. Sete equipas da EB 2,3 de Lamego; infantis A femininos, infantis A masculinos, Infantis B femininos, Infantis B masculinos, Iniciados masculinos, Juvenis femininos e Juvenis masculinos, lideram a classificação e somente a equipa iniciada feminina não lidera a sua competição. A equipa iniciada feminina da escola EB 2,3 de Lamego, tem duas atletas ainda muito jovens, com idade ainda de infantil B, portadoras de grande nível técnico e tático, Mariana Tavares do 7º2 e Marta Pereira do 6º7, que não conseguiram superar a mais valia das atletas das equipas de Chaves e Vila Real, que são elementos de muito traquejo nacional e com presença assídua na seleção nacional, o que por si só não tira mérito às nossas atletas, bem pelo contrário. Na competição individual, a exemplo dos anos anteriores prevêem-se grandes sucessos. Mexe-te! Junta-te a nós! Pratica Desporto! O Coordenador do Desporto Escolar Carlos Dias

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Atletas da escola EB 2,3 de Lamego

“ARRASAM” No dia 5 de Março de 2012, decorreu na pista de atle9smo da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD) em Vila Real, o Projeto Mega (Sprinter, Salto e Km), com a presença de 34 escolas e nove centenas de atletas, pertencentes à Coordenação Local do Desporto Escolar (CLDE) de Vila Real e Douro. Foi fulminante a prestação dos jovens alunos lamecenses que frequentam a escola EB 2,3, demonstrando e comprovando uma vez mais, na capital transmontana, enormes ap9dões Vsicas, bem como conhecimento e aplicação técnica e tá9ca nas diferentes provas da modalidade do atle9smo (velocidade, salto em comprimento e corrida de resistência). Fica para memória futura, a obtenção de classificações de topo, que com todo o mérito foram alcançados pelos seguintes alunos: Nome do(a) aluno (a) Pedro Seixas Edgar Oliveira Daniela Gouveia André Couto Daniela Gouveia Daniela Maravilha Tomás Correia Catarina Oliveira

Turma Classificação Prova registo 5º 3 1º MegaKm 3’36’’16 8º 3 1º MegaKm 3’01’71 9º 2 1ª MegaSalto 4,03mts 6º 3 1º MegaSprinter 5’’64 9º 2 2ª MegaSprinter 5’’98 5º 2 2ª MegaSalto 2,96mts 5º 6 2º MegaSalto 3,49mts 6º 1 2ª MegaSalto 3,83mts

escalão Infantil A Iniciado Iniciado Infantil B Iniciado Infantil A Infantil A Infantil B

Sexo Masc. Masc. Fem. Masc Fem. Fem. Masc. Fem.

A escola EB 2,3 sente-­‐se envaidecida com os excelentes resultados ob9dos por todos os par9cipantes, estando pelo sé9mo ano consecu9vo, na FASE FINAL NACIONAL, com a presença de cinco atletas, indicados no quadro anterior a negrito. A compe9ção decorrerá nos próximos dias 13 e 14 de Abril, na pista de atle9smo da cidade de Vagos, organizado sob a égide da Federação Portuguesa de Atle9smo e Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. O Coordenador do Desporto Escolar, prof. Carlos Dias

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Eco Carnaval O Carnaval na escola de Cambres foi muito divertido, bonito e interessante. Todos os alunos da EB1 e do Jardim de Infância se mascararam de acordo com o projecto da nossa escola “Comunidade Verde Solidária”. Os alunos do Jardim de Infância foram vestido de gotinhas de água para mostrar à população que a água é um bem precioso que devemos preservar. Os alunos do 1º Ciclo disfarçaram-se de ecopontos: Papelão, Vidrão, Embalão e Pinhão. Os habitantes de Cambres gostaram de ver o desfile e bateram muitas palmas à nossa passagem. Não nos esquecemos dos nossos idosos e fomos ao Centro de Dia alegrá-los com as nossas fantasias Durante toda a tarde, os alunos assistiram entusiasmado à explicação dada pelo Senhor Adão, sobre o tradicional e secular Entrudo da localidade de Lazarim, Freguesia do nosso Concelho de Lamego. Aprendemos que podemos festejar o Carnaval, divertindo-nos à grande, respeitando os costumes e tradições, alegrando os mais idosos e sobretudo preservando o ambiente do nosso Planeta. Trabalho realizado por: Alunos do 2º-A do 1º ciclo da EB1 de Cambres

Desfile de Carnaval de Cambres No passado dia 17 de Fevereiro de 2012, realizámos o nosso desfile de Carnaval, tal como aconteceu pelo país fora, em muitas terras e escolas. Depois de se juntarem, as duas turmas do jardim-de-infância e as turmas do 1ºCEB, desceram a rua em direção ao centro da vila. Aí esperavam-nos muitas pessoas entre pais e muitos curiosos. Todos diziam: “que giros que eles vão”. As crianças do pré-escolar iam mascaradas sob o tema de “Pingo-de-Chuva” e as crianças do 1º CEB iam trajadas sob o tema da reciclagem. De facto, tinham em comum o projeto “Comunidade verde solidária ”. Na verdade, as máscaras fazem parte de símbolos do imaginário popular, cujas origens se perdem na memória dos tempos, numa mistura de culturas, crenças e rituais ancestrais. Cantando e fazendo uma alegre algazarra, lá desfilámos pelas ruas principais de Cambres, distribuindo sorrisos, e recebendo aplausos, no meio de muita folia. Sim, uma folia que começou há muito tempo! Com efeito, os portugueses deram o primeiro grito de Carnaval, no Brasil, em 1641, na cidade do Rio de Janeiro. De lá para cá, o “negócio” é pular, brincar ao Carnaval, “numa boa”!... J.I. Cambres SALTARICO

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BONECOS DE NEVE DE PALMO E MEIO Os meninos do pré-escolar do Centro Escolar de Lamego festejaram o carnaval com grande entusiasmo. No passado dia 17 de Fevereiro, 6ª feira, as ruas de Lamego foram invadidas pela boa disposição dos nossos bonecos de neve de palmo e meio. Apenas com a cor das cartolas a diferenciar cada sala, os alunos puderam mostrar os seus fatos originais, a toda a cidade num desfile onde reinou a boa disposição, a música e as cantorias de carnaval. Foi uma bela manhã de folia.

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O Carnaval no centro Escolar de Penude No dia dezassete de fevereiro realizou-se o desfile de Carnaval da nossa escola, pelas ruas da localidade. Segundo o povo, “No Carnaval ninguém leva a mal” e o nosso estava divinal. No nosso desfile, todos os participantes se vestiram a rigor e imaginação para dar a conhecer as várias fases do “Ciclo do Pão”, temática do projeto do nosso Centro Escolar. O desfile começou com a “comadre e o compadre” comodamente instalados numa carroça. Logo de seguida, os alunos do Jardim de Infância apareceram vestidos de espigas de milho e de broas de pão. Para termos um bom pão, é necessário trabalhar a terra e daí, os agricultores, representados pelos alunos do 1º ano de escolaridade, com a respetiva alfaia agrícolaenxada, para revolverem a terra e semearem o cereal. Seguiram-se os alunos do 2º ano vestidos de ceifeiros. Depois do milho ser colhido é necessário transformá-lo em farinha e os nossos moleiros do 3º ano lá estavam vestidos a preceito, não esquecendo a taleiga e a peneira. Para finalizar o “Ciclo do Pão”, os alunos do 4º ano representavam os padeiros intervenientes na elaboração do precioso pão. Para que se cumpra a tradição, terminámos o desfile no recreio do Centro Escolar, e perante muitos Encarregados de Educação, comunidade em geral e alguns elementos da Direção do nosso Agrupamento de Escolas, foi queimada a “comadre e o compadre”.

Os alunos do 3º B

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O Carnaval é uma época de diversão e fantasia. Na turma do 2º C resolvemos ser criativos e construir umas máscaras diferentes com materiais que usamos de vez em quando, nos piqueniques – os pratos de plástico. Em cada um aplicámos uma decoração bem simples e colocamos-lhe um sorriso bem rasgado. Ficou um painel bem alegre! Estes trabalhos foram mais tarde utilizados no baile de máscaras, realizado na CEL. Esta atividade também contou com a presença de alguns pais e encarregados de educação. Turma 2º C - CEL

PIPIM TEM MEDO DO ESCURO No dia 27 de fevereiro, fomos à Biblioteca do Centro Escolar de Penude conhecer o autor e ilustrador José Saraiva. Muitos dos seus livros fazem parte do Plano Nacional de Leitura (LER+). Nós drama9zámos uma das suas histórias: “PIPIM TEM MEDO DO ESCURO”. (Gonçalo Rafael) O autor chama-­‐se José Saraiva e o ilustrador é Tiago Salgueiro. São a mesma pessoa com dois nomes diferentes. (Ana Lúcia) Ele fez um desenho muito engraçado: era um animal estranho formado por partes de animais que nos foi pedindo para dizermos. (Marco) Gostámos de conhecer o escritor/ ilustrador, ele fez um autógrafo muito engraçado nos livros que todos nós comprámos. (Gonçalo Dinis) Jardim de Infância de Magueija

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A nossa Assistente COMENIUS, Gema Sedano Herrera, tem desenvolvido, em parceria com a nossa Escola, um trabalho notável de promoção da interculturalidade entre Portugal e Espanha. Desta vez foi visitar um lugar sublime, mágico, bem português, mas também Património da Humanidade. Olhou-­‐o, inspirou-­‐o, absorveu-­‐o e quis devolvê-­‐lo através do filtro do seu olhar. Um olhar ibérico, onde a cultura portuguesa se entrelaça com a espanhola, onde Miguel Torga convive com Miguel de Cervantes, Miguel de Unamuno e Miguel Molina. E é este olhar híbrido, com maPzes das duas culturas e impregnado de extrema sensibilidade que nos oferece o magnífico retrato desenhado no texto que se segue.

Quando olhar é senJr a eternidade São Leonardo de Galafura é um miradouro situado a meio caminho entre Régua e Vila Real, onde podemos contemplar um dos mais extraordinários panoramas sobre o rio Douro e os socalcos. Foi local amado por Miguel Torga, que o descreveu “como um barco de quilha para o ar, que a natureza voltara a meio do vale”. Eu sabia que aquele sí9o 9nha de ser lindo, porque um poeta português o escolhera para escrever, o que ainda não sabia era o quanto iria gostar daquele miradouro e daquele poeta. Adolfo Correia Rocha (1907-­‐1995) foi um autor prolífico, que publicou mais de cinquenta livros ao longo de seis décadas, traduzidos em dezasseis línguas. Foi premiado em diferentes ocasiões, com destaque para o Prémio Camões em 1989, e várias vezes nomeado para o Prémio Nobel de Literatura. Aos 27 anos cria o pseudónimo Miguel Torga. Torga é o nome de uma planta comum na região de Trás-­‐ os-­‐Montes, uma planta que cresce nas montanhas, com raízes fortes sob a aridez da rocha. E o nome, Miguel, é uma homenagem a pessoas admiradas por ele, como foram Miguel de Cervantes, Miguel de Unamuno e Miguel Molina. Três espanhóis do centro, norte e sul, respec9vamente. Três espanhóis que, como ele, e como eu, se denominaram, com orgulho, Iberistas. O Iberismo é um movimento polí9co e cultural que pretende uma aproximação e melhores relações a todos os níveis entre Portugal e Espanha. No miradouro, apreciei a poesia de Torga e gostei ainda mais de saber que eu e ele mnhamos coisas em comum, não só pela sua relação com Espanha, mas também porque ele passara um dos anos cruciais da sua vida, aqui, em Lamego. Esteve aqui no seminário, mas não era lugar para ele, já que os seus louvores e a sua admiração eram só para a humanidade, para os homens que, sendo limitados, finitos, condicionados, expostos à doença, à desgraça e à morte, são também capazes de criar e de se impor à natureza, como os trabalhadores rurais trasmontanos impuseram a sua vontade de semear a terra aos penedos bravios das serras. “Hinos aos deuses, não/ os homens é que merecem/ que se lhes cante a virtude/ bichos que cavam no chão/ actuam como parecem/ sem um disfarce que os mude.” (Torga, CânPco de Humanidade) E, se calhar, foi por isso que Miguel Torga encontrou no Miradouro de São Leonardo muita da sua inspiração: admirando o trabalho na natureza de tantos e tantos homens ao longo dos séculos. Eu acho que São Leonardo de Galafura é um desses lugares que fica para sempre no coração e que nunca ninguém poderia descrever melhor do que Miguel Torga. Ali, à entrada do miradouro, estrategicamente localizados, um conjunto de azulejos inseridos numa pedra imponente falam do que o poeta quer que vejamos. Depois de ler os versos pretendendo intuir o que os olhos vão ver, comecei a caminhar ao bordo da ravina. Saltando de pedra em pedra, os meus passos acelaravam-­‐se assim como o meu coraçao; sen9a que a minha alma ia mais rápido do que o meu corpo e que estava a entrar noutra dimensão... era, efe9vamente, um poema geológico. Uma fila de árvores e, ao fundo, uma pequena capela cujo adorno mais valioso é outro poema do génio Torga que, novamente, nos predispõe para o que vamos encontrar. Ali, de pé, a sen9r o ar frio do pôr do sol de dezembro, num silêncio quase musical acompanhado pelo vento entre as folhas das árvores e os cantos de (quem sabe quantas) espécies de aves diferentes, ali estava eu, preparada para espreitar da proa daquele barco imaginário. Estou consciente de que os meus olhos veem de uma forma diferente da que os olhos dos outros veem. Independentemente da sensibilidade, a minha formação arms9ca em Belas Artes treinou os meus olhos e SALTARICO

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ensinou-­‐me a aprofundar o mundo das cores, da luz, da sombra, a mancha, a textura, a perspe9va, o volume, o ponto, a linha, o movimento...etc. Quando eu olho, não vejo só árvores, montanhas, folhas, terra, céu ou rio... eu leio e decifro com o meu alfabeto visual tudo o que os meus olhos podem ver mais além do seu olhar. Lamentavelmente, não tenho a mestria poé9ca de Miguel Torga e acho impossível traduzir em palavras o que eu sen9 naquele lugar.... Ao redor de mim o nevoeiro cada vez mais denso acariciava-­‐me a pele e tornava-­‐se o marco perfeito para o quadro que 9nha diante de mim, dando-­‐lhe todo aquele ar onírico e mís9co que só o nevoeiro sabe criar. Ao fundo, em baixo, numa paz cheia de eternidade, o rio Douro serpenteando nas montanhas, vermelhas pelas vinhas do outono, as aldeias unindo-­‐se às nuvens através do fumo das chaminés. As primeiras luzes da noite nas minúsculas janelas, as úl9mas horas da tarde refle9das na água calma do rio. A humidade a realçar o cheiro da terra, da relva molhada, do musgo das rochas... aquelas rochas brancas, cinzentas e verdes como salpicando a encosta da montanha, o vale, os socalcos... com a canção do vento nos lábios e nos olhos lágrimas, sen9 tamanha beleza, que a minha alma transbordou. Há lugares sublimes no mundo onde a magia da beleza para no tempo e nos faz eternos. Lugares onde olhar não é só ver, mas sen9r: os sons, o cheiro, o sabor, o tato... perceber que somos testemunhas da grandiosidade da vida. São Leonardo de Galafura é um daqueles lugares. Visite-­‐o e desfrute da eternidade com só uma vista de olhos. Gema Sedano Herrera

Não posso deixar de escrever algumas palavras relaPvamente a este texto, a este belíssimo quadro pintado por Gema Herrera, onde as cores e as formas se misturam profundamente com as emoções, com os senPmentos, com a disponibilidade para observar. Este texto testemunha irrefutavelmente que “olhar não é só ver”, é muito mais do que isso… Olhar é… dedicar tempo, é ler, decifrar, aPvar conhecimentos, vivências, culturas parPlhadas, é dialogar com o que se vê, é senPr, deixar acelerar o coração, soltar a alma (às vezes, as lágrimas), “perceber que somos testemunhas da grandiosidade da vida” e desfrutar da eternidade. Numa paisagem desta grandiosidade, não temos dúvidas de que a beleza e a riqueza do que vemos depende, em larga escala, da lente do nosso olhar. Ter lugares assim, sublimes, mágicos, avassaladores é, de facto, um privilégio, mas saber olhar também o é, indubitavelmente, é uma arte. O texto de Gema é um forte es[mulo à aprendizagem do olhar. Nesta sociedade em que vivemos a um ritmo verPginoso, muitas vezes não olhamos, vemos, apenas. É preciso valorizar O OLHAR! E o saber olhar também se ensina e aprende, como tal, faz parte da educação que pretendemos (e é urgente) proporcionar aos nossos alunos. Lídia Valadares 13

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COMENIUS PROJECT COMENIUS

PROJECT

LEXICON – “Plantes et animaux de notreLEXICON région” - Lamego – “Plantes et animaux de notre région” - Lamego E. B. 2, 3 de Lamego E. B. 2, 3 de Lamego

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Algumas espécies animais caraterísticas da zona de Lamego Niektóre charakterystycznych gatunków zwierząt na obszarze Lamego Some animal species characteristics of the area of Lamego Quelques espèces animales de la région de Lamego Algunas especies de animales característicos de la zona de Lamego

spanish

french

english

polish

portuguese

águila

aigle

eagle

orzeł

Águia (bonelli)

golondrina

hirondelle

swallow

połknąć

andorinha

mariquita

coccinellle

ladybug

biedronka

joaninha

Algumas árvores caraterísticas da região de Lamego Niektóre charakterystyczne drzewa regionu Lamego Quelques arbres caractéristiques de la région de Lamego Some characteristic trees of the region of Lamego Algunos árboles característicos de la región de Lamego

pictures

spanish

french

english

polish

portuguese

avellana

noisetier

hazel

leszczyna

aveleira

roble

chêne

oak

dab

carvalho

kaszłan

castanheiro

castaño

milro

jilguero

merle

blackbird

chardonneret goldfinch

kos

melro

szczygieł

pintassilgo

châtaigne chestnut

olivo

olivier

olive tree

drzewo oliwne

oliveira

pino

pin

pine

sosna

pinheiro bravo

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A traça vegetariana Estava um dia de tremendo calor, e a pequena traça ia-­‐se arrastando pela floresta fora. De repente viu o grande e luxuoso castelo, e decidiu aproximar-­‐se. Muito teve de se esforçar para conseguir ir ter à porta principal: sobrevoou os jardins, fintou os guardas etc. Mal entrou alojou-­‐se logo no chapéu de uma menina, cujo nome era Beatriz. A menina subiu imensos degraus até chegar à torre do castelo. -­‐ Ora esta, vim dar ao quarto da duquesa D. Leonor (mãe de Beatriz)! Parece-­‐me que hoje vou a um banquete. A traça saltou do chapéu e esquivou-­‐se para o armário. Ele estava cheio de diversos casacos. A traça empoleirou-­‐se num e começou a dar-­‐lhe conversa. -­‐ Então amigo, como te chamas? Eu sou a traça e ando à procura de um abrigo. -­‐ Chamo-­‐me Mango, da coleção outono -­‐ inverno, nº 353, e, como podes ver, não sou assim muito novo. -­‐ Suponho que deves ter muitas aventuras para contar! Porque não me contas uma? Antes de o casaco ter oportunidade para responder, ambos viram um clarão de luz, pois o armário estava a abrir-­‐se. Era a duquesa que ia vestir o casaco de inverno. E lá foi a traça, observando todos os locais por onde a duquesa passava, até chegarem a uma vistosa sala de banquetes. A sala estava cheia de pessoas nobres vestidas a rigor. Quando o relógio bateu a décima segunda badalada, todos foram comer. A traça quis experimentar uma das garfadas vegetais, e… vejam só, adorou! Criou uma tal confusão que até levou a alguns despedimentos (das empregadas). A duquesa ficou envergonhada por aparecer uma traça no prato de um tão nobre banquete. A traça que acabou por conseguir escapar à perseguição, mudou de vida e passou a ser vegetariana. Trabalho realizado por -­‐ Marta Dias 6º5 nº18 SALTARICO

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Visita de estudo ao Jardim Botânico, estuário do Douro e casa de Sophia A minha viagem de estudo começou em Lamego muito cedo. O nosso objetivo era conhecer o jardim e a casa de Sophia de Mello Bryener Andresen. A nossa viagem começou dentro de um autocarro com mais colegas e as senhoras professoras. Quando chegamos, ficamos espantados pelo tamanho da casa e do jardim. As árvores eram enormes e majestosas e vimos o busto do primo de Sophia M. B. A., Ruben A., logo à entrada. Este fora o primo com quem ela mais conviveu e brincou por aqueles jardins fabulosos. Ficamos à espera da guia que nos iria orientar na nossa visita. Quando ela chegou, começou por explicar-nos a beleza do jardim, os nomes das árvores, o nome dos jardins porque, cada jardim tinha uma característica própria, de acordo com os gostos dos avós de Sophia . Num deles apareciam dois arbustos abraçados em formas de “J”, letra que representava os nomes dos avós de Sophia M. B. A., João e Joana. Nesse mesmo jardim também se encontrava o busto de Sophia, para que ninguém se esqueça do que elas nos legou e do que os seus avós se preocuparam em lhe ensinar: a amar a natureza. De seguida fomos ver a antiga estufa a que ela faz referência no “Rapaz de bronze” e as atuais que estavam pejadas de flores. Durante esta visita vimos plantas do deserto e árvores diferentes das nossas. Vimos também uma árvore, o “Dragoeiro”. Esta árvore tem por trás uma lenda: havia um dragão que estava sempre a meter-se com os aldeões de uma pequena aldeia, mas certo dia um valente cavaleiro lutou contra ele e o sangue do dragão escorreu pelo solo. Daí nasceu esta planta que liberta a seiva cor de sangue que serve para tingir tecidos. É um exemplar de planta tintureira. Com a continuação da nossa visita passamos por um lago verdejante. Vimos bambus, vimos a parte mais escura e sombria do jardim, pois as árvores são tão altas que não deixam entrar a luz do Sol, vimos um escorrega colorido… Caminhando pelo jardim fomos encontrando outros aspetos deste jardim encantado: um laguinho pequeno onde nasciam plantas aquáticas e habitavam peixes. Outro jardim que visitamos, também ele com uma característica engraçada: os seus arbustos tinham forma de peixes cujo nome era “Jardim do Peixe”. Logo de seguida fomos visitar a casa do gato, uma casa velha onde se secava a fruta, mas com um buraco para o gato entrar e apanhar os ratos que davam cabo da fruta e das sementes aí armazenadas. Vimos também um lago cujo centro era ocupado por uma estátua com a forma de uma menina de bronze. Segundo o que a guia nos informou, Sophia inspirou-se neste lago para escrever o livro “O rapaz de bronze”. No fim da nossa visita regressamos ao autocarro. Ainda tínhamos outro objetivo a cumprir: visitar uma reserva natural de aves, em Vila Nova de Gaia mas não pudemos ir observar as espécies no seu habitat por causa da chuva. Só pudemos observar de longe e as cabanas onde estavam gravuras das aves que ali vivem e que para ali migram. Regressamos, satisfeitos e com muitos conhecimentos e curiosidades que descobrimos. Nunca imaginei que Sophia e a sua família nos tivessem deixado tanto de bom e de cultural. Uma coisa é lê-la, outra é ver e sentir que Sophia nos espreita em cada canto daquela casa, em cada recanto dos seus jardins. Mariana – 5º 15

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Arette: mais uma vez a Europa esteve connosco e interagimos Entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2012 os professores da E. B. 2, 3 de Lamego, Isilda Afonso, Lurdes Cardos e Vítor Leonardo, deslocaram-se, mais uma vez, a Arette La Pierre Saint-Martin, em França, nos Pirinéus Atlânticos, região da Aquitânia, para mais uma semana de trabalho sobre o tema que tem vindo a ser desenvolvido ao longo destes dois anos, inserido no projeto europeu Comenius. Foram muitos os momentos de formação de observação direta da paisagem, espécies da flora e da fauna daquela região montanhosa, na estação de inverno, com reflexões sobre os trabalhos já desenvolvidos nos últimos meses, principalmente no que se referia ao léxico, contos criados pelos alunos sobre a fenologia e a fauna da região de cada país e provérbios relacionados com as estações do ano e respetivos seres vivos vegetais e animais. Foi uma troca de saberes e de vivências, com a construção de páginas digitais e opúsculos impressos com a contribuição dos vários países, o que nos fez concluir que a variedade e a riqueza de cada um dos parceiros europeus deste projeto e as suas produções e observações da natureza, ao longo destes dois anos, são apenas díspares no que se refere à temperatura e floração, mas as espécies são as mesmas, com histórias que se cruzam e provérbios que se assemelham naquilo que querem transmitir e ensinar. Os alunos franceses apresentaram um livro com a recolha de contos criados a partir de questões sobre o ambiente, animais e plantas, numa verdadeira ação de investigação e de criatividade com o título “Contos sobre estações”. Uma das visitas de estudo foi ao museu do mar, em Biarritz e à “Maison de Barétous”, em Arette, onde descobrimos todo o historial sísmico e espeleológico daquela região, assim como a literatura e as espécies vegetais e faunísticas que ao longo dos tempos aí se desenvolveram e que são objeto de estudo pelos alunos das escolas daquela região dos Pirinéus. O convívio com alunos, professores e comunidade encerrou mais estas jornadas, o que demonstrou o elevado interesse nas interações e aprendizagens linguísticas que se conseguem articular entre as línguas francesa, portuguesa, espanhola e polaca. Foi cansativo, mas o saber e o desejo de conhecer a natureza ultrapassaram tudo. Isilda L. Afonso, Lurdes Cardoso e Vítor Leonardo

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PROJETO CONETANDO MUNDOS “Sementes para um mundo mais justo” Os alunos do 5º 5 estão a desenvolver o projeto Conetando Mundos, inserido na temática da Cidadania Global, que nos tem permitido a descoberta de problemas mundiais e nos tem desafiado para a utilização das ferramentas digitais. Nas nossas aulas de português, com a professora Isilda Afonso, temos dialogado e interagido sobre o tema da fome, proposto este ano pela organização internacional que é responsável há vários anos por este trabalho, o CIDAC, juntando e pondo em contacto equipas de alunos de vários países do mundo. A nossa turma faz parte de uma equipa onde interagem turmas de Itália, Espanha, Venezuela, Portugal, Tanzânia, África do Sul e Argentina. Conseguimos comunicar com todos através de uma plataforma online, onde colocamos os trabalhos de investigação, fotos, desenhos, gráficos e textos criados por nós. Além disso, utilizamos o blogue e o fórum dessa plataforma para conhecermos melhor os nossos colegas desses países e elaboramos o perfil da nossa turma, descrevendo-nos e descrevendo a escola. Temos vivido momentos de interação digital que nos obrigam a refletir sobre as causas da fome no mundo, os países onde ela mais se verifica, comparamos informações e damos sugestões para solucionar alguns desses aspetos. Somos uns verdadeiros cidadãos do mundo, mas com muito trabalho de pesquisa. O país que escolhemos para investigar sobre a fome foi Moçambique, por ser um dos países de língua portuguesa e ter estado ligado à nossa História. O Conetando Mundos é uma proposta educativa interativa que junta atividades dentro da sala de aula ao trabalho numa rede composta por alunos e alunas dos 6 aos 17 anos de várias realidades culturais, económicas e sociais, na qual participam várias escolas do mundo inteiro. O trabalho é desenvolvido através de uma plataforma interativa multilingue com 7 línguas (italiano, castelhano, português, inglês, galego, catalão e basco), através da qual as diferentes turmas interagem e trabalham de uma maneira cooperativa, organizadas em equipas de trabalho sempre da mesma faixa etária. O ano 2011/12 deste projeto tem como tema “Sementes para um mundo mais justo”. O nosso trabalho final consistirá na elaboração de um cartaz interativo sobre a fome que será apresentado na plataforma digital para os outros países e, depois, dialogaremos todos sobre essa temática através do blogue e fórum que existem nessa ferramenta digital. Alunos do 5º 5

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24! Um número tão ambicionado … No dia 2 de Fevereiro de 2012, o Departamento de Matemática e Ciências Experimentais com a colaboração do Departamento do 1.º Ciclo do Ensino Básico organizou o XIV Campeonato do Jogo do 24, com a participação de 160 alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico do Agrupamento Vertical de Lamego. A Escola E.B. 2,3, entre um vasto leque de ofertas de atividades de complemento curricular, oferece aos seus alunos um espaço onde a matemática é trabalhada, privilegiando-se o seu caráter lúdico. Deste modo, consegue captar não só os alunos com maior apetência para esta área disciplinar, proporcionandolhes ambientes de aprendizagem mais descontraídos, mas principalmente aqueles que veem a Matemática como o busílis no seu percurso escolar. É mesmo assim! O Clube de Matemática, com uma larga tradição na nossa Escola, congrega de segunda a sexta um vasto conjunto de alunos, sendo a principal caraterística comum a todos eles o quererem experimentar a vertente mais lúdica e mais social da matemática. É neste contexto que apresentamos o Jogo do 24. O Jogo do 24, jogo de cálculo mental que assenta nas quatro operações aritméticas básicas, foi lançado nas escolas pela “Matutano” em 1998. Desde o início, este jogo teve uma enorme aceitação por parte dos alunos da nossa Escola. Conscientes da sua importância para o desenvolvimento de competências do domínio da matemática, os professores desta disciplina, ao longo dos últimos catorze anos, têm vindo a trabalhá-lo com os alunos a partir do início de cada ano letivo, reservando para finais do mês de Janeiro uma atividade para que todos eles possam revelar a mestria com que resolvem o desafio que cada carta do jogo lhes coloca – refiro-me, é claro, ao Campeonato do Jogo do 24. A constituição do Agrupamento Vertical de Lamego e o consequente trabalho colaborativo entre os pares, numa perspetiva de articulação vertical, tem contribuído para um interesse cada vez mais precoce por este jogo, por parte dos alunos e aqui os professores do primeiro ciclo têm tido um papel preponderante. Os alunos chegam à Escola E.B. 2,3 com um amplo conhecimento do jogo, facilitando assim o desenvolvimento do mesmo, de tal forma que nas últimas três edições o Campeonato do Jogo do 24 passou a ser um evento do Agrupamento e não circunscrito apenas à escola sede, como acontecia anteriormente.

Chegou a altura de dar a palavra aos intervenientes que se destacaram nesta atividade pelo seu excelente desempenho. JOGO DO 24 Este texto fala do jogo do 24 em que participei e do que eu senti. Saí do Centro Escolar e fui para a Escola EB2/3. Estava muito nervosa, mas os outros que me rodeavam não pareciam estar melhor. A primeira fase teve duas voltas. Na primeira ganhei aos que estavam na minha mesa. Na segunda volta estava com colegas diferentes e voltei a tremer de ansiedade e nervosismo. Aí joguei melhor porque estava mais confiante. Tivemos um pequeno intervalo e depois voltamos ao jogo para a segunda e terceira fases. Havia ainda dezasseis alunos em jogo, distribuídos por quatro mesas. Eu estava na mesa 1 com o meu companheiro de sala, o Gonçalo. Voltava a estar ansiosa, pois estava em jogo a passagem à última fase. Mas acabei por ir à final! Entrámos num espaço diferente, o auditório, onde iriam decorrer as competições finais e aí sim: fiquei mesmo muito nervosa! Nem conseguia ficar com a mão sem tremer, mas acalmei-me porque queria ganhar. Chamaram-me e eu já estava mais calma. E como estava calma, ganhei. Fui a campeã dos alunos do primeiro ciclo do nosso agrupamento. Ganhei um troféu que vou guardar com muito carinho. Todas as pessoas que eu adoro ficaram muito contentes e deram-me muitos parabéns. Ana Carolina Cabral – (C. E. Lamego: 4º A) – Aluna vencedora do 1.º CEB SALTARICO

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CAMPEONATO DO JOGO DO 24 Olá! Neste texto vou contar-vos como foi o Campeonato do Jogo do 24. Vamos recuar um pouco no tempo. Tudo começou no dia anterior ao campeonato, um dia simplesmente normal. Bem, não assim tão normal, pois havia uma pequena diferença – é que eu estava bastante ansiosa! Quando saí da escola, fui para casa estudar e, à noite, pedi ajuda ao meu pai para, através da internet, resolver algumas cartas do jogo do 24. No dia seguinte, aí sim, estava mesmo nervosa… nem tinha apetite para comer! Apesar disso, obriguei-me a tomar o pequeno-almoço e fui para a escola. Depois de ter participado nas primeiras fases e após muitas jogadas cheguei à final, a qual decorreu no auditório da Escola. Por fim, chegou a altura da entrega de Prémios, onde todos os meninos venceram por participarem! Eu diverti-me muito neste Campeonato do Jogo do 24! Carolina Raquel Gomes – (EB2,3: 5º6, n.º 9) Aluna vencedora do 5.º Ano

HORAS DE MATEMÁTICA, HORAS DE REFLEXÃO E DE PARTILHA Desde o início do ano letivo que sou uma aluna assídua no Clube de Matemática. Um clube destinado a qualquer aluno que queira desenvolver o seu cálculo mental, tal como eu. Inscrevi-me neste clube com grandes expetativas. Logo de início, começámos a treinar o Jogo do 24. Este jogo, rico e interessante, já o conhecia de anos anteriores e, por isso, foi-me fácil resolver a maior parte dos desafios proporcionados pelas cartas, mas também senti algumas dificuldades! Houve cartas que me deram bem que pensar… Estávamos, afinal, a treinar para o Campeonato do Jogo do 24, que se iria realizar no segundo período. Chegou o dia! Um mês depois do início do segundo período, 2 de Fevereiro de 2012, o campeonato iniciou-se às nove horas da manhã. No início, eu estava bastante ansiosa e excitada. A primeira parte da primeira fase foi resolvida sem grandes dificuldades, apesar de estar a jogar contra um colega que era muito bom e pensador. Fiquei muito feliz por ficar em primeiro lugar na minha mesa. De seguida, mudei de mesa e também de adversários. Nesta segunda parte da primeira fase estava mais confiante. Rapidamente, eu e os meus colegas, resolvemos todas as cartas, exceto uma que acabamos por não conseguir descobrir. Era mesmo difícil! Chegou o merecido intervalo! Passaram quinze minutos a correr, e ainda bem… É que a tarefa ainda estava a meio. Entrámos de novo no refeitório, para realizar a segunda e terceira fases. Estava nervosa – aquele nervoso miudinho que nos rouba a calma e a tranquilidade. Vários alunos foram sendo eliminados, ao longo do campeonato, até ficarem quatro que haveriam de disputar a final. Devido à minha prestação nas três fases, fui uma das quatro finalistas do sexto ano. Apesar de me sentir sempre muito confiante, nunca pensei chegar tão longe. A concorrência era de enorme qualidade. Estava muito feliz! É claro, os nervos voltaram a atacar. A final realizou-se no auditório da Escola. Estava sentada na primeira cadeira dos finalistas, tal como no ano passado. Assim que as cartas começaram a ser projetadas num grande ecrã, comecei a transpirar das mãos de tão nervosa que estava. Era também o peso da responsabilidade, pois eu queria fazer boa figura… Durante quinze minutos joguei o melhor que consegui e sabia. No final estava satisfeita com a minha prestação, contente por ter alcançado um dos objetivos – repetir o triunfo do ano letivo passado. Adorei participar no Campeonato do Jogo do 24 e tirar uma fotografia com os meus companheiros vencedores, já com o troféu na mão! Afinal, os nervos não tinham razão de existir… Foram horas de Matemática bem passadas! Bárbara Rodrigues – (EB2,3: 6º 5, n.º 3) Aluna vencedora do 6.º Ano

J. Luís Gouveia

Professor responsável pelo Clube de Matemática 19

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A nossa parJcipação nas Pré-­‐Olimpíadas da MatemáJca Quando nos avisaram acerca da realização das Pré-­‐Olimpíadas da Matemá9ca, ficamos muito entusiasmados. Resolvemos par9cipar, para aprendermos um pouco mais, para nos diver9rmos e também, porque mnhamos uma oportunidade de ganhar. A professora deu-­‐nos uma ficha, para nós treinarmos. Nos dias que faltavam, só falávamos disso e em casa treinávamos imenso. Finalmente, chegou o dia, nós estávamos felicíssimos, mas também muito nervosos, pois nunca mnhamos par9cipado num concurso deste género. Na sala, estavam vários professores de Matemá9ca a organizar tudo, o que não era nada fácil, porque eram muitos alunos a par9cipar. Depois de fazermos a prova, estávamos todos muito confiantes, apesar de termos um pouco de receio. No dia 5 de Março, soubemos que mnhamos ganho um diploma e fomos recebê-­‐lo à biblioteca da Escola E.B. 2,3 de Lamego. Adoramos par9cipar e para o ano lá estaremos. Contem connosco! Inês e Tiago-­‐ 5º2

Final do jogo do 24 Os nossos colegas de turma, Ana Maria e Adriano, participaram na fase final da XIV Edição do Campeonato Interno do “Jogo do 24” que se realizou na EB 2,3 de Lamego, no dia 2 de fevereiro de 2012. Nós achámos que a sua prestação foi extraordinária, pois, entre trinta e seis alunos do 1º Ciclo (3º e 4º anos), obtiveram, respetivamente, os 3º e 4º lugares. Para os homenagearmos recebemo-los de uma forma muito calorosa, demonstrando dessa forma o orgulho que temos neles. Contaram-nos que, de início, estavam muito nervosos, mas que a experiência foi muito interessante e positiva. Disseram-nos ainda que foram muito elogiados por todos. Alunos do 3º D, CEL SALTARICO

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Uma semana de vivências e de cidadania ativa com a biblioteca Iniciou-se a semana da leitura com a apresentação do tema deste ano, “Solidariedade e Cooperação”, um tema bem interessante e atual para todos nós. Os livros, a leitura, a escrita, as imagens, a Internet e as redes sociais desempenham um papel crucial, colocando o mundo em interação num clic, ajudando e dialogando nas mais variadas áreas da vida que se deseja digna e culta. As bibliotecas são o templo do saber, que todos nós devemos preservar como uma verdadeira joia preciosa, mas que só é valiosa se a usarmos, ficando ainda mais polida e com mais brilho. Ao longo da semana entre 5 e 9 de Março de 2012, muitas atividades iremos desenvolver, já bem preparadas e testadas nas nossas salas de aula, sempre com a preciosa ajuda dos nossos professores. Vamos enriquecer-nos e vamos, também, trocar ideias, discutir temas e apreciar representações que nos irão envolver em situações de interação e de aquisição de saberes essenciais e transversais ao nosso currículo. Daí que os prémios foram oferecidos aos nossos colegas, pois eram fruto de determinados eventos em que se envolveram, quer em língua portuguesa, quer em matemática, distinguindo o esforço, a criatividade e o espírito de verdadeira competição de saberes, tão necessária a uma saudável cidadania. Obrigada aos elementos da direção, aos senhores professores e comunidade que esteve representada por pais e Câmara Municipal. Alunos do 6º 5

Bibliotecas Escolares Para que o início do ano letivo fique especialmente associado à leitura e ao prazer de ler, as bibliotecas escolares, realizaram atividades, no âmbito das comemorações do mês Internacional da Biblioteca Escolar, este ano, intitulado “Biblioteca Escolar. Saber. Um poder para a vida.” Com o objectivo de formar novos utilizadores, realizaram-se as visitas guiadas a todas as turmas da educação Pré-Escolar, 1º ciclo e do 5º ano. Com esta atividade pretendeu-se associar o gosto pela leitura à entrada no novo ciclo de escolaridade e a familiarização com o espaço, recurso disponíveis e regras de funcionamento da biblioteca. Os alunos que visitaram as Bibliotecas assistiram a uma breve explicação sobre o funcionamento da biblioteca e regras básicas de utilização. No final das actividades os alunos, avaliaram a atividade e mostraram-se entusiasmados e motivados para a utilização da biblioteca e, sobretudo, para a leitura e apresentaram apreciações bastante favoráveis acerca da atividade e dos espaços das bibliotecas. (Avaliação da a9vidade)

(Avaliação da a9vidade)

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V.

Semana da Leitura 2012 A Semana da Leitura do Agrupamento Ver9cal de Lamego, que decorreu de 5 a 9 de março, ultrapassou todas as expeta9vas, pois a envolvência das comunidades educa9va e local transformou as Bibliotecas Escolares em espaços de enorme cria9vidade. As a9vidades desenvolvidas, centradas na Cooperação e Solidariedade, em ar9culação com todos os Departamentos e Ciclos revelaram muito empenho, trabalho e par9lha de todos os que nelas se envolveram. As bibliotecas transformaram-­‐se em espaços de verdadeira festa, com um vasto programa de a9vidades: Exposições Temá9cas -­‐ Feira do livro -­‐ Animação de leitura -­‐Teatro -­‐ Poesia -­‐ Música -­‐ Ler com… -­‐ Drama9zações – Os Amigos da Biblioteca Escolar – Concursos – Educação para a Arte – Ciência na Biblioteca – Encontro com escritores – Contadores de Histórias -­‐ … Foram verdadeiras viagens pelo mundo da magia e imaginação, do maravilhoso reino dos livros, onde en9dades, convidados, pais e encarregados de educação, docentes, funcionários, alunos e todos os que connosco quiseram par9lhar esta semana, se sen9ram ca9vados e seduzidos pelo entusiasmo e cria9vidade dos par9cipantes. As Professoras Bibliotecárias Ana Paula Sousa e CrisJna Correia

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Alexandre Parafita na E.B. 2,3 de Lamego No passado dia 7 de Março, a Escola E.B. 2,3 de Lamego contou com a grata presença de Alexandre Parafita, um escritor de raízes transmontanas, nascido em Sabrosa e autor de uma extensa obra publicada não só no domínio da literatura infanto-­‐juvenil como também no âmbito do património oral português. Este encontro com o escritor, a9vidade inserida na Semana da Leitura realizada de 5 a 9 de Março, foi um momento dedicado a livros e a leituras, especialmente centrado no livro recentemente publicado “Magalhães nos olhos de um menino”, escrito a duas mãos, por um autor português – Alexandre Parafita e uma escritora brasileira – Simone de Fá9ma Gonçalves. Este livro recheado de emoções, que salienta a importância de uma figura histórica portuguesa pouco abordada pela nossa literatura – Fernão de Magalhães – bem como a ousadia e a coragem do povo português na época áurea dos Descobrimentos, foi a base para o desenvolvimento de a9vidades interdisciplinares entre Língua Portuguesa, História e História e Geografia de Portugal, com o apoio da Biblioteca Escolar. Nas duas sessões que decorreram com este escritor, alunos dos 2º e 3ºciclos desta Escola apresentaram a9vidades diversificadas que par9ram quer de pesquisas efetuadas, quer da leitura do livro em foco ou de outros textos que com ele, de algum modo, estabeleciam uma relação de intertextualidade. Assim, no auditório da nossa Escola, pudemos desfrutar de momentos de grande beleza e riqueza cultural. Alunos do 5º3, com base num apurado trabalho de pesquisa e através da projeção de diaposi9vos, fizeram, com mestria, a apresentação das duas personalidades em evidência (Fernão de Magalhães e Alexandre Parafita), salientando dados biográficos relevantes de cada uma. O Clube de Teatro fez saltar para a sala personagens e autores do livro, proporcionando-­‐nos instantes transbordantes de cria9vidade, originalidade, arte e geradores de boa disposição. O grupo de Jograis, cons9tuído por alunos do 8º 2 e do 7º 1, num coro admiravelmente sincronizado, deu voz a Fernando Pessoa, lembrando a força e a importância do mar no sonho e na obra dos portugueses e recordando a morte de Fernão de Magalhães na viagem de circum-­‐navegação. Alunos do 8º3 declamaram o poema “Os livros, companheiros leais”, transmi9ndo-­‐nos a importância destes “amigos” inseparáveis no nosso trajeto de vida. Brindaram, também, os presentes com um poema da sua autoria – “Viagem pelo livro dos sonhos”. Alunos do 8º1 trouxeram até nós António Gedeão. Com o “Poema da malta das naus”, fizeram-­‐nos recuar no tempo e, de forma sen9da, trouxeram à memória a vida diVcil, penosa dos marinheiros da época dos Descobrimentos, ao cruzarem os mares nem sempre hospitaleiros. Depois, foi a vez de um quarteto de alunos do 8º 2, em jeito coloquial, nos proporcionar um momento muito agradável, trocando impressões sobre algumas expressões que, após a leitura do livro “Magalhães nos olhos de um menino”, ficaram a 9lintar nos seus ouvidos, na sua mente… Seguiu-­‐se o espaço des9nado à entrevista, aguardado por todas as turmas presentes, que 9nham preparado cuidadosamente as questões que gostariam de colocar ao escritor. E assim aconteceu. Alexandre Parafita, salientando a per9nência e a inteligência evidenciada em algumas questões, saciou a curiosidade de todos, respondendo com clareza e visível agrado a todas as perguntas, enriquecendo os nossos conhecimentos. No final da sessão, o escritor agradeceu a maneira como foi recebido, os momentos raros que lhe proporcionaram e fez questão de salientar a elevada qualidade e a marcante originalidade dos trabalhos ali apresentados. E, antes de par9rmos, 9vemos direito a uma sessão de autógrafos. Foram momentos muito agradáveis, proporcionadores de imensa riqueza cultural e que ficarão registados na nossa memória. Henrique Manuel Fernandes Mendes -­‐8º2 Rui Pedro Lopes Cardoso -­‐ 8º2 23

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Magalhães)nos)olhos)de)um)menino Inspirado*nas*viagens *dos *navegadores*portugueses,*surge *o* livro*«Magalhães *nos *olhos *de *um*menino»,*úl9ma*obra *de* Alexandre* Parafita *e* Simone *Gonçalves *e* cujo* lançamento* deste*trabalho*decorreu*no*Centro*Escolar*de*Lamego.** Na *cerimónia* oficial* de* abertura *es9veram* presentes*o* Sr.* Presidenta*da*Câmara*Municipal*de*Lamego*K*Eng.* Francisco* Lopes,* o* Sr.* Diretor* do* Agrupamento* Ver9cal*de*Lamego*–* Dr.* Carlos * Rei,* a * Sra.* Coordenadora * das* Bibliotecas * do* Agrupamento* V er9 ca l * d e* L a m e g o* –* Dra.* Ana*Paula,*contando*ainda *com*a*presença *de*outras* en9dades*e*de*vários*Encarregados*de*Educação. Esta *sessão*foi*abrilhantada,* com*base*em* trabalhos* desenvolvidos *na* sala*de*aula,* e* mostraram* o* quanto* as* crianças *são*capazes *de* se *empenharem,* envolverem* em* projectos * com* qualidade* didác9ca * e* experienciarem* situações*de*mais*valia*para*o*seu*enriquecimento No*final*decorreu*uma*sessão*de*autógrafos.

Ação)da)PSP)no)âmbito)do)dia)europeu)do)112 Decorreu*no*Centro*Escolar*de*Lamego* uma * ação* de* sensibilização* realizada* pela*PSP,*sobre*a*u9lização* correta*do* 112,*junto*dos*alunos*do*3º*e*4º*ano.* Foi* explicado* em* que* situações* se* deve* chamar* o* 112,* e* as* implicações* que*a*sua*má*u9lização*têm. Os * alunos* es9verem* recep9vos* e* empenhados*com*questões*que*foram* levantando.

Bombinhas)de)Carnaval Sobre* o* tema *“Os*perigos *das*Bombinhas *de* Carnaval”,* foi*apresentado* aos *alunos *do*4º* ano*do* Centro* Escolar* de* Lamego,* por* parte* da* equipa *de* minas *e* armadilhas *da *PSP,* sediada* em* Viseu* em* parceria*com*a *PSP*da *nossa*cidade,* os * perigos * da * u9lização* destes* artefactos. Nesta* ação,* ficouKse* a* saber* que* nunca * devemos * lançar* bombinhas* de*carnaval*nem*u9lizar*e *manusear* explosivos,* pois *são* extremamente* perigosos.**** SALTARICO

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Encontro)Com)Pedro)Seromenho Pedro*Seromenho*reputado*escritor*e *ilustrador,*esteve*no*Centro*Escolar*Lamego,*nos *dias *7*e *8*de* fevereiro,* onde*realizou*uma*sessão*para *cada *ano*de *escolaridade*que *se*denominou*de*Encontro*com* Pedro*Seromenho. Para* lá * das* sessões * realizadas * às* turmas,* na * noite* do* dia* 7* aconteceu* um* encontro* com* os* Encarregados* de* Educação,* promovido* pela * Associação* de * Pais * e* Encarregados * de * Educação* do* Agrupamento*Ver9cal *de*Lamego,* onde*es9verem*presentes*as*diversas *en9dade*locais,* como*a*Câmara* Municipal,* representada* pela* vereadora* da* Educação* e* Cultura* Dra.* Marina * Valle,* Associação* de* Freguesias *do*Norte *do*Município*de *Lamego*Macário*Rebelo,*Diretor*do*Agrupamento*Ver9cal*de*Lamego* Dr.*Carlos *Rei *e *Coordenado*do*Centro*Escolar*Dr.*Carlos *Azevedo,*foi *uma*tertúlia*bastante *interessante*e* proveitosa,*onde*se*foi*elaborando*uma*ilustração,*baseada*nos*diferentes*temas*tratados. Temas* das* suas * obras,* como* a* reciclagem,* os * animais * não* sabem* conduzir,* entre* outros * foram* abordados*de*uma*forma *simples *e*didác9ca.* No*final *decorreu*uma *são*de*autógrafos *personalizada*a* todos*os*interessados.

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Pedro Seromenho no CEL Extraordinário! Espetacular! Fantástico! Estes são apenas alguns dos adjetivos que nos permitem caraterizar o trabalho que o escritor/ilustrador Pedro Seromenho realizou na nossa escola nos passados dias 7 e 8 de fevereiro. Pedro Seromenho apresentou alguns dos seus livros, falou de outros e, partindo das nossas ideias, fez ilustrações fantásticas que estiveram expostas no átrio de entrada da nossa escola para que todos as pudéssemos apreciar. Foi fabulosa a forma como Pedro Seromenho nos autografou os livros: além da mensagem dirigida a cada um de nós, fez uma ilustração de acordo com a ideia que cada um lhe transmitiu. Esta foi uma experiência que esperamos repetir no futuro. Os alunos do 3º C, CEL

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ALEXANDRE PARAFITA E SIMONE GONÇALVES NO CENTRO ESCOLAR DE LAMEGO No dia vinte e sete de janeiro de dois mil e doze o escritor Alexandre Parafita e a escritora Simone Fátima Gonçalves estiveram no Centro Escolar de Lamego, para apresentarem o livro -“Magalhães nos olhos de um menino”. A turma do 3º E trabalhou a história e recontou-a toda em verso para os autores e demais assistentes, numa dramatização acompanhada de power point. Como gostamos muito desta atividade deixamo-la aqui, esperando que vos agrade tanto lê-la, como a nós construi-la nesta forma de escrita. Avô A história vai passando De geração em geração, Alguma em livros escrita Outra no meu coração!

Neto Devia ser complicado Pois motores não havia, Para percorrer umas milhas Só o vento ajudaria!

Neto Ah ,ah, ah isso é que foi bem feito, Eu bem gostava de ver nessa luta destemida, Fernão de Magalhães a vencer.

Hoje quero eu contar Dessa história, uma bonita E sabes quem a escreveu? Simone e Alexandre Parafita!

Avô Tormentos, fome e doença Nem podes imaginar! Era o espírito da aventura Que os fazia navegar

avô E ainda abasteceram as naus com água e comida! Rumaram às Filipinas e estas lhe deram guarida.

Contavam-se histórias fantásticas De terríveis gigantes e ladrões Mas ao falar das sereias Cuidado… com as ilusões.

Refeitos e bem nutridos, A Cebu deram atenção. O governador fascinado converteu-se à religião.

Neto Devia ser um tormento, Quando a noite chegava Com medo e tudo escuro Nem deviam dormir nada!

Magalhães ao convertê-lo, Teve de enfrentar mais perigos, Invadir a ilha de Mactan E vencer os inimigos.

Parafita é escritor De histórias de categoria Esta de Fernão de Magalhães Vais conhecê-la neste dia. Neto Ó avô, podes dizer-me quem era esse senhor? O Magalhães que eu conheço É só o computador! Vou mostrar-te o lugar onde se passou a história. Entra lá para o navio e regista na memória. Órfão ficou em Sabrosa E como pagem serve o rei Cresceu forte e corajoso E da aventura fez lei. Quis mostrar a toda a gente Que a terra era uma bola. Diz- lhe o rei sem hesitar: -Cria juízo na tola. Neto Com certeza ficou triste Por o rei lhe dizer não, Mas se era aventureiro Procurava a solução. Avô Foi isso que aconteceu Para Castela rumou O rei achou interessante E o seu projeto apoiou.

Avô Nada ouviu que o amedrontasse E aos marujos encorajou E com apenas três naus Na América do sul aportou

Neto E ele aceitou o negócio Com o mesmo histoicismo? Era assim tão importante Espalhar o cristianismo?

Na Patagónia descansaram, Mas logo o estreito os desgastou Mais de um mês em suplício, Só o Pacífico, os sossegou.

Avô Era mesmo importante, Aquela luta renhida! Para espalhar a fé cristã. Magalhães perdeu a vida.

Pouco durou a alegria, A ilha dos ladrões apareceu. Os ilhéus tudo levaram Ficou apenas o mar e o céu!

Sem líder e destroçados Zarparam em histerias, Apenas um alcançou A ilha das especiarias.

Neto Até custa a acreditar, Pois bravura não lhes falta! Coitados dos marinheiros Não destruíram essa malta?

Abarrotou seus porões Com tudo o que nela havia Provou que a terra é redonda E o sonho se cumpria.

Avô Recompostos da surpresa, Foram-se a eles sem piedade, Deram-lhe umas boas tareias Por aquela grande maldade.

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Cinco séculos se passaram, E o sonho vive na mente Dos homens cá da terra, são todos apenas gente!

SALTARICO


Encontros que ensinam, momentos que perduram, sementes de literacia… O tema da globalização e mundialização faz parte do nosso quotidiano. Apesar de a globalização já ser uma realidade na época dos nossos Descobrimentos, o seu processo evolutivo era muito demorado. Para navegar até às Índias era necessário ter barcos à vela, caravelas e naus que suportassem seis longos meses no alto mar. Hoje, navegamos até o outro lado do mundo, independentemente do horário ou do lugar para o qual queremos ir em questão de segundos através da Internet. É um mundo completamente diferente daquele em que os nossos antepassados outrora viveram. Partindo de todo este conhecimento histórico-geográfico, Alexandre Parafita e Simone de Fátima Gonçalves empreenderam uma cruzada literária para o público infantojuvenil. Parafita, por Portugal, e Simone, pelo Brasil, concretizaram um diálogo que, à distância, com a ajuda da tecnologia e da comunicação interativa, fez nascer uma obra que fascina qualquer um que a leia: “Magalhães nos olhos de um menino”. O valor do conhecimento e do diálogo intergeracional está presente num discurso entre avô e neto, em que a experiência e o saber de um avô e a curiosidade e espírito desafiador do neto vão desfiando as aventuras e desventuras de Magalhães. Excelente obra estes escritores nos proporcionam e uma grande lição de cidadania global. No dia 27 de janeiro, o Centro Escolar de Lamego teve a honra de ser presenteado com o lançamento e apresentação deste livro para o público mais jovem, um dia cheio de intervenções e de momentos em que os alunos de palmo e meio (3º e 4º anos) mostraram verdadeiramente o que aprenderam e as lições que retiraram do exemplo e da vida atribulada deste navegador, pelas palavras dos escritores desta obra, a quatro mãos, publicada pela editora Plátano. Desde a apresentação da biografia, passando pelas dramatizações primorosamente encenadas pelos alunos e professores do CEL até às recriações em verso de alguns momentos entre avô e neto, nada foi esquecido. Apesar de o lançamento do livro ter ocupado um dia, muito mais ainda haveria a dizer. Todos os que assistiram puderam constatar como a literatura, a história, a geografia e a tecnologia se cruzam e se completam. Os professores e alunos, com a estreita colaboração da Biblioteca Escolar, mostraram que aprender não é só com os manuais escolares, não esqueceram que os livros, os escritores e ilustradores merecem todo o seu respeito, todo o seu carinho. Foi isso que aconteceu. Parafita e Simone deliciaram-se com o que viram e ouviram, podemos dizer que se emocionaram. Todos aqueles que o lerem não se esqueçam de o fazer entre avós e netos, trocar entre si ideias e saberes que a obra proporciona, leiam-no a dois, questionem, investiguem e, sobretudo, promovam o diálogo e a partilha do saber com sabor, com compreensão e com muita escuta. Este é o ano europeu do envelhecimento ativo que significa exatamente isso: partilhar o conhecimento e aproveitar o grande capital que ainda temos – os nossos avós, os nossos tios… em suma, a família. Foi também no CEL que a comunidade educativa se encontrou, numa noite, para ver e apreciar os livros e as ilustrações de Pedro Seromenho. Num diálogo fluído, motivador e expressivo, soube prender a atenção de todos os pais e familiares dos alunos, fazendo-nos recuar até aos nossos dias de infância, desafiando-nos para o diálogo e a forma como os pais poderão ler com os seus filhos. O senhor Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento em parceria com a Associação de Freguesias do Norte do Município de Lamego foram os promotores deste encontro que, com o coordenador do CEL souberam dinamizar uma sessão que contribuirá para a formação mais cidadã e literácita dos alunos e da comunidade que nela participou. Isilda Lourenço Afonso SALTARICO

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Escritor Tiago Salgueiro no Centro Escolar Lamego-Sul Tiago Salgueiro, cujo verdadeiro nome é José Saraiva, é um escritor e ilustrador, que no passado dia 27 de fevereiro, nos proporcionou um encontro, partilhando connosco a sua arte de escrever e desenhar. Nós também o presenteamos com diferentes formas de exploração de alguns dos seus livros. Cada turma, após saber da visita do escritor, teve o cuidado de pesquisar sobre ele e escolheu um livro para trabalhar na aula. As sessões decorreram na biblioteca, decorada com trabalhos dos alunos relacionados com o livro escolhido e explorado na sala de aula. Na presença do escritor, as turmas fizeram a apresentação/demonstração dos trabalhos. Para terminar, o escritor explicou como surgem as personagens nas suas histórias e como faz a ilustração das mesmas. Houve tempo, ainda para interagir com os alunos, desenhando de uma forma criativa imagens a partir de combinações de vários animais. Foi uma experiência muito agradável e enriquecedora para os alunos deste Centro Escolar.

Os alunos do 3ºA

CONCURSO «EU CONTO»

Trabalhos selecionados para o Concurso Nacional “Eu Conto” O Concurso «Eu conto!» é uma inicia9va do Plano Nacional de Leitura, em parceria com o Banco Popular e operacionalizado, nos Agrupamentos, pelas Bibliotecas Escolares. Dos alunos abaixo indicados, que se apresentaram ao concurso nacional, foram selecionados os primeiros classificados de cada ciclo. 2º CICLO 1º CLASSIFICADO «Uma aventura no futuro» Pedro Correia Piruzzo e Pedro Manuel Botelho Gomes, do 5º 7 2º CLASSIFICADO «O reino da caridade» Maria Beatriz Oliveira, do 6º1 3º CLASSIFICADO «As heroínas da cooperação e da solidariedade» Samanta Cris9na Monteiro Fonseca e Francisca Isabel Marta Bentes Parente Patrocínio, do 5º6

3º CICLO 1º CLASSIFICADO «O desenho» Henrique Manuel Fernandes Mendes, do 8º2 2º CLASSIFICADO «Ausência misteriosa» Marta Sofia Abreu Gonçalves Magno e Daniela Filipa Amorim Gomes, do 9º 2 3º CLASSIFICADO «Tesouro perdido» João Paulo Santos Monteiro, do 8º3

Concurso de cartas de amor/amizade Quando me avisaram do concurso de cartas de amor/amizade, fiquei muito entusiasmada. A professora de português avisou a minha turma, e eu fui para casa a pensar. Lembrei-­‐me que devia fazer uma para o meu irmão, pois ele foi estudar para Lisboa. Quando estava a escrever, pensei com muita alegria, emoção e carinho nos melhores momentos que juntos passámos. Fui à Biblioteca entregar a carta e esperei, esperei… Nunca pensei que ia ficar nos três primeiros lugares, mas entre muitos alunos, consegui o segundo lugar. Fiquei radiante. No dia 5 de Março de 2012 fui à Biblioteca à entrega dos prémios. Recebi uma pen de 4 GB, um livro, três marcadores de livros e ainda um diploma. Aconselho todos, a par9ciparem nestes concursos! Espero que para o ano exista outro igual ou parecido. Eu irei concorrer. E tu? Beatriz 5º2 29

SALTARICO


112 – Número Internacional de Emergência No dia 10 de - Desligar se tiver telefonar para o 112, mesmo que fevereiro tenha sido por engano. É importante que se diga tivemos a visita que está tudo bem, para que não seja enviada para o de dois local alguma equipa de socorro desnecessariamente. elementos da Não nos devemos esquecer destas regras. Elas são PSP de Lamego, essenciais para que toda a gente seja socorrida a que nos vieram tempo. falar do dia europeu do 112 que se comemora no dia 11/2 por ser parecido com o número de emergência (11/2 = 112). O 112 é um número que serve para chamar qualquer serviço de emergência: ambulância, polícia ou bombeiros. A chamada é grátis e o número é igual nos 27 países da União Europeia. Foi-nos dito que devemos ligar para o 112 quando: - Houver um acidente automóvel; - Virmos um incêndio; - Alguém ficar doente de repente; A Banda Veio à Escola - Alguém se magoar gravemente; - Estivermos sozinhos e precisarmos de ajuda. Aprendemos bem esta lição No mês de fevereiro, no auditório da escola do CEL, assistimos a um concerto musical. - Ficámos a saber o que nunca se deve fazer: O 112 osé seus uminstrumentos número a marcar Os professores de música mostraram-nos musicais: - Telefonar para o 112 para pedir informações;Um baixo, uma guitarra, uma Se estivermos em apuros, bateria e um piano elétrico. Cada um brincou com o seu E nunca para brincar! - Ligar para o 112 se não se tratar de uma situação instrumento e falou sobre ele. de emergência; - Ligar para brincar ou pregar partidas;

A Banda Veio à Escola No mês de fevereiro, no auditório da escola do CEL, assis9mos a um concerto musical. Os professores de música m o s t r a r a m -­‐ n o s o s s e u s instrumentos musicais: Um baixo, uma guitarra, uma bateria e um piano elétrico. Cada u m b r i n c o u c o m o s e u instrumento e falou sobre ele. Nós descobrimos que todos eles eram importantes para se fazer música. Depois cantaram e tocaram várias canções. As músicas animaram-­‐nos muito e nós queremos que eles voltem, pois foi muito diver9do!

Nós descobrimos que todos eles eram importantes para se fazer música. Depois cantaram e

As músicas animaram-nos muito e nós queremos que eles voltem, pois foi muito divertido!

Procura na sopa de letras dez nomes de instrumentos representados nas imagens: Procura na sopa de letras dez nomes de instrumentos representados nas imagens: S Q W V T Y Q K P G P

Trabalho realizado pela turma do 2ºano B-­‐CEL

SALTARICO

Trabalho elaborado pelos alunos do 3º B - CEL

tocaram várias canções.

B G U I T A R R A K C

A T R O M P E T E S L

L D Q L X I Y H D T A

A G F A P A D P L K R

L K L P Z N S Í M R I

A B A I X O F F L G N

I N U W P A L A Ú D E

C P T G R B P R S W T

A D A M P Q H O P K E

Trabalho realizado pela turma do 2ºano A-­‐CEL

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Um escritor e uma ilustradora: um diálogo com sementes de literacia e de cidadania global. No dia 28 de fevereiro de 2012, as turmas do 5º 5, 6º 4, 6º 5 e 8º 3 dirigiram-se ao auditório da escola onde estava presente o senhor professor João Ferraz. Estava ali para nos contar a história “E a sementinha voou…”, da qual era o autor. Essa história relatava a vida de uma semente que vivia num girassol. Ora, havia um corvo que a queria comer, por ser tão redondinha e gordinha. Para escapar, começou a voar com todas as forças, mas ele seguiu-a até que apareceu um pica-pau amarelo que também queria que ela fosse uma das suas refeições. O corvo e o pica-pau amarelo lutaram para ver qual dos dois iria ficar com ela. No meio da confusão a sementinha caiu. Veio uma rajada de vento e arrastou-a para um campo onde encontrou outra sementinha e ficaram por aí a conversar. Neste momento da história, o senhor professor João Ferraz teve de se deter um pouco porque chegara a ilustradora deste livrinho. Foi uma surpresa para a minha turma: era a nossa professora do 4º ano, a professora Maria do Socorro. Ficamos todos eufóricos ao vê-la. Ai que saudades!... A partir da sua chegada, a ilustradora declarou-nos que se sentia muito contente e reconhecida por ter sido convidada para este momento de interação. Nunca julgava ter tanta gente a assistir e a participar. À medida que a história ia sendo narrada, a senhora professora Socorro ia contando episódios engraçados pelos quais passou, enquanto pintava e desenhava algumas das ilustrações do livro. E, claro, também nos descreveu as suas técnicas de desenho e pintura que utilizou para dar mais vivacidade e realismo à natureza, que é uma presença constante nas imagens. Muitos alunos colocaram questões sobre o texto e, essencialmente, sobre as ilustrações. Quer o autor, quer a ilustradora responderam sempre com palavras esclarecedoras e com algumas estórias engraçadas, que nos proporcionaram noventa minutos de prazer na leitura e na observação de imagens. Quando preparamos esta sessão no clube de escrita criativa, a nossa professora, Isilda Afonso, mostrou-nos, apenas, as imagens deste livro e acabamos por criar textos bem interessantes e outras narrativas cheias de aventursa com a sementinha. A que se segue foi uma delas e foi lida aos autores que se deliciaram com a nossa criatividade. Apreciemna! Carla Sofia – 6º 5

Uma semente especial, um percurso atribulado Num belo dia de primavera, a sementinha estava muito aborrecida. Estava plantada num extenso campo de girassóis. Todas as suas amigas já tinham florido. Eram elegantes, muito belas, girando sempre na direção do sol radioso. A pequena semente era divertida, faladora e bastante ativa. Ao contrário das suas parceiras que não tinham paciência para ouvir falar tanto. Numa noite de nevoeiro e vento, a sementinha tentou fugir enquanto as outras flores dormiam. Procurando novas terras, e mais férteis, a sementinha foi parar a uma grande floresta encantada, cheia de minúsculas fadinhas, anões com grandes barbas brancas e um chapéu bem comprido e bicudo. Perdida, a sementinha ficou assustada, quando ao longe avistou uma enorme chama acompanhada de um terrível rugido. Curiosa, foi ver o que se passava. Caminhou durante muito tempo, até que chegou ao seu destino, onde percebeu que o que vira era a chama de um dragão. Este era cinzento e bastante gordo. A sementinha não teve tempo de fugir, pois o dragão apanhou-a rapidamente, com a intenção de a levar para sua casa e comê-la. Viajaram durante toda a noite, sem parar, para descansar. Quando nasceu o sol, começou a ouvir-se o chilrear dos pássaros, todos diferentes. Foi aí que um grande pássaro atingiu o dragão que levava a sementinha na cauda. Os dois animais entraram em confronto pela pequena sementinha que, entretanto, caíra, sem eles se aperceberem. As fadas, que espreitavam entre as folhas para presenciar a queda da sementinha, evitaram uma tragédia e deram-lhe asas de borboleta, pequenas e azuis. A pequena semente aterrou calmamente, num enorme campo de trigo. Este campo não era visitado por pássaros, pois existia um espantalho divertido e um pouco assustador. Muito cansada, a sementinha adormeceu debaixo da terra e perdeu as suas asas. No dia seguinte, para grande surpresa sua, a pequena semente era agora um elegante girassol. A linda flor nunca mais se sentiu só e infeliz. Era o encanto da seara que ali crescera e com cujas espigas de trigo louro e bem espigadinho travara conhecimento e muito aprendera sobre a vida, as voltas e reviravoltas que nos proporciona e nos faz crescer. Bárbara – 6º 5, Eduarda – 6º5 e Rafaela 6º 3 - “A conspiração da escrita” 31 SALTARICO


-­‐ O quê? Isso é men9ra! Para mim, tu és como um irmão, já nos conhecemos aos anos... O Galião, o galo mais velho da família veio contar-­‐me que a raposa andou a inventar men9ras para eu não ter amigos. Fiquei muito triste com tudo isto e não sei como pudeste acreditar. – indignou-­‐se o ra9to. Nesse momento a raposa passou por entre os dois amigos a cantarolar. -­‐ Olá raposa, diz a verdade ao Zeca, senão eu vou dizer a todos os animais da floresta que tu ainda tens medo do escuro. – vingou-­‐se o rato. -­‐ Está bem. Zeca, o Kiko nunca disse mal de 9. -­‐ respondeu a raposa dizendo a verdade. -­‐ Vês Zeca, eu sou e serei sempre teu amigo. Como pudeste duvidar da nossa amizade? – ques9onou o rato. -­‐Desculpa por não ter acreditado em 9. – pediu o mocho. E ficaram amigos para sempre! Moralidade: Não devemos acreditar sempre em tudo o que nos dizem. Samanta 5º6

A Raposa, o Mocho e o Rato Certa vez na floresta, a raposa matreira, vaidosa e esfomeada encontrou o mocho Zeca e declarou: -­‐ Olá! Con9nuas a ser o melhor amigo do rato Kiko? Sabes, no outro dia ouvi o rato a dizer que tu não eras um grande amigo, e que te gabavas muito de muitas coisas. -­‐ O quê? – admirou-­‐se o Zeca. O Kiko disse isso? Mas ele sempre me disse que sou como um irmão para ele! Ao observar ao longe o rato, a raposa matreira apressou-­‐se e despediu-­‐se do mocho: -­‐ Já é tarde tenho de ir embora! Adeus! Com tanta pressa, acabou por cair e escorregar. Mas logo se afastou pois sabia que poderia ser apanhada… O ra9nho vinha triste e aba9do e assim que viu o mocho cumprimentou-­‐o: -­‐ Olá Zeca! -­‐ Não sabia que falavas comigo? -­‐ interrogou admirado o Zeca. -­‐ Não estou a perceber. – afirmou o rato Kiko. -­‐ A raposa disse-­‐me que dizes mal de mim e já não queres ser meu amigo. – respondeu o mocho.

Fábula -­‐ Olá! Sou a coelha D. Marta e estou a ler um livro muito bonito e muito interessante, fala sobre uma menina muito bonita chamada “Caracóis de Ouro”. Também estou a pensar escrever um livro sobre uma história que me aconteceu. Querem ouvi-­‐la? Então vou conta-­‐la. Numa certa tarde de verão, estava eu a tratar da minha horta, quando ouvi um barulho estranho. Eu fui a correr com uma enxada na mão, (não fosse o caso de precisar de u9lizá-­‐la…) pois no dia anterior 9nha visto no jornal “Coelhotrómico” que um grupo de raposas andava a assaltar casas. Não consegui descobrir nada. Passados muitos dias, mesmo muitos e muitos e depois de várias tenta9vas a esperança de encontrar o vilão ou a vilã já era pouca. Quando, de repente, ouvi um zum, zum. Virei-­‐me e vi uma raposa a comer as cenouras que 9nha plantado na semana anterior. Gritei-­‐lhe muito irritada e indignada: -­‐ Sua raposa feia, o que estás a fazer? Roubar-­‐me, não achas que é feio? -­‐ Não foi por mal, mas eu estou cheia de fome. – respondeu a raposa. Não 9ve pena da raposa pois se esta me 9vesse pedido alimento eu certamente, não lhe recusava, ela sabia que podia contar comigo. Mas roubar-­‐me, isso era desfaçatez. Como poderia ela ter pensado em fazê-­‐lo? Por isso, chamei a polícia que a prendeu de imediato. Moralidade: Quem semeia ventos, colhe tempestades. Marta Santos_5.6

Descrição de um objeto

ajuda-me a estudar, a fazer os trabalhos de casa e a apontar. Como já deves ter percebido falo do meu amigo inventor, o lápis. Parece tão insignificante, mas é muito útil. Serve para diversas coisas. Podes desenhar, escrever, podes criar um mundo novo, diferente e, se te enganares, não há problema, pois podes apagar o que de errado fizeste. Este é o meu objeto preferido, por ser um grande inventor, e um criador sem barreiras. Já pensaste como um objeto tão pequeno pode criar coisas tão grandes? ... Como pode criar um mundo com a tua imaginação? ...

“O inventor” Desde pequenina que tenho muitos amigos, todos diferentes mas sempre divertidos. Mas há um especial, que não anda nem fala, não ri nem chora, mas inventa. Este amigo não se compara aos outros. É muito pequeno, bastante elegante e normalmente veste-se às riscas, pretas e amarelas. Sempre muito formoso adora escrever e desenhar, está sempre a inventar. Este meu amigo acompanha-me sempre e, bem guardado, vem comigo para a escola. Também aprende a matéria, e por vezes regista-a no caderno, SALTARICO

Bárbara Carrulo Rodrigues - 6º5 32

Nº3


-­‐ Ali – respondeu o homem, apontando para a torre do palácio. Correram para lá. Chegaram e a primeira prova foi fazerem um mergulho na piscina. -­‐ Como é que vamos fazer um mergulho neste estado? – sussurrou Zeca a João. -­‐ Não sei. – respondeu o amigo. -­‐ Parece que estamos a fazer uma roda quando andamos! -­‐ Roda. É isso! Faz a roda para mergulhar! O plano resultou e passaram à segunda prova – dizer os números até dez e as letras até ao P. -­‐ Isso é fácil! – declarou Zeca – 1, 2, 3 … -­‐ Errado Está – berrou de imediato o rei. -­‐ O quê? – ques9onou Zeca. -­‐ Deixa comigo! – pediu o João -­‐ ! 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1! P, O, N, M, L ,K, J, I, H, G, F, E , D, C, B, A. Mais uma vez 9nham conseguido superar a prova. A úl9mas prova era fazerem uma adivinha em contrariês. -­‐? amarelas e pretas riscas às quadrado é que O – inquiriu o Zeca. -­‐ Não sei – respondeu o rei. Os dois amigos repe9ram a resposta: -­‐ ! amarelas e pretas riscas à quadrado Um. O rei ficou contente e… quando acordaram voltou tudo ao normal. Que bela aventura os dois amigos 9nham passado!

O mundo ao contrário… Em Nova Iorque, uma sombra corre entre os candeeiros da rua. Era de noite e a sombra esgueirou-­‐se, de repente, para um beco sem saída. Logo a seguir, desapareceu… Esta sombra pertencia a João, um cien9sta que estava a um passo de inventar a melhor criação do mundo… O transportader! Correu mal para ele e o colega Zeca que foram para o mundo ao contrário! Quando acordaram ves9ram-­‐se ao contrário com as pernas na gola da camisa e a cabeça no lugar das pernas! Saíram do laboratório com as mãos a fazer de pés e ainda se espantaram mais… Nova Iorque estava ao contrário! Havia uma placa que dizia: “! Iorque Nova Vindo – Bem”. Estava ao contrário! De noite surgia o Sol e de dia a Lua! As pessoas ves9am-­‐se iguais a eles! De dia os candeeiros acendiam e de noite apagavam! Os relógios mostravam a meia-­‐noite quando era meio-­‐dia! -­‐! contrário ao habitantes dia – Bem (Bom dia habitantes ao contrário!) – disse um homem. -­‐ ? chama se Como – perguntou João. -­‐ Falas contrariês? – inquiriu o colega, Zeca. -­‐ falo, Sim. Desculpa! Queria dizer: “Sim, falo”! -­‐ respondeu. Voltando à conversa -­‐ ? mundo outro o para volta se Como -­‐!torre do palácio do rei do provas três resolveram, voltar Para -­‐ ? isso fica Onde

Pedro Gomes -­‐ 5.7

O gato e o rato Era uma vez um gato que andava sempre atrás de um rato. Sempre que o via pensava: -­‐Hei-­‐de conseguir apanhar aquele rato gordinho! Um dia, para o apanhar, fez uma armadilha. O rato viu a ratoeira, e viu também que lá estava o seu queijo favorito. Então, o espertalhão do rato, esculpiu uma cópia fiel: um rato em pedra que colocou na ratoeira. A armadilha soltou-­‐se e prendeu-­‐o, enquanto o verdadeiro rato, todo se lambuzava, tragando o seu queijo favorito. Passaram-­‐se algumas horas e o gato deslocou-­‐se até à ratoeira. Nem queria acreditar no que os seus olhos viam: o rato rechonchudo esperava por ele. Não esperou mais e logo lhe deu valente dentada. -­‐Ajudem-­‐me! Ajudem-­‐me! -­‐suplicava o gato. -­‐ Estou a sangrar. Par9 dois dos meus dentes! Com mil raios! Aquele rato saiu-­‐me bem mais esperto do que eu pensava. Moral da história: O feiPço, virou-­‐se contra o feiPceiro. Diogo 5º2 33

SALTARICO


Como poderia o macaco ter encontrado o leão no pântano? O nosso rei a ser preso pelo inimigo e a oferecer-­‐se para ser o rei! -­‐ Não há preocupação! O nosso rei sabe o que fazer e dá conta dos corcodilos… -­‐ disse o macaco aldrabão e descontraído. Passados alguns dias, do Leão… nem sinal. Quando o elefante carteiro passou deixou a selva em alvoroço. O rei, o nosso bem-­‐amado rei! Perdeu-­‐se no pântano e não pode voltar! O macaco saltou de sua casa horrorizado: -­‐ Se eles descobrem que a culpa é minha…-­‐ murmurou ele. Do outro lado eu pensei: “ Ai que a coisa está feia”. Ainda assim ele quis fazer um concurso para ver qual de nós os dois era o melhor. -­‐ Chegámos ao pântano! – disse ele. -­‐ Quem salvar o leão é o melhor! O macaco foi a acelerar mas ficou preso numa armadilha. A raposa desviou-­‐se, venceu os crocodilos e salvou o leão. Do macaco ninguém sabe dizer…

Fábula

Caros leitores, daqui fala a Comadre Raposa. Esta história passou-­‐se há muito tempo quando eu era muito nova. Passou-­‐se na selva… -­‐ Eu sou muito rápido e forte! – guinchou o pequeno macaco. -­‐ Eu cá, meu amigo, sou mais esperta. – contrariava-­‐o eu, a raposa Mica. -­‐ Mas eu sou melhor! – interrompeu o macaco Barnabé. Sem nós sabermos, o Leão Simba, o rei da selva, ouviu-­‐nos e veio ter connosco. -­‐ Já arranjaram a água? – perguntou Simba num tom autoritário. -­‐ Eu… Nós… -­‐ gaguejei eu. -­‐ Nós descobrimos água no pântano! – men9u o macaco. – Estávamos a discu9r sobre quem te iria dizer! -­‐ O leão incrédulo par9u para o pântano que ficava do outro lado da selva. Ninguém poderia ganhar coragem para lá ir. Era um pântano cheio de armadilhas dos inimigos do povo de Simba: os crocodilos! Fiquei é pasmada…

A força e a rapidez não vencem a astúcia

Pedro Gomes_5.7

Já nem o universo escapa!... - Quando for adulto, quero ir à lua – afirmou o Jorge, todo convicto. - Que estranho! Ir à lua? - Para conhecer planetas e outros seres. Passaram-se anos e o Jorge acabou por ter trabalho a limpar foguetões e fatos de astronauta na NASA, nos Estados Unidos. O seu chefe gostava do seu trabalho e prometeu-lhe: - Se estudares e te habituares a estas coisas do espaço, dar-te-ei formação de astronauta e poderás realizar o teu sonho. Foi uma vida de muito sacrifício, mas conseguiu ser um astronauta. E, num fim de semana, o seu chefe enviou-o à lua. Já no espaço, admira tudo o que vê e o silêncio que sente até lhe provoca arrepios. De repente, numa turbulência, algo choca com a nave. Vê um ser esquisito, bem anafado, rechonchudo, em que só se descortinava a camisa às riscas, com um número de colarinho bem grande onde estavam enfiadas as pernas de alguém, vestido com calças de xadrez e uns sapatos pretos, bicudos que atavam com cordões. Não era possível! - Mas quem és tu? - perguntava ele, em altos gritos, pois não via o lado da cabeça, nem os olhos. - Bloc, bloc, bloc! - Anda, explica-te – continuava ele, mas sem ouvir resposta. Aquele ser começou a rodopiar à volta da nave, deu várias voltas, mas palavras é que nem ouvi-las. Era um autêntico ser saído de um planeta que se tinha despedaçado e que insuflara aquela alma de tal forma que só as pernas enfiadas ao contrário naquela camisa nos ajudava a ver que deveria ser um homem. E seria? O que é certo é que de tanto rodopiar e de tanto ter apanhado ar, acabou por se perder no espaço sideral. Sentime incapaz de o ajudar. Já de regresso ao meu planeta, contei o sucedido. A explicação do filho do chefe do Jorge foi esta: - Mas isso explica tudo! O bruxo Zagazig desapareceu há anos, depois de uma noite das bruxas bem divertida e, com a explosão que provocou, acabou por desaparecer no ar. É por isso que ninguém soube mais nada dele. Anda a vaguear pelo espaço. Ainda bem que nos dizes isso. Foi o castigo que mereceu por ser tão mau. Alunos do 5º 5 SALTARICO

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A escrita é algo que faz parte integrante da nossa vida, para comunicarmos informações, pensamentos, senJmentos referentes aos mais diversos domínios. Muitas vezes, uJlizamo-­‐la para parJlhar com os outros e registar momentos que não queremos ver reduzidos à dimensão momentânea e ao espaço da nossa mente. Este é o exemplo de um momento demasiado “Grande” para ficar limitado a um tempo (o da ocorrência) e a um espaço (o da pessoa que o viveu/vive). Por isso, houve necessidade de o registar de uma forma muito… ESPECIAL

Especialmente…

Em toda a minha vida, 9ve momentos inesquecíveis, uns, pelo aspeto posi9vo, outros, pelo nega9vo. Relembrando os posi9vos, houve um que se destacou par9cularmente. Esse momento surgiu quando dei conta que sen9a um vazio dentro de mim, com apenas nove anos. Sen9 esse vazio após o falecimento da minha avó materna, dando por mim a pensar que, quando a minha avó faleceu, a minha mãe não ficou sozinha, uma vez que tem mais irmãos e com eles par9lhou a dor daquela perda. Este acontecimento, esta situação foi ocupando o meu espírito durante vários dias, não podia deixar de pensar que, caso a minha mãe morresse, eu iria ficar sozinha, pois não 9nha irmãos. Após alguns dias de reflexão sobre o sucedido, disse à minha mãe o seguinte: “Quando a avó morreu, não choraste sozinha por ela, mas quando tu morreres, irei chorar sozinha por 9.” Este meu desabafo criou um eco na cabeça da minha mãe. Então, um ano mais tarde, a minha decidiu preencher o vazio que um dia lhe dissera sen9r, dando-­‐me um irmão. Durante os nove meses de gestação, andei muito impaciente, estando “em pulgas” para ver como ele seria. Encontrava-­‐me no primeiro dia de aulas, quando recebi a nomcia de que o meu irmão estaria a nascer. Fiquei sem cabeça para mais nada, completamente alheada de tudo, nas nuvens, com a mente projetada para o sí9o que aguardava a sua vinda. Imaginava o seu corpinho, o seu rosto, o seu choro… Só pensava no momento em que o teria nos meus braços. E foi, sem dúvida, um momento lindo, único, indescrimvel! Desde o dia em que nasceu até hoje, tenho guardado na minha memória todos os momentos bons e diver9dos que temos passado juntos, e já passaram três anos… De todos esses momentos, houve um que me tocou profundamente, foi quando ele me chamou de “mana” pela primeira vez. Não esquecerei a emoção, o impacto, o sabor dessa palavra saída da sua boquita numa voz doce e meiga! Agora, não saberia viver sem ele, sinto que faz parte da minha vida. E este texto é especialmente… …para 9, meu irmão!!! Rafaela Ferreira 8º2

Umas férias fora de casa Olá! Eu sou a Marta e vou contar-­‐vos como foram as minhas férias em Londres. Depois de ter surgido a ideia do local onde passar as férias, fui pesquisar à internet, um hotel com boa localização e não muito dispendioso. Após algumas consultas, optei pelo “Commodore Hotel” de quatro estrelas, situado perto do “Hyde Parque” e junto da estação de “Paddington”. Tem um restaurante e internet nos quartos. O mercado de “Portobello” e o “Oxford Street” ficam também a curta distância. A funcionária da transportadora aérea (TAP) informou-­‐me que o voo estava marcado para as 14h e 30m, mas que 9nha de estar no aeroporto 2h antes. O tempo de viagem é de cerca de 1h e 45m. Chegada a Londres e depois de cumprir as formalidades do hotel ainda 9ve tempo de visitar, no primeiro dia, alguns monumentos, como o “Palácio de Westminster” e a sua Abadia. Nos dias seguintes, visitei o “Royal Albert Hall”, onde atua o Royal Ballet, assim como os museus de história e ciências. Também houve tempo para visitar algumas lojas e comprar muitas recordações. Londres é uma cidade conhecida pelo seu turismo cultural, mas só u9lizando os meios de transporte conseguimos chegar até alguns dos seus monumentos. Chegado o dia do regresso, fiz as malas, paguei a estadia e fui para o aeroporto. Cheguei a Lamego cerca das 18h e 30m. Foram umas férias magníficas e inesquecíveis. 35

Marta Luísa Costa Rodrigues dos Santos 5.º 6 – nº 21 SALTARICO


A Joaninha Pintinhas Era uma vez uma joaninha que se chamava Amélia. Tinha uma missão para cumprir: ir a Lisboa entregar uma carta ao senhor Manuel. Fora a irmã deste senhor que pedira à sua amiga joaninha este favor e, claro, ela não era pessoa de dizer não a uma boa ação. Prometeu logo fazê-lo, uma vez que o senhor Manuel e a irmã não se viam há muito tempo. Esta nossa amiga joaninha Amélia era alguém com muito bom coração, vermelhinha e às pintinhas pretas muito redondinhas. Toda ela era um encanto para quem a apreciava. Vê-la voar com as suas asinhas fininhas, transparentes e frágeis, mais encanto proporcionava fosse a outros bichinhos, fosse àqueles que eram humanos e que a conheciam da horta ou dos jardins. Quando a primavera chegava, era a primeira a aparecer nas folhas, nas flores e até … no teclado dos computadores dos filhos do dono da horta, o senhor Barnabé Riolho. Ninguém lhe tocava. Todos a respeitavam e, por vezes, dialogavam, porque a joaninha Amélia era muito dada. Mas por agora a nossa história é outra. A joaninha foi então estudar a melhor rota para seguir até Lisboa e cumprir a promessa que fizera ao senhor Manuel. Depois de vários dias a observar e a ler enciclopédias, a consultar a Net e o Google Earth, traçou o percurso mais acessível para si, para as suas asinhas e patinhas muito débeis e pediu emprestado o GPS dos filhos do dono da horta. Claro que eles nem pestanejaram e como já conheciam a joaninha, deramlho logo, pois sabiam que ela não o perderia e eles também não queriam que ela se perdesse. Gostavam tanto dela que faziam tudo para que estivesse sempre junto deles. Escusado será dizer que a joaninha agradeceu e prometeu-lhes que dentro de poucos dias estaria ali com a missão cumprida. Partiu num dia ainda um pouco frio. A meio da viagem houve uma tempestade e começou a chover e a trovejar. Toda a natureza nem queria acreditar no que estava a acontecer, logo no início da primavera. Mas de vez em quando acontecia e tudo se resolvia, apenas com alguns estragos. Desta vez a joaninha também não se atrapalhou. Abrigou-se em lugares bem protegidos e aguardou algumas horas até que a fúria dos deuses passasse. Tudo ficou sereno. Dirigiu-se para Leiria para uma floresta, com as suas amigas e ficou a descansar um pouco numa árvore, abrigada e a apreciar o quão bonita é a natureza e como a chuva, o frio, a neve e até o nevoeiro são importantes para a sobrevivência de todos os seres. Até ela achava que o mundo, apesar de tantas desgraças, continua a ser belo. Basta estarmos atentos e apreciar o que nos rodeia! No dia seguinte, partiu bem cedinho porque a tempestade já a tinha feito perder algum tempo que ela não previra. Mas tudo se iria resolver. Viajou, viajou até que nessa noite chegou a Lisboa. Como já era um pouco tarde, ficou a dormir na casa de uma amiga de há longa data, numa lura bem acolhedora. Logo de manhãzinha aí sai ela toda apressada, seguindo sempre as instruções do GPS e passados uns minutos estava mesmo em frente da casa da irmã do seu querido amigo senhor Manuel. Entrou sem ele dar conta, muito sorrateiramente, depositou a carta na caixinha de correio da porta do apartamento e ainda teve tempo de se enfiar por baixo da porta e dar uma espreitadela à casa e ver como era a irmã do senhor Manuel. Parecia simpática e muito arrumada. É que a nossa joaninha era muito asseada e apreciadora de pessoas. Regressou imediatamente, antes que o tempo piorasse e chegasse dentro do prazo que tinha prometido àqueles que ela deixara há uns dias. Também devemos confessar que ela já sentia saudades da horta, dos jardins das redondezas e de todos os bichinhos amigos que estiveram tanto tempo a suspirar pela vinda da joaninha pintinhas. Rafaela 6º 3 / Pedro 6º 5 SALTARICO

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Quando as histórias deixam eco…

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá Chamava-­‐se “Malhado”. Era um gato de meia idade e vivia num parque com muitos animais de diferentes espécies. Conviviam muito uns com os outros, à exceção do Gato Malhado, pois era arrogante, cruel e egoísta! Naqueles dias de Primavera, o Gato Malhado conheceu alguém um pouco diferente… A Andorinha Sinhá, uma andorinha muito alegre, curiosa e um pouco louca. No início das suas conversas não se deram lá muito bem. O Gato Malhado não simpa9zou muito com Sinhá; pelo contrário, a Andorinha 9nha uma certa curiosidade em perceber este “fato” de mau que o Gato Malhado ves9a. Ao longo dos tempos, o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá foram-­‐se conhecendo, entendendo, cada vez falavam mais um com o outro e esta amizade colorida passou a uma fase seguinte. No final das Primavera já se notava uma certa cumplicidade entre ambos. Estavam apaixonados! Começou o Verão. Nem toda a gente concordava, ou, melhor dizendo, ninguém concordava com este amor, pois uma andorinha tão bela, com tantos pássaros caidinhos de amor por ela, fora logo apaixonar-­‐se por um gato! Onde já se vira?! E, ainda por cima, um gato mau egoísta e solitário. Mas, a verdade é que o Gato Malhado mudara muito, sim, e para melhor. Os pais da Andorinha Sinhá já não estavam a gostar do facto de a sua filha andar na boca do povo. Os introme9dos daquele parque só falavam do amor entre os dois. A estação do Outono chegou. O Gato Malhado andava muito ocupado a escrever um poema para a sua amada, porém triste, pois Sinhá não queria casar com o Gato, porque os gatos e as andorinhas são inimigos. Os gatos comem as Andorinhas e, isto já era uma lei de há muitos anos atrás. A Andorinha teve de par9r. Ambos estavam muito tristes e não conseguiam esconder esse estado de espírito. O Gato Malhado voltou ao seu mau fei9o e parece que voltou a ser tudo com dantes. Já se ouviam os rumores pelo parque, o Gato Malhado nem queria acreditar: a Andorinha ia casar com o Rouxinol, o professor de canto da Sinhá. De facto, a Andorinha admi9u que era verdade. O gato, desiludido, decidiu ir-­‐se embora. O casamento estava marcado, a mãe da Andorinha Sinhá andava m u i t o contente e ansiosa; no entanto, a sua filha andava triste e desmo9vada. Começou a estação do Inverno. O dia chegara. Todos os habitantes do parque foram convidados, m e n o s , claro está, o Gato Malhado. O casamento civil foi em casa da noiva e o casamento religioso foi na laranjeira, a linda capela do parque. O padre que celebrou a comovente cerimónia foi o padre Urubo. Quando a Andorinha saiu da capela, viu o Gato Malhado. Então voou até ele e deixou-­‐lhe uma pétala das rosas vermelhas do seu ramo. O Gato colocou-­‐a no seu peito, no qual parecia uma gota de sangue, e con9nuou o seu c a m i n h o para um lugar longínquo onde vivia, apenas, a cobra Cascavel. O que aconteceu a seguir ninguém sabe, pois nunca mais se ouviu falar dele. Catarina Rebelo, 8º2 37

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Aceita o convite? Recentemente li um livro que me agradou imenso: “Lídia”, de Katherine Paterson. A escrita era muito agradável e a narra9va envolvente cada vez me prendia mais e me fazia interagir com as situações que surgiam. Vou par9lhar convosco um pouco da sua história: Lídia, uma rapariga de treze anos, vivia numa quinta, em Vermont, com a sua mãe, o seu irmão Charles, dois anos mais novo que ela, e as suas duas irmãs mais novas, Rachel, de 6 anos e Agnes, de 4 anos. O seu pai 9nha saído da quinta há algum tempo, em busca de riqueza, pois 9nham algumas dívidas, mas nunca mais voltara. A mente da sua mãe ficara transtornada depois da par9da do marido, 9nha pensamentos estranhos e alimentava a ideia de que o mundo iria acabar em breve, com tamanha convicção que, quando a quinta foi invadida por um urso, a mãe pensou que 9nha sido um sinal de catástrofe. Por isso, quis passar os úl9mos dias de vida ao lado da sua irmã e do seu cunhado. Lídia recusou-­‐se a ir com a mãe, decidiu ficar com Charles na quinta que tanto amava e onde 9nham sido muito felizes juntos. Mais tarde, Lídia foi trabalhar para a estalagem Cutler e Charles para o moinho dos Bakers. Os dois irmãos, infelizes pelo facto de terem de se separar e abandonar a quinta, par9ram na companhia de um vizinho, Luke Stevens, por quem os dois irmãos criaram um sen9mento muito forte e Lídia acabou por se apaixonar. Na estalagem Cutler, com uma patroa muito exigente e egoísta, Lídia matava-­‐se a trabalhar e só recebia cinquenta cên9mos por semana, sendo esse dinheiro entregue à sua mãe. Uns tempos mais tarde, quando Lídia voltou a casa, a senhora Cutler despediu-­‐a, por ter saído na sua ausência e sem a sua autorização. Lídia par9u em direcção a Lowell, onde trabalhou numa fábrica. Ganhava muito mais do que na estalagem e ainda 9nha tempo para descansar e estudar, sendo a sua própria professora. Ao longo do tempo foi juntando dinheiro para pagar as dívidas. Entretanto Agnes faleceu. Os 9os de Lídia internaram a sua mãe num manicómio, entregaram-­‐lhe Rachel e informaram-­‐na que iriam vender a quinta. Mais tarde a mãe de Lídia também faleceu. Lídia separara-­‐se da sua família, perdera a mãe e a irmã mais nova para salvar a quinta e agora ia ser vendida?! Charles levou Rachel com ele para casa dos Phinneys e Lídia ficou sozinha. Sen9a-­‐se triste, mas ao mesmo tempo aliviada, pois não 9nha de se preocupar com ninguém nem dependia de ninguém. Um dia, na sala dos teares, no seu local de trabalho, despejou um balde de água em cima do seu encarregado para 9rar uma amiga das mãos deste, que a p r e s s i o n a v a m . F o i despedida injustamente. Sem o cer9ficado de demissão honrosa da Corporação Concord, nunca seria contratada por nenhuma empresa de Lowell. Sem trabalho e sem sí9o para ficar, o que fará ela? Este foi o ponto culminante, mais empolgante, em que me interroguei mais sobre o decorrer dos acontecimentos, pois Lídia é uma rapariga imprevisível. Querem saber o que aconteceu? Então, deixo-­‐vos com essa curiosidade, que poderão saciar, lendo o livro… Gostei muito deste livro, impressionou-­‐me a força, a determinação e a c o r a g em d e s t a grande rapariga. Nunca desis9u do que queria, lutou, trabalhou, seguiu em frente… Fez-­‐ me pensar que, quando queremos, nada é impossível. Só depende de nós. Devemos lutar pelo que pretendemos e não desis9r à primeira fraqueza, ao primeiro obstáculo. Podemos cair, mas levantámo-­‐nos ainda com mais força e con9nuamos É um livro fascinante! Convido-­‐vos a lê-­‐lo também. Ana Raquel Gonçalves Domingos, 8º2 SALTARICO

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A namorada do gato

O gato Tozé resolveu ir falar com a gata Bela. Quando se aproximou disse: - Olá! Eu chamo-me Tozé. E tu como é que te chamas? - Olá! Eu chamo-me Bela. Mas quero pedir-te uma coisa. - O quê? – pergunta o gato Tozé. - Ir para casa. - Deixo-te se arranjares uma gata toda gira da tua aldeia – respondeu ele. E a gata Bela diz assim: - Ok! Mas tens que me deixar ir à minha aldeia. - Está bem! Vou falar com a bruxa, ela é que tem os poderes. - Então fala rápido, antes que te arrependas! Minutos depois a bruxa apareceu em casa com os frascos numa cesta aonde vinham as poções. O gato perguntou, e a bruxa deixou a menina partir e arranjou uma gata. O rei deixou de ficar preocupado.

Era uma vez uma bruxa que vivia numa casa muito escura e assustadora, longe do reino. Um dia, a bruxa teve que ir ao mercado da aldeia, para comprar especiarias para as suas poções. A bruxa tinha um gato chamado Tozé e o seu sonho era arranjar uma namorada. Certo dia, o gato Tozé como falava português, pediu à bruxa que transformasse uma menina da aldeia numa gata. E assim o fez ! A bruxa, já próxima do reino vizinho, viu uma menina que era filha do rei e para desviar os guardas, lembrou-se que tinha uma poção na mala que punha toda a gente de dormir. Então pegou nela e despejou o frasco da poção por cima dos guardas. A bruxa, depois de raptar a menina para casa, transformou-a numa gata, o que fez o Tozé ficar muito contente. O nome da princesa transformada numa gata era Bela.

Henrique Madanelo, Nº8, 6º5 / Inês Almeida, Nº10, 6º5

A viagem. Vou contar-vos como tudo aconteceu… Estávamos nós na sala vinte e sete do CEL quando a professora nos desafiou para uma viagem de sonho fantástica! Acreditem, subimos montes e vales, bebemos da água mais pura das nascentes. Todo o Universo se uniu para nos agradar e proporcionar algo mágico. A nuvem azul estacionou em frente ao Centro Escolar de Lamego, nós estupefactos entramos eufóricos. A nuvem levantou voo apressadamente e levou-nos até ao imenso mar. Lá, nadamos com a protecção dos golfinhos e dos peixes que nos ofereceram um grandioso banquete de algas e deliciosos manjares. A nuvem preta disse-nos que iria chover, mas seriam uns leves chuviscos para pudermos tomar um refrescante banho. Bem lavados e penteados continuamos viagem e fomos até às nove ilhas dos Açores. Começamos em Santa Maria e acabamos em São Miguel, onde paramos para saborear um magnífico cozido nas Furnas. Seguimos até Paris, visitamos a Disneyland e empurrados pelo sopro do vento subimos à Torre Eiffel. Alguns meninos e a professora gritaram de medo, mas logo o vento nos aconchegou com carinho e afagou os nossos cabelos. Sobrevoamos oceanos, florestas até que encontramos a fada Oriana que nos deu sacos com medicamentos para todos os meninos que sofrem e o cozinheiro chefe cozinhou ementas deliciosas de fazer inveja aos Deuses. Nesse dia não houve fome em nenhum sítio do mundo, porque gastamos horas a lançar comida por todos os lugares do Planeta, até nos mais recônditos. Nesse dia o Sol brilhou em todo o Universo. Já no fim da tarde, regressamos a casa. Os nossos pais estavam ansiosos pelo nosso regresso. Fomos para a cama com o coração a transbordar de alegria e felicidade. A vida é bela e viajar nas asas do sonho é maravilhoso! Alunos do 3.ºF do CEL

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O pássaro sonhador Certo dia, nasceu no Bairro do Céu um passarinho esquisito, mas original. Este passarinho chamava-­‐se Miguel e iria ter um futuro complicado. Desde pequenino, o Miguel adorava observar pinturas de grandes ar9stas. Sempre 9vera o sonho de ser pintor. O Miguel era diferente dos seus amigos. Ao contrário deles, passava o tempo a desenhar, apesar de não ter bons resultados. No entanto, o Miguel não desis9a do seu sonho. Quando já era adulto, ouviu falar de um concurso que se realizaria em França. Muito entusiasmado, o Miguel sonhava com o seu futuro. Passados alguns dias, par9u para França. Tinham sido inscritos milhares de pintores e o Miguel achou que não 9nha hipótese. Apesar de tudo foi escolhido conjuntamente com outro pintor. Muito feliz, organizou uma exposição com o seu parceiro. Nessa noite, todos os bichos da cidade foram ver a exposição que diziam estar maravilhosa. Os visitantes ficaram um pouco desiludidos com os quadros do Miguel e 9nham pago uma quan9a elevada para os ver. À saída havia dois livros para comentários, onde os bichos escreveram que não 9nham gostado dos quadros do Miguel. Este, ao ler os comentários, ficou muito triste. Nesse momento, o Miguel ouviu um grande estrondo que o fez voltar atrás e confirmar que lhe 9nham par9do dois quadros. Foi aí que percebeu que não 9nha jeito para ser pintor. No dia seguinte recebeu uma carta. Tinha sido convidado para uma gala dos óscares. Nesse momento renasceu a esperança de o seu sonho se realizar. Quando se ia arranjar, o Miguel percebeu que estava feio, pois era apenas vermelho. Então, decidiu pintar as suas asas de azul. Muito feliz, dirigiu-­‐se para a gala. O apresentador, com grande “suspense”, disse que o Miguel 9nha ganho um óscar. Subiu ao palco, mas rapidamente percebeu que 9nha ganho um óscar de pior pintor. Aí percebeu que a sua vocação não era a pintura. Surgiu assim o sonho de ser polícia e passar multas com o seu grande lápis. Bárbara e Hugo – 6º 5

A vida dá-­‐nos lições todos os dias Era uma vez uma menina, a Carolina, que era muito vaidosa. Os avós e os pais davam-­‐lhe tudo o que desejasse e muitos mimos. Um dia, a sua mãe teve um bebé, mas a Carolina não gostou porque lhe davam mais atenção, e ela não 9nha toda a gente de casa a mimá-­‐la com tanta frequência. Ia para a escola muito aborrecida e sem vontade, coisa que nunca acontecia antes. Quando regressava a casa, costumava fazer os deveres na cozinha; desde que o seu irmão nascera, os deveres e o estudo eram feitos no quarto e já sem a preciosa ajuda da mãe. A cozinha era muito necessária para tudo o que necessitava o seu irmãozito. Uma noite, em vez de ler ou de ir conversar com os pais, como era costume, ficou no seu quarto a pensar com os seus botões: “Por que é que os meus pais dão maior atenção ao meu irmão e a mim não? Se calhar não gostam de mim!” Eis que de repente uma fada aparece. -­‐ Lá por os teus pais não te darem atenção, não quer dizer que não gostem de 9. E desapareceu imediatamente, deixando a Carolina muito intrigada. Pensou, pensou, pensou no que a fada quereria dizer com aquilo e acabou por concordar com ela. No dia seguinte foi para a escola e, quando regressou a casa, vinha mais feliz. Tinha percebido que era bom ter um irmão e também que o mano gostava dela. Depois de fazer os deveres, até passou a querer estar com o irmão, a observá-­‐lo e… imaginem, a contar-­‐lhe histórias! Como ele se ria muito, a Carolina entendia que ele compreendia tudo e que queria mesmo que ela es9vesse junto dele. Já quase não o largava. E ele parecia que também não queria que ela saísse para a escola. Quando a Carolina aparecia, depois das aulas, era uma alegria para ambos. Diver9am-­‐se mesmo. Assim, Carolina aprendeu a ser amiga, a dar carinho e amor e a não ser egoísta. Aquela fada apareceu na altura ideal. Maria João e TaJana – 6º 5 SALTARICO

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Amizade primaveril O senhor José já sentia algumas saudades da sua amiga joaninha, pois esta já não aparecia há muito tempo. O inverno tinha sido rigoroso e a primavera estava a chegar, mas nada a queria anunciar. Continuava muito frio e a neve ainda espreitava nos cumes dos montes. Numa manhã de primavera, ainda fria, ei-la! Apareceu ainda com as suas asinhas frágeis e trémulas que a transportavam de florinha em florinha, lentamente. Estava o senhor José a tratar da sua horta, aí viu a joaninha e tentou observá-la, a medo. “Por que é que ela não veio antes? O que a terá impedido de chegar mais cedo?” – pensou ele com os seus botões. Como lhe pareceu que seria uma questão mais científica, e era alguém que gostava de aprender com os livros, decidiu consultar algumas enciclopédias e até a Internet. Foi difícil, mas acabou por descobrir que no inverno a joaninha fica a dormir num cogumelo, bem escondidinha e abrigada debaixo do chapéu que possuem. É ali que passa o rigoroso inverno, porque os seus amigos cogumelos têm todo o prazer em a proteger para que aquela belezinha não sofra com o frio, a neve e as tempestades. Quase que hiberna, quase que deixa de ligar ao mundo que a rodeia, para depois renascer quando a primavera chega com os seus dias mais quentinhos e suaves. Logo no dia seguinte à sua chegada, o senhor José tomou o seu pequeno-almoço e aproveitou para ir à caça, mas a joaninha decidiu acompanhá-lo, sem que ele desse conta. A joaninha gostava muito do senhor José! A meio da caminhada, viu uma águia que estava ferida, numa árvore. Ainda receou que ela o atacasse, mas como ao aproximar-se, a medo, ela não reagiu, então teve a certeza de que a águia estava mesmo doente. Levou-a para casa para cuidar dela. Claro que a joaninha acompanhou todo este processo e até apareceu nas mãos do senhor José, quando este a estava a tratar, numa tarde quentinha e convidativa a passear pelo seu jardim de gladíolos. Foi aí que ele ficou a saber que a joaninha gostou daquilo que ele estava a fazer à águia e daí as carícias pelas suas mãos. Durante uma noite, a joaninha falou com a águia sobre tantas coisas que nunca mais puderam viver uma sem a outra. Ficaram amigas verdadeiras e descobriram muito sobre os mistérios da natureza. Viveram muitos anos na companhia de outros seres e contaram sempre com a ajuda do senhor José. Pedro – 6º 5 e Rafaela 6º 3

O Homem Safari Eu tenho um boneco muito bonito e escolhi-o para tema desta composição porque pertencia ao meu irmão que, infelizmente, não cheguei a conhecer; por isso é que eu o guardo e estimo com muito carinho. Pelo que a minha mãe diz, o meu irmão escolheu-o pelos seus grandes músculos e pelas suas extravagantes calças cheias de desenhos e de bolsos que mais pareciam bocas abertas. O meu irmão chamava-o Homem Safari, devido às suas roupas e botas pretas, e pelo seu ar de lutador e de secreto que aparentava. Na cabeça usava um chapéu e uns óculos de sol para combater o sol do safari e usava os seus grandes músculos para caçar grandes animais. Na minha opinião, o que eu gosto mais nele são as suas luvas macias e castanhas, com uma parte dourada que realça toda a luva e da sua barba cinzenta, que tapa a sua cara. Eu adoro-o e guardarei sempre este boneco em nome do meu irmão. João Almeida 6º5 - Nº13 41

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A leitura e a escrita caminham lado a lado, também não sabem viver uma sem a outra, são companheiras indissociáveis como duas irmãs gémeas…

A PORTA DO TEMPO Quando estávamos a passar férias em Porto Santo, numa altura em que os meus pais se encontravam numa esplanada, pedi-­‐lhes para ir à Feira do Livro, mesmo ali em frente. Comprei um livro do autor Ulysses Moore cujo mtulo é “A Porta do Tempo”. Comecei a lê-­‐lo e entrei no seu mundo: Certo dia, dois irmãos gémeos, Jason e Julia, mudaram-­‐se, com os pais, para uma aldeia chamada Kilmore Cove, na Cornualha. Tinham comprado uma mansão sobre um recife, chamada Vivenda Agro, que já pertencera a vários proprietários. Era uma casa an9ga, com uma porta muito estranha… O jardineiro, de nome Nestor, fez a apresentação da casa e explicou que aquela porta era, somente, uma grande tábua de madeira. Enquanto os pais iam fazendo as mudanças, os dois irmãos convidaram um amigo, o RicK, para brincar. Os três foram dar um mergulho no mar, que ficava mesmo abaixo da vivenda. À vinda, um dos irmãos caiu das rochas altas, tendo-­‐se apoiado num buraco. Nesse buraco, descobriram uma espécie de bolas e um pergaminho com algumas informações curiosas e estranhas. Começaram a desconfiar que a v i v e n d a 9nha algum mistério e foram até à biblioteca onde descobriram uma enciclopédia com o mtulo “Línguas Esquecidas”, que lhes permi9u decifrar o código, para abrir a porta que estava no pergaminho. Sim, tal como estão a suspeitar, estranhos acontecimentos envolviam aquela mansão, mas mais não posso desvendar, pois não piada contar a história toda e acabar sem deixar ansiedade. Para a con9nuar, o livro vão ter que comprar, pois eu não sei contar o enredo tanta magia e…. não sei explicar… talvez, encanto como Ulysses Este livro marcou-­‐me, pois é muito original e tem uma magia como nenhum tem.

t e r i a h i s t ó r i a c o m Moore. m a i s

Francisca Parente, 5º 6

Palestra UTAD No dia 13 de dezembro realizou-­‐se uma palestra sobre o tema “Aves migradoras e outras espécies emblemá9cas do Norte de Portugal”, que se inseriu no âmbito do projeto Comenius. Esta palestra contou com a parceria de sete professores da Universidade de Trás-­‐os-­‐Montes e Alto Douro, especialistas no estudo e observação de aves e outras espécies da nossa região. Após uma parte de exposição e interação entre os vários formadores e os alunos, 9vemos a oportunidade de observar a natureza através de aparelhos ó9cos de grande precisão, de aprender a u9lizar o microscópio e a saber apreciar o que é a vida para melhor a respeitarmos e preservarmos. Foram aprendizagens que não iremos esquecer. 6º 5 e 5º 5 SALTARICO

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Sentir'e'fazer'sentir'através'de '

' ' SenJr e fazer senJr PROVÉRBIOS ' ' ' através de poucas palavras Proverbes sur les oiseaux – au Portugal ' ' Amoroso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Caridade ' ' · Por morrer uma andorinha, não acaba a Primavera. Meigo%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amigo%de Sentir'e'fazer'sentir'através'de'poucas'palavras' ' ' · Ave de bico nunca fez dono rico. Infeliz%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Radical%p Sentir'e'fazer'sentir'através'de'poucas'palavras' ' Amoroso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Caridade%deves%pra Amoroso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Caridade%deves%praticar% · Aves da mesma pena andam juntas. Zeloso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Indiferen Meigo%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amigo%deves%ser%se 'melhor é' a codorniz. · Das aves, boa é a perdiz, masMeigo%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amigo%deves%ser%sempre% Atencioso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Nada%de% ' Infeliz%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Radical%para%com%o ' Infeliz%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Radical%para%com%o%desporto% · De ave de bico encurvado, livra-te dela como do diabo. Desiludido%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Harmoni ' Zeloso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Indiferente%à%invej ' Zeloso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Indiferente%à%inveja% · Duas aves de rapina não se fazem companhia. Entusiasmante%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Orientar ' Atencioso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Nada%de%insultos,%p Atencioso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Nada%de%insultos,%porque%magoam% Amoroso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Caridade%deves%praticar% · É má a ave que seu ninho suja. % Amoroso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Caridade%deves%praticar% Desiludido%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Harmonia%é%o%que · Pelo canto conhece-se a ave. Desiludido%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Harmonia%é%o%que%deve%pairar%no%ar% Meigo%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amigo%deves%ser%sempre% Meigo%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amigo%deves%ser%sempre% Entusiasmante%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Orientar%é%aconse Bruna'e'Francisco'– Entusiasmante%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Orientar%é%aconselhar,%é%caminhar!% · Gado de bico nunca fez ninguém rico. Infeliz%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Radical%para%com%o%desporto% Infeliz%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Radical%para%com%o%desporto% % ' · Gaiola bonita não dá de comer ao canário. %Zeloso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Indiferente%à%inveja% Zeloso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Indiferente%à%inveja% Bruna'e'Francisco'–'5º'5' ' · Pássaro gabado sai carriça. Atencioso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Nada%de%insultos,%porque%magoam% Bruna'e'Francisco'–'5º'5' Atencioso%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Nada%de%insultos,%porque%magoam% ' · Quando julho está a começar, asDesiludido%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Harmonia%é%o%que%deve%pairar%no%ar% cegonhas começam a voar. ' ' Desiludido%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Harmonia%é%o%que%deve%pairar%no%ar% ' · Cria o corvo, tirar-te-á os olhos. ' Entusiasmante%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Orientar%é%aconselhar,%é%caminhar!% ' Entusiasmante%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Orientar%é%aconselhar,%é%caminhar!% ' · Ninguém morre no ano sem ouvir cantar o cuco. Amizade%deve%ser%imortal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Sentimento%% % ' % Bruna e Francisco 5º5 ' · Ainda que a garça voe alta, o falcão a mata. Mas%nunca%a%atraiçoar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amável%%%%%%%%% Bruna'e'Francisco'–'5º'5' ' Amizade%deve%ser%imortal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Sentimento%%%%%%%%%%%%%%%%%%% Bruna'e'Francisco'–'5º'5' · Voo de falcão, morte de gavião. O%carinho%também%chega%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Universal%%%%% Amizade%deve%ser%imortal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Sentimento%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Há%sempre% ' Mas%nunca%a%atraiçoar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amável%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% ' · Vinho que nasce em maio, é para o gaio... Reages%com%ele%à%falsidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%De'todos%os% Mas%nunca%a%atraiçoar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amável%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%O%amor% ' O%carinho%também%chega%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Universal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% ' · Gaiola aberta, pássaro morto. O%carinho%também%chega%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Universal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%No%nosso%coração%%%%%%%%%%%%%% ' Reages%com%ele%à%falsidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%De'todos%os%que%se%%%%% ' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amam%e%que · Gaivotas em terra, sinal de bom tempo. %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Duração%par Reages%com%ele%à%falsidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%De'todos%os%que%se%%%%%%%%%%%Encantado%com% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amam%e%querem%a%%%%% ' · Gaivotas em terra, temporal no mar. ' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Duração%para%a%%%%%%%%%%% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amam%e%querem%a%%%%%%%%%%%Saudade%ou%com% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Eternidade%% Amizade%deve%ser%imortal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Sentimento%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Há%sempre% Amizade%deve%ser%imortal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Sentimento%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Há%sempre% · Gaivotas pelas portas, água pelas grutas. %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Eternidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Duração%para%a%%%%%%%%%%%%%%%%%Tristeza,%mesmo%com% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% Mas%nunca%a%atraiçoar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amável%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%O%amor% · Gaivotas por terra, ou fome ou guerra.Mas%nunca%a%atraiçoar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amável%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%O%amor% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Eternidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Impressão%de% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% O%carinho%também%chega%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Universal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%No%nosso%coração%%%%%%%%%%%%%% O%carinho%também%chega%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Universal%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%No%nosso%coração%%%%%%%%%% · Por Santo Urbão, gavião na mão. %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Desprezo% Reages%com%ele%à%falsidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%De'todos%os%que%se%%%%%%%%%%%Encantado%com% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% · A pequeno passarinho, pequeno ninho.Reages%com%ele%à%falsidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%De'todos%os%que%se%%%%%%%%%%%Encantado%com% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amaldiçoado%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amam%e%querem%a%%%%%%%%%%%Saudade%ou%com% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amam%e%querem%a%%%%%%%%%%%Saudade%ou%com% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% · De raminho em raminho, o passarinho faz o seu ninho. %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Desprezado,%mas% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Duração%para%a%%%%%%%%%%%%%%%%%Tristeza,%mesmo%com% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Duração%para%a%%%%%%%%%%%%%%%%%Tristeza,%mesmo%com% ' · De tal ninho, tal passarinho. ' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Encantador%de%vidas.% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Eternidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Impressão%de% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Eternidade%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Impressão%de% · Ninho feito, pega morta. Ma Mariana e Liliana 5º5 · Papagaio velho não aprende a'%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Desprezo% falar. %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Desprezo% ' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amaldiçoado%%%%%%%%%%%%%%%%% Mariana'e'Liliana'–'5º'5' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amaldiçoado%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% · Estorninhos e pardais, todos somos iguais. Confiar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % % %Amizade%é ' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Desprezado,%mas% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Desprezado,%mas% ' · Mais vale ser pardal na rua, que rouxinol na prisão.Confiar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% Agradar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %Que%todos % %Amizade%é%um%prazer% ' Confiar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %% %Amizade%é%um%prazer% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Encantador%de%vidas.% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Encantador%de%vidas.% ' · O primeiro milho é dos pardais. Confiar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % % %Amizade%é%um%prazer% ' Agradar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %Que%todos%devemos%beber,% Repensar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % % %Pois%se%nã Agradar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %Que%todos%devemos%beber,% · Por medo dos pardais, não se 'deixa de' semear cereais. ' Agradar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %Que%todos%devemos%beber,% ' Repensar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %Pois%se%não%a%praticamos% Interessar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %%%%%%%%%%%%%%Não%conse % %% %Pois%se%não%a%praticamos% Mariana'e'Liliana'–'5º'5' · Quando o pardal tem fome, vemRepensar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% abaixo eRepensar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% come. ' Mariana'e'Liliana'–'5º'5' % % %Pois%se%não%a%praticamos% ' % Interessar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %%%%%%%%%%%%%%Não%conseguimos%viver!% Namorar% Interessar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % %%%%%%%%%%%%%%Não%conseguimos%viver!% % ' · Quem passarinhos receia, milho Interessar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% não semeia. ' %%%%%%%%%%%%%%Não%conseguimos%viver!% % ' ' Namorar% % Hospedar% ' · Cada qual vê a moral e a sabedoriaNamorar% segundo Namorar% a sua perspetiva: '' ' Hospedar% Hospedar% Ovacionar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amar%é%o% ' o peixe olha de baixo, o pássaro de cima. '' ' Hospedar% Ovacionar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amar%é%o%que%de%% ' · Mais vale um pássaro na mão do que doisOvacionar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amar%é%o%que%de%% a voar. %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Melhor%no '' ' Ovacionar%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Amar%é%o%que%de%% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Melhor%no%mundo%existe% ' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Melhor%no%mundo%existe% · Pássaros do mar em terra, sinal de vendaval. %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%'O%ódio,%ta '' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Melhor%no%mundo%existe% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%'O%ódio,%também%o%vemos%no% ' · A pega com penas de pavão continua pega. %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%'O%ódio,%também%o%vemos%no%mundo '' %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Raiva?%É%p %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%'O%ódio,%também%o%vemos%no%mundo% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Raiva?%É%para%o%imundo.% ' · Oliveira não tem folha, o pavão comeu-a %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Raiva?%É%para%o%imundo.% toda. % %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%Raiva?%É%para%o%imundo.% ' % ' · A perdiz é perdida se quente não for comida. % % ' %A%vaidade%não%interessa.% % A%vaidade%não%interessa.% % % ' · No tempo das perdizes, tanto mentes quanto dizes. % A%vaidade%não%interessa.% % %% A%vaidade%não%interessa.% ' % % Felicidade%é%o%que%devemos%sentir%pelos % % Felicidade%é%o%que%devemos%sentir%pelos%outros% ' · Quando em março arrulha a perdiz, ano feliz. % Felicidade%é%o%que%devemos%sentir%pelos%outros% % %% Felicidade%é%o%que%devemos%sentir%pelos%outros% ' % % E%estar%sempre%no%nosso%coração!% % % E%estar%sempre%no%nosso%coração!% · Quem morre de véspera é peru de Natal. % E%estar%sempre%no%nosso%coração!% % %% E%estar%sempre%no%nosso%coração!% Tudo%isso%faz%parte%do%mundo% Tudo%isso%faz%parte%do%mundo% · Pica-pau não tem machado e come abelhas e formigas. Tudo%isso%faz%parte%do%mundo% Tudo%isso%faz%parte%do%mundo% O%mais%importante%é%escutar%uma%canção!% O%mais%importante%é%escutar%uma%cançã O%mais%importante%é%escutar%uma%canção!%Ana Luísa e Mara 5º5 O%mais%importante%é%escutar%uma%canção!% 6º5

Sentir'e'fazer'sentir'através'de'poucas'palavras' Sentir'e'fazer'sentir'através'de'poucas'

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Concerto didáJco No mês passado, mais precisamente nos dias 23 e 24 de Fevereiro, decorreu no Agrupamento Vertical de Lamego um Concerto didático realizado pelos professores das Actividades de Enriquecimento Curricular. Esta atividade foi pensada e realizada para todos os alunos do primeiro ciclo do ensino básico do Agrupamento com o objetivo de inovar as metodologias do ensino/aprendizagem assim como, dar a conhecer instrumentos diferenciados de uma forma mais lúdica captando dessa forma a atenção das crianças. Serviu também para seguir as orientações programáticas do ensino da música para o 1.º Ciclo que sugere que os alunos assistam a manifestações artísticas como concertos, peças de teatro ou performances de instrumentistas para enriquecimento das atividades. Devido ao elevado número de alunos e à capacidade do auditório do novo Centro Escolar de Lamego o concerto teve cinco sessões. Os alunos de Cambres, no transporte gentilmente cedido pela junta de freguesia também assistiram ao espetáculo. Para os alunos do Centro Escolar de Penude, devido ao número de alunos, houve a necessidade de se alterar o local do concerto didático. Como diz o ditado “não vai Maomé à montanha, vai a montanha a Maomé” e assim aconteceu: os músicos e professores responsáveis pelo projecto foram a Penude, mais precisamente ao auditório do Centro Paroquial, fazer o concerto didáctico para os alunos. Foi muito bom ver o brilho e a alegria nos olhos das crianças enquanto decorria a atividade. Durante uma hora de sessão, os alunos viram, ouviram e aprenderam um pouco mais sobre os instrumentos bateria, guitarra baixo, guitarra elétrica e piano elétrico. Ouviram, cantaram e dançaram músicas antigas como “All Together Now” ou “A Minha Música” e músicas actuais como “Voar” ou “Amar Não é Pecado”. Para a realização deste concerto foram muito importantes os músicos convidados Pedro Mourão na bateria e Sérgio Monteiro na guitarra elétrica que ensaiaram, tocaram e prepararam toda a atividade sem qualquer contrapartida financeira. Este foi um projeto acarinhado por todos os alunos, professores e funcionários dos centros escolares do agrupamento e terá certamente uma segunda parte com outros músicos e outros instrumentos. Professores das AEC SALTARICO

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G.A.L.A. no Teatro Ribeiro Conceição Honrados por pertencermos ao Grupo de ArJstas Lamecenses Amadores No dia 25 de fevereiro de 2012, pelas 21h30m, no Teatro Ribeiro Conceição (TRC), decorreu um espetáculo de variedades, organizado com o obje9vo de angariar fundos para apoiar o “Andebol Club de Lamego” que, há mais de duas décadas, aposta na formação de jovens. Este espetáculo contou com a par9cipação de um grupo de ar9stas lamecenses amadores (G.A.L.A.), que proporcionou agradáveis momentos musicais, de poesia, de recitação em coro, de humor… Alguns alunos do 7º1 e do 8º2 da Escola E.B. 2,3 de Lamego, que formam o grupo dos Jograis onde nós estamos integradas, também par9ciparam neste evento, a convite da organização. E, porque os espetáculos, para os intervenientes, também constam dos momentos anteriores e posteriores, queremos deixar, aqui, um breve apontamento desses instantes. Começamos por dizer que os breves momentos de ensaio, no TRC, à tarde, nos permi9ram a integração na conjuntura do programa. À noite, 9vemos um bom acolhimento, com direito a um camarim muito bonito, onde pudemos guardar algumas peças de vestuário e organizar momentos de concentração e as necessárias preparações antes das nossas atuações. O nosso grupo, o dos Jograis, entrou em palco duas vezes. Na primeira, recitámos, em jeito de coro grego, dois poemas: “A rua das rimas”, de Guilherme de Almeida, e “No comboio descendente”, de Fernando Pessoa; na segunda, demos voz cole9va aos poemas “Estudo de concerto”, de Rui Afonso, e “Todas as cartas de amor são ridículas”, de Fernando Pessoa. A adrenalina que se fazia sen9r nos momentos prévios à entrada em palco era imensa, mas, ao mesmo tempo, saudável. A ansiedade e o nervosismo invadiam-­‐nos, pois queríamos dar o nosso melhor, não só pela responsabilidade que senmamos de estar a representar a nossa Escola, de certa maneira, como também pela vontade de corresponder com qualidade e reconhecimento ao convite que nos 9nha sido feito e à presença de todos os que ali se encontravam. Pensamos ter alcançado os nossos obje9vos, pois conseguimos transmi9r a nossa mensagem, captar a atenção do público, que nos aplaudiu calorosamente e, no final, nos dirigiu generosos elogios. O Coro Infan9l da Academia de Música de Lamego, onde estão integrados vários colegas nossos e de outras escolas da cidade e da região, também par9cipou neste espetáculo e, mais uma vez, brindou o público com uma magnífica atuação. Interpretando a canção “O mundo quer viver em paz”, da autoria do Professor Gervásio Pina, que lembrava a importância de o homem viver em harmonia com a natureza, encantou os espetadores com as suas vozes melodiosas, cristalinas, afinadas e que, ora a solo, ora em perfeito convívio, no seu conjunto admiravelmente sincronizado, proporcionou um momento musical maravilhoso, onde se destacava a qualidade, a postura e o gosto daqueles pequenos grandes ar9stas lamecenses. O espetáculo terminou com a presença de todos os intervenientes em palco, proporcionando alegres momentos de confraternização entre os par9cipantes e de agradável interação com o público. À saída, foi muito gra9ficante ouvir comentários de apreço sobre a nossa prestação e saber do reconhecimento das pessoas pelo nosso trabalho e desempenho. No final, ficou a agradável sensação do dever bem cumprido, como costumamos dizer: “um sabor agradável na boca”! Gostaríamos, também, de referir que foi muito agradável este encontro intergeracional, que proporcionou que o palco do TRC, naquela noite, fosse o local de encontro de ar9stas lamecenses de várias gerações, desde os mais jovens aos… menos jovens. Não podemos terminar sem agradecer o convite que nos foi dirigido. Ficámos muito honrados pelo facto de ter contribuído para esta causa e contentes por par9lhar com a Comunidade algo que é fruto de um projeto, de um trabalho que desenvolvemos com muito gosto, empenho e dedicação. Foi, sem dúvida, uma experiência enriquecedora e inesquecível! [As fotos foram cedidas pelo Teatro Ribeiro Conceição]

Catarina Ferreira Rebelo / Maria Manuel Saraiva Rodrigues / Mariana Filipa Oliveira Coelho-­‐8º2

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No Natal, um novo visual… Este ano, a época de Natal trouxe um novo visual à nossa Escola. Para além das modificações realizadas durante as férias de Verão, esta maravilhosa quadra foi mote de singulares cenários natalícios, que fazem prova de uma apreciável criatividade aliada ao bom gosto dos alunos e dos grupos de professores de E.V.T e E.V.. Por toda a Escola, diferentes decorações, feitas com materiais naturais e reciclados ou reaproveitados, lembram a época em que nos encontramos. O Corredor do Piso Superior foi alegrado com árvores de Natal, todas distintas, nascidas da criatividade e empenho dos alunos e elaboradas com materiais reaproveitados e outros, como: garrafas de plástico, caixas de cartão, cartolinas e algodão. Neste local, também dão uma pincelada natalícia os invulgares presépios de plasticina, tecidos, lãs e materiais naturais, recolhidos da Natureza pelos alunos. Ficam fantásticos naquele lugar por onde passam, todos os dias, muitos alunos e professores. A originalidade marca presença. O ambiente ficou diferente, ganhou vida. A Sala dos Professores renasceu com estrelinhas pendentes do teto e outras, coladas nos cacifos. Ramos de pinheiro e azevinho a enfeitar as paredes e cápsulas de café, simulando sininhos, dão uma nova vida a este espaço de trabalho e convívio dos nossos mestres. Na Biblioteca reina a decoração em cartão e papel. Logo à entrada, somos saudados por um anjo de cartão, com um pequeno postal onde se lê “Feliz Natal”. O teto está coberto por estrelas feitas com os cartuchos/embalagens do pão servido na cantina e, também, por estrelas de papel diferente, em tons de branco e vermelho, o que faz um contraste fantástico, absolutamente incrível. Mas isto não é tudo, há uma árvore bem grande com enfeites de papel, bolas e estrelas que preenchem um espaço antes vazio e que, agora, dá imensa cor à biblioteca. Assim até dá mais gosto estar naquele sítio. No Átrio, podemos apreciar algumas árvores de esferovite, colocadas num ótimo local, pois é por lá que as pessoas que visitam a nossa Escola entram e ficam maravilhadas com o que encontram. Está uma ideia fascinante! Estas árvores exóticas estão decoradas com pequenas pinhas e cápsulas de café, de novo metamorfoseadas em sininhos. Para vedar o espaço ocupado pelas árvores, foi utilizada uma corda decorada com objetos da Natureza: ramos de pinheiros e pinhas. No meio daquelas árvores, há uma que se distingue: é a maior, mas não é só pelo tamanho que se destaca, é sobretudo pelo brilho de uma enorme estrela cintilante estrategicamente colocada no topo da árvore. Para não fugir à tradição, também temos de “saborear” o Natal onde almoçamos diariamente. Na nossa preciosa Cantina, existem pinguins pintados pelos alunos, debaixo do vidro das mesas e, na parede do fundo, também se “moram” pinguins, mas em tamanho grande, de cartão, com cachecóis e gorros, pois esta altura do ano é muito fria! É de salientar não só a beleza e a originalidade das decorações como também os materiais utilizados, que nos dão uma ótima lição sobre a necessidade de se usar produtos reciclados e reaproveitados. Mariana Silva e Rui Cardoso, 8º2 SALTARICO

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A festa de Natal Ao longo do mês de dezembro decorreu a festa de Natal do Agrupamento Ver9cal de Lamego. Esta foi cons9tuída por três festas em locais diferenciados. Em todos elas, assis9u-­‐se a um animado espetáculo, onde se comemorou a alegria do dar e receber e onde os pequenos grandes ar9stas brilharam como verdadeiras estrelas de Natal. No dia 11 de Dezembro, decorreu no Teatro Ribeiro Conceição a festa de Natal do Centro Escolar de Penude. A par9cipação dos pais como intervenientes directos na sua realização, fez as delícias das crianças. A elaboração do guião da festa foi feita essencialmente pelos Encarregados de Educação juntamente com a coordenação do centro escolar. O espectáculo com a presença do Panda levou miúdos e graúdos ao palco, criando um clima de descontracção e animação. Os professores das AEC colaboraram em tudo o que lhes foi solicitado e também demonstraram os seus dotes de representação. O centro escolar de Lamego e a EB 2,3 levaram a efeito no dia 13, também no Teatro Ribeiro Conceição a sua festa de Natal, caracterizada pela ar9culação ver9cal entre todos os ciclos. A magia proporcionada por todos somente foi possível através de uma organização me9culosa e entrega por parte dos intervenientes. A equipa dos docentes das AEC conversou e decidiu as diversas a9vidades arms9cas que contemplassem a Música, a Dança, a Expressão Arms9ca e as Línguas. Com a ajuda preciosa dos docentes Mendes Dias e Adriano Guerra foram pensados todos pormenores do espetáculo e definidos os responsáveis por cada ac9vidade. Posteriormente, ar9culou-­‐se com a coordenação do centro escolar, os professores 9tulares e as educadoras de infância para que cada a9vidade contemplasse alunos das diferentes turmas do terceiro ano e alunos do Jardim-­‐de-­‐Infância. Às a9vidades do Jardim-­‐de-­‐infância e do 3º ano juntaram-­‐se os jograis do 3º Ciclo e peça de teatro do 2º Ciclo. No final do espetáculo, os ecos que chegaram a todos foram óp9mos, tendo havido diversas propostas para este ser alargado ao público em geral, o que nos leva a reflec9r “O que faz de uma festa de Natal um espectáculo?” O Centro Social de Idosos de Cambres recebeu a festa de Natal da escola da localidade no dia 16 de dezembro. Esta foi caracterizada como sendo uma festa tradicional familiar, onde o som das guitarras tocado pelos idosos se misturou com os cân9cos e as danças dos mais novos, criando um ambiente de juventude e entusiasmo. A elaboração do guião da festa foi feita em ar9culação com as professoras do Jardim-­‐de-­‐Infância e 1º Ciclo e o Centro Social da localidade. Cada uma das valências par9cipou com as suas a9vidades ensaiadas durante o tempo le9vo, quer pelos professores das AEC e professores 9tulares quer pela responsável do Centro Social de Cambres, no que se refere às a9vidades apresentadas pelos idosos dessa ins9tuição. Houve uma grande mo9vação, dinamismo e encaixe entre todos e os professores das AEC que mostraram sempre total disponibilidade para qualquer eventualidade. Em suma, todos os eventos realizados despoletaram em cada um de nós os mais diversos sen9mentos: empa9a, orgulho, confraternização e êxtase. Esta a9vidade só foi possível pelo simples fato de exis9r uma ar9culação por excelência entre os professores das AEC em simultâneo com todos os professores 9tulares e toda a comunidade educa9va. Importa que todos entendam que a riqueza de um país se define pela excelência do trabalho realizado na educação, no reconhecimento da necessidade dos prolongamentos de horário e do papel das A9vidades de Enriquecimento Curricular que assumem cada vez mais importância na construção integral da personalidade das crianças. Professores das AEC

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E o Natal foi assim... Cambres

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