Número de Dezembro de 2010

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ANO LECTIVO 2010/2011 - ANO XXIV - 1ª EDIÇÃO

1 SALTARICO

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Editorial Novo Ano Lectivo

Aproveito este cantinho e esta oportunidade, para saudar toda a Comunidade Educativa do Agrupamento Vertical de Escolas de Lamego, assim como expressar os votos de um excelente Ano Lectivo 2010/2011 e que nele se traduzam e se concretizem todos e para todos os desejos, em termos académicos, profissionais e pessoais. Pela nossa parte, tudo faremos para continuar a trabalhar com a Comunidade Educativa, no sentido da promoção de uma Escola que se quer de qualidade e de excelência, através de uma cultura de diálogo, de participação e partilha e da responsabilização de todos bem como de cada um. Aos novos alunos, uma saudação em especial, nesta sua nova casa, que seja rápida a sua integração nas dinâmicas do nosso Agrupamento. Dinâmicas essas, este ano, iniciadas sob o signo do Centenário da República e do funcionamento dos novos Centros Escolares. O repto que nos foi lançado no ano lectivo anterior, não era fácil, mas soubemos juntos ultrapassá-lo, porque simples foi perceber a sua importância histórica para a transformar num audaz projecto de cidade. Estas novas, modernas e tão desejadas escolas devem transformar-se em pólos de desenvolvimento local e conduzir-nos à conquista de uma escola mais democrática e mais autónoma, que potencie o envolvimento de todos, oferecendo a todos uma base de conhecimentos, atitudes e competências através de uma adequada educação para os direitos e deveres numa perspectiva de educação para a cidadania global. Por último, mas não menos importante, que todos possamos no final dizer: trabalhámos, estudámos e participámos, mas valeu a pena, pois crescemos mais um pouco e hoje somos melhores do que éramos ontem, porque mais instruídos, mais solidários e mais cidadãos!...E, assim, permitam-me que termine com um poema de Pablo Neruda:

Sê…

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
 Sê um arbusto no vale mas sê.
 O melhor arbusto à margem do regato.
 Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
 Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
 E dá alegria a algum caminho.

Índice Editorial..............................................................................2 Centenário da República............................................3 a 7 Um dia especial / Canteiro dos Livros.............................8 Máscaras Rituais / Planetário do Porto...........................9 Desporto para todos........................................................10 Transição para a Vida Pós-escolar.................................10 Textos e poesias...............................................................11 Leão Papão.......................................................................12 Página de Inglês...............................................................13 A Vida é um mistério........................................................14 Como era a minha escola................................................15 Letras e Cores, Ideias e Autores da República.............15 Parlamento dos Jovens...................................................15 Centro Escolar de Lamego-Sul..............................16 e 17 Projecto Comenius..........................................................18 Bibliotecas Escolares do 1º Ciclo..................................19 Estatística no Novo Programa de Matemática.............20 XXIX Olímpiada de Matemática.......................................21 Padre Doutor Gonçalves da Costa................................22 Amigos assim, apesar de... ............................................23 Magusto e S. Martinho.............................................24 e 25 Letras................................................................................26 Halloween.........................................................................27

Se não puderes ser uma estrada,
 Sê apenas uma senda,
 Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
 Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
 Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Compotas caseiras...................................................28 Roda dos Alimentos...................................................29 Humor.........................................................................30 Alberto de Jesus Almeida

FICHA TÉCNICA Propriedade Agrupamento Vertical de Lamego Sede Rua de Fafel 5100-143 Lamego Tel.:254 612 023 Email: osaltarico@gmail.com Coordenação Alberto Almeida, Olga Duarte, José Ribas, Virgínia Miguéis, Gustavo Teixeira, Carlos Guerreiro Conselho Editorial Comunidade Educativa do Agrupamento Vertical de Lamego Composição, montagem e paginação António Meireles / Adriano Guerra Periodicidade Trimestral - Outubro-Novembro-Dezembro de 2010 Impressão Tipografia Minerva - Lamego

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Ao Menino Jesus.........................................................31


Centenário da República

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o âmbito das comemorações do centenário da implantação da República em Portugal, os alunos do 1.º CEB das escolas EB1 de Lamego n.º 1 e do Centro Escolar de Lamego-Sul frequentaram as suas Bibliotecas Escolares para apreciarem obras e documentos (fotografias, jornais e ilustrações da época) sobre este período da nossa história. A exposição Letras e Cores, Ideias e Autores da República proporcionou novos conhecimentos e momentos de reflexão sobre as mudanças provocadas pela República na sociedade portuguesa. “No dia 10 de Novembro de 2010, como todas as semanas, fomos à biblioteca da nossa escola. Mas, desta vez, foi diferente! Foi extraordinário, pois quando lá chegámos, a biblioteca estava diferente! Estava a decorrer uma exposição cujo título era “Letras e Cores, Ideias e Autores da República”.

Francisca Parente do Patrocínio,4.º A Escola EB1 de Lamego n.º 1

5 de Outubro de 1910-2010 No passado dia 4 de Outubro, devido às celebrações do 5 de Outubro (Centenário da República) três colegas e eu, apresentámo-nos na escola vestidos com trajes académicos e fomos às salas de aula, ler um pequeno texto sobre a “Implantação da República” na cidade de Lamego. De seguida desafiámos os alunos a cantar o hino, ao que corresponderam, cantando-o alto e a bom som.

No final sentimo-nos muito satisfeitos com a missão cumprida e muito contentes, pois de uma forma lúdica, conseguimos fazer com que os nossos colegas mais novos percebessem quão importante e significativo, foi o dia de 5 de Outubro de 1910. João Taveira 9º1

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Desfile Comemorativo do Centenário da República

No passado dia 12 de Outubro de 2010, o Agrupamento Vertical de Lamego organizou um Desfile comemorativo do Centenário da República. 12 de Outubro de 2010. Uma manhã fria, desagradável, cinzenta parecia querer invadir este dia. 8.30H. A escola estava em festa. Pelos corredores ouviam-se risos e cantorias. Viam-se rostos felizes e sorridentes, saltos, numa alegria incontida. As turmas reuniam-se nas devidas salas, onde eram distribuídas camisolas brancas com slogans referente à República. “Temos de sair da sala às 9.15h” - avisara a Sra. Directora de Turma. Todos nós, já equipados, esperávamos fervorosamente a hora tão ansiada.9.15H. Saímos da sala. Não posso dizer que saímos de uma forma completamente organizada, pois a euforia era tanta que se apoderava de todos os nossos pensamentos (e movimentos, também). Pelas escadarias desciam outros alunos que, tal como nós, vestidos de branco, olhavam para as camisolas pulando de alegria. No recreio, os professores pediam para nos organizarmos em filas de oito. A confusão era grande, mas rapidamente assimilámos a informação e, em pouco tempo, o recreio era formado por um enorme corredor de alunos alinhados, que seguiam porta fora, em direcção à cidade. O tempo continuava teimosamente rebarbativo. Grandes nuvens cinzentas pareciam apoderar-se do céu, todo ele negro e taciturno. Indiferentes às suas ameaças, nós respondíamos com alegria. Ouviam-se coros de alunos que ora davam vivas à República (e aos professores), ora entoavam o Hino Nacional. Durante a caminhada, caras conhecidas observavamnos atentamente: pais, tios, amigos, populares. Muitos deles liam cuidadosamente a mensagem que procurávamos transmitir (muitos dos alunos, gritavam por elas): Igualdade! Democracia! Justiça! Cidadania! Diálogo! Respeito! Responsabilidade! Empenho! Solidariedade! Também os fotógrafos pareciam interessados nas nossas mensagens, tentando fotografá-las. Durante o Desfile fizeram-se duas paragens.

Na primeira, junto à Rotunda do Soldado Desconhecido, em memória dos que haviam morrido pela Pátria, alguns alunos depositaram uma pequena coroa de flores na estátua, ao som de uma trompete. Depois desta pequena cerimónia, uma grande salva de palmas soou pela baixa da cidade. O Desfile prosseguiu pela Avenida 5 de Outubro. Era uma mancha humana bonita, plena de vida. Mais uma vez, as pessoas olhavam-nos, muitas com respeito, sabendo que nós éramos a República e que estávamos ali para a representar. O tempo, vencido pelo nosso entusiasmo, associava-se, agora, aos nossos festejos e o Sol sorria luminosamente. A segunda e última paragem deu-se junto à Câmara Municipal. Todos os alunos do Agrupamento se organizaram de modo a ficarem de frente para o edifício. Primeiro, chegaram os do Pré-Escolar, depois, os do Primeiro Ciclo e, finalmente, nós, a Escola E.B. 2,3 de Lamego. Assistimos ao hastear da Bandeira, enquanto cantávamos o Hino Nacional, e ouvimos os discursos do Director do nosso Agrupamento, Sr. Dr. Carlos Rei, e do Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Sr. Eng. Francisco Lopes. Ambos deram ênfase à República, salientando a sua importância na vida actual, os direitos que nos proporciona e os deveres que nos exige. Foram especialmente mencionadas as palavras/ expressões que usávamos nas camisolas. Guardei na memória uma frase do Sr.Presidente da Câmara Municipal de Lamego, que penso ter resumido o conteúdo dos discursos. “Se a República nos dá o direito à Igualdade e à Liberdade, então temos o dever de ter estes valores presentes no nosso dia-a-dia, para que esta sociedade seja melhor para todos”. Terminado o Desfile, terminado o artigo, resta-me acrescentar:

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VIVA A REPÚBLICA!

Ana Inês Gomes 9º1


A palavra aos mais novos Após o Desfile Comemorativo do Centenário da República, onde participaram os alunos do AgrupamentoVertical de Lamego, quisemos saber a opinião dos participantes mais novos e entrevistámos duas alunas da Escola Primária nº 1 de Lamego: Carolina Gomes e Margarida Cardoso, da turma A do 4º ano. Boa tarde, Carolina e Margarida. Gostaram do desfile? Porquê? Margarida e Carolina (em coro) - Sim! Margarida - Porque levámos os símbolos da República: o Hino Nacional e a Bandeira. Carolina - Foi divertido e foi uma experiência que já tínhamos iniciado no ano passado. Demoraram muito a organizar o que iriam fazer? Carolina - Começámos este trabalho no ano passado. Pensámos em levar a Bandeira e o Hino Nacional. Durante as aulas fotocopiámos as frases do Hino, com a ajuda da Sra. Professora de Dramática, depois, colámos tudo num papel específico… Margarida - … Que imitava o pergaminho. Carolina - Este ano, decidimos aproveitar as ideias do ano passado, por isso a organização do projecto não demorou muito tempo. De que gostaram mais no Desfile? Carolina - Gostei do discurso do Presidente da Câmara Municipal, porque explicou o que era a República de uma forma fácil de perceber. Margarida - Gostei muito do carro que representava o Centenário da República, porque tinha três meninos vestidos de Presidente e o brasão. Estava muito bem representado. Também gostei do trabalho dos alunos do Pré-Escolar, que se vestiram de verde, vermelho e amarelo, para representar a Bandeira. O que aprenderam sobre a República? Margarida - Aprendi que devemos respeitar os símbolos do nosso País; o que significam as cores da bandeira: o verde significa “esperança” e o vermelho “ o sangue derramado, a alegria e a coragem.”; e o que é a Igualdade: respeitarmo-nos uns aos outros. Carolina - Aprendi o significado da palavra Liberdade: podermos dar a nossa opinião acerca do que queremos, sem ninguém nos impedir. O que é a Republica para vocês? Carolina - Antigamente, éramos governados por um rei – Monarquia. Não existia liberdade e não havia respeito pelo povo. Com a República, tudo mudou: existe a educação (escolas), respeito pelos cidadãos e liberdade para dizermos o que queremos. Margarida - Para mim, a República significa Liberdade, porque, se hoje ainda existisse a Monarquia, não poderíamos dar a opinião sobre a forma como os reis governavam. Muito obrigada pela vossa colaboração! Margarida e Carolina (em coro) – De nada! -5-

Ana Inês Gomes 9º1


Desfile do Centenário da República

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ste ano estamos a comemorar o Centenário da República. Há 100 anos, em 5 de Outubro de 1910, uma revolução em Lisboa, punha fim a cerca de 800 anos de Monarquia e implantava a República no nosso país. Deixámos de ter um rei que herdava o trono para passarmos a ter um Presidente da República que é eleito por um período de tempo limitado por lei. Pelo país fora, muitas iniciativas foram tomadas para comemorar este Centenário para que todos nós, portugueses, possamos perceber o que é a República, quando e como começou e a sua importância no passado e no presente. O nosso Agrupamento também se associou a estas comemorações e, entre outras iniciativas, organizouse o Desfile do Centenário da República. Este evento estava previsto para o dia 8 de Outubro, o dia em que, há 100 anos, foi proclamado este novo regime político à varanda da Câmara Municipal da nossa cidade, mas foi adiado para dia 12 devido às más condições atmosféricas. Nesse dia, ao entrarmos na sala de aula, os senhores professores deram-nos t-shirts com palavras / expressões nelas

estampadas e alusivas a estes 100 anos de República. A da minha turma era “Escola Democrática”, mas ao misturarmo-nos com outros alunos no exterior da Escola, deparámo-nos com centenas de alunos vestidos com calças de ganga e camisolas brancas com palavras / expressões como “Censura nunca mais”, “Solidariedade”, “Igualdade” ou imagens de um cravo. Depois de nos alinharmos por turmas, fomos em direcção às Piscinas Municipais, onde nos juntámos aos alunos do 1º ciclo e do pré-escolar. Iniciámos, então o Desfile, encabeçado por um carro alegórico com os Presidentes da República, em marcha bem lenta para que as pessoas que estavam a assistir pudessem observar e perceber o que as nossas t-shirts mostravam, até à Câmara Municipal com gritos e vivas à República, à “Escola Democrática”, cânticos e palmas. Íamos todos muito animados e entusiasmados. Um dos momentos mais solenes foi a homenagem que fizemos ao Soldado Desconhecido. Enquanto um senhor, professor de Música tocava trompete, dois alunos, em cujas t-shirts se divisava a expressão “À memória dos heróis”, depositavam um bonito ramos de flores junto ao monumento.

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Continuámos o nosso percurso até à Câmara Municipal. Na rua os mais pequenos desenhavam a nossa bandeira com as cores das suas t-shirts. Na varanda, uma grande bandeira nacional desfraldada parecia dar-nos as boas-vindas. O senhor Director do Agrupamento e o senhor Presidente da Câmara Municipal de Lamego usaram da palavra para em breves palavras nos explicarem a importância do dia 5 de Outubro e do nosso Desfile. No final, as bandeiras portuguesa e da cidade de Lamego foram hasteadas ao som dos acordes do nosso Hino Nacional, entoado com grande emoção por todos quantos estavam presentes. Concluído o Desfile, regressámos à Escola, algo cansados, mas com um sorriso feliz estampado no rosto, orgulhosos por termos participado activamente nesta Comemoração da República e com a vontade efectiva de construirmos um Portugal melhor.

VIVA PORTUGAL!
 VIVA A REPÚBLICA! Francisco, Ana Alexandra, Raquel, Ana Carolina, André e António do 6º2 Carina do 6º3


12 de Outubro de 2010

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o dia 12 de Outubro de 2010, realizámos o nosso desfile comemorativo do Centenário da República, uma vez que no presente ano se comemora essa efeméride. Como tal, fazia todo o sentido aproveitar este facto para servir de inspiração e despertar a comunidade neste evento, mais ainda porque os alunos vinham a trabalhar alguns conteúdos desde ano lectivo transacto. Em específico, e no que diz respeito ao 4ºA, da EB1 de Lamego nº1, o tema escolhido foi “Os Símbolos da República” e, como tal, as alunas iriam transportar uma bandeira de Portugal, uma vez que, aproveitando as comemorações do 5 de Outubro, a turma tinha estudado toda a simbologia que nela está patente, de forma a compreender melhor todo o significado envolto na mesma. Os alunos por sua vez, transportaram um pergaminho contendo a letra do nosso Hino Nacional – A Portuguesa - na sua totalidade, bem como o nome dos seus autores, o que a par da Bandeira Nacional também tinha sido trabalhado nas aulas. Este último facto surpreendeu alguns espectadores, pois desconheciam que A Portuguesa possuía todas aquelas estrofes, assumindo este facto um carácter educativo bastante importante. Depois de muito trabalho e empenho na preparação de todos os materiais que se iriam utilizar no grandioso desfile, o tão aguardado dia chegou finalmente. O desfile teve o seu início na Avenida D. Jacinto Botelho, percorrendo em seguida algumas das principais artérias da nossa cidade, com a presença assídua, mais uma vez, de muitos pais e muitos espectadores durante todo o percurso. Quando chegámos ao edifício dos Paços do Concelho, já nos aguardavam o Sr. Engenheiro Francisco Lopes - Presidente da Câmara Municipal de Lamego, o Sr. Professor Carlos Rei – Director do nosso Agrupamento Vertical de Lamego, a Sr.ª Professora Marina Valle - Vereadora da Educação, entre outros. Todos os professores e alunos foram convidados a cantarem em uníssono o Hino Nacional e a assistirem ao içar da Bandeira Portuguesa. De facto, estes jovens republicanos estão mais uma vez de parabéns, como vem sendo hábito, pois o seu comportamento, durante todo o trajecto e no momento de cantar o Hino, foi exemplar. É ainda de referir que toda a turma sentiu o “peso” dos símbolos que envergava e transportava, sendo disso exemplo o total respeito e seriedade com que abordaram o evento, fruto do trabalho desenvolvido, neste âmbito, na sala de aula. Professora Lourdes Luís e alunos do 4ºA

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Um dia especial

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o dia 1 de Outubro nós, os alunos e professores da EB1 e Jardim de Infância de Cambres, fomos ao Centro Social Paroquial da nossa freguesia.

Comemorámos o Dia Internacional da Terceira Idade e o Dia Mundial da Música. O salão de festas estava muito bem decorado! A festa começou com os meninos do Jardim de Infância a oferecerem um trabalho feito por eles aos idosos. Chegou a nossa vez de subirmos ao palco para também oferecermos a nossa lembrança, uma linda canção.De seguida o Senhor Padre Marcos Alvim começou a cantar acompanhado pela sua viola.

Durante o espectáculo musical os idosos e nós divertimo-nos muito cantando, dançando e aplaudindo. Foi um verdadeiro espetáculo! Neste dia, o Centro Social Paroquial também comemorou o seu 14º aniversário. Ele foi inaugurado no dia 1 de Outubro de 1996, dia de Santa Teresinha. Todos cantámos os parabéns! Quando terminámos apagaram as velas e comemos o bolo. E que grande bolo era! Enquanto o comíamos íamos ouvindo o Senhor Padre a cantar. Quando nos avisou que o espetáculo chegou ao fim todos pedimos em coro “Só mais uma!”. O Senhor Padre fez-nos a vontade. A festa chegou ao fim e os idosos, felizes, agradeceram a nossa visita. À saída a Dona Judite e o Senhor Padre Bouça Pires deram-nos rebuçados. Este dia foi muito especial! Trabalho realizado pela turma Cam. D da EB1 de Cambres

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o dia dezanove de Outubro de 2010, fomos à biblioteca da nossa escola (como fazemos todas as terças-feiras) e a professora Isabel leu-nos um livro intitulado “ O canteiro dos livros” do escritor José Jorge Letria. Quando chegámos à sala surgiu a ideia de fazermos o nosso canteiro dos livros. Demos então início ao projecto: Voltamos a ler a história; Cada aluno inventou um título para o livro que queria escrever; Inventámos e escrevemos a história, corrigimo-la e passamola a limpo; Fizemos a capa do mesmo, tendo

Canteiro dos livros em atenção todos os elementos que a constituem; Ilustrámos; Colamos a folha do texto à capa e montámos o livro; Com as palhas dos pacotes do leite fizemos o caule e com papel de lustro uma folha; Enchemos uma gaveta com areia e colocámos os livros no canteiro. Todos nós gostámos muito de fazer este trabalho, demorou alguns dias a realizar mas ficamos muito contentes com resultado final. EB1 de Lamego nº1 3º Ano Turma A

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“máscaras rituais” do Douro e Trás-os-Montes Alunos do 7ºCEF visitaram Museu de Lamego.Na sexta-feira, dia 1 de Outubro, pelas 14 horas os alunos foram visitar a exposição de pintura sobre “máscaras” Rituais do Douro e Trás-os-Montes de Balbina Mendes. Os alunos na ida ao Museu de Lamego, passaram pela Rua de Almacave, onde puderam observar alguns azulejos que embelezam algumas das fachadas das casas ali existentes.No museu, os alunos acompanhados pelas professoras Cidália Loureiro e Ana Rita Gaspar foram recebidas pela Dª Alexandra que os orientou na visita à exposição. A exposição do Museu de Lamego apresenta um conjunto de máscaras Rituais do Douro e Trás-

os-Montes, símbolos do imaginário popular, cujas origens perdem a memória no tempo. Os alunos tiraram fotografias em grupo e regressaram à escola. 7º CEF

Visita de Estudo ao Planetário do Porto No dia 24 de Novembro de 2010, realizou-se uma visita de estudo ao Planetário do Porto. Esta visita foi organizada pelos professores de Ciências Naturais e de Ciências Físico-Químicas da Escola EB 2, 3 de Lamego, com o objectivo de finalizar a unidade “Terra no Espaço”. Nesta visita participaram todas as turmas de 7º ano.Saímos de Lamego pelas 8:30h rumo ao Porto. A viagem foi animada, com diversas actividades como: ouvir música, falar, cantar, ver a paisagem e fazer diversas brincadeiras…Chegados ao Porto, o autocarro parou em frente do Planetário. Saímos do autocarro e lanchamos durante 10 minutos. De seguida, dirigimo-nos ao Planetário. Lá mostraram-nos imagens sobre o céu nocturno, como se encontrar a Estrela Polar, as galáxias (formas e cores), os planetas do sistema solar ( Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Úrano e Neptuno), as nebulosas difusas e os satélites naturais ( luas ou planetas secundários). Quando saímos da sala, fomos, através de um telescópio, observar o sol. Saímos de lá e fomos para o parque da cidade. No parque da cidade almoçámos, passeámos e assistimos a uma partida privilegiada de futebol entre os alunos do 7º ano e alguns professores. O Parque da Cidade é o maior parque urbano do país, com uma superfície de 83 hectares de áreas verdes naturalizadas que se estendem até ao Oceano Atlântico.Chegámos a Lamego ás 4:30. A visita de estudo foi um sucesso. Henrique Mendes 7º2

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Desporto para todos

o âmbito do Desporto Escolar, encontra-se a ser desenvolvido um projecto de Natação Adaptada/Psicomotricidade, na Escola E. B. 2, 3 de Lamego.Este destina-se a crianças portadoras de Necessidades Educativas Especiais (enquadradas no Dec. Lei 3/2008), pertencentes ao Agrupamento Vertical de Lamego, nomeadamente, àquelas portadoras de dificuldades motoras mais acentuadas ou outras que justifiquem uma mais pertinente intervenção a nível psicomotor. Desta forma, 10 crianças estão a deslocar-se à Piscina Municipal de Lamego, onde são apoiadas, ao nível da Psicomotricidade/Natação Adaptada, por um Professor de Educação Física e Especializado em Educação Especial, pertencente ao Agrupamento. Este Projecto tem, como principal objectivo, o favorecimento do desenvolvimento integral das crianças com Necessidades Educativas Especiais (motor, cognitivo, social e emocional), por meio do movimento, utilizando o corpo como veículo de expressão, favorecendo a sua autonomia, utilizando as propriedades da água como meio facilitador desse desenvolvimento.

Prof. Rui Almeida

TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS- ESCOLAR (Artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 3 de 2008 de 7 de Janeiro)

No ano de 2010 estive a fazer uma pré-profissionalização na Junta de Freguesia de Almacave e no Jardim de Infância n.º 3 de Lamego. Tratou-se de um trabalho planificado pela senhora professora Ana Gonçalves e supervisionado por esta professora e pela junta de freguesia. Este ano vou ter como supervisor o professor Soares e a junta de freguesia. Porém, vou dar continuidade à formação préprofissional iniciada no ano passado, em tempos diferente mas nos mesmos espaços. Também vou levar comigo dois amigos e colegas: o Sérgio do 9º1 e o Tiago do 6º7. Gostei muito de trabalhar na junta e no Jardim-de-infância. Aprendi a fazer muitas coisas. Hoje estou mais madura e relaciono-me melhor com as pessoas. Vera Cardoso 9º1

A Junta de Freguesia de Almacave situa-se no distrito de Viseu, concelho de Lamego, rua D. Justino P. Oliveira. A Bandeira está ilustrada com três castelos, uma coroa, duas espadas, um báculo, um muro e uma porta. O seu presidente é o ilustre lamecense António Lourenço. Trata-se de um homem que, além de demonstrar uma grande disponibilidade, é simpático, educado, de bom trato e muito amigo das crianças. Bem-haja senhor Presidente da Junta, por tudo o que tem feito por nós e pelo que acreditámos continuará a fazer. Bibliografia: Pesquisas na Internet (Sitio da Junta) - Decreto-lei n.º 3 de 2008 de 7 de Janeiro

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Autores: Sérgio, Vera e Tiago


Esta, sou eu… Agora sei escrever!

O

lá! Eu sou Annalisa Ferreira, tenho 11 anos e sou estudante do 6º ano, na E.B. 2, 3 de Lamego. Nasci na Suíça (Lenzerheide), mas

aos 6 anos vim viver para Portugal. Neste momento, vivo em Lamego

Agora sei escrever! Agora vou escrever Começando por aprender A vogal “ A “

com a minha tia. Recorrendo à minha memória, penso que os meus amigos me acham divertida e boa amiga. Os meus familiares adoramme. Eu adoro o meu país. É lindo e sinto muitas saudades! No entanto,

Agora vou escrever

tenho muitos gostos e sonhos como as outras pessoas. Por exemplo,

Juntando letras,

nas cores e na música, as minhas preferências são muito diversas.

Formando palavras,

Gosto muito de moda, de cultura e adoro cantar e dançar. Uma pessoa

Frases, textos.

que me tenha marcado? A minha bisavó… Foi uma excelente pessoa,

Agora vou escrever

mas, infelizmente, já partiu com 93 anos. A minha tia-avó, Filomena,

Postais,

que me adorava, também já partiu. Por que motivo as pessoas de

Cartas para os amigos,

quem mais gostamos se despedem de nós tão cedo? Não deveria ser

Recados para a minha mãe, Artigos para os jornais,

assim. Tudo na vida devia ser mais fácil…

Annalisa – 6º 1

Trabalhos para a professora Mensagens no telemóvel

É tempo de Outono

E muito mais…

É tempo de Outono

Agora vou escrever Por gosto E para não me esquecer. Agora sim Sei escrever e ler … e compreender!

Dos vários poemas de Outono que pesquisámos para trabalhar nas nossas aulas, escolhemos este, com o qual organizámos um lindo painel de Outono.

Há ventos, há chuvas Abundam os frutos

Apanham-se as uvas… Há peros e peras Mangas e romãs

Castanhas e nozes

Bianca e Sara, 6º6

E muitas maçãs… Pelo campo eu,

Se me apetecer,

Alguns destes frutos Eu hei de comer…

É tempo de Outono

Eu faço um magusto Estalam castanhas

Mas eu não me assusto!

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Os alunos do 2º D Lamego nº 1

http://educar-brincar.blogspot.com/2009/11/ cancoes-do-outono.html (adaptado)


Leão Papão Leão Papão estava na selva quando de repente ouviu uma voz: - Olá amigo leão!- Quem fala? -Quem fala? – perguntou ele intrigado. - Sou eu a serpente Tótó. - Olaaaaá! O que queres? - Ouvi dizer que há um concurso novo na televisão. - De quê? – questiona curioso. - É premiado o concorrente que conseguir comer mais chouriços em um minuto. - Ohhh! Isso deve ser fixe! - Eu inscrevi-me, só que me esqueci que tenho uma consulta médica. Queres ir na minha vez? - Pode ser, vou encher a minha barriga de chouriços. - Então amigo leão desejo-te sorte. - Para ti Tótó, que a tua consulta corra bem. Então o Leão Papão foi para o concurso. Quando lá chegou disse para si: -Tantos concorrentes! Não sei se vou ganhar! Começou o concurso. O leão viu que estava lá o Sr. Gorila, que era um grande amigo seu, mas ele não desistiu de participar no concurso.Disse para o gorila: - Então grandão, como vai isso?

O gorila soltou um rugido. O leão atrapalhado voltou-lhe as costas e desatou a correr porque pensava que o gorila o ia atacar. Corria, corria e pensava: - Se ele é meu amigo por que é que havia de querer bater-me? O Leão Papão parou, olhou em redor e viu que o gorila não estava atrás dele. Resolveu voltar ao concurso. Competiu com treze concorrentes. Um deles era um jacaré idiota e que tinha a mania que era bom. Outro era o tigre Maluquês, que era tão maluco que quando rodopiava destruía tudo o que estava por perto. O rato Ratola que assustava elefantes e o grande Leopardo Malhado que dava grandes arrotos, porque tinha problemas de digestão. Com estes concorrentes comilões o Leão Papão conseguiu, ganhar e ficou muito contente, porque encheu a barriga com muitos quilos de chouriço. Os outros animais da selva também ficaram felizes, porque adivinhavam que com tal barrigada de chouriços, o Leão Papão ia descansar uns dias das suas caçadas e deixa-los tranquilos. «Começo eu, acabas tu». Trabalho do 3ºano C Lamego nº1

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Learn more about these festivities and have fun.

GUY FAWKES’ NIGHT OR BONFIRE NIGHT It’s one of Britain’s most popular festivals and it’s celebrated on 5th November. In 1605… Guy Fawkes, a Roman Catholic, doesn’t like the Protestant King James I. He has got a plan to blow up the Houses of the Parliament. The King’s Guards discover his plan and arrest him. He is killed for treason. Nowadays… People watch fireworks and build bonfires. They eat toffee apples and baked potatoes. Children make a “Guy” with straw, old clothes and newspapers to remember Guy Fawkes. They burn the “Guy” on the bonfires.

THANKSGIVING It’s one of American´s most popular festivals and it’s celebrated on the fourth Thursday in November. In 1620… The Pilgrims leave England in the Mayflower ship. They cross the Atlantic Ocean and reach North America. The winter is very cold. They meet some friendly Indians. They help them to grow corn and teach them to catch animals and fish. In 1621… The Pilgrims and the Indians have a special meal to celebrate the first harvest. There is a lot of food: turkey, other meat, fish, fruit and corn. The Thanksgiving lasts for three days. In 1863… President Abraham Lincoln makes Thanksgiving a national holiday in the USA. Nowadays… Families have a special meal. The traditional Thanksgiving menu includes turkey, corn bread and pumpkin pie. Thanksgiving is a time to express thankfulness and gratitude for all the good things in life. 7ºCEF 1. Find the words: Guy, Guy Fawkes, King James, baked potatoes, toffee apples, clothes, fireworks, newspapers, straw and bonfire.

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2. Help the Mayflower find the way to North America.

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A Vida é um Mistério! O que é a vida? É nascer, viver e morrer? É... aprender na escola enquanto pequenino, crescer, tirar um curso, arranjar um emprego... casar e ser feliz. É isso a vida? E então aqueles que não o conseguem... são o quê? Iguais a nós, então porque é que não o conseguem? Porque é que para nascermos, temos de estar nove meses na barriga da nossa futura mãe, e não na barriga do nosso futuro pai? Porque é que os meus pais me deram o nome de Bárbara e não de Arabráb? Porque não existe... E porque é que ele não existe? Por ser um nome esquisito... Mas há tantas coisas esquisitas no Mundo... Basta parar para pensar! Porque é que o Mundo é redondo? Porque é que o ar é invisível? Porque é que a Terra gira em torno do sol? Se fosse enumerar todas as perguntas às quais não obtenho resposta, nunca mais acabaria. No meu ponto de vista, para uma menina de dez anos a vida ainda é fácil, apesar de já saber que à medida que vou crescendo ela vai tornar-se mais complicada. As minhas responsabilidades vão aumentar, quer na escola, quer em casa. A escola vai exigir mais de mim, vou ter de me aplicar mais e estudar mais, para conseguir alcançar os meus objectivos. A vida é assim mesmo, uma luta constante. E como será a vida no futuro? Será que vai ser melhor? Será que vai ser pior? Tudo dependerá de nós. Para que a vida seja melhor precisamos: -Respeitar e amar a Natureza, não poluindo o ar, fazendo a reciclagem do lixo, plantar árvores, entre muitas coisas; - Acabar com as guerras no Mundo; - Descobrir curas para várias doenças, como por exemplo a psoriase; - Criar mais instituições para os idosos e crianças abandonadas… Será que as pessoas vão cumprir o seu dever de proteger o mundo? Tantas perguntas, mas a maior parte sem resposta. A vida é um mistério. Bárbara Carrulo Rodrigues 5º 5

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COMO ERA A MINHA ESCOLA ANTIGA

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hamava-se E.B.1 de Arneirós. Era uma escola pequena, só com duas salas; uma para o 1ºCEB e outra para o Jardim de Infância. Ocupava um espaço geográfico aproximadamente 416 m2. Tinha uma pequena cantina improvisada. Na totalidade éramos 45 alunos. Apenas uma casa de banho por sexo. Não tinha parque infantil. Não tinha sala de informática. Não possuía biblioteca. Não existiam cacifos. As aulas de música eram dadas na sala normal.Não tinha sala própria para Educação Física. Na escola não existiam quadros interactivos. Faltavam espaços livres e cobertos para podermos brincar à vontade. A entrada e saída da escola era muito perigosa, devido ao trânsito. Turma CEP4 (3ºano A)

“Letras e Cores, Ideias e Autores da República”

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o dia 21 de Outubro de 2010 a turma do 7º2 da escola E.B 2,3 de Lamego visitou na aula de História uma exposição alusiva ao centenário da Republica “Letras e Cores, Ideias e Autores da República” Os quadros eram fantásticos e nós adorámos, estavam expostos 10 quadros que foram explicados pela nossa professora de História, cada quadro tinha várias histórias do passado, o que ainda foi mais interessante…

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nossa escola encontra-se, uma vez mais inscrita, no programa Parlamento dos Jovens, destinado aos alunos dos 2.º e 3.º ciclos, cujo tema este ano é a “Violência em Meio Escolar”. Após a constituição das listas, a Comissão Eleitoral irá marcar a data da eleição dos deputados à Sessão Escolar que se realizará até ao dia 25 de Janeiro. A eleição dos representantes para a Sessão Escola é feita pela conversão dos votos em mandatos segundo o método d´Hondt. Na Sessão Escolar, os deputados eleitos terão de convencer os colegas de que sabem defender as suas ideias e as recomendações aprovadas na Escola para depois serem eleitos para a Sessão Regional. Posteriormente, haverá uma Sessão Nacional; que se realiza em Maio de 2011 na Assembleia da República.

Todas as turmas da escola participaram nesta actividade o que foi muito importante para o conhecimento da nossa história. Com esta exposição, os alunos relembraram o que aconteceu à 100 anos atrás. O quadro que mais gostamos foi o quadro alusivo ao 5 de Outubro. Foi muito bom e gostávamos repetir. Foi uma experiência muito interessante… Rui Pedro, Henrique, Ana Pina, Mariana Coelho ,Maria Gonçalves-7º2

Parlamento dos Jovens A passagem dos deputados à Sessão Nacional ficará dependente do resultado obtido na Sessão Regional. São objectivos do programa “Parlamento dos Jovens – Básico” e “Parlamento dos Jovens – Secundário”: - Incentivar o interesse dos jovens pela participação cívica e política; - Sublinhar a importância da sua contribuição para a resolução de questões que afectam o seu presente e o futuro individual e colectivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do poder político; - Dar a conhecer o significado do mandato parlamentar e o processo de decisão da Assembleia da República, enquanto órgão representativo de todos os cidadãos portugueses; - Incentivar as capacidades de argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da

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tolerância e da formação da vontade da maioria. É importante a participação de todos. Participa! Não podemos ignorar que situações de violência nas escolas têm vindo a aumentar de ano para ano. É frequente os órgãos de comunicação social relatarem situações de “bullying”, sendo que esta forma de agressão tem uma grande intensidade entre crianças/adolescentes, de ambos os sexos, entre os onze e os dezasseis anos. Devido às consequências e efeitos negativos que decorrem destes comportamentos para o desenvolvimento e para a saúde mental, é de extrema importância que as escolas não neguem que o problema existe. Assim sendo, não podemos ficar indiferentes, o debate é urgente - Participa! Clube Europeu


O Centro Escolar de Lamego – Sul, fica situado na freguesia de Penude, junto à igreja matriz da mesma freguesia, a igreja de S. Pedro. A construção deste Centro Escolar faz parte do projecto da reforma do sistema educativo, visando melhores condições de ensino e formação nos primeiros anos da vida escolar dos alunos. Números do Centro Escolar 1 Coordenador Escolar 3 turmas do Pré- escolar -44 alunos 7 turmas do 1º ciclo - 120 alunos Educadores - 4 Professores -10 Professores das AECs - 7 prof. de Religião Moral Católica - 3 auxiliares da ação educativa - 13 Porteiro - 2 Data da Adjudicação: 19/05/2009 Valor da Adjudicação: 2 624 843,81€ Investimento Elegível: 1 307 761,51€

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Comparticipação Comunitária: 915 433,06€ Inauguração: 06/09/2010 Área total: 12 430m2 Área coberta: 5 124,08m2 Área exterior: 7 305,92m2

Estes são alguns números da nossa nova Escola. Muitos outros poderíamos registar, mas estes já marcam a diferença entre a escola que frequentámos o ano passado e a deste ano. Gostamos dela e vamos preservá-la para que os meninos que a venham frequentar nos anos vindouros fiquem tão encantados quanto nós.

COMO É A MINHA ESCOLA NOVA A minha nova escola chama-se Centro Escolar de Lamego - Sul. É uma escola muito grande. Sete salas do 1º Ciclo, três salas do J.I., um salão para ATL, além de muitos gabinetes. Ocupa um grande espaço geográfico, aproximadamente 12.430 m2. Temos uma grande cantina onde podemos almoçar quase todos ao mesmo tempo. Na totalidade somos 160 alunos. Nesta escola temos oito casas de banho para alunos, auxiliares e professores.

salas de aula-9; sala de música-1; sala de ciências-1; sala de informática-1; salas de actividade física-2; sala de Educação plástica-3; sala de trabalhos manuais-1; biblioteca-1; gabinete do coordenador-1; sala de reuniões-1; secretaria-1; reprografia-1; sala de professores-1; sala de educadores-1; sala de repouso -1; refeitório-1; cozinha-1; casas de banho-18; casas de banho para deficientes-4; lavatórios-56; sanitas-49; urinóis-19; polibans-3; salas de arrumos-15; quadros interativos-12; apontadores-12; marcadores para o quadro interativo-12; computadores-34; impressoras-3; armários: 45; mesas-179; cadeiras-543; pufes-64; colchões de descanso-13; secretárias-19; extintores-33; área média das salas de aula-51m; árvores-32; área livre para lazer-10 400 m2; escorregas-2 ; mesas de piquenique-8; baloiços-1 ; baloiços de mola-1 ; barras sobe e desce-1

Trabalho realizado pelos alunos do 4º A CEP- 6

Temos um muito magnífico parque infantil onde podemos baloiçar, escorregar e escalar com soalho sintético. Uma grande sala de informática, com 13 computadores, todos ligados a um sistema central e internet. Está instalada e a aumentar uma nova biblioteca à qual visitamos e requisitamos livros quando quisermos. Temos cacifos para guardar tudo quanto seja pessoal. Participamos numa sala de música com as melhores condições acústicas. A antiga escola do plano centenário foi transformada em - 16 -

duas salas adaptadas para a prática de Educação Física, espaços físicos para a mesma prática. A grande novidade vem nos quadros interactivos, onde nunca tínhamos escrito e de tanto sempre voluntariamente queremos sempre praticar. Sentimos grande segurança, porque temos auxiliares e porteiros, na nossa entrada e saída. Temos transportes assegurados, com autocarro da junta de Freguesia de Magueija e carrinhas das freguesias de Penude, Magueija, Arneirós, Cepões e Sé. Turma CEP4 (3ºanoA)


O Centro Escolar visto pelas crianças Aquando da exploração do tema de Estudo do Meio “Gostos e Preferências” foi solicitado aos meninos do 2º Ano CEP-3, que expressassem a sua opinião sobre o Centro Escolar.

Eu gosto muito desta escola porque é grande, tem mais professores, auxiliares e eu convivo com mais meninos. (Zé Pedro Silva) O quadro desta escola é mais bonito do que o quadro da escola de Sucres. (Leandro) Eu gosto desta escola nova, porque tem baloiços, escorregas e muitos meninos para brincar. (Lívia) O que eu gosto mais na minha nova escola é dos recreios, porque tem

baloiços. (Bruno) Eu gosto da escola nova porque tem várias casas de banho muito bonitas, de várias cores e um grande refeitório onde todos os meninos comem. (Alexandra) A minha escola tem uma biblioteca, uma sala de música, uma sala com computadores e um parque infantil. (Eduardo) A minha escola antiga tinha as mesas partidas e eu gosto desta escola porque tem tudo novo. (Mariana Duarte) Na minha escola nova tenho uma biblioteca onde os meninos podem requisitar livros, para ler e aprender. (Maria) Eu adoro a minha escola porque temos na sala um computador e um quadro digital. (Manuel) Eu gosto desta escola, porque tem cacifos para pormos os casacos e as lancheiras. (Paulo) Gosto desta escola, porque tem um quadro interactivo que parece um computador. (Pedro) Nesta escola tenho mais amigos e colegas, porque se juntaram aqui os meninos das escolas das freguesias de Magueija, Penude e Arneirós. (Mariana-Avões) CEP-3 (2º Ano)

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Comenius e a educação através da Natureza!

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Projecto Comenius está a ser desenvolvido em várias escolas do nosso país. A nossa escola, E. B. 2,3 de Lamego, do AVL, foi uma das seleccionadas pela Comunidade Europeia para integrar um grupo

de escolas com o mesmo tema: “Os Ritmos de Vida e a sua Relação com o Clima”. O nome do Projecto Comenius é em homenagem às ideias pedagógicas de João Amós Comenius, um amante da educação através da Natureza, que viveu entre os séculos XVI e XVII. Afirmava ele que “o Homem deve valorizar a Natureza e não tomar posse dela, destruindo-a completamente”. Foi o primeiro investigador que conferiu à Natureza um papel pedagógico, o de formar jovens que apreciem e defendam o que de mais precioso temos: o ambiente e os seres vivos. Este projecto tem em vista incentivar e valorizar o conhecimento das culturas e línguas europeias, estudar a fenologia (ramo da ciência que se ocupa com as relações entre clima e fenómenos biológicos periódicos) em Portugal, Polónia, Espanha e França, ao longo de dois anos e em todas as disciplinas que fazem parte dos 2º e 3º ciclos. Muitas espécies vegetais e animais da região do Douro irão ser estudadas por nós e até os nossos pais e encarregados de educação vão também dar-nos uma grande ajuda!No mês de Março de 2011 iremos ter a visita dos professores dos vários países que participam no nosso grupo de trabalho. Vai ser uma experiência enriquecedora para todos nós!

Carolina, Laura e Joana – 6º 1

Alunos da turma 5 do 5º ano

Ora vejamos alguns conceitos que iermos abordar e observar neste trabalho sobre fenologia.

Fenologia – ramo da ecologia que estuda os fenómenos periódicos dos seres vivos e as relações com as condições do ambiente, tais como temperatura, luz, humidade, etc. - 18 -


Biblioteca Escolar - Escola Eb1 de Lamego n.º 1 Biblioteca Escolar - Centro Escolar de Lamego-Sul (Penude) A biblioteca da minha escola é um mundo espectacular.
 A biblioteca da minha escola tem sonhos, aventuras, histórias e muitas maravilhas para explorar. Eduardo José Maravilha Ribeiro,2.º ano,CEP 3, Centro Escolar de Lamego-SUL

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s alunos do Jardim e Infância e da Escola EB1 de Lamego n.º1, acompanhados dos seus professores, frequentam semanalmente as suas bibliotecas escolares num horário denominado HORA B. Além da exploração das estantes para seleccionar livros para leitura domiciliária, a HORA B proporciona actividades de descoberta de obras que, procurando ir ao encontro do desenvolvimento curricular, promovam o gosto e proporcionem o desenvolvimento de competências da leitura. Das muitas actividades e obras exploradas destacamos:

Ler+ para vencer

Associando o prazer da leitura à entrada no novo ciclo de escolaridade o Ministério da Educação e o Plano Nacional de Leitura ofereceram um livro aos alunos do 1.º ano.As Bibliotecas Escolares da Escola EB1 de Lamego n.º 1 e do Centro Escolar de Penude convidaram os encarregados de educação dos alunos do 1.º ano do Agrupamento Vertical de Escolas a participar neste momento simbólico da vida escolar dos seus educandos.

Outubro – Mês Internacional da Biblioteca Escolar “Quando eu vou à biblioteca da minha escola, temos sempre actividades diferentes para realizar. Lêem-nos livros, ensinam-nos coisas, até nos ensinaram o que significa CDU (Classificação Decimal Universal), ...”

Ricardo Alexandre da Silva Barreto, 4.º A, Escola EB1 de Lamego n.º 1

O Mês Internacional da Biblioteca Escolar foi assinalado através da realização de sessões para formação de utilizadores com a distribuição do Guia do Utilizador, a exploração das zonas funcionais das bibliotecas e do método de organização do fundo documental segundo a Classificação Decimal Universal. Mudar o Mundo No Dia Nacional da Biblioteca Escolar a prof.ª Arminda Rodrigues realizou sessões de leitura sobre o livro “Mudar o Mundo” de José António Pereira Rodrigues. O exemplo deste jovem escritor mostrou-nos que a leitura e a escrita também podem ajudar a mudar o mundo.

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Implementação do Novo Programa de Matemática

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A Estatística no Novo Programa de Matemática

odemos definir Estatística como a “ciência que dispõe de processos apropriados para recolher, organizar, classificar, apresentar e interpretar conjuntos de dados", com o objectivo de extrair informação desses dados para obter uma melhor compreensão das situações que representam. (http://alea-estp.ine.pt/) No 1.º ciclo, os alunos começam a contactar com esta ciência através da recolha de dados (qualitativos e quantitativos discretos) seguida da sua organização em tabelas de frequências absolutas e em gráficos de vários tipos, com incidência nos pictogramas e nos gráficos de barras. No 2.º ciclo, os alunos aprofundam este trabalho alargando-o a dados quantitativos contínuos e representando-os também em tabelas de frequências relativas e outros gráficos consoante a sua adequação e utilidade na análise e interpretação da situação. No 1.º ciclo, os alunos aprenderam a identificar e a usar a moda de um conjunto de dados e, no 2.º ciclo, ampliam o seu conhecimento de medidas estatísticas passando também a usar a média aritmética, os extremos e a amplitude para descrever um determinado conjunto de dados. Uma das Orientações metodológicas gerais para a aprendizagem da Matemática (NPM, pág.8) é proporcionar ao aluno “…diversos tipos de experiências matemáticas, nomeadamente resolvendo problemas, realizando actividades de investigação, desenvolvendo

projectos, participando em jogos e ainda resolvendo exercícios que proporcionem uma prática compreensiva de procedimentos.”. A “Recolha e Organização de Dados” proporciona a realização de projectos tendo a turma do 6.º6 incidindo a exploração deste tópico num melhor conhecimento dos seus elementos, através do desenvolvimento do mini projecto “Vamos conhecer melhor a nossa turma”, imaginando que queríamos escrever uma carta com a descrição da turma a um amigo de outra localidade. Em primeiro lugar, havia que escolher as variáveis de estudo que foram decididas no grupo turma: idade, cor dos olhos, altura, n.º calçado, cor e comida preferida, proveniência, tempo gasto no percurso casa/escola, gosto pelo estudo, disciplina preferida e tempo diário de estudo. Realizaram-se inquéritos orais para recolher os dados e, para cada uma destas variáveis, construiu-se a tabela de frequências absolutas e relativas, o gráfico mais adequado, identificou-se a moda, os extremos e a amplitude dos dados. Nas situações em que foi possível calculou-se a média. Este trabalho foi desenvolvido ora em grande grupo ora em trabalho de pares, havendo sempre lugar para a discussão de opiniões. No final, elaborou-se, colectivamente, o seguinte texto: “Meu caro amigo” Espero que tudo corra bem contigo, que eu também estou bem e já com os livros às voltas. Per-

maneço na mesma escola mas, este ano, estou na turma 6 do 6.º ano. Como dois alunos da minha turma do ano passado ficaram retidos e há dois alunos com apoio especial às disciplinas de estudo, somos apenas dezasseis. Dos dezasseis, apenas quatro gostam de estudar e a média de estudo diário é de cerca de 26 minutos. A disciplina preferida é Matemática seguida de Educação Física e Ciências. Todos vivemos perto da escola, os mais próximos demoram 10 minutos neste percurso e os menos próximos 20 minutos. Poucos de nós são da cidade, uns vêm de Avões, outros de Cambres e um dos meus colegas de Juvandes. Vou contar-te algumas das nossas características. Na minha turma há nove rapazes e sete raparigas, de idades compreendidas entre 10 e 12 anos. A maioria tem os olhos castanhos e calça 38. As nossas alturas variam entre 1,40m e 1,65m. Preferimos a cor vermelha e há apenas três alunos que preferem outras: roxo, verde e cor-de-laranja. As nossas comidas favoritas são a francesinha e o bitoque, mas não podemos comer muitas vezes porque têm muitas gorduras e o modo de confecção é a fritura, que não é nada amigo da saúde. Por hoje é tudo. Despeço-me com votos de um bom ano e que tudo te corra pelo melhor. O teu amigo, XXXXXX» Paula Montenegro Coordenadora da Implementação do Novo Programa de Matemática no 2.º Ciclo

Alguns registos dos alunos relativos a este trabalho

Fig1: Tabela de Frequências absolutas e relativas para a variável “comida preferida dos alunos do 6.º6”

Fig2: Pictograma para a variável “sexo dos alunos do 6.º6”

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Fig3: Histograma para a variável “altura dos alunos do 6.º6”


Departamento de Matemática e Ciências Experimentais-Grupo Disciplinar de Matemática

“XXIX Olimpíadas Portuguesas de Matemática”

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Participação dos alunos da E.B. 2, 3 de Lamego

o dia 10 de Novembro de 2010, decorreu no Refeitório da Escola Sede do Agrupamento Vertical de Lamego a 1.ª eliminatória da 29ª Edição das Olimpíadas Portuguesas de Matemática, cuja dinamização pertenceu ao Grupo Disciplinar de Matemática – Departamento de Matemática e Ciências Experimentais. Nesta actividade de âmbito nacional, organizada pela Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) em parceria com o Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, participaram 52 alunos em representação das 24 turmas da nossa Escola, tendo sido seleccionados pelos seus pares. As provas de 3 categorias foram resolvidas por estes alunos de acordo com a seguinte distribuição: Categoria Pré-Olimpíadas (5º Ano) – 16 alunos; Categoria Júnior (6º e 7º Anos) – 24 alunos; Categoria A (8º e 9º Anos) – 12 alunos. Os alunos, durante todo o período em que decorreu a

actividade, evidenciaram um forte sentido de responsabilidade e uma clara consciência dos objectivos subjacentes a esta acção – desenvolver o conhecimento da Matemática, o treino do raciocínio e o gosto pelos desafios matemáticos – caracterizados pela atenção, concentração, silêncio, em suma, pelo esforço por si manifestado na resolução da prova. Esta actividade, inserida no Plano Anual de Actividades do Agrupamento, foi apenas a 1.ª eliminatória da edição de 2010/2011 – Fase Escola, para as categorias Júnior e A. A segunda eliminatória – Fase Regional (Norte, Centro, Sul e Ilhas) decorrerá no dia 19 de Janeiro de 2011 e será realizada pelos 50 melhores desempenhos de cada uma das categorias, numa das escolas da região. A categoria Pré-Olimpíadas teve apenas esta fase – Fase Única, sendo que os 5 melhores classificados de cada Escola terão direito a um Diploma de Mérito que será entregue pela SPM.

A Fase Final desta competição, a realizar entre 7 e 10 de Abril numa Escola de Braga, será alcançada apenas pelos 10 melhores resultados de cada uma das 4 regiões do País. Só depois de 8 de Dezembro de 2010, data limite para comunicação dos resultados da Fase Escola à SPM, se saberá quais os alunos que terão direito a participar na 2.ª eliminatória das categorias Júnior e A. A terminar, não posso deixar de referir a colaboração de todos os professores de Matemática da nossa Escola e de agradecer todo o apoio logístico dado pela Direcção e a ajuda dos Assistentes Operacionais destacados para ajudar a organizar o espaço de realização desta actividade. No final da actividade, os alunos participantes avaliaram a sua participação na edição deste ano das Olimpíadas Portuguesas de Matemática José Luís Gouveia Coordenador do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

Os alunos ouvem atentamente algumas recomendações relativas à actividade, antes de iniciarem a prova.

Alguns depoimentos de alunos participantes “OPM é uma actividade que ajuda os alunos a aprenderem matemática e a desenvolverem capacidades matemáticas.”

Bárbara Rodrigues, 5.º 5

“OPM foi uma actividade muito bonita e entusiasmante.” Aléssia Pereira, 6.º 9

“As OPM são muito importantes porque ao resolvermos os problemas estamos a praticar e a desenvolver o nosso raciocínio matemático.”

Elisabete Pacheco, 8.º 2

“OPM é uma actividade bastante interessante, pois permite-nos desenvolver, ao mesmo tempo, o conhecimento e o raciocínio matemático. É uma maneira divertida de levar os alunos a “Pensar Matemática.”

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Ana Inês Gomes, 9.º 1


Padre Doutor Gonçalves da Costa Uma homenagem para o futuro A História e a Memória

Uma escola, que aprende e se constrói, cultiva e incentiva a participação dos seus professores e alunos em actividades que ultrapassam a área geográfica onde está instalada, acompanhando o ritmo cultural do território de que é parte integrante, contribui para a construção de uma consciência social dos seus alunos, tornando-se os professores indispensáveis para a formação de gerações de alunos com história, numa sociedade e escola com memória. No âmbito da homenagem ao ilustre historiador Padre Doutor Manuel Gonçalves da Costa, por ocasião do centenário do seu nascimento, a EB2,3 de Lamego, em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Lamego, deu corpo a mais uma “Noites de Lamego”, envolvendo alunos, professores, familiares e amigos do homenageado, no espaço aconchegado do Teatro Ribeiro Conceição, onde num ambiente descontraído, foi possível recordar etapas importantes da vida desta personalidade, quer através da exposição patente ao público, quer na sessão especialmente preparada para esta noite. O que pudemos desfrutar foi o resultado de um trabalho desenvolvido pelo 9º ano, turma 1, no qual os alunos trabalharam a biografia do homenageado, divulgada através de uma apresentação em “PowerPoint”, e prepararam uma entrevista à Dra. Isabel Costa, sobrinha do Doutor Gonçalves da Costa, na qual foi possível conhecer episódios interessantes da vida deste seu tio que em muito a influenciou e que recorda com carinho e admiração. Não se esqueceram os organizadores de trazer a este espaço de encontro algumas das “vozes” do Dr. Gonçalves da Costa, escolhendo quatro textos da sua obra “Peregrino de Mim”, onde se podem descobrir a profundidade do seu pensamento filosófico (Quem Sou?), a preocupação da relação entre o homem e a cultura (Beethoven e a Perna de Frango), a riqueza do método da pesquisa mesmo em assuntos triviais (Nós, os Calvos) e a sua devoção à Mãe (Prece à Mãe). Com esta realização a EB2,3 de Lamego mostrou que as suas portas à sociedade estão abertas, mostrou que sabe cultivar a personalidade daqueles que entre outros se distinguem pela sua obra, mostrou que os seus alunos e professores estão motivados para projectos para além dos de natureza curricular, alargando os horizontes e abrindo as janelas do conhecimento a todos quantos se queiram deixar envolver nas malhas de uma cultura, duma história e de uma memória, por cuja construção todos somos responsáveis. Que esta Nossa Escola o continue a fazer por muitos anos! Maria Otelinda Costa Coordenadora do Departamento de Línguas

Educar é… É amar os alunos, amar o que se faz, amar como se faz, amar a partilha, o conhecer, o conviver, o dar, o receber.

Olhar o sorriso na boca das crianças, perceber a ternura ou a tristeza nos olhares, estar atento, às vezes, adivinhar, sentir o que vai lá dentro, falar ou aguardar o momento certo. - 22 -

É elogiar, criticar, saber ouvir, ensinar e aprender, reflectir e decidir, avaliar, reformular, articular, colaborar e dar, dar, dar… para, depois, receber… Lídia Valadares


Amigos assim, apesar de...

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sa era uma miúda pequena, bonita por dentro e por fora, olhos esverdeados, cabelos ondulados, nariz redondo, lábios pequenos. Era uma pessoa descontraída, mas ralava-se se falavam por trás, ou mesmo pela frente…, na sua opinião, era o que era e não iria mudar por causa de quem não gostava. Os seus pais sempre tiveram muita atenção para com ela, no seu entender até aos seus 4 anos de idade. Nesse ano, nasceu sua irmã Mia…. Isa pensava que tudo seria igual, que iria receber o mesmo carinho e atenção que a sua irmã! Desde então, seu pai sempre teve uma atenção especial para com ela e, mais do que um pai, era um amigo e ele, por vezes, vincava-lhe bem essas palavras! No 1ºciclo, era uma miúda super inteligente, nunca se preocupou com «amigos coloridos» ou algo do género, era feliz assim! Tinha amigas e amigos e dava-lhes muita importância, mas tudo muda, e as opiniões também… Isa transitou para o 2ºCiclo e as amigas - que ela considerava amigas - afinal não o eram… às vezes por um mero acidente. Por vezes, na vida é necessário passar por experiências más para vermos quem nos apoia! Eram três amigas, unidas até ao infinito, que sonhavam com o mesmo

objectivo: seguir medicina, cada uma a sua área! Desgraçadamente, no seu 6ºano, Isa cometeu um erro: foi causadora de um acidente com um objecto cortante cuja vítima foi a sua melhor amiga – R.R. Tinha sido um acidente, uma brincadeira de crianças, mas acabou com muitas amizades, embora também se tivessem encetado outras! Na realidade, a culpa tinha sido de ambas porque, no decurso do acidente, Isa tinha o x-acto na sua mão e R.R., ao tentar tirá-lo, puxou-o e «lá se cortaram 3 dedos». R.R.foi parar ao hospital e Isa, na escola, chorava amargurada, acusada e insultada por tudo e por todos, quando afinal a culpa era de ambas… Foram tempos difíceis, todos olhavam para Isa com desprezo e ódio e, durante esses tempos, só lhe apetecia desaparecer! Todas as amigas que pensava ter viraram-lhe as costas. Todavia, aquelas a quem ela não dava atenção, foram as que a ajudaram a acordar e a endireitar a cabeça (Dilma e Kelly)! Tudo ficou assim, mas os verdadeiros amigos já se sabia quais eram! No 3ºCiclo, Isa conheceu novos amigos, daqueles que ela também pensava serem verdadeiros amigos. Mas AMIGOS não são os que traem, não são

aqueles que apontam o dedo, não são pessoas de duas faces! Isa percebeu isso durante esses anos, pois, para si, amigo era quem sabia escutar e gostava de ser ouvido, quem tinha atitudes de alguém sensível e maduro e possuía a capacidade de ser directo e recto, quem apoiava e ajudava a passar os bons e maus momentos, quem, apesar das discussões e das opiniões contrárias, era sério, honesto e coerente! Felizmente, na sua vida passaram amigos de todo o tipo, dentre os quais estão aquelas que Isa nunca irá esquecer e que são suas companheiras de coração DIK, como carinhosamente lhes chama: D - Dilma; I - Isa; K Kelly). Na vida tudo muda…a vida é uma incógnita! Na vida, nada se planeia, tudo está planeado, o destino já está traçado, pois tudo faz parte de um ser…, de um ser HUMANO. Na vida, apesar de o destino atraiçoar as escolhas que se fazem, proliferam Amigos! Onde estão?! Espalhados pelo mundo à espera de serem descobertos! E, no fim, depois de todo o mal dito ou feito, de a vida dar voltas pequenas ou grandes, seremos amigas… em qualquer canto do mundo - uma no Japão, outra no México -, seremos amigas apesar da distância, pois a distância não impede uma amizade, é preciso ter em conta as atitudes e o carácter e respeitar as idiossincrasias. Amigo: escolhe, ouve, guarda, ama… sê feliz!

Marisa 9º 2

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Magusto de Mérito na E.B. 2, 3 de Lamego

C

onta a lenda que, há muitos anos, enquanto um soldado romano, de nome Martinho, que fazia parte das legiões do Imperador Juliano, seguia o seu caminho montado a cavalo, desabou uma violenta tempestade. O vento soprava furioso, a neve caía impiedosa em grossos flocos e o ar gélido cortava a respiração. Martinho procurava acelerar ainda mais o galope, tentando alcançar rapidamente o seu destino. Subitamente, avistou um mendigo seminu, tiritando de frio, que estendia para ele a mão trémula, em jeito de súplica. Martinho estacou o cavalo, abeirou-se do mendigo, estendeu-lhe carinhosamente a mão, cortou a sua capa de agasalho ao meio e deu metade a esse pedinte enregelado. Depois, prosseguiu viagem menos defendido contra o temporal, mas feliz por ter ajudado aquele miserável. Contudo, de repente, o vento acalmou, a neve deixou de cair e o céu, como por encanto, ficou límpido e muito azul, iluminado por um sol resplandecente, que envolveu a Terra numa doce alegria. Martinho, pela sua generosidade, foi consagrado santo. Diz, ainda, a lenda que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens este acto de bondade, determinou que, todos os anos, na mesma altura em que este episódio aconteceu, a chuva e o frio parassem e o Sol aquecesse a Terra, que sorri, agradecida. E é por isso que, a onze de Novembro, surge o tradicional Verão de S. Martinho. Ora, nós estivemos presentes, mais uma vez, para realizarmos o já habitual magusto da nossa escola. E tu, S. Martinho, por onde andavas? - Eu estive presente, ora essa! Aliás, eu nunca falto. O Sol é que não apareceu… Distraiu-se, certamente! - Desculpa, não te zangues. Não queríamos ofender-te! - Mas, afinal, não podem lamentarse, pois a chuva, que ameaçava destruir os vossos planos, acabou por se afastar, cumpridora de determinações ancestrais.

- Sim, tens razão. E nós cumprimos a tradição! Pelas 15h, dirigimo-nos para a parte exterior da escola, acompanhados dos nossos professores. Depois de algum tempo de espera para que tudo estivesse pronto, o Magusto iniciouse, não debaixo de um calor de Verão (como já referi), mas, sim, entre o calor humano que se fez sentir e entre música, canções, danças, jogos, risos estonteantes e, certamente, entre amigos. Seguidamente, iniciou-se a cerimónia da entrega de diplomas aos alunos do Quadro de Mérito (alunos que se distinguiram no ano anterior pelo seu desempenho escolar), pela Senhora Vereadora do Pelouro da Cultura, Dr.ª Marina Valle, pelo Senhor Presidente da Associação de Pais, Dr. Salvador, e pela Drª Arminda Rodrigues, em representação do Sr. Coordenador da Equipa de Apoio às Escolas. O Senhor Director do Agrupamento Vertical de Lamego, Dr. Carlos Rei, usou da palavra e fez ver que aqueles diplomas eram um reconhecimento e um incentivo pelos resultados obtidos e que todos os alunos deveriam tomar como exemplo os distinguidos, fazendo com que aquele grupo restrito, ali apresentado, aumentasse. De repente, sentiu-se um odor no ar. Apurámos os sentidos olfactivos, gustativos… Aí vinham as castanhas, as anfitriãs da festa. E é caso para dizer: “Quentes e Boas”! Aqui não houve água-pé, mas sim sumos e brincadeiras. Houve convívio, risos e muita alegria, factores importantes para a nossa vida escolar. Foi uma tarde bem passada, só houve uma coisa que falhou: uma fogueira. Porque seria?! Ouvi dizer que alguns alunos não resistiam à tentação de enfarruscar os outros com os paus carbonizados… Será verdade?! Deixamos um “puxão de orelhas” ao Sol, pela sua ausência. Teve falta e injustificada, com certeza! Joana S. Massa Pereira

E, depois da festa, algumas opiniões. O magusto foi uma festa em família.

Daniel Alexandre da Silva Costa

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É bom que a escola faça actividades como esta, para desanuviarmos a cabeça dos testes e convivermos um pouco com as outras turmas e com os professores. Maria João Gonçalves

O magusto foi óptimo. Comi castanhas e diverti-me com os meus amigos. Para além disso, recebi o Diploma de Mérito, o que muito me agradou! Maria Manuel F. Graça Saraiva

Acho que este magusto foi o mais divertido daqueles em que já participei!

Mariana Filipa S. Oliveira Coelho

As castanhas estavam mesmo boas e, para acompanhar, ofereceram-nos sumo: a combinação perfeita! Denise Maia Cardoso

O S. Martinho foi espectacular. As castanhas estavam deliciosas e diverti-me imenso! No meio da festa, alguns alunos receberam Diplomas de Mérito. Gostei muito e espero que, para o ano, seja igual. Rui Pedro Lopes Cardoso

O magusto foi muito agradável. Para além de comermos e bebermos o que a escola nos ofereceu, também brincámos e alguns alunos receberam Diplomas de Mérito. Maria Carolina Carvalho Rodrigues

No nosso magusto, houve alegria, amizade e união entre as pessoas. Eduarda Margarida dos Santos Guerra

Embora não goste de castanhas, o dia de S. Martinho aqui na escola é sempre muito divertido. Rodrigo Miguel Gouveia Vieira

No dia de S. Martinho, para além de comermos castanhas assadas, há sempre muita convivência entre professores, directores, colegas, funcionários… e é uma alegria! Rute Catarina Vicente Vieira


Pelo S. Martinho…

“comem-se castanhas e prova-se o vinho”

Ao aprendermos este provérbio, trava-línguas, canções e histórias relacionadas com este tema, demos relevo à importância que a Literacia tem no quotidiano das actividades desenvolvidas no nosso Jardim de Infância.

Uma das estratégias utilizadas foi a elaboração e utilização de pictogramas como o que se segue. Indo ainda de encontro ao que se preconiza no Projecto Educativo do nosso Agrupamento desenvolvemos actividades relacionadas com a Numeracia, formando conjuntos com 6 castanhas, ou meia dúzia.

No dia 11 de Novembro fizemos o magusto na Quinta de Monsanto, onde trabalha a mãe de uma das nossas crianças. A Educadora e Tarefeiras da CAF também fizeram a festa connosco, num convívio agradável e fraterno indispensável à implementação de valores inerentes à prática de bem viver em cidadania. Jardim de Infância de Lamego nº 1

MARIA CASTANHA

No dia de São Martinho, os alunos do 1º ano da escola de Cambres ouviram a história da Maria Castanha. Gostaram tanto, que decidiram fazer o reconto desta bela história através de banda desenhada. Como ainda não sabem escrever, pediram ajuda aos alunos mais velhos, do 4º ano, para fazerem as legendas de cada quadradinho.

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Sou o Jota! Eu sou o Jota Ando sempre janota! Gosto de ir ao Japão Visitar o meu amigo Julião. O Julião gosta de javali Mas eu também comi A seguir ao jantar. Vou à janela ver a Juliana jogar Um joguinho de encantar! Sofia – 5º 5

Um F especial! Sou fã do futebol Comigo ninguém se mete. Cada pontapé que eu dou Deito abaixo uma furgonete. Alimento-me muito bem Com flocos de cereais. Fico com muita força

Para apanhar uns pardais. Fui ao jardim zoológico Para ver uma foca. Encontrei uma amiga minha, Que mais parecia uma dondoca! Andar na escola é fantástico, Ter amigos também. Mas quando acaba a escola, O futebol lá vem!… João Pedro – 5º 5

Um Veículo com C

Um V Voador…

Herói com Bola

Voei, deixei o meu ninho, Como o vento!...

Sou herói da bola E em mim já ninguém bate. Cada golpe que dou Tem a força de um combate…

Voei até Lisboa, Voei firme e ledo Voei sem ter medo Voei sem parar E sempre a cantar!

Como bolo ao jantar E viajo sem parar. No Brasil comprei um boné Uma bicicleta na Bulgária, Na Escócia, um kilt para mim, Na Baviera, um conto sem fim.

Abri as asas Vim ver as casas. Saltei os telhados, Montes e prados! Barcos do rio ao sol e ao frio… E ao voar, vi o céu e mar. Voo por mim Que queria, enfim, Voar contigo, Se és meu amigo. Voei veloz e, depois A sós!

Juliana – 5º 5

O meu amigo Bill, Que mora lá para o Egipto, Ofereceu-me uma borracha E um burro bem bonito. Não gosto de ser vedeta E, por isso, viajo na minha lambreta. Já a minha avó dizia: “Quem tem boa bola, nunca parte a carola!” Carlos – 5º 5

Uma Festa Brilhante

Sou um carro de corrida, Ninguém me bate em velocidade. Cada quilómetro que corro, Leva a força de mil cavalos!... Como carros da sucata ao jantar, E farto-me de viajar. Em Coimbra, dei boleia a um cão Em Paris, viajei com um camião. Em Londres, comprei uma caravana Atravessei com ela a savana. O meu amigo Opel Corsa, que mora lá para Caracas Convidou-me para o visitar. Recebeu-me com cuidado e Instalou-me em sua casa. Ofereceu-me os cavalos e Disse-me para estimá-los. Não pensem que sou vaidoso Apesar da minha condição!... Sou um carro de corrida, Veloz, elegante, interessado, corajoso. Sou um carro cómodo e educado Que percorre o mundo inteiro À procura de fortuna, Fama e companheiro!... Henrique – 5º 5

No último dia de aulas, a Bárbara, a Bianca e a Beatriz deram uma bela festa de final de ano. Convidaram todos os seus colegas e decidiram que todos teriam de levar camisola. A festa ia realizar-se em casa da Bianca. Todas contentes, as três amigas seguiram viagem para a bonita casa da Bianca. Para lá chegarem, tiveram de passar pela barragem do Douro, que era uma beleza! Finalmente, começou a festa. Havia batatas fritas, biscoitos, bolachas, bombons, sumos e um grande bolo. Os colegas das três amigas adoraram a festa com balões, jogos e muitas actividades como o basquetebol. Foi uma festa brilhante! Todos apreciaram a animação. Tinha sido um óptimo final de ano! Bárbara – 5º 5

O meu dia R

A manhã estava resplandecente! Acordei radiante! A luz do sol batia no meu rosto… Bebi o meu refrigerante de lima e romã e comecei a ler o relatório que vinha na capa da revista Realce, onde se falava de rãs. Depois de tanto ler aquela resma de papel, aborreci-me. Preparei a minha roupa rasca, pois como estava muito sol, decidi ir regar as minhas roseiras que davam belas rosas para pôr nas minhas jarras Resolvi preparar robalo para o almoço. À tarde decidi ir dar um passeio pela rua e refrescar os pés no riacho da Roca. Regressei a casa, cansada, mas reanimada.

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Rita – 5º 5


Halloween

A

festa do Halloween, já começou a criar raízes entre nós portugueses e, mais uma vez, as crianças do Jardim de Infância de S.Geão não deixaram passar em branco a sua comemoração. Para seu registo inventamos uma história, à qual demos o título: “A Bruxinha Kitty”. Também ficamos a saber alguns simbolismos tão conhecidos desta festa, que iremos partilhar com vocês:

Era uma vez, uma bruxinha Que gritava, que gritava sem parar… ooooh Vivia lá, no seu castelo Mais os fantasminhas Que lá estavam a viver… ooooh

-

(abóbora) simboliza a fertilidade e a sabedoria;

A bruxinha, era gulosa Gostava muito, muito, muito de comer Pedia rebuçados, gomas e chupas Para não fazer Mais as suas travessuras… ooooh

-

(vassoura) simboliza o poder feminino;

(Música do Moinho)

-

(gato preto) simboliza independência;

Feita a distribuição das guloseimas, lá ia jantar, comendo no seu sapato preferido para depois ir dormir na sua banheira.

- a cor laranja é a cor da vitalidade e energia;

Bruxinhas, bruxinhas, o Halloween chegou ao fim…

- a cor preta é a cor das vestes dos sacerdotes, magos, bruxas e feiticeiras; - a cor roxa é a cor da magia.

Jardim de Infância de S. Geão

Para finalizar, um, dois, três, caladinhos de uma vez, a história vai começar:“ A BRUXINHA KITTY” Kitty era uma bruxinha com cara de abóbora, preta, cabelos cor de laranja e olhos vermelhos. Era uma bruxinha muito diferente das bruxas que nós ouvimos nas histórias. Esta bruxinha era simpática e boazinha. Era uma bruxinha bem gordinha, só gostava de guloseimas e não conhecia os bons alimentos para se alimentar, nem conhecia os cuidados a ter com os dentes. A bruxinha gostava muito de sair pela janela, montada na sua vassoura de cor verde e voar pela sua aldeia. Ela vivia numa torre enfeitada de abóboras de todas as cores e tinha à sua porta um grande gato preto que se chamava Tobias. O Tobias também gostava das alturas, e de vez em quando, também passeava na vassoura verde. O que a Kitty mais gostava de fazer era de enfeitiçar pessoas, animais e de fazer tudo ao contrário. Punha as luvas nos pés, as meias nas mãos, comia sentado em cima da mesa, o sapato era o seu prato e onde gostava mesmo muito de dormir era na banheira. A bruxinha Kitty adorava crianças e, durante a tarde, punha-se no alto da sua torre. Quando as crianças saíam da escola atirava – lhes rebuçados, gomas e chupas e cantarolava a sua canção favorita:

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Compotas caseiras Doces Sabores

N

a Natureza há grande variedade de frutas pode ser preservada através das compotas. As compotas já existem há imensos anos! Estes doces apareceram porque as pessoas quiseram conservar os frutos e os seus sabores para os terem durante os meses em que já não se encontravam na Natureza. Mães e avós colhiam os frutos maduros e iam para a cozinha fazer os mais variados “doces” para depois comerem, em família, durante os dias de Outono e Inverno ao calozinho da lareira. A turma já recolheu junto dos nossos familiares mais “velhos” muitas receitas de compotas!

Marmelada caseira Ingredientes: 2 kg de marmelos descascados e sem caroço; 750g de açúcar por cada kg de marmelo; Água.

Preparação: Numa panela larga, colocam-se os marmelos em pedaços num pouco de água e levam-se a cozer. Deixam-se ferver e depois de cozidos, passam-se no passevite e guarda-se a massa. Ao mesmo tempo leva-se ao lume o açúcar e a água que se deve deixar ferver até ficar em “ponto”. Junta-se a massa de marmelo e leva-se ao lume brando. Está pronta quando atingir o “ponto de estrada” (coloque uma porção num pratinho e passe o dedo, se fizer uma espécie de “estrada” está pronta). Coloque tudo em tigelinhas e ponha ao Sol cobertas com papel vegetal.

Do nosso trabalho escolhemos esta receita por ser muito antiga.

EB1 – MedeloTurma – A (2º ano)

Marmelada Quatro estações tem o ano Todas elas especiais Mas os frutos do Outono Dão doces sensacionais

Marmelos aos bocadinhos Na panela com o lume a arder E passados alguns minutos Já está pronta a comer

O Marmeleiro dá marmelos A Macieira, maçãs A Nogueira dá a Noz A Romãzeira, Romãs

Numa malguinha a deitamos E deixamos arrefecer Para que à hora do lanche Todos a pudéssemos comer

O marmelo é um fruto verde Que cru, não dá p’ra comer Mas quando bem cozinhado Marmelada dá p’ra fazer

Com tostas e marmelada Enchemos a barriguita E no fim todos dissemos Mas que saborosa festita - 28 -

A casca destes marmelos Se quisermos aproveitar Geleia podemos fazer Mais um doce de encantar Jardim de Infância de Magueija


Roda dos Alimentos

E

ra uma vez uma senhora muito redondinha… esta senhora era muito redondinha e muito brincalhona. E sabem qual era a sua brincadeira preferida? Ela adorava brincar com todos os alimentos: com as cenouras, com a maçã, com a cebola, com o nabo, com a abóbora, com o morango, com a couve-flor, com a alface, com a água… com as cerejas, com o ananás, com o pepino, com o pão, com o leite, com o iogurte, com o queijo, com os ovos, com o azeite, com a manteiga. Certo dia, andava a senhora muito redondinha na sua brincadeira quando decidiu fazer um jogo com todos os alimentos. Os alimentos gostaram muito da ideia, porque também adoravam brincar. Então, a senhora muito redondinha pediu a todos os alimentos que estivessem com muita atenção para explicar o jogo: - Todos os alimentos do mesmo grupo ou família vão juntar-se para formar um grupo – explicou a senhora muito redondinha.
 - Vamos jogar? – Perguntou a senhora roda.
 - Sim – responderam todos os alimentos em coro.
 De repente, gerou-se uma grande confusão, porque uns alimentos queriam ficar no

mesmo grupo e outros não sabiam para onde haviam de ir…
 A senhora roda voltou a explicar que só podiam ficar no mesmo grupo, os alimentos parecidos, por exemplo, a maçã, a pêra e outras frutas formavam um grupo… As cenouras, as couves e outros legumes formavam outro grupo… A massa, o arroz, o pão, outro grupo… O leite, o queijo, os iogurtes outro grupo… O feijão, o grão, as ervilhas formavam outro grupo… Os ovos, a carne, o peixe juntos formavam outro grupo… O azeite, a manteiga, o óleo outro grupo.
 Depois desta explicação, os alimentos começaram a juntar-se em grupos… Assim, a maçã, o morango, a pêra, o ananás e as cerejas juntaram-se e formaram o grupo das frutas. A seguir, o tomate, a cenoura, o pimento, a couve-flor, a alface, a cebola, a abóbora, o

Estes alimentos são muito importantes Ajudam o teu corpo a funcionar; Comer frutas, hortaliças e verduras Nunca deves recusar. Para cresceres com saúde Muito leite deves beber; Para teres mais cálcio Queijo e iogurtes deves comer. Ovos, carne e peixe Alimento que deves comer; Dão-te proteínas Para que possas crescer.

Massas, batatas e pão Estão na nossa alimentação; Arroz, feijão e grãos Deves comer com moderação. Dão-te força e energia Para cresceres e brincares; Se fores muito comilão Decerto vais engordar. Vaz Nunes

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nabo, o pepino juntaram-se e formaram o grupo dos legumes. Depois, a massa, o arroz, as batatas e o pão formaram o grupo dos hidratos de carbono. O feijão, o grão, as ervilhas formaram o grupo das leguminosas. O leite, o queijo e o iogurte formaram o grupo dos lacticínios. Os ovos, a carne e o peixe formaram outro grupo, o das proteínas. O azeite, a manteiga e o óleo formaram o grupo das gorduras. Mas sobrava um alimento…a água. A senhora roda explicou que a água era muito importante e ficava no meio de todos os outros grupos, porque todos os alimentos são constituídos por água. Quando todos os alimentos estavam juntos em grupos, a senhora roda dos alimentos explicou que cada grupo era muito importante e que se devia comer um pouco de todos os grupos, comendo mais dos grupos maiores e menos dos grupos mais pequenos. 6º2 Turma 6.2 16 de Outubro de 2010


Humor (pouco) Científico….

U

m professor de físico-química queria ensinar aos seus alunos os efeitos causados pela ingestão de bebidas alcoólicas e elaborou uma experiência. Utilizou um copo com água, outro com whisky e dois piolhos.
 - Agora meninos, observem os piolhos - disse o professor, colocando um deles dentro do copo com água. A criatura nadou agilmente no copo, como se estivesse feliz e brincando.
 Depois, o professor colocou o outro piolho no copo que continha whisky.
 O piolho contorceu-se todo, desesperadamente, como se lutasse para sair do líquido e depois afundou-se como uma pedra, absolutamente morto.
Satisfeito com os resultados, o professor perguntou aos alunos:
 - Então, o que podemos concluir com esta experiência?
 O pequeno Joãozinho levantou a mão e sabiamente respondeu: 
- Se bebermos muito whisky nunca teremos piolhos…

Será chuva?

P

or vezes, nas manhãs de primavera quando sais de casa, vês o chão, a relva e os carros cobertos de gotas de água. No entanto não há nuvens e sabes que durante a noite não choveu. De onde vem esta água? Faz a seguinte experiência: enche uma lata vazia com cubos de gelo e espera um pouco. O que observas? Formam-se gotas de água do lado de fora da lata. Mas de onde veio esta água? O ar que respiramos está cheio de vapor de água, o gás que se forma quando a água evapora. Quando arrefece, o vapor de água volta a transformar-se em água líquida. Como as paredes da lata estão muitas frias e arrefecem o vapor de água que se deposita no lado de fora da lata, formam-se então as gotículas que te falei. Sucede a mesma coisa quando deitas num copo sumo ou água que esteve no frigorífico. Pouco tempo depois a superfície exterior do copo está cheia de pequenas gotas. O mesmo acontece se respirares para cima de um espelho. O vidro está frio e o ar que deitas fora dos teus pulmões está cheio de vapor de água. As gotas de água em cima da erva formam-se de modo parecido. Durante a noite o solo arrefece muito, tal como a lata com gelo ou o copo com água do frigorífico. O ar está cheio de vapor de água que, quando toca na erva, arrefece, transformando-se em água líquida. A essas gotas de água que cobrem o chão, a erva e os carros chama-se orvalho.

Professor José Queirós

BRINCAR COM AS PALAVRAS NO S.MARTINHO S. MARTINHO rima com:

CASTANHAS rima com:

VINHO – Catarina ESPINHO – Sofia PINHO – Miguel PIPINHO – Ana Francisca PASSARINHO – Paulo PORQUINHO – Aneia CAVALINHO - Rita

ARANHAS – Sofia BANHAS – Francisca Alexandra MANHAS – João

CASTANHEIRO rima com: CARNEIRO – Miguel PINHEIRO – Sofia CHOURICEIRO – Francisca DINHEIRO – Ana Francisca MEALHEIRO – Rodrigo

OURIÇO rima com:

SUMIÇO – Sofia CHOURIÇO – Catarina

Jardim de Infância de Sande

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Ao Menino Jesus Hoje é dia de Natal

Mas o menino Jesus

Nem sequer tem uma cama,
 Dorme na palha onde o pus. Recebi cinco brinquedos

Mais um casaco comprido.
 Pobre menino Jesus,

Faz anos e está despido. Comi bacalhau e bolos,
 Peru, pinhões e pudim.

Só ele não comeu nada

Do que me deram a mim. Os reis de longe trazem

Tesouros, incenso e mirra.

Se me dessem tais presentes,
 Eu cá fazia uma birra.

Às escondidas de todos

Vou pegar-lhe pela mão
 E sentá-lo no meu colo
 Para ver televisão.

Luísa Ducla Soares

Recolha feita pelo João Francisco – 5º4

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