Número de Dezembro de 2001

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o c i r a t l a S O

ANO XVI - 2001 / 2002

N.º 1

TRIMESTRAL

ESCOLA E.B. 2,3 DE LAMEGO

Magusto 2001

Editorial Criar, cooperar e reflectir para construir o Futuro... A verdadeira sabedoria vem do interior. A liberdade e a justiça começam dentro de nós. Se tivermos, verdadeiramente, o sentido do bem e do belo seremos levados à sua prática: “Sê sábio e serás bom”. As grandes preocupações serão, portanto, formar pessoas para formar cidadãos.

Neste número: A Escola em Acção

Páginas 2 a 5

ano lectivo se iniciou! Todos nos encontrámos,

Contos de Natal

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nos conhecemos, dialogámos e abrimos trilhos

O que eles dizem e sonham

Páginas 7 a 9

em busca de cultura. Daí nasceu o nosso

A Escola e o Meio

Páginas 10 e 11

Sobre o Mundo

Páginas 12 e 13

Curiosidades

Página 14

Curiosidades e Passatempos

Página 15

Passatempos

Página 16

cia, para a aquisição de conhecimentos e de

Página do Francês

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cultura. Aprendemos a ler, lemos para apren-

Página da E.M.R.C.

Página 18

der, comunicamos a ler e lemos para comuni-

Página da Matemática

Página 19

Última Página

Página 20

Uma nova caminhada começou! Um novo

“Saltarico”, que é de todos e para todos. Mostraremos aquilo que somos, que sabemos, que aprendemos e queremos transmitir a quem nos lê e nos acompanha. Ler e Escrever são caminhos para a tolerân-

car, rimos a ler, sonhamos a ler, lemos a trabalhar e trabalhamos a ler, descansamos a ler, até adormecemos a ler... Passamos a vida

Joana Rebelo

a ler. Nesta primeira publicação leiam, reflictam naquilo que se escreveu, que se pesquisou, que se criou, fruto do nosso esforço e trabalho. Por que não ler, dialogar em família a partir do

Festas Felizes

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(Continua na página 2)


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A Escola em Acção

que se escreveu? Não é a família parte essencial do processo de formação? O poder da palavra assume um especial protagonismo na família. Ela pode fazer muito no reforço de hábitos de leitura. Gostar de ler não se ensina nem se aprende, contagia-se. Por fim não esqueçamos que ler é compreender o mundo e escrevendo o podemos transformar. O nosso jornal é disso um exemplo, é como um livro aberto. E, como afirma um provérbio hindu: “Um livro aberto é um

cérebro que fala; fechado, um amigo

que

espera; esquecido, um irmão que perdoa; destruído, um coração que chora.”. Então, comecemos esta leitura de uma forma atenta, crítica e reflectida de algo que foi escrito por mãos simples e inocentes, os nossos jovens! Vamos lá. O que custa é começar. Sigamos o conselho do nosso Fernando Pessoa:

“Primeiro,

estranha-se.

Depois,

entranha-se!”.

Isilda Afonso O regresso às aulas Estava um dia pálido, não muito frio, mas ameaçador de chuva. Era dia 13 de Setembro, quando a escola voltou a entrar em acção. Nesse dia, os alunos do 5º ano de escolaridade procederam à sua apresentação e conheceram a escola que iriam frequentar este ano lectivo. Para eles, provavelmente, foi uma enorme confusão: o novo horário, os diversos professores e até a dimensão da escola e os seus moradores são factores que perturbam os “iniciados” nesta escola. Se bem me

lembro, quando tinha a idade deles, estava completamente baralhada com todas estas mudanças. Mas, agora, reflectindo um pouco sobre o tempo aqui passado, sinto até saudade destas peripécias e é muito bom saber e sentir que já faço parte desta grande família. A apresentação para os alunos do 6º ano e para aqueles que já frequentam o 3º ciclo realizou-se no dia 14, uma vez que estes já conheciam esta escola. Para todos os alunos, as aulas tiveram início no dia 17. Este ano, o Ministério da Educação achou que as aulas deveriam ter a duração de 90 minutos para os alunos que frequentam o 2.º ciclo. Aqueles que se encontram no 3.º ciclo têm blocos de 90 minutos (45 + 45) com professores de disciplinas diferentes. Na minha opinião, esta foi uma decisão bem tomada, pois assim podemos trabalhar seguidamente, durante mais tempo e as aulas rendem mais, apesar de a sua duração ser ligeiramente menor. Espero que todos os alunos se tenham adaptado a esta nova organização do tempo, que se esforcem durante este ano lectivo, para que possam obter bons resultados e, um dia mais tarde, possam ser alguém na vida. Estudem, vale a pena o esforço! É um conselho de alguém que, para além de colega, é uma grande amiga com quem podem contar. Bem-vindos à nossa escola, que é também a nossa casa, a nossa família! Joana Correia

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FICHA TÉCNICA Propriedade: Escola E.B. 2, 3 de Lamego, Rua de Fafel, 5100 - 143 Lamego, Telefone 254 612 023 Coordenação: Lídia Valadares e Adriano Guerra Conselho Editorial: Professores e Alunos da Escola Composição, montagem e paginação: António Alfredo Lourenço e João Nuno Carvalho Periodicidade: Trimestral

Dezembro 2001


A Escola em Acção Tiago Rodrigues

O regresso às aulas É tão bom o regresso à escola, o cheiro aos livros novos, os cadernos ainda por escrever, e todo o material ainda por estrear. Que bom poder reencontrar «velhos» amigos e conhecer novos professores. Conhecer novos colegas com os quais vamos conviver todo o ano, e fazer laços de amizade. Até já tínhamos saudades da rotina diária e da confusão que se gera nos corredores! Para nós, já não é surpresa, mas para os alunos que entraram este novo ano é um bocado confuso, no início. Já que conseguimos passar até ao 3.º ciclo, temos que ter mais responsabilidade e força de vontade para podermos ultrapassar mais uma etapa da nossa vida – o 7.º ano. Alguns de nós ainda não se adaptaram aos novos horários com blocos de 90 minutos. Talvez, daqui a uns tempos, pensemos de maneira diferente. Agora começam a surgir novas preocupações, como os testes de avaliação, e tudo o que temos de ter em conta para o nosso sucesso escolar. O que nos custa mais a fazer é ter que carregar o peso das nossas pastas “recheadas” com os materiais necessários para todo o dia. O que vale é que as próximas férias estão quase a “rebentar” e durante estas poderemos recarregar novas baterias. Nós gostamos de poder recordar todos os momentos passados nesta escola. Mariana Correia e Mara Pinto

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Impressões... O meu primeiro dia de aulas foi ... normal! Cheguei à escola e fui para as escadas que davam acesso à sala onde ia ter aulas (sala 13). Nesse dia, conheci alguns professores. Senti-me maior, mais adulto! Gostei muito de conhecer melhor a escola nova e os meus colegas novos. O único problema foi eu não poder jogar à bola. Eu gostei de entrar na escola do 2º ciclo porque conheci novos amigos.

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90 minutos ?! Este ano, a escola "sofreu" algumas modificações, a nível do funcionamento, passando a haver blocos de noventa minutos. Como é óbvio, as opiniões dividem-se, sendo a maioria dos novos alunos que esta escola recebeu para o 5º ano particularmente a favor desta mudança, já que o tempo que permaneciam na sala de aula era superior a este, quando frequentavam o 1º ciclo. Mas, para aqueles que já frequentavam esta escola, esta mudança de aulas de 50 para 90 minutos provocou, em alguns alunos, um certo descontentamento, e até, por vezes, revolta. Também houve uma alteração na hora de saída da escola. Agora saímos às 16 horas, enquanto que anteriormente saíamos às 16 horas e 30 minutos e, em alguns dias às 17:30. Na minha opinião, preferia o horário antigo, pois ao fim de 50 minutos tínhamos intervalo, mas também este tinha um lado positivo e outro negativo, como o actual. Por isso, (para quem está contra), temos que nos conformar com estas modificações! Catarina Amado

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Uma aula diferente A última aula de Português foi uma aula diferente. Fomos assistir a um concerto de música clássica que teve lugar na Igreja de S.ta Cruz. Saímos da escola todos juntos, acompanhados pela professora de Português e pela professora de Ed. Musical. Quando chegámos lá, estava muito frio. Dentro da igreja ainda estava mais frio, nos bancos havia uns papéis que descreviam o que íamos ouvir. Alguns colegas achavam piada aos gestos que o maestro fazia. Eu gostei do concerto, mas do que gostei mais foi quando eles dedilharam os instrumentos. Ouvimos algumas peças de Vivaldi, Bach, Mozart, Samuel Barber, Benjamim Britten, executadas pela Orquestra do Norte, dirigida pelo maestro Manuel Teixeira.


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A Escola em Acção da Dr. Alfredo de Sousa onde o “Comboio Rodoviário” as esperava. Após uma “longa” viagem, as equipas reuniram -se para o almoço no Complexo Desportivo de Lamego. Finalizada a refeição, foram anunciados os vencedores e entregues as medalhas. Esperemos que se continuem a organizar eventos destes, que contribuem para o desenvolvimento socio

Bienal da Prata: Peddy Paper

Priscila Ribeiro

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No âmbito da comemoração da 1ª Bienal da Prata, em Lamego, realizou-se no dia 7 de Novembro, o Peddy Paper “Caça ao Tesouro”, que contou com a presença de alunos do 3º ciclo de algumas escolas deste concelho. O evento teve início às dez horas, quando todas as equipas se reuniram na entrada do Museu. A organização deu indicações do jogo e, em seguida, distribuiu tudo o que era necessário para o mesmo e os respectivos enunciados. As equipas partiram, por ordem numérica, com uma diferença de cerca de três minutos. A primeira etapa realizou-se no Museu onde todas as equipas tiveram que observar cautelosamente e até desenhar os objectos de prata ou alguns motivos decorativos destes, para responder ao questionário proposto. A segunda etapa realizou-se entre a Igreja da Sé e a Avenida Dr. Alfredo de Sousa. Na Avenida foram dados os objectivos para a terceira etapa que começou na rua da Olaria e terminou na rua de Almacave. Os objectivos desta etapa foram desenhar uma varanda e três objectos prateados e, por fim, encontrar um homem com um chapéu prateado que tinha o mapa do tesouro para a etapa final. Os tesouros estavam escondidos no Castelo em diferentes lugares, conforme indicava o mapa. O tesouro era um saco que continha prendas para todos os participantes e moedas (de chocolate). Depois de todas as equipas terem encontrado o seu tesouro, dirigiram-se para a Aveni-

-cultural da região. João Pedro Correia

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Actividade da Quinzena Os professores do Departamento das Ciências Exactas, Físicas e Naturais, têm quinzenalmente afixado uma actividade lúdica relacionada com as Ciências da Natureza e a Matemática. As actividades têm como objectivo aprender brincando, destinando-se a todos os alunos da escola. Esperamos que continuem a colaborar participando quinzenalmente nas actividades propostas.  A participação assídua será recompensada com algumas lembranças. O Departamento das Ciências Exac-

Augusta Pinto

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A Escola em Acção 1.ª Bienal da Prata No dia 9 de Novembro, pelas 10 horas, as turmas do 7.º ano de escolaridade da Escola E.B. 2, 3 de Lamego, acompanhadas por dois professores, deslocaram-se ao Museu de Lamego, para visitar a 1ª Bienal da Prata. A manhã estava fria, mas a alegria do passeio e o entusiasmo das conversas iam amenizando o ar gélido daquele dia outonal. Já no Museu, uma das guias conduziu a visita, dando informações sobre os artigos expostos e explicações sobre certos aspectos com eles relacionados. Nas primeiras salas estavam expostas lindíssimas peças em prata, pertencentes a famílias ilustres da região do Douro. Enriquecendo através do produto agrícola mais relevante desta região, muitos Durienses puderam decorar o interior das suas grandes casas com diversos objectos em prata fabricados ao longo dos séculos XVIII e XIX. Noutra sala, pudemos observar peças em prata que já tinham decorado solares de famílias do Douro, mas que, posteriormente, foram doadas ao Museu, fazendo agora parte do seu espólio. Destes objectos lindíssimos, onde a beleza e a arte eram bem visíveis, salientamos: samovares (objectos originários da Rússia), destinados a manter as bebidas quentes; as chaleiras de pé alto, de estilo barroco, que apenas serviam para decorar; os candelabros, para colocar as velas destinadas à iluminação; o gomil e a bacia de água para lavar as mãos; os castiçais de estilo neoclássico; o coador; a bacia da barba, com a forma de concha; a bacia para dar banho aos bebés; o prova -vinhos, peças em forma de concha e com muita decoração gravada, de estilo rococó; a travessa para levar peixe à mesa; baixelas; castiçais de saia; a leiteira, para tomarem o chá com leite, tal como os ingleses; a fruteira e o jarro, ambos relacionados com a alimentação. Noutro espaço, pudemos apreciar objectos que decoravam as igrejas nos séculos XVII, XVIII e XIX: cálices; vasos da comunhão; conjunto de galhetas; banqueta; “pivetes” - conjunto de altar que servia para retirar os maus cheiros do interior das igrejas, uma vez que as pessoas quase nunca tomavam banho; navetas, onde se guardava o incenso; estantes para missal; bacia lava-pés, na qual o bispo, todas as Quintas-

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Feiras Santas, antes da Páscoa, lavava os pés aos sacerdotes, e bilhas dos santos óleos, com os quais os bebés eram baptizados. No âmbito da tradição do Vinho do Porto, pudemos também observar outros objectos relacionados com a decantação, todos eles feitos por 10 artistas plásticos, (um dos quais, natural de Lamego – Francisco Laranjo), destacando-se: o castiçal, o funil, o decanter (feito de cristal, para onde se verte o vinho), o berço da garrafa e a gargantilha. Franck G. Gehry e Álvaro Siza Vieira, nomes sonantes no campo das artes plásticas, foram também convidados a criar objectos utilizados na decantação. Na exposição fotográfica, vimos imagens do Douro, relacionadas com os processos agrícolas. No fim da visita, regressámos à escola. Vínhamos satisfeitos, pois sentíamo-nos mais ricos com estas informações sobre uma cultura tão interessante como a da nossa região Duriense. Agradecemos, por isso, a todos aqueles que nos permitiram realizar esta visita, que foi também um momento único de convívio e partilha de conhecimentos.

Joana Correia

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Estudo Acompanhado As aulas de Estudo Acompanhado são para mim um mapa no deserto da Matemática, Ciências, História, Inglês e Português. Vando Reis

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Contos de Natal Conto de Inverno

Ana Patrícia

Noite de Estrelas

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O Inverno, a nosso ver, é a estação do ano mais triste e rigorosa. Tem dias curtos, pálidos e muitas noites infindáveis e frias. Foi num desses dias que duas meninas, Maria e Joana, sentadas no parapeito de uma janela, observavam extasiadas a paisagem que as rodeava. Perplexas, voltaram-se uma para a outra e questionaram: - O que é isto? De repente, a Joana lembrou-se de ir perguntar à avó o que seria aquele manto branco que cobria os campos. Elas não sabiam, porque tinham apenas 5 anos e era a primeira vez que viam a natureza vestida daquela maneira. A avó respondeu sem hesitar: - O manto branco que cobre os campos chama-se neve. É a chuva no estado sólido, ou seja, em gelo, que fica assim ao passar nas partes frígidas da atmosfera. É uma brincadeira para toda a gente: fazem bolas de neve e atiram-nas uns aos outros, fazem bonecos de neve... é também um divertimento! - Ó Joana, vamos brincar lá para fora com a neve? - perguntou a Maria. - Claro, não vamos perder esta oportunidade! As duas meninas ficaram radiantes com aquela brincadeira diferente e felizes por terem aprendido uma coisa nova, pois viviam numa aldeia muito pequenina onde nem havia uma escola. Lília Ramalho e Liliana Teixeira

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Era uma noite gélida, as estrelas pingavam lágrimas e o vento festejava o Natal dançando, dançando de um lado para o outro. Ouvia-se a neve a cair abundantemente, mas silenciosa, com medo de perturbar e de não ser bem-vinda. Alguns flocos distraídos poisavam numa menina que, sozinha na rua, cheia de frio, tinha a esperança que alguém a acariciasse, a cobrisse... Caminhava tristemente e parava olhando para as montras. Observando as bonecas, sabia que não as podia ter, mas o seu coração estava cheio de fé, pois num presépio viu também um menino numas palhinhas que lhe sorria... De repente apercebeu-se que se encontrava num vale, protegida por montanhas que a cobriam do frio. Lá, estava numa festa. Os pássaros eram a sua orquestra, as flores, os convidados, as árvores bailavam ao som do vento. Como por magia, tornou-se parte deles. Os pirilampos enfeitavam as árvores e revestiam-nas. Todos lhe sorriam, ficou com o pó das estrelas nos olhos... um senhor velhinho muito bondoso levou-a num saco vermelho até sua casa... Quando acordou, viu que era muito rica, pois no seu coração conseguiu que, com as estrelas daquela noite mágica, pudesse ver a vida mais colorida e compreender que o importante não eram as bonecas frias daquelas montras, mas sim o calor do verdadeiro amor do seu avôzinho que afinal lhe dava o essencial: o seu “regaço”. Assim, a vida fazia parte do sonho... e olhando para aquele senhor de cabelo polvilhado de estrelas, sentiu que nunca mais haveria noites escuras. As estrelas brilhariam sempre no seu caminho... Manuela Rebocho

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Joana Correia

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O que eles dizem e sonham

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Tive um sonho . . .

A pessoa de quem mais gosto

Hoje, tive um sonho muito estranho... Sonhei que vivia num mundo pequeno, onde todas as pessoas viviam felizes. As flores eram feitas de seda e todos os animais brincavam sem parar. Parecia que estava num mundo encantado, onde tudo o que eu sempre desejei se tornava realidade. Lembro-me, também, que eu vivia perto do mar... O mar era azul e limpo, mas era um azul tão claro que dava para ver os peixinhos a nadar; não havia poluição nem pessoas más; havia uma grande felicidade e harmonia entre todos. Como o meu mundo era muito pequeno, todas as pessoas se conheciam e todas gostavam umas das outras. Não havia sequer um animal “triste” ou maltratado, todos eram muito solidários em relação aos animais. As flores, também eram tratadas com um cuidado e carinho muito especial, porque as flores eram as mais belas e sedosas de todo o universo. Como em todos os sonhos, há uma bela história de amor, no meu sonho não poderia deixar de existir... Ele chamava-se Rafael. Era louro, moreno e tinha uns encantadores olhinhos azuis!! Quando me lembrava dos seus olhos azuis, recordava-me do mar, do meu mar, que existia no meu pequeno mundo! A sua pele lembrava-me as flores, as minhas flores, que existiam no meu pequeno mundo! Mas o que aconteceu depois, só no meu próximo sonho é que eu saberei...

Eu tenho uma irmã mais nova que se chama Ana Isabel. Nasceu há quase cinco anos, tem olhos castanhos e cabelos claros. Ela é bonita e meiga, mas quando está de mau humor fica muito chata e má. Enfim... tem um feitiozinho terrível. A minha irmã gosta de ouvir ler histórias, de brincar comigo às Barbies, de jogar às escondidas e de jogar no computador. Escolhi descrevê-la, porque é uma das pessoas de quem mais gosto e, além disso, acho que, mais tarde, irá ser a minha melhor amiga. Resolvi não me referir a uma personalidade famosa a nível nacional ou mesmo mundial, pois penso que todas as pessoas têm a sua importância na sociedade e a Ana, como minha familiar, é muito importante para mim. Talvez ela, um dia, venha a ser alguém mundialmente conhecido! Quem sabe?

Cátia Cardoso

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A minha irmã

Sílvia Alexandra

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"Tive um sonho…" Tive um sonho…um sonho fantástico feito de doce e chocolate, onde as nuvens eram algodão doce, as casas chocolate, as árvores gelatina e as flores pipocas coloridas… Um mundo sem igual, doce e saboroso, onde o Verão reinava com um sol radioso e quente. Um mundo perfeito sem deficiências, sem pecados e onde o mal não existia e o bem reinava. As pessoas eram chantili de banana com uma cereja vermelha na cabeça, tomavam banhos de sol e derretiam-se para se provarem umas às outras. Um mundo de fantasia e magia muito perfeito e sem injustiças. Este é o meu mundo, o mundo com que eu sonhei e onde eu passo os meus sonhos. Tiago Oliveira

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O Outono Estamos no Outono! O Outono é uma época linda, que nem é muito fria, nem muito quente. É a altura em que caem as castanhas e as folhas das árvores e se fazem as vindimas e a recolha de outros frutos. É no Outono que se começam a acender as fogueiras para nos aquecermos. É tempo de muita chuva e muito vento e, por isso, têm que se vestir roupas mais quentes. Nesta altura, só tenho pena das árvores que começam a ficar despidas... Énia Lamelas

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O que eles dizem e sonham Uma missão Egípcia

- Quem pode ser ?! Olhou para a praça e viu um homem sentado num banco de jardim a ler o jornal. Aproximou-se e disse -lhe: - Vais ser tu! Pareces-me capaz de cumprir a missão e me aliviares a cabeça. O homem ficou surpreendido com tudo o que ouvira e perguntou o que se passava. A mulher logo passou a explicar. - Bem, desculpa ter começado assim a falar, mas eu digo-te. Há uma semana atrás, aqui, no Egipto, foi roubada a esfinge do nosso Faraó e coube-me a mim desvendar o crime. Claro que ia precisar de um ajudante e tu pareces-me a pessoa ideal. - Ok! Mas como posso ser útil? Tens alguma pista de onde ela possa estar ou desse tal criminoso? - Foi-me dada esta carta, onde poderá ter o rasto do fugitivo. Aliás, eu já tenho uma vaga ideia e podemos começar já a ler a carta. “Não se deixem levar a enganos. Sigam os vossos instintos, pode estar mais perto do que vocês pensam.“ - Com isto vamos começar – ordenou a mulher. – Ali! Pode ser que esteja ali. Ao longe, o casal viu uma gruta, que tinha uma nascente. Entraram e viram dois caminhos. - E agora?! Os dois ao mesmo tempo, disseram: - Direita. – e lá foram. Caminharam mais de um quilómetro. Estava a ficar frio e escuro. Tudo deserto, nem uma pista de que a esfinge podia estar ali. Ele disse para ela: - Acho melhor voltarmos para trás. - Nem penses!!! Depois de termos andado tanto queres voltar para trás?! Não podes estar bem. Andaram, andaram e ao fundinho começaram a ver uma luzinha muito pequenina. - Olha, acho que estamos no caminho certo. Olha a esfinge a brilhar. Anda, corre. Cada vez mais a luzinha ia aumentando, aumentando, até que chegaram ao pé dela. E o que era? Uma fogueira! A mulher estranhou: - Porque estará aqui esta fogueira? - Olha, temos mais dois caminhos e agora? Esquerda ou direita?? - Para a direita, novamente.

Continuaram a caminhar e chegaram ao pé de um homem, muito assustado, a tentar esconder alguma coisa atrás das costas e com um pano na mão. - Porque estás assustado? Não fazemos mal. - E o que tens atrás das costas? O homem respondeu: - Nada, nada. A mulher já estava a desconfiar: - Sai daí. A esfinge!! Estavas a limpá-la e aquela fogueira é tua? - É. Estava com frio e tentei aquecer-me. - A roubar a estátua. Apaga a fogueira e vem connosco. Vais-te apresentar ao Faraó. E já agora. Porque roubaste a estátua? - Precisava de dinheiro e ia tentar vendê-la. - Seu malandro! Vamos embora. Mais tarde... - Meu Faraó, encontrámos o criminoso e a esfinge. - Muito bem! Guardas, prendam esse homem e preparem uma festa, para coroar este casal.

Joana Ribeiro Guedes

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A minha melhor história A minha melhor história foi sobre a Primária. No primeiro ano, foi tudo muito lindo. Aprendi a fazer as letras, depois a juntá-las. Aprendi a contar, a fazer algumas fichas... Depois veio o segundo ano, onde aprendi a fazer contas, a numeração romana, a fazer a letra mais perfeita. Os terceiro e quarto anos, foram diferentes; os trabalhos eram mais puxados. Tínhamos que saber muito bem a tabuada, as contas eram maiores, fazíamos muitas cópias, ditados... Enfim, tanta coisa bonita que eu aprendi, que ainda hoje sinto saudades. Gostei muito destes 4 anos, principalmente da minha professora que foi sempre a mesma. Simão Pinto

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O que eles dizem e sonham A noite das bruxas A noite das bruxas é a noite mais assustadora do ano, dizem as lendas. Por isso, os meus amigos e eu, fomos a um bosque e preparámos um jogo especial. À meia noite, fizemos uma fogueira e começámos a saltar sobre ela, gritando o número 666, o signo do demónio. Tinham-nos dito que era assim que se chamava os espíritos e que o diabo vinha roubar as almas. Mas quem ia acreditar? A primeira foi a Rita. Seguiu-se a Carolina, a Sílvia, eu e, por último, o Pedro. Logo que ele acabou de saltar, ouvimos um ruído ensurdecedor nas nossas cabeças. Era tão forte que fechámos os olhos. Ao abri -los, ainda aterrorizados, vimos que várias colegas batiam com paus em panelas, saindo de trás das árvores onde se tinham escondido, para nos pregar uma partida. Nessa noite, decidimos que nunca mais voltaríamos a repetir aquela experiência, pois não ganhámos para o susto. Telma Dorisa

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A casa assombrada Uma certa noite, quando Alice se foi deitar, ouviu -se um enorme estrondo:  Pum!  O que foi isto?  disse a Alice sobressaltada. Logo a seguir correu para o quarto dos seus pais.  Pai, mãe, ouviram aquilo? O que terá sido?...  perguntou.  Não sei, mas não é bom...  disse o pai da Alice. Depois houve outro estrondo e um cheiro a podre rondou a casa. O cheiro era tão forte que quase fazia vomitar. Pai, mãe, tenho medo!...  gritou Alice, agarrando-se a seus pais.  Não te preocupes, não é nada.  disse-lhe a mãe, tentando acalmá-la. Dois segundos mais tarde, ouviu-se o barulho de gotas a caírem e algo bateu à porta do quarto "Pum... Pum... Pum...". A porta abriu-se e um monstro verde entrou. Ao andar, deixava manchas verdes na alcatifa.  Ai!!...  gritou a Alice, enquanto o monstro se aproximava da sua cama. Alice e os pais estavam tão assustados que não paravam de gritar. O monstro aproximava-se cada vez

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mais, até que agarrou na Alice e a engoliu. Desde aí nunca mais se viu a Alice, nem os pais. Ninguém sabe quem chumbou a porta de ferro e quem pregou tábuas em todas as janelas, só se sabe que aquela casa ainda lá deve conter o monstro, porque de vez em quando ouvem-se ruídos vindos daquela casa. Ah... Ah... Ah... Ah... Ana Luísa 5.º 1

Delírio Acordei! Dirigi-me ao meu espelho para lhe pedir um conselho. Sentia-me incapaz de contrariar os vícios de uma sociedade que vivia em plena anormalidade. Estava insatisfeito com tanto orgulho e preconceito, com tanta ganância e hipocrisia, com tanta falta de verdade, com tanto ódio e crueldade. Já não sabia o que fazer, até que olhei pela janela com esperança e vi que a rua estava mansa. Ricardo Costa

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Vem aí Ele traz a neve, o frio, E a chuva. Comprime os dias com Mãos engelhadas. De voz rouca e assombrada Convoca a Lua que, Assustada, Vem mais cedo... Autoritário, força o Agasalho. A nada e a ninguém respeita! De face enrugada e irada É o Inverno, Essa fera Indomada. Egídio Pina e José João

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A Escola e o Meio De volta à vindima

Voltou a festa! Viva a vindima! Este ano, pela terceira vez, regressei à festarola na quinta do Xavier ( um amigo dos meus pais). Foi no dia 6 de Outubro, deste ano, é evidente. Logo de manhãzinha, pelas 7.30 h, levantei-me ainda um pouco zonzo, mas quando me lembrei que a vinha estava à minha espera, mudei rapidamente de cara. Quando lá cheguei, já estavam perto de dez pessoas, incluindo o meu pai, que se tinha levantado com as galinhas para apanhar a boleia do Xavier. Agora ia começar o trabalho! Como no ano passado, nós - os que cortavam os cachos de uvas - começámos a cortar as deliciosas uvinhas de baixo para cima e custou--nos muito! Então, como não somos burrinhos, decidimos partir de cima para baixo. “Nã tínhamos munta trabalhêra!” Eu, que estava entusiasmado, cumprimentei toda a gente e não pensei em mais nada, a não ser cortar os cachos até encher os baldes. Depois de tanto cortar e encher, fizemos uma pausa com uma broazinha de milho e, a acompanhar, pedaços de carne que era de comer e chorar por mais. Mas trabalho é trabalho e continuámos a vindimar! Desta vez, para não estar sempre a fazer o mesmo, peguei em dois baldes para trocar os cheios pelos que eu tinha vazios, já que todos estavam ocupados com as partes que eu mais detesto: as ramadas de cima! Era hora de almoçar! Até que enfim o descanso! Parámos com a canseira e as uvas que esperassem... porque primeiro, a gente, e só depois, as uvas. Quando olhei para o que havia para comer, apetecia-me logo continuar a tarefa que tínhamos para cumprir. Era feijoada e, só de ouvir essa palavra, torço logo o nariz! Pelo menos tinha uma outra “chance”. Ainda bem! Serviram, a seguir àquela palavra que não me apetece dizer qual é, um delicioso cabrito assadinho no forno!!! Prosseguindo… fiquei então satisfeito e aproveitei para jogar à bola. Mas, como eu já sabia que a bola forreta da Joana, que até já não a tinha, não dava para fazer um joguito à maneira, não hesitei em levar a minha bola, sim porque, se eu a deixasse em casa, bem que havia uma desgraça! Acabando com a brincadeira, o pessoal, que trabalhava, levantou o excelentíssimo rabiote da sua cadeira, para ter o trabalho de sujar as suas mãozinhas e, depois, ainda de as lavar. Acabámos a recolha das últimas uvas da quinta e retirámo-nos para o posto de comando onde convivemos um pouco com a gente. Claro que nós, os moços, tínhamos de acabar o grande jogo de futebol. Logo depois, despejaram os baldeiros (uns grandes baldes). E, como os passarocos que no ano passado se enfardaram de uvas e mais uvas, este ano, foram gentis, pois estavam cheios, bem que o número de uvas duplicou! Tivemos de encher o lagar que, em Outubro de 2000 continha todos os cachos, e outro mais pequerrucho que só chegava para metade do primeiro. Quase que o mosto vazava! Era tanta a quantidade que os lagareiros já refilavam de terem os seus calções sujos! Mas o que importa é festejar e mais nada! Como sempre, a minha mãe tinha que levar a viola, senão não era festa. Este ano é que foi! As crianças, que estavam entusiasmadas com a ideia, aproveitaram também para pisar as uvas. Eu não fui, porque já estava muita gente dentro dos lagares, mas, para a próxima vez, hei-de experimentar! Dentro do lugar onde se situavam os lagares havia música e sorrisos a pairar no ar. Cheirava a mosto. Sentia-se que a alegria estava ali dentro, que tinha ganho corpo e alma... Ia dar na televisão o jogo da nossa selecção contra a Estónia, e os lagareiros não queriam perder nem um minuto. Então, já que o jogo tinha começado, eles continuaram a pisar as uvas e o Xavier pôs o televisor em cima da mesa da tal salinha dos lagares. Os coitados dos guitarristas tiveram de parar de tocar, pois o futebol é um desporto indispensável para os homens! De seguida, os jovens foram divertir-se, enquanto a malta mais velha tocava viola e cantava ao desafio. Eram horas! Todos entraram para uma salinha em que estava tudo ao molho e fé em Deus. Repetimos o cabrito do almoço e comemos também uma boa canja. Ao fim da jantarada, os rapazes - incluindo eu - continuaram o jogo de futebol. Já eram mais que horas! Passava das 10.00 h e o “pessoal da pesada” começou a ir embora. Eu, a minha irmã e os meus pais também decidimos partir rumo a casa. Despedimo-nos das pessoas todas e agradecemos ao


A Escola e o Meio

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Xavier pelo dia que nos fez sentir felizes, apesar de cansaditos. Cheguei à minha casa e deitei-me logo. Nem quis saber da televisão. Vesti o pijama e deitei-me na minha caminha que me acolheu ainda com mais carinho (acho eu) do que o habitual! Foi um dia bem agradável, e agradeço a todos os que participaram e contribuíram para a alegria deste, em união... Espero que, para o próximo ano, possa voltar à vindima do Xavier... José Pedro Guerra

Para mim a felicidade é... A felicidade, para mim, é algo abstracto, sente-se mas não se vê... é maravilhoso. Para que todos sejamos felizes, é preciso que saibamos amar, e que sejamos amados, é bom ter amigos que nos ajudem em todos os momentos. Para sermos felizes, não precisamos de ser ricos, ter uma grande casa, um grande carro... aquilo de que precisamos é apenas o essencial: um pequeno lugar para viver, alguém que nos ajude nos momentos menos bons e grandes amigos com quem sempre possamos contar. É também viver num mundo em paz, sem guerras, nem ódio. Todos nós

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devemos esforçar-nos para que possamos tornar o mundo melhor, ou seja, mais feliz. Para isso, basta lembrarmo-nos desta frase: “Faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti”. Assim, respeitandonos uns aos outros, todos seremos felizes. Eu tenho tudo aquilo de que preciso para viver e tenho o amor dos meus pais, da minha irmã e de toda a minha família, por isso sou feliz. Gostaria também que todas as crianças do mundo se sentissem como eu. Cada um de nós pode contribuir um pouco para a felicidade de todos. Joana Correia

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Sobre o Mundo Sim à Paz

No dia 11 de Setembro de 2001, deu-se um trágico acontecimento que abalou o mundo inteiro e espalhou o caos pela América. Por volta das 2 horas da tarde, um avião, que tinha sido desviado da sua rota por terroristas suicidas, embateu contra uma das torres do World Trade Center, em Manhattan (Nova Iorque). A torre, onde trabalhavam cerca de 25 000 pessoas, tinha cerca de 110 andares. Deu-se uma enorme explosão e as pessoas que estavam dentro do avião morreram imediatamente. Tiveram um fim igual à maioria das que estavam dentro da torre e àquelas que circulavam nas imediações. Naquele momento instalou-se o pânico. Toda a gente que estava na rua começou a correr e a gritar, caíam destroços e viam-se pessoas a saltar das janelas do edifício. No início pensava-se que aquilo teria sido um acidente, mas poucos minutos depois, algo veio comprovar as piores suspeitas: um segundo avião, com cerca de 40 pessoas a bordo, embatia na segunda torre do World Trade Center, provocando ainda mais mortes que na primeira torre. Pouco tempo depois, as torres ruíam. Por essa altura, teve-se a notícia de que um terceiro avião embatia contra o Pentágono, em Washington e, mais tarde, um outro avião despenhava-se na Pensilvânia. Pensa-se que este último teria, como alvo, a Casa Branca, mas alguns passageiros, sabendo que iam morrer, evitaram que ele matasse mais pessoas, fazendo com que caísse num lugar deserto. Ainda não se sabe o número exacto de mortes, derivado destes ataques terroristas, mas pensa-se que o número ronde a casa dos milhares, sem contar com a quantidade considerável de feridos que encheram os Hospitais de Nova Iorque e com os inúmeros polícias e bombeiros desaparecidos. Uma das coisas que mais me emocionou foram as mensagens das vítimas, deixadas nos telemóveis dos familiares, ou mesmo a conversa directa, até a chamada cair... Tantas pessoas que ficaram sem um membro da família, sem um amigo, tantas crianças que ficaram sem pais... Como é possível haver pessoas tão cruéis que nem sequer pararam para pensar em todos os inocentes que iam matar, que não tinham culpa de nada?! Porque é que há tanta injustiça no Mundo? Mas não são somente as vítimas americanas que me preocupam, mas também o povo Afegão, que antes já tinha centenas de pessoas a morrer à fome, e agora

sofre devido à explosão de bombas, às perseguições e aos diários ataques da América, que jurou vingança. Na nossa escola teve lugar um acto de solidariedade para com as vítimas de toda esta tragédia e foi feito um apelo à Paz, através de 3 minutos de silêncio, em que reflectimos e pensámos na sorte que temos em não vivermos em guerra. No entanto, esta tragédia que apavorou o mundo inteiro está longe de ter terminado. E, como eu não posso fazer nada para o impedir, só me resta rezar e esperar que a paz abrace e envolva estes dois países tão diferentes, e que se ponha de lado o rancor e o ódio, que cada vez mais devastam e destroem a vida da Humanidade. Luísa Sarmento

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Encontro pela Paz Três minutos de Silêncio No dia 11 de Outubro, pelas duas horas, Portugal inteiro fez três minutos de silêncio. Esses três minutos foram em lembrança dos inocentes que morreram no atentado às torres gémeas do World Trade Center. Patrícia

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Na minha escola, também fizemos três minutos de silêncio pela paz e pelas vítimas do Terrorismo. Esses três minutos de silêncio, para mim, tiveram muito significado, porque me fez lembrar das pessoas que já morreram nas outras guerras. Eu gostava que houvesse Paz no Mundo. Rute

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Eu sinto que os três minutos de silêncio serviram para silenciar o Terrorismo. João Nuno Pina

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Eu sinto muita tristeza pelas pessoas que morreram e pelos seus familiares. Alguns desses familiares não receberam os corpos e é isso que me deixa ficar muito triste. Mafalda

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Os três minutos de silêncio serviram para rezar pelas vítimas do World Trade Center, pela Felicidade, pela Paz, pelo Carinho e pelo Amor. Inês Paiva

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Sobre o Mundo

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Terror na América Desejo a Paz Na quinta-feira, dia 11 de Outubro, pelas catorze horas, na nossa escola, fizemos três minutos de silêncio, pelo que aconteceu na América. Eu sinto muita pena dos que morreram nas torres do World Trade Center. Mas também tenho pena dos inocentes que vivem no Afeganistão e que foram obrigados a sair das suas pobres casas. Agora, não têm onde habitar. Caminhando dias e dias, lá vão andando à procura de um sítio onde possam ficar durante algum tempo. Sem roupa lavada, só com os trapos que conseguiram transportar, resistem à fome e à sede. Para mim, Osama Bin Laden é muito desumano. O que ele fez não se faz a ninguém! As pessoas já sabiam que ele era um terrorista e tentaram apanhá-lo, no entanto, não conseguiram. No meu entender, não irá ser fácil apanhá-lo, mas se conseguirem, devem aplicar-lhe a pena merecida. Também não sei como é que os talibãs obedecem a Bin Laden e defendem um homem que foi capaz de mandar praticar actos tão cruéis. Às vezes pergunto-me "Será que os terroristas não gostam de um Mundo onde haja Paz? Será que só estão bem a provocar maldades e a destruírem o Mundo e a vida de tantas pessoas?". Surpreendo-me também com os meninos, alguns tão pequenos, que querem ir para a guerra e que querem pegar em armas tão pesadas que mal podem com elas. Na minha opinião, mesmo com catorze ou quinze anos não deixam de ser crianças. Fico ainda impressionada e muito triste com as imagens que vejo na televisão, porque eu gostava que no nosso Mundo houvesse Paz, que as doenças desaparecessem como por magia e que todos tivessem pão, roupa lavada, casa e uma família que fosse como a minha, em que todos são muito bons para mim. Espero bem que esta guerra dure pouco tempo, mas acho que não irá durar nada pouco. Receio que a guerra corra mal e os militares que já estão na reserva sejam chamados, e que morram ou fiquem muito feridos. Ana Sofia 5.º 1

Joana Correia

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Encontro pela Paz Três minutos de Silêncio Eu, nesses três minutos, pensei muito nas pessoas que, naquele dia, estavam a sofrer e pedi a Deus que as salvasse daquele sofrimento e que a guerra acabasse. Ana Catarina

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Durante aqueles minutos, pensei em como se sentirá uma pessoa que está dentro de um prédio com mais de cem andares, ao aperceber-se que vai morrer entre os restos de ferro de que um prédio é feito. Maria Inês

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Durante esses três minutos muitas crianças choraram. O Mundo está em pânico. Rafael

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Curiosidades Vulcão

A actividade vulcânica pode realizar-se pela emissão de gases, rios de lava ou produtos sólidos, através de aberturas existentes na superfície terrestre. O magma é constituído por uma mistura de materiais em fusão, devido à elevada temperatura a que se encontram (cerca de 10000 C). Os gases misturados no magma estão sob pressão. Tal pressão pode provocar aberturas na crosta terrestre, dando lugar à expansão dos mesmos. Estas fendas são designadas por chaminés vulcânicas e a sua abertura à superfície termina numa queda afunilada chamada cratera. A movimentação do magma pode provocar abalos fortes na Terra, chamados sismos, os quais antecedem e acompanham, quase sempre, as erupções vulcânicas. Durante a ascensão, os gases vão-se libertando, e quando o magma atinge a superfície, ou está próximo dela, passa a chamar-se lava. Existem, contudo, erupções em que não ocorre derramamento de lava. São erupções violentas que libertam gases e materiais que já se encontram no estado sólido. A erupção de um vulcão pode ser do tipo explosivo - se a lava é muito viscosa, originando nuvens ardentes, ou do tipo efusivo - se a lava se derrama, líquida, pela cratera, podendo formar rios de lava ou cobrir grandes áreas, dependendo da inclinação do terreno. Com base no carácter efusivo ou explosivo das erupções, Lacroix considerou quatro tipos de actividades vulcânicas: · actividade de tipo havaiano, caracterizada pela frequente e tranquila efusão de lavas, com escassa actividade explosiva, que podem percorrer distâncias relativamente longas; · actividade de tipo estromboliano, caracterizada por lavas menos fluidas, havendo, de vez em quando, pequenas explosões. Em geral, estas explosões são inofensivas, pois os materiais sólidos projectados voltam a cair na cratera; · actividade de tipo vulcaniano, caracterizada pelas lavas viscosas que contribuem para uma obstrução mais fácil da cratera. A intensidade das erupções é tanto maior quanto mais longo for o período de repouso anterior, permitindo assim uma maior acumulação de gases; · actividade de tipo peleano, caracterizada por

erupções separadas por largos intervalos de tempo. A lava é tão viscosa que solidifica na chaminé, formando um tampão. Ao mesmo tempo, através de fendas, dáse uma emissão muito violenta de nuvens ardentes, muito densas, constituídas por materiais sólidos que, descendo as vertentes a velocidades muito elevadas e a temperaturas da ordem dos 1000º C, destroem tudo à sua passagem. António Mesquita e Guilherme Oliveira 7.º 2

A tecnologia A tecnologia é uma coisa muito importante para nós. Se não fosse ela, não existia a luz para vermos no escuro; não haveria o telefone, que é tão importante para podermos comunicar com pessoas distantes; não existiriam as televisões, que nos informam dos acontecimentos, etc. Os carros também ajudam as pessoas a irem para sítios distantes mas, deitam fora produtos tóxicos que provocam doenças respiratórias. Os computadores também ajudam a fazer trabalhos, desenhos, tabelas, gráficos... Agora também há uma coisa que se chama “Internet”. Com ela podemos informar-nos sobre muita coisa. Para funcionar, ela precisa de um computador e este estar ligado a um telefone. A tecnologia foi um grande avanço para a humanidade mas, por outro lado, veio substituir, em muitos casos, a mão de obra de muitos trabalhadores que, por isso, perderam os seus empregos. Podemos, então, concluir que a tecnologia tem o seu lado bom e o seu lado menos bom! João Canelas

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Curiosidades e Passatempos Cabra-das-Rochosas

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Adivinhas

Se há um animal particularmente adaptado à vida nas encostas abruptas, é a Cabra-das-Rochosas da América do Norte. Ela parece procurar as escarpas mais íngremes, desafiando os precipícios e as leis da gravidade e do bom senso. Nenhum outro animal a iguala no seu “habitat”; acontece vê-la pastar perto de predadores como o urso, segura de que não se arriscariam a persegui-la. Apesar do seu nome, a Cabra-das-Rochosas não é uma verdadeira cabra, mas uma cabra-antílope, como a camurça, sua prima afastada. Vive nas montanhas do Oeste da América do Norte, a altitude superior a 3000 m. O seu corpo robusto é sustentado por membros curtos e musculosos. Os cascos flexíveis, com dois dedos, permitem-lhe agarrar-se às rochas. Para suportar os Invernos, que podem durar até 8 meses, o tosão , que perde na Primavera, é dotado de um subpelo lanoso, gorduroso, grosso, coberto por pêlos com 20 cm. De longe, é difícil distinguir os machos das fêmeas: ambos têm barbicha e cornos e podem mostrar-se muito belicosos sobretudo na época da reprodução, em Outubro e Novembro. As crias nascem na Primavera e começam a saltar de rocha em rocha apenas dois dias mais tarde. As Cabra-das-Rochosas pastam em pequenos grupos nas encostas, alimentando-se de plantas herbáceas, de líquenes e de flores silvestres.

I Qual é a coisa qual é Que quanto mais se mira Menos se vê? II Sou gigante, sou gigantão Tenho doze filhos no meu coração, De cada filho trinta netos, Metade brancos e metade pretos. III Não tem pernas, mesmo assim, Não há maior andarilho Não tem braços, mas onde nasce Deixa tudo num sarilho. IV Qual é a coisa Que é vermelha avermelhada Caminho no mato E não caminha na estrada? V O que é que, Quanto mais alto está Melhor se alcança?

VI Que é que é: São dois irmãos, Um é branco e outro preto? VII Qual é a coisa qual é ela, Que acende sem fazer lume?

André Paulo

Respostas:

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I: O sol, pois quanto mais se olha para ele menos se vê, devido á intensidade da luz. II: O ano, os meses, os dias. III: O vento. IV: O fogo. V: A água de um poço. VI: O dia e a noite. VII: O pirilampo.

Ricardo Fonseca

5.º 2


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Passatempos Ana Luísa Duarte

Sopa de letras

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Descobre as seguintes palavras relacionadas com a época natalícia : Noël - sapin - boules crèche - cadeaux Père Noël - ange - étoile - rennes - cloche guirlandes A E X H L T N WU I G U I P J E S U

Adivinhas

L P E R E N O E L O U E L C B O A X N O V C S ME K U J I A C L O C H E B Z U O V N L U C D R B F E U H J S T X C R S E A G J U L K V I L O U X S C N C Z A N U E Q A E T B E D E T

A Somos mais de mil irmãos Negrinhos como o carvão. Mas não viemos de África Nem lá temos geração.

O A U A F S Z C Q N N P A I S L V S T D X D Y MQ R Z R D I T M P G R A

B Qual é o bicho que come com o rabo?

J E B E C I R E N N E S Y L P E T P G A D A X J O C J D S F S U L R Ç I J E S U S N A H A V P T A C U U S N

C Qual é o macho que serve para queimar E a fêmea para cantar?

MX H X MB S E F O D C O J V L P W A N G E C V C Ç I E T O I L E Ç O I Catarina Amado

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Acróstico O animal de que eu vou falar, Vive em campos de grandes dimensões E tem pêlo branquinho para camisolas e blusões Lá, saltando nas ervas do prado da casa do meu avô, Há 7 desses animais, que dão leite, queijos e muito mais A branquinha faz mé-mé por estar perto de seus pais.

D Ando sempre a esconder-me, Para que ninguém me veja Quem a morte me deseja É que me dá de comer E À meia noite se levanta o Francês, Conta as horas não conta o mês, Traz esporas não é cavaleiro, Tem serra, não é carpinteiro, Tem pico e não é pedreiro, Cava a terra e não ganha dinheiro. F Quem é que é: Passa na ribeira Não molha o pé? Respostas:

A: As formigas. B: Todos, pois não há nenhum que o tire para comer. C: O cigarro e a cigarra. D: O rato. Só o homem lhe oferece comida na ratoeira. E: O galo. F: Animal na barriga da mãe antes de nascer, ou criança ao colo. G: A barba. H: A balança.

O I J H P I B WK G X T D B J X E N


Página do Francês POUR AVOIR DES AMIS… DES CONSEILS EN OR! RECETTE POUR AVOIR DES AMI(ES)

INGRÉDIENTS: 1 kg de sympathie 1 kg de générosité 1 kg ½ de socialité 1 kg ½ d’authenticité 1 kg de sincérité 1 litre de cointreau 1 kg de savoir écouter. PRÉPARATION: 2 mois Battez l’authenticité, la sociabilité, la sympathie et la sincérité ensemble.

Une fois monté, ajoutez , petit à petit, 200 gr de générosité tamisée, en continuant à battre. Quand le mélange est formé, ajoutez le reste de la générosité avec le savoir écouter à l’aide d’une spatule, en soulevant la masse. Remuez pour mélanger et amenez à consistance pâteuse, en ajoutant le cointreau. Mettez aussitôt au four à 160º. CUISSON: De 6 mois à 1 année. NOTRE CONSEIL:

Si vous avez tous ces ingrédients, et si vous les mélangez bien, vous obtiendrez un bon résultat. Travail de recherche des élèves de 6.º 12

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A felicidade A felicidade não é um assunto fácil de se falar, pois é um sentimento lindo, que acontece a todos de uma forma diferente! Cada pessoa tem a sua forma de pensar, de sentir, no que diz respeito à felicidade. Por exemplo, Jorge de Sena exprime a felicidade num simples e bonito poema, dizendo que a Felicidade, para ele, era um menino que se sentava no peitoril da janela todos os dias ... A meu ver, a felicidade está connosco nos melhores momentos da nossa vida, naqueles que nos dão alegria, satisfação... Todas as pessoas deveriam ter o “direito” de ser felizes, desde um homem pobre até ao mais rico do Mundo. No entanto, “Dinheiro não traz Felicidade!... “ Pode-se ser rico materialmente, mas pobre em termos de sentimentos, valores e, como o Mundo não é um Mundo cor de rosa, nem toda a gente é feliz ! As crianças vítimas das Guerras, as que passam fome, entre outras, não são felizes, vivem numa angústia, numa tristeza, à espera que o Sol brilhe e a sua vida mude!... A felicidade não é ter o Mundo nas nossas mãos, ter muitos criados e, no fim, não ter ninguém para nos apoiar; deve ser sentida com emoção, com prazer, deve ser um momento alegre para ser partilhado com outras pessoas. Ela também pode estar contida num simples sorriso, num acto de bondade, de amizade, de solidariedade... Para mim, a felicidade é isto e muito mais; ela atravessa fronteiras, corações... É algo que nós podemos construir, sentir, irradiar, dar, mas que não posso descrever numa simples folha de papel, pois não cabe nela! Sê Feliz! Não há nada melhor do que isso! Isabel Saavedra

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Página da E.M.R.C.

Começou um novo ano lectivo e com ele a construção de mais um número do nosso Saltarico... Porém algo de novo ele traz consigo, a partir de hoje: uma página de E.M.R.C., onde encontrarás muitas novidades, que se dividirão em quatro secções: PÁRA (reflexões, trabalhos realizados pelos alunos, etc), ESCUTA (actividades da disciplina, datas e curiosidades), OLHA (fotos, desenhos) e DE TUDO UM POUCO (passatempos, sugestões de leitura, concursos e alguns destaques da revista JUVENIL, que mensalmente chega à nossa escola em 80 exemplares). Esperamos que gostes e sejas um colaborador e crítico activo!

ESCUTA “Um dia quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram os dias em que lutaste”. Sigmund Feud

“Estudar é como remar contra a corrente; se não se fazem progressos, anda-se para trás”. Provérbio Chinês

“Génio é 1% de inspiração e 99% de transpiração” Thomas Adison

OLHA PÁRA... Semana de sensibilização missionária Ao longo deste 1º período, tivemos connosco 10 missionários, durante uma semana, que nos fizeram o convite de fazermos algumas viagens por países bem distantes: Quénia, Colômbia, Moçambique, Brasil, etc. Todas as turmas de E.M.R.C. aceitaram entusiasticamente o desafio... partimos e pudemos então compreender melhor o que é ser missionário ... mesmo aqui na nossa escola, na nossa família, na nossa aldeia ou cidade... bastará estarmos disponíveis, atentos e com um maior espírito de gratidão por tudo o que temos. Assim “devo sentir-me feliz por ter tantos alimentos, em cada dia, quando tantas famílias nestes países, por onde fomos, ligam o seu pequeno rádio para esquecerem a dor que a fome lhes causa. Ou então devo sentir-me mais feliz por em cada manhã ter tantos professores e colegas que me esperam, quando tantas crianças nunca tiveram um professor... e espera-as em cada manhã os grandes campos de cacau, onde arduamente trabalham todo o dia...enfim... tantas outras situações que nos tocaram profundamente e nos fizeram ganhar um maior sentido de missão no nosso dia-a-dia”. Bem hajam missionários como estes que dão a sua vida por amor.! Maria Inês Rocha – 8º 1 e Maria do Céu Silva

Natal é continuar a missão que Ele iniciou no presépio.

DE TUDO UM POUCO * Sugestões de leitura para as férias de Natal: “Perguntas Inquietantes” “Juventude OK” (Passa pela estante de E.M.R.C.)  Semana da LUTA CONTRA A LEPRA: 21 a 25 de Janeiro de 2002, na nossa escola:  venda de material da APARF e peditório; antes poderás comprar postais de Natal (10 a 15 de Dezembro) no átrio da escola e assim ajudar leprosos.


Página da Matemática ALBERT EINSTEIN (1879- 1955)

Físico americano de origem alemã que formulou as teorias da relatividade e desenvolveu o estudo sobre a física das radiações e a termodinâmica. Em 1905, publicou a teoria espacial da relatividade e em 1915 a teoria geral da relatividade. Einstein desenvolve a ideia de equivalência entre massa e energia. Foi galardoado com o Prémio Nobel da Física em 1921. As suas teorias da relatividade revolucionaram o entendimento da matéria do espaço e do tempo. Em 1905, investigou o movimento browniano, explicando -o de tal forma que não só confirmou a existência dos átomos como estabeleceu a utilização deste movimento para calcular as suas dimensões. Einstein nasceu na Alemanha e viveu em Munique, na Itália e na Suíça. Triste com o militarismo alemão da época, tornou-se cidadão suíço. Realizou um doutoramento em Zurique em 1912 onde em 1909 se tornou professor universitário. Depois de ter ensinado em Praga em 1911, voltou a Zurique em 1912. Tornou -se em pouco tempo, uma das figuras marcantes da comunidade científicas embora algumas das suas ideias não fossem aceites facilmente. Em 1913, ocupou um lugar criado especialmente para si no Instituto de Física Neiser Wihelm em Berlim. A confirmação da teoria da relatividade, tornou-o mundialmente célebre. Privado do seu lugar berlinense pelos nazis, emigrou para os Estados Unidos em 1933, tornando-se professor de Matemática e membro permanente do Institute for Advanced Study em Princenton. Em 1939, Einstein preveniu o presidente dos Estados Unidos, para a possibilidade de os alemães estarem a desenvolver a bomba atómica. Este aviso, levou os americanos ao seu fabrico, mas Einstein não tomou parte nele. Após a II guerra Mundial empenhou-se no movimento da abolição das armas nucleares. Até à sua morte, em 1955, em Princeton, lutará activamente

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contra a proliferação destas armas. No final do ano de 1999, a revista Time elegeu Albert Einstein como a Personalidade do Século XX. Pela novidade e profundidade das ideias que introduziu na Física, pelas repercussões profundas que estas ideias tiveram sobre a orientação da ciência contemporânea, Albert Einstein, foi considerado um dos maiores espíritos científicos de todos os tempos. Inês Pinheiro

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LEONHARD EULER (1707- 1783)

Euler nasceu em Basileia, na Suíça, e foi o matemático mais produtivo do século XVII - há quem o considere o matemático mais produtivo de todos os tempos. Leonhard Euler estudou Matemática com Johann Bernoulli. Quando em 1725, Nikolaus, filho de Johan, viajou para Sampetersburgo, o jovem Euler seguiu-o e ficou na Academia até 1741. De 1741 até 1766, Euler esteve na Alemanha, na Academia de Berlim, sob a protecção de Frederico-o-Grande; de 1766 a 1783 voltou a Sampetersburgo, agora sob a égide da imperatriz Catarina. A vida deste matemático foi quase exclusivamente dedicada ao trabalho nos diferentes campos da Matemática e, de entre eles, a Geometria de onde resultou a célebre expressão que relaciona vértices, arestas e faces de um poliedro simples em que: n.º de vértices + n.º de faces = n.º de arestas + 2 Embora tivesse perdido um olho em 1735 e o outro em 1766, nada podia interromper a sua enorme produtividade. Euler, cego, ajudado por uma memória fenomenal, continuou a ditar as suas descobertas. Durante a sua vida escreveu 560 livros e artigos; à sua morte deixou muitos manuscritos que foram publicados pela Academia de Sampetersburgo durante os quarenta e sete anos seguintes. Trabalho realizado pelos alunos do 5.º 3


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Última Página Entrevista

Um dos membros do clube do Jornalismo, foi entrevistar a responsável por um clube que vai funcionar este ano, pela primeira vez, na nossa escola – O Clube de Espanhol. Membro do Clube do Jornalismo: - Boa tarde. Faço parte do Clube do Jornalismo. Seria possível responder a algumas questões relacionadas com o trabalho a que se vai dedicar nesta escola? Professora do Clube de Espanhol: - Sim, claro. Tentarei responder o mais claramente possível. M C J: - Como se chama? E qual é a sua nacionalidade? P C E: - Yolanda. Sou espanhola. M C J: - Em que parte da Espanha vivia? P C E: - Em Andaluzia, na província de Granada. M C J: - Qual era o seu trabalho, lá? P C E: - Bom, eu sou professora do Ensino Secundário e leccionava as disciplinas de Língua Espanhola e Latim, Exercia estas funções numa escola privada. M C J: - Poderia especificar o tipo de trabalho que vem aqui desenvolver? Com que objectivo? P C E: - Venho dar aulas de Espanhol, a um nível elementar, tanto para que o aluno aprenda a Língua Espanhola, como também conheça a sua cultura, de modo especial o que está relacionado com Granada. O objectivo não é que os alunos falem, com fluidez, no final do curso mas sim que tenham um primeiro contacto com a cultura Espanhola. M C J: - O que a levou a vir para Portugal? P C E: - De entre os vários países, escolhi Portugal, porque me atraía o facto de a Língua Portuguesa ter características etimológicas em comum com a Língua Espanhola atendendo a que ambas são Românicas. Para além de ser mais fácil para mim, gosto de fazer um estudo comparativo entre as duas Línguas, já que, em Espanha, eu também dava Latim. M C J: - Como foi contactada para o exercício destas funções? P C E: - Através de um programa de intercâmbio de Professores da Comunidade Económica Europeia, chamado “Sócrates”. M C J: - Já tinha desempenhado estas funções noutro país? P C E: - Não, é a primeira vez, é a primeira experiência.

M C J: - A sua família apoiou a sua decisão? P C E: - Sim, tive o total apoio da minha família. De outro modo, não estaria aqui. M C J: - Que tipo de pessoas podem frequentar este clube? P C E: - Podem frequentar este clube, alunos e professores desta escola. M C J: - Onde podem inscrever-se? P C E: - No Conselho Executivo desta escola. M C J: - Já está a funcionar? P C E: - Para os professores, começará dia 5 de Novembro; para os alunos, estamos ainda a tratar das inscrições. M C J: - Qual é o horário de funcionamento? P C E: - Para os alunos, das 13.30h às 14.15h, às segundas e quartas ou às terças e quintas; para os professores, às 18h dos mesmos dias, em princípio. M C J: - Quanto tempo pensa permanecer em Lamego? P C E: - Até ao dia 31 de Março, segundo o previsto. M C J: - Já está integrada no nosso ambiente? P C E: - Sim, estou bastante integrada. Gosto muito de Lamego e as pessoas tratam-me bem. M C J: - Gostaria de comunicar alguma coisa às pessoas? P C E: - Sim. Inscrevam-se no curso de Espanhol, porque vão aprender muito e eu também vou aprender bastante com os alunos. M C J: - Então, bom trabalho, e que todos os seus objectivos sejam atingidos. P C E: - Espero que assim seja. Joana Correia

7.º 1

Nota: A Professora Yolanda, por motivos de ordem particular, teve que regressar a Espanha e já não se encontra na Escola.


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