Número de Dezembro de 2000

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o c i r a t l a S O

ANO XVI - 2000 / 2001

N.º 1

ESCOLA E.B. 2,3 DE LAMEGO

TRIMESTRAL

Editorial Já conhecem a famosa frase do grande poeta português Fernando Pessoa “Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce”? Pois bem, o início do novo ano lectivo deve servir para todos nós sonharmos uma nova obra, um novo trabalho e aprendermos a crescer como verdadeiros seres humanos e como cidadãos responsáveis. Por outro lado, a aproximação do Natal e de toda a magia a ele associada, obriga-

O Magusto na Escola

nos a pensar, a imaginar os planos que queremos realizar, a sonhar...

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Que assim seja! Sonhemos com um Novo Mundo em que cada um de nós seja o exemplo de fraternidade, solidariedade, de amor pelo próximo. Deixemo-nos invadir por tudo o que há de bom em nós.

Neste número: A Nossa Escola

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A Escola em Acção

Páginas 3 e 4

Artigo de Opinião

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sos desejos e contribuindo para aquele Mundo

Cultura

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em que todos nós queremos viver: um Mundo

O Cantinho do Poeta e do Leitor

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A boa vontade e o espírito natalício devem existir no Natal e permanecer para além dele e, só assim, conseguiremos sonhar e concretizar a nossa obra, realizando os nos-

em que o sol nasça para todos.

Em Destaque - Contos de Natal Páginas 8 a 12

Um bom Ano Lectivo Um Feliz Natal Um sonho

Novo

Ano

de

O que eles dizem e sonham

Páginas 13 a 15

Trabalho e Tradição

Página 16

Sobre o Mundo

Página 17

A Escola e o Meio

Página 18

Passatempos e Curiosidades

Páginas 19 e 20


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A Nossa Escola Cá estamos de novo...

Ano novo, vida nova

Depois destas longas férias, que serviram para descansar a cabeça, cá estamos de novo, na escola, com novos livros e alguns (poucos) novos professores. As férias são boas para descansar e para nos divertirmos na praia, no campo ou na cidade, em qualquer lugar onde as passamos. Agora que começaram as aulas temos é que pensar nelas, porque garantem o nosso futuro. No dia 12 de Setembro, de manhã, foi a apresentação. Foi bom rever os professores, os colegas e a directora de turma. De tarde não tivemos aulas. Mas, agora as aulas já começaram e um novo ano escolar espera-nos, exigindo de nós algum trabalho, algum estudo e esforço mas dando em troca muitas alegrias, surpresas agradáveis e coisas interessantes.

Cá estamos de novo! Como prometemos, regressámos cheios de força e vontade de escrever cada vez melhor e com qualidade superior à anterior (assim o desejamos!). No ano passado custou-nos um pouco a adaptação à nova escola. Na Primária, só tínhamos aulas numa sala e tínhamos sempre o mesmo professor a todas as disciplinas. No Ciclo é muito diferente. Contudo, depressa fizemos novas amizades e, passado algum tempo, já éramos grandes amigos. Este ano já estamos bem adaptados e já nos conhecemos a todos. Agora tudo é diferente e menos confuso, à excepção dos principiantes de ciclo. Iremos continuar esta actividade, com gosto, como autênticos jornalistas, para este jornal tão simpático, inovador e interessante.

Lília Ramalho

6.º 5

Cristina Saavedra, Joana Peixoto, Joana Correia e Luísa Sarmento 6.º 5

Regresso às aulas No ano passado, quando entrei para o 5.º ano, conhecia quase todos colegas, mas não conhecia a escola. Quando cheguei, para mim, foi uma grande confusão: todos aos empurrões, muitas salas, muitos livros e muitos professores. Fui-me habituando, habituando, e agora tudo é normal. Neste ano, quando entrei, parecia uma continuação do ano passado, quase todos os mesmos colegas, menos quatro, quase os mesmos professores, para mim era tudo normal, parecia que tinha tido escola no dia anterior. Pedro Loureiro

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FICHA TÉCNICA Propriedade: Escola E.B. 2, 3 de Lamego, Rua de Fafel, 5100 - 143 Lamego, Telefone 254 612 023 Coordenação: Lídia Valadares e Adriano Guerra Conselho Editorial: Professores e Alunos da Escola Composição, montagem e paginação: António Alfredo Lourenço e João Nuno Carvalho Periodicidade: Trimestral

Dezembro 2000


A Escola em Acção Na Escola E.B 2,3 de Lamego comemora-se o 5 de Outubro No dia 4 de Outubro, pelas 11 horas, alunos e professores da Escola E.B. 2, 3 de Lamego reuniram-se no pátio interior deste estabelecimento de ensino para cantar o Hino Nacional, comemorando assim a Implantação da República. A meio da manhã, todas as turmas existentes na escola, acompanhados dos seus professores, dirigiramse até ao átrio onde se agruparam para celebrarem o dia 5 de Outubro. No início da comemoração uma professora içou a bandeira portuguesa, frente aos presentes e, logo de seguida entoou-se o cântico da Portuguesa, com uma postura de respeito como tinha sido lembrado pelos professores. Para a realização deste acto contribuíram os ensaios deste cântico, nas aulas de Educação Musical. No final, todos aplaudiram. O que será isto de Implantação da República? Em Outubro de 1910, depois de vários meses de preparação, houve uma revolução republicana. Frente à varanda da Câmara Municipal de Lisboa, proclamava-se a República. Várias pessoas o festejaram e, aqui em Lamego, apareceu uma Avenida 5 de Outubro. Esta comemoração foi antecipada pelo facto de no dia 5 ser feriado e a escola se encontrar encerrada. Foi um momento solene em que homenageámos Portugal. Pequenos jornalistas

Dia Mundial da Alimentação No dia 16 de Outubro, comemorou-se o dia Mundial da Alimentação. Neste dia, é usual repensar-se os usos, costumes e deficiências dos hábitos alimentares da população mundial. Todos os anos se alertam os governos e populações mundiais para os diversos erros alimentares, mas é só nesse dia que se pára para pensar. Se, por um lado, existem populações que se encontram subnutridas por terem fracos rendimentos económicos, outros há, que, apesar de terem bons rendimentos, alimentam -se deficientemente por não saberem ou não quererem ter uma alimentação mais saudável.

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No caso português, a gordura, o sal em excesso e a bebida são os maiores erros na alimentação. A solução, para que os portugueses tenham uma alimentação saudável, passa por uma melhor educação alimentar. Hugo Sousa

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A Tradição do Bonfire Night Na nossa escola comemora-se uma lenda tradicional inglesa, o “Bonfire Night” (a noite de 4 para 5 de Novembro). Este ano as Senhoras Professoras de Inglês organizaram uma bonita exposição com trabalhos alusivos ao tema, elaborados pelos alunos. Segundo a lenda, consta que Elizabeth I criou urna série de leis anti-católicas severas: os serviços da Igreja Católica foram proibidos e qualquer pessoa que não frequentasse a Igreja Anglicana era multada em 20 libras e podia ter a sua terra confiscada. Os católicos eram vistos na Inglaterra como traidores. Quando James I chegou ao trono, aboliu as leis anti -católicas e os católicos começaram a mostrar novamente o seu poder. James entrou em pânico. Expulsou todos os padres católicos do país e voltou a instaurar as leis anti-católicas. Todos pensavam que um homem chamado Guy Fawkes tinha colocado uma bomba no Parlamento, que, apesar da sua reputação, era inocente. No entanto, este foi queimado vivo numa fogueira, pelo povo Inglês. O verdadeiro culpado era um jovem católico fanático, chamado Robert Catesby, que parecia ter como único objectivo a violência. Todos os anos, esta noite é relembrada pelo povo Inglês como a noite de Guy Fawkes. Nessa noite, são queimados os espantalhos feitos pelos jovens, como se estes fossem Guy Fawkes a ser queimado vivo pelo povo Inglês. Esta celebração é comemorada com muita alegria pela parte de todos os cidadãos. Joana Correia e Luísa Sarmento 6.º 5


A Escola em Acção

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Sobre a Leitura

O Magusto na Escola

No âmbito das actividades de dinamização da Biblioteca da nossa escola, elege-se, mensalmente, o livro mais lido, bem como os alunos que mais livros leram durante o mês. São também expostos os trabalhos realizados pelos alunos e relacionados com a leitura das obras requisitadas. Assim, em Outubro, o livro mais lido foi “Maria Maçã e outras histórias”, de Maria Isabel de Mendonça Soares, e os leitores do mês foram:

No dia 11 de Novembro comemora-se o dia de S. Martinho. A respeito deste santo conta-se que, uma tarde, ia Martinho no seu cavalo, a caminho de uma cidade francesa chamada Amiens, quando rebentou uma grande tempestade. Ouviram-se grandes trovões, o céu encheu-se de relâmpagos e a chuva começou a cair com toda a força. Martinho estava a chegar à entrada da cidade quando viu, à beira da estrada, um homem pobre a pedir esmola. Procurou nos bolsos alguma coisa para lhe dar, mas nos bolsos nada encontrou... - “O que hei-de fazer para ajudar este homem?” pensou Martinho - “Ainda por cima está tanto frio...” . Foi então que se lembrou da sua capa de soldado. Era o único agasalho que tinha, mas nem hesitou: rasgou a capa ao meio e dividiu-a com o homem. Nessa altura, o céu ficou limpo de repente, e o sol começou a brilhar. Martinho era um homem tão bom que se tornou santo. Hoje todos conhecemos o S. Martinho e sobretudo o seu dia, o 11 de Novembro. Como estamos na época das castanhas, é costume neste dia fazer-se um magusto e aproveitar o Verão de S. Martinho... ou seja, os dias de sol que por esta altura nos fazem uma surpresa, a lembrar o sol da lenda de S. Martinho. Na nossa escola comemorou-se o S. Martinho no dia 15 de Novembro, porque dia 11, como era sábado, a escola esteve encerrada. Alguns dias antes da festa, cada aluno teve de levar um punhado de castanhas, já cortadas e prontas para assar. No dia da festa chegou uma carrinha, à nossa escola, carregada de baldes com castanhas. Os funcionários distribuíram as castanhas por cada uma das turmas da escola e trataram de acender uma fogueira para quem se quisesse enfarruscar e para assar algumas castanhas. Alguns alunos dançaram e cantaram à volta da fogueira, enquanto estava acesa. Cada aluno comeu consoante o que desejou. Já no final da festa, quem quis pôde enfarruscarse para cumprir a tradição dos magustos. Da nossa parte, achámos que esta festa foi divertida, porque existiu um ambiente de autêntica confraternização entre alunos, funcionários e professores.

Fábio Daniel n.º 15 – 5.º 12

Patrícia n.º 24 – 5.º 12 Ana Pinto n.º 4 – 6.º 6

Ricardo n.º 16 – 6.º 11

Mafalda n.º 20 – 6.º 12

Parabéns aos leitores e a todos os que têm contribuído para o desenvolvimento desta actividade.

Livro do Mês Lídia Valadares

Maurício Rodrigues, Egídio Rodrigues, Bruna Raquel 6.º 5


Artigo de Opinião Uma relação afectiva com a leitura Fala-se hoje muito de falta de hábitos de leitura da parte dos jovens, sendo este assunto um ponto comum de debates formais ou simples conversas, frequentemente associado ao insucesso escolar de muitos alunos. Creio, então, que cabe à escola um papel importante na sensibilização à leitura. Não apenas à leituraestudo, mas também e de forma acentuada à leituraprazer. É preciso que a escola não valorize exclusivamente a leitura em si mesma, impondo as “suas” leituras, mas que procure também fazer uma articulação com os gostos pessoais dos alunos. Se é verdade que podemos considerar a disciplina de Língua Portuguesa como um local privilegiado para fomentar o gosto pela leitura, torna-se também evidente que não devemos conferir a este espaço curricular o estatuto de exclusividade nesta matéria, reconhecendo -se a necessidade de cada disciplina dar a sua quotaparte na consecução desse objectivo. Ler interessa a todos os saberes e a dinamização da leitura deve fazer-se em e a favor de todas as áreas curriculares, podendo considerar-se este domínio como uma das competências transversais do Ensino Básico. A leitura é uma fonte de informação e o aluno que sabe utilizar um livro, retirando dele aquilo de que precisa, é um aluno potencialmente apto ao sucesso. Para que se estabeleça uma relação afectiva com a leitura é necessário que se criem situações motivadoras e propiciadoras do prazer do acto. O gosto pela leitura aprende-se e cultiva-se. É preciso pois motivar situações em que a leitura satisfaça as necessidades dos alunos, os seus desejos, as suas curiosidades, os seus interesses. A consulta e a leitura de obras diversas permitem, neste âmbito, não só completar aprendizagens, mas também responder a curiosidades e interesses pessoais dos alunos. A pesquisa de informações em jornais, revistas, livros e textos de temas que se articulam com os programas das disciplinas poderá dar também um valioso contributo à dinamização da leitura. Deixar que os alunos comuniquem, na aula, os resultados de pesquisas efectuadas através de leituras,

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elogiando o trabalho realizado, será certamente um estímulo. O falar acerca de um livro com manifesto entusiasmo, espicaçando a curiosidade dos receptores pode ser um dissimulado convite à leitura. A escola deve encontrar caminhos que conduzam os alunos à leitura-prazer, a única que leva os jovens a procurar espontaneamente os livros, a gostar deles e a ler cada vez mais. De todos nós, actores educativos, se espera um trabalho empenhado e colaborativo para um objectivo que se pretende conjunto. Lídia dares

Vala-

Joana Correia

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S. Martinho em Provérbios Do S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o bornal. No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o vinho. Pelo S. Martinho, abatoca o teu vinho. Pelo S. Martinho, nem favas, nem vinho. Pelo S. Martinho, todo o mosto é bom vinho. Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho. Se queres pasmar teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho. Joana Peixoto

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Dia de S. Martinho, fura o teu pipinho. Dia de S. Martinho, lume castanhas e vinho. Pelo S. Martinho, mata o teu porquinho e semeia o


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Cultura Aquilino Ribeiro

Natural da Beira Alta, nasceu em 1885 e faleceu em 1963. Estudou em Lamego e em Viseu, e em 1901 foi para Lisboa. Ligou-se ao movimento republicano e interveio activamente na revolução, chegando mesmo a ser preso. Fugiu para Paris, frequentou a Sorbonne e escreveu o seu primeiro livro, intitulado Jardim das Tormentas (1913). Regressado a Portugal, depois da eclosão da Grande Guerra em 1914, exerceu a carreira de professor e foi conservador na Biblioteca Nacional até 1927, altura em que fez parte do grupo da Seara Nova. Obrigado de novo, por razões políticas, a sair do País, só regressou definitivamente em 1932. É considerado um dos grandes prosadores da literatura portuguesa, quer pela variedade das suas obras, quer pelo modo como manejou a língua. Um dos traços que o caracterizam é o aproveitamento e a criação literária em torno de uma temática social beirã. Utilizou uma linguagem que ia da rústica à gíria citadina, passando pela poesia e pelas descrições da Natureza; combinou o arcaico com o moderno, empregou o nível familiar e o erudito, revelando sempre uma prodigiosa riqueza vocabular. A sua vasta obra ficou também vincada na literatura infantil, na crítica e na biografia, na etnografia, nos ensaios sobre arte e ainda em traduções. De entre os numerosos livros que Aquilino publicou, merecem especial destaque: Terras do Demo (1919), O Malhadinhas (primeira versão em 1922), Andam Faunos pelos Bosques (1926), O Romance da Raposa (1929), Cinco Réis de Gente (1948), A Casa Grande de Romarigães (1957) e Quando os Lobos Uivam (1959). Retirado de Diciopédia 99 Joana Correia

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Biografia de « Aquilino Ribeiro» Aquilino Ribeiro foi um grande escritor português. Nasceu a 13 de Setembro de 1885 no Carregal de Tabosa, concelho de Sernancelhe. Filho de Joaquim Francisco Ribeiro e de Mariana do Rosário Gomes, foi baptizado em Alhais, concelho de Vila Nova de Paiva.

O seu primeiro romance, uma obra autobiográfica, foi dedicado à memória do seu pai. A 11 de Março de 1895, vai com os seus pais residir para Soutosa, na Nave, concelho de Moimenta da Beira. Em 10 de Julho do mesmo ano entra para o colégio da Senhora da Lapa. A 5 de Outubro de 1900, foi para o colégio Roseira em Lamego. Em Julho de 1902 foi para Viseu estudar Filosofia. Estudou também Teologia no Seminário de Beja. Foi residir para Lisboa em 1906 e nesse mesmo ano dedicou-se à vida política. Nos finais do ano de 1910 vai para Paris onde conhece a sua primeira mulher (Orete Tiedemann – natural da Alemanha do Norte). Casou em 1913 na Alemanha e aí escreveu o seu primeiro livro «Jardim das Tormentas» dedicado à sua mulher. Deste casamento nasceu o seu filho chamado Aníbal Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro. Mais tarde regressa a Portugal e dá aulas no liceu Camões durante três anos e vive no Campo Grande. Em 1927 participou na revolta contra a Ditadura Militar onde é obrigado a fugir à perseguição policial. Nesse mesmo ano morre a sua mulher. Em 1929 casa-se pela segunda vez com D. Jerónima Dantas Machado, filha do presidente Bernardino Machado. Desse casamento, nasce em Baiana a 6 de Abril de 1930 o seu segundo filho chamado Aquilino Ribeiro Machado. Nesse ano escreveu um livro dedicado à sua segunda mulher «O Homem que matou o Diabo». No ano de 1963 a Sociedade Portuguesa de Escritores sob a presidência de Ferreira de Castro, nomeia uma comissão encarregada de festejar o 5º aniversário da publicação do seu primeiro livro «Jardim das Tormentas». No decorrer das homenagens Aquilino Ribeiro adoece inesperadamente. É hospitalizado no hospital da CUF, de Lisboa. Ao meio-dia e trinta do dia 27 de Maio morre aquele que é justamente considerado um dos maiores escritores da Língua Portuguesa de todos os tempos. Algumas das Obras de Aquilino Ribeiro: 1913 – Jardim das Tormentas 1918 – A Via Sinuosa 1921 – Valoroso Milagre 1921 – A Traição 1922 – O Malhadinhas 1924 – Romance da Raposa 1930 – O Homem que Matou o Diabo 1935 – Arca de Noé, III Classe 1947 – Caminhos Errados 1952 – O Príncipe Perfeito 1957 – D. Quixote de La Mancha 1958 – Quando os Lobos Uivam 1967 – O Livro de Marianinha


O Cantinho do Poeta e do Leitor

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Sobre o livro “Pedro Alecrim” de António Mota O que achaste do livro? Eu achei que o livro “Pedro Alecrim” é interessantíssimo, pois relatanos a vida de um pequeno rapaz aventureiro que está disposto a enfrentar todos os perigos da vida. Ele é filho de pais muito pobres e tem muitos irmãos, uns ainda crianças, outros já adultos. Este livro diz-nos como é a vida no campo, entre pequenos animaizinhos e toda a variedade de seres vivos e inanimados. Também achei que o livro que me foi entregue, para que eu pudesse acompanhar a leitura, estava um pouco mal estimado, mas uma narrativa espectacular. Estas são as minhas apreciações sobre o livro. De que gostaste mais? Do que eu gostei mais no livro foi de ver que o nome “alecrim” começava com letras minúsculas. O seu desenvolvimento era óptimo, era diferente de todos os livros que eu já lera, assim como as suas ilustrações que também são excelentes. Refere aquilo de que gostaste menos. O aspecto de que gostei menos foi a falta de estimação, pois estava mal tratado com folhas rasgadas e riscadas. Também não gostei da Biografia feita pelo próprio autor do livro e a sua capa não me atraiu muito, pela mesma razão que referi há pouco. Joana Correia

Quadras alusivas ao S. Martinho Dia 11 de Novembro Um dia muito quentinho Diz a velha lenda Que é o verão de S. Martinho. Num dia de tempestade Interrompeu o caminho Tirando a sua capa Protegeu um pobrezinho. Olhou em seu redor E nem quis acreditar Em vez da chuva fria Viu o sol lindo brilhar. O velho S. Martinho É um santo popular Não há criança nem adulto Que o não queira festejar.

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Felizes em conjunto Festejam o S. Martinho Cantam, saltam e dançam Ao lado do pipinho. Castanhas quentinhas À volta da fogueira Come-se uma, estoira outra É dia de brincadeira. Joana Correia

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Quadra Fazem-se grandes magustos Com castanhas a saltar Com caras enfarruscadas E meninos a cantar. António Almeida

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- O que achaste deste livro ? Eu acho que este livro é extremamente interessante. Na minha opinião está muito bem escrito, com narrativa fácil de compreender e aventuras interessantes e divertidas, embora, por vezes, com algumas tristezas. Ele fala-nos de um rapaz com uma vida muito dura, pois os pais são muito pobres. Ele tem que, diariamente, fazer os trabalhos do campo, não tendo muito tempo para estudar. Infelizmente, a vida deste rapaz é idêntica à de muitos meninos e meninas de todo o mundo, pois muitos deles não têm vida fácil como a nossa. - Do que gostaste mais ? Eu gostei muito do capítulo em que a mãe do Pedro Alecrim desapareceu e eles pensavam que ela estava muito aborrecida. Procuraram-na por todo o lado; só que ela apenas tinha ido pôr a roupa a secar. Também gostei muito das cartas que o Nicolau e o Luís mandaram ao Pedro, no fim do livro, e adorei quando o Luís lhe disse o que se passava em sua casa, passando a confiar nele. - Do que gostaste menos ? Do que eu gostei menos foi quando o Pai do Pedro Alecrim morreu, acho que ele não merecia isso; também não gostei muito da parte em que o Pedro Alecrim e o Nicolau, um seu grande amigo, se separaram, e quando este foi para um café com o fim de ser empregado de mesa, mas afinal o puseram a lavar garrafas. No entanto, foi muito divertido ler este livro que tornou as aulas de Português mais interessantes ainda! Luísa Sarmento

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Em Destaque - Contos de Natal Conto de Natal

Há muito tempo atrás, num país longínquo, onde está frio todo o ano e onde não existem Verões, que são substituídos por longos Invernos repletos de neve e frio, vivia um pequeno rapaz chamado Sebastião, que era muito pobre e cujos pais tinham morrido quando ele era bebé, ficando assim à guarda da sua tia Celeste. Viviam numa pequena casita de pedra, num bairro velho nos arredores de uma cidade. A tia era boa para ele e tratava-o bem mas, apesar de tudo, não podia evitar que vivessem na mais completa miséria. Ela já era velhota e já não tinha forças para trabalhar, por isso Sebastião tinha que, todos os dias, ir vender castanhas assadas, que era a única coisa que eles tinham em abundância, pois ao lado da casa de pedra havia um grande castanheiro que dava muitas castanhas. Era véspera de Natal e Sebastião sentia -se muito triste, pois nas montras só via prendas de Natal que ele sabia perfeitamente que não podia comprar mas, apesar de tudo, a sua maior tristeza era não poder ter um Natal tão feliz como ele desejaria, reunido com a família que ele sabia que não estava neste mundo, infelizmente. Enquanto meditava nisto, aproximou-se dele um rapaz mais ou menos da sua idade, que queria castanhas. Ele lá lhas deu, mas quando deu conta, viu que o menino lhe tinha deixado dinheiro a mais pelas castanhas. Correu a chamá-lo para lhe restituir o dinheiro em excesso. O menino sorriu e disse-lhe assim: - Vejo que és muito honesto. Apesar deste dinheiro te fazer muito jeito, tiveste a humildade de mo entregar. Tenho-te observado e reparei que és muito bom rapaz. Como tu, não vejo ninguém nesta cidade, pois são todos oportunistas e, mesmo sendo ricos, com certeza aproveitariam esta situação para ficar com o dinheiro. São pessoas que pensam que o Natal é só comércio, que só significa prendas e mais prendas, que só pensam em si, fazendo deste dia um dia vulgar, com um única excepção: só compram e só pensam no comércio, ligando cada vez mais a coisas de valor material, que é a única razão de viver desta sociedade mundana que cada vez menos se preocupa com os outros, que não ajuda os mais necessitados,

que não pensa naqueles que crescem no meio do ódio e de pessoas individualistas, e que precisam de muito amor, pois cresceram toda a vida sem ele, ou que não reconfortam aqueles que não podem ter um Natal como gostariam, celebrando com a família toda junta o nascimento do Salvador... - Retomou o fôlego. Falava muito bem para a sua idade. - Mas eu vou-te ajudar a sair desse mundo onde tu e a tua tia vivem, pois possuem valores humanos que todos eles nunca conseguirão ter. Não compreendem o verdadeiro espírito que o Natal encerra. Sebastião olhava agora o menino com extrema admiração. Concordava inteiramente com o que ele tinha dito, mas para onde é que ele os queria levar? Tinha um pouco de desconfiança, mas o menino incentivou-o: - Vamos, vai buscar a tua boa tia. Vou levar-te para um lugar do qual vais com certeza gostar muito e onde poderás viver finalmente o Natal com o verdadeiro espírito de alegria, em conjunto com pessoas também muito boas, como tu.... Sebastião lá se deixou convencer e foi buscar a tia e o misterioso menino levou -os para um lugar maravilhoso, onde toda a gente estava alegre, fazendo os preparativos para que a noite fosse maravilhosa. Sebastião balbuciou, emocionado: - Mas... mas isto só pode ser o Céu! E tu deves ser o Menino Jesus! ... O menino confirmou: - Sim, é realmente verdade. E tu vais poder finalmente reunir-te com os teus pais que também estão aqui a celebrar ! Era verdade. Sebastião passou uma noite maravilhosa com os seus pais e com os seus novos amigos do Céu... À noite, na sua fofa caminha de penas do Céu, dormiu felicíssimo a pensar que sorte tinha em poder viver naquele “mundo” e sentir com emoção o verdadeiro espírito de Natal, que ali se celebra todos os dias, pois como se costuma dizer “Natal é quando um Homem quiser” ...


Em Destaque - Contos de Natal Conversando com o Pai Natal Lá fora o vento uivava, eu estava feliz por estar quentinha nos meus lençóis, fechei os olhos e foi então que comecei a minha viagem. Percorri muitos quilómetros, até que cheguei a um bosque. Neste lugar tudo estava branco! Deparei com uma bela casinha. Cheia de curiosidade espreitei... - Oh! Duas renas, que lindas!!! E que maravilhoso trenó!!! Olhei em volta e vi um portão que dava acesso à casa. Toquei a sineta. Uma voz rouca mandou-me entrar. Fiquei fascinada com a imensidão de brinquedos que existiam espalhados por toda a casa! Que surpresa... era a casa do Pai Natal! Mil e uma perguntas logo me surgiram. E, sem hesitar, comecei a questioná-lo: - Conhece todas as crianças do mundo? - Sim, conheço...Todas têm um grande coração. - O que significa para si o Natal? - O Natal é amor e paz. - Quando viaja pelo mundo e vê crianças famintas, o que pensa? - Penso que há muita injustiça no mundo. Uns têm tudo e outros não têm nada... - O Natal existe em toda a parte? - O Natal existe em toda a parte desde que o Homem queira... Abri os olhos, a viagem acabara, mas eu tinha ainda bem viva a imagem do Pai Natal e ouvia ainda as suas palavras... Cristina Saavedra

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O esquecimento do Pai Natal Estava a chegar o Natal e as crianças já rebentavam com os neurónios dos pais a pedir as prendas. Os pais escrevem as cartas ao Pai Natal, sempre no dia 12 de Dezembro, para ele comprar as prendas antes do Natal. O Pai Natal vivia na Gronelândia, com os seus amiguinhos duendes e as suas fantásticas renas voadoras. Era no dia 14 que recebia as cartas dos pais com as listas de pedidos de todas as crianças, que era o que ele gostava menos de ver. Já lhe tinha aparecido uma lista com dezenas e dezenas de pedidos...

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Mas, este ano, o Pai Natal tinha-se esquecido do Natal e, enquanto as cartas se iam acumulando na casota do seu falecido cão de estimação, ele estava no Hawai, na praia, a apanhar um rico banho de sol. Não tardou que as cartas ficassem no quintal da sua vizinhança. Dum dos lados, a vizinha, conhecida por Dona Carlota Joaquina, era uma senhora muito cautelosa que se metia em tudo quanto era sítio; do outro lado, vivia um senhor que comprava tudo o que o filho lhe pedia, porque achava que, se assim não fosse, ele fugiria de casa para ir ter com a mãe, que partira para onde o destino a levara. O Tiago, o filho do vizinho, quando o pai estava a trabalhar, dizia bocas ao senhor das prendas, o Pai Natal, que se deliciava com o quentinho da sua velha e enferrujada lareira: - Ó velho gorducho! Pareces um bruxo! Olha que eu não preciso de prendas, o meu pai dá-me tendas, merendas, agendas e encomendas... No Hawai... o Pai Natal já sabia de tal desastre e, apressado, voltou para o seu friorento país, onde a Dona Carlota Joaquina estava fula com as cartas entranhadas nas suas plantas. - As minhas plantinhas! As coitadinhas das minhas plantinhas! Ai, valha-me Santa Engrácia! Entretanto chega o Pai Natal, que ouve a vizinha rabugenta. Depois de apanhar todas as listas e de ouvir o sermão da “dita cuja”, comunica com os seus amiguinhos duendes que tentam chegar o mais rápido possível. Enquanto não chegam, o Pai Natal prepara madeira, plástico, ferramentas, tintas, etc. Quando chegam, começam a trabalhar duro e depressa. Os dias vão passando e o Pai Natal escreve uma carta a cada família, dizendo: - Meus senhores, esta carta é do vosso amigo Pai Natal que vos quer pedir imenso perdão. Devido ao meu esquecimento, as prendas vão chegar mais tarde. Perdoem-me, por favor. Peço-vos. Passados 10 dias do Dia de Natal, as pessoas tiveram uma grande surpresa, principalmente as crianças. Receberam mais de 15 prendas e até pais e avós as tiveram e ninguém reclamou do que recebeu. Foi uma alegria quando apareceu o Pai Natal. É por isso que se diz que Natal é todos os dias... e que todas as pessoas se esquecem de alguma coisa, pelo menos uma vez na vida. José Pedro Guerra

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Em Destaque - Contos de Natal Sempre Natal

quedos que eles gostariam de ter. Ao fim da tarde regressaram a casa e o rapaz estava um pouco mais satisfeito. Após uma refeição quentinha e muito gostosa, os dois foram dormir. O menino dormiu tão bem que, na manhã seguinte, não se cansava de agradecer o que fizeram por ele, o cuidado e o carinho que tiveram valeu mais do que quantos brinquedos há no mundo e pensou que, para ele, o Natal chegara mais cedo do que esperava. Muito contente, saltava e ria dizendo: - “ Eu sou o rapaz mais feliz do mundo! “ Joana Correia

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O Natal

Joana Correia

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Diz-se que Natal é quando um homem quiser. Esta história começa assim: Era Inverno, chovia torrencialmente e estava imenso frio. O Vasco dirigia-se à escola, quando, pelo caminho, avistou um pequeno rapaz esfarrapado, tremendo que nem uma gelatina. Ao vê-lo naquele estado, Vasco levou-o para sua casa, alimentou-o, vestiu-o e aqueceu-o. Enquanto cuidava do pequeno, iam dialogando, sabendo assim o que lhe tinha acontecido. - O que te aconteceu para estares nesse estado? questionou o Vasco. - Sabes, Vasco, a minha terra está sempre em guerra, constantemente morrem pessoas e outras são forçadas a abandonar o país - disse o pequeno e continuou: - Eu sou o rapaz mais infeliz do mundo! Tudo me corre mal. Apanhei chuva e estou todo molhado, com frio, e tenho fome. Os meus pais separaram-se de mim por causa da guerra. Estou sozinho! - Não estejas triste! Eu vou ajudar-te, pedirei aos meus pais que fiques connosco enquanto precisares. disse o Vasco, saindo com ele para a rua, muito movimentada e alegre, decorada com motivos de Natal. Passearam durante algum tempo junto das montras bem iluminadas e com um número infindável de brin-

Como todos os anos, neste período mais frio, mais chuvoso, festeja-se um dia muito importante, o dia em que faz anos que nasceu Jesus. Nós, as crianças, esperamos alegres e contentes o Dia de Natal.

Poema É Dezembro, O mês do Natal Eu lembro a árvore enfeitada, Um pinheiro Com estrelas a brilhar Fios de prata Tremendo a cintilar Uma luz Que eu não sei contar Tudo envolve em paz A família na noite de Natal. O Natal é lindo Só é pena ser tão breve Vai-se embora como a neve Ao vir o Sol... E eu fico a sonhar Que é sempre Natal! Augusta Pinto

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Em Destaque - Contos de Natal

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O Principezinho e o Pai Natal

A sociedade actual

Estava o principezinho a caminhar de mansinho quando a neve começava a cair, branca e leve, do céu. O principezinho pensava para si próprio: ”O Natal aproxima-se...” Caminha sem se aperceber que um certo homem estava com os olhos postos nele, mas de repente olha, vai ao seu encontro e pergunta: - Quem é o senhor, o que anda a fazer? O senhor responde com um sorriso nos lábios: - Eu sou o mais desejado pelas crianças. Dou-lhes alegria, eu sou a sua imaginação... O principezinho volta a interrogá-lo: - Quem é o senhor, o que anda a fazer? - Eu sou o Pai Natal, ando pelas ruas a verificar se as crianças se portam bem. - E o Pai Natal está preso às crianças? - Se assim compreendes, pode dizer-se que as crianças me cativam bastante. - E eu cativo-o muito? Vou receber um presente? - Não só tu, mas todas as crianças do mundo. Elas são uma felicidade enorme, dentro de mim. O principezinho voltou a perguntar: - E eu, vou receber um presente? Mas o Pai Natal fora-se embora e despedira-se, dizendo: - Voltaremos a ver-nos um dia... O principezinho, foi pelo caminho a pensar nas respostas do Pai Natal àcerca das crianças. Estava tão contente por ter encontrado o Pai Natal que nem sentia o frio. A sua alma estava tão feliz quanto a leveza da neve. Ao anoitecer o principezinho antes de se ir deitar olha pela janela e questiona-se a si próprio: - ”Será que a minha flor não estará com frio? E a minha amiga raposa?” - Depois adormece. No dia seguinte, no mesmo sítio e à mesma hora, o principezinho encontra o Pai Natal e pergunta: - Olá, eu também vou receber um presente? O Pai Natal fez-lhe uma festa na cabeça e disse: - Que presente gostarias de ter? - Sabe gostava que a minha amiga flor estivesse protegida da neve e a minha amiga raposa não tivesse sido apanhada pelos caçadores: O Pai Natal deu um sorrisinho e disse: - Vai descansado não lhes aconteceu nada, gostava que nesta época todas as pessoas se preocupassem com os amigos como tu. Então o principezinho despediu-se do Pai Natal e pediu-lhe que olhasse, sempre, pelos seus amigos.

Para mim a sociedade actual é muito materialista. Actualmente as pessoas dão mais importância ao dinheiro, ouve-se até falar de muitos casos em que as pessoas roubam, falsificam, desviam dinheiro, tudo para enriquecer, mas de forma desonesta. As pessoas, hoje em dia, não se preocupam em trabalhar, para ganhar honestamente o dinheiro. A ganância ultrapassa tudo! Agora, também se nota muito que a violência e os roubos estão a aumentar. Cada vez mais jovens deixam os estudos, metem-se nas drogas e a partir daí começam a roubar, etc. Por tudo isto, eu digo que a sociedade actual é muito materialista, tudo se desenvolve em função do dinheiro e de interesses. Devem-se arranjar maneiras de incentivar os jovens a dedicarem-se aos estudos e fazer com que a polícia seja mais eficaz para evitar que estes casos de drogas, violência e falsificação, aumentem, tudo isto para o bom desenvolvimento da nossa sociedade.

Patrícia Gonçalves

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Andreia

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“ O Natal aproxima-se “ O Natal, para mim, é a maior e a melhor festa do ano. Pensa-se, já, nas prendinhas e nos doces que podemos comer, nas filhós, nos sonhos e nos chocolates. Já se começa a sentir uma grande alegria natalícia! Na minha terra, o Natal é festejado com muita amizade e com muita alegria. As pessoas juntam-se e nunca conseguem resistir aos embrulhos com fitinhas, aos doces, ao calor e às luzes multicores. As ruas ficam iluminadas e colocam-se enfeites em todas as casas. Coloca-se um pinheiro muito alto no meio da vila, cheio de bolinhas, luzinhas e lacinhos, onde, alguns dias antes do Natal, as crianças brincam à sua volta, celebrando o amor e a alegria. Isto não acontece apenas na minha terra, também, em todas as vilas e cidades. As montras enfeitam-se, os preços sobem e tudo fica com mais encanto do que dantes. Este ano espero passar um Natal feliz com todos os meus familiares e amigos por perto e um dos meus maiores desejos é que todo o mundo passe um Natal muito, muito feliz. Joana Guedes

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Em Destaque - Contos de Natal O Principezinho e o Pai Natal

A História do Menino Luís

Certo dia, o Principezinho, com o seu ar de criança sem maldade e com ar de sonhador, aventureiro amante do seu meio, andava perdido no meio da Floresta Azul e, quando se sentou numa rocha para poder respirar o ar puro das árvores em redor e ver os simpáticos animais a brincarem, ouviu uma voz mansinha, suave e carinhosa: - Ou, ou, ou! - foi então que o menino se lembrou que aquela voz era do velhinho simpático vestido de vermelho e de barbas brancas - o Pai Natal. - Pai Natal! - gritou ele com toda a sua força - venha até mim, meu amigo. - Vou já, é só arranjar uma árvore encantada para estacionar o meu trenó. Passados alguns minutos o velhinho sorridente exclamou: - Pronto já está. Logo o Principezinho inquiriu o Pai Natal: - Pai Natal , por que é que andou à procura da árvore encantada? - Sabes meu menino, o meu trenó é feito do mais puro amor de uma criança bondosa e, por isso, as minhas renas adoram dormitar um pouco numa árvore pura, sem poluição. - Pai Natal traz algum presente para mim? - perguntou o Principezinho - Claro, meu jovem, uma criança como tu, sem maldade, sem ódio, sem inveja, como é que não deveria ter uma prenda. Aliás merecia e merece uma super prenda. - E o que é a minha prenda? - Não te posso dizer. Espera pela meia noite do dia 24 de Dezembro, que logo saberás. Se eu te dissesse deixava de ter o encanto natalício e tu não sonhavas e não davas asas à tua imaginação. - Pai Natal , o que acha deste Mundo? - Meu rico menino, o Mundo, ou dá uma volta de 360 graus ou então nada feito. Neste Mundo só existe ódio, inveja, ganância, mas nem tudo é assim tão mau, por exemplo tu és uma óptima pessoa e espero que o continues a ser . Olha o meu tempo terminou. Adeus meu jovem, porta-te bem e faz algo por este mundo trocado, estuda e tira boas notas. - Adeus, Pai Natal e boa viagem. O Pai Natal partiu e o Principezinho continuou sentado na rocha a pensar no seu presente de Natal.

Era uma vez um menino que se chamava Luís. Era um menino que se portava mal na escola, que respondia sempre mal aos colegas e aos professores. O menino Luís estava sempre a lutar com dois colegas seus, que eram iguais a ele e que se chamavam João e Hugo. Mas um dia, um deles foi ao Conselho Executivo dizer que o Luís lhe tinha batido. Passados uns dias, o menino Luís foi chamado pelo Professor Montes, que o castigou. O Luís, depois de ser castigado, começou a pensar que não ganhava nada em andar sempre a portar-se mal. Então ele, com o tempo, começou a portar-se melhor com os colegas e professores. Assim, por se comportar melhor, arranjou novos amigos e até os professores lhe pareciam diferentes, melhores. A partir daí, o Luís começou a ser considerado um bom amigo e aluno. Agora, ele aconselha todos os seus amigos e colegas da escola a não se portarem mal, pois ele sabe que não ganham nada com isso, pelo contrário, só perdem amigos e tiram más notas.

Hugo Cruz

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Luís Santos

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Trabalho sobre o Outono O Outono está a chegar As aulas a começar As férias a acabar E há muito que estudar. No Outono, é bom ouvir No ar a doce canção Das folhas que ao cair Vão bailando até ao chão. Regressámos à escola Que alegria! Que prazer! Com os livros na sacola Queremos tudo aprender. Marta

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O que eles dizem e sonham A Magia do Outono O Outono é a estação mais colorida do ano. As folhas das árvores mudam de cor e até parece que arranjam roupas novas: amarelas, vermelhas, castanhas, cor de fogo... É bom vê-las rodopiar ao sabor do vento, caindo no chão e formando um grande tapete fofo e colorido. É altura de ver os frutos a amadurecer e a cair no chão. É tempo da caça à perdiz, à rola e ao coelho. Um cheirinho a campo, frutos e castanhas anda no ar e é tão bom senti-lo... Começam as vindimas e a apanha dos frutos. Há magustos onde se comem castanhas assadas, quentes e tostadinhas. Recorda-se a lenda de S. Martinho... A Natureza adormece lentamente e só voltará a acordar ao desabrochar da primeira flor.

casacos quentes, e a toda a roupa quentinha, para nos abrigarmos do frio do Outono. Como é agradável sentir de novo este ciclo de vida a passar por nós! O cheiro a castanhas assadas mistura -se com a neblina do ar, com os sons da chuva e do vento, com os novos tons de vestuário da Natureza e nós, enternecidos, saboreamos este espectáculo maravilhoso. Todos nós sentimos isto, com certeza. E o Outono, orgulhoso, enquanto não chegar a altura de adormecer novamente, põe as mãos ao trabalho e traz de volta todas estas coisas encantadoras. Quando terminar o seu prazo, terá que dar lugar ao Inverno, que por sua vez, dará lugar à Primavera e depois ao Verão. Ele volta, todos os anos! Mas, por enquanto, vamos saborear o Outono deste ano, que esperemos, seja tão divertido como o do ano anterior ! Então adeus e... Bom Outono ! Luísa Sarmento

Ana Isabel Pinto

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As Castanhas O Outono Voltou Finalmente chegou o dia! O Outono desperta, e já não era sem demora! Boceja, com muita preguiça, mas tem que se levantar. Tem tanto trabalho para fazer! Traz com ele o regresso à escola, que os alunos esperavam impacientemente, já fartos das férias que, apesar de saborosas, tinham sido tão longas; as folhas das árvores recomeçam a cair, transformando o solo num maravilhoso manto de todas as cores; vêm de novo as divertidas vindimas que, com certeza, nos trarão muita colheita; o alegre S. Martinho que nos dá a saborear as maravilhosas castanhas assadas e que nos reúne à volta do fogo, fazendo deste dia uma festa sem igual; e o vento e a chuva voltam a envolver-nos, como se cantassem e assobiassem para celebrar esta estação tão especial. Leva com ele o sol e os dias de calor que hão-de voltar para o ano, nas estações quentes. Entretanto, alguns animais preparam-se para hibernar e os pássaros voam para outros lugares, onde o sol ainda brilha com intensidade, acolhendo-os com o calor de que eles tanto gostam. Eles voltarão em breve! Mas não são só os pássaros que querem protegerse do frio... nós também. Temos que esquecer as sandálias, os calções e as “t-shirts” que usámos durante o Verão, para voltarmos de novo aos camisolões, aos

O Outono chega, as folhas das árvores começam a mudar a sua cor, como quem muda de roupa. Depois vão caindo lentamente e dançam nos braços do vento, estonteadas com a sua beleza. Nesta altura, o sol fica morno e o ar tem um cheirinho especial. Nos castanheiros, os ouriços verdes ficam maduros abrindo-se e deixando cair, assim, as suas castanhas, que vão rolando pelo chão. As pessoas apanham-nas e reúnem-se para as comer: quentes, estaladiças e boas. No ar paira um cheiro a castanhas assadas, que se mistura com os primeiros frios. O vendedor de castanhas anda pelas ruas com o seu carrinho para as vender: “Quentes e boas!”. E no dia 11 de Novembro, festeja-se o S. Martinho, saboreando, como faz parte da tradição, as deliciosas castanhas assadas. Nas escolas, este dia também não é esquecido. Com este fruto também se fazem doces, tais como: a falacha, o bolo de castanhas, etc... E sopa de castanhas picadas!... Enfim, de uma forma ou de outra, quem não gosta delas – “Quentes e boas”? Mara Pinto

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O que eles dizem e sonham

A verdadeira história sobre o Dia das Bruxas

Quem sou eu?

O “Halloween” (Dia das Bruxas) é uma festa que se celebra na América e na Grã-Bretanha, no dia 31 de Outubro, véspera do Dia de Todos os Santos. As pessoas vestem-se de personagens assustadoras, como bruxas, fantasmas, vampiros, etc. Vão de porta em porta pedir doces às pessoas e, se estas não lhos derem, fazem-lhes uma partida. - Trick or Treats ? - (doçura ou travessura?) - perguntam por onde passam. Os americanos e os ingleses festejam este dia como o nosso Carnaval, apesar de não ser um dia tão alegre e de as máscaras terem de ser assustadoras. Esta tradição, apesar de ter raízes nos países de língua inglesa, alastrou para muitos outros, pegando até mesmo um pouco em Portugal. No entanto, a maior parte das pessoas vê este dia apenas como uma brincadeira superficial ou uma festa comercial, sem nenhum valor simbólico. Mas, na verdade, não é bem assim. Por trás desta festa esconde-se uma história fantasmagórica com mais de 2000 anos. Há muitos séculos atrás, mesmo antes do nascimento de Cristo, já os Celtas pensavam que, na noite de 31 de Outubro, os mortos regressariam às casas onde tinham habitado, em vida, para espantarem os vivos desta. Por esta mesma razão, as pessoas vivas mascaravam-se de espíritos, como de bruxas, fantasmas, feiticeiros, vampiros ou outras personagens diabólicas. Assim, as almas penadas confundi-los-iam com outros espíritos, não lhes fazendo mal. Alguns também tinham, como hábito, preparar a comida favorita dos seus entes falecidos, pois, caso contrário, os espíritos pregar-lhes-iam uma partida (como se baseia a tradição americana). Outros ainda pensavam que, neste dia, os feiticeiros dos Celtas (os druídas) iriam a casa das vítimas, queimandoas vivas, em sacrifício a Samhain, o Deus dos Mortos, deixando, em troca, uma abóbora com uma vela, feita de gordura humana, para proteger o sítio de espíritos malignos. Quem se recusasse a ir para o fogo, os druídas pintavam um sinal mágico em sua casa, para que os espíritos pudessem entrar nela e matar alguém. Na actualidade, estas lendas não passam de histórias arrepiantes, mas não reais. Será que assim é, ou, na verdade, há realmente um pouco de magia no ar nesta noite maravilhosa? Talvez, quem sabe?... Bom, mas agora que sabem todas as lendas sobre esta fantástica celebração... desejo-vos um arrepiante Dia das Bruxas!...

Eu sou uma estudante de 10 anos que frequento o 5.º ano de escolaridade. De um modo geral, sou uma criança como as demais com virtudes e defeitos como todos os seres humanos. Ler e cultivar-me é a minha actividade predilecta, pois só os livros nos podem dar o conhecimento da vida. Uma boa preparação escolar em conjunto com a leitura poderá abrir-me as portas para um melhor futuro. Fora a leitura e os estudos, quando sobra tempo ando um pouco de bicicleta. As minhas disciplinas preferidas são: Português, História, Ciências, Matemática, Inglês, Educação Física e Educação Musical. Eu adoro a escola; desde pequena que ansiava o primeiro dia de aulas. Acho que sou uma criança que me adapto com facilidade aos diferentes feitios dos professores e nesta revolucionária mudança não senti uma grande diferença. Não sei explicar porquê. Resumindo, sou um ser igual e diferente dos outros. Quando for mais crescida quero ser médica de clínica geral.

Luísa Sarmento

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Diana Duarte

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Quem sou eu? Eu sou a Diana Rosa, tenho dez anos e vivo em Lamego. Frequentei o Jardim de Infância de Tarouca e foi nesse “vale encantado” que fiz a escola primária. Sou simpática, meiga e sensível. Gosto de crianças, idosos e animais. Também convivo com colegas da minha idade e gosto de jogar no computador. Penso que sou boa colega, boa filha e boa neta. Também tenho alguns defeitos, um dos quais é ser desarrumada em casa. Mas apesar de não ser uma menina perfeita gosto de ser como sou, porque me sinto feliz assim... Diana Marado

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O que eles dizem e sonham

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S. Martinho

A ilha da saudade

Já devem ter notado que o frio chegou. O Outono começou. Folhas a cair, andorinhas a procurar locais quentes e os dias a ficar cada vez mais pequenos. É a altura das castanhas e de se fazerem os magustos. Isto faz-nos lembrar uma velha lenda que todos devem conhecer. É a lenda de S. Martinho. Como já todos sabem, a lenda de S. Martinho fala de um cavaleiro que, num dia de muito frio, andava a cavalgar até que encontrou um mendigo todo esfarrapado e tremendo de frio. O cavaleiro, com pena do pobre, parou o cavalo, pegou na espada, cortou a sua capa ao meio e deu metade ao mendigo e continuou a sua viagem. O céu abriu-se e um raio de sol apareceu por entre as árvores, fazendo aquecer o pedinte. Foi assim que surgiu a lenda de S. Martinho. Esta lenda faz-nos reflectir e admirar o acto de bondade e partilha praticado pelo Santo. Todos deveríamos seguir o seu exemplo.

Foi sob um sol abrasador, uns ventos que me afagaram e num verde de várias tonalidades, que passei uns dias repousantes. Claro que estou a falar das ilhas dos Açores. Num mar que, de noite, era salpicado por estrelas e, de dia, era a minha fantasia, passei momentos inesquecíveis. Percorri esse mar numa mota de água e dei a volta à Ilha de Santa Maria, ou melhor, à ilha da minha saudade. Percorri os tapetes verdes, rodeados de hortênsias, a cavalo e encantei-me com a doçura das vacas que alimentavam as suas crias. Tive a sorte de assistir ao grande festival da “Maré de Agosto” onde pude ouvir cantores que vieram de algumas partes do mundo. Acampei com os meus primos e tive a alegria de apreciar o luar reflectido no mar em que a espuma se transformava em renda.

Joana Peixoto

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Manuela Rebocho

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Impressões Outonais Numa manhã de Domingo, quando acordei, logo me espreguicei e saltei da cama. Como era habitual, fui espreitar à janela para ver como estava o tempo. Encostei a face ao vidro e senti um calafrio. Interroguei-me: - Porque senti aquele calafrio? Abri a janela e corria uma brisa outonal! Olhei para o telheiro e reparei que o ninho da minha amigalhaça andorinha estava vazio!...Fiquei um pouco triste, mas todos os anos partia para as terras quentes de África. Deslumbrei o meu olhar com os montes “Dourienses”. O Homem quando quer... consegue fazer maravilhas... Após as vindimas, as folhas despedem-se das árvores e a pouco e pouco vão-se desprendendo dos ramos, já com os tons típicos do Outono: avermelhadas, acastanhadas, amareladas... O vento sopra com mais intensidade arrastando as folhas. O Inverno está à espreita... Cristina Saavedra

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Desenho de: Pequenos Jornalistas

A lenda de São Martinho O São Martinho festeja-se no dia 11 de Novembro em homenagem a um guerreiro cristão que se tornou Santo pela sua caridade. Conta-se que, num dia de Outono muito frio e chuvoso, ia São Martinho a cavalo, quando se aproxima um mendigo todo nu. São Martinho estende a sua capa e com a espada corta-a ao meio e oferece-a ao mendigo para que ele se protegesse do frio. O mendigo agradeceu e partiu. Passado pouco tempo o sol abriu e ficou um dia quente como se fosse Verão. Ainda hoje se diz que quando vem bom tempo depois do dia 11 de Novembro é o “Verão de São Martinho”. Diana Marado

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Trabalho e Tradição A minha vindima

No sábado, dia 7 de Outubro, realizou-se uma vindima perto do E. Leclerc, onde o Xavier (amigo de meus pais) tem uma quinta com uvas deliciosas. Estáse mesmo a ver que nos convidaram, porque não íamos lá, de certeza, sem ser convidados, por causa dos comentários da minha mãe. Já tínhamos lá estado no ano passado. Mas voltando ao ano 2000... De manhãzinha, levantámo-nos por volta das 7.45h e quando lá chegámos, já lá estavam pelo menos 10 pessoas, pois a vindima começara cedo. Apanhámos primeiro as uvas brancas e depois as pretas, evidentemente. A vinha era grande e cheia de uvas, mas no ano passado houve mais, pois este ano os pássaros comeram mais do que é costume e o tempo modificou-se muito. A meio da manhã fizemos uma pausa, porque a barriga já dava horas. Foi só para encher o “papo”, com um pão e carne a acompanhar ou, quem gostasse mais, poderia optar por um filete. Demorou só 10 minutos e, a seguir, mãos à obra.

Ao meio-dia acabámos de apanhar as uvas para o vinho branco e começámos a cortar os cachos de uvas pretas (as uvas pretas que demoram sempre mais que as brancas) para depois almoçarmos, que já eram mais que horas. Entretanto, chegaram os restantes cidadãos e “atrasadinhos da ponte”. Depois de almoçar, fomos

(rapazes e raparigas) conversar e brincar à apanhada. Por volta das 3.30h, entraram quase todos para uma salinha onde os homens iriam pisar as uvas para fazer o vinho tinto. Deitaram para dentro dum lagar as uvas onde os homens entraram em conjunto, com alegria e com o sorriso da tradição. E enquanto as pisavam, algumas pessoas iam cantando e outras tocando músicas conhecidas por todo o Portugal. Foi uma alegria, uma festa, uma tradição! Iam pisando as uvas enquanto o cheiro do vinho – o intenso cheiro a mosto - pairava no ar. Passada esta romaria, que sempre teria o seu fim, continuámos a cantar e dançar, mas não os rapazes porque, sorrateiramente, se escaparam para ir jogar futebol com uma bola andrajosa e quase vazia. Às 8.00h começámos a jantar, no pátio, ao ar livre, onde tínhamos almoçado. Comemos cabrito com arroz e batatas. Ao fim do jantar é que foi uma festarola, a dançar e tocar viola, bombo, acordeão! Tudo tem um fim, e os momentos agradáveis passam sempre mais velozmente, como foi o caso deste dia feliz e uma das melhores festarolas de todo o mundo. Às 10.00h já estava em casa, cansado deste dia esplêndido, pronto para outro dia. Adorei a vindima do Xavier.


Sobre o Mundo A história na Jugoslávia Houve um momento histórico na Jugoslávia que foi a queda de uma ditadura. Há meses houve eleições, para definirem o presidente. Milosevic vivia no regime de ditadura, não numa democracia. O resultado destas eleições foi que ganhou o Sr. “Costonicha”, que é um homem que luta pela democracia. Voltando à era Milosevic, este era um homem muito mau que mandava aquilo que queria e bem entendia. O povo da Jugoslávia andava tão oprimido, que cedeu todos estes anos, ao apelo ao presidente Milosevic. Como nos tempos de hoje vivemos na Europa numa democracia, o povo jugoslavo optou pelo Sr. “Costonicha”, para fugir ao regime implantado pelo antigo presidente. Isto é o que me parece sobre história da Jugoslávia. Ana Lúcia Silva

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Guerra de presidência na Jugoslávia Muitas pessoas têm assistido na televisão, rádio, jornais, revistas, Internet, etc., ao que se tem passado na Jugoslávia. Pensamos que as pessoas fizeram muito bem em revoltar-se, porque elas já não aguentavam mais ficar caladas por culpa daquele impostor do Slobodan Milosevic, que era um grande vigarista; as pessoas tiveram todo o direito de se manifestar e de eleger um novo presidente: Vojislav Kostunica. O Milosevic não devia ter sido perdoado por Kostunica e todo o povo jugoslavo, mas foi com muito custo. O que importa é que ele já não vai fazer sofrer mais aquela gente e agora sim, esperamos que o futuro da Jugoslávia melhore. Agora sim, também nos podemos questionar se daqui a alguns anos, Milosevic poderá ter outra hipótese de voltar à presidência da Jugoslávia porque, como sabemos, ele tem esperanças de voltar. À frente de todos, Milosevic deu-se por vencido e por trás, não preparará qualquer coisa? Isso ainda não tem resposta, só daqui a algum tempo. Esperamos que a polícia secreta da Milosevic não tenha mentido e seja mesmo aliada do Kostunica.

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Toda a gente conta com as promessas de Kostunica e que elas não sejam falsas como as do Milosevic. Esperamos que sim e fazemos um apelo: “Força Kostunica! Força! Ajuda o povo jugoslavo a superar esta fase e a construir um novo país muito Vojislav Kostunica melhor, sem guerra. Ajuda-os”. Depois deste apelo vamos continuar o relatório que estávamos a fazer. Como íamos dizendo, Kostunica prometeu muitas coisas que acreditamos que irá cumprir, é o que todos esperamos. O povo aplaudiu a entrada de Kostunica e conta com ele. Milosevic lá continua dizendo que está arrependido. É a única coisa sincera que pode dizer por todo o mal que fez e desejar que Kostunica o repare. O povo jugoslavo não só precisa de um presidente, mas também de um amigo que os ajude nas maiores dificuldades e todos contam com ele para as duas coisas, para aquela gente que já sofreu tanto. A aliança está feita. Vojislav Kostunica, o povo jugoslavo acredita em ti, todos nós acreditamos em ti, para melhorares a situação. Força! Cátia Sofia e Andeia Santos

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Senhor ! Bem podias nascer todos os dias ! Pés nus e chagados Estão hoje calçados,Porque é Natal ! Até o orfãozito Tem um brinquedito, Porque é Natal! Hoje não há fome Até bolos come, Porque é Natal! Agasalhos recebe P’ró frio e p’rá neve, Porque é Natal! Há mais luz na terra Há tréguas na guerra,

Porque é Natal! Nos lares há perdão Amor e união, Porque é Natal! Lembram-se os amigos Já quase esquecidos, Porque é Natal! O sino toca dlim-dlão, Ao coração, Porque é Natal! Senhor! Bem podias Nascer todos os dias, Porque é Natal!


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A Escola e o Meio A TUISKA

Viagem a Salamanca

A minha avó Rosa tinha uma cadela que viveu durante vinte anos. Era pequenina, de pêlo castanho, olhos muito vivos e orelhas levantadas. Foi o animal mais espectacular que conheci em toda a minha vida. A minha mãe contou-me que Tuiska teve um filho que morreu ao nascer. Como tínhamos uma gata com três filhos pequeninos, ela resolveu criar um deles. Deu-lhe de mamar e acariciava-o como se fosse seu próprio filho. Ficaram amigos para sempre, porque apesar de serem animais tão diferentes, conseguiram criar um grande laço de amizade.

Há três anos, quando o meu pai comprou o Nissan Primera, fomos dar um passeio a Espanha.. Eu e a minha irmã Cláudia íamos muito contentes a brincar no banco de trás. O meu pai ia a conduzir e a minha mãe ia ao lado. Durante a viagem vimos muitas cegonhas, umas a voar com as suas grandes asas e outras nos ninhos feitos em cima de torres ou de postes eléctricos. Achei muito giro, pois nunca tinha visto cegonhas. No hotel onde dormimos ficámos no último andar. Ao abrir a janela fiquei encantada: havia muitos ninhos de cegonhas no cimo das outras casas. No dia seguinte regressámos a Portugal. Durante a viagem despedimo-nos das muitas outras cegonhas que habitavam junto da estrada. Eu gostava muito de repetir esta viagem para que a minha irmã recém-nascida pudesse também ver tantas cegonhas. Ela ia rir-se com certeza.

Diana Marado

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Joana Santos

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O Hotel Parque O Hotel Parque é um hotel que fica ao lado de Nossa Senhora do Remédios. Tem restaurante, copa, cozinha, sala de jantar, recepção e bar, casa de banho para homens e para senhoras. À frente do Hotel está um belo e velho castanheiro com 800 anos. Agora já não dá castanhas, só dá flores e uns frutozinhos. O Hotel tem muitos empregados; dois deles são a minha mãe e o meu pai. A Susana é a menina dos arranjos; faz coisas lindíssimas e é a minha melhor amiga. As minhas tias também lá trabalham como floristas. Às quintas feiras há o bufett, que tem de tudo e para quem quiser. No bar trabalham três empregados. Tem um balcão e umas mesas com cadeiras. Um café custa cem escudos. Na salinha da televisão, existe uma TV, uma mesa comprida e um bar. No “meu” hotel, fazem-se casamentos, baptizados, aniversários, bodas de prata e de ouro. Telma

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Decifra esta mensagem enviada especialmente para ti: CÓDIGO:

MENSAGEM: Ana Isabel Pinto Mara Sofia Pinto 6.º 6


Passatempos e Curiosidades

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Passatempos de Ciências: No quadro ao lado, encontras as respostas para as 10 questões seguintes. As respostas

A V

I

T M I

N O S E S

Q V M N B N M H Á

I

Í

A M

P E

I

X E C J

L E

I

T E V V C A A U Q

E H C R A N G J

I

Ç N U T L A N A R U

L H N M O P A Ç F A

U H B O V S M G L

I

I

O R G O Q

A M I

N E R A L

E N U R Q K H F O D G T S H B A D R T Ã D S T P G I

F Z L Q P F Q S E O

F E N E R G É T

I

C A S

estão em todos os sentidos, incluindo a diagonal. Descobre-as!

1 – Nome de um fruto. 2 – A cavidade do corpo que oferece maior protecção aos órgãos que nela se encontram. 3 – Alimento rico em proteínas. Página feita por: 4 - Alimento completo. Joana Correia 5 – Doença causada por falta de vitaminas. Joana Rebelo Luísa Maria 6 - A função dos hidratos de carbono. Marta Pereira 7 – Nutriente plástico. 6.º 5 8 – Alimento de origem vegetal. 9 – Nutriente que nos protege contra as doenças. 10 – Alimento do sector 4.

Qual dos alimentos não pertence ao grupo dos outros?

Adivinhas Qual é coisa, qual é ela? É para morrer de velho. Quando morrer está nutrido, Passa a vida a comer Para depois ser comido ?

Aprende, fazendo este teste, porque é o CÁLCIO tão importante para o crescimento do teu corpo. Pergunta depois aos teus pais! O que é o cálcio? a) Um vegetal. b) Um mineral. c) Um animal.

O que é que é Que se cria sem comer? Porque será que os cangurus têm bolsas? A bolsa é lugar seguro para um bebé crescer. O canguru r e c é m nascido é do tamanho de um amendoim. Avança com esforço por entre o pêlo da mãe, até alcançar a confortável bolsa, onde se instala para mamar e crescer durante bastante tempo.

O que te dá o cálcio? a) A Internet. b) Hamburguers. c) O leite e iogurtes.

Quem precisa mais de cálcio? a) Os teus pais. c) As crianças. b) O teu professor de matemática. Porque precisas de cálcio? a) Para teres ossos e dentes fortes. b) Para te permitir ver através das paredes. c) Para ajudar o teu cérebro a enviar mensagens.


Passatempos e Curiosidades

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1. É constituído por uma mistura de substâncias simples, necessárias à vida. 2. Nutrientes que fornecem essencialmente energia calorífica. 3. Nutrientes com função reguladora e protectora. 4. Doença causada por carência ou ausência de vitaminas na alimentação. 5. Nutrientes com função plástica e protectora/reguladora. 6. Substâncias constituintes dos alimentos e indispensáveis à manutenção da vida. 7. Nutrientes de função essencialmente plástica. 8. Nutrientes que têm uma importante acção reguladora do aparelho digestivo. 9. Doença provocada por carência de cálcio, fósforo e pela vitamina D. 10. Nutriente que faz parte de todos os alimentos. 11. Doença causada por falta de vitamina C.

Entre estas duas imagens existem, pelo menos, 6 diferenças. Descobre-as.

Joana Peixoto Cristina Saavedra Bruna Raquel José Miguel Parente 6.º 5

Aprendendo Inglês Procura e escreve.

B A U T E Y E R J

O L S H E

E O G O T Y I F I I

N G E R Z

M O U T H E

X M S P E R A A D E H A I

João Pedro Neto 6.º 5

R

Joana Correia

6.º 5


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