Número de Abril de 2009

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ano lectivo 2008/2009

2ª edição

ano XXII

...toda a gente vestia de cor-de-rosa! Andreia Pereira, 9 anos

...realizava um sonho de cada pessoa! Bárbara Santos, 8 anos

… toda a gente tinha os pés quentinhos! Mariana Montenegro, 7 anos

… cuidava melhor do ambiente!

… criava a disciplina de futebol!

Beatriz Roma, 7 anos

Pedro Guerreiro, 8 anos

… iam todos ao cabeleireiro para ficarem mais bonitos! Filipa Nunes, 7 anos

… dava livros e brinquedos a todos os meninos!

...num foguetão levava as crianças à Lua!

Margarida Osório, 7 anos

Manuel Pereira, 9 anos

...dava vida nova a Portugal! Luís Pedro, 7 anos

1 saltarico Tiragem: 4oo exemplares


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Editorial

A gestão das escolas/agrupamentos está a sofrer uma profunda remodelação. Nada será como dantes. Os conselhos executivos eleitos pelos professores/ encarregados de educação e funcionários vão extinguir-se. Doravante passa a existir a figura do Director, eleito pelo Conselho Geral de Escola/Agrupamento. Para uns acaba a escola com gestão democrática, para outros acaba a escola com gestão tecnocrática. As expectativas e dúvidas estão em todos os que se dedicam à Educação neste país. Esperemos que o tempo dissipe os receios e permita encontrar um rumo seguro para a grande cruzada que é educar as crianças, os jovens, os adultos... os Portugueses. Carlos Madureira Alves Rei, Presidente do Conselho Executivo

Era uma vez…Uma Menina e a Solidariedade Era uma vez uma menina que nasceu, cresceu e viveu no seio de uma família que sempre soube o verdadeiro significado da palavra solidariedade. Desde pequenina que ouvia dizer: “O sol quando nasce é para todos” e sempre acreditou que a sabedoria popular é a mais pura e verdadeira de todas. Inocente, pensava que todos, sem excepção, conseguiam saborear o calor dos raios de sol, a alegria do seu brilho e a esperança da sua luz. A menina que nasceu, cresceu e viveu no seio de uma família solidária transformou-se em mulher. É agora uma menina/mulher que angustiada, mas não derrotada, descobriu que afinal existe muito egoísmo, indiferença, injustiça no seu mundo e que o tal sol não “aquece” e não chega a todos. A menina/mulher não chora, batalha; não fecha os olhos ou vira a cara à dura realidade que a rodeia, mas age com as armas que tem à mão; não se deixa abater, luta. Esta atitude deriva de se ter habituado a não ser cega para o sofrimento dos outros, a não ser surda para os apelos de ajuda e a não ser muda para pronunciar uma palavra de carinho. Esta menina/mulher pode ser qualquer um, todo o que quer e tem o extraordinário papel de ser soldado de mudança, de contribuir para a formação do exército do Bem e de lutar com todas as forças. As nossas preciosas armas da partilha e da dádiva sirvam para ajudar quem precisa e transformar o mundo em que vivemos num local onde todos possam dizer: ―Sou feliz‖. Comecemos hoje... já.… agora… a dar o melhor de nós. Quem recebe, sentirá que não está só; quem dá, saberá que a vida vale a pena ser vivida quando “o Sol chega a todos pois todos fazemos com que isso aconteça”. Tenho uma certeza: os jovens são generosos e, por isso, vos peço: Não percam a bênção da SOLIDARIEDADE Marina Sepúlveda Valle


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PrĂŠ-escolar

Jardim de Infância da Matancinha


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Pré-escolar

O Ambiente – Cimeira de Copenhaga Olá! Nós somos os meninos do Jardim-de-infância de Cambres. Neste artigo pretendemos mostrar como a política também é importante para nós. Enquanto aprendíamos como era importante fazer a separação do lixo, percebemos que podemos “participar” na política ajudando o ambiente. Durante esta etapa ambiental, conhecemos a Cimeira a realizar em Copenhaga. Primeiro tivemos que perceber o que é uma cimeira. Descobrimos que é uma reunião, com os senhores primeiros-ministros de vários países que reúnem para tratar de um assunto importante. Vimos no mapa que Copenhaga fica na Dinamarca, muito longe de Portugal. Perguntámos de que falarão nessa reunião. As Educadoras disseramnos que irão debater o assunto que nós estávamos a viver na sala. Depressa percebemos que eles irão falar sobre a poluição do ambiente. Percebemos que também nós estamos a fazer política, pois andamos a vivenciar o tema da poluição e como é que podemos ajudar a “limpar o mundo”. Aprendemos que não se deve deitar o lixo no chão e decidimos construir os ecopontos para a nossa sala. Ficaram muito bonitos com as imagens dos produtos que recortámos e colámos nos mesmos; além de bonitos será mais fácil separarmos o lixo. Também fizemos um quadro sobre a poluição, para nunca nos esquecermos como é importante não poluir o chão, o ar e a água. Durante este nosso diálogo de grupo, as Educadoras perguntaram-nos o que é que gostaríamos de dizer se estivéssemos nessa reunião. Foram muitas as respostas, todas muito importantes para o ambiente. Se fossemos os Senhores Primeiros-ministros decidíamos: D.P.- Dizer aos meninos para não deitarem o lixo no chão. D.- Dizer aos donos das fábricas para não deitarem químicos para os rios. W - Fazer leis para não poluírem o ar - pedir aos senhores das fábricas para não fazer muito fumo; fazer carros que não deitem fumo. M - Fazer uma lei para não deixarem os barcos lavar os depósitos de petróleo no mar, porque mata os peixinhos e suja a água. D - Não deitar o lixo fora dos ecopontos. J.P.- Não deixar a torneira aberta para não gastar a água toda. R - Fazer leis para proibir os agricultores de deitar muitos remédios maus porque depois a chuva leva-os para os rios e para o mar, e poluem. G - Não queimar o lixo na rua porque faz muito fumo e polui. É muito bom escrevermos para o jornal e mostrar aos outros meninos que a política também é para nós.


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PrĂŠ-escolar


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Pré-escolar

Política e …… respeito Política é um tema pouco abordado com crianças deste nível etário, mas, com algumas questões feitas ao grupo, eles lá foram entendendo o que lhes era pedido e do que se estava a falar, e uma vez que nós por cá andamos a falar dos valores e das atitudes para ser um bom cidadão, então nada melhor para falar daquilo que ouvem e vêm nas notícias de todos os dias. Falámos das regras que existem no jardim e que em casa

são ditas

pelos pais para que todos se entendam, pois só assim é que as pessoas sabem como se devem comportar, tanto em casa como na rua; mas para isso tem que haver sempre respeito. Respeito quer dizer tratar com dignidade as pessoas, esperar pela nossa vez para falar, saber ouvir os outros, pois muitas vezes isso não acontece e as pessoas falam todas ao mesmo tempo e ninguém se entende. Então, para nós que somos pequenos e nada sabemos de política, pensámos que o respeito pelos outros é uma boa forma de fazer política, porque quando não há respeito, as pessoas falam e não deixam ouvir ninguém pois pensam que só elas é que sabem tudo. Jardim de Infância de Valdigem

Ficha Técnica Propriedade: Agrupamento Vertical de Lamego Redacção: Professores e alunos do Agrupamento Coordenação:

Gervásio Pina

Isabel Santos

Fotografia: António Meireles

Olga Duarte

Rosalina Sampaio Virgínia Miguéis

Informática: Vítor Leonardo


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Pré-escolar

A Nossa Escola e a Natureza Ao redor da nossa Escola existem árvores e sítios muito bonitos. Com a chegada da Primavera gostamos de ir passear, observar, descobrir e contemplar a Natureza. Há dias descobrimos um esquilo a trepar e a saltitar pelas árvores e vimos os passarinhos, num corrupio, a fazer os

ninhos para os filhinhos que

estão a chegar. Se nós mandássemos não deixávamos destruir as florestas porque as árvores são muito úteis aos animais e dão-nos muitas coisas. Dão-nos a lenha para a lareira da nossa sala que nos aquece nos dias frios. Dão-nos a sombra para nos refrescar nos dias de calor. Dão-nos o oxigénio para respirarmos e o ar puro que faz bem à saúde. Dão-nos tanta coisa boa e bonita… Senhores políticos não deixem matar as árvores! Jardim de Infância de Avões Nº 1


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Pré-escolar

Mudanças que a Política Permite…

Meninos e meninas fazem trabalhos com tinta!

Meninos e meninas vão à piscina!

Meninas e meninos constroem uma cidade!

Meninas e meninos plantam uma árvore!

Mas… antigamente não era assim!!! No tempo das nossas avós, a vida era muito diferente. A avó da Diana Sofia contou-nos que nesse tempo: - Não havia casas de banho, as pessoas tomavam banho numa bacia. - Não havia fogões, as pessoas cozinhavam à lareira, em potes. - Não havia máquina de lavar roupa, as pessoas lavavam a roupa no tanque, com as mãos. - Nesse tempo muitas meninas não iam à escola, ficavam em casa a ajudar os pais a fazer estes trabalhos, por isso, algumas avós não aprenderam a escrever nem a ler. As meninas que iam à escola, ficavam separadas dos meninos. Havia uma escola só para meninas e outra só para meninos. Hoje, em Portugal, já não acontece o mesmo. Meninos e meninas podem e devem aprender a fazer tudo e andar na escola é muito importante, ninguém pode faltar, porque quem faltar não aprende a ler nem a escrever e nem vai tirar boas notas! Foi a alteração de regime político que permitiu as mudanças! Grupo de Finalistas do Jardim de Infância de Magueija, Marco - Gonçalo - Bruna - Eugénia - Diana Pinto - Diana Sofia


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Primeiro Ciclo

Escola - espaço de aprendizagem política para a cidadania Nós, crianças, não votamos nas grandes eleições do nosso país. No entanto, participamos de outras formas e fazemos política. Para já, todos os dias, nos relacionamos como cidadãos, com organismos, colegas, família, escola, vizinhos, comunidade e instituições. Aqui aprendemos a convivência, a tolerância e a prática da cidadania. Especificamente, a escola é um espaço de conhecimento global e múltiplo, onde procuramos e pretendemos o respeito uns pelos outros, a educação, a honestidade, os nossos direitos e deveres, a nossa liberdade, autonomia e independência. Com esta educação pretendemos, futuramente, pertencer a uma sociedade harmoniosa onde se respire: liberdade, igualdade e fraternidade. Será que na escola já somos políticos? Quando e como? Quando fala um de cada vez, quando respeitamos as ideias dos outros, quando discutimos e chegamos a um acordo, quando formamos grupos livremente, quando somos amigos, quando distribuímos tarefas, quando elegemos um chefe de turma, quando nos preocupamos com os outros, quando a nossa liberdade acaba onde começa a do outro... Todos somos responsáveis pelos materiais, pela limpeza do recinto escolar e respeito e cuidados a ter com o todo o ambiente envolvente. Temos feito campanhas em datas oportunas prometendo a astúcia de saberes e conhecimento à comunidade: representações teatrais, animação da festa de Natal, cantar dos Reis, desfile de Carnaval… Temos praticado cidadania, elaborando desdobráveis sobre diversos temas e transmitindo-os à família. Exemplo: 

A nossa comunidade e património

Dia Mundial da Alimentação

Dia do Não Fumador

Dia de S. Martinho

Dia 1 de Dezembro de 1640

Dia de Carnaval

Dia do Pai

Dia da Árvore

Dia da Água.

Podemos concluir que temos ao nosso dispor todas as ferramentas para desenvolver as nossas potencialidades de boa cidadania. EB1 de Magueija


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Primeiro Ciclo

Porque é que a política também é para nós? No início do ano, mês de Janeiro, o nosso Professor informou-nos de que iríamos escrever uma notícia para o jornal do Agrupamento sobre o tema Porque é que a política também é para nós?. Era um tema muito vago e questionámos o nosso Professor o que era isso da política para nós. Ele explicou e falou-nos da Assembleia da República, o local onde os deputados e governo se reúnem para debaterem ideias/ problemas e aprovarem leis. Surgiu então a ideia de também formarmos, na nossa Escola, uma Assembleia de Turma para debatermos os problemas que envolvem a tomada de decisões e a resolução de situações difíceis. Elegemos um Presidente e um Secretário para elaborar as actas. Estas sessões envolvem uma nova organização da turma onde todos nós aprendemos a importância do diálogo democrático na tomada de decisões conjunta sobre os assuntos da turma. Assim pretende-se criar um clima que estimula a empatia na sala de aula e aperfeiçoamos as relações interpessoais, fortalecemos as regras de convivência social e da solidariedade. Com esta actividade tornamo-nos pequenos políticos na vida da nossa Escola.

Alunos do 1º CEB de Matancinha


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Primeiro Ciclo

O que é a Política para Nós As crianças devem ter consciência desde muito cedo das decisões políticas do país do qual elas fazem parte. Não vemos mal nenhum a escola e os pais educarem os filhos, ensinando-os e alertando-os sobre a situação política. A base de tudo é a educação e principalmente a atenção dos pais em relação aos filhos, em querer ensinar, em interessarem-se e querer que o seu filho se torne num cidadão de bem. As crianças podem e devem exercer a sua cidadania política. A política não é exercitada somente na vida pública, participando no processo eleitoral. A cidadania política exerce-se 24 horas por dia, nos pequenos e grandes actos, na rotina do quotidiano. As crianças exercem a sua cidadania no relacionamento com os outros, com a família, com a escola, com os vizinhos. O modo como ela se coloca define o quanto a criança exerce a sua cidadania. Esse modo de relacionamento possui algumas características. Primeiro, é preciso cultivar a responsabilidade com a colectividade. Por exemplo: deitar o lixo no lugar certo, respeitar o meio ambiente, utilizar convenientemente os bens do estado, etc., são actos políticos porque beneficiam a comunidade em geral. Segundo, as acções das crianças não são somente individuais, mas também sociais porque elas intervêm no mundo. A família por exemplo, é o primeiro grupo político das crianças. Nela coexistem limites e regras comuns a qualquer relacionamento. A criança precisa de aprender a respeitá-las. A escola é outro grupo político porque têm as suas regras de funcionamento. Em suma, as crianças vivem em sociedade, por isso têm que respeitar as regras de convívio e conhecer os seus direitos e deveres. 3.º B – Escola EB1 de Lamego nº 1


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Primeiro Ciclo

Nós e a Política Fomos convidados a escrever um artigo para o jornal do nosso Agrupamento sobre a razão da política também ser para nós. Olhamos, espantados, uns para os outros porque nunca tínhamos pensado nisso. Até nos tínhamos habituado

a

ouvir

os

adultos

dizer :"A política não é coisa para a tua

idade. Quando fores grande,

quando já puderes votar, então sim, podes interessar-te por isso!". Quando estamos a ver o telejornal e aparecem notícias sobre pessoas que passam fome porque foram

despedidas,

crianças

que

andam várias horas de autocarro para ir à escola, escolas que fecham porque não têm muitos alunos e perguntamos as razões porque isso acontece, normalmente obtemos a resposta: “é a política”! São os senhores da política

que dizem

quando as aulas começam e acabam, quantas horas temos de estar na escola, que matérias devemos estudar e até o que devemos e podemos comprar na cantina. A verdade é que a política é para todas as idades, pois afecta-nos a todos, quer sejamos adultos ou crianças. Mesmo sem querermos ela invade as nossas casas, as nossas vidas e até algumas das nossas brincadeiras. Lembramo-nos, por exemplo, do jogo o rei manda. E que dizer das redacções que, algumas vezes, nos pedem para fazer, com o título: se eu fosse...? Se é verdade que "de pequenino se torce o pepino" porque é que este ditado popular não se havia de aplicar também à política? Afinal, seremos nós a conduzir este mundo muito em breve! 3º A - EB1 de Lamego nº 1


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Clube do Jornal

Foi Carnaval, ninguém levou/leva a mal A nível internacional É tido como elegante, Pena que para Portugal Não atrase, nem adiante…

Da boca desta Senhora Saiu grande “aleivosia”!... Disse que era melhor Suspender a Democracia!...

A Deputada Heloísa Apolónia É uma senhora discreta Difícil mesmo é, sobre ela, Ter uma ideia concreta!

Dizem que é bom dançarinoJá o era em criança Mas a música do Governo É que este Senhor não dança!!!

Quando Ministro da Defesa Comprou belos submarinos, Mais valia ter investido Na educação dos meninos...

Intelectuais de esquerda Tudo sabem contestar Só é pena que o Dr. Louçã Pareça um barão a falar! O Saltarico apresenta as mais sinceras desculpas aos seus leitores e à deputada Ana Drago por, na 1ª edição deste ano, tê-la identificado, lamentável equívoco, com o Partido Ecologista Os Verdes e não, como é verdade, com o Bloco de Esquerda. Desculpem!


O Saltarico14

Pensar a Política Ecológica

Num dia de sol, a Voa-Voa, uma

Encontrou um floco de neve.

joaninha, não quis estar parada em

- Olá, que brancura tão brilhante.

casa. Depois de pensar, disse à mãe:

Como te chamas? - perguntou ela.

- Mãe, vou dar um passeio!

- Eu sou um floco de neve, chamo-

- Está bem, mas não te metas em

me Branquinho. E tu?

sarilhos... avisou a mãe, preocupada.

- Eu sou a Voa-Voa. Queres vir

- Com certeza, prometo.

brincar comigo?

A Voa-Voa foi dar um passeio pelas

- Não posso, tenho de ir enfeitar as

nuvens. De repente, o sol foi embora

ruas, surpreender as crianças e con-

e começou a chover. A joaninha

tribuir para a fertilidade da terra.

encontrou uma gotinha de água.

Sou muito necessário.

- Olá! - exclamou a joaninha, com

- Muito bem. Concordo contigo. Aqui

entusiasmo.

está um exemplo da importância da Natureza. Continua assim. Adeus. A joaninha chegou a casa e, radiante, foi contar tudo à mãe. - Mãe, tive um passeio espectacular! Vou contar-te tudo, mais logo. Agora quero descansar e tratar da minha higiene.

Sabes,

conheci

amigos

maravilhosos que me fizeram reflectir sobre o planeta Terra. Decidi - Olá! - respondeu a gotinha de água. - Como é que te chamas? - Eu sou a Gotinha Saltarica. E tu? - O meu nome é Voa-Voa. - Tens um nome mesmo adequado. Queres brincar? - perguntou a joaninha. - Não posso, tenho de ir refrescar os

fazer uma viagem pelas florestas do planeta e ensinar a outros seres regras para a preservação das espécies e despoluição do ambiente. Vou fazer umas pesquisas na Internet e enciclopédias. Depois, vamos conversar sobre este tema.

jardins e os campos. - Está bem. Tens toda a razão. Deves cumprir os teus deveres. - Eu acrescento: todos nós. Até breve! A Voa-Voa continuou o seu caminho; a certa altura, começou a nevar. Susana Ramos – 5º 1 - Texto vencedor do passatempo O Pequeno Escritor do suplemento Terra do Nunca, JN e DN de 01/03/2009


O Saltarico15

Cantinho da Leitura

O que terá a leitura a ver com a Política? A Leitura tem a ver com a política? Claro que tem! Como sabem, no tempo de Salazar, nem todos os livros podiam ser publicados, mesmo que as pessoas quisessem lê-los. Os livros proibidos eram todos os que falavam contra a política do Estado Novo. Os livros já publicados e que tinham ideias contra o regime político eram retirados do mercado. Com o 25 de Abril de 1974 este regime acabou. Felizmente, agora temos uma democracia e todos os livros podem ser publicados, independentemente do seu conteúdo, e adquiridos por qualquer pessoa. As pessoas com mais dificuldades económicas podem conhecer/ler livros sem os comprar, vão a uma biblioteca e requisitam-nos. Temos, também, de fazer referência ao facto de, no tempo de Salazar, haver muitas pessoas analfabetas; as escolas eram, apenas, para as pessoas privilegiadas. Nos nossos dias, todas as crianças frequentam a escola, aprendem a ler, escrever e contar. Os mais desfavorecidos têm ajuda do Estado. Contribui-se, assim, para que na nossa sociedade não existam tantos analfabetos como naqueles tempos difíceis. Quando Salazar estava no poder, os jornais não faziam críticas à política do Estado, visto que o autor podia ser condenado e torturado pelo seu acto. Nos nossos dias, não é assim! Qualquer jornal faz críticas à política de hoje, chegando, em alguns casos, a fazer comparações com políticas do passado, sem que ninguém seja condenado. Temos muitas pessoas, na nossa sociedade, desiludidas com a nossa política, criticando-a abertamente, pois, felizmente, têm a liberdade para o fazer! Viva a liberdade! Viva a democracia! Carla Sofia - 5º 6


Chegando...

Aguardando...

Entrando...

Posando...

Ouvindo... Presidindo...


Felicitando...

Agradecendo...

Festejando...


O Saltarico18

Oficina de Escrita

O conceito de liberdade revisitado (reconto colectivo duma fábula de Esopo)

O Senhor Lobo andava esfomeado, lazarento, as costelas bem nítidas sob a pele. Existência miserável, escravidão negra a fome de Lobo! Certo dia, cruzou-se, no monte agreste, com o Cão. Este pançudo, lustroso, aburguesado, via-se bem que vivia na fartura, na abundância. Ao observar o Lobo famélico nem lhe apeteceu rosnar, ameaçador, defensor do patrão e da propriedade privada. Compadecido, interrogou o Lobo: - Qual é a razão de tantas maleitas e tristezas? - Nem lhe passa pela cabeça - respondeu o lobo num fio de voz. - Cuidado companheiro Lobo, é preciso saber governar-nos. Com maus modos nunca atingimos os nossos objectivos. Tudo o que é bom nos escapa. Porque é que não deixa de ser malvado, de ferrar e de matar? Faça como eu: controle a sua crueldade, torne-se animal doméstico, arranje um dono que o deseje, alimente e proteja. Verá, de imediato, que deixará de ter preocupação com a subsistência: tudo “cairá do céu”! Repare como estou em forma e o meu pêlo é reluzente. Força camarada, faça como eu! O Senhor Lobo reflectiu as sensatas palavras e considerou que o seu primo canídeo estava certo. Ele tinha sido um despojado da sorte. Ia assentir, convencido, quando reparou intrigado na marca que o Cão apresentava no pescoço. Pediu explicações. O Cão atrapalhado, ignorou a questão. O Lobo insistiu, insistiu… O Cão, rendido, revelou que a marca, era da coleira que o seu estimado dono lhe colocava diariamente. O Lobo abismado, estarrecido, exclamou: - A sério?! Não acredito que o amigo Cão não seja livre. Meu amigo, antes magro e livre que gordo e escravo. E partiu feliz por entre as árvores. O Cão ficou a cismar sobre a questão levantada: A importância da liberdade!

Alunos do 5º 3


O Saltarico19

Oficina de Escrita

Versão Sensação Numa manhã perfumada de Primavera, em que a brisa refrescava o ambiente, acariciando as folhas viçosas e delicadas das árvores esbeltas que embelezam os campos e baloiçando as pétalas das tenras flores que desabrochavam, vesti a minha saia curta e vaporosa e a minha camisola de seda macia e fui passear até ao Parque da Cidade. Enquanto caminhava pelos caminhos empedrados de calcário, em que intercalava o cinzento e o branco, o sol despertava e irradiava o seu calor. A sua luz iluminava as árvores tornando o seu verde radioso e aquecia as flores coloridas que se erguiam para o céu. As pequenas gotículas de orvalho, que lhes matavam a sede, evaporavam-se. O som de música alegre e de vozes agradáveis, em tons agudos e graves, propagava-se pelo ar, criando uma harmonia de toadas. O aroma delicioso de pipocas, dançando ao ritmo da orquestra, e de algodão doce pegajoso, aguçava a minha gulodice. Chegada à esplanada do Café Cinco Sensações, sentei-me numa cadeira de plástico duro, mas algo confortável, a admirar um grupo de pessoas – homens, mulheres crianças – que se amontoavam junto de um velho palco engalanado. De repente, uma voz cristalina e angelical, sobrepôs-se ao ruído da agitação, próprio de um comício. Era a voz da deputada Celestina Amarga Maravilha Amado do Partido Intuição: Sexta Sensação. A multidão aplaudia, assobiava, ria, apupava, aclamava… e os seus rostos irradiavam felicidade. Junto a uma carrinha enfeitada de malmequeres azuis, brancos, vermelhos, rosa e amarelos, as crianças, saltitando de alegria, recebiam chupas de sabor a limão, a lima, a laranja, a morango, a Coca-Cola… Houve ruidosa confusão. Os Sensacionalistas-sensacionais do 6º 2


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Os Jovens e a Intervenção Cívica

Ser escuteiro/escoteiro A vida em sociedade possui diferentes dimensões. A intervenção cívica, a preocupação com o bem estar dos outros, é uma das mais valiosas e necessárias. Muitos dos jovens que possuem vontade de intervir de um modo mais efectivo no lugar do Mundo a que pertencem, inscrevem-se nas associações de escuteiros. Em Portugal existe o Corpo Nacional de Escutas - CNE e Associação de Escoteiros de Portugal - AEP. Curioso, O Saltarico, foi pesquisar e encontrou 25 escuteiros/escoteiros na Escola. Recolheu as suas imagens e as suas palavras. Aqui ficam.

A primeira vez que vi os Escuteiros foi na procissão de Nossa Senhora dos Remédios. Fiquei bem impressionada! Pedi à minha mãe para me deixar entrar. Preenchi a ficha de inscrição e começou a minha vida como escuteira. Primeiro fui Lobita - lenço amarelo. Agora já sou Exploradora - lenço verde. Fazemos acampamentos, jogos, raides diurnos e nocturnos… Em todos os escuteiros existe consciência cívica e ecológica. A nossa intervenção cívica manifesta-se no apoio às procissões - levamos a nossa bandeira e fanfarra, damos água aos anjinhos e outros participantes, transmitimos mensagens - na nossa presença e participação, no primeiro sábado de cada mês, numa missa que é celebrada por um padre que também é chefe dos escuteiros. Como amigos do ambiente limpámos a mata do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, trechos dos rios Balsemão e Varosa, reciclamos os materiais que usamos, recolhemos tampas das garrafas de plástico que depois entregamos nos bombeiros para poderem ser trocadas por cadeiras de rodas para oferecer às pessoas que precisam delas e não podem comprá-las. É assim a vida dos escuteiros do CNE! Eu gosto, muito! Carla Rodrigues—5º 6

Tenho 11 anos. Entrei com 7 anos na AEP. A minha mãe foi colega de trabalho do Chefe Nuno que insistia para que ela me inscrevesse. Inscrevi-me e tenho gostado, a vida tornou-se mais interessante. A minha actividade preferida é fazer acampamentos. É bom o convívio, dormir na tenda, cantar à roda da fogueira, os jogos, as refeições feitas por nós. Na intervenção cívica ajudamos a Caritas na distribuição de alimentos, nos hipermercados angariamos dinheiro e/ou alimentos para os que mais necessitam e recolhemos as tampas das garrafas de água para trocar por cadeiras de rodas. Nunca me esqueço que sou escoteiro e no meu dia-a-dia, na Escola, em todo o lado, procuro ajudar os que têm problemas. É bom estarmos atentos aos outros! Tiago Pereira - 6º 1



O Saltarico22

Os Jovens e a Intervenção Cívica

Ser escuteiro/escoteiro Pertencemos ao CNE - Agrupamento 781 de Avões constituído por 51 elementos e, como todos, dividido em 5 secções. Tínhamos 6 anos quando entrámos, já lá vão 9 anos. Fomos Lobitas - lenço amarelo, aos 10 anos passámos a Exploradoras - lenço verde e aos 14 anos tornámo-nos Pioneiras - lenço azul. Quando passarmos a chefes teremos o lenço verde escuro. A nossa intervenção cívica e ecológica é intensa e abrange diversas áreas e actividades sendo as principais: 

embrulhar prendas de Natal e promover produtos nos hipermercados;

oferecer, no Dia da Mãe, rosas a todas as mães, no final da missa;

dinamizar o Magusto da nossa terra;

animar com teatro, canções e histórias o Dia da Criança;

distribuir beijinhos, abraços, palavras de conforto aos doentes internados;

visitar os doentes nas suas casas;

apoiar o desfile de grande número de procissões;

ajudar a Caritas na assistência aos mais desprotegidos;

limpar áreas da Serra das Meadas… Orientamos a nossa conduta face aos outros e ao mundo que nos rodeia

pelas sábias palavras da Oração do Escuta: “Senhor Jesus ensinai-me a ser generoso, a servir… a dar-me sem medida, a combater sem cuidar das feridas, a trabalhar…”. É um bom lema de vida. Procuramos lembrar-nos e tomar como exemplo os diferentes patronos dos escuteiros: S. Francisco de Assis dos Lobitos; S. Jorge dos Exploradores; S. João de Brito dos Pioneiros e S. Paulo dos Caminheiros. As Leis do Escuta são dez: 1 - A honra do Escuta inspira confiança; 2 - O Escuta é leal; 3 - O Escuta é útil e pratica diariamente uma boa acção; 4 - O Escuta é amigo de todos e irmão de todos os outros escutas; 5 - O Escuta é dedicado e respeitador; 6 - O Escuta protege as plantas e os animais; 7 - O Escuta é obediente; 8 - O Escuta tem sempre boa disposição de espírito; 9 - O Escuta é sóbrio, económico e respeitador do bem alheio; 10 - O Escuta é puro nos pensamentos, nas palavras e nas acções. Se queres tornar a tua vida mais interessante torna-te escuteiro. Todos serão bem-vindos! Catarina Silva e Diana Santiago - 9º 1



O Saltarico24

Plano de Acção da Matemática

Matemática, Política e Civismo - Estarão de alguma forma ligados? É comum vermos na primeira página de um jornal, em gráficos e letras garrafais, os resultados de sondagens, principalmente quando nos aproximamos de eleições. 2009 vai ser um ano de ouro para as sondagens, uma vez que se irão realizar, no país, três actos eleitorais: europeias, legislativas e autárquicas. Quando se quer estudar uma ou mais características particulares de uma população, o ideal é estudar todos os indivíduos, uma vez que o estudo baseado em toda a população conduz a conclusões seguras. No entanto, nem sempre é viável ou desejável fazê-lo, sobretudo quando o número de elementos da população é muito elevado. Surge, então, o conceito de sondagem. Podemos definir sondagem como: Estudo científico de uma parte de uma população com o objectivo de estudar atitudes, hábitos e preferências de uma população relativamente a acontecimentos, circunstâncias e assuntos de interesse comum. É importante referir que as sondagens inquirem ou analisam apenas uma parte da população em estudo, restringem-se a uma amostra dessa população. Amostra é um subconjunto da população que se observa mas com o objectivo de extrapolar para todos os elementos dessa população os resultados observados na amostra. É preciso muito cuidado na escolha da parte que vai representar o todo. Para escolher a amostra e assegurar a sua representatividade, em relação à população de onde foi retirada, existem técnicas específicas que constituem o objecto de estudo na teoria da amostragem. As amostras aleatórias são escolhidas através de processos (técnicas de amostragem) que nos garantem que o subconjunto obtido é representativo da população. Mas nem todos estamos sempre dispostos a colaborar numa sondagem. É importante que o façamos pois, além de estarmos a ajudar alguém a realizar o seu trabalho,

damos o nosso contributo para melhorar produtos ou serviços

para nós disponíveis. Responder a uma sondagem é uma oportunidade para o cidadão, como membro responsável de uma comunidade, exercer os seus direitos. A sondagem exige qualidade, deve ser realizada por profissionais. Em Portugal há 19 empresas credenciadas e autorizadas a publicar os resultados eleitorais, das quais uma das mais conhecidas é a da Universidade Católica. Estas empresas realizam o seu trabalho de acordo com um regime legal que estabelece as regras que devem observar na elaboração das sondagens e, ao mesmo tempo, impõe aos órgãos de comunicação social o dever de transmitirem os resultados sem emissão de opiniões ou afirmações contrárias aos estudos realizados. Francisco Taveira, 9º 2 - João Taveira, 7º 1 Faria, Luísa e Guerreiro, Luís, Matemática Dinâmica - 7.º ano - Parte 2 - Porto Editora Sites consultados: http://alea.ine.pt/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Sondagem

option=com_content&task=view&id=529&Itemid=130 http://www.revistaperspectiva.info/index.php?


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Parlamento dos Jovens

Aprender a Democracia O Parlamento dos Jovens foi das experiências mais inovadoras que já vivi. Aprendi muito sobre o funcionamento da democracia e sobre o tema proposto. Na Sessão Distrital, em Viseu, o melhor momento foi quando o Deputado de Sátão, pequenino, óculos de massa pretos, com uma voz poderosa se vira para o Deputado de Mundão, um gigante, dizendo: “O Senhor Deputado deve estar enganado na Escola a que se dirige!”. Era, mais uma vez, David contra Golias. A. Oliveira Gostei de tudo neste Projecto. O bichinho ficou cá, para o ano volto a candidatar-me. A Sessão Distrital ultrapassou as minhas expectativas. Discursar para uma plateia é fascinante e aterrador. Adorei! Descobri, em mim, capacidades que desconhecia. Divertida foi a contenda entre a Deputada de Vila Nova de Paiva e o Deputado da Escola Profissional Mariana Seixas de Castro de Aire sobre a importância da panela eléctrica para o consumo da sopa. Só visto e ouvido! Queria muito ir a Lisboa! Paciência! B. Pereira Partilhar opiniões, colaborar com os outros, tirar conclusões conjuntas é bom e enriquecedor. Crescemos como pessoas e como cidadãos. A Sessão Distrital do Parlamento dos Jovens valeu a pena, por tudo. Lamento que das 33 escolas presentes, só 6 pudessem ir a Lisboa. Nas intervenções destaco a de Campia que manifestou o seu desacordo com uma das medidas propostas pela Escola João de Barros, nestes termos: “Proibir os brindes é voltar ao tempo de Salazar!”. P. Lamelas O mais cativante na minha profissão é o contacto com os jovens, o desenvolver com eles projectos, ensinar aquilo que sei e aprendi na Faculdade e na vida. É sempre uma descoberta, para eles e para mim! Em boa hora o Conselho Executivo decidiu aderir ao Projecto do Parlamento dos Jovens e agradeço o terem-me entregue a sua coordenação. Todo o processo foi vivido com entusiasmo e dedicação. Os intervalos das dez foram sacrificados à preparação para as sessões, primeiro a escolar e depois a distrital. Gostava que todas as escolas pudessem ir à Sessão Nacional na Assembleia da República. Não é possível por falta de espaço! Para o ano há mais! Rosalina Sampaio


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Conhecer Quem Decide - Entrevista

Carlos Madureira Alves Rei - 47 anos - natural de Alfândega da Fé. Residente em Lamego há 15 anos. Professor de Matemática e Ciências da Natureza na Escola EB 2/3 de Lamego. Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento Vertical de Lamego desde 2007. Quais os motivos que o levaram a candidatar-se a este cargo?

No ano lectivo de 2003/2004, fui Presidente do Conselho Executivo. Num ano, não deu para concretizar o meu conceito de gestão escolar. Ficou a vontade, daí a minha candidatura. Quais as funções do Presidente do Conselho Executivo?

Representar o Agrupamento, exercer a competência disciplinar em relação aos alunos, estabelecer os objectivos de Agrupamento, fazer cumprir as directivas do Ministério da Educação, superior hierárquico em relação aos professores e funcionários de todo o Agrupamento… Quando tinha a nossa idade interessava-se por política?

Sim, a prova é que, no final da década de 70, com 17 anos (um pouco mais velho do que vós), fui dirigente de uma juventude partidária. No seu percurso escolar exerceu cargos para os quais foi eleito?

No ensino básico fui delegado de turma. No ensino secundário, fui Presidente da Associação de Estudantes de Bragança. Na vida adulta, já desempenhou outros cargos públicos?

Durante oito anos fui membro da Assembleia Municipal de Alfândega da Fé, minha terra natal. Gostei muito dessa experiência. Há outros cargos públicos/políticos que gostasse de desempenhar?

Sim, se um dia deixar a gestão do Agrupamento, poderei pensar em funções a nível autárquico, por exemplo. Há algum político que admire? Porquê?

Admiro Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, homens de coragem, num período difícil da nossa História. Assumiram posturas correctas, remando contra a maré. Gostava da vivacidade e poder argumentativo da poetisa/deputada Natália Correia e da clareza de discurso do deputado João Amaral. Infelizmente já faleceram os dois.


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Conhecer Quem Decide - Entrevista

Paulo Jorge Branco Pinto Taveira - 45 anos - natural de Lamego. Residiu no Porto durante 10 anos. Professor de Matemática, Ciências da Natureza e ITIC na Escola EB 2/3 de Lamego. Presidente do Conselho Geral Transitório do Agrupamento Vertical de Lamego no presente ano lectivo - 2008/2009. Quais os motivos que o levaram a candidatar-se a este cargo? Sou Professor há 20 anos e sempre me envolvi na vida da Escola. O Conselho Geral Transitório (CGT) é um órgão novo. É muito importante. Traça as directivas pelas quais toda a vida escolar se orientará. Ao convite que me endereçaram para me candidatar respondi: Sim! Gosto de participar, contribuir para a tomada de decisões, solução de problemas, construção de mais e melhor ensino/escola. Quais as funções do Presidente do Conselho Geral Transitório? O CGT é constituído por 21 elementos: professores; encarregados de educação, alunos, pessoal não docente, membros do Município e da comunidade local. Ao Presidente compete: presidir e orientar as reuniões; apresentar propostas/problemas; propor vias de resolução… O Conselho Geral de Agrupamento que sucederá ao CGT terá, ainda, a competência de escolher o futuro Director de Agrupamento. Quando tinha a nossa idade interessava-se por política? Sim! Estava, no 5º ano, quando se deu o 25 de Abril. Nos tempos que se seguiram, houve um grande entusiasmo político das escolas e dos alunos. Na disciplina de Ciências Sociais, a política era muitas vezes tema. O Professor tinha uma grande capacidade para nos ouvir. Usando o método socrático, do filósofo ateniense do século V a.C., levava-nos a questionar as nossas “verdades absolutas”. Aprendi muito! No seu percurso escolar exerceu cargos para os quais foi eleito? Sim, fui delegado de turma vários anos. Foi uma boa experiência, embora no 9º ano a turma fosse difícil obrigando-me a gerir, com muito bom senso e consenso, conflitos entre alunos e professores. No final, tudo acabou bem. Na vida adulta, já desempenhou outros cargos públicos? Já integrei a equipa de um Conselho Executivo, já fui Coordenador de Departamento. Actualmente, para além de Presidente do CGT, sou Vice-presidente da Associação Voluntária de Lamego - Ténis de Mesa. Há outros cargos públicos/políticos que gostasse de desempenhar? Públicos? Talvez, embora não me lembre de nenhum. Políticos? Não! Há algum político que admire? Porquê? O primeiro nome que me surge é Gandhi. Pessoa notável, defensor da não-violência. Recorreu à desobediência civil para lutar pela independência da Índia. Respeitou sempre os direitos humanos e a verdade. Político nacional? Não um político, um pioneiro, um homem de vanguarda - Infante D. Henrique - primeiro impulsionador da Expansão Portuguesa, o maior e mais notável feito dos quase nove séculos da nossa História.


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Aconteceu - Actividades Desportivas As Actividades

Rítmicas

e

Expressivas que reúne um alegre e talentoso grupo de meninas e um destemido rapaz participou já em três encontros distritais. Não se sabe, ainda, as classificações nem qual será o resultado final mas, certo, certo é que as suas actuações agradam sempre aos que as têm presenciado e apreciado.

Nas provas de Corta-mato a nossa Equipa Juvenil Masculina tornou-se campeã distrital por equipas em Sernancelhe. Parabéns aos valentes! Com esta excelente vitória ficou assegurada a sua participação no Cortamato

Nacional

que

decorreu

na

Figueira da Foz. Nesta prova, hélas, não ganharam. Glória a eles!!!

Megas - Decorreram as provas a nível de turma, escola e distrito. A nossa Escola orgulha-se de ter conseguido 10 presenças no pódio nas provas distritais, das quais três são campeões que obtiveram o primeiro lugar. Foram eles: Marcelo Teixeira do 5º 6 no MegaKm; Mariana Santos do 5º 11 no MegaSalto e Ana Fonseca do 6º 2 no MegaSprinter. Estes grandes atletas vão participar na fase nacional final que se realiza no Seixal nos dias 8 e 9 de Maio. O Saltarico felicita-os e deseja-lhes boa sorte para as próximas competições.


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Aconteceu... A pequena/grande escritora, Elisa Carvalho veio à nossa Escola apresentar o seu Livro de Magia do qual é autora e ilustradora. Escrever um livro com apenas oito anos de idade é uma façanha corajosa e pouco comum. Os alunos presentes na actividade gostaram,

compraram

o

livro,

pediram

autógrafos... Viva a leitura! Viva a escrita!

Realizou-se, na manhã do dia 9 de Março, a XI Edição do Campeonato do Jogo do 24. Nele participaram cerca de 150 alunos do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico. Todos estão de parabéns, mas a vitória final foi para a Ana Sofia Gouveia no 5º ano e para o Francisco Brás no 6º ano. Para eles as maiores felicitações!

Os alunos do 5º 5, nas aulas de EVT, criaram belas decorações de Páscoa para alegrar e colorir um espaço vazio e triste da Unidade de Saúde Familiar da Avenida 5 de Outubro. Todos gostaram desta actividade e de ver a utilidade da sua obra dar alegria a quem ali passa. A isto chama -se intervenção cívica.

O grupo de Educação Física planificou, para o último dia de aulas do 2º Período, a caminhada Rota de Balsemão destinada aos alunos do 3º ciclo. À caminhada juntou-se a prática de jogos tradicionais e, por gentileza do Professor Miguel, tiro com arco e flecha. A boa disposição e alegria estiveram sempre presentes. Um agradecimento sincero ao Dr. Manuel Joaquim e à sua esposa pela gentileza e boa vontade na cedência do espaço para o almoço e jogos e pela frescura inesperada das nêsperas de conserva e outras iguarias.


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Clube Europeu

Aprender a Cidadania Europeia O Projecto do Clube Europeu tem como objectivos principais: - Criar um espírito europeu entre os seus membros, transmitindo-o aos outros que estão inseridos na comunidade; - Sensibilizar para a interdependência europeia e mundial e a necessidade de cooperação; - Contribuir para a criação do sentido de responsabilidade dos alunos enquanto jovens cidadãos europeus, no que respeita à paz, aos direitos do homem e à defesa e conservação do ambiente e do património cultural. O Clube Europeu da Escola EB 2/3 em parceria com o Europe Direct de Lamego, comemorou os 52 anos da assinatura do Tratado de Roma - 1957. No dia 23 de Março, os alunos do 3º ciclo desta Escola, assistiram à Palestra - Tratado de Roma - Que Futuro?. Presidiu à sessão de abertura o Dr. Paulo Taveira, Presidente do Conselho Geral Transitório e foi orador, o Dr. Paulo Barradas, Deputado na Assembleia da República onde integra a Comissão dos Assuntos Europeus. Começou contando a lenda, da mitologia grega, da princesa Europa cuja beleza apaixonou o deus Zeus. Este, transforma-se num belo touro branco, rapta e leva a princesa Europa para a ilha de Creta. Os seus pais e irmãos percorreram o que é hoje a França, Alemanha, Itália e Grécia gritando o seu nome - Europa. As pessoas ouviam esse nome em toda a parte e, decidiram designar assim, a terra que é hoje a Europa. Os alunos aderiram com entusiasmo e participaram activamente nesta iniciativa, colocando questões pertinentes a que o Senhor Deputado respondeu. O Tratado de Roma e Cidadania foi o tema da segunda actividade que teve lugar no dia 25 de Março, - dia do aniversário da assinatura do Tratado. A esta actividade presidiu o Dr. Carlos Rei, Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento. O Público-alvo foram alunos mais velhos, dos Cursos de Nível Secundário (12º Ano), tendo sido oradora a Professora Doutora Paula Matos, docente da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Lamego. Aprendeu-se muito e, mais uma vez, a receptividade foi grande e enriquecedora tendo sido uma sessão muito animada. Margarida Costa Ruivo, Coordenadora do Clube Europeu


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Aconteceu - Visitas de Estudo No Dia de S. Valentim, alunos do 5º e do 7º anos, visitaram Conímbriga para melhor conhecer a romanização da Península Ibérica. De tarde foram conhecer uma das obras emblemáticas do Estado Novo, o Portugal dos Pequenitos que recria em tamanho XS alguns dos monumentos.

Os alunos do 6º ano foram conhecer o Palácio de Mateus - Vila Real para consolidar os conhecimentos sobre o estilo barroco, estudado nas aulas de História e Geografia de Portugal. As obras de arte e a arquitectura do palácio foram devidamente apreciadas, assim como, os bemcuidados e geométricos jardins. Os alunos do 5º ano foram a Chaves visitar a Ponte Romana mandada construir pelo Imperador Trajano. No Museu Monográfico da Região Flaviense viram outros vestígios da presença dos Romanos no actual território português. Na Torre de Menagem visitaram o Museu Militar e a Exposição das Invasões Francesas. Passando e passeando pelo Centro Histórico espreitaram -se as escavações arqueológicas nas Termas. Na despedida, passou-se pelo Forte de S. Neutel. O Departamento de Ciências Exactas, Físicas e Naturais realizou, no Segundo Período, dias 20 e 27 de Março, duas interessantes e profícuas visitas de estudo: - 5º ano - observação de seres vivos na Quinta de Santo Inácio em Avintes. - 6º ano - exposição interactiva A água no corpo humano: o sangue no Centro de Ciência Viva de Vila do Conde. Serralves vale sempre a pena! A Serralves volta-se sempre! Serralves é um deslumbramento para os sentidos. Alguns alunos do 3º ciclo descobriram este lugar mágico, outros redescobriramno, todos maravilhados, com as obras de arte da nova exposição. Os barquinhos da artista galesa Bethan Huws surpreenderam!!?


Para viver em sociedade é indispensável estabelecer deveres e direitos para todos. O Saltarico convidou os alunos do 6º 9 a formularem alguns. Os mais originais ficam aqui registados para toda a posteridade. Para ler e reflectir! Reparem no ar sério dos deveres e no sorriso dos direitos. Porque será???


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